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Gestação, Parto E Puerpério: Conheça Seus Direitos!
Gestação, Parto E Puerpério: Conheça Seus Direitos!
PARTO E
PUERPÉRIO
Conheça seus direitos!
Sumário
GESTAÇÃO, PARTO E
PUERPÉRIO: CONHEÇA
SEUS DIREITOS!
1. GESTAÇÃO 06
1.1. Deu Positivo! Quais são meus Direitos? 06
1.2. Racismo: E se fosse você? Você cuidaria diferente? 10
1.3. Violência Obstétrica: como seria um mundo ideal para as
mulheres parirem? 11
1.4. Doula a quem quiser: você sabe o que é e o que
faz uma Doula? 14
1.5. Plano de Parto: uma carta de intenções para o seu
momento. 16
Roteiro: Morgana Eneile e Janaína Gentili 2.3. Que diferença faz ter uma Doula no parto? 20
Texto: Janaína Gentili 2.4. Mecanismos de Denúncia: não se cale! 22
Colaboração: Coordenação do Núcleo de Defesa dos Direitos da
Mulher da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro 3. PUERPÉRIO 27
Ilustrações: Gabi Domingues
Projeto Gráfico: Ludmila Valente
3.1. Resguardo X Puerpério: qual a diferença? 27
Revisão: Gabriella Santoro (ADOULASRJ) 3.2. Amamentar é bom e é seu direito e do bebê! 28
3.3. Outros direitos da Puérpera 28
Agosto de 2019
Tiragem: 5000 exemplares e versão digital 3.4. Como uma Doula pode te auxiliar nessa fase 29
Esse material pode ser reproduzido em todo ou em parte desde que
citado a fonte e para fins não comerciais. 4. SOBRE O DOULA A QUEM QUISER 30
4.1. Conheça nossas/os Benfeitoras/es 31
Licença CC BY-NC
Esta cartilha nasceu do Projeto DOULA A QUEM QUISER e foi Para dar conta das múlti-
elaborada pela Associação de Doulas do Estado do Rio de Janeiro – plas realidades, ampliamos
ADOULASRJ com o intuito de fazer circular informação de qualidade o alcance do projeto ao
sobre os temas gestação, parto e o puerpério, notadamente, relacio- construir em conjunto com
nados à violência obstétrica, para as mulheres e profissionais de saúde. a Defensoria Pública do Es-
tado do Rio de Janeiro, por
Antes de mais nada, a devida apresentação. Você sabe o que é uma
intermédio do seu Núcleo
doula? Doula é a profissional que atua na gestação, parto e no puerpé-
de Defesa dos Direitos da
rio apoiando a gestante na conquista de um parto digno e respeitoso.
Mulher Vítima de Violência
Ela auxilia na construção da autonomia e no protagonismo das mu-
de Gênero - Nudem, um
lheres, fornecendo subsídios técnicos e informações que promovem o
programa de cooperação
alívio da dor (não farmacológico) no trabalho de parto. A toda mulher
que investe tanto na difu-
é assegurado o direito de ser apoiada por uma doula e dispor desse
são da informação de qua-
suporte nesse momento.
lidade sobre a gestação, o
Uma em cada quatro mulheres reconhece a ocorrência de violên- parto e o puerpério quanto
cia durante o parto. Infelizmente, muitas desconhecem seus direitos e na capacitação técnica e
passam por situações como, por exemplo, a negação da presença de no acompanhamento das
acompanhante, constrangimentos durante o parto e a falta de informa- demandas jurídicas moti-
ção sobre os procedimentos durante o atendimento. vadas, principalmente, por
A ausência de informação qualificada e a naturalização de práticas práticas de violência obsté-
abusivas podem gerar distorções nesses números, apenas uma aná- trica e de racismo que che- tagonismo das mulheres, em especial,
lise mais aproximada é capaz de detectar invisibilidades. Quando os gam à instituição. daquelas que passaram pela infeliz ex-
estudos incorporam as variáveis raciais, as mulheres negras aparecem periência do racismo institucional. Mas
no topo dessas tristes estatísticas e a causa, sem dúvidas, é o racismo também pretende ser um guia – um aler-
Esta cartilha surge neste ta - para todas as mulheres que estão su-
estrutural, que conforma as nossas relações sociais. Avançamos para
contexto de colaboração jeitas a sofrer essas graves violações nos
as questões socioeconômicas e nos deparamos com um quadro ainda
para o processo de autono- processos que envolvem a gestação, o
mais dramático, a extrema vulnerabilidade da saúde das encarceradas
mia e de efetivação do pro- parto e o puerpério.
