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GESTAÇÃO,

PARTO E
PUERPÉRIO
Conheça seus direitos!
Sumário
GESTAÇÃO, PARTO E
PUERPÉRIO: CONHEÇA
SEUS DIREITOS!

1. GESTAÇÃO  06
1.1. Deu Positivo! Quais são meus Direitos?  06
1.2. Racismo: E se fosse você? Você cuidaria diferente? 10
1.3. Violência Obstétrica: como seria um mundo ideal para as
mulheres parirem? 11
1.4. Doula a quem quiser: você sabe o que é e o que
faz uma Doula? 14
1.5. Plano de Parto: uma carta de intenções para o seu
momento. 16

2. PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO  17


2.1. Direitos da Parturiente: o que deve ser garantido 17
Cartilha Gestação, Parto e Puerpério: conheça seus direitos! 2.2. Violência Obstétrica: parir deve ser seguro e com dignidade  18

Roteiro: Morgana Eneile e Janaína Gentili 2.3. Que diferença faz ter uma Doula no parto?  20
Texto: Janaína Gentili 2.4. Mecanismos de Denúncia: não se cale!  22
Colaboração: Coordenação do Núcleo de Defesa dos Direitos da
Mulher da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro 3. PUERPÉRIO  27
Ilustrações: Gabi Domingues
Projeto Gráfico: Ludmila Valente
3.1. Resguardo X Puerpério: qual a diferença?  27
Revisão: Gabriella Santoro (ADOULASRJ) 3.2. Amamentar é bom e é seu direito e do bebê!  28
3.3. Outros direitos da Puérpera  28
Agosto de 2019
Tiragem: 5000 exemplares e versão digital 3.4. Como uma Doula pode te auxiliar nessa fase  29
Esse material pode ser reproduzido em todo ou em parte desde que
citado a fonte e para fins não comerciais. 4. SOBRE O DOULA A QUEM QUISER  30
4.1. Conheça nossas/os Benfeitoras/es  31
Licença CC BY-NC
Esta cartilha nasceu do Projeto DOULA A QUEM QUISER e foi Para dar conta das múlti-
elaborada pela Associação de Doulas do Estado do Rio de Janeiro – plas realidades, ampliamos
ADOULASRJ com o intuito de fazer circular informação de qualidade o alcance do projeto ao
sobre os temas gestação, parto e o puerpério, notadamente, relacio- construir em conjunto com
nados à violência obstétrica, para as mulheres e profissionais de saúde. a Defensoria Pública do Es-
tado do Rio de Janeiro, por
Antes de mais nada, a devida apresentação. Você sabe o que é uma
intermédio do seu Núcleo
doula? Doula é a profissional que atua na gestação, parto e no puerpé-
de Defesa dos Direitos da
rio apoiando a gestante na conquista de um parto digno e respeitoso.
Mulher Vítima de Violência
Ela auxilia na construção da autonomia e no protagonismo das mu-
de Gênero - Nudem, um
lheres, fornecendo subsídios técnicos e informações que promovem o
programa de cooperação
alívio da dor (não farmacológico) no trabalho de parto. A toda mulher
que investe tanto na difu-
é assegurado o direito de ser apoiada por uma doula e dispor desse
são da informação de qua-
suporte nesse momento.
lidade sobre a gestação, o
Uma em cada quatro mulheres reconhece a ocorrência de violên- parto e o puerpério quanto
cia durante o parto. Infelizmente, muitas desconhecem seus direitos e na capacitação técnica e
passam por situações como, por exemplo, a negação da presença de no acompanhamento das
acompanhante, constrangimentos durante o parto e a falta de informa- demandas jurídicas moti-
ção sobre os procedimentos durante o atendimento. vadas, principalmente, por
A ausência de informação qualificada e a naturalização de práticas práticas de violência obsté-
abusivas podem gerar distorções nesses números, apenas uma aná- trica e de racismo que che- tagonismo das mulheres, em especial,
lise mais aproximada é capaz de detectar invisibilidades. Quando os gam à instituição. daquelas que passaram pela infeliz ex-
estudos incorporam as variáveis raciais, as mulheres negras aparecem periência do racismo institucional. Mas
no topo dessas tristes estatísticas e a causa, sem dúvidas, é o racismo também pretende ser um guia – um aler-
Esta cartilha surge neste ta - para todas as mulheres que estão su-
estrutural, que conforma as nossas relações sociais. Avançamos para
contexto de colaboração jeitas a sofrer essas graves violações nos
as questões socioeconômicas e nos deparamos com um quadro ainda
para o processo de autono- processos que envolvem a gestação, o
mais dramático, a extrema vulnerabilidade da saúde das encarceradas
mia e de efetivação do pro- parto e o puerpério.
– mulheres negras em sua quase totalidade.

