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Comportamento
Relacional
Comportamento Relacional
Manual do Formador
Ficha Técnica
Autoras
Leonor Diniz
Marinela Carmelino
Título
Colaboração Técnica
Local de Emissão
Lisboa
1ª Edição
Setembro de 2007
2
INDICE
Perfil do Formador……………......………………………………….............................................. 4
Introdução ................................................................................................................................... 7
Questionário de Pré-Formação............................................................................................. 14
Capítulo I
Estratégias para um comportamento eficaz
1.1 Estratégias para um relacionamento eficaz .........…………………............................................ 15
1.2 A Assertividade……………………........………………….…………............................................. 41
1.3 Gestão de conflitos……………………………………………………............................................. 51
Capítulo II
Programação Neuro-Linguística
PNL - Programação Neuro-Linguística…….....……....…………………............................................ 57
58
Capítulo III
Inteligência Emocional
Inteligência Emocional ..................................................................................................................... 77
78
Capítulo IV
Estilos de Liderança
Estilos de Liderança ........................................................................................................................ 95
96
Questionário de Pós-formação ............................................................................................. 114
3
Perfil do Formador
1. Competências pessoais
• Autoconfiança;
• Auto controlo emocional;
• Capacidade de relacionamento interpessoal;
• Adequação da postura à função exercida.
3. Competências pedagógicas
4
OBJECTIVOS GERAIS
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
5
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Dados os objectivos definidos para este curso, sugere-se o recurso a metodologias práticas,
nomeadamente jogos pedagógicos, trabalhos de grupo e simulações que contribuam para a
reflexão individual e de grupo e partilha de experiências e ainda a vivência de situações
próximas da realidade dos participantes, visando a aplicação de novas estratégias na sua
actividade profissional.
O formador deverá dar “espaço” suficiente aos participantes para que possam trocar opiniões e
experiências sobre a realidade do seu quotidiano profissional pois este “desabafo” por parte
dos formandos revela-se muitas vezes essencial para o sucesso da formação. Não obstante, o
formador deve procurar não se pronunciar sobre as regras e normas específicas do sistema,
visando sim que os formandos apreendam os conteúdos programáticos, se revejam nos
objectivos do curso e retirem da formação conhecimentos que lhes possibilitem melhorar a sua
atitude e desempenho profissionais.
Para as actividades mencionadas no plano de sessão, foi feita uma ficha de exploração,
referindo-se o objectivo pedagógico do exercício, instruções de procedimento para a
implementação prática, indicação do tempo recomendado e ainda o material necessário para a
realização da actividade. Obviamente que com esta ficha de exploração não se obriga a seguir
uma linha directiva rígida de actuação mas antes sugerir uma possível forma de intervenção.
Relativamente aos tempos, deverão também ser encarados como indicações dado que cada
grupo, e mesmo os formadores, têm o seu próprio ritmo, sendo necessário acelerar aqui e
prolongar mais além.
6
Introdução
Mais do que uma ferramenta de leitura, pretende-se que este manual seja uma ferramenta de
acompanhamento, consolidação de ideias e de actividades práticas que dizem respeito aos
temas abordados. A informação contida neste manual só terá verdadeiros benefícios se for
utilizada adequadamente pelo formador, podendo o mesmo seleccionar as actividadades de
acordo com o grupo-alvo.
Se a Maleta Pedagógica “Comportamento Relacional” (composta por um Manual do
Formando, um Manual do Formador e um Guião de Videograma) for utilizada nos
Questão sugerida
Estabelecimentos Prisionais e/ou em auto-formação, os conteúdos deste Manual de
Formador podem ser um apoio excelente para uma maior sensibilização das temáticas e
para uma reflexão mais aprofundada dos assuntos.
Pretende-se, deste modo, incentivar os profissionais para a gestão do seu conhecimento e
das suas competências, procurando facilitar as atitudes imprescindíveis para um verdadeiro
CRESCIMENTO EM ESTRELA: Dignidade humana, Rigor, Criatividade e Inovação,
Comunicação, Espirito de Equipa, Lealdade, Transparência e Honestidade.
O presente manual está dividido em quatro capítulos que abordam os principais temas
referentes ao Comportamento Relacional. Tem como início a identificação das principais
Estratégias para um Relacionamento Eficaz, nomeadamente: a Gestão de Conflitos, o
Comportamento Assertivo, o estabelecimento de Perguntas e Reformulações numa correcta
Comunicação e a Preparação e Dinamização de Reuniões. O segundo capítulo aborda a
Programação Neurolinguística (PNL) que surge como mais um contributo de ordem
conceptual e pragmática que permite compreender o fenómeno comunicativo à luz das mais
modernas teorias. O terceiro capítulo centra-se na temática Inteligência Emocional,
procurando-se com o mesmo reconhecer o impacto das emoções na vida pessoal,
profissional e social. O quarto capítulo refere-se aos diferentes Estilos de Liderança, tema
imprescindível num curso de chefias. Esta ferramenta termina com um capítulo conclusivo
dedicado à articulação final das diferentes temáticas.
Sendo esta uma ferramenta de formação concebida para ser utilizada especialmente
em sala, pretendeu-se atribuir-lhe um carácter prático e funcional, de tal forma que o
formador possa seguir as orientações metodológicas sem estar preso à planificação
sugerida, podendo recorrer aos exercícios propostos ou a outros alternativos.
7
INDICAÇÕES DE UTILIZAÇÃO DO MANUAL DO FORMADOR EM ARTICULAÇÃO COM O
MANUAL DO FORMANDO
Área de
Área de identificação
identificação da actividade
do capítulo
Área de
actividades
Área
descritiva
Paginação
Área descritiva: Esta é a área dedicada à informação sobre determinado tema. É composta
por texto e figuras ilustrativas dos conceitos apresentados.
Área de actividades: Área reservada à componente prática com a realização das diferentes
actividades propostas.
Dado os objectivos definidos para este curso, sugerimos que a abordagem se processe
sempre a partir das experiências dos formandos, garantindo a possibilidade de todos
intervirem com as suas opiniões e comentários. A primeira sessão deverá permitir o
estabelecimento de ligações afectivas entre os formandos e entre estes e o formador, bem
como a criação de um clima favorável à patilha de emoções e experiências.
8
Itinerário Pedagógico
PLANO DE SESSÃO
CONTEÚDOS TEMPO
ACTIVIDADES DIDÁCTICAS MEIOS E RECURSOS
PROGRAMÁTICOS (minutos)
9
PLANO DE SESSÃO
CONTEÚDOS TEMPO
ACTIVIDADES DIDÁCTICAS MEIOS E RECURSOS
PROGRAMÁTICOS (minutos)
• Sistemas de • Enunciados do
Representação ACTIVIDADE questionário
predominantes Questionário individual sobre as • Papel e canetas
• Erros de preferências sensoriais • Slides 20 a 27
avaliação da Imagens da percepção
Percepção
ACTIVIDADE
Exercício “O Pintor ou Retrato Robot”
• Computador 60
ACTIVIDADE • Projector multimédia +
• Estilos compor- • Questionário de auto-diagnóstico • Guião do videograma 30
tamentais: sobre estilos comportamentais • Quadro e canetas
agressividade, Visionamento do filme • Enunciados do
manipulação, “Assertividade” ou do Sketch III questionário
passividade e do Videograma “Rendição na
• Slides 31 a 34
assertividade torre de vigia”
• Sinais exteriores Trabalho de grupo para
de cada estilo de identificação dos estilos
comportamento comportamentais visionados
Debate informal sobre o filme
10
PLANO DE SESSÃO
3º Dia (sessão de 6 horas) – Gestão de Conflitos
- Preparação de reuniões
CONTEÚDOS TEMPO
ACTIVIDADES DIDÁCTICAS MEIOS E RECURSOS
PROGRAMÁTICOS (minutos)
• Determinação • Enunciados dos
ACTIVIDADE
das emoções exercícios
- “ História Verdadeira ou história
(cont.) • Canetas e papel
Falsa”
• Tipos de conflitos • Quadro
Trabalho de grupo “Reconheça a
• Gestão de Assinatura Biológica das suas 60
conlfitos Emoções”
ACTIVIDADE
Questionários “Gestão de Conflitos”
seguido de “Estudo de Caso”
• Impacto da • Enunciados dos
consciência exercícios
emocional sobre ACTIVIDADE • Canetas de várias cores
60
o desempenho Questionário “Avalie o seu • Papel (cavalete)
profissional Quociente Emocional” • Computador e
videoprojector
• Slide 40 a 49
• Autocontrolo e ACTIVIDADE • Enunciado dos
gestão do stress Trabalho de grupo para exercícios
identificação dos principais • Quadro
problemas com que os formandos • Canetas e papel 75
se deparam no seu quotidiano +
profissional 20
ACTIVIDADE • Baralho de Cartas (3 +
• Visionamento do Sketch V do figuras para pensar) 40
videograma “Transferência de • Projector multimédia +
dois reclusos” • Guião de videograma 10
• Leitura do texto “O Monge e o • Slide 50 a 52
Samurai”, seguida de breve
comentário
• Preparação e ACTIVIDADE • Enunciados dos
dinamização de Trabalho de grupo - formandos exercícios
reuniões deverão preparar uma agenda de • Canetas e papel
uma reunião, com tópicos • Quadro
fornecidos pelo formador, cujos • Exercício ( da parte
assuntos a abordar na agenda deles o que é que
• Reconhecimento são os vigentes num podem fazer para 60
da necessidade estabelecimento prisional mudar) +
de aplicação das ACTIVIDADE
30
técnicas de Apresentação das agendas de
comunicação, reunião dos diferentes grupos
motivação e seguido de debate
confiança e auto- ACTIVIDADE
confiança Jogo da cabra-cega ( fim do 3º dia ou
início do 4º dia)
Síntese final da sessão
5
FIM DO 3º DIA
11
PLANO DE SESSÃO
4º dia (sessão de 6 horas) – P-N.L. – Programação Neuro-linguistica
- Gestão de Conflitos
CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS ACTIVIDADES DIDÁCTICAS MEIOS E RECURSOS TEMPO
(minutos)
12
PLANO DE SESSÃO
5º Dia (sessão de 6 horas) – Estilos de Liderança
l
CONTEÚDOS TEMPO
ACTIVIDADES DIDÁCTICAS MEIOS E RECURSOS
PROGRAMÁTICOS (minutos)
• Utilização das ACTIVIDADE • Enunciados dos
técnicas Abordagem da temática exercícios
abordadas no “Liderança” • Canetas e papel
relacionamento Trabalho de grupo para identificar • Computador
interpessoal no as componentes de uma • Projector multimédia e
contexto Liderança adequada ao contexto slide 87 a 91
organizativo profissional no qual os formandos
desenvolvem a sua actividade
• Apresentação ACTIVIDADE
dos diferentes
• Apresentação e discussão dos
estilos de
resultados
Liderança
ACTIVIDADE 40
+
• Apresentação 60
das funções do • Jogo pedagógico “Tarefas para +
Lider um líder” 40
• Discussão dos resultados +
145
• Estilos de Liderança
ACTIVIDADE
13
Questionário de Pré-Formação
Este questionário não tem carácter avaliativo. Servirá apenas para aferir os conhecimentos já
adquiridos ou a adquirir. No Final, preencherá um questionário igual, onde poderá confirmar
ou consolidar os seus conhecimentos. As soluções aparecem nos anexos. Assinale na
coluna de V (verdadeiro) ou F (falso) consoante a sua interpretação.
V F
1 A forma como inter-relacionamos com os nossos semelhantes
depende directamente da forma como comunicamos com eles.
2 Uma das funções da Comunicação é a persuasão.
3 No acto comunicativo, contam somente os interlocutores.
4 As mensagens são sempre inalteráveis ao atravessarem os canais
de comunicação.
5 Com o nosso comportamento podemos gerar ou influenciar de
forma positiva o comportamento do receptor.
6 Existem 3 estilos comportamentais que reflectem os 3 tipos de
comunicação
7 O indivíduo agressivo tem uma grande necessidade de se mostrar
superior aos outros, e por isso, é excessivamente crítico.
8 O Estilo Manipulador caracteriza-se pela defesa dos direitos dos
outros
9 A atitude assertiva é a base para a resolução dos conflitos
10 O conflito não faz parte das relações interpessoais.
11 Uma das vantagens dos conflitos é a criação de clima negativo
12 Nas várias abordagens dos conflitos, é consensual que existem dois
grandes grupos de conflitos.
13 Um dos pressupostos para a gestão eficaz é a preservação da
dignidade e o auto-respeito.
14 Na condução ou dinamização de reuniões, é sempre necessário
utilizar a metodologia expositiva
15 Uma das funções de liderança em reuniões, mais do que solucionar
rapidamente o problema, deverá antes de mais diagnosticá-lo.
16 A PNL pressupõe a gestão das suas actividades mentais, que lhe
permite um melhor auto-controlo.
17 É possível não comunicar.
18 A PNL utiliza o código visual, auditivo e quinestésico.
19 Uma das cinco competências emocionais e sociais características
da Inteligência Emocional é a Motivação
20 A melhor forma de estimular a Inteligência Emocional dos seus
colaboradores é através de um controlo rigoroso das suas acções.
21 A liderança é um processo relacional e de influência.
22 A posição de liderança é definitiva e vitalícia
23 A característica principal da Liderança Liberal, Passiva ou “Laissez-
faire”, ao nível do grupo, é a produtividade.
24 A Liderança Democrática ao nível do grupo o trabalho desenvolve-
se a um ritmo suave e seguro, mesmo quando o líder se ausenta.
14
CAPÍTULO I
Estratégias para um comportamento eficaz
15
1.1 Estratégias para um relacionamento eficaz
ACTIVIDADE – Apresentação
OBJECTIVO:
Conhecimento dos formandos. Criar clima de relacionamento afável. Começar a criar espírito
de grupo, identificando os pontos em comum.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. Após a apresentação do formador, este distribui pelos formandos o enunciado do guião
de apresentação, pedindo-lhes que o preencham evitando frases longas e optando por
palavras-chave;
2. Cada formando deverá apresentar-se, escolhendo os aspectos que prefere focar, sem
necessidade de seguir a ordem do guião;
3. O formador deverá incentivar a criatividade dos formandos, de modo a que os outros
se lembrem dele.
16
GUIÃO PARA APRESENTAÇÃO
Comece por fazer o inventário evitando frases longas e optando por palavras-chave (duas a
três no máximo).
Quando chegar a sua vez de se apresentar, escolha quais os aspectos que prefere focar sobre
a sua pessoa (não necessita de se seguir a ordem dada). Seja criativo na sua apresentação de
forma a que os outros se lembrem de si.
1. Gosto que me tratem por
……………………………………………………………………………………………
2. Os dois adjectivos que melhor me definem são
……………………………………………………………………………………………
3. As três coisas que eu mais gosto de fazer são
……………………………………………………………………………………………
4. Os meus dois piores defeitos são
……………………………………………………………………………………………
5. A minha melhor qualidade é
……………………………………………………………………………………………
6. Os três valores que mais aprecio são
……………………………………………………………………………………………
7. Espero deste curso
……………………………………………………………………………………………
8. Temo que este curso
……………………………………………………………………………………………
9. Espero que o formador seja
……………………………………………………………………………………………
10. O meu maior sonho é
……………………………………………………………………………………………
11. Uma boa recordação
……………………………………………………………………………………………
12. Se pudesse ser um animal qual escolheria?
……………………………………………………………………………………………
13. Qual a minha maior preocupação actual?
……………………………………………………………………………………………
14. Como resumiria numa palavra a minha vida?
……………………………………………………………………………………………
15. Quem sou eu? Sou...
……………………………………………………………………………………………
17
ACTIVIDADE - Componentes de um Relacionamento Eficaz
OBJECTIVO:
Enumerar as componentes de um relacionamento pessoal e profissional eficaz. Concluir que
uma comunicação eficaz é um dos factores essenciais para o alcançar.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. O formador deve realizar um mini-brainstorming de modo a apurar quais as
componentes de um relacionamento eficaz, devendo registar no quadro as opiniões
dos formandos e, no final, sintetizar e retirar as devidas conclusões, dando especial
enfoque às componentes comunicacionais;
2. Em seguida, o formador deverá questionar o grupo sobre a importância da
comunicação no relacionamento pessoal e profissional.
De início poderá fazer a seguinte proposta de actividade, pedindo aos formandos que
respondam à questão que se segue, escrevendo no espaço abaixo reservado para o efeito:
18
ACTIVIDADE – Apresentação e visionamento dos Sketchs do Videograma
Vem acompanhado por um Guião que integra seis cenas inspiradas no dia-a-dia dos
Estabelecimentos Prisionais Portugueses, constituindo-se, assim, verdadeiros estudos de caso
de apoio à formação ao longo da vida dos profissionais da Direcção Geral dos Serviços
Prisionais.
OBJECTIVOS:
Aplicação dos saberes em contexto profissional.
Treino de competências de relacionamento interpessoal.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. O formador deve apresentar o videograma e o guião de videograma explicitano os
seus objectivos.
2. Pretende-se que a utilização deste material seja o mais dinâmica possível,
cabendo ao formador a escolha dos momentos oportunos para a apresentação de
cada Sketch. Os momento propostos no plano de sessão são uma de várias
possibilidades.
3. O formador apresentará cada Sketch com duas cenas, aproveitando-o como
complemento dos exercicios que o antecedem e sucedem. Em alternativa poderá
propor aos formandos um role-play que demonstre as atitudes mais correctas a ter
em cada situação não apresentando assim a cena correcta, ou mostrando-a no
final como complemento.
19
ACTIVIDADE - Exercícios sobre Factores Dificultadores e Facilitadores da
Comunicação
OBJECTIVO:
Reconhecer a importância da comunicação no relacionamento interpessoal, quer a nível
profissional, quer pessoal. Identificar os principais obstáculos à comunicação eficaz.
Reconhecer as melhores formas de ultrapassar esses obstáculos.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
O formador começará por fazer a ligação com o exercício anterior, salientando a ênfase
colocada nas competências comunicacionais para existir um relacionamento eficaz. Poderá
começar por colocar a seguinte questão:
• “Mas porque será que se diz que é tão difícil comunicar? O que é que acham?”
20
JOGO - Mensagem em Cadeia
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1ª. ETAPA
1- O formador divide o grupo em formandos do lado direito e formandos do lado esquerdo,
imaginando uma linha divisória longitudinal na sala.
2- O formador explica o objectivo do exercício e as regras de funcionamento: transmitir o texto
oralmente, desde o primeiro colega até ao último de cada lado da divisória. Não podem
tomar notas do que estão a ouvir, nem pedir para repetir mais do que uma vez. O emissor
deve ser claro na transmissão.
2ª ETAPA
I - O formador lê o texto ao ouvido do primeiro formando do lado direito e depois ao primeiro
formando do lado esquerdo.
II - Cada um destes deve contar a história ao ouvido do colega do lado e assim
sucessivamente até ao último colega do final da divisória.
Depois de terem transmitido a mensagem, cada participante deverá escrever aquilo que disse.
III - O último formando da linha da direita, diz em voz alta a mensagem que lhe chegou. De
igual forma, o último formando da linha da esquerda, diz o que lhe chegou.
IV - Discutem-se os resultados e indagam-se razões para este fenómeno de distorção.
21
TEXTO DO JOGO “MENSAGEM EM CADEIA”
(sugestão)
22
JOGO- Máquina Registadora
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
2.- Distribuição dos enunciados, comunicação dos procedimentos e leitura do texto em voz alta
pelo formador.
3- Após a resposta individual, solicita-se que comparem os resultados com o colega do lado.
4- Correcção e análise pelo formador.
5- Concluir dizendo que tal acontece devido às imagens mentais que cada um constrói no
momento da leitura do texto, levando a diferentes interpretações e deduções.
6- Finalizada a exploração deste jogo pedagógico, o formador deverá solicitar a ajuda de
alguns formandos, para procederem à leitura do texto “O gato e o engenheiro”, devendo cada
um dos participantes assumir a leitura do excerto correspondente a cada uma das
personagens; após a leitura, retirar as devidas conclusões, complementando o que foi dito a
propósito do exercício anterior.
23
Enunciado: “Máquina Registadora”
Um negociante acaba de acender as luzes de uma loja de calçado, quando surge um homem
pedindo dinheiro. O proprietário abre uma máquina registadora. O conteúdo da máquina
registadora é retirado e o homem corre. Um membro da polícia é imediatamente avisado.
V F ?
2. O ladrão foi um homem.
V F ?
3. O homem não pediu dinheiro.
24
Correcção do Exercício:
4 – Verdadeira;
6 – Verdadeiro;
7 – Desconhecido, porque não se sabe se foi o homem que pediu o dinheiro que apanhou o
conteúdo da máquina;
8 – Desconhecido, porque não se sabe se na máquina existia dinheiro. Apenas é revelado que
teria um “conteúdo”.
25
Jogo - “Rostos Sem Nome”
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1- O formador distribui uma folha com uma série de rostos com os respectivos nomes,
solicitando aos participantes que a observem atentamente durante dois minutos.
2- O formador dá início ao jogo seguinte (Instruções para Esquema Gráfico).
3- Após a realização do exercício seguinte, com respectivas conclusões, o formador
retoma este exercício, distribuindo aos formandos uma folha com os rostos, mas desta
vez sem os nomes, os quais deverão ser os formandos a preencher.
4- No final, retirar conclusões, nomeadamente que a memória visual e a concentração
têm relevância numa situação de relacionamento interpessoal, em particular para
quem lida com vários indivíduos ao longo do dia.
26
JOGO - “Rostos sem Nome”
Tem aqui uma série de rostos com os respectivos nomes. Olhe para esta página dois minutos.
Arranje para cada cara uma mnemónica, que lhe dê mais tarde uma ajuda para os nomes. As
caras vai tornar a vê-las, mas os nomes tem de os fixar.
Sr. Vasconcelos
Sr. Roquete D. Maria de Fátima Jorge
27
JOGO - “Rostos sem Nome” (2ª parte)
Lembra-se dos rostos que esteve a observar? Tente agora colocar o maior número de nomes
sob as respectivas caras.