– mulheres negras em sua quase totalidade.
4 5
1. Gestação do pré-natal, a gestante será
informada sobre sua materni-
dade de referência e poderá
Não custa lembrar que o trata- visitá-la durante sua gestação
1.1 DEU POSITIVO! mento oferecido deve ser res- (Lei nº 11.634 de 27 de dezem-
QUAIS SÃO MEUS DIREITOS? peitoso e digno, sem qualquer bro 2007).
Cada mulher tem uma reação tipo de discriminação - seja por A distância não deve ser mo-
diferente ao descobrir que está cor, raça, orientação sexual, tivo de preocupação. Neces-
grávida. Além de espalhar a religiosa, etária ou por condição sitando de um atendimento
notícia aos quatro cantos, cui- social. emergencial, procure o serviço
dar do enxoval e esperar com (Lei n. 9.263 de 1996 http:// de saúde que achar mais conve-
carinho as semanas passarem, www.planalto.gov.br/ccivil_03/ niente e, em caso de transferên-
existem muitos direitos que LEIS/L9263.htm). cia, o transporte será garantido
você precisa conhecer! de maneira segura. Programa de
Já ouviu falar sobre o Pro- Humanização no Pré-natal
Você sabe o que esperar de grama de Humanização no Se você é adolescente e está e Nascimento
um atendimento? Pré-natal e Nascimento, no gestando saiba que a gestação Portaria no 569, de 1o
No pré-natal os profissionais de âmbito do SUS? na adolescência foi prevista de junho de 2000, do
saúde devem realizar exames, Ele tem a finalidade de garantir no Estatuto da Criança e do Ministério da Saúde.
consultas, oferecer gratuitamen- a qualidade do atendimento, Adolescente (ECA) e estará
te orientações para a realização devendo ter pelo menos seis protegida pela lei. É garanti-
de testes de sífilis e/ou HIV. consultas de acompanhamen- do o sigilo no atendimento, a Já ouviu falar dos Alimentos
Recomenda-se que, minima- to pré-natal, sendo uma no 1º privacidade, a autonomia, além Gravídicos?
mente, esse atendimento seja trimestre, duas no 2º e três no do recebimento de informações Infelizmente, muitas mulheres
realizado em local arejado, com 3º trimestre da gestação. As sobre a saúde sexual e a saú- engravidam e não são acompa-
assento disponível para a ges- unidades têm obrigação de re- de reprodutiva. Se a gestante/ nhadas na gestação pelo pai. São
tante, água potável e banheiros ceber com dignidade a mulher mãe adolescente quiser poderá, abandonadas à própria sorte, ar-
limpos. e o recém-nascido. Ao longo inclusive, ser atendida sozinha. cam com todo encargo financeiro
6 7
que acompanha uma gestação Está preocupada com a relação Será que você conhece os
Atenção ao detalhe:
e o nascimento de um filho. Os com seu empregador? Será que Direitos Sociais?
Foi demitida no início
alimentos gravídicos são dis- terá Direitos Trabalhistas? Você já deve ter notado as in-
da gestação? Você tem
positivos legais que amparam Antes de tudo é necessário dicações de assento prioritário
até 30 dias para avisar
as gestantes. Assim, a mulher saber que nenhum empregador para gestantes e mulheres com
ao empregador da sua
que tem recusado esse sustento pode solicitar a realização de crianças de colo nos trans-
gravidez e assim garantir a
poderá buscar orientação com testes de gravidez ou quaisquer portes coletivos, bem como
permanência no emprego.
uma/um advogada/o ou num outros meios para fins de ad- prioridade no atendimento em
órgão da Defensoria Pública missão ou manutenção do em- instituições públicas e privadas.
mais próximo da residência Esses são exemplos de direitos
(pelo serviço telefônico, ligan- E sobre a insalu- sociais já consolidados, garanti-
do no 129). Importante dizer bridade? dos em legislação próprias. (Lei
que para pleitear os alimentos A reforma traba- no 10.048, de 8 de novembro
gravídicos na justiça não há lhista prevê afasta- de 2000, c/c Decreto nº 5.296
a necessidade de comprova- mento da gestante de 2 de dezembro de 2004.)