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1. Gestação do pré-natal, a gestante será
informada sobre sua materni-
dade de referência e poderá
Não custa lembrar que o trata- visitá-la durante sua gestação
1.1 DEU POSITIVO! mento oferecido deve ser res- (Lei nº 11.634 de 27 de dezem-
QUAIS SÃO MEUS DIREITOS? peitoso e digno, sem qualquer bro 2007).
Cada mulher tem uma reação tipo de discriminação - seja por A distância não deve ser mo-
diferente ao descobrir que está cor, raça, orientação sexual, tivo de preocupação. Neces-
grávida. Além de espalhar a religiosa, etária ou por condição sitando de um atendimento
notícia aos quatro cantos, cui- social. emergencial, procure o serviço
dar do enxoval e esperar com (Lei n. 9.263 de 1996 http:// de saúde que achar mais conve-
carinho as semanas passarem, www.planalto.gov.br/ccivil_03/ niente e, em caso de transferên-
existem muitos direitos que LEIS/L9263.htm). cia, o transporte será garantido
você precisa conhecer! de maneira segura. Programa de
Já ouviu falar sobre o Pro- Humanização no Pré-natal
Você sabe o que esperar de grama de Humanização no Se você é adolescente e está e Nascimento
um atendimento? Pré-natal e Nascimento, no gestando saiba que a gestação Portaria no 569, de 1o
No pré-natal os profissionais de âmbito do SUS? na adolescência foi prevista de junho de 2000, do
saúde devem realizar exames, Ele tem a finalidade de garantir no Estatuto da Criança e do Ministério da Saúde.
consultas, oferecer gratuitamen- a qualidade do atendimento, Adolescente (ECA) e estará
te orientações para a realização devendo ter pelo menos seis protegida pela lei. É garanti-
de testes de sífilis e/ou HIV. consultas de acompanhamen- do o sigilo no atendimento, a Já ouviu falar dos Alimentos
Recomenda-se que, minima- to pré-natal, sendo uma no 1º privacidade, a autonomia, além Gravídicos?
mente, esse atendimento seja trimestre, duas no 2º e três no do recebimento de informações Infelizmente, muitas mulheres
realizado em local arejado, com 3º trimestre da gestação. As sobre a saúde sexual e a saú- engravidam e não são acompa-
assento disponível para a ges- unidades têm obrigação de re- de reprodutiva. Se a gestante/ nhadas na gestação pelo pai. São
tante, água potável e banheiros ceber com dignidade a mulher mãe adolescente quiser poderá, abandonadas à própria sorte, ar-
limpos. e o recém-nascido. Ao longo inclusive, ser atendida sozinha. cam com todo encargo financeiro
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que acompanha uma gestação Está preocupada com a relação Será que você conhece os
Atenção ao detalhe:
e o nascimento de um filho. Os com seu empregador? Será que Direitos Sociais?
Foi demitida no início
alimentos gravídicos são dis- terá Direitos Trabalhistas? Você já deve ter notado as in-
da gestação? Você tem
positivos legais que amparam Antes de tudo é necessário dicações de assento prioritário
até 30 dias para avisar
as gestantes. Assim, a mulher saber que nenhum empregador para gestantes e mulheres com
ao empregador da sua
que tem recusado esse sustento pode solicitar a realização de crianças de colo nos trans-
gravidez e assim garantir a
poderá buscar orientação com testes de gravidez ou quaisquer portes coletivos, bem como
permanência no emprego.
uma/um advogada/o ou num outros meios para fins de ad- prioridade no atendimento em
órgão da Defensoria Pública missão ou manutenção do em- instituições públicas e privadas.
mais próximo da residência Esses são exemplos de direitos
(pelo serviço telefônico, ligan- E sobre a insalu- sociais já consolidados, garanti-
do no 129). Importante dizer bridade? dos em legislação próprias. (Lei
que para pleitear os alimentos A reforma traba- no 10.048, de 8 de novembro
gravídicos na justiça não há lhista prevê afasta- de 2000, c/c Decreto nº 5.296
a necessidade de comprova- mento da gestante de 2 de dezembro de 2004.)
ção de vínculos matrimonial apenas nas ativi-
(casamento, união estável) ou dades que forem Você recebe Bolsa Família?
mesmo de um relacionamento classificadas de
Se a resposta for positiva, você
duradouro. Nessa ação judicial grau máximo, de-
tem direito a um benefício extra
serão fixados valores razoáveis vendo nesse caso
durante a gravidez e após o
a serem pagos durante a gesta- ser transferida para
nascimento. Quer saber mais?
ção para custear alimentação, outra função. No
Compareça ao Centro de Re-
assistência médica, psicológi- caso das de grau
ferência em Assistência Social
ca, exames complementares, mínimo ou médio
(CRAS) do seu município para
internações, parto, medicamen- a empresa deverá apresentar um
prego de mulheres (http://www. ter mais informações.
tos e demais prescrições indi- atestado médico dando garan-
planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/
cadas pela equipe obstétrica. tias de que a atividade não põe
L9029.htm), muito menos demi- Você é estudante? Está grávi-
(http://www.planalto.gov.br/ em risco nem a gestante nem o
tir funcionária durante o perío- da? E agora?
ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/ bebê.
do em que estiver grávida. Sua formação está garantida
Lei/L11804.htm)
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pela Lei nº 6.202/1975 e você Você é negra? Já vivenciou sentimento é perceber que es- Desta forma, você e/ou qual-
terá licença-maternidade sem tratamento diferente em virtude tamos sendo evitadas/os, certo? quer pessoa não negra tem sim,
prejuízo do período escolar. O da sua cor? Saiba que isso é um comporta- seu lugar de fala. O importante
Decreto-Lei nº 1.044/1969 de- mento de ansiedade social pelo é sabermos (negras/os e não
Já viu pessoas brancas serem
termina que a gestante poderá qual a pessoa se afasta ou se negras/os) de qual lugar falare-
tratadas de forma diferente de
cumprir, a partir do oitavo mês desconecta da fonte de sensa- mos, o que diremos, como ar-
uma negra? Isso se chama racis-
de gestação, os compromissos ções e emoções. Se isso acontece gumentaremos, o que faremos,
mo institucional.
escolares em casa, bastando na relação profissional de saúde- como agiremos, de que forma
apresentar atestado médico à É você tratar a pessoa negra -cliente não há como se estabele- acolheremos, e, sobretudo,
direção da escola. Fique tranqui- de uma forma e pessoa branca cer uma relação terapêutica. como contribuiremos, efetiva-
la que a prestação dos exames de outra. mente, para a mudança.
Esse será uma tarefa árdua e
finais é assegurado às estudan-
É escolher uma causando preju- depende do comprometimento