28
JOGO - Instruções para esquema gráfico
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
29
Instruções para Esquema Gráfico
30
Solução para esquema gráfico
31
JOGO- “Você sabe ouvir”
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. O formador apresenta o exercício seguinte, sem comunicar os seus objectivos pedagógicos,
distribuindo para tal o enunciado com as instruções.
2. O formador lê devagar e pausadamente cada uma das questões, que deverão ser
respondidas pelos formandos, sem que haja repetição da sua leitura.
3. No final de todos terem respondido, o formador lerá as soluções. Os formandos deverão
confirmar os seus resultados e consequente classificação.
ASPECTOS A ABORDAR:
32
Você sabe ouvir?
INSTRUÇÕES:
RESPOSTAS:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
33
Perguntas e Correcção
1. Há alguma lei ou Código Civil Português que proíba um homem de se casar com a
irmã da sua viúva?
R: não há realmente nenhuma lei, mas para ter uma viúva o homem teria de estar morto.
3. Em Espanha há um 5 de Outubro?
R: sim.
4. Você entra numa sala fria, sem electricidade, com um único fósforo na sua caixa.
Depara com um fogão a gás, uma lâmpada a petróleo e uma lareira com lenha. Para obter
o máximo calor, o que deveria acender primeiro?
R: o fósforo.
5. Quantos animais de cada espécie levou Moisés consigo para bordo da Arca durante o
Grande Dilúvio?
R: Moisés não levou nenhum, foi Noé que levou dois de cada espécie.
10. Num país distante, um homem construiu uma casa quadrada, perfeitamente vulgar,
excepto a particularidade de todos os seus quatro lados estarem voltados para sul. Um
dia, um urso aparece à porta e desata a tocar à campainha. De que cor é o urso?
R: branco porque é um urso polar, dado que a casa está no pólo norte, único local onde todas
as direcções são sul.
Confira as respostas com a resposta correcta, somando um ponto por cada resposta certa.
34
Classificação
10 pontos
Você, em definitivo, sabe escutar. Concentra a sua atenção no que está a ouvir, não se deixa
influenciar por opiniões antecipadas, consegue discernir o que é fundamental e o que é
irrelevante numa informação.
7 a 9 pontos
Você ouve geralmente com atenção o que lhe dizem. No entanto, quando os assuntos lhe
tocam de perto, ou quando julga saber mais que o seu interlocutor, você tem tendência para
deixar a sua opinião formar-se antes de captar toda a informação disponível. Corrija isso, saber
escutar é meio caminho andado para resolver os problemas e tomar boas decisões.
4 a 6 pontos
Você tem tendência para se aborrecer quando tem de escutar durante algum tempo.
Desconcentra-se, começa a pensar na sua opinião sobre o que está a ouvir, sobre a pessoa
que fala, ou sobre o que lhe vai responder. Digamos que “escuta em diagonal” e que por isso
perde ou deixa de captar uma parte considerável da informação que lhe dão, o que se irá
reflectir na qualidade e consequência das suas opiniões e decisões. Deve tentar concentrar-se
no que está a ouvir, não formar juízos ou opiniões senão depois de ter absorvido tudo.
1 a 3 pontos
Você tem pouca paciência para escutar. Tem tendência para não prestar muita atenção ao que
lhe dizem, interrompe, aborrece-se, fala por cima do seu interlocutor, ou então refugia-se
noutros pensamentos. Daí que tenha tendência a retransmitir uma informação misturada com
as suas próprias opiniões (a certa altura já nem você mesmo a distingue) e a não integrar nas
suas decisões muito mais que os seus próprios preconceitos. Convença-se de que você não
sabe tudo. Utilize a informação que lhe dão, senão arrisca-se a que as pessoas percam o
hábito de lhe comunicar o que se passa. Convença-se que para escutar é preciso saber: calar-
se, demonstrar que está com atenção e não pensar ao mesmo tempo em outras coisas.
Pratique, verá que não é difícil melhorar. Escutar é um talento útil que compensa treinar.
0 pontos
OPPPSS! Você nasceu noutro mundo. O melhor é considerarmos que o defeito é do jogo.
35
Jogo - “Cumprimento de regras”
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. O formador não comunica os objectivos do exercício. Diz apenas que irão realizar um
pequeno exercício devendo todos virar os enunciados ao mesmo tempo, para ver quem acaba
mais depressa.
2. Dado o sinal todos iniciam a realização do exercício.
No final, concluir que se tratava de uma pequena brincadeira, mas que nos deve alertar para a
importância da atenção.
36
CUMPRIMENTO DE REGRAS
1. Inicie o trabalho, o mais rapidamente possível, após ter lido inteiramente todas as directivas
com muita atenção.
2. Coloque a data de hoje no canto superior direito da folha.
3. Sublinhe o título deste exercício.
4. Há um erro ortográfico nesta fraze: sublinhe – o. Se não o encontrar, coloque uma cruz
atrás do número 4.
5. Faça a sua assinatura no canto inferior direito da folha.
6. Faça um círculo à volta do número 6, que corresponde a esta directiva.
7. Multiplique a sua idade por 2, some mais 10 e coloque o resultado ao lado do número 7
que corresponde a esta directiva.
8. Diga alto: “eu cheguei à 8ª. Directiva”.
9. Levante-se da cadeira e sente-se novamente.
10. Faça um círculo no canto oposto onde se encontra a sua assinatura.
11. Tussa baixinho.
12. Pergunte ao colega do lado: “Como vai o trabalho”?
13. Escreva, no fim desta directiva, a localidade onde mora.
14. Multiplique o número desta directiva por dois.
15. Bata na mesa de trabalho, 5 vezes, com o dedo indicador.
16. Diga alto: “Estou quase a terminar”.
17. Faça duas diagonais que atravessem inteiramente a folha.
18. Agora que já leu todas as directivas com muita atenção, resolva somente a que
corresponde ao número 5.
37
JOGO - Contar uma história/Desviar o olhar
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1ª.ETAPA
1- O formador pedirá a metade dos formandos que saiam da sala por um momento. Fora da
sala dirá que vão realizar um exercício sobre comunicação e, para tal, pedirá a cada
participante para pensar numa história engraçada ou curiosa para contar a um colega que
está dentro da sala. A história deverá ter a duração de cerca de 2 minutos. Deverá ser
contada com bastante ênfase e interesse de forma a captar a atenção dos colegas.
2 De regresso à sala, o formador revela aos participantes presentes o verdadeiro objectivo
do exercício. Irão colocar-se em pares e, os colegas que estão lá fora irão contar-lhes uma
história. Foi-lhes dito para o fazerem de forma entusiasta para captar a atenção dos
ouvintes. A eles, ouvintes, pede-se que inicialmente demonstrem bastante atenção,
olhando o colega nos olhos, demonstrando através de sinais não verbais que estão a ouvir
atentamente, podendo mesmo dizer “sim, sim.., continua...”. Passados cerca de 15
segundos, deverão mostrar-se desatentos, desviando o olhar, olhando para o relógio ou
para cima, enfim, dar evidentes sinais não verbais de que não estão a ouvir.
3- Após arrumada a sala na disposição de pares (cadeira em frente a cadeira), o formador
manda entrar os participantes e dá início ao jogo.
2ª. ETAPA
1-O formador começará por perguntar aos contadores de história como se sentiram e como
descrever a reacção do colega ouvinte.
2-Pede igualmente a opinião dos colegas ouvintes sobre a sua actuação e como viram a
reacção do colega contador.
3- Solicitar aos formandos para retirarem as ilações devidas daquele exercício.
4-Concluir com a importância da Escuta Activa, Empatia e Feed-Back na comunicação.
38
ACTIVIDADE - Trabalho de grupo “Barreiras à Comunicação”
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. O formador procede à divisão do grupo em subgrupos de 4 a 5 pessoas;
2. Distribuição do enunciado “Barreiras à comunicação”;
3. Análise dos resultados apresentados pelos grupo, avançando Barreira a Barreira;
4. No final, após o registo no quadro das cinco barreiras principais, solicitar aos
subgrupos que elaborem uma pequena listagem com as principais regras para
comunicar eficazmente.
39
BARREIRAS À COMUNICAÇÃO EFICAZ
Assinale com um “X” os cinco factores que, no seu entender, são as mais sérias barreiras
para uma COMUNICAÇÃO EFICAZ.
40
1.2 A Assertividade
OBJECTIVO:
1- Visionamento da primeira parte do filme (visionamento das várias cenas passadas dentro do
escritório, incluindo a 1ª. Parte da reunião com a consultora da Nova Etapa na casa de campo
do chefe).
5- O formador poderá pedir aos formandos para estabelecerem uma comparação com aquilo
que foi abordado no trabalho de grupo, salientando o impacto de cada um dos comportamentos
no relacionamento interpessoal (profissional e pessoal), através de alguns exemplos.
41
Anexos do Guia de exploração do Sketch III
ANEXO I
GRELHA DE OBSERVAÇÃO
Estilos Estilos
Personagens Comportamentos Comportamentos
Comunicacionais Comunicacionais
OBSERVADOS DESEJÁVEIS
Guarda
Ricardo
Guarda
Alberto
42
TESTE DE ASSERTIVIDADE
Sempre Nunca
5 4 3 2 1
Pontuação Afirmações
Peço aos outros para fazerem coisas sem me sentir
culpado ou ansioso
Quando alguém me pede para fazer alguma coisa
que eu não quero, digo «não»sem me sentir culpado
ou ansioso.
Sinto-me à vontade ao falar para um grupo grande de
pessoas.
Exprimo com segurança as minhas opiniões sinceras
a figuras com autoridade (tais como o meu chefe).
Quando experimento sentimentos intensos (fúria,
frustração, decepção, etc.), verbalizo-os facilmente.
Quando exprimo fúria faço-o sem culpar outros por
me enfurecerem.
Tenho à vontade para tomar a palavra num grupo.
Quando discordo com a opinião da maioria, numa
reunião, posso armar-me de todos os argumentos ,
sem me sentir descofortável ou ser abrasivo.
Quando cometo um erro reconheço-o.
Quando o comportamento de outros me causa
problemas, digo-lhes.
Travar novos conhecimentos em sociedade é algo
que faço facilmente e com à vontade.
Ao expor as minhas convicções, faço-o sem qualificar
as opiniões dos outros de «loucas», «estúpidas»,
«ridículas» ou «irracionais».
Assumo que a maioria das pessoas são competentes
e fiáveis, e não tenho dificuldade em delegar tarefas
nos outros.
Estilo Passivo:
São as vitimas por excelência, aqueles sobre quem se pode descarregar sempre mais
trabalho ou maus modos.
Estilo Assertivo:
43
Estabelece com os pares uma relação fundada na confiança e não na dominação,
nem no calculismo ou submissão.
Caracteriza-se em termos de comportamentos por um olhar frontal e sorriso “aberto”.
Auto-afirmar-se significa evidenciar os seus direitos e admitir a sua legitimidade sem ir contra
os direitos dos outros. O indivíduo Assertivo tem clara noção de que a «sua liberdade
termina onde começa a do outro».
Obtenha agora o VALOR TOTAL somando os valores que atribuiu a cada afirmação.
Resultados
Se o seu total é de 60 ou mais pontos, tem uma filosofia assertiva consistente e provavelmente
gere a maioria das situações satisfatoriamente. Pode receber algumas ideias deste manual
para posteriormente desenvolver as suas capacidades e eficiência.
Se o seu total encontra-se no intervalo de 45 a 60 pontos, tem uma imagem bastante assertiva.
Em algumas situações é naturalmente assertivo, mas a leitura deste capítulo poderá ajudá-lo a
aumentar a sua assertividade através da prática.
Se o seu total encontra-se entre 30 e 45 pontos, parece ser assertivo em algumas situações
mas a sua resposta natural é passiva, agressiva e/ou manipuladora. Usar as sugestões
encontradas neste capítulo para modificar algumas percepções e praticar novos
comportamentos permitir-lhe-á lidar com as situações de forma muito mais assertiva no futuro.
Se o seu resultado se situa entre 15 e 30 pontos, tem uma certa dificuldade em ser assertivo.
Se seguir o caminho indicado neste manual, se praticar, e se se der tempo para crescer e
mudar, pode vir a estar mais à vontade em situações onde afirmar-se é importante.
44
EXERCÍCIO DE “AUTO-DIAGNÓSTICO”
INSTRUÇÕES:
De acordo com cada afirmação, registe com uma cruz na coluna a que corresponde à sua
resposta:
Poderá, por último, esboçar o gráfico de resultados, de forma a ter uma melhor percepção
dos seus resultados.
Não se esqueça que, seja qual for o seu estilo comunicacional predominante, cada estilo
poderá ser utilizado consoante as situações, ou seja, cada estilo é eficaz em função da
situação onde se aplica!
Adaptado por O. Fachada (1991) de Chalvin, D (1989). L’affirmation de soi (5ª ed.)
pp 4-7. Paris: Les Editions E.S.F..
45
V F
Não ouso recusar certas tarefas que não fazem parte das
7
minhas atribuições.
Faço tudo o que posso para ficar “no segredo dos deuses”
12
e tenho-me dado bem com isso.
46
Sou ambicioso e estou pronto a fazer o que for necessário
21
para realizar os meus objectivos.
47
43 Sei escutar e não corto a palavra aos outros.
48
MATRIZ DE CORRECÇÃO:
Agora atribua 1 ponto por cada resposta “VERDADE”.
49
GRÁFICO DE RESULTADOS
15 15
- -
- -
- -
- -
10 10
- -
- -
- -
- -
5 5
- -
- -
- -
- -
Adaptado por O. Fachada (1991) de Chalvin, D (1989). L’affirmation de soi (5ª ed.)
pp 4-7. Paris: Les Editions E.S.F.
50
1.3 Gestão de Conflitos
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. Solicitar aos formandos que refiram todas as palavras ou expressões que lhes ocorrem
quando pensam em “conflito”.
2. Explicar claramente o funcionamento da técnica, referindo especificamente que não se
devem criticar as ideias proferidas pelos colegas e que devem deixar sair as ideias
livremente, não reprimindo mesmo aquelas que se consideram absurdas.
3. Depois de terminadas duas ou três rondas em que todos os formandos deram a sua
participação, passe para a fase de seleccionar e classificação das ideias.
4. Ordene, com a ajuda dos formandos, todas aqueles que estão conotadas com ideias
negativas, destrutivas, prejudiciais ao relacionamento e ao desenvolvimento dos indivíduos
e das organizações. Noutra coluna, registe as ideias relacionadas com positividade,
produtividade, oportunidade, desafio.
5. Peça aos formandos para tiram as necessárias conclusões acerca dos resultados obtidos.
6. No final projecte o diapositivo n.º ... com uma definição de conflito retirada de um dicionário
de língua portuguesa.
51
ESTUDO DE CASO
INSTRUÇÕES:
Imagine-se na “pele” do protagonista das situações abaixo retratadas. Sugira uma forma de
resolver o conflito. Siga as etapas da resolução de conflitos (Identificar o problema; 2.º -
Identificar os intervenientes; 3.º - Avaliar as causas dos conflitos; 4.º- Identificar o impacto das
soluções nos intervenientes; 5.º- Seleccionar a estratégia a seguir.
SITUAÇÃO 1
Ontem você teve de sair um mais cedo cerca de 15 minutos para ir a uma reunião da escola do
seu filho. Na pressa de sair, comunicou apenas ao seu chefe, mas esqueceu de avisar os seus
colegas. Hoje ao apresentar-se ao serviço, constata que no final do turno deu-se por falta de
um processo, e é você que está a ser acusado do erro. Você decide...
SITUAÇÃO 2
Você tem uma relação difícil com o seu chefe:- você diz “preto”, elE diz “branco”. De facto, não
há nada a fazer. Ele está mal disposto e acaba precisamente de lhe chamar a atenção para o
facto de ter rendido o seu colega, com 10 minutos de atraso. Quando ele termina você diz: ....
SITUAÇÃO 3
Hoje, quando chegou ao seu local de trabalho ficou furioso. Mais uma vez, o colega que está
na sua escala de serviço veio tirar o seu material de trabalho, deixando-o ficar sem impressos
de participação. O colega entra dentro da sua ala e você diz:
No espaço que se segue coloque na coluna da esquerda as três situações de conflito que
lhe foram apresentadas; na coluna do centro indique a forma como as resolveria, antes do
curso; e na coluna da direita a forma como hoje os resolveria tendo em conta os temas até
aqui abordados.
Situações de
Resolução Resolução Alternativa
Conflito
52
Recorda-se dos exemplos de conflitos que referiu na página 11? Tente agora classificá-los
colocando uma cruz na coluna respectiva:
Situações de
Intrapessoal Interpessoal Organizacional
Conflito
53
Actividade “O dilema do prisioneiro”
Um exemplo de conflito é-nos dado pelo “Dilema do Prisioneiro”. Imagine a seguinte situação:
Dois homens são presos por suspeita de assalto a um banco. O advogado de acusação, como
forma de convencê-los a confessar o crime, fala com cada um em separado e apresenta a
seguinte proposta: Se os dois confessarem ele fará um acordo com uma pena de 8 anos para
cada. Se nenhum confessar, ele só poderá acusá-los de um crime menor, como posse ilícita de
arma de fogo, o que recairá numa pena de um ano para cada. Se apenas um deles confessar,
será concedido perdão ao que confessa e será atribuída a pena máxima (suponhamos 20
anos) ao que ficou em silêncio.
Recluso B
Fica em Silêncio Confessa
Pena máxima
Fica em
1 ano para A e B para A
Recluso A
silêncio
Liberdade para B
Liberdade para A
8 anos para A e
Pena máxima
Confessa B
para B
Eu decidiria:
Veja agora no espaço que se segue que tipo de conflito seria este “Dilema do Prisioneiro”.
54
ACTIVIDADE - Role Play
OBJECTIVO:
Aplicar diferentes estratégias de gestão de conflitos.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. Depois de analisados os casos, o formador proporá a simulação, em pares ou trios das
situações analisadas.
2. Cada um dos formandos deverá tentar aplicar as estratégias aconselhadas
anteriormente.
3. Como cada caso será explorado por dois ou três formandos de cada vez, os restantes
poderão fazer o papel de observadores.
4. No final de cada jogo de papéis, o formador deverá dar a palavra aos protagonistas
para referirem as dificuldades sentidas e só depois aos observadores. Faça os seus
comentários apenas no final da actividade.
55
CAPÍTULO II
Programação Neuro-Linguística
57
PNL – Programação Neuro-Linguística
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1- Projecção da 1ª. Parte do filme até ao final da viagem (6 minutos). Apreciação dos
vários elementos da família: comentário com os formandos sobre as situações
visionadas e o seu impacto no relacionamento interpessoal.
58
auditiva, o formando moveu os olhos para baixo ou para cima, o que significa
que ele teve de ver primeiro a imagem, ou de reviver uma sensação, para
poder encontrar o som pelo qual lhe perguntava;
3- Projecção da parte final do filme, onde poderão visionar cenas alusivas ao mimetismo,
sincronização, ancoragem, técnicas utilizadas pela PNL por forma a melhorar a relação
interpessoal.
59
ACTIVIDADE - CHAVE DOS ACESSOS OCULARES
NOTA: Ter-se-á apercebido de que, ainda que tenha feito uma pergunta de natureza auditiva
ao seu colega, ele moveu os olhos para baixo ou para cima. Isto significa que ele teve de ver
primeiro a imagem, ou de reviver uma sensação, para poder encontrar o som pelo qual lhe
perguntava.
Faça a soma dos movimentos oculares do seu colega: V=___ A=___ C=___
60
ACTIVIDADE - Questionário individual “Percepções sensoriais”
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1- Distribuir os enunciados pelos participantes;
2- Solicitar a sua opinião sobre os resultados obtidos;
3- Concluir que, afinal de contas, todos nós temos um sistema de representação
diferente, o que nos leva a constantes e diferentes interpretações da mesma realidade.
4- Tirar as ilações devidas para a relação interpessoal.
61
TESTE DE PERCEPÇÃO SENSORIAL
INSTRUÇÕES:
Leia cada uma das questões e distribua 12 pontos pelas respostas A, B, C e D, atribuindo a
pontuação mais elevada àquela que lhe parece ser a mais próxima da sua própria experiência
e a pontuação mais baixa à que se afasta da sua atitude habitual.
1. Quando acorda de manhã, qual é a coisa que lhe chama mais a atenção?
A- O som do despertador
D- Admira a paisagem
C- Nota que os autocarros são mal climatizados, faz muito calor ou muito frio
A- Música de fundo
C- Cadeiras confortáveis
D- Menu variado
62
6. Entra numa igreja, aquilo que lhe chama a atenção é:
A- O cheiro a incenso
C- O silêncio
C- Observa o arco-íris
63
C- Sente-se empurrado e pressionado pela loucura dos outros
A- Observa a paisagem
C- Diz a si próprio que é aquela que combina melhor com a roupa que já tem
D- É aquela que lhe parece a mais adaptada ao uso que lhe pretende dar
15. Está em casa de amigos e o gato deles vem-se enroscar-se às suas pernas.
A- Ele tem um ar tão simpático que lhe pega e o põe em cima dos joelhos
D- Pensa que o gato tem de estar ao pé de alguém que é amigo dos animais
64
CORRECÇÃO DO TESTE DE PERCEPÇÃO SENSORIAL
VISUAL
AUDITIVO
Vive num universo de sons, aprecia a música e quando fala procura as palavras que emprega,
até encontrar aquela que corresponde exactamente aquilo que quer dizer. Não é fisionomista
mas reconhece facilmente as pessoas pelas vozes, particularmente ao telefone. Gosta de falar
mas também de escutar, uma vez que é a fonte da sua intuição e compreensão. Deve manter-
se vigilante com o seu diálogo interno, para que este não tome o comando, pois isso pode levá-
lo para longe do real.
65
CINESTÉSICO
É sensível aos ambientes, sabe ser simpático e pôr os outros à vontade. É o que se chama um
“bom vivant”.