ção de vínculos matrimonial apenas nas ativi-
(casamento, união estável) ou dades que forem Você recebe Bolsa Família?
mesmo de um relacionamento classificadas de
Se a resposta for positiva, você
duradouro. Nessa ação judicial grau máximo, de-
tem direito a um benefício extra
serão fixados valores razoáveis vendo nesse caso
durante a gravidez e após o
a serem pagos durante a gesta- ser transferida para
nascimento. Quer saber mais?
ção para custear alimentação, outra função. No
Compareça ao Centro de Re-
assistência médica, psicológi- caso das de grau
ferência em Assistência Social
ca, exames complementares, mínimo ou médio
(CRAS) do seu município para
internações, parto, medicamen- a empresa deverá apresentar um
prego de mulheres (http://www. ter mais informações.
tos e demais prescrições indi- atestado médico dando garan-
planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/
cadas pela equipe obstétrica. tias de que a atividade não põe
L9029.htm), muito menos demi- Você é estudante? Está grávi-
(http://www.planalto.gov.br/ em risco nem a gestante nem o
tir funcionária durante o perío- da? E agora?
ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/ bebê.
do em que estiver grávida. Sua formação está garantida
Lei/L11804.htm)
8 9
pela Lei nº 6.202/1975 e você Você é negra? Já vivenciou sentimento é perceber que es- Desta forma, você e/ou qual-
terá licença-maternidade sem tratamento diferente em virtude tamos sendo evitadas/os, certo? quer pessoa não negra tem sim,
prejuízo do período escolar. O da sua cor? Saiba que isso é um comporta- seu lugar de fala. O importante
Decreto-Lei nº 1.044/1969 de- mento de ansiedade social pelo é sabermos (negras/os e não
Já viu pessoas brancas serem
termina que a gestante poderá qual a pessoa se afasta ou se negras/os) de qual lugar falare-
tratadas de forma diferente de
cumprir, a partir do oitavo mês desconecta da fonte de sensa- mos, o que diremos, como ar-
uma negra? Isso se chama racis-
de gestação, os compromissos ções e emoções. Se isso acontece gumentaremos, o que faremos,
mo institucional.
escolares em casa, bastando na relação profissional de saúde- como agiremos, de que forma
apresentar atestado médico à É você tratar a pessoa negra -cliente não há como se estabele- acolheremos, e, sobretudo,
direção da escola. Fique tranqui- de uma forma e pessoa branca cer uma relação terapêutica. como contribuiremos, efetiva-
la que a prestação dos exames de outra. mente, para a mudança.
Esse será uma tarefa árdua e
finais é assegurado às estudan-
É escolher uma causando preju- depende do comprometimento
tes grávidas.
ízo a outra, preferir, ou oferecer de toda sociedade onde cada 1.3 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA:
tratamentos diferentes sem integrante buscará seu genuíno COMO SERIA UM MUNDO
1.2 RACISMO: qualquer motivo. “lugar de fala”. Nossos ascen- IDEAL PARA AS MULHERES
E SE FOSSE VOCÊ? VOCÊ dentes/ancestrais foram par- PARIREM?
CUIDARIA DIFERENTE? A Política Nacional de Saúde
ticipantes da mesma história,
Integral da População Quando pensamos em todo
com privilégios e opressões em
Negra - PNSIPN o período da gestação e após
lugares distintos, mas da mes-
tem uma finalida- o nascimento, percebemos o
ma biografia. A isso chamamos
de: a desconstru- quanto são, muitas vezes, des-
de raciocínio estrutural que
ção do racismo prezados os desejos da mulher
“confere uma possibilidade de
institucional no no que diz respeito à assistência
se tratar e raciocinar pela raiz e
Sistema Único obstétrica. Num mundo ideal,
de modo global, atentando-se
de Saúde (SUS) todas as áreas atuariam para
à sua essência e às peculiari-
e a inclusão das que todas as pessoas que vão
dades de a formação do país”.