tes grávidas.
ízo a outra, preferir, ou oferecer de toda sociedade onde cada 1.3 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA:
tratamentos diferentes sem integrante buscará seu genuíno COMO SERIA UM MUNDO
1.2 RACISMO: qualquer motivo. “lugar de fala”. Nossos ascen- IDEAL PARA AS MULHERES
E SE FOSSE VOCÊ? VOCÊ dentes/ancestrais foram par- PARIREM?
CUIDARIA DIFERENTE? A Política Nacional de Saúde
ticipantes da mesma história,
Integral da População Quando pensamos em todo
com privilégios e opressões em
Negra - PNSIPN o período da gestação e após
lugares distintos, mas da mes-
tem uma finalida- o nascimento, percebemos o
ma biografia. A isso chamamos
de: a desconstru- quanto são, muitas vezes, des-
de raciocínio estrutural que
ção do racismo prezados os desejos da mulher
“confere uma possibilidade de
institucional no no que diz respeito à assistência
se tratar e raciocinar pela raiz e
Sistema Único obstétrica. Num mundo ideal,
de modo global, atentando-se
de Saúde (SUS) todas as áreas atuariam para
à sua essência e às peculiari-
e a inclusão das que todas as pessoas que vão
dades de a formação do país”.
práticas de cura ter seus bebês estejam no cen-
https://www.falapreta.com.br/
de matriz afro- tro das atenções, proporcionan-
single-post/2017/07/25/RACIS-
brasileira no SUS. do bem-estar, atendimento com
MO-ESTRUTURAL-Ser%C3%A-
Damos-n%C3%B3s-as-estruturas qualidade no pré-natal, promo-
Isso porque o pior
10 11
se tornar perigoso e assim, incluindo as modalidades de in-
prejudicar a saúde do bebê. tervenção e procedimentos ou
exames, realmente necessários.
Acreditamos que toda mulher
merece ter um parto digno Você sabe quem pode ser
e respeitoso, através de uma considerado violento nesse
educação perinatal, que a trate momento? São todos os pro-
como pessoa capaz de receber fissionais que mantêm conta-
informações constantes e atua- to com a mulher grávida no
lizadas sobre o processo repro- âmbito do serviço de saúde e
dutivo, baseadas em evidências que, eventualmente, exerçam o
científicas indicadas pela Or- atendimento com atos como os
ganização Mundial de Saúde, exemplificados a seguir:
vendo o acesso às informações em afirmações falsas sobre as
e acolhimento necessário para condições de saúde da gestan-
que tenham a autonomia.
• Frases agressivas sobre cor, raça, etnia, idade, escolaridade, religião,
te e do bebê, criando mitos que
estado civil, condição socioeconômica, orientação sexual, número de
colocam no corpo da mulher a
A maioria das mulheres no filhas/os, odores, quantidade de parceiros, etc.;
culpa e o defeito de ‘não conse-
início da gestação expressa a • Recusa em assinar, protocolar, respeitar o plano de parto;
guirem’. Assim, você já deve ter
vontade de escolher como via
ouvido falar em ‘bacia estreita’, • Ameaças à mulher, acompanhante, bebê em decorrência da negativa
de nascimento o parto normal,
‘não tem passagem’, ‘passou do de algum ato;
mas, são desestimuladas ao
longo do pré-natal, e acabam
tempo’, cordão enrolado que • Negativa ou desestímulo a uma segunda opinião obstétrica, em caso de
‘enforca’, ‘placenta velha’ entre divergência entre as evidências científicas e o profissional de saúde;
tendo seus filhos por meio
outras situações que colocam • Realização rotineira de exame de toque sem autorização ou anuência
de uma cesariana. Por outro
gestantes na dúvida da sua pró- da mulher;
lado, quando o parto vaginal
pria capacidade de trazer seu
é realizado, muitas das vezes • Agendamento de cirurgia sem a devida recomendação, sem o
filho ao mundo.
ele ocorre de forma desres- consentimento da mulher e/ou com simulação do pedido.
peitosa, com procedimentos e Ao longo das últimas décadas,
intervenções que não colabo- esses mitos foram naturalizados,
ram com os processos naturais Foi vítima de Violência Obstétrica na gestação? Não fique calada!
de forma que se nossa socieda-
Relate seu caso no canal www.violenciaobstetricafale.com.br e veja
do próprio corpo, e com base de acredita que o parto possa
12 como obter ajuda na seção 2.5 desta cartilha. 13
casal, esclarecendo os termos Cerca de três milhões de par- • as taxas de cesárea em 50%;
1.4 DOULA A QUEM QUISER:
técnicos de difícil entendimen- tos anuais são realizados no • em 20% a duração do traba-
VOCÊ SABE O QUE É E O
to, realizando a chamada edu- Brasil e mais de 50% deles com lho de parto;
QUE FAZ UMA DOULA?
cação perinatal onde orientará intervenção cirúrgica. Na rede • 60% dos pedidos de anestesia;
Antigamente, o suporte na hora sobre o que deve esperar ao privada, o número de cesa-
• em 40% o uso da ocitocina
do parto era feito por mulheres longo da gestação, na elabo- rianas chega a mais de 80%,
sintética (hormônio artificial
mais experientes, mães, irmãs ração do plano de parto, sem enquanto que, na rede pública
que promove contrações);
mais velhas ou vizinhas. Uma realizar qualquer procedimento o percentual é menor, 40%. A
colaboração baseada no saber médico ou exames. A Doula Organização Mundial de Saúde • 40% o uso de instrumentos,
não faz parto e não substitui (OMS) recomenda que as taxas como o fórceps e o vácuo
prático, na vivência e no afeto
qualquer integrante da equipe sejam de 10% a 15%. extrator.
solidário. Atualmente, o parto
está sob a responsabilidade da obstétrica. Ela é mais uma parte A prática vai ao encontro das
Sobre a atuação das doulas no
esfera obstétrica e cada inte- da atenção multidisciplinar a diretrizes do programa Huma-
parto, pesquisas recentes apon-
grante da equipe especializada que a mulher tem direito. niza SUS – Política Nacional
tam que é possível reduzir:
possui uma função, sem uma de Humanização do Governo
atenção integral à futura mamãe. Federal. Recentemente, o Mi-
nistério da Saúde editou uma
Num cenário deste, quem afinal
lista com recomendações que
se responsabiliza por cuidar do
apontam para a humanização
conforto e do emocional da
do parto normal e na redução
gestante? Essa lacuna pode e
das intervenções. As recomen-
deve ser ocupada pela doula.
dações do MS apenas reforçam
Doula é uma profissional cujo a importância do trabalho das
objetivo é dar total apoio a mãe doulas dentro do atual cenário
e ao bebê, mas acaba sendo do país e da liberdade de esco-
também um suporte ao acom- lha das grávidas.
panhante escolhido livremente
Um parto saudável depende
pela mulher. Neste período,
do bem-estar das pessoas en-
atua como uma interface entre
volvidas.
a equipe de atendimento e o
14 15
2. Parto e pós parto imediato
1.5 PLANO DE PARTO: UMA
CARTA DE INTENÇÕES PARA
O SEU MOMENTO.