É simpático para todas as pessoas, pois sabe compreender os outros instintivamente. É uma
pessoa de bom senso, mas por vezes um pouco teimosa, para o convencer são precisos
argumentos de peso e provas tangíveis.
Os seus sentimentos são sólidos e estáveis mas a ruptura acontece a maior parte das vezes
definitiva. Bloqueia facilmente quando sente impressões negativas sejam elas quais forem.
Quando isso acontece é preciso fazer apelo à sua percepção visual e auditiva para fazer o
balanço da situação e adaptar o seu comportamento.
DIÁLOGO INTERNO
É uma pessoa reflectida e normalmente a razão sobrepõe-se à emoção. Em muitos casos tem
a sensação de viver ao “relanti” uma vez que as suas percepções sensoriais são
imediatamente traduzidas em palavras, o que é muito útil para comentar as situações difíceis,
mas trava frequentemente a sua aptidão para sentir os momentos agradáveis. Deve procurar
desenvolver a sua percepção visual, auditiva e cinestésica.
Adaptado por O. Fachada (1991) de Chalvin, D (1989). L’affirmation de soi (5ª ed.)
pp 4-7. Paris: Les Editions E.S.F.
66
ACTIVIDADE - Exercício “O Pintor”
OBJECTIVO:
Reconhecer a importância da percepção social no relacionamento interpessoal, profissional ou
pessoal e, reconhecer o impacto dos estereótipos e juízos de valor no relacionamento
interpessoal.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1ª. ETAPA – Estudo de Caso
1. Divisão do grupo em 3 subgrupos de 3 ou 4 formandos.
2. Distribuição de um dos enunciados da 1ª parte do caso por cada subgrupo. O formador
explica o objectivo do exercício certificando-se que todos perceberam.
3. Os grupos definem consensualmente o perfil do Miguel em 15 minutos.
4. Apresentação dos resultados pelo porta-voz de cada subgrupo.
5. Discussão das semelhanças/diferenças dos resultados intergrupais e das estratégias
para definir perfil.
2ª. ETAPA – Reflexão sobre a realidade apresentada
O Formador pode dizer: “-Quando encontramos alguém pela primeira vez, temos
tendência para formar um primeiro juízo sobre a pessoa, uma primeira impressão, com
base em informações insuficientes. Por vezes acontece mesmo, formarmos um juízo,
uma primeira impressão, através dos comentários de outras pessoas, sem que
tenhamos estado ainda em relação com a pessoa em questão. As primeiras impressões
acerca de uma pessoa são fundamentais no desenvolvimento de futuras relações
interpessoais. Quantas vezes não perdemos a oportunidade de estabelecer relações
harmoniosas, por termos feito juízos apressados e generalizantes, baseados em
informação escassa?
67
Para além disso também o efeito de ordem da informação pode afectar as primeiras
impressões, i.e., se recebermos primeiro informação negativa, ou positiva, isso vai
afectar a qualidade da impressão que formaremos.
68
Estudo de Caso
“O Pintor”
(1ª Parte)
RELATO DA MÃE
“-Naquele dia, o Miguel levantou-se à pressa, não quis tomar café, nem comer o bolo que eu
tinha feito especialmente para ele. Pegou nos cigarros e saiu porta fora. Reagiu com
impaciência à minha intenção de lhe colocar o cachecol à volta do pescoço e aos meus
pedidos para se alimentar e agasalhar. Continua a ser uma criança! Se não fosse eu, não sei
como seria a sua vida...”
69
RELATO DA EMPREGADA DOMÉSTICA
Ele anda sempre com um ar misterioso. Quando ele chegou, na manhã do dia X, olhou-me
enviesado e eu tive um pressentimento de que ia acontecer alguma coisa de mal. Sabe como
é, estas coisas, sentem-se...” Pouco depois chegou uma rapariga loira. Ela perguntou-me onde
é que ele estava e eu disse-lhe. Daí a pouco eu ouvi-a a gritar e fui a correr. Abri a porta de
repente, e ele estava com uma cara furiosa a olhar para ela, cheio de ódio. Ela estava deitada
no divã e no chão havia uma faca. Eu saí a gritar: "Assassino! Assassino!".
INSTRUÇÕES:
Este exercício desenrola-se em duas partes. Uma primeira em que se pretende que
caracterize o Miguel, segundo as versões das várias pessoas que se cruzaram com ele no
dia “x” e, finalmente, a vossa caracterização, ou seja, a vossa dedução sobre como é afinal
o Miguel.
70
Estudo de Caso
“O Pintor”
(2ª Parte)
Seguidamente, apresentamos o relato que o Miguel faz, sobre o que lhe aconteceu no dia X:
"Eu dedico-me à pintura de corpo e alma. O resto não tem importância. Há meses que quero
pintar uma Madona do Séc. XX, mas não encontro um modelo adequado, que encarne a
beleza, a pureza e o sofrimento que eu quero retratar. Na véspera do dia X, uma amiga
telefonou-me dizendo que tinha encontrado o modelo que eu procurava e propôs encontrarmo-
nos na discoteca que ela frequentava.
Eu estava ansioso para a ver. Quando ela chegou, fiquei fascinado: era exactamente o que eu
queria! Não tive dúvidas: fui até à mesa dela, apresentei-me e pedi-lhe para ela ser o meu
modelo. Ela aceitou e marcámos um encontro no meu atelier às 9 horas da manhã.
Eu nem dormi naquela noite. Levantei-me ansioso, louco para começar o quadro, nem podia
tomar café de tão agitado que estava.
No táxi comecei a fazer um esboço, pensando em ângulos da figura, no jogo de luz e sombra,
na textura, nos matizes...
Quando entrei no prédio ia a cantar baixinho. O porteiro falou comigo e eu nem lhe prestei
atenção. Então perguntei-lhe: "O que foi?", e ele disse "Bom dia. Nada mais do que bom dia!".
Ele não sabia o que aquele dia significava para mim! Sonhos, aspirações, tudo iria tornar-se,
finalmente, realidade com a execução daquele quadro! Eu tentei explicar-lhe que a verdade é
relativa, que cada pessoa vê a mesma coisa de forma diferente.
Quando pinto um quadro aquilo é a minha realidade. Ele chamou-me lunático. Eu ri-me e disse-
lhe: "Aí está a prova do que eu lhe disse: o lunático que você vê não existe!".
Quando subia a escada a empregada veio-me espreitar. Não gosto daquela velha
coscuvilheira.
Entrei no atelier e comecei a preparar a tela e as tintas. Quando estava a limpar a paleta com
uma faca, tocou a campainha. Abri a porta e a rapariga loira entrou. Estava com o vestido da
véspera e explicou-me que passara a noite em claro, numa festa. Eu pedi-lhe que se sentasse
no lugar indicado e que olhasse para o alto...que imaginasse pessoas inocentes a sofrer...,
que... Aí ela colocou os braços à volta do meu pescoço e disse-me que me achava simpático.
Afastei os seus braços e perguntei-lhe se ela tinha bebido. Ela disse que sim, que a festa
estava óptima, que foi pena eu não ter estado lá, que tinha sentido a minha falta e que gostava
de mim. Quando se agarrou de novo a mim eu empurrei-a e ela caiu no divã a gritar.
Nesse instante, a empregada entrou e saiu a gritar: "Assassino! Assassino!". A loira levantou-
se e foi-se embora, chamando-me idiota. A minha Madona!...
71
ACTIVIDADE 7 - Estudo de Casos
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
72
ESTUDO DE CASO
Um Dia Atribulado
(1ª Parte)
I.
O guarda de serviço na portaria não tem mãos a medir: toda aquela gente de volta dele e ainda
por cima só com insistências: um indivíduo que quer entrar com um chouriço inteiro, uma
senhora que insiste que o bolo está muito fofinho e por isso não pode ser partido às fatias, um
rapaz que não quer entregar o telemóvel.
De repente, uma senhora de idade que estava na fila para entrar dirige-se ao guarda aos gritos
e com um tom muito agressivo “Então mas o que é isto, está aqui uma pessoa à espera, nunca
mais se despacham, só sabem é dizer que não se pode isto, não se pode aquilo, isto é uma
prisão ou é um campo de concentração?”
Instigados pelos comentários da senhora, o resto das pessoas começa também a proferir
afirmações em tom sarcástico e ameaçador:
“O meu filho esteve preso no Alentejo e eu levava-lhe sempre um chouriço dos bons, inteiro, e
nunca me chatearam por causa disso, isto é uma ditadura, é o que é, cada um faz o que lhe
apetece”,
“Dê-me o livro amarelo, quero escrever no livro amarelo, o senhor não mo pode recusar,
sabia?”.
O barulho era ensurdecedor e o guarda nem sequer conseguia levantar a voz para ser ouvido.
73
II.
Entretanto, um advogado de visita a um recluso seu cliente, que já tinha passado na portaria,
encontra-se já no interior do estabelecimento, passando a toda a velocidade por um guarda
que estava junto à porta principal. O guarda, tendo-o visto passar com uma pasta na mão, diz-
lhe: “Dr., peço desculpa mas tenho de ver a sua pasta, são os procedimentos, o sr. entende…”,
ao que o advogado lhe responde, “O quê, ver a minha pasta, não lhe autorizo, a pasta de um
advogado é como o prolongamento do seu escritório, só com ordem do juiz, era o que faltava”,
e continua por ali fora.
III.
Hoje era dia do guarda Afonso ir ao hospital com o recluso 678. Aborrecidos com o transtorno
da saída, lá foram para o Hospital, nem sequer tiveram tempo para almoçar como deve ser.
Chegados ao hospital, toca de andar nos corredores, para trás e para a frente, à procura do
médico. Quando finalmente encontraram o gabinete do médico, o recluso entrou, e o Guarda
Afonso procurou também entrar, ao que foi barrado pelo médico, que lhe disse, “Mas onde é
que o senhor vai, o senhor não pode entrar, a relação médico-paciente é sigilosa, o senhor não
pode assistir, nem pensar.” “Mas, senhor doutor”, respondeu-lhe o guarda Afonso, “as minhas
ordens são para não perder o recluso de vista nem um minuto, olhe que ele é perigoso, pode
fugir.” “Qual fugir, qual quê, o senhor pode mandar lá na sua prisão, mas aqui quem manda sou
eu!”.
E, pumba, fechou-lhe a porta na cara. O guarda Afonso não teve outro remédio senão ficar do
lado de fora, cheio de medo que o homem se escapasse, até fumou dois ou três cigarros, ele
que nem fuma.
74
ALGUNS CONSELHOS PARA TRATAR OBJECÇÕES/RECLAMAÇÕES
• Esteja sempre disponível para informar, esclarecer e auxiliar as pessoas que se dirigem ao
seu serviço
• Logo que se aperceba que está prestes a ser confrontado com uma reclamação, respire
fundo algumas vezes e descontraia-se o mais possível
• Tenha empatia pelo reclamante; procure ver as coisas do ponto de vista dele; mostre
compreender o que ele sente e a razão para isso
• Escute activamente, tomando notas, se for caso disso. Confirme que apreendeu
correctamente os factos, parafraseando o que o reclamante acabou de dizer. Se achar que
não tem informação suficiente para resolver o problema, peça mais pormenores
• Limite-se ao ponto em discussão. Se o reclamante se puser a divagar, afastando-se desse
ponto, faça-o regressar a ele com delicadeza, mas com firmeza; certifique-se que estão
ambos concentrados no problema e não deixe que se discutam personalidades
• Mais graves que as causas objectivas são as causas subjectivas da reclamação (o estado
emocional do reclamante); são situações em que, fundamentalmente, se requer muito BOM
SENSO
75
• Aceite a reclamação com interesse e proceda ao exame da situação da forma mais
objectiva possível
• Não se coloque na posição de culpado, de quem tem que fazer prova da inocência, nem na
situação inversa (desculpabilização total)
• Seja diligente, informando o utente do que vai fazer, tanto no caso de reparação de
prejuízos, como no caso de termos de fazer seguir para outro sector o pedido de resolução
Pense no futuro porque todas as reclamações têm repercussões, quer estas sejam boas ou
más.
76
CAPÍTULO III
Inteligência Emocional
77
Inteligência Emocional
OBJECTIVO:
Introduzir a temática da Inteligência Emocional.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1- Antes de dar início à leitura do texto, o formador deverá fazer uma breve introdução à
temática da Inteligência Emocional, eventualmente recorrendo ao manual distribuído
aos formandos, explicando em que consiste e a importância crescente que tem vindo a
ter no âmbito das organizações;
2- Após esta breve explicação, o formador distribui o enunciado do texto, procedendo à
leitura do mesmo, ou pedindo a um dos formandos que o faça, dando depois início a
um pequeno debate sobre o tema.
78
“Quanto mais alto sobe o macaco, mais mostra o rabo.”
Montaigne
Nunca se tem uma segunda hipótese de causar uma primeira impressão. Então, mais vale que
a primeira seja boa. Ela condiciona o desenvolvimento de uma relação que, para ser sã,
duradoura e tanto quanto possível proveitosa, deve enraizar-se em terreno sólido.
«Como é que ele é?», pergunta antes de um encontro que receia. Porque se o odor, o ouvido e
o tacto são poderosos captadores, é antes de mais com os olhos que o outro avalia. Na rua, é
encarado. No trabalho, medido. Aqui, avaliado. Ali, observado. Em geral, «vêem-no chegar»
antes que possa falar. A sua linguagem gestual, o seu vestuário e o tom da sua voz são o seu
escudo? E se, pelo contrário, fossem os sinais que permitem aos seus interlocutores lê-lo
abertamente? Pior ainda, se os fizerem enganar-se acerca das suas intenções? Afinal de
contas, ninguém é apresentado com manual de instruções.
Saiba que as emoções são contagiosas e que, positivas ou negativas, nós recriamos
inconscientemente aquelas que os nossos interlocutores exibem. Acredite ou não, dá-se uma
«transferência emocional».
Desde o início, para vencer os obstáculos que parecem levantar-se à sua passagem para
ganhar a confiança, ou mesmo para enganar o olhar atento de outrem, não é preciso ter tirado
nenhum curso de Ciências Políticas. O segredo: dominar aquele famoso reportório de emoções
não-verbais e não ser fantoche delas. Em resumo, é preciso canalizar a energia do seu corpo.
Então, se as reacções dos outros o desestabilizam, procure em si. Para contornar o seu
inimigo, aprenda primeiro a conhecer-se e olhe.
79
ACTIVIDADE - Trabalho de Grupo
“Reconheça a Assinatura Biológica das Suas Emoções”
OBJECTIVO:
Fazer a ligação entre os sentimentos e a “expressão física” dos mesmos e apreciar em que
termos uma boa gestão das emoções pode contribuir para melhorar o desempenho
profissional.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. Após o debate anterior, o formador deverá pedir aos formandos que se dividam em
grupos de 4 a 5 pessoas e analisem as reacções físicas que ocorrem no ser humano
quando este experimenta três sentimentos: Cólera, Medo e Tristeza;
2. Os subgrupos devem enumerar essas reacções (calafrios, coração a bater mais rápido,
tremores, etc) para cada um dos sentimentos, apresentando as suas conclusões aos
outros subgrupos, de modo a que se chegue a uma lista final que reúna o consenso do
grupo em geral;
3. Finalmente, o formador deverá distribuir o texto “Reconheça a assinatura biológica das
suas emoções”, procedendo à sua leitura e comparando-o com as conclusões a que
tinham chegado, prosseguindo com pequeno debate informal sobre a temática.
4. Em jeito de conclusão, o formador deverá questionar o grupo sobre os termos em que
estes conhecimentos podem ser utilizados para desenvolver um melhor relacionamento
profissional.
80
RECONHEÇA A “ASSINATURA BIOLÓGICA” DAS SUAS EMOÇÕES
Cada uma das nossas emoções é o objecto de um trato entre os nossos dois cérebros: por um
lado, o cérebro primitivo, aquele que remonta aos primeiros dias da humanidade e do qual
surgem as nossas emoções; por outro lado, o neocórtex ou cérebro racional, que procura inibi-
las. Aqui tem 3 exemplos.
1. Faça a respiração do leão: arregale os olhos, abra muito a boca, deite a língua de
fora para baixo e expire profundamente (claro que é ridículo, mas é excelente para
descontrair o rosto, até mesmo para suprimir as rugas).
2. Imagine um relógio em que o 12 estivesse situado entre os seus olhos e o 6 no chão
à sua frente; sentado ou em pé, olhe sucessivamente para cada número do relógio
durante um segundo, primeiro num sentido e depois no outro (excelente para não
pensar em nada e abstrair-se de uma situação ou actividade).
3. Mexa-se. Se anda realmente exasperado, (re) experimente andar a pé e fazer
exercício; Ir ao cinema ou mergulhar num bom livro são actividades que oferecem uma
alternativa encantadora. Em contrapartida, nem as compras frenéticas nem as
investidas ao frigorífico o apaziguarão minimamente. Esqueça…
81
ACTIVIDADE - Questionários “O seu rosto fá-lo mentir?” ou
“É dono do seu corpo?”
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
O formador distribui os enunciados dos questionários aos formandos e depois de todos terem
completado o seu preenchimento, solicita que os formandos partilhem com os colegas os perfis
a que chegaram; posteriormente, o formador deverá fazer a transposição para a realidade dos
formandos, registando conclusões, nomeadamente em que termos poderá a identificação das
práticas de cada um dos formandos influenciar o seu desempenho profissional.
82
O SEU ROSTO FÁ-LO MENTIR?
Passamos a vida a fazer caretas. Mas será a certa? Se o rosto reflecte as grandes linhas
da nossa personalidade secreta e se os olhos são o espelho da alma, leia-se como um
livro aberto. É um pequeno encontro consigo mesmo.
1. Se só pudesse ficar com uma coisa do seu 7. Diria que as suas narinas eram...
rosto, seria...
A. Pequenas
A. Os olhos e a testa B. Grandes
B. O nariz e as maçãs do rosto C. Vibrantes
C. A boca e o queixo…
83
14. Os seus cabelos são…
18.Quando está distraído (a), acontece-lhe...
A. Negros
A. Passar a mão pela nuca
B. Castanhos ou ruivos
B. Entreabrir a boca
C. Castanhos claros
C. Apoiar o rosto nas mãos
D. Louros
S z
1) B A C
2) C A B
3) C B A
4) C-D A-B E
5) C B A
6) B A C
7) C A B
8) B-C A-E D-F
9) B A C
10) C A B
11) C A B
12) C B A
13) C A B
14) C A-B D
15) A C B
16) C A B
17) A C-D B
18) C B A
19) C B A
20) C A-B D
84
Se obteve um máximo de S:
INSTINTIVO
A sua cabeça diz que a sua tendência é para a harmonia entre a abertura aos outros e a
interiorização, passando de uma para outra sem ruptura. Soube encontrar uma forma de
maturidade entre os seus dois instintos extremos, a expansão e a conservação. É capaz de
fazer um tempo de espera entre a recepção dos estímulos que lhe chegam e o momento de
entrar em acção. Consegue criar novos objectivos à medida que surgem os acontecimentos.
Tem sentido de humor e talento para desdramatizar os conflitos, sem no entanto levar as
coisas de ânimo leve. Por tudo isto dá frequentemente a impressão de que vive para os outros,
através deles e com eles.
Se obteve um máximo de z:
INTROSPECTIVO
Aproxima-se do temperamento retraído. Centra-se muito sobre si próprio/a e a sua vibração
vem do interior. Tem uma sensibilidade profunda extrema, e prefere observar os outros a
entregar-se. A sua natureza leva-o/a mais a ser solitário/a do que a rodear-se de muitos
amigos. Tem uma inteligência profunda e abstracta, assim como grande capacidade de
concentração. É muito dotado/a para a sublimação. Esta interiorização intensa pode pôr-lhe
dificuldades quando tem de se adaptar rapidamente a uma nova situação.
Se obteve um máximo de :
EXPANSIVO
O seu temperamento é exuberante. Expansivo/a, muito aberto/a ao exterior, aposta muito no
contacto. Sente-se bem quando está rodeado/a e é muito permeável ao meio ambiente. A sua
inteligência é sensorial e concreta. Gosta de se deixar guiar pelos sentidos, é ardente e tem
necessidade de tocar. Cheio/a de energia, precisa de muito para se cansar. Aceita a vida como
ela se apresenta, com bom senso e bonomia. Isto não o/a impede de ter, no momento,
reacções violentas não controladas. Nunca é rancoroso/a, rapidamente recupera o seu carácter
lúdico, até mesmo travesso.
Fonte: Martineaud, Sophie e Engelhart, Dominique, Teste a sua Inteligência Emocional, Ed.
Pergaminho, 1999.
85
É DONO DO SEU CORPO?
86
13. Para moderar o apetite, pode tomar-se... 17. Quando temos falta de ferro, não devemos
beber...
A. Vitamina C
B. Antidepressivos A. Álcool
C. Glucose B. Chá
C. Leite
14. Encontramos cálcio...
A. Nas barras com chocolate 18. Quando estamos tristes...
B. Nos camarões
A. O corpo fica tenso
C. No arroz branco
B. O ritmo cardíaco acelera
C. O metabolismo abranda
15 Os peixes gordos...
A. Engordam 19. A sauna é excelente, tanto mais que...
B. Emagrecem
A. Elimina as toxinas
C. Depende das pessoas
B. Elimina o stresse
C. Faz emagrecer
S z
87
Se obteve um máximo de S:
ZEN
Vive em boa harmonia com o seu corpo e tem uma coordenação real entre a cabeça e o resto.
Em resumo, você sente-se bem na sua pele. O seu corpo é para si um velho cúmplice. Desde
que o habita, aprendeu a decifrar as suas mensagens, a dar muita atenção aos diversos
ruídos, crises de borbulhas e outros sintomas, o que lhe evita pedir socorro. Não hesita em
fazer esforço quando é necessário. Um mínimo de desporto, nada de exageros de qualquer
tipo: encontrou a receita exacta para que o seu corpo não lhe roa a corda. Tem com que
satisfazer plenamente a sua vontade de viver.