práticas de cura ter seus bebês estejam no cen-
https://www.falapreta.com.br/
de matriz afro- tro das atenções, proporcionan-
single-post/2017/07/25/RACIS-
brasileira no SUS. do bem-estar, atendimento com
MO-ESTRUTURAL-Ser%C3%A-
Damos-n%C3%B3s-as-estruturas qualidade no pré-natal, promo-
Isso porque o pior
10 11
se tornar perigoso e assim, incluindo as modalidades de in-
prejudicar a saúde do bebê. tervenção e procedimentos ou
exames, realmente necessários.
Acreditamos que toda mulher
merece ter um parto digno Você sabe quem pode ser
e respeitoso, através de uma considerado violento nesse
educação perinatal, que a trate momento? São todos os pro-
como pessoa capaz de receber fissionais que mantêm conta-
informações constantes e atua- to com a mulher grávida no
lizadas sobre o processo repro- âmbito do serviço de saúde e
dutivo, baseadas em evidências que, eventualmente, exerçam o
científicas indicadas pela Or- atendimento com atos como os
ganização Mundial de Saúde, exemplificados a seguir:
vendo o acesso às informações em afirmações falsas sobre as
e acolhimento necessário para condições de saúde da gestan-
que tenham a autonomia.
• Frases agressivas sobre cor, raça, etnia, idade, escolaridade, religião,
te e do bebê, criando mitos que
estado civil, condição socioeconômica, orientação sexual, número de
colocam no corpo da mulher a
A maioria das mulheres no filhas/os, odores, quantidade de parceiros, etc.;
culpa e o defeito de ‘não conse-
início da gestação expressa a • Recusa em assinar, protocolar, respeitar o plano de parto;
guirem’. Assim, você já deve ter
vontade de escolher como via
ouvido falar em ‘bacia estreita’, • Ameaças à mulher, acompanhante, bebê em decorrência da negativa
de nascimento o parto normal,
‘não tem passagem’, ‘passou do de algum ato;
mas, são desestimuladas ao
longo do pré-natal, e acabam
tempo’, cordão enrolado que • Negativa ou desestímulo a uma segunda opinião obstétrica, em caso de
‘enforca’, ‘placenta velha’ entre divergência entre as evidências científicas e o profissional de saúde;
tendo seus filhos por meio
outras situações que colocam • Realização rotineira de exame de toque sem autorização ou anuência
de uma cesariana. Por outro
gestantes na dúvida da sua pró- da mulher;
lado, quando o parto vaginal
pria capacidade de trazer seu
é realizado, muitas das vezes • Agendamento de cirurgia sem a devida recomendação, sem o
filho ao mundo.
ele ocorre de forma desres- consentimento da mulher e/ou com simulação do pedido.
peitosa, com procedimentos e Ao longo das últimas décadas,
intervenções que não colabo- esses mitos foram naturalizados,
ram com os processos naturais Foi vítima de Violência Obstétrica na gestação? Não fique calada!
de forma que se nossa socieda-
Relate seu caso no canal www.violenciaobstetricafale.com.br e veja
do próprio corpo, e com base de acredita que o parto possa
12 como obter ajuda na seção 2.5 desta cartilha. 13
casal, esclarecendo os termos Cerca de três milhões de par- • as taxas de cesárea em 50%;
1.4 DOULA A QUEM QUISER:
técnicos de difícil entendimen- tos anuais são realizados no • em 20% a duração do traba-
VOCÊ SABE O QUE É E O
to, realizando a chamada edu- Brasil e mais de 50% deles com lho de parto;
QUE FAZ UMA DOULA?