Além de gestar, decorar o quar- Ademais, existe um aplicativo


2.1 DIREITOS DA PARTURIEN-
to, organizar chás e o enxoval denominado ‘Carteirada do
TE: O QUE DEVE SER GA-
não seria bom que a mulher Bem’, desenvolvido pela As-
RANTIDO
também planejasse como será sembleia Legislativa do Estado
ciência das escolhas da mulher e do Rio de Janeiro – ALERJ, que
sua gestação, o parto e o puer- Você deseja parir só ou acom-
de como foi pensada (e deseja- auxilia a mulher e familiares nos
pério? Uma forma de fazer isso panhada?
da!) a assistência no nascimento casos de impedimento e sobre
é através de um documento
do bebê daquela família. Durante o trabalho de parto os procedimentos para que se
denominado plano de parto,
que é escrito pela gestante e no O ideal é que o plano seja discu- toda mulher tem direito a um cumpra a lei.
qual ela expressará seus desejos tido durante o período gestacio- acompanhante sua escolha, mu-
e limites para o antes, o durante nal nas consultas com a equipe lher ou homem (que não precisa Durante o pré-natal foi diag-
e o depois do parto. obstétrica, podendo ser auxilia- ser o pai do bebê), durante nosticada alguma das espé-
do pela doula, sendo confeccio- todo o período de trabalho de cies de doença sexualmente
Como por exemplo, um pla-
nado a partir da 24ª semana de parto, parto e pós-parto (Lei transmissível?
no pode afirmar quem será o nº 8.090, de 19 de setembro
gestação, assinado pelas partes Se a resposta for positiva, saiba
acompanhante e o desejo da de 1990, alterada pelas Leisnº
envolvidas e entregue na unida- que você será encaminhada
sua participação, a posição em 11.108 de 07 de abril de 2005 e
de onde a mulher vai ter o bebê. ao atendimento nos bancos de
que gostaria de parir, se quer re- nº 12.895, de 18 de dezembro
Ele também deve, se possível, leite quando for portadora do
ceber alimentos e líquidos (caso de 2013).
ter o reconhecimento de firma vírus HIV ou HTLV, eis que não
seja possível), se quer analgesia
em cartório. A manifestação A legislação prevê ainda que poderá amamentar seu bebê.
no trabalho de parto ou até
expressa e assinada da mulher, os hospitais mantenham fixado,
se quer que seu bebê só seja
no entanto, é um instrumento Além disso tem o direito de re-
banhado e alimentado por você em local visível de suas de-
reconhecido pela Lei 7191 de 06 ceber leite em pó, gratuitamen-
após o nascimento. pendências, informes sobre o
de janeiro de 2016 e negar-se a te, pelo SUS, até o a criança
direito ao acompanhante como
O plano será apresentado à receber o documento já é uma completar seis meses ou mais.
previsto no texto legal.
equipe obstétrica para que tenha violação do seu direito.
16 17
Mais alguns informes sobre os na empresa onde você exerce denominada de enema; • Comentários inaceitáveis
‘alimentos gravídicos’ atividade e haverá a garantia do 2. retirada dos pelos pubianos, sobre sua anatomia,
Esse tema foi abordado no emprego por até cinco meses chamada de tricotomia; estado civil, condição
Capítulo 1 (Gestação). Mas aqui após o parto. À exceção da- socioeconômica, raça, cor,
3. aplicação do “sorinho”, na
vamos alertar para a importân- quelas mulheres que tenham etnia, idade, escolaridade,
verdade, ocitocina sintética
cia da puérpera (ou represen- cometido alguma falta grave, situação conjugal,
através de infusão intrave-
tante legal) comunicar sobre o como previsto no rol das demis- quantidade de filhos,
nosa para acelerar o traba-
nascimento à advogada/o ou à sões por justa causa. orientação sexual, etc.,
lho de parto, sem concor-
defensora pública. A providên- incluindo ameças, ofensas,
dância da mulher;
cia cabível e que, juridicamente, 2.2 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: humilhações, xingamentos e
4. de corte no períneo sob
deve ser tomada é a da conver- PARIR DEVE SER SEGURO E comportamentos agressivos e
o argumento que irá au-
são dos ‘alimentos gravídicos’ COM DIGNIDADE ríspidos;