Se obteve um máximo de z:
INACTIVO
O seu corpo está muito bem como está. Pelo menos é o que você diz. Se tem uma barriguinha
ou umas gordurinhas a mais, não importa, usa roupas largas. O desporto ou o exercício para
esculpir os músculos é bom para os outros. Como é um bocadinho molengão, evita mexer-se
muito. Uma lesão é tão fácil de ocorrer! Não se arrisca a sobrecarregar o seu corpo. Ao mínimo
alerta, pergunta a si próprio se não estará a arranjar uma úlcera ou a chocar uma
broncopneumonia. Poupa-se com medo de que o motor se estrague se for muito forçado.
Realmente, nunca lhe disseram que se não cuidar do motor ele gripa?
Se obteve um máximo de :
OU VAI OU RACHA
Físico acima de tudo, você mergulha na vida, mais em força do que em leveza. Quanto ao
corpo, faz-lhe a vida dura. A sua vitalidade fora do comum permite-lhe excessos de todo o
tipo… Do chocolate ao desporto enérgico, passando por tudo quanto satisfaça os seus
instintos. E quando o corpo clama por misericórdia, dores de cabeça, distensões e outras
coisas do género, você faz orelhas moucas. Tem um pouco a tendência para pensar que tem
uma máquina que nunca se estraga, que pode empurrar sem escrúpulos até aos limites
extremos da sua resistência. Até ao dia em que ela lhe fizer compreender que demasiado, é
demasiado…
Fonte: Martineaud, Sophie e Engelhart, Dominique, Teste a sua Inteligência Emocional, Ed.
Pergaminho, 1999.
88
ACTIVIDADE - Questionário “AVALIE O SEU QUOCIENTE EMOCIONAL”
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. O formador distribui os enunciados pelos participantes;
2. Análise dos resultados a que os formandos chegaram, retirando as devidas
conclusões, nomeadamente fazendo a transposição para o desempenho
profissional/relacionamento interpessoal que cada um tem (ou deve ter);
3. O formador poderá aproveitar as conclusões deste exercício para, a partir das
mesmas, fazer uma síntese geral da temática abordada.
89
“Avalie o seu Quociente Emocional”
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO:
Após a leitura de cada frase assinale com um círculo o número de 0 a 4 que melhor
corresponde ao seu grau de acordo ou desacordo. Seja espontâneo e faça o círculo no
primeiro número que lhe vier à cabeça.
0 1 2 3 4
Aplica-se Aplica-se Aplica-se por Raramente se Nunca se
sempre a mim frequentemente vezes a mim aplica a mim aplica a mim
a mim
1. Não me sinto bem com a minha maneira de ser. 0 1 2 3 4
2. Vivo com elevado nível de stress na minha vida. 0 1 2 3 4
3. Dizem-me que trabalho muito. 0 1 2 3 4
4. Tenho hábitos que não acho capaz de mudar. 0 1 2 3 4
5. Tenho tendência para criticar os outros. 0 1 2 3 4
6. Sinto-me frustrado quando as coisas não correm bem. 0 1 2 3 4
7. Tenho dificuldade em deixar andar as coisas. 0 1 2 3 4
8. Tenho dificuldade em controlar a minha cólera. 0 1 2 3 4
9. Tenho tendência a adiar quando não gosto de fazer qualquer 0 1 2 3 4
coisa.
10. Não estou ciente dos meus sentimentos. 0 1 2 3 4
11. Tenho dificuldade em rir de mim próprio quando cometo um erro. 0 1 2 3 4
12. Detesto enganar-me e cometer erros. 0 1 2 3 4
13. Tenho tendência a comparar-me com os outros. 0 1 2 3 4
14. Tenho dificuldade em relacionar-me com os outros. 0 1 2 3 4
15. Tenho tendência em estar de mau humor ou deprimido. 0 1 2 3 4
16. Tenho tendência em deixar-me ficar para último lugar. 0 1 2 3 4
17. Tenho dificuldade em dizer “não”. 0 1 2 3 4
18. Não tenho uma auto-estima muito elevada. 0 1 2 3 4
19. Tenho tendência em preocupar-me em demasia. 0 1 2 3 4
20. Tenho tendência em ficar momentaneamente ansioso. 0 1 2 3 4
21. Tenho tendência em ser impaciente. 0 1 2 3 4
22. Não estou tão feliz e realizado como gostaria. 0 1 2 3 4
23. Não me dou a muito trabalho pelos outros. 0 1 2 3 4
24. Não entendo muito bem os outros. 0 1 2 3 4
25. Sinto-me pressionado por todos os lados. 0 1 2 3 4
90
Apuramento de resultados: - Basta somar os pontos atribuídos às suas respostas e comparar
com a grelha fornecida.
Se obteve entre 100 e 90 pontos – Você tem um Quociente Emocional Muito Elevado. Isto
significa que você, além de uma excelente auto-estima, consegue controlar totalmente as suas
emoções e impulsos e relaciona-se com os outros na perfeição, devido à sua empatia e
capacidade de comunicação.
Se obteve entre 89 e 75 pontos – Você tem um Quociente Emocional Elevado. Isto significa
que você além de uma forte auto-estima, consegue, na maior parte das vezes, controlar os
seus impulsos, pois conhece as suas emoções e sentimentos. Na relação com os outros está à
vontade, demonstrando preocupação em compreender os outros, embora por vezes ainda sinta
que as situações fogem ao seu controle. Verifique os itens em que obteve menor pontuação, a
fim de aperfeiçoar essas competências.
Se obteve entre 74 e 56 – Você tem um Quociente Emocional Médio. Isto significa que você,
embora se conheça bem a si próprio, as suas virtudes e defeitos, nem sempre está de bem
consigo. Na relação com os outros, embora revele capacidade de empatia e compreensão,
nem sempre as coisas lhe correm pelo melhor e você acaba por sair magoado ou a magoar
alguém. Verifique os itens em que atribuiu menor pontuação, a fim de poder realizar um treino
para melhorar essas competências.
Se obteve abaixo de 55 pontos - Você tem um Quociente Emocional Fraco. Para já, isto
significa que você é verdadeiro consigo mesmo e se conhece bem. Muitas pessoas não teriam
a coragem de responder de forma tão verdadeira. Esta é desde já uma característica
fundamental para aumentar a sua inteligência emocional: conhecer-se bem e ter vontade de
melhorar. Verifique os itens em que atribuiu maior pontuação para avaliar as suas
potencialidades (se calhar, já possui a capacidade de empatia, de compreensão do outro).
Quanto às outras competências que precisa melhorar, faça uma listagem e disponha-se
mentalmente a realizar um treino para as adquirir.
Fonte: Martineaud, Sophie e Engelhart, Dominique, Teste a sua Inteligência Emocional, Ed.
Pergaminho, 1999.
91
ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM A RAIVA OU CÓLERA
Estas técnicas são apenas eficazes quando se consegue atalhar a tempo a indignação, antes
que ela possa desencadear na totalidade a sua força devastadora. Ao mesmo tempo é
importante aprender a praticar a auto-afirmação sem recorrer à agressão.
4. Auto- Afirmação – nem sempre o mais sensato será retirar importância à indignação,
fazer uma nova avaliação da mesma ou canalizá-la para a actividade física.
Frequentemente, em situações conflituosas, é de grande ajuda saber que, quando é
necessário, somos capazes de defender os nossos interesses. Isso permite sentirmo-
nos menos ameaçados e agir de uma forma mais relaxada.
92
Regras para a auto-afirmação :
1. Acalme-se antes de interpelar o outro por forma a retomar o equilíbrio emocional e
escolha um momento propício – verifique que o outro está disponível para ouvir.
3. Esforce-se por manter um tom de voz tranquilo e imparcial e uma linguagem corporal
neutra. Os olhares ameaçadores e punhos crispados são interpretados, em todas as
culturas como sinais de agressão.
93
COMO ACOLHER AS EMOÇÕES (TRISTEZA, MEDO, RAIVA) DO OUTRO
2. Oiça a necessidade do outro sem procurar acalmá-lo com frases tipo “tenha calma,
isso já passa”. O simples facto de se sentir aceite livremente na sua emoção, de se
sentir ouvido é muito mais eficaz do que todas as palavras de consolo que possa
pronunciar.
94
CAPÍTULO IV
Estilos de Liderança
95
Estilos de Liderança
OBJECTIVO:
Definir conceito de líder e liderança. Distinguir “chefe” de “líder”. Identificar liderança como um
processo complexo. Reconhecer a importância do tema para a eficácia e qualidade das
organizações.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1ª. Etapa: Lançar a discussão.
Nesta primeira fase, pretende-se apenas motivar o grupo para o tema e perceber o nível de
conhecimento e interesse que o assunto lhes desperta.
O formador deve por isso elaborar previamente uma lista de questões, iniciando com uma que
seja suficientemente polémica, como por exemplo: “Vocês consideram-se líderes?”. Eis outras
sugestões de questões a colocar ao grupo:
• O que distingue um chefe de um líder?
• Pode existir liderança numa posição hierárquica subalterna?
• O que é isso da liderança?
• Dêem exemplos de líderes que admirem.
2ª. Etapa: Decorridos cerca de 15 minutos de discussão orientada, o formador deverá dividir o
grupo em pequenos subgrupos (2 a 3 pessoas), e pedir a cada subgrupo que pense numa
definição criativa do que é um líder; após 5 minutos para reflexão individual, o formador deverá
passar um acetato em branco para que cada subgrupo possa redigir a sua definição, sem
identificação dos autores; o formador projecta os acetatos, pedindo opiniões. No final, afixar o
acetato em local bem visível da sala.
96
ACTIVIDADE – Jogo Pedagógico: “O Problema da Nasa”
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
97
PROBLEMA DA NASA
Imagine que é membro da guarnição duma nave espacial, a qual tem uma hora de
encontro marcado com a estação-mãe da superfície iluminada da lua. Devido a
problemas mecânicos, contudo, a sua nave é forçada a alunar num local a cerca de
trezentos km do ponto de encontro. Perante a alunagem forçada, a maior parte do
equipamento a bordo fica avariado e, como a sobrevivência depende de se conseguir
alcançar a estação-mãe, há que escolher os objectos que ficaram intactos e operativos,
após a alunagem. O problema consiste em ordená-los pela sua importância,
relativamente ao objectivo que é a guarnição chegar ao ponto de encontro.
Atribua o n.º 1 ao elemento mais importante, o n.º 2 ao seguinte mais importante e assim
sucessivamente até ao 15.º que é o menos importante.
Ñ Caixa de fósforos.
Ñ Concentrado alimentar.
Ñ 150 m de corda de nylon.
Ñ Pára-quedas de seda.
Ñ Unidade de aquecimento portátil.
Ñ Duas pistolas de calibre 45.
Ñ 1 caixa de leite condensado.
Ñ 2 tanques de 50 kg de oxigénio.
Ñ Um mapa estrelar (da constelação da lua).
Ñ Uma jangada salva-vidas.
Ñ Uma bússola magnética.
Ñ 25 litros de água.
Ñ Sinais luminosos.
Ñ Caixa de primeiros socorros.
Ñ Transmissor-receptor de FM com bateria solar.
NOTAS:
98
Problema da NASA – Solução dos Peritos
99
ACTIVIDADE – Exercício “As características do Líder” e Jogo Pedagógico
“Estilos de Liderança”
NOTA EXPLICATIVA:
Esta actividade comporta em si mesma um duplo objectivo. Por um lado, será proposto aos
formandos a realização de um trabalho de grupo para identificar o perfil do líder, seleccionando
e associando uma lista de DEFINIÇÕES dadas a uma lista de QUALIDADES. Paralelamente,
serão distribuídas regras de actuação rígidas a cada um dos elementos que irá liderar os
subgrupos, correspondendo cada um ao perfil do líder autoritário, líder benevolente e líder
democrático ou participativo. Os restantes elementos do grupo desconhecem esta dupla
vertente do objectivo.
OBJECTIVOS:
Consciencializar os formandos sobre as competências sociais e relacionais de um líder.
Permitir a realização de uma actividade grupal onde as decisões têm de ser tomadas por
consenso. Identificar e caracterizar os diferentes estilos de liderança. Avaliar o impacto de cada
um deles na organização das tarefas e clima relacional.
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
100
VII- Concluir esta primeira parte do exercício, distribuindo o texto “ESTILOS DE
LIDERANÇA” com os estilos de liderança e sua breve caracterização.
VIII- Retomar o exercício relativo ao perfil do líder, devendo cada subgrupo apresentar a
suas conclusões que serão confrontadas com a solução apresentada pelo formador.
MATERIAL NECESSÁRIO: Enunciados do exercício; fichas com instruções para líderes dos
subgrupos; canetas e papel
101
“O PERFIL DO LÍDER”
1. Sabe o que fazer, sem perder a calma. Todos podem confiar nele em qualquer
emergência.
2. Ninguém se sente marginalizado ou rejeitado por ele. Ao contrário, sabe agir de tal forma
que cada um se sente importante e necessário no grupo.
3. Interessa-se pelo bem-estar do grupo. Não usa o grupo para interesses pessoais.
4. Está sempre pronto para atender.
5. Mantém-se calmo nos debates.
6. Distingue bem a diferença entre o falso e o verdadeiro, entre o profundo e o superficial,
entre o importante e o acessório.
7. Facilita a interacção entre os membros do grupo. Procura que o grupo funcione
harmoniosamente, sem dominação.
8. Jamais desanima perante as opiniões daqueles que só vêem perigo, sombra e fracasso.
9. Sabe prever, evita o improviso. Pensa até nos mais pequenos detalhes.
10. Acredita na possibilidade de que o grupo saiba encontrar por si mesmo as soluções, sem
recorrer sempre à ajuda dos outros.
11. Dá oportunidade para que os outros se promovam e se realizem.
12. Faz agir. Leva a sério o que deve ser feito. Obtém resultados.
13. É agradável. Cuida da sua aparência e sabe conversar com todo o tipo de interlocutores.
14. Diz o que pensa. As suas palavras têm correspondência na acção.
15. Enfrenta as dificuldades. Não foge nem descarrega os riscos nos outros.
16. Procura a verdade com os membros do grupo. Não passa por cima do grupo.
102
SOLUÇÃO
1. Seguro
2. Acolhedor
3. Desinteressado
4. Disponível
5. Firme e suave
6. Juízo maduro
7. Catalisador
8. Optimista
9. Prevenido
10. Confiável
11. Dá apoio
12. Eficaz
13. Sociável
14. Sincero
15. Corajoso
16. Democrático
103
FICHAS COM INSTRUÇÕES PARA OS LÍDERES DOS SUBGRUPOS
1. Atenção! Não deixe nenhum elemento do seu grupo ler as suas instruções! Só você pode
saber que este exercício tem um duplo objectivo.
2. O exercício não se destina apenas a identificar o perfil do líder, mas avaliar como os
indivíduos reagem aos vários tipos de liderança.
3. Você deve comportar-se como um líder autoritário, impondo claramente as suas decisões
e a sua vontade. Na verdade, você reúne-se com os elementos do seu grupo para obter a
aceitação das decisões que você já tomou.
4. Desde logo imponha as regras do jogo e faça-as cumprir.
5. Não permita diálogos entre os membros do grupo enquanto não tiverem terminado a
decisão individual. Dê um tempo de 5 minutos para o fazerem.
6. Quando terminarem a decisão individual, dê início à discussão que deverá durar o máximo
20 m. Não permita igualmente desvios aos assuntos e intervenções jocosas. Recorde a
tarefa a realizar.
7. O tempo deve ser rigorosamente cumprido. Tome nota do início e do fim (horas e minutos
exactos).
8. Os elementos do grupo apenas devem iniciar a discussão no grupo, após a sua ordem.
9. A ordem das intervenções deve ser definidas previamente para que cada um só fale na sua
vez.
10. Quando um dos elementos terminar a sua intervenção, deverá perguntar: “-Terminou a sua
intervenção? Muito bem/Muito obrigado. Tem então a palavra, o/ a.....”
11. Caso o grupo tenha terminado antes do tempo máximo previsto, não esqueça de anotar.
104
FICHAS COM INSTRUÇÕES PARA OS LÍDERES DOS SUBGRUPOS
1. Atenção! Não deixe nenhum elemento do seu grupo ler as suas instruções! Só você pode
saber que este exercício tem um duplo objectivo.
2. O exercício não se destina apenas a identificar o perfil do líder, mas, avaliar como os
indivíduos reagem aos vários tipos de liderança.
3. Você vai desempenhar o papel de líder democrático. Deverá usar o seu poder e
habilidade para criar uma situação participativa, na qual todos os elementos do grupo
devem tomar parte, por igual, na decisão a tomar. Não esqueça que as opiniões dos
elementos do grupo têm o mesmo valor que a sua.
4. Após a distribuição dos enunciados, garante que todos estão esclarecidos da tarefa a
realizar.
5. Embora sem carácter rígido, diga que cada um tem cerca de 5 minutos para efectuar a sua
escolha individual, e mais cerca de 20 minutos para a decisão grupal.
6. No decorrer da discussão, garanta que todos os elementos têm oportunidade de se
pronunciar, se necessário, apele empaticamente aos menos comunicativos e, agradeça as
participações dos mais entusiastas, dizendo que “...parece-me que o colega “x” queria
acrescentar alguma coisa, não é verdade?..... “
7. Saiba ouvir e procure criar um clima de descontracção e confiança dentro do grupo.
8. Quando terminarem, consulte o grupo sobre tempo aproximado da duração do exercício.
105
FICHAS COM INSTRUÇÕES PARA OS LÍDERES DOS SUBGRUPOS
1. Atenção! Não deixe nenhum elemento do seu grupo ler as suas instruções! Só você pode
saber que este exercício tem um duplo objectivo.
2. O exercício não se destina apenas a identificar o perfil do líder, mas, avaliar como os
indivíduos reagem aos vários tipos de liderança.
3. Você vai desempenhar o papel de líder benevolente/passivo. Irá demonstrar pouca
capacidade para orientar a execução da tarefa, parecendo não estar muito certo das
instruções a cumprir. Você está muito mais preocupado em criar um clima de
descontracção dentro do grupo, relegando a tarefa para segundo plano.
4. Nesta perspectiva, pode mesmo deixar contar anedotas (ou contar você), falar de assuntos
pessoais, sem grande preocupação com a tarefa a realizar.
5. Caso alguns dos membros do grupo refira a necessidade de realizar o trabalho, demonstre-
se surpreendido e diga “Ah! É verdade, temos de fazer isso, não é? Então por onde é que
começamos?
6. Deixe que sejam os membros do grupo a impor as regras de funcionamento.
7. Quando terminarem, pergunte a um colega quanto tempo demoraram a realizar a tarefa,
porque você se esqueceu de o fazer.
106
ESTILOS DE LIDERANÇA
LÍDER AUTORITÁRIO
Dá ordens
Dirige
Supervisiona
Diz o que fazer, quando e como
LÍDER BENEVOLENTE
Partilha a decisão
Não coordena
Não toma a iniciativa
Não favorece a coesão interna do grupo
LÍDER DEMOCRÁTICO/PARTICIPATIVO
Delega responsabilidades
Distribui o poder de decisão
Valoriza as ideias e a iniciativa
107
ACTIVIDADE – Trabalho de Grupo “Tarefas para um Líder”
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
108
TRABALHO DE GRUPO “Tarefas para um Líder”
Imagine-se na “pele” dos protagonistas das situações abaixo retratadas. De acordo com o que
já ouviu sobre, assertividade, gestão de conflitos e liderança, e tendo em conta as
características de influência e capacidade de escuta e resolução de problemas que um líder
deve possuir, sugira a estratégia adequada a cada situação.
SITUAÇÃO 1
Você foi recentemente colocado num novo serviço. Logo no primeiro dia constatou que o
colega que está sentado na secretária mesmo ao seu lado fuma desmesuradamente, estando
a sala permanentemente intoxicada.
Você acha inadmissível que os outros colegas tolerem aquela situação e que ninguém reclame.
Você decide tomar a iniciativa mas recebe como resposta “Quem está mal, muda-se! Eu já aqui
trabalho há mais de quinze anos!”
Origem do problema:
Estratégia a adoptar:
109
SITUAÇÃO 2
Ao chegar ao seu serviço, depara-se com um aparato inusitado. Ao lado da sua secretária,
estão o seu chefe e uma sua colega a quem você esteve a explicar os novos procedimentos de
segurança. Qual não é o seu espanto quando percebe que o estão a acusar de um erro que
você não cometeu. Você sabe que foi a sua colega que causou o problema mas, pelos vistos,
ela nunca o irá assumir.
Origem do problema:
Estratégia a adoptar:
110
SITUAÇÃO 3
Todos os anos acontece a mesma coisa. A marcação de férias é uma dor de cabeça. Este ano
ainda começou mais cedo. O seu colega Alberto dirige-se a si e diz-lhe “Olha, isto não tem
nada que saber. Eu sou o mais velho da casa, tenho direito de preferência. Além disso, tenho
dois filhos em idade escolar, por isso, vou outra vez de férias em Agosto…
Perante tal postura, você decide que desta vez a coisa não fica assim.
Origem do problema:
Estratégia a adoptar:
111
ACTIVIDADE – Jogo Pedagógico “A Mulher Assassinada”
OBJECTIVO:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
112
EXERCÍCIO
“A MULHER ASSASSINADA”
INSTRUÇÕES:
1. Leia atentamente e faça a sua classificação individual.
2. Inicie a discussão em grupo para chegar à classificação consensual do grupo.
Uma jovem mulher casada, cujo marido estava sempre muito ocupado com a sua vida
profissional, certa noite decide ir até um bar para se distrair. Lá conhece um homem
que a seduz e a convida para passar a noite consigo, na sua casa.