cação perinatal onde orientará intervenção cirúrgica. Na rede • 60% dos pedidos de anestesia;
Antigamente, o suporte na hora sobre o que deve esperar ao privada, o número de cesa-
• em 40% o uso da ocitocina
do parto era feito por mulheres longo da gestação, na elabo- rianas chega a mais de 80%,
sintética (hormônio artificial
mais experientes, mães, irmãs ração do plano de parto, sem enquanto que, na rede pública
que promove contrações);
mais velhas ou vizinhas. Uma realizar qualquer procedimento o percentual é menor, 40%. A
colaboração baseada no saber médico ou exames. A Doula Organização Mundial de Saúde • 40% o uso de instrumentos,
não faz parto e não substitui (OMS) recomenda que as taxas como o fórceps e o vácuo
prático, na vivência e no afeto
qualquer integrante da equipe sejam de 10% a 15%. extrator.
solidário. Atualmente, o parto
está sob a responsabilidade da obstétrica. Ela é mais uma parte A prática vai ao encontro das
Sobre a atuação das doulas no
esfera obstétrica e cada inte- da atenção multidisciplinar a diretrizes do programa Huma-
parto, pesquisas recentes apon-
grante da equipe especializada que a mulher tem direito. niza SUS – Política Nacional
tam que é possível reduzir:
possui uma função, sem uma de Humanização do Governo
atenção integral à futura mamãe. Federal. Recentemente, o Mi-
nistério da Saúde editou uma
Num cenário deste, quem afinal
lista com recomendações que
se responsabiliza por cuidar do
apontam para a humanização
conforto e do emocional da
do parto normal e na redução
gestante? Essa lacuna pode e
das intervenções. As recomen-
deve ser ocupada pela doula.
dações do MS apenas reforçam
Doula é uma profissional cujo a importância do trabalho das
objetivo é dar total apoio a mãe doulas dentro do atual cenário
e ao bebê, mas acaba sendo do país e da liberdade de esco-
também um suporte ao acom- lha das grávidas.
panhante escolhido livremente
Um parto saudável depende
pela mulher. Neste período,
do bem-estar das pessoas en-
atua como uma interface entre
volvidas.
a equipe de atendimento e o
14 15
2. Parto e pós parto imediato
1.5 PLANO DE PARTO: UMA
CARTA DE INTENÇÕES PARA
O SEU MOMENTO.
20 21
CAO
2.4 MECANISMOS DE DE-
NÚNCIA: NÃO SE CALE! O Centro de Apoio Operacional
das Promotorias de Justiça de
Comissão do Cumpra-se da Violência Doméstica contra a Mu-
ALERJ lher e Núcleo de Gênero – CAO
instituiu o Núcleo de Gênero do
“Cumpra-se!” é uma comissão
Ministério Público, responsável
especial da Assembleia Legisla-
pelo suporte às Promotorias de
tiva que atua pelo cumprimento
Justiça atuantes pelos direitos e
das leis estaduais articulando
garantias individuais e coletivos
diversos órgãos e organizações
das mulheres, sejam, ou não,
para que os direitos sejam asse-
vítimas de infrações penais. O
gurados. Ao receber uma denún-
Núcleo de Gênero está disci-
cia de descumprimento de uma
plinado na Resolução GPGJ nº
lei, são acionadas ações seja nos
2.052/2016. Fonte: <http://www.
locais sejam audiências públicas
mprj.mp.br/conheca-o-mprj/
que buscam cobrar de quem
areas-de-atuacao/violencia-do-
deve executá-la. Serviço: mestica
Rua do Ouvidor, 90/4° andar.
Comissão Especial pelo cumpri- de atendimento especializado
Centro. Rio de Janeiro/RJ.
mento das Leis na promoção e na defesa dos
(21) 2332-6371 Informações do CAO:
direitos das mulheres no Rio de
E-mail: cumprasealerj@gmail.com nudem.defensoriarj@gmail.com Violações dos direitos das
Janeiro. A Defensoria Pública do
mulheres podem ser noticia-
Estado do Rio de Janeiro saiu na
Nudem. Defender direitos é Atendimento: das por meio da Ouvidoria,
frente e criou, ainda na década
com a gente! 2ª a 5ª feira, das 10 às 18h através do E-mail:
de 1990, um serviço destinado
(pede-se chegar até às 16h) cao.vd@mprj.mp.br.
O Núcleo de Defesa dos Direitos às mulheres - atualmente, uma
6ª feira, das 10 às 16h (apenas
da Mulher Vítima de Violência realidade nas defensorias públi-
casos de urgência)
de Gênero (Nudem) é um órgão cas do país.