mentar a cavidade genital
em ‘pensão alimentícia’. para auxiliar a passagem • Amarrar a mulher;
O cuidado com a mulher que No momento do parto a violên- do bebê, denominada de • Ausência de hidratação ou
decidiu pela entrega legal cia é exemplificada da seguinte episiotomia; dieta zero (sem alimentação)
para a adoção maneira: 5. pressão sobre a barriga da durante o trabalho de parto;
Nos casos em que a mulher • Atendimento sem parturiente para empurrar o
• Indicação falsa e sem
desejar, precisar ou decidir pela acolhimento durante todas bebê sob o argumento de
evidência científica para
entrega legal para a adoção, as fases que deflagram a auxílio para agilizar o nasci-
realização de cesariana
obedecidas todas as garan- chegada do bebê, desde os mento, chamada de mano-
eletiva;
tias e previsões legais, a Lei nº pródromos até o nascimento bra de Kristeller (proibida
por Lei no Estado do RJ); • Obrigar a mulher a ficar
12.010/2009 facultará, entre ou- da placenta;
deitada em posição de
tros, o direito de receber aten- 6. desrespeito ao plano de
• Negativa de acompanhante litotomia (aquela posição
dimento psicossocial gratuito. parto;
em todas as fases de ginecológica, deitada com
preparação de qualquer 7. intervenções no corpo da
O pós-parto e a mulher traba- as pernas elevadas por
modalidade da via de mulher sem qualquer tipo
lhadora apoios) e/ou proibir de se
nascimento; de explicação e/ou sua
Importante saber que o nasci- movimentar e escolher a
anuência;
mento deverá ser informado • Realização rotineira de: posição que melhor lhe
8. toque para verificar a dilatação. convier.
1. de lavagem intestinal,
18 19
2.3 QUE DIFERENÇA FAZ TER f832582020049046e?OpenDo- K. Fukuzawa; Anna Cuthbert.
UMA DOULA NO PARTO? cument]. Publicado pela primeira vez: 6
de julho de 2017. Grupo Edi-
Doulas não interferem na atu-
torial: Cochrane Pregnancyand-
Doulas são profissionais treina- ação da equipe médica, elas
ChildbirthGroup], concluiu que
das e capacitadas para oferecer caminham ao lado da gestante
o apoio de uma doula é mais
suporte emocional e físico con- defendendo e respeitando o
eficaz na redução de cesarianas
tínuo para a gestante durante e princípio de que a mulher é
do que se feito pelo pessoal do
logo após o parto, que apoiam a grande protagonista desse
hospital, amigos ou familiares.
que as escolhas da mulher e momento tão singular em sua
reforçam o ato de parir como o vida. A doula faz tudo para que Importante dizer que a pre-
evento fisiológico que ele é. a mulher faça o seu parto, com sença da doula não obriga a
auxílio de métodos não farma- mulher escolher entre esta e
O serviço é prestado por al-
cológicos para suportar a dor e sua/seu acompanhante. A Lei
guém, com certificação própria
todas as fases do trabalho de garante acesso conjunto para
para isso, conforme Classifica-
parto, tais como:massagens, que a mulher tenha um suporte
ção Brasileira de Ocupações
banhos, técnicas de relaxamen- de ambos.
3221-35 do Ministério do
to, sugestões de posições
Trabalho. Ou seja, as pessoas
mais confortáveis, mostra
estudam e se especializam para
formas de respiração, etc.
fazer disso uma profissão, mais
[http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/
que uma vocação. Existem diversos estu-
contlei.nsf/c8aa0900025fee-
dos científicos sobre a
Em diversos estados e municípios f6032564ec0060dfff/f6a4b-
relevância do papel da
o trabalho da Doula já é definido dfe5bb46c4383257fd4005a-
doula no processo de
por leis, que limitam e dizem o 506c?OpenDocument] e no
parturição. A revisão mais
que uma Doula deve ou não fazer município do Rio, a Lei Municipal
recente de estudos de
e como deve ser sua atuação. 6365/2017 [http://mail.camara.rj.
todo o mundo [Meghan A
Vale a pena saber como está na gov.br/APL/Legislativos/contlei.
Bohren; G. Justus Hof-
sua cidade. No estado do Rio de nsf/50ad008247b8f030032579e-
meyr; Carol Sakala; Rieko
Janeiro temos a Lei Estadual a0073d588/d2a0ac1e743717f-