De madrugada, quando acorda, apercebe-se de que deve voltar rapidamente a casa,
para chegar antes do marido regressar de viagem. Tenta apanhar um táxi para a
transportar, mas o taxista recusa fazê-lo quando a mulher lhe diz só poder pagar em
casa, dado não ter qualquer dinheiro consigo. Decide fazer o caminho a pé, mas no
final da rua está um assaltante com uma faca na mão. Regressa então à casa do
amante pedindo-lhe ajuda, mas este recusa, sem mais explicações. Recorre também a
uma amiga do casal que mora perto, a qual depois de ouvida a explicação se recusa a
ajudá-la, dizendo não querer envolver-se naquela história. Decide então, depois de
nova e vã tentativa junto do taxista, descer a rua, seguindo o caminho de casa. O
assaltante, nitidamente enlouquecido, mata-a.
113
Questionário de Pós-Formação
OBJECTIVO:
Este questionário tem como objectivo específico, aferir os conhecimentos gerais dos
formandos, sobre a aquisição de conhecimentos no final da formação. Cada formando deverá
comparar o questionário com as respostas dadas no questionário de Pré-formação e corrigir as
respostas erradas, com a ajuda do formador.
V F
1 A forma como inter-relacionamos com os nossos semelhantes
depende directamente da forma como comunicamos com eles.
2 Uma das funções da Comunicação é a persuasão.
3 No acto comunicativo, contam somente os interlocutores.
4 As mensagens são sempre inalteráveis ao atravessarem os canais
de comunicação.
5 Com o nosso comportamento podemos gerar ou influenciar de
forma positiva o comportamento do receptor.
6 Existem 3 estilos comportamentais que reflectem os 3 tipos de
comunicação
7 O indivíduo agressivo tem uma grande necessidade de se mostrar
superior aos outros, e por isso, é excessivamente crítico.
8 O Estilo Manipulador caracteriza-se pela defesa dos direitos dos
outros
9 A atitude assertiva é a base para a resolução dos conflitos
10 O conflito não faz parte das relações interpessoais.
11 Uma das vantagens dos conflitos é a criação de clima negativo
12 Nas várias abordagens dos conflitos, é consensual que existem dois
grandes grupos de conflitos.
13 Um dos pressupostos para a gestão eficaz é a preservação da
dignidade e o auto-respeito.
14 Na condução ou dinamização de reuniões, é sempre necessário
utilizar a metodologia expositiva
15 Uma das funções de liderança em reuniões, mais do que solucionar
rapidamente o problema, deverá antes de mais diagnosticá-lo.
16 A PNL pressupõe a gestão das suas actividades mentais, que lhe
permite um melhor auto-controlo.
17 É possível não comunicar.
18 A PNL utiliza o código visual, auditivo e quinestésico.
19 Uma das cinco competências emocionais e sociais características
da Inteligência Emocional é a Motivação
20 A melhor forma de estimular a Inteligência Emocional dos seus
colaboradores é através de um controlo rigoroso das suas acções.
21 A liderança é um processo relacional e de influência.
22 A posição de liderança é definitiva e vitalícia
23 A característica principal da Liderança Liberal, Passiva ou “Laissez-
faire”, ao nível do grupo, é a produtividade.
24 A Liderança Democrática ao nível do grupo o trabalho desenvolve-
se a um ritmo suave e seguro, mesmo quando o líder se ausenta.
114
Comportamento Relacional
Bem Vindos!!!
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
COMUNICAÇÃO
Natureza deu-nos
dois olhos, dois ouvidos e
uma boca, para que pudéssemos
observar e escutar
mais do que falar.”
“Zenão”
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
COMMUNICARE
(palavra latina)
=
ENTRAR EM RELAÇÃO COM
ou
PÔR EM COMUM
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
COMUNICAÇÃO VERBAL
Preciso desse
Daqui
Daquiaa
Relatório com urgência! Vou tratar
hora
11hora Para
Para disso.
amanhã
amanhã
ou
As sua complexidades
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Exercícios práticos
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Quando Comunicamos
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Exercícios práticos
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Técnicas de Comunicação
Eficaz
1- Escuta Activa
2- Empatia
3- Feed-back/Reformulação
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Obstáculos à Escuta Activa
1- REFERENCIAR TUDO À PRÓPRIA EXPERIÊNCIA
2- INTERROMPER SISTEMATICAMENTE
3- SONHAR ACORDADO
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Regras da Escuta Activa
SUSTENTAR NORMALMENTE O OLHAR
NÃO INTERROMPER
DEMONSTRAR INTERESSE
2- SAIBA PERGUNTAR/UTILIZE
PERGUNTAS ABERTAS
•Perguntas começadas por “Como “, “Quando”,
“Onde”, “De que modo”
• Uh! Uh!
• Sim, sim..
• Continue...
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Comunicação Não Verbal
Estou
Pareces
cansado!
Estou à sua um
inteira espanador!
disposição...
A sério!
Adorei o
teu cabelo
Este tipo
só faz
asneiras! Não estou
nada
zangado
consigo!
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional Acetato 10
ACTIVIDADE 6
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Principais Obstáculos à
Comunicação
• Diferentes interpretações
• Atenção
• Complexidade da mensagem
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Princípios a Seguir para
uma Comunicação Eficaz
• Demonstrar interesse
• Saber dialogar
• saber dizer
• saber perguntar
• saber escutar
• Ser flexível
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional Acetato 11
P.N.L. –Programação
Neurolinguistica Percepção
Sensorial
ACTIVIDADE
• Questionário individual sobre as
preferências sensoriais
• Imagens da percepção
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
O QUE VÊ NA IMAGEM?
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
O QUE VÊ NA IMAGEM?
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
O QUE VÊ NA IMAGEM?
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
VERDE
ROSA
VERMELHO
NEGRO
VERMELHO
AMARELO
VERDE
ROSA
VERMELHO
AZUL
VERDE
AMARELO
A isto se chama conflito no cérebro!
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
ZYP
QLRN
AGSNZ
OSOF
OAO
AOMDIE
PRODKJ
LORS
WUE
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
A PERCEPÇÃO É:
AFECTIVA
SELECTIVA
TEMPORAL
GLOBAL
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Erros de Percepção na Avaliação dos
Outros
EFEITO DE HALO
ESTEREOTIPIA
CATEGORIZAÇÃO
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
ACTIVIDADE
Exercício “O Pintor”
ou
Exercício “O Retrato Robot”
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Objectivos deste exercício:
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Agressividade
OBJECTIVO:
Dominar o outro
ATITUDES:
Contestação sistemática
Hostilidade
Autoritarismo, desconfiança
Desprezo pelo outro
Presença barulhenta
SENTIMENTOS:
Desejo de vingança
Medo inconsciente do outro
Sentimentos de mal-amado
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Passividade
IMPLICA:
• Medo de se envolver, submissão
face aos outros, apagamento
• Tendência para evitar problemas
ATITUDES:
• Abnegação, modéstia
• Medo de importunar
• Espírito de conciliação
CONSEQUÊNCIAS:
• Diminuição da auto-estima
• Aceitação de tarefas pouco dignificantes
• Ressentimento contra o outro
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Manipulação
CONVICÇÕES DO MANIPULADOR:
• É mais fácil agir por interposta pessoa
• É possível levar os outros ”à certa” sem que eles dêem por isso
MEIOS UTILIZADOS:
• Dissimulação
• Insinuação
• Culpabilização
• Cinismo
• Intrigas
CONSEQUÊNCIAS:
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Assertividade
• Ser verdadeiro
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Inteligência Emocional e
Gestão das Emoções
• Capacidade de identificar as emoções;
• Capacidade de estabelecer empatia;
• Capacidade de expressar
adequadamente as emoções;
• Capacidade de reparação de danos
emocionais;
• Capacidade de integração emocional e
interactividade.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
O que é uma Emoção
• “Estado afectivo intenso, caracterizado
por uma brusca perturbação física e
mental”
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Componentes da Emoção
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Psicofisiologia das emoções
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Emoções Fundamentais
• Medo
• Alegria
• Tristeza
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Exercícios Práticos
ACTIVIDADE
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Funções da Raiva
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Mecanismos de defesa da raiva (ineficazes)
• Passagem ao acto: - “você insulta-o”
• Projecção: pensa que o chefe agiu assim porque o odeia, ou seja, atribui-lhe o ódio que tem
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Mecanismos de defesa da raiva (eficazes)
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Estratégias para Gerir a Raiva
• Reduza as causas da sua irritabilidade;
• Procure ter uma vida mais organizada e calma;
• Reflicta com frequência nas suas prioridades
de vida;
• Em situações de conflito, procure imaginar-se
na posição do outro;
• Centre-se na causa do conflito;
• Pense no comportamento e não na pessoa;
• Escute activamente;
• Não procure segundas intenções no
comportamento do outro.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Funções do Medo
• O medo é a reacção instintiva do
organismo face ao perigo real ou
potencial.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Estratégias para lidar com o medo
• Reconhecer e aceitar o medo;
• Partilhar a sua emoção com alguém da sua
confiança;
• Treinar forma de lidar com os episódios de medo;
• Fazer uma lista das coisas que estão na origem do
seu medo;
• Procurar obter o máximo de informação acerca do
que está na origem do seu medo;
• Avaliar se é um medo real ou presumível;
• Fazer uma lista de antídotos para cada origem do
medo;
• Fortalecer a sua autoconfiança;
• Pensar de forma positiva;
• Partilhar os sucessos obtidos.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Vantagens da Alegria
• Aumenta a criatividade;
• Melhora a capacidade de tomar decisões;
• Permite uma maior capacidade de
concentração e resistência ao stress;
• Maior ousadia para assumir riscos;
• Aumenta a aptidão para a cooperação e
interajuda;
• Permite maior tolerância com as
fraquezas dos outros.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Estratégias para aproveitar
melhor a alegria
• Identificar o que o poderia tornar mais feliz;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Impacto nas emoções na
relação com outros
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
• Exercício Prático:
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Gestão das Emoções
Podemos“alfabetizarmo-nos” emocionalmente?
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Gestão das Emoções
TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO EMOCIONAL:
Afiliação
Empatia
Escuta Activa
Calibragem
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Conflito
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Conflito
É uma realidade do nosso dia-a-dia;
1. Conflitos Intrapessoais;
2. Conflitos Interpessoais;
3. Conflitos organizacionais;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Tipos de Conflito
- Conflito latente;
- Conflito aberto ou declarado;
- Conflito assumido;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Conflito
Tipos de conflitos intrapessoais:
1.Conflito atracção-atracção;
2. Conflito repulsão-repulsão;
3. Conflito atracção-repulsão;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
1.Conflito atracção-atracção
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
2.Conflito Repulsão-repulsão
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
3.Conflito Atracção-repulsão
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Resumindo…
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
ACTIVIDADE 19
• Discussão orientada
• Estudo de casos1,2,3 “ Um dia
atribulado” – 1ª parte
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Como lidar com as pessoas
difíceis
• Não personalizar a situação;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Razões possíveis para os
comportamentos difíceis:
• Cansaço;
• Alteração emocional;
• Defesa da sua auto-estima;
• Sensação de ser ignorado ou desprezado;
• Doença ou alteração do estado físico;
• Experiências anteriores negativas;
• Mau-humor.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Formas de lidar com reclamações
• Ouvir atentamente;
• Reformular o que se ouviu para se assegurar que
percebeu bem;
• Apresentar desculpas em nome da organização;
• Aceitar e demonstrar compreensão pela emoção
do cliente (raiva, frustração, desiludão, etc)
• Explicar o que vai fazer para resolver o problema;
• Agradecer ao cliente o facto de ter colocado o
problema, dando assim a oportunidade de
melhorar o serviço.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Causas dos conflitos interpessoais:
1. Diferenças individuais;
3. Diferenciação de papéis;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
CONFLITOS ORGANIZACIONAIS:
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Em resumo, os conflitos nas organizações
decorrem das relações interpessoais que
se estabelecem entre os seus
colaboradores, e também de factores
relacionados coma natureza da estrutura
organizacional, nomeadamente:
• Hierarquia;
• Normas e regras de actuação impostas;
• Dificuldades de comunicação;
• Natureza das tarefas;
• Sobreavaliação da contribuição de cada
individuo/departamento
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Estratégias para a gestão de
conflitos
1. Preservar a dignidade e o auto-respeito dos
intervenientes, adoptando formas de
comunicação assertiva;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Etapas para a resolução de
conflito
Identificação do Identificação do
problema
intervenientes
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
ACTIVIDADE 20
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Atitude para negociar
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Estratégias da negociação
DEFESA
DE COMPROMISSO
INTERESSES
PRóPRIOS
Perder/Perder Perder/Panhar
PERDA TOTAL ACOMODAÇÃO
Baixo
Baixo Alto
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Expressão “Pró-Activo”
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Significado de Pró-Actividade
(segundo Claus Moller)
• “A pró-actividade é basicamente a
responsabilidade em saber escolher as nossas
respostas e em evitar ter a reacção “pavloviana”
do ódio inconsequente ou da servidão”;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Razões por que as pessoas adiam sistematicamente
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Sugestões para deixar de procrastinar (1):
• Comece agora mesmo a fazer uma coisa que tenha vindo a adiar
sistematicamente;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Sugestões para deixar de procrastinar(2):
• Tenha a coragem para assumir as suas hesitações e
verifique se os motivos que o levam a adiar não
estarão apenas na sua cabeça;
• Pare de adiar.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
ACTIVIDADE 23
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Formas de lidar com reclamações
• Ouvir atentamente;
• Reformular o que se ouviu para se assegurar que
percebeu bem;
• Apresentar desculpas em nome da organização;
• Aceitar e demonstrar compreensão pela emoção
do cliente (raiva, frustração, desiludão, etc)
• Explicar o que vai fazer para resolver o problema;
• Agradecer ao cliente o facto de ter colocado o
problema, dando assim a oportunidade de
melhorar o serviço.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Razões possíveis para os
comportamentos difíceis:
• Cansaço;
• Alteração emocional;
• Defesa da sua auto-estima;
• Sensação de ser ignorado ou desprezado;
• Doença ou alteração do estado físico;
• Experiências anteriores negativas;
• Mau-humor.
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Como lidar com pessoas difíceis:
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Como lidar com pessoas difíceis:
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Estilos
de
Liderança
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Para reflectir…
Segundo Peter Drucker, de 100 novas empresas que iniciam
actividade cerca de 50% deixa de funcionar 2 anos após o
inicio, das restantes 25% desaparecem ao fim de 5 anos de
actividade.
Porquê?
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
O Estilo de Liderança é adequado a
cada momento tendo em atenção:
O contexto
A situação
As pessoas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
QUANTOS ESTILOS DE LIDERANÇA HÁ?
1. Liderança Autoritária
3. Liderança Democrática
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança Autoritária
Conduz à excessiva irritabilidade, hostilidade e agressividade
(entre os elementos e dirigida contra a chefia enquanto líder);
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança democrática
- Pouca directividade quanto ao processo (conteúdo
das mensagens), mas directividade quanto à forma
(redes de comunicação) cria condições para uma
comunicação eficaz, em que os participantes se
sentem envolvidos e motivados;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Que estilo a adoptar?
Por exemplo:
PI – Produção de Informação;
P – Persuasão;
D – Decisão;
C – Coesão do Indivíduo
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Que estilo a adoptar?
p a r t i c i p a t i v o
laissez - faire
-risco de desorientação
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Que estilo a adoptar?
participativo
autoritário
- Laissez-faire é contra-indicado
- o grupo perde objectivos
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Que estilo a adoptar?
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Que estilo a adoptar?
participativo
laissez - faire
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
TOMAR DECISÕES
1.Planear e organizar
2. Identificar e resolver problemas
3.Consultar pessoas
4. .Delegar responsabilidades
CONSTRUIR RELAÇÕES
8. Apoiar
9. Desenvolver as capacidades das pessoas
10. Gerir conflitos e construir espírito de
equipa
11. Desenvolver redes de contactos
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Necessidade de:
• Sucesso
• Confiança
• Independência
• Prestígio
• Reconhecimento por parte dos outros
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
...para
...para jogar
jogar com
com êxito
êxito oo Jogo
Jogo
Interior
Interior da
da Chefia,
Chefia, tem
tem de
de actuar
actuar no
no
pressuposto
pressuposto de de que
que podem
podem não
não gostar
gostar
de
de si
si ee que
que tem
tem de
de lidar
lidar com
com oo
conflito
conflito interpessoal
interpessoal
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
A Reter Liderança de Equipas
É um fenómeno
••É natural em grupos e
organizações;
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Liderança de Equipas
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Estilo de Liderança “Coaching”
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Estilo de Liderança “Coaching”
É mais eficiente:
- Com colaboradores que estão motivados a procurar
o seu desenvolvimento pessoal;
- Com colaboradores que se apercebem com os seus
pontos de melhoria
É menos eficiente:
- Quando o líder não é especialista;
- Quando os colaboradores necessitam de direcção e
feedback consideráveis
- Em crises
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Estilo de Liderança “Coaching”
Técnicas do Coaching
ESCUTAR
REFORMULAR
QUESTIONAR
EMPATIZAR
DAR E RECEBER FEEDBACK
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Importância do “Dar e Receber
Feed-back”
É uma forma de MOTIVAR os
colaboradores e, pode englobar três
aspectos essenciais:
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
O Líder como agente de mudança
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Intervalo
15/20 minutos
Comportamento
Comportamento Relacional
Relacional
Comportamento Relacional
Manual do Formando
Introdução
Título
Capítulo I
Estratégias para um comportamento eficaz………………. 8
Manual de Comportamento Relacional 1.1 Técnicas de comunicação eficaz……………….……………………. 9
1.2 A Assertividade……………………........………………….…………. 19
Autores do Guião para videograma 1.3 Gestão de Conflitos…………………………………………………… 24
1.4 Tipos de Conflitos……………………………………………………… 26
1.5 Estratégias para a Gestão de Conflitos……………………………... 29
Equipa do Centro de Estudos e Formação Penitenciária
1.6 Preparação e dinamização de reuniões……………….……………. 33
Funcionários dos Estabelecimentos Prisionais:
EP Carregueira, EP caxias, EP Lisboa, EP Linhó
Bibliografia………………………………………………………… 38
ata de Concepção
Local de Emissão Capítulo II
Programação Neuro-Linguística……………………………… 39
2.1 Introdução……………………………………………………………… 40
Lisboa 2.2 A utilidade da PNL para uma profissão de chefia…………………. 41
2.3 Os pressupostos básicos da PNL…………………………………… 43
2.4 Os mapas mentais da realidade……………………………………… 45
1ª Edição
2.5 Sincronização e ancoragem positiva……………………….............. 47
2.6 Conclusão………………………………………………………………. 48
Setembro de 2007
Bibliografia………………………………………………………… 50
1
Introdução Objectivos da formação
Anexos………………………………………………………………….…. 87
2
Introdução
INTRODUÇÃO
3
Introdução
A concepção desta ferramenta teve o apoio de vários profissionais dos Como utilizar este manual?
Serviços Prisionais e foi inspirado nos recursos técnico pedagógicos
utilizados nas acções de formação comportamental dinamizadas no Os conteúdos deste manual estão expostos de acordo com a seguinte
Centro de Formação Penitenciária. organização do manual:
4
Introdução
Consulta do videograma
5
Introdução
6
Introdução Questionário de Pré-Formação
Este questionário não tem carácter avaliativo. Servirá apenas para aferir
os conhecimentos já adquiridos ou a adquirir. No Final, preencherá um V F
questionário igual, onde poderá confirmar ou consolidar os seus 13 Um dos pressupostos, para a gestão eficaz dos
conhecimentos. conflitos é a preservação da dignidade e o auto-
respeito.
As soluções apareceram nos anexos. 14 Na condução ou dinamização de reuniões, é sempre
necessário utilizar a metodologia expositiva.
Assinale na coluna de V (verdadeiro) ou F (falso) consoante a sua 15 Uma das funções de liderança em reuniões, mais do
interpretação que solucionar rapidamente o problema, deverá
antes de mais diagnosticá-lo.
V F 16 A PNL pressupõe a gestão das suas actividades
A forma como inter-relacionamos com os nossos mentais, que lhe permite um melhor auto-controlo.
1 semelhantes depende directamente da forma como 17 É possível não comunicar.
comunicamos com eles. 18 A PNL utiliza o código visual, auditivo e quinestésico.
2 Uma das funções da Comunicação é a persuasão. 19 Uma das cinco competências emocionais e sociais
No acto comunicativo, contam somente os características da Inteligência Emocional é a
3
interlocutores. Motivação.
As mensagens são sempre inalteráveis ao 20 A melhor forma de estimular a Inteligência Emocional
4
atravessarem os canais de comunicação. dos seus colaboradores é através de um controlo
Com o nosso comportamento podemos gerar ou rigoroso das suas acções.
5 influenciar de forma positiva o comportamento do 21 A liderança é um processo relacional e de influência.
receptor. 22 A posição de liderança é definitiva e vitalícia.
Existem 3 estilos comportamentais que reflectem os 3 23 A característica principal da Liderança Liberal,
6
tipos de comunicação Passiva ou “Laissez-faire” ao nível do grupo, é a
O indivíduo agressivo tem uma grande necessidade de produtividade.
7 se mostrar superior aos outros, e por isso, é 24 A Liderança Democrática ao nível do grupo o
excessivamente crítico. trabalho desenvolve-se a um ritmo suave e seguro,
O Estilo Manipulador caracteriza-se pela defesa dos mesmo quando o líder se ausenta.
8
direitos dos outros
A atitude assertiva é a base para a resolução dos
9
conflitos
10 O conflito não faz parte das relações interpessoais.
Uma das vantagens dos conflitos é a criação de clima
11
negativo
Nas várias abordagens dos conflitos, é consensual
12
que existem dois grandes grupos de conflitos.
7
Estratégias para um comportamento eficaz
CAPÍTULO I
Estratégias para um comportamento eficaz
8
Estratégias para um comportamento eficaz Anotações
9
Estratégias para um comportamento eficaz Actividade Proposta
1
Fonte: Nova Etapa- Consultores em Gestão e Recursos Humanos Lda. Formação
Pedagógica de Formadores – Relação Pedagógica. (2003). Lisboa: Nova Etapa.