22 23
Canal Violência Obstétrica O conteúdo do seu relato
FALE será enviado para o NUDEM,
onde serão analisados para a
Em parceria com o NUDEM,
promoção de atos de pre-
a ADoulasRJ criou o site
venção e combate à violência
www.violenciaobstericafale.
obstétrica no Rio de Janeiro,
com.br.
bem como para a orientação
Nele você encontrará mais jurídica junto à Defensoria Pú-
informações sobre o tema, blica, caso seja possível essa
bem como poderá registrar o destinação.
seu relato.
É direito seu solicitar o pron-
Importante que você tenha a tuário do seu atendimento
maior quantidade de infor- em qualquer unidade de
mações possíveis. Você pode saúde. A negação do acesso
solicitar ao serviço de saúde ao prontuário, ou mesmo
onde está seu prontuário, reter o cartão de gestante ou
bem como ter anotado dados seus dados de atendimento é
sobre a equipe que fez seu uma violação. No entanto, é
acompanhamento, desde o possível que o pedido tenha
pré-natal ou no parto. Tam- que ser solicitado pela própria
bém é importante dispor pessoa ou por um represen-
de dados de possíveis tes- tante que tenha condições de
temunhas, do local e data, fazê-lo nas formas da lei.
tendo como base as situações
Não se cale!
descritas nas seções 1.3 e 2.3
desta cartilha.
24 25
CEDAW
4. Sobre o
. Ana Kacurin . Ana Lucia de Andrade Baptista . Ana Maria Quintela Maia . Ana Paiva Garcia .
Andrea Resende . Angélica Lyra . Angelita de Oliveira Garcia . Anna Carolina Corrêa . Associação
de Doulas da Bahia . Ayala. Bianca Assis Oliveira de Paula . Bianca Balassiano Najm . Bianca
Ventapane . Bruna Betoli Bezerra . Camila da Silva Antunes . Carlos Cavalcanti . Carmen Lucia
Reguffe . Carol Fazu . Carol Herr . Carolina Bessa Ferreira de Oliveira . Carolina Junqueira .
Carolina Trindade de Azevedo . Cecília Lima . Cecilia Vaz . Cintia Oliveira de Moura . Cintia
Rodrigues . Coletivo Mãe Possível . Cristina Neves . Dani Porto . Daniela Cecchi. Danielle
Balassiano Ptak . Darlin Borges. Dayane Zimmermann de Oliveira . Deisemar Santos Valença .
Dilma Negreiros . Dorothy Neves Figueiredo . Érica Soares . Erika Puppin . Fabiana Pereira da
Motta . Faliny Barros Rezende . Fernanda Capuruço Leonel. Fernanda Melino . Flavio Henrique
Louzeiro Cardoso . Gabi Domingues . Gabriel Felipe Henriques de Morais Fonseca . Gabriela
O projeto Doula a Quem Quiser foi a inovação de políticas públicas . Germannia Maia . Guilherme Domingues Fritz . Hapha Antoniolli. Herlane Barros Doula .
Ilvangela Paiva . Isabel Cristina Pereira . Isabella Dias . Isabour Estevão. Isaura Cronemberger
selecionado juntamente com outros que a previnam e combatam.
. Israel Pacheco . Ivanice Pereira da Hora . Izabel Ramos . Janaína Teresa Gentili Ferreira de
14 trabalhos no edital “Negras Além disso, realizamos oficinas Araújo . Jésssica Amorim . Joanna Duarte . Jorcely Barroso . Jorge Henrique de Oliveira Simas
Potências” - novo formato de finan- com profissionais de saúde téc- . Josue Jovio . Ju Menezes Doula . Júlia Peredo Sarmento . Juliana Borges da Silva . Juliana
Bravin . Juliana de Lima Ribeiro .Juliana Nunes . Juliana Santiago Santos . Juliana Silva de
ciamento coletivo da plataforma nicos envolvidos; roda de ges- Andrade . Jurema Salles Fonseca . Keline de Paula . Kelly Diniz . Lady Targino . Lannia Simão
Benfeitoria com o Instituto Movi- tantes em unidades básicas de Bellizzi . Lara Maringoni Guimarães . Laura Ramos Torres .Letícia Lima . Letícia Rosa Werneck
de Freitas . Leticia Santos Guilhon Albuquerque . Lettycia Vidal . Lia Paiva Paula . Luana Moraes
mento Coca-Cola Brasil em parceria saúde, buscando acompanhar . Luara Fernandes França Lima . Lucas Rolim Fischer Silva . Luciana Lopes Lemos . Luciana
com o Fundo Baobá. mulheres durante o trabalho de Moletta . Luciana Xavier . Luiza Pais da Costa . Luiza Zelesco Barretto . Madalena Sapucaia .