20 21
CAO
2.4 MECANISMOS DE DE-
NÚNCIA: NÃO SE CALE! O Centro de Apoio Operacional
das Promotorias de Justiça de
Comissão do Cumpra-se da Violência Doméstica contra a Mu-
ALERJ lher e Núcleo de Gênero – CAO
instituiu o Núcleo de Gênero do
“Cumpra-se!” é uma comissão
Ministério Público, responsável
especial da Assembleia Legisla-
pelo suporte às Promotorias de
tiva que atua pelo cumprimento
Justiça atuantes pelos direitos e
das leis estaduais articulando
garantias individuais e coletivos
diversos órgãos e organizações
das mulheres, sejam, ou não,
para que os direitos sejam asse-
vítimas de infrações penais. O
gurados. Ao receber uma denún-
Núcleo de Gênero está disci-
cia de descumprimento de uma
plinado na Resolução GPGJ nº
lei, são acionadas ações seja nos
2.052/2016. Fonte: <http://www.
locais sejam audiências públicas
mprj.mp.br/conheca-o-mprj/
que buscam cobrar de quem
areas-de-atuacao/violencia-do-
deve executá-la. Serviço: mestica
Rua do Ouvidor, 90/4° andar.
Comissão Especial pelo cumpri- de atendimento especializado
Centro. Rio de Janeiro/RJ.
mento das Leis na promoção e na defesa dos
(21) 2332-6371 Informações do CAO:
direitos das mulheres no Rio de
E-mail: cumprasealerj@gmail.com nudem.defensoriarj@gmail.com Violações dos direitos das
Janeiro. A Defensoria Pública do
mulheres podem ser noticia-
Estado do Rio de Janeiro saiu na
Nudem. Defender direitos é Atendimento: das por meio da Ouvidoria,
frente e criou, ainda na década
com a gente! 2ª a 5ª feira, das 10 às 18h através do E-mail:
de 1990, um serviço destinado
(pede-se chegar até às 16h) cao.vd@mprj.mp.br.
O Núcleo de Defesa dos Direitos às mulheres - atualmente, uma
6ª feira, das 10 às 16h (apenas
da Mulher Vítima de Violência realidade nas defensorias públi-
casos de urgência)
de Gênero (Nudem) é um órgão cas do país.

22 23
Canal Violência Obstétrica O conteúdo do seu relato
FALE será enviado para o NUDEM,
onde serão analisados para a
Em parceria com o NUDEM,
promoção de atos de pre-
a ADoulasRJ criou o site
venção e combate à violência
www.violenciaobstericafale.
obstétrica no Rio de Janeiro,
com.br.
bem como para a orientação
Nele você encontrará mais jurídica junto à Defensoria Pú-
informações sobre o tema, blica, caso seja possível essa
bem como poderá registrar o destinação.
seu relato.
É direito seu solicitar o pron-
Importante que você tenha a tuário do seu atendimento
maior quantidade de infor- em qualquer unidade de
mações possíveis. Você pode saúde. A negação do acesso
solicitar ao serviço de saúde ao prontuário, ou mesmo
onde está seu prontuário, reter o cartão de gestante ou
bem como ter anotado dados seus dados de atendimento é
sobre a equipe que fez seu uma violação. No entanto, é
acompanhamento, desde o possível que o pedido tenha
pré-natal ou no parto. Tam- que ser solicitado pela própria
bém é importante dispor pessoa ou por um represen-
de dados de possíveis tes- tante que tenha condições de
temunhas, do local e data, fazê-lo nas formas da lei.
tendo como base as situações
Não se cale!
descritas nas seções 1.3 e 2.3
desta cartilha.