10
Estratégias para um comportamento eficaz
2
Fonte: “Quando os sons se fazem língua” de José Víctor Adrogão
11
Estratégias para um comportamento eficaz Actividade Proposta
12
Estratégias para um comportamento eficaz Actividade Proposta
13
Estratégias para um comportamento eficaz Anotações
É comum dizer-se que “os olhos são o espelho da alma”, porque é No sentido de reflectir sobre os temas
através da expressão dos olhos que podemos demonstrar muitos dos abordados sugerimos que tome algumas
nossos sentimentos: confiança, interesse, ternura, desconfiança, etc.
notas neste espaço.
A Linguagem Paralinguística é a forma como falamos, inclui as
características da voz (tais como o tom, o volume, a fluidez, as pausas)
e a utilização de sons parasitas (humm, ahh, etc).
☻ Atitude de escuta;
☻ Corte de comunicação;
☻ Embaraço.
☻ Da cultura;
☻ Do tipo de comunicação;
☻ Do tipo de relação que temos com quem
comunicamos.
14
Estratégias para um comportamento eficaz Actividade Proposta
Continua na página seguinte Confira as respostas com a correcção disponível nos Anexos, somando
um ponto por cada resposta certa.
15
Estratégias para um comportamento eficaz Actividade Proposta
☻ Braços cruzados, mãos nos bolsos ou Perguntas para o Exercício “Você Sabe Ouvir?”
atrás das costas podem ser mal interpretados
1. Há alguma lei ou Código Civil Português que proíba um homem de se
pelo nosso interlocutor; as mãos devem estar
casar com a irmã da sua viúva?
sempre visíveis.
2. Se você se deitar às 8 da noite, e regular o seu velho despertador
☻ Quando falamos, devemos reforçar a para acordar às 9 da manhã, de quantas horas de sono pode beneficiar?
nossa mensagem fazendo gestos. Os gestos
devem ser redondos e suaves. 3. Em Espanha houve um 25 de Abril de 1974?
Ao comunicar, devemos evitar: 4. Você entra numa sala fria, sem electricidade, com um único fósforo na
sua caixa. Depara com um fogão a gás, uma lâmpada a petróleo e uma
☻ Ter os braços cruzados; lareira com lenha. Para obter o máximo calor, o que deveria acender
primeiro?
☻ As mãos na cintura;
☻ As mãos nos bolsos; 5. Quantos animais de cada espécie levou Moisés consigo para bordo
☻ As mãos atrás das costas; da Arca durante o Grande Dilúvio?
☻ Fazer gestos agressivos; 6. Tire duas maças de três maças. Com quantas maças fica?
☻ Apontar com o dedo.
7. Quantos dias de aniversário terá o português médio em 2026?
Apesar dos cuidados anteriores, nem sempre a comunicação se
processa da melhor forma. Por vezes somos confrontados com mal- 8. De acordo com o Direito Aéreo Internacional, se um avião comercial
entendidos, nomeadamente quando o nosso interlocutor atribuiu um na linha Madrid—Paris se despenhar na fronteira entre Espanha e
significado diferente daquele que pretendíamos transmitir. França, onde deverão ser sepultados os sobreviventes não
identificados: no país de origem ou no de destino?
Este fenómeno de distorção, pode surgir como uma barreira à
comunicação, ou pode mesmo vir a gerar conflitos.
9: Um buraco demora 15 minutos a fazer. Quanto demora meio buraco?
16
Estratégias para um comportamento eficaz Resumo Final/Ideias Chave
Repare que, entre “aquilo que quero dizer” e “aquilo que se repercute ”,
perde-se cerca de 80% da informação.
17
Estratégias para um comportamento eficaz Anotações
☻ A escuta activa
☻ O feed-back
☻ A clarificação da mensagem ou reformulação
☻ A empatia
18
Estratégias para um comportamento eficaz Sugestão de pesquisa sobre o tema
19
Estratégias para um comportamento eficaz Questionário de Auto-conhecimento
☻ Estilo Agressivo
? Um teste de Assertividade3
☻ Estilo Manipulador
☻ Estilo Passivo E desde já uma proposta: responda às perguntas que se seguem honestamente. Ajudá-lo-
ão a obter alguns conhecimentos acerca do seu actual nível de assertividade. Para tal,
☻ Estilo Assertivo atribua um número a cada questão usando a escala:
Sempre Nunca
5 4 3 2 1
Estilo Agressivo: Pontuação Afirmações
Peço aos outros para fazerem coisas sem me sentir culpado ou
Caracteriza-se pela defesa dos próprios direitos, sem respeito pelo ansioso
direito dos outros. Quando alguém me pede para fazer alguma coisa que eu não
quero, digo «não» sem me sentir culpado ou ansioso.
Sinto-me à vontade ao falar para um grupo grande de pessoas.
O indivíduo agressivo tem uma grande necessidade de se mostrar Exprimo com segurança as minhas opiniões sinceras a figuras com
superior aos outros, sendo por isso, excessivamente crítico. As pessoas autoridade (tais como o meu chefe).
que adoptam este estilo comunicacional desprezam os direitos e Quando experimento sentimentos intensos (fúria, frustração,
sentimentos das outras pessoas, ignorando e desvalorizando o que os decepção, etc.), verbalizo-os facilmente.
Quando exprimo fúria faço-o sem culpar outros por me
outros fazem. enfurecerem.
Tenho à vontade para tomar a palavra num grupo.
Quando discordo com a opinião da maioria, numa reunião, posso
Estilo Manipulador: armar-me de todos os argumentos, sem me sentir desconfortável
ou ser abrasivo.
Quando cometo um erro reconheço-o.
Esta atitude também se caracteriza por uma defesa dos próprios direitos
Quando o comportamento de outros me causa problemas, digo-
em detrimento dos direitos dos outros, no entanto isso é conseguido de lhes.
forma diferente da atitude agressiva. Travar novos conhecimentos em sociedade é algo que faço
facilmente e com à vontade.
O manipulador é caracterizado pelo mascarar das suas intenções, Ao expor as minhas convicções, faço-o sem qualificar as opiniões
dos outros de «loucas», «estúpidas», «ridículas» ou «irracionais».
através da sedução e relação táctica com os outros. Assumo que a maioria das pessoas são competentes e fiáveis, e
não tenho dificuldade em delegar tarefas nos outros.
Costuma agir por interposta pessoa negando sempre a responsabilidade Continua na página seguinte:
pelas más consequências. É hábil em criar conflitos e especialista em
rumores.
3
Fonte: Desenvolvimento em Assertividade de Sam L. Lloyd. (1993). Lisboa
:Edições Monitor.
20
Estratégias para um comportamento eficaz Questionário de Auto-conhecimento
Estilo Passivo: Ao pensar fazer algo que nunca fiz, confio em que posso aprender a
fazê-lo.
Acredito que as minhas necessidades são tão importantes como as
A passividade caracteriza-se por um não respeito pelos próprios direitos, dos outros e que tenho o direito de as satisfazer
em que a energia pessoal é muitas vezes utilizada para alcançar os
VALOR TOTAL
objectivos dos outros.
São as vitimas por excelência, aqueles sobre quem se pode descarregar Obtenha agora o VALOR TOTAL somando os valores que atribuiu a
sempre mais trabalho ou maus modos. cada afirmação.
A assertividade caracteriza-se pela auto-afirmação, respeitando os Se o seu total encontra-se no intervalo de 45 a 60 pontos, tem uma
limites dos outros e fazendo respeitar os seus. imagem bastante assertiva. Em algumas situações é naturalmente
O indivíduo assertivo está à vontade na relação face a face, assertivo, mas a leitura deste capítulo poderá ajudá-lo a aumentar a sua
É verdadeiro consigo e com os outros, não dissimula os seus assertividade através da prática.
sentimentos.
Negoceia na base de objectivos precisos e claramente determinados. Se o seu total encontra-se entre 30 e 45 pontos, parece ser assertivo em
Estabelece com os pares uma relação fundada na confiança e não na algumas situações mas a sua resposta natural é passiva, agressiva e/ou
dominação, nem no calculismo ou submissão. manipuladora. Usar as sugestões encontradas neste capítulo para
Caracteriza-se em termos de comportamentos por um olhar frontal e modificar algumas percepções e praticar novos comportamentos
sorriso “aberto”. permitir-lhe-á lidar com as situações de forma muito mais assertiva no
futuro.
Auto-afirmar-se significa evidenciar os seus direitos e admitir a sua
legitimidade sem ir contra os direitos dos outros. O indivíduo Assertivo Se o seu resultado se situa entre 15 e 30 pontos, tem uma certa
tem clara noção de que a «sua liberdade termina onde começa a do dificuldade em ser assertivo. Se seguir o caminho indicado neste
outro». manual, se praticar, e se se der tempo para crescer e mudar, pode vir a
estar mais à vontade em situações onde afirmar-se é importante.
O sujeito que se auto-afirma é um indivíduo autêntico.
21
Estratégias para um comportamento eficaz Ideias chave / Sugestões a Reter
4
Fonte: «Asserte» o seu comportamento de Maria Antónia Santos revista
Análise
22
Estratégias para um comportamento eficaz Sugestões a Reter
5
Vejamos exemplos práticos de frases assertivas e não assertivas:
6. Seja Amigável
O assertivo não diz O assertivo diz Evite expressões radicais «sempre» e «nunca», bem como
humilhar o outro utilizando o humor, a ironia ou a crítica
Eu gostaria de realizar o meu destrutiva.
Está sempre a interromper o
trabalho sem interrupção. Faça
meu trabalho! Chamem-me só
por favor uma selecção dos
quando for MUITO urgente! 7. Perceba o outro
assuntos antes de vir aqui.
Eu senti-me traído na Procure enquadrar os argumentos do outro de acordo com o
Você foi um traidor! respectivo quadro de referências e valores. A probabilidade
confiança que tinha em si.
Há tarefas em relação à sua de os seus valores também serem tidos em consideração
função que tem de aprender a aumenta.
É mesmo incompetente!
fazer para ser mais
competente. Afirme-se
8. Afirme-
Como chegou a essa solução Refira-se a si próprio através de expressões como «eu
Só um idiota como você é que penso», «eu sinto», «esta é a minha opinião», «esta é a
e quais poderão ser as
apresenta essa solução! forma como eu vejo a questão»; nunca através do «nós»
consequências?
despersonalizante.
Ao assumir um cargo de chefia, é-lhe atribuída uma responsabilidade
acrescida, no que toca às relações profissionais que estabelece com os 9. Seja Positivo (mais uma vez)
outros. Caber-lhe-á a responsabilidade de motivar, encorajar e elogiar, Apresente várias alternativas para solucionar o assunto.
mas também de colocar limites e criticar construtivamente. Proporcionará assim, assim, maior liberdade de escolha
para ambos.
Tenha em mente que ao avaliar o comportamento alheio está a atribuir
toques (strokes na sua origem inglesa). Esses toques podem ser 10. Mostre as vantagens
positivos, quando por exemplo encoraja agradece e cumprimenta; ou
Saliente os benefícios, para o processo, de se alcançar uma
negativos, quando desvaloriza, fere, ou critica negativamente. Os toques
solução consensual.
positivos facilitam o diálogo, dinamizam a acção, motivam o sujeito para
o trabalho e estimulam a reparação do que foi dito ou feito.Os toques
Por fim não será em vão recordar que não será este manual a fazê-lo
negativos prejudicam e anulam a individualidade.
uma pessoa assertiva, será antes você próprio… A assertividade
Os toques positivos podem e devem ser atribuídos sempre que se
constrói-se.
justifique. Distribua-os sem contenções…
5
Adaptado de Psicologia das Relações Interpessoais (2000) de Odete Fachada, página 234,
Lisboa:Rumo.
23
Estratégias para um comportamento eficaz Actividade Proposta
6 Fonte: Stress e bem estar.Capítulo 6 Stress e vitimação em meio prisional – dos crimes aos
castigos por Rui Abrunhosa Gonçalves. (2006), pagina 136.Lisboa:Climepsi.
24
Estratégias para um comportamento eficaz Actividade “O dilema do prisioneiro”
7
É igualmente importante que se reconheça o conflito como um potencial Um exemplo de conflito é-nos dado pelo “Dilema do Prisioneiro” .
de evolução. A história mostra-nos que as ideias inovadoras são, quase Imagine a seguinte situação: Dois homens são presos por suspeita de
sempre, consequência de pontos de vista conflituosos que são assalto a um banco. O advogado de acusação, como forma de
partilhados e discutidos abertamente. convencê-los a confessar o crime, fala com cada um em separado e
apresenta a seguinte proposta: Se os dois confessarem ele fará um
Deste modo, é reconhecida a utilidade da existência de um certo grau de acordo com uma pena de 8 anos para cada. Se nenhum confessar, ele
conflito para a vitalidade das organizações e dos grupos, bem como do só poderá acusá-los de um crime menor, como posse ilícita de arma de
comportamento relacional. fogo, o que recairá numa pena de um ano para cada. Se apenas um
deles confessar, será concedido perdão ao que confessa e será
O conflito faz parte da relação. atribuída a pena máxima (suponhamos 20 anos) ao que ficou em
silêncio.
Debruçemo-nos sobre as potenciais vantagens e desvantagens do
conflito com o quadro que se segue:
Coloque-se na situação de um dos
prisioneiros e escreva a sua decisão
Desvantagens Vantagens no espaço reservado para o efeito.
7
Fonte: Buesco, Jorge.Da falsificação de euros aos pequenos mundos.
Paginas 65 a 72.Gradiva.Lisboa:2003
25
Estratégias para um comportamento eficaz Actividade Proposta
26
Estratégias para um comportamento eficaz Anotações
Por sua vez os conflitos interpessoais surgem, de um modo geral, pelas No sentido de reflectir sobre os temas
seguintes razões:
abordados sugerimos que tome algumas
notas neste espaço.
☻ Diferenças individuais (tais como a idade, o sexo,
atitudes, crenças, valores e experiências que contribuem
para que as pessoas tenham diferentes perspectivas
perante um mesmo assunto);
27
Estratégias para um comportamento eficaz Questionário de auto-conhecimento
28
Estratégias para um comportamento eficaz Questionário de auto-conhecimento
29
Estratégias para um comportamento eficaz Questionário de auto-conhecimento
Embora as várias estratégias para um comportamento eficaz, até agora 25 a 36 pontos: A sua capacidade para lidar com conflitos está bem
abordadas, minimizem grandemente as situações de conflito, certos desenvolvida, mas pode aprender ainda mais com cada nova
conflitos são inevitáveis. Como tal é importante que, perante essas experiência e aprimorar alguns pontos, analisando mais a sua forma de
mesmas situações, faça uma análise rápida, passando pelas seguintes actuação e observando mais os outros. Ás vezes lidamos bem com os
etapas: nossos conflitos, mas anda não estamos preparados para ajudar os
outros ou, por outro lado, sabemos ajudá-los mas não sabemos
encontrar a melhor solução quando estamos evolvidos emocionalmente.
Diagnosticar
Envolver-se no Resolver o
a natureza Escutar 13 a 24 pontos: A sua capacidade para lidar com conflitos é mediana,
confronto problema
do conflito nem muito desenvolvida nem baixa. Talvez precise de expandir mais a
sua inteligência emocional, pois o auto-conhecimento, o auto-controlo, a
empatia, a sociabilidade, a assertividade e a flexibilidade são as bases
para esta habilidade. Tem potencial, mas precisa desenvolvê-lo mais
Ao diagnosticar a natureza do conflito é preciso determinar: Não se acomode!
Menos de 12 pontos: Este valor revela que tem pouca habilidade para
☻ Até que ponto o problema nos afecta, e se tem lidar com os conflitos. Procure conhecer melhor os seus sentimentos e
consequências pessoais; compartilhar mais com as outras pessoas. Aprenda também a ouvir mais
os outros e a respeitar as diferenças naturais. O primeiro passo para um
☻ Quais as causas do conflito; processo de melhoria é admitir e aceitar as nossas vulnerabilidades.
Depois, observe atentamente as pessoas e as situações bem sucedidas,
e avalie quais são as habilidades e atitudes que fizeram a diferença.
☻ Até que ponto será a outra parte receptiva a uma relação 8
Desenvolva as habilidades e atitudes que deseja aperfeiçoar.
de negociação.
30
Questão a ponderar
Estratégias para um comportamento eficaz Actividade Proposta
Ao escutar sublinha-se o pôr em prática as técnicas atrás referidas de Pense qual ou quais das estratégias de
comunicação eficaz. resolução de conflitos utiliza mais no seu
A resolução do problema deverá passar pela ponderação de todas as dia a dia.
soluções possíveis de forma aberta e racional, e finalmente pela escolha
de uma delas.
Competição Colaboração
Compromisso
Acomodação
Evitar
(abdicação)
Assertividade
Cooperação
31
Estratégias para um comportamento eficaz Conclusões Finais
Com a acomodação o individuo aceita a posição contrária apenas para Ao assumir um cargo de chefia num Estabelecimento
não se “aborrecer”, não oferecendo resistência aos pontos de vista dos Prisional recorde-se que diferentes situações requerem
outros. Aceita envolver-se mas acomoda-se numa posição que não vai
diferentes abordagens. Tenha em atenção o problema
de encontro aos seus interesses. Esta posição pode ser útil nas
situações em que o assunto de discórdia é mais importante para a outra central, o cerne da discórdia, bem com as consequências da
parte, ou quando a manutenção da harmonia entre o grupo são mais sua actuação para os intervenientes. Procure soluções
importantes. integrativas e benéficas para todas as partes. Evite cair em
preconceitos e ideias pré-concebidas no diálogo que
Com o compromisso cada parte predispõe-se a ceder uma parte para estabelece com os seus colaboradores. Centre-se no
que a outra também ceda. Imagine que dois Guardas Prisionais entram problema, não no indivíduo.
em conflito porque ambos querem ter férias no mês de Agosto. O
compromisso passaria por atribuir, a cada um, 15 dias desse mesmo
mês. Esta posição é adequada quando pretendemos soluções de curto
prazo e a pressão do tempo obriga a uma solução intermédia, ou Escreva aqui as palavras-chave que lhe
quando o conflito é demasiado importante para ambas as partes. ficaram na memória depois de ter lido este
Com a colaboração, verifica-se a negociação de uma solução tema.
integrativa, ou seja, uma solução que beneficie as duas partes sem
perdas. Procura-se aqui resolver o problema mais do que vencer a outra
parte. Passa por uma negociação que procura encontrar a solução mais
vantajosa para todos. É esta, sem dúvida, a posição que obtêm
melhores resultados mas que necessita da empenhada disponibilidade
dos intervenientes.
32
Estratégias para um comportamento eficaz Anotações
33
Estratégias para um comportamento eficaz Anotações
☻ Preparação cuidada dos assuntos a abordar; Das situações atrás descritas, retire ideias-
☻ -Reflexão sobre as pessoas que estarão presentes e a chave, aplicadas a si e que no seu entender
escutá-lo; poderão melhor o seu desempenho na
☻ Agenda ou ordem de trabalhos; condução de reuniões.
☻ Hora e local da reunião.
Na condução ou dinamização de reuniões, deverá sintonizar-se com os
seus interlocutores, em termos verbais e não verbais, de forma
empática, adoptando os seguintes comportamentos:
34
Estratégias para um comportamento eficaz Questionário de auto-conhecimento
35
Estratégias para um comportamento eficaz Questionário de auto-conhecimento
Ao criar soluções alternativas para a resolução do problema, pense em: Apuramento dos resultados do exercício anterior:
☻ Clarifique responsabilidades
☻ Assegure que as pessoas compreendem e aceitem as 99
Fonte: Nova Etapa- Consultores em Gestão e Recursos Humanos Lda. Formação
tarefas/responsabilidades de que são incumbidas Pedagógica de Formadores – Relação Pedagógica. (2003). Lisboa: Nova Etapa.
36
Estratégias para um comportamento eficaz Conclusões Finais
Bostock
37
Estratégias para um comportamento eficaz
Bibliografia
38
Programação Neuro-Linguística
CAPÍTULO II
Programação Neurolinguística
39
Programação Neuro-Linguística Actividade Proposta
Analisemos agora o termo em si com a ajuda do livro “Introdução à 2. Se se recorda maioritariamente de imagens, pense se essas
programação Neurolínguistica” de J.O'Connor e J. Seymour. imagens são de cor viva, têm só algumas tonalidades, ou
são somente a preto e branco?
Neuro: A PNL reconhece a ideia fundamental de que todos os
comportamentos nascem de processos neurológicos da visão, audição,
3. A imagem é estática ou move-se?
olfacto, paladar, tacto e sensação. Percebemos o mundo através dos
cinco sentidos, ou seja, primeiro compreendemos a informação e só
então agimos. 4. Se se recorda maioritariamente de sons, o que escuta?
Vozes? Música? Sons indistintos? Sons nítidos? De onde
Linguística: Usamos a linguagem para ordenar os nossos pensamentos vêm esses sons?
e comportamentos e também para comunicarmos com os outros.
5. Se se recorda maioritariamente de sentimentos (emocionais
Programação: Diz respeito à maneira como organizamos as nossas ou tácteis), quais são os sentimentos? Agradáveis ou
ideias e acções com o objectivo de produzir resultados. A PNL trata da desagradáveis? O toque tem texturas? Se tem, de que tipo
estrutura da experiência humana subjectiva, de como organizamos o são (rugosas, macias, etc.)?
que vemos através de nossos sentidos.
Continue a pensar nessa experiência e comece a mudar as
Em suma, PNL é o estudo de como absorvemos a realidade, qualidades dessa imagem: por exemplo, se viu cores brilhantes torne-
processamos e alteramos essa representação internamente para as mais escuras, se ouviu sons suaves imagine-os altos; se se sentiu
conseguir atingir os nossos objectivos. relaxado imagine-se tenso.