Marcela Artese . Marcia de Mello Dias . Marcia Navarro . Marcos Huet Nioac de Salles . Maria
parto e puerpério, em prol da Carolina Lobão del Castillo . Maria Celia M T Cruz . Maria Cristina da Silva Gioseffi . Maria
Dentro dos seus objetivos, ele
constituição de modelagem de Damaceno . Maria Elizabeth Batista Moura Diniz Campos . Maria Neusa dos Santos Oliveira .
busca promover o acesso à Mariana Birindiba Batista . Mariana Boechat de Abreu . Mariana De Lima Medeiros . Mariana
atuação de Doulas também na Marcilio . Mariana Ritter Rau . Marianna Muradas . Marianne Azevedo Bulhões . Marina Athayde
informação de qualidade sobre
assistência primária. Gonçalves . Marina Barbalioli Macedo . Marina Teresa Gentili Ferreira . Martha Gusmão. Mazé
gestação, parto e puerpério, Mixo . Mirian Ancelme . Monica Sapucaia. Morgana Eneile . Nádia Carvalho da Silva . Naila
atentando quanto à violência Pereira Souza . Namíbia Rodrigues . Nara Lis Oliveira Reis . Natália de Castro . Nathalia Martins
Barbosa de Queiroz . Neiva Lima Domingues Torres . Norval Batista Cruz . Paola Machado
obstétrica para mulheres e 4.1 CONHEÇA NOSSAS/OS . Parola Advogados Associados . Patricia Freitas . Patricia Regina Ramos .Paula C Grassini .
profissionais de saúde. Através BENFEITORAS/ES Paula Inara R Melo . Paula Vilela . Pedro Henrique Pereira Prata . Priscila Camacho . Priscila
Cristine Viana Mendes . Priscila Guedes de Carvalho . Quele C. G. Pícoli. Raphael El-Bainy
do projeto, produzimos este . Rebeca Furtado de Melo . Rejane de Almeida . Renata Silva Duarte. Renata Brandão de
material impresso e digital, bem Para que este projeto fosse Holanda Cavalcanti . Renata da Azevedo M. da Silva . Renata Del Vecchio Gessullo . Renata
Rosolem . Ricardo S. Barbosa Junior . Roberta Calábria . Roberta Cristina O. Amaral Falheiro .
como o site www.violenciaobs- realizado, foi necessário a Roberta Jardim . Rogéria Peixinho . Roma Gonçalves Lemos . Rosana Seager . Rosana Silveira
tetricafale.com.br, para receber mobilização e doação de Lopes . Rosilane Menezes . Sandra Maria Cunha de Faria Castro . Scheilla Nunes Gonçalves .
Severine Macedo . Simone Peixoto Gonçalves . Luciana Soares . Susanne Lee Shinneder Alves
denúncias sobre a atenção obs- recursos de pessoas físicas
de Oliveira . Tahmires Lovisi . Taiane Rocha Braga Ducommun . Taís da Motta Lima Buchner
tétrica no estado, identificando e organizações a quem . Tamara Rothstein . Tatiana Guimaraes .Thaísa Paula Rangel Leite . Thaisa Rudge . Valeria
as ocorrências e possibilitando agradecemos e apresentamos: Oliveira da Silva . Vanessa M Monte Stiepcich . Vania Belli . Vania Carnéro Neves da Rocha .
Veronica Processi . Verônica Silveira . Victor Rodrigues . Zilda Santos.
30 31
www.violenciaobstetricafale.com.br
Realização
Financiamento
Apoio