24 25
CEDAW

A Convenção para a Eliminação em discriminação, por tratar-se de


3. Puerpério
de Todas as Formas de Discrimi- questão exclusiva da saúde e da
3.1 RESGUARDO X
nação contra as Mulheres (Ce- integridade física feminina.”
PUERPÉRIO: QUAL A
daw) é um órgão ligado à ONU,
Esta foi uma decisão sobre vio- DIFERENÇA?
competente para responsabilizar
lações de direitos humanos por
um Estado/Nação que descum- Muitas de nós fomos habitua-
morte materna e representa um
pre seu papel de prestar atendi- das a associar o período pós
passo inédito e importante para o
mento adequado. O precedente nascimento como resguardo,
avanço em relação ao 5º Objetivo
é o Caso Alyne Silva Pimentel Tei- designado pelo período de
de Desenvolvimento do Milênio
xeira. Em 2011, o Cedaw respon- 40 dias após nascimento, seja
e para a garantia de direitos e de
sabilizou o Estado brasileiro por através do parto ou de uma
acesso à saúde sexual e repro-
não cumprir seu papel de prestar cirurgia.
dutiva de qualidade a todas as
o atendimento médico adequado
mulheres, sem qualquer tipo de Acontece que o resguardo,
desde o início das complica- nos primeiros anos de vida do
discriminação. Fonte: https:// equivocadamente, é considera-
ções na gravidez de Alyne. Para bebê, como alterações físicas
nacoesunidas.org/nota-de-reco- do como sinônimo do puerpé-
o órgão, a assistência à saúde e emocionais, já que também
nhecimento-da-onu-brasil-a-repa- rio. Mas não são a mesma coisa.
uterina e ao ciclo reprodutivo é aconteceu um (re) nascimento
racao-feita-pelo-governo-brasilei- O puerpério é relativo e muito
um direito básico da mulher e a da mulher como a mãe, com
ro-ao-caso-alyne-pimentel/ pessoal, pois trata do tempo
falta dessa assistência consiste adaptações à nova rotina com o
que cada mulher necessita
bebê em casa.
para se recompor da gestação,
tanto em termos hormonais É muito importante que você
Informações do CEDAW:
quanto corporais. Ele se inicia busque apoio nessa fase. E
Para mais informações entre em contato com Thays Prado, Assessora
junto com o resguardo, mas caso necessite, busque supor-
de Comunicação da ONU Mulheres Brasil, através do e-mail thays.
pode durar por até 2 anos após te na unidade de saúde onde
prado@unwomen.org ou pelos telefones (61) 3038-9140 / 8134-0240
o parto, visto que muitas mu- você fez o pré-natal se tiver
danças ocorreram ao longo da quaisquer sintomas físicos ou
gestação e outras ainda virão emocionais.
26 27
sivamente, com leite materno meses tinham o direito a dois seus filhos, inclusive amamen-
até completar seis meses de intervalos, de meia hora cada, tá-los, no mínimo, até 6 (seis)
vida quando será realizada a durante a jornada de trabalho, meses de idade (art. 83, § 2º).
introdução alimentar em con- especificamente para a ama-
junto com o leite humano até mentação. Contudo a reforma
mais de dois anos de idade. trabalhista alterou essa norma 3.4 COMO UMA DOULA
dando margem que os horá- PODE TE AUXILIAR NESSA
Você pode amamentar onde
rios para amamentação sejam FASE
e quando quiser, mesmo que
estabelecidos mediante acordo
seja em locais públicos, sem No resguardo e no puerpério a
individual, registrando hábitos já
que seja constrangida por doula faz visitas de acordo com
praticados entre empregadores
alguém ou pelo local. A Lei as condições previamente acor-
e puérperas. Necessário infor-
Estadual nº 7115 de 2015 pro- dadas, normalmente no período
mar que o tempo diário de uma
tege esse direito e o estabele- de até 2 meses após o nasci-
hora dedicado à amamentação,
cimento pode ser multado caso mento, onde oferecerá suporte
permanece, mas ele poderá ser
venha a descumprir a mesma em relação aos cuidados com a
fracionado conforme as necessi-
(http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/ mãe e o bebê, especialmente,
dades da mãe e da empresa.
CONTLEI.NSF/c8aa0900025fe- no que diz respeito à amamen-
ef6032564ec0060dfff/65a- Somado a isso o Estatuto da tação, indicando, se for o caso
08e2d4384e05083257f0a- Criança e do Adolescente (ECA) encaminhamento ao banco de
005cb28a?OpenDocument). dispõe que o poder público, as leite mais próximo ou a con-
instituições e os empregadores tratação de uma consultora de
ofertarão condições adequadas amamentação.
3.3 OUTROS DIREITOS DA ao aleitamento materno, inclu-
Nesta fase, em que todos os
3.2 AMAMENTAR É BOM E É PUÉRPERA sive aos filhos de mães sub-
olhos estão voltados para a che-
SEU DIREITO E DO BEBÊ! metidas à medida privativa de
Seguindo a recomendação liberdade. Dessa forma, a Lei de gada do novo membro da famí-
A Organização Mundial de elencada no item 3.3, o artigo lia, a Doula mantem-se atenta
Execuções Penais prevê estabe-
Saúde (OMS) e o Ministério 396 da CLT garantia que as às necessidades da puérpera
lecimentos penais destinados a
da Saúde recomendam que o mães que voltassem ao trabalho buscando apoia-la nesta fase de
mulheres com berçário, onde as
bebê seja amamentado, exclu- antes de o bebê completar seis adaptações.
condenadas possam cuidar de
28 29
D o u la a Q u e m Q u ise r
Adriana Dias Santos . Adriana Vieira . Alessandra Cruz . Alice Magalhães . Amanda Lazzarotti