40
Programação Neuro-Linguística Anotações
Ela pressupõe:
41
Programação Neuro-Linguística Actividade Proposta
Volte a abanar levemente os braços e veja o filme mais uma vez, sem a
☻ Melhore a Imagem que tem de si mesmo: (se vai por música. Aperceba-se da mudança nas sua emoções, como as
exemplo fazer uma apresentação em público, pense em como sensações desagradáveis diminuíram ou mesmo, desapareceram.
domina o assunto, e não no que acontecerá se bloquear).
Pode assim aperceber-se como a percepção molda os sentimentos.
☻ Evite frases negativas: (nunca diga «Não vou ter medo»,
mas sim «Estou calmo e à vontade»).
42
Programação Neuro-Linguística Actividade Proposta
☻ Todo o comportamento tem uma intenção positiva (para a Acredita que o que está mal no seu local de trabalho nunca virá a
pessoa que o põe em prática). melhorar, ou pelo contrário tem confiança na mudança?
43
Programação Neuro-Linguística Actividade Proposta
1
Fonte: Gleitman, Henry. Psychology. (1991).New York: W.W. Norton.
44
Programação Neuro-Linguística Actividade Proposta
2
Fonte: Wake Forest University. Lecture 8 Gestalt.(s.d.). consultado em Dezembro de 2006
em http://psych.wfu.edu/psy329schirillo/lectures/Lecture_8_Gestalt.htm.
45
Programação Neuro-Linguística Ideias Chave
É através dos sentidos que estabelecemos o contacto com o mundo Descubra agora alguns detalhes
exterior e que captamos a informação. A visão, a audição, o paladar, o fisiológicos do movimento dos olhos que
olfacto e o tacto constituem verdadeiras pontes para a percepção da
realidade.
nos permitem conhecer os processos de
pensamento dos nossos interlocutores:
☻ Visual Processo de
Olhar para cima e
recordação de
☻ Auditivo para a direita
imagens
☻ Quinestésico (ou cinestésico) – que engloba os
restantes sentidos. Processo de
Olhar para cima e
construção de
para a esquerda
imagens
O movimento que fazemos com os olhos tem uma relação estreita com
a nossa maneira de pensar. Eles são indicadores, não do conteúdo do
pensamento, mas dos processos que estão na base do pensamento. Olhar para a direita Processo de
São a chave do acesso visual. Quando duas pessoas, ao lateralmente recordação de sons
comunicarem, usam chaves diferentes de comunicação, a
comunicação torna-se menos clara. Olhar para a
Processo de
esquerda
Muitas vezes acontecem incongruências como no diálogo que se construção de sons
lateralmente
segue:
«- Já olhou para os papeis que lhe dei ontem?» Olhar para a direita Processo de
«- Não tive tempo, ando de pés e mãos atadas!» e para baixo reflexão pessoal
De facto a primeira pessoa está a utilizar um processo visual («já Olhar para a Processo de
olhou»), enquanto que a segunda utilizou um quinestésico («pés e esquerda e para recordação
mãos atadas»). A comunicação não foi por isso positiva. Não houve baixo quinestésica
sincronização.
46
Programação Neuro-Linguística Questionário de Auto-conhecimento
As chaves de acesso visual que acabamos de ver podem ser Para descobrir qual o seu canal sensorial predominante escolha para
complementadas pelo designado mimetismo comportamental, este cada afirmação uma das três hipóteses. No final some o número de
surge cada vez que a comunicação se estabelece de uma forma afirmações para cada letra.
positiva.
1. Aprendo mais facilmente quando:
Este fenómeno passa-se a um nível inconsciente e a PNL denomina-o a) Leio e faço apontamentos;
de relação. É fácil de identificar em pessoas que, numa conversa, têm b) Estudo em voz alta ou em palestras;
atitudes semelhantes ao nível da sua postura geral e particular. Os c) Estou em um grupo de estudos ou laboratório.
seus gestos encontram-se em harmonia, por vezes mesmo
sincronizados. As vozes, os gestos, a comunicação proxémica é 2. Na minha casa gosto mais:
complementar. a) De ver tudo arrumado nos lugares certos;
b) Do silêncio ou das vozes familiares
A sincronização pode-se traduzir através do espelhamento de: c) Do conforto que me traz.
47
Programação Neuro-Linguística
48
Programação Neuro-Linguística
Ao seguir estas regras poderá melhorar substancialmente a sua As pessoas que possuem o Sistema Auditivo como estilo
relação com os outros e estabelecer uma comunicação mais honesta e predominante ouvem música internamente, falam consigo mesmas e
sólida entre as partes. têm a habilidade de ouvir novamente as vozes de outras pessoas.
Possuem pensamento auditivo (uma mistura de palavras e outros
sons). Falam com um tom melodioso, ressonante, em ritmo médio. Os
seus movimentos oculares concentram-se na linha mediana. Em geral
gostam de ouvir música e conversar. São bons ouvintes. Conversam
muito consigo mesmo.
49
Programação Neuro-Linguística
Bibliografia
50
A Inteligência Emocional
CAPÍTULO III
A inteligência Emocional
51
A Inteligência Emocional Anotações
Quantas vezes já sentimos uma emoção de tal forma forte que quase
não a conseguimos conter? Seja ela de alegria ou de tristeza.
52
A Inteligência Emocional Sugestão de pesquisa sobre o tema
4
Fonte: Damásio,António.O Sentimento de Si. (2000). Lisboa: Europa América.
53
A Inteligência Emocional Ideias Chave
Com esta nova fonte de estudo deu-se um novo sentido à frase de 4. A Alegria
Antoine de Saint Exupéry: “É com o coração que realmente vemos, o Uma das mudanças biológicas mais interessantes com esta
6
que é essencial é invisível à vista.” emoção é o aumento significativo de energia e um acalmar
dos pensamentos negativos. O que nos deixa entusiasmados
e predispostos para qualquer persecução de objectivos.
5
In “Trabalhar com Inteligência Emocional” de Daniel Goleman pag.323
6
In “Le petit prince” de Antoine de Saint Exupéry
54
A Inteligência Emocional Ideias Chave
55
Actividade Proposta
A Inteligência Emocional
56
A Inteligência Emocional Actividade Proposta
“O seixo preto”
3.6 Como estimular a Inteligência
Emocional dos seus colaboradores «Há anos atrás, um mercador londrino ficou a dever uma grande soma
Fazemos-lhe agora a seguinte pergunta: Como poderá um Chefe de de dinheiro a uma pessoa que lhe fez um empréstimo. Este, quando
Guarda Prisional estimular os seus colaboradores para cada uma destas quis recuperar o seu dinheiro, foi a casa do mercador e quando viu a
competências? sua bonita filha, fez-lhe uma proposta: Propôs-lhe casar com a filha,
Precisamente! Tudo começa por dar o exemplo. Estudos demonstram cancelando, desse modo, a dívida do mercador. Quer o mercador, quer
que as equipas que apresentam melhores resultados são aquelas, cujos a sua filha ficaram apavorados.
lideres possuem elevadas competências emocionais. Lembre-se que as Então o mercador pediu que a solução fosse deixada á Providência.
emoções são contagiosas! Sugeriu, então, que se colocasse dentro de uma bolsa vazia um seixo
preto e um seixo branco, devendo a rapariga tirar, de dentro da bolsa,
As aptidões sociais, no sentido essencial de lidar com talento as um deles, ao acaso:
emoções dos outros, assentam em diversas competências, sendo elas:
1) Se ela retirasse o seixo preto, ela casaria com ele e a divida do
1. Influência:
Influência Desenvolvendo o dom da persuasão; usando seu pai ficava cancelada;
estratégias que apelem ao consenso e apoio; e procurando 2) Se retirasse o seixo branco, ela não casaria com ele, mas a
e incentivando o cumprimento de objectivos. divida seria, do mesmo modo cancelada;
3) Se ela recusasse tirar o seixo o pai iria parar à prisão e ela
2. Comunicação: Sendo eficiente a dar e receber ficaria desamparada.
mensagens; lidando com assuntos difíceis de forma directa
O mercador concordou com a proposta. O credor logo se baixou para
e com tacto; sendo bom ouvinte; estimulando a troca de
apanhar os seixos, mas ao fazê-lo não apanhou um preto e um branco,
informação; promovendo a comunicação aberta.
mas sim dois seixos pretos. A rapariga percebeu o que ele fez e pensou
3. Gestão de Conflitos: Lidando com as pessoas difíceis, que nunca poderia tirar da bolsa o seixo branco, porque nunca lá tinha
e situações tensas, com diplomacia e tacto, detectando sido colocado. O credor pediu à moça que retirasse o seixo que iria
conflitos potenciais; estimulando o debate; e orquestrando decidir o seu futuro.
7
soluções benéficas para ambas as partes Porém a rapariga, graças às suas competências emocionais, conseguiu
encontrar uma solução que lhe permitia não casar com o credor e
Continua na página seguinte. cancelar a dívida do pai.»
8
Que solução seria essa?
7 8
Pode ver pormenores sobre este aspecto no capítulo I Veja a solução na página seguinte
57
A Inteligência Emocional Anotações
9
Para mais informações sobre este tema veja o capitulo IV
58
A Inteligência Emocional Questionário de Auto-conhecimento
Como será a resposta do cérebro a uma crise? Embora estejamos Assinale na lista que se segue as formas que considera mais
extremamente desenvolvidos em termos cerebrais, em situações de adequadas para lidar com o stress. Na última linha acrescente outras
tensão retornamos à resposta inata. A resposta do cérebro a uma crise formas de lidar com o stress que considere particularmente eficazes
ainda segue a velha estratégia: apura a acuidade sensorial, suspende o para si.
pensamento complexo e dispara a resposta automática. Poderemos □□ Beber algo (chá, café, uma cerveja, etc.)
então pensar: se é assim, como será possível controlar as emoções □□ Comer
que, por vezes, teimam em transbordar? □□ Chorar
□□ Cantar
Nas situações em que o stress se acumula, a sensação de ruptura
parece que se multiplica; cada “golpe” adicional parece □□ Divertir-se sozinho
substancialmente mais insuportável em direcção à perda de controlo. □□ Divertir-se com amigos e/ou familiares
Tal acontece até com pequenas contrariedades que, em circunstâncias □□ Escrever
normais, não nos incomodariam, mas que, naquele momento nos □□ Fazer Exercício Físico
parecem monumentais.
□□ Fumar
De facto, a resposta para isto é bioquímica: quando as situações de □□ Gritar
tensão se acumulam o cérebro activa a libertação de uma hormona □□ Isolar-se
conhecida como CRF (Corticotrofina) e termina com um fluxo de □□ Ironizar, brincar e rir da situação
hormonas do stress, especialmente o cortisol. As hormonas que □□ Massagens
segregamos debaixo de stress não são suficientes para uma única
□□ Ouvir música
situação, mas uma vez segregadas, mantêm-se na circulação
sanguínea durante horas, e cada incidente perturbador subsequente □□ Passear
adiciona mais hormonas do stress aos teores presentes já elevados. A □□ Passar tempo com animais
acumulação resultante torna-nos extremamente sensíveis a qualquer □□ Relaxar
provocação. De facto é fácil concluir daqui que precisamos de recursos □□ Telefonar a amigos/familiares
internos, para além dos externos, para dominar os sentimentos que o
□□ Tentar esquecer o problema
stress provoca em nós. Para este tema são de particular importância as
competências pessoais. □□ Tomar banho
□□
Acaba de identificar as suas estratégias para lidar com o stress!
59
A Inteligência Emocional Questionário de Auto-conhecimento
60
A Inteligência Emocional Questionário de Auto-conhecimento
O auto-domínio emocional não é o mesmo que a asfixia emocional em Depois de assinalar cada frase que se aplica a si e à sua maneira de
que são castrados todos os rasgos de espontaneidade e genuinidade. lidar com as situações de stress contabilize-as e veja no quadro
abaixo qual será o risco de stress em que se encontra.
Esse excesso de controlo acarreta um custo físico e mental (aumento da
pulsação cardíaca, sintoma de tensão acrescida por exemplo).
Menos de 5 afirmações
Baixo risco
Quando essa supressão de sentimentos é crónica, pode prejudicar o assinaladas
pensamento, reduzir a capacidade intelectual e interferir com De 5 a 10 afirmações
interacções sociais harmoniosas. Algumas características
assinaladas
Mais de 10 afirmações Forte tendência para reagir
Por outro lado, a competência emocional implica que podemos optar assinaladas negativamente aos efeitos do stress
pela forma como exprimimos os nossos sentimentos. Mas isto será
muito mais complicado de fazer no local de trabalho do que em redor de
familiares ou amigos com quem estamos à vontade. Agora que já identificou o seu risco de stress, reveja as frases que
escolheu pois elas serão indicadoras dos aspectos que o deixam mais
Quando nos referimos à auto-regulação estamos a debruçarmo-nos vulnerável ao stress. Repense a sua atitude e tente mudá-la.
sobre a gestão de impulsos e dos sentimentos deprimentes. Estas duas
características são centrais para as competências emocionais referidas
anteriormente (veja o quadro da página 55) que veremos agora com
maior detalhe:
61
A Inteligência Emocional
Na sequência do que foi exposto podemos concluir que é possível fazer Sintomas Fisiológicos do Stress:
uma gestão pessoal do stress a que estamos sujeitos.
☻ Aumento rápido do metabolismo
A vulnerabilidade ao stress está relacionada com quatro diferentes tipos ☻ Aumento da taxa de açucar no sangue
de factores: ☻ Aumento da frequência cardíaca e da pressão
arterial
☻ Biológicos ☻ Secura da boca
☻ Psicológicos ☻ Aumento da sudação
☻ Personalidade do sujeito ☻ Alteração da frequência Respiratória
☻ Sociais ☻ Arrepios de frio ou de calor em excesso
Para minimizar o impacto de cada um deles é importante que:
☻ Contracção muscular
☻ Alteração dos ritmos de produção hormonais
☻ Cuide do seu corpo, controle o seu peso, tenha Sintomas Psicológicos de Stress
uma alimentação saudável, faça exercicio físico
regular e faça um checkup regular. ☻ Nível geral de sub-rendimento que pode levar a
☻ Esteja atento ao seu bem estar, se se sentir mais sentimentos de culpa e insegurança
irritável, cansado, desmotivado ou deprimido, não ☻ Tensão nervosa elevada
hesite em procurar ajuda. ☻ Problemas de comunicação
☻ Tente descobrir quais os aspectos da sua ☻ Insónias
personalidade que o deixam mais vulnerável e
tente minimizá-los. Modifique a sua filosofia de ☻ Sonhos e pesadelos relacionados com a fonte
vida, passe a encarar os acontecimentos com um de stress
certo sentido de humor e optimismo. ☻ Dificuldade de concentração e memorização
☻ Sempre que possível rodeie-se de amigos e ☻ Emoções incontroláveis
familiares. Não se isole. Desabafe as suas opiniões ☻ Ansiedade
com quem confia, procure «apoio emocional».
☻ Tiques nervosos
62
A Inteligência Emocional Ideias chave
63
A Inteligência Emocional
Antunes, C. (2000). Alfabetização Emocional. Brasília: Vozes Lloyd, S. (1993). Desenvolvimento em Assertividade – Técnicas
práticas para o sucesso pessoal. Lisboa: Monitor.
Blanchard, K. (2003). O Poder do Relacionamento Positivo.
Lisboa: Pergaminho. Pinto, A. M. & Silva, A. L. (2005). Stress e Bem –Estar. Lisboa:
Climepsi.
Braham, B. (1999). À Procura de Si Mesmo. Lisboa: Monitor.
64
Estilos de Liderança
CAPÍTULO IV
Estilos de Liderança
65
Estilos de Liderança Questões a Ponderar
66
Estilos de Liderança Anotações
67
Estilos de Liderança Actividade Proposta
68
Estilos de Liderança Questão a Ponderar
69
Estilos de Liderança Questão a Ponderar
70
Estilos de Liderança Questão a Ponderar
71
Estilos de Liderança Anotações
Abordagem Comportamental
Para que possa ter algum espaço para
LIDERANÇA LIDERANÇA LIBERAL /
solidificar as suas ideias reservamos
LIDERANÇA
AUTOCRÁTICA OU PASSIVA OU “LAISSEZ – esta página para que tome algumas
AUTORITÁRIA FAIRE” DEMOCRÁTICA notas sobre os temas abordados.
O líder fixa as O líder não participa, As directrizes são debatidas
directrizes, sem nem regula ou avalia e decididas pelo grupo, mas
participação do o trabalho ou o o líder tem a seu cargo: -
grupo. funcionamento do assistir; -estimular o grupo, -
grupo; limita-se a motiva-o.
O líder determina as emitir algumas
opiniões quando É o grupo quem define os
regras, as medidas a melhores meios, regras e
tomar nas tarefas, e questionado.
técnicas para atingir os
comunica-as objectivos; solicita ao líder o
parcialmente, uma de Os elementos do aconselhamento, se
cada vez, e só grupo têm liberdade necessário. Faz a súmula do
quando são total para tomar as que até aí se passou e
necessárias ao decisões com a avança algumas
grupo. participação mínima alternativas, que o grupo
do líder. poderá adoptar. As tarefas e
Determina qual a Também é o grupo a interacção ganham, assim
tarefa que cada um que decide sobre a uma dimensão totalmente
deve executar e qual divisão das tarefas e nova.
a equipa de trabalho. escolhe as equipas O grupo decide ainda a
O líder é dominador de trabalho. divisão das tarefas e as
e parcial nos seus equipas de trabalho.
elogios e críticas. Basicamente, o líder procura
ser um membro do grupo,
não se encarregando
prioritariamente das tarefas,
procurando antes ser
motivador e mostrando-se
disponível para ajudar.
72
Estilos de Liderança Anotações
White e Lippit concluíram que os grupos submetidos à liderança Para que possa ter algum espaço para
autocrática apresentavam a maior quantidade de trabalho produzido. solidificar as suas ideias anote nesta
Sob a liderança liberal, tiveram os piores resultados tanto em página as características mais
quantidade como em qualidade do trabalho. Finalmente, com a relevantes de um Guarda graduado
liderança democrática, os grupos não apresentaram uma quantidade
de trabalho como quando liderado com um estilo autocrático, mas a cuja liderança é autoritária:
qualidade do seu trabalho foi surpreendentemente superior.
O impacto destes três estilos de liderança, a nível do grupo, difere, e
como tal, deve ser considerado:
73
Estilos de Liderança Actividade Proposta
Assiste-se ao não cumprimento dos objectivos e baixa aprendizagem No espaço que se segue coloque três
efectiva; Vantagens e três desvantagens, da
actuação de um guarda graduado, com
Há uma não directividade quanto à forma (redes de comunicação) e
estilo de liderança do tipo “Laissez-Faire”
quanto ao processo (conteúdo das mensagens) – todo o grupo é
emissor/receptor, mas sem qualquer organização, gerando uma
excessiva participação com tendência para a desmotivação e VANTAGENS DESVANTAGENS
afastamento posterior.
74
Estilos de Liderança Actividade Proposta
75
Estilos de Liderança Questão a Ponderar
6) Transmite segurança, confiança. Inspira lealdade. É confidente, Acha que conseguirá corresponder a este
faz com que as pessoas (guardas, reclusos, etc) se sintam à perfil? Não se preocupe; pois bem, o líder
vontade para dizer a verdade; que foi descrito, é uma pessoa que não
existe. Pelo menos, com todas as
7) Transmite sentido de justiça. Toma as decisões justas, não qualidades juntas na mesma pessoa.
protegendo um ou outro membro do grupo. Todas as suas Porquê? (registe a sua opinião)
decisões e atitudes são transparentes;
11) Sabe que não consegue fazer tudo sozinho e que necessita
que se desenvolva no grupo, um espírito de cooperação.
76
Estilos de Liderança Actividade Proposta
77
Estilos de Liderança Ideias chave
78
Estilos de Liderança Anotações
79
Estilos de Liderança Actividade Proposta
Importância do Reconhecimento:
80
Estilos de Liderança Ideias chave
Quando é sincero e não manipulativo., cria um clima favorável ao Salienta-se a questão da especificidade do reforço/elogio, por forma a
empenhamento. que o colaborador entenda claramente qual a conduta elogiada, bem
como a importância do tempo oportuno. Sem estas características, o
Ao ser adequado à pessoa e à circunstância., deve ser também reconhecimento tardio pode perder o significado.
assegurado tratamento igual a todos os colaboradores.
CRÍTICA
81
Estilos de Liderança Breve Resumo sobre o tema
Saiba escutar
☻ Liderar pelo exemplo;
☻ Viver de acordo com os valores que defende;
Linhas orientadoras para o processo de monitoragem e ☻ Demonstrar confiança nos colaboradores;
acompanhamento: ☻ Ter consciência das necessidades individuais e do
grupo;
Identifique as necessidades dos seus colaboradores, comparando
o que têm como que deviam ter; ☻ Motivar e encorajar, conferir significado ao trabalho dos
Encoraje os elementos da grupo a ensinarem-se mutuamente, mas colaboradores;
comece por ser você a fazê-lo. ☻ Criar um objectivo comum que orienta a equipa;
Ajude os colaboradores a aprenderem com as suas próprias ☻ Permitir às pessoas descobrirem que são melhores do
experiências, assumindo que, para aprender é preciso errar que pensaram.
úteis, procure ser competente e empenhado;
Forneça Feedback de modo a que os colaboradores Contudo, são falsas as premissas de que o “líder nasce líder” ou de que
saibam o que fizeram bem e o que pode ser corrigido. “só alguns serão líderes”.
82
Estilos de Liderança
Bibliografia
83
Conclusão
CONCLUSÃO
84
Conclusão
Tal como havíamos referido na Introdução, mais do que uma ferramenta departamentos, a intriga, são ainda os sintomas mais frequentes de
de leitura pretendeu-se que este manual fosse uma ferramenta de conflitos abertos ou latentes mal geridos.
acompanhamento, consolidação de ideias e de actividades práticas que
dizem respeito às funções de chefia dos Guardas Prisionais. Use a sua criatividade e a imaginação para procurar encontrar
soluções para os conflitos reais. Elas permitem-nos ver o que os outros
Por isso, em toda a informação contida neste manual procurou-se vêem, mas visualizando coisas diferentes, transformando os riscos em
sublinhar, uma vez mais, as atitudes imprescindíveis para um verdadeiro oportunidades, transformando o dia a dia num presente melhor.
CRESCIMENTO EM ESTRELA: Dignidade humana, Rigor, Criatividade
e Inovação, Comunicação, Espírito de Equipa, Lealdade, Transparência
Abordámos as emoções, pois são um meio de comunicação.
e Honestidade, apanágios para o nosso crescimento enquanto
Reconhecê-las é fundamental. Só quem aprende a perceber os sinais
profissionais e sobretudo enquanto seres humanos.
emocionais, classificá-los e aceitá-los pode controlar as suas emoções e
explorá-las mais profundamente.
Na relação interpessoal a interacção é imediata, na relação inter- grupo
é medida pelas caracterizações sociais. Ambas dependem da qualidade A chave de acesso ao mundo emocional é a atenção. Percepção do
da relação. Podem conceber-se relações interpessoais entre grupos nosso mundo interior com o objectivo de não se dominar por ele.
bem como relações inter-grupo entre duas pessoas. Aqui, as pessoas
são percepcionadas não por si próprias, mas enquanto representantes Para perceber as nossas próprias emoções, controlá-las e desenvolve-
de um grupo. las, precisamos de um distanciamento interior em relação a nós
próprios.
85
Questionário de Pós-Formação Questionário de Pós-Formação
86
Anexos
Anexos
87
Anexos
Guião do Videograma
Ficha Técnica
Autores
Título
Colaboração Técnica
Leonor Diniz
Marinela Carmelino
Data de Concepção
Local de Emissão
Lisboa
1ª Edição
Setembro 2007
2
INDICE
Introdução……………......…………………………………............................................................. 4
Sketch I
O Estabelecimento Prisional da Carregueira ... .........…………………............................................ 5
Sketch II
Recepção e acompanhamento aos novos guardas ...…………………............................................ 6
Sketch III
Rendição na torre de vigia ............................................................................................................... 10
Sketch IV
Visita do advogado . ........................................................................................................................ 16
Sketch V
Transferência de dois reclusos ....................................................................................................... 18
Sketch VI
Partilha de informação .................................................................................................................... 22
3
Introdução
A concepção deste material pedagógico não teria sido possível sem a colaboração dos
próprios profissionais de vários Estabelecimentos Prisionais que partilharam a sua experiência
e reconstituiram alguns momentos críticos da vida prisional, designados, neste recurso, com os
seguintes títulos:
- O Estabelecimento Prisional da Carregueira
- Recepção e acompanhamento aos novos Guardas
- Rendição na torre de vigia
- Visita do advogado
- Transferência de dois reclusos
- Partilha de informação
Para uma melhor compreensão, cada cena retractada neste Guião está estruturada da
seguinte forma:
- Sketch
- Tema abordado:
- Titulo:
- Personagens:
- Cenas (local, especificidades das cenas, etc): (a azul claro)
- Narrador: (a azul escuro)
4
SKETCH I
Tema abordado: Introdução ao Comportamento Relacional
Titulo: O Estabelecimento Prisional da Carregueira
Personagens: Narrador
Fundo Negro
Introdução da música de fundo: Rodrigo Leão1
Introdução da frase: Comportamento Relacional
Narrador (em voz off, com aparecimento de título escrito): Comportamento Relacional
Câmara foca o gradão que se começa a abrir. Câmara continua a avançar para dentro do
Estabelecimento.
Câmara aproxima para vários pormenores do EP: Permite visualizar os vários funcionários e
reclusos em movimento atarefado. Ouvem-se várias conversas em simultâneo.
1
A música de fundo pode ser alterada para outra a gosto. Sugere-se no entanto músicas de
autores portugueses.
5
SKETCH II
Chefe (imagem da chefia em plano lateral com a do guarda) (em tom de voz azedo e mal
humorado):«-Não tenho tempo para eles, telefona ao graduado de serviço, ele que tome conta
deles e que os meta na escala de serviço.»
Cena: “O guarda telefona ao graduado de serviço, que vem ao encontro dos estagiários.”
Graduado de serviço (chega com ar irónico e em tom de gozo): «-Olha os novatos! Estava
mesmo a precisar deles. Tu vais render aquele guarda no gradão para ele ir lanchar..., vocês
os dois pegam nas chaves, vão buscar o 415 e levam-no à enfermaria. Vocês ai, vão render
as torres 3 e 4.
Estagiário 1 (em tom de voz apreensivo): «-Mas… senhor subchefe, eu não tenho muita
experiência com armas!»
6
Graduado de serviço: «- Ah! nunca usaste uma arma? Então quem é caçador aqui?»
Graduado de serviço: «-Vá, vá, então vão vocês. Os outros ficam por aqui que eu já vou
precisar de vocês…»
Pausa… câmara focando os restantes estagiários com ar de espanto e de desânimo…. entra
o narrador em cena. Grande plano do narrador, focando-o de olhos nos olhos com o formando:
Guarda (Ao telefone): «--Sr. Chefe, os guardas estagiários já chegaram e estão fardados.»
Chefe (imagem da chefia em plano lateral com a do guarda) (em tom de voz cordial , mas
médio, bem humorado e firme): «-- Ok Moreira. Mande-os formar que a senhora directora e
eu vamos recebê-los.»
Guarda Moreira(Tom de voz cordial): «--Meus senhores, formem aqui, que o chefe e a
senhora directora vêm já recebê-los.»
Directora (entra em cena com tom de voz cordial, médio, firme, mas empático, varrendo
com o olhar o rosto de todos os guardas): «-Bom dia meus senhores, o meu nome é Alice
Campos e sou a directora deste EP. Sejam bem vindos e espero que estejam motivados para
aprenderem, pois a carreira que escolheram, como todas, tem as suas especificidades.
7
Algumas vocês já as conhecem e outras aprenderão com a prática e também alguma
dedicação. Se tiverem alguma questão ou sempre que queiram falar comigo, falem com o
chefe Madureira que ele os encaminhará. Bom, agora vão ficar com o senhor chefe.»
Chefe Madureira: (tom de voz cordial, médio, firme, mas empático, varrendo com o olhar
o rosto de todos os guardas): «-Bom dia, o meu nome é Madureira e como já puderam
constatar sou o Chefe dos Guardas. Vou distribuir dois livros, um de boas vindas (mostra-o)
que vos permite melhor conhecer o EP e o regulamento interno (mostra-o). Em seguida vamos
conhecer as instalações e a zona prisional, sempre que tiverem alguma dúvida devem
questionar. Depois vou dar ordens para ser elaborada uma escala para os senhores, de
maneira a que estejam em postos sempre acompanhados por um guarda mais velho de forma
a facilitar a vossa aprendizagem. Alguma questão?»
Estagiário 1(em tom um pouco receoso): «--Senhor chefe, o EP tem sítio para pernoitar?»
Chefe Madureira: «--Claro que sim, Sr. Silva. Tem o alojamento dos guardas, mas mais tarde
falaremos sobre isso.»
Cena: Plano fechado focando as expressões dos guardas estagiários, com um leve sorriso,
com ar de alívio e bastante ânimo
Narrador: “Repararam na diferença das atitudes das chefias? Muito mais correctas, não é?
“Viram as expressões faciais dos guardas estagiários? A atitude empática por parte das
chefias, o tom de voz afável, o sustentar do olhar, o tratamento pelo nome, facilitam a
comunicação estabelecida entre os interlocutores”
“Comportamento gera comportamento e por isso esta correcta recepção dos estagiários
promoveu motivação e o empenhamento futuro, dada a confiança nas chefias, pelo que a sua
integração e adaptação será mais rápida, evitando-se algumas potenciais barreiras à
comunicação, que poderão surgir devido à inexperiência”.
ASPECTOS FOCADOS
- Postura da Direcção/Chefia
- Técnicas de Comunicação Eficaz
- Função da Comunicação: Informação/socialização
- Liderança: Motivação
8
OBJECTIVO:
Enumerar as componentes de um relacionamento pessoal e profissional eficaz. Concluir que
uma comunicação eficaz é um dos factores essenciais para o alcançar.
9
SKETCH III
Cena1 : Pátio (Vista do pátio. Várias pessoas em movimento falam descontraidamente, tons de
vozes imperceptíveis).
Narrador (voz off): “Na prática comum, podemos por vezes revelar uma certa dificuldade em
assumir comportamentos auto-afirmativos ou assertivos”.
Cena 2: Pátio (Vista das várias torres de vigia, câmara move-se para uma das torres em
particular. Aproxima-se lentamente).
Narrador: Principalmente – pausa - nas situações em que somos criticados ou quando somos
nós que pretendemos exercer a nossa crítica sobre outrem.
Cena 3: Interior da Torre de vigia (Câmara foca o Guarda Prisional Ricardo com ar impaciente,
que suspira. Olha para o relógio impaciente. Debruça-se na torre para ver se alguém se
aproxima).
Guarda Prisional Ricardo (suspirando novamente): Mas onde é que está o Alberto?! É
sempre a mesma coisa! Nunca chega a horas! Quarenta minutos! E logo hoje que tenho de ir
fazer a viagem para casa até Viseu!
Câmara afasta-se lentamente mas mantém o foco sobre Ricardo que mantêm movimentos
agitados.
Narrador: Na maior parte dos casos, é exactamente na falta de auto-controlo, das próprias
emoções, que reside a principal dificuldade em ser assertivo.
10
Grande plano do jornal do dia de desporto nas mãos do Guarda Prisional Alberto. Câmara
afasta-se lentamente até o focar por inteiro de pé encostado à entrada2.
Guarda Prisional Alberto: Xiiii… este Benfica é sempre a mesma coisa! Não fosse o Capitão
e esta malta estava na segunda divisão!
Câmara afasta-se um pouco e o Guarda começa, sem pressa a dirigir-se para a Torre de Vigia.
Pelo caminho pára para cumprimentar colegas com que se cruza. Chama atenção para o
jornal. Diz piadas. Diminuição progressiva do som da sua voz e substituição por música de
fundo.
Narrador: “Todos nós temos a clara noção de que não comunicamos de forma idêntica em
diferentes situações, em diferentes momentos, nem com diferentes pessoas. As relações
interpessoais resultam de uma panóplia de variáveis onde os intervenientes são apenas
parte do todo. Não só somos influenciados pelo nosso interlocutor, como somos igualmente
afectados por toda a situação em redor: a hora do dia, a metereologia, a fome, o sono, as
emoções,.., até o resultado do jogo de ontem”.
Corta para… Guarda Alberto abre uma porta e grita lá para dentro:
Narrador: Cada ser humano tem pois de se munir com uma capacidade de adaptação
coesa, que lhe permita gerir da melhor forma as relações.
Corta para…O Guarda Ricardo da torre de vigia avista o colega que se aproxima.
Guarda Ricardo (entre dentes): Até que enfim! Quando cá chegar vai ver! É hoje! É hoje que
eu lhe digo!
Câmara foca os movimentos nervosos das mãos de Ricardo. Alterna com o Guarda Alberto
que se aproxima.
Narrador: Podemos desta forma considerar que existem estilos de comunicação que não são
mais do que formas diferentes de abordar a relação interpessoal. Ao assumirmos um
comportamento podemos escolher um –pausa- de quatro estilos de comunicação: o estilo
agressivo, o estilo manipulador, o estilo passivo ou estilo assertivo.
2
Todos os locais de filmagem, com excepção da torre de vigia poderão ser alterados de acordo
com as potencialidades físicas do espaço.
11
Guarda Alberto surpreende por detrás o Guarda Ricardo. Coloca-lhe a mão no ombro.
Guarda Alberto ( em tom de voz cordial e manipulador): Grande colega Ricardo! Então
como é que vai isso?
O Guarda Ricardo faz um gesto tímido para dizer algo mas é atropelado, pelas palavras do
colega.
Guarda Alberto: E o jogo de ontem hein? Tu viste aquele penalty?! MAS QUE CARA É
ESSA?! Anima-te homem! Problemas lá em casa com a senhora? Tu tens que fazer como eu,
os problemas daqui ficam aqui e os lá de casa ficam lá para a senhora os governar! Eh! Eh!
Então isto, como é que está?
Guarda Alberto: Pois é pois é, sabes como é… é tanta coisa para fazer, um homem anda
sempre ocupado… mas não te vais zangar com uma coisa dessas! Tu agora até vais de folga!
Guarda Alberto: OH meu amigo, isso de estradas é comigo, digo-te já um caminho, que é um
instante!
Guarda Ricardo suspira e resigna-se. Sem som, câmara filma a explicação efusiva do percurso
do Guarda Alberto.
Narrador: Por que estilos acabaram por optar estes dois guardas prisionais? O Guarda
Ricardo optou por um estilo passivo em que permite que os desejos, necessidades e direitos
do outro sejam mais importantes que os seus. São as vitimas por excelência, aqueles, sobre
quem, se pode descarregar sempre mais trabalho ou maus modos.
O Guarda Alberto optou por um estilo manipulador, em que seduz o seu interlocutor para
alcançar os seus intentos. O manipulador é caracterizado pelo mascarar das suas intenções,
através da sedução e relação táctica com os outros.
Com esta atitude passiva o Guarda Ricardo não resolveu um problema perpetuou-o.
12
Narrador: Qual seria então os estilo mais correcto para esta situação? – Pausa- O estilo
Assertivo. A assertividade caracteriza-se pela auto-afirmação, respeitando os limites dos outros
e fazendo respeitar os seus. Vejamos novamente a situação:
Corta para…Momento em que o Guarda Alberto surpreende por detrás o Guarda Ricardo.
Colocando-lhe a mão no ombro.
Guarda Alberto: Grande colega Ricardo! Então como é que vai isso?
Guarda Ricardo ( em tom de voz firme, médio e assertivo): Boa tarde. Alberto, a hora de
mudança de turno era às 17h e já são 17h e 45m. Tenho verificado que estes teus atrasos
repetem-se.
Guarda Alberto: Pois é pois é, sabes como é… é tanta coisa para fazer, um homem anda
sempre ocupado… mas não te vais zangar com uma coisa dessas! Tu agora até vais de folga!
Guarda Ricardo( no mesmo tom de voz assertivo): Alberto, eu gostaria de terminar sem ser
interrompido.
Guarda Ricardo: Como dizia estes atrasos têm-se repetido e têm-me prejudicado, hoje por
exemplo já vou apanhar a hora de ponta, e ainda vou para Viseu. Eu proponho que daqui em
diante, chegues a tempo na mudança de turno.
Guarda Alberto: Pois é que sabes como é que eu sou, gosto do convívio e aqui na torre uma
pessoa fica sozinha. Acabo por nem notar que já passa da hora.
Guarda Ricardo: Eu compreendo que não seja fácil para ti ficar na torre, mais uma razão para
nos respeitarmos nas horas de rendição. É que, não é fácil para ninguém.
13
Guarda Alberto: Tens razão. Olha desculpa. A partir de agora vou estar mais atento às horas.
ASPECTOS FOCADOS
OBJECTIVO:
14
Anexos do Guia de exploração do Filme “Assertividade”
ANEXO I
GRELHA DE OBSERVAÇÃO
Estilos Estilos
Personagens Comportamentos Comportamentos
Comunicacionais Comunicacionais
OBSERVADOS DESEJÁVEIS
Guarda
Ricardo
Guarda
Alberto
15
SKETCH IV
Subchefe: Tou?
Guarda Prisional Matias: SubChefe Ferreira? Fala Matias. Estamos aqui com um problema
com a entrada no EP do Dr. Albino e ele pede para falar consigo.
Subchefe Ferreira: Ora o que me haviam de arranjar! E vocês aí não tratam disso? Não me
digam que é preciso eu ir aí para tratar disso?
Guarda Matias: É mesmo importante que venha! Ele não quer cumprir os procedimentos de
controlo da portaria.
Corta para…Portaria:
Dr. Albino: Ver a minha pasta, não autorizo! A pasta de um advogado é como o
prolongamento do seu escritório, só com ordem do juiz, era o que faltava!
Dr. Albino: Quais procedimentos? Nós na ordem também temos procedimentos e também têm
de ser respeitados!
Guarda Matias: O Sr. é que sabe se quer entrar, tenho de ver a sua pasta. Não quer mostrar,
então não entra.
16
Dr. Albino: Ainda por cima é mal educado! Eu quero falar com Graduado de serviço!
Guarda Matias encolhe os ombros. Câmara foca a porta, entra a o subchefe Ferreira.
Subchefe: Oh Dr. Albino, desculpe lá esta situação, sabe como é… é novo no serviço… Isto
resolve-se já. Guarda Matias deixe o Dr. Albino passar!
Subchefe: Nem mas nem meio mas, já viu como está a perturbar o serviço?!
Narrador (concluirá de acordo com o tema abordado) (sugestão) O Conflito é uma situação
de confronto de opiniões, divergência de ideias ou pontos de vista entre duas entidades
individuais ou colectivas .
Assim, em relação aos conflitos organizacionais, podemos distinguir dois grupos de causas
associadas: causas relacionadas com as relações interpessoais já referidas ou, causas
relacionadas com a própria estrutura da organização, aqui, os conflitos decorrem da
interdependência das unidades de trabalho (ou departamentos).
ASPECTOS FOCADOS
- Gestão de conflitos:
- Controlo emocional : controlo da raiva
- Atitudes comportamentais subjacentes: - comportamento gera comportamento
OBJECTIVO:
Reconhecer as ideias negativas associadas à noção de conflito. Distinguir factores objectivos
de subjectivos na origem dos conflitos.
Nota: A exploração deste videograma poderá ser complementada com a
actividade descrita no Manual do Formador (pág. 49, 51 ,52 e 53),
antecedida do questionário individual “gerir conflitos”
17
SKETCH V
Narrador (voz off): “Dois reclusos vão ser transferidos de E.P., estavam ambos referenciados
por pertencerem a um grupo organizado dentro do EP. Um era um recluso de aparência
descuidada, era referenciado como o causador de vários distúrbios no meio prisional, várias
vezes havia cumprido castigos por motivos diversos como sendo, a tentativa de introduzir
droga, telemóveis, álcool, etc. O outro era um recluso bem parecido com um vocabulário
cuidado, a higiene pessoal e da sua cela saltava à vista. No entanto estava referenciado como
o cabecilha do gang.”
“Os dois reclusos são chamados ao graduado de serviço pelo chefe da ala que os informa que
vão ser transferidos. Ao chegarem ao graduado de serviço, este manda entrar o primeiro
recluso (o de aparência descuidada).
Graduado de serviço Alves: Ó Cájó vais ser transferido, por isso vais arranjar a
tua tralha e trá-la para aqui.
Graduado de serviço: Sabes bem que não posso dizer. Vai mas é tratar de
arrumar as coisas e manda entrar o outro.
Graduado de serviço Alves: Entre senhor João. Sente-se nessa cadeira. Olhe é
para o informar que vai ser transferido.
Recluso 2: Transferido? Mas porquê? Ainda por cima a minha família não sabe
de nada. O senhor chefe sabe para onde eu vou?
Graduado de serviço Alves: O senhor João sabe que eu não posso dizer, mas
18
como o senhor sabe guardar segredo, você vai para o EP da Lousã.
Recluso 2: Valha-me Deus! Tenho ouvido falar tão mal dessa cadeia! Bom mas
obrigado, vou arranjar as minhas coisas.
Cena do percurso para o EP da Lousã, dá-se uma emboscada à carrinha celular, o recluso 2
teve tempo para telefonar aos seus amigos no exterior, que rapidamente organizaram a
emboscada e proporcionaram a fuga do recluso. Com esta atitude do graduado de serviço,
protagonizou um grande incidente, tendo falecido o motorista da celular e dois guardas
gravemente feridos.”
Narrador: A atitude tomada pelo chefe Alves. Ele foi traído pelo “efeito de halo” causado pela
aparência do Recluso João. Assim, colocou em causa todo o objectivo da transferência dos
reclusos como também a missão da própria instituição. Senão vejamos o que fazer, em termos
correctos
Mesma cena anterior: “Os dois reclusos são chamados ao graduado de serviço pelo chefe da
ala que os informa que vão ser transferidos. Ao chegarem ao graduado de serviço, este manda
entrar o primeiro recluso (o de aparência descuidada).
Graduado de serviço Alves: O senhor tem de arrumar as suas coisas para ser
transferido.
Graduado de serviço Alves: A ordem veio dos Serviços Centrais, e como sabe não lhe
posso adiantar mais nada. Vá arrumar as suas coisas e diga ao seu colega que
entre.
19
Recluso2: Então qual é o assunto?
Recluso 2: Mas que mal é que eu fiz? Mas para onde é que eu vou?
Graduado de serviço Alves: Como sabe as ordens são-nos dadas pelos Serviços Centrais
por isso não lhe posso adiantar mais nada. Por favor vá arrumar as suas coisas para ser
transferido, os guardas que irão consigo já se encontram à espera.
Recluso 2 (em tom de voz manipulador): Chefe, diga lá para onde vou, o
senhor já me conhece, sabe que eu não digo nada.
Graduado de serviço: Bem sabe que não adianta insistir, são as normas,
Quando lá chegar logo vê.
Narrador: A postura correcta do Chefe Alves, explicando porquê o que é que de não pode
fornecer informação, não só ganha o respeito do recluso, como cumpre os procedimentos
adequados para o sucesso e segurança da diligência. Esta atitude assertiva, revela maturidade
emocional , não dando espaço para falhas.
A chave de acesso ao mundo emocional é a atenção. Percepção do nosso mundo interior com
o objectivo de não se dominar por ele.
ASPECTOS FOCADOS
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OBJECTIVO:
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SKETCH VI
Subchefe Martins: (a acabar a chamada aos guardas enquanto o chefe dos guardas conversa
com outro graduado de serviço) «- Barroso (pronto) está ao pátio, Cristóvão (pronto) está de
serviço na ala B, Cardoso (pronto) está como ajudante. Encontra-se alguém na formatura que
não tenha sido chamado?» (faz-se silêncio).