4. Sobre o
. Ana Kacurin . Ana Lucia de Andrade Baptista . Ana Maria Quintela Maia . Ana Paiva Garcia .
Andrea Resende . Angélica Lyra . Angelita de Oliveira Garcia . Anna Carolina Corrêa . Associação
de Doulas da Bahia . Ayala. Bianca Assis Oliveira de Paula . Bianca Balassiano Najm . Bianca
Ventapane . Bruna Betoli Bezerra . Camila da Silva Antunes . Carlos Cavalcanti . Carmen Lucia
Reguffe . Carol Fazu . Carol Herr . Carolina Bessa Ferreira de Oliveira . Carolina Junqueira .
Carolina Trindade de Azevedo . Cecília Lima . Cecilia Vaz . Cintia Oliveira de Moura . Cintia
Rodrigues . Coletivo Mãe Possível . Cristina Neves . Dani Porto . Daniela Cecchi. Danielle
Balassiano Ptak . Darlin Borges. Dayane Zimmermann de Oliveira . Deisemar Santos Valença .
Dilma Negreiros . Dorothy Neves Figueiredo . Érica Soares . Erika Puppin . Fabiana Pereira da
Motta . Faliny Barros Rezende . Fernanda Capuruço Leonel. Fernanda Melino . Flavio Henrique
Louzeiro Cardoso . Gabi Domingues . Gabriel Felipe Henriques de Morais Fonseca . Gabriela
O projeto Doula a Quem Quiser foi a inovação de políticas públicas . Germannia Maia . Guilherme Domingues Fritz . Hapha Antoniolli. Herlane Barros Doula .
Ilvangela Paiva . Isabel Cristina Pereira . Isabella Dias . Isabour Estevão. Isaura Cronemberger
selecionado juntamente com outros que a previnam e combatam.
. Israel Pacheco . Ivanice Pereira da Hora . Izabel Ramos . Janaína Teresa Gentili Ferreira de
14 trabalhos no edital “Negras Além disso, realizamos oficinas Araújo . Jésssica Amorim . Joanna Duarte . Jorcely Barroso . Jorge Henrique de Oliveira Simas
Potências” - novo formato de finan- com profissionais de saúde téc- . Josue Jovio . Ju Menezes Doula . Júlia Peredo Sarmento . Juliana Borges da Silva . Juliana
Bravin . Juliana de Lima Ribeiro .Juliana Nunes . Juliana Santiago Santos . Juliana Silva de
ciamento coletivo da plataforma nicos envolvidos; roda de ges- Andrade . Jurema Salles Fonseca . Keline de Paula . Kelly Diniz . Lady Targino . Lannia Simão
Benfeitoria com o Instituto Movi- tantes em unidades básicas de Bellizzi . Lara Maringoni Guimarães . Laura Ramos Torres .Letícia Lima . Letícia Rosa Werneck
de Freitas . Leticia Santos Guilhon Albuquerque . Lettycia Vidal . Lia Paiva Paula . Luana Moraes
mento Coca-Cola Brasil em parceria saúde, buscando acompanhar . Luara Fernandes França Lima . Lucas Rolim Fischer Silva . Luciana Lopes Lemos . Luciana
com o Fundo Baobá. mulheres durante o trabalho de Moletta . Luciana Xavier . Luiza Pais da Costa . Luiza Zelesco Barretto . Madalena Sapucaia .
Marcela Artese . Marcia de Mello Dias . Marcia Navarro . Marcos Huet Nioac de Salles . Maria
parto e puerpério, em prol da Carolina Lobão del Castillo . Maria Celia M T Cruz . Maria Cristina da Silva Gioseffi . Maria
Dentro dos seus objetivos, ele
constituição de modelagem de Damaceno . Maria Elizabeth Batista Moura Diniz Campos . Maria Neusa dos Santos Oliveira .
busca promover o acesso à Mariana Birindiba Batista . Mariana Boechat de Abreu . Mariana De Lima Medeiros . Mariana
atuação de Doulas também na Marcilio . Mariana Ritter Rau . Marianna Muradas . Marianne Azevedo Bulhões . Marina Athayde
informação de qualidade sobre
assistência primária. Gonçalves . Marina Barbalioli Macedo . Marina Teresa Gentili Ferreira . Martha Gusmão. Mazé
gestação, parto e puerpério, Mixo . Mirian Ancelme . Monica Sapucaia. Morgana Eneile . Nádia Carvalho da Silva . Naila
atentando quanto à violência Pereira Souza . Namíbia Rodrigues . Nara Lis Oliveira Reis . Natália de Castro . Nathalia Martins
Barbosa de Queiroz . Neiva Lima Domingues Torres . Norval Batista Cruz . Paola Machado
obstétrica para mulheres e 4.1 CONHEÇA NOSSAS/OS . Parola Advogados Associados . Patricia Freitas . Patricia Regina Ramos .Paula C Grassini .
profissionais de saúde. Através BENFEITORAS/ES Paula Inara R Melo . Paula Vilela . Pedro Henrique Pereira Prata . Priscila Camacho . Priscila
Cristine Viana Mendes . Priscila Guedes de Carvalho . Quele C. G. Pícoli. Raphael El-Bainy
do projeto, produzimos este . Rebeca Furtado de Melo . Rejane de Almeida . Renata Silva Duarte. Renata Brandão de
material impresso e digital, bem Para que este projeto fosse Holanda Cavalcanti . Renata da Azevedo M. da Silva . Renata Del Vecchio Gessullo . Renata
Rosolem . Ricardo S. Barbosa Junior . Roberta Calábria . Roberta Cristina O. Amaral Falheiro .
como o site www.violenciaobs- realizado, foi necessário a Roberta Jardim . Rogéria Peixinho . Roma Gonçalves Lemos . Rosana Seager . Rosana Silveira
tetricafale.com.br, para receber mobilização e doação de Lopes . Rosilane Menezes . Sandra Maria Cunha de Faria Castro . Scheilla Nunes Gonçalves .
Severine Macedo . Simone Peixoto Gonçalves . Luciana Soares . Susanne Lee Shinneder Alves
denúncias sobre a atenção obs- recursos de pessoas físicas
de Oliveira . Tahmires Lovisi . Taiane Rocha Braga Ducommun . Taís da Motta Lima Buchner
tétrica no estado, identificando e organizações a quem . Tamara Rothstein . Tatiana Guimaraes .Thaísa Paula Rangel Leite . Thaisa Rudge . Valeria
as ocorrências e possibilitando agradecemos e apresentamos: Oliveira da Silva . Vanessa M Monte Stiepcich . Vania Belli . Vania Carnéro Neves da Rocha .
Veronica Processi . Verônica Silveira . Victor Rodrigues . Zilda Santos.
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www.violenciaobstetricafale.com.br

Realização

Financiamento

Apoio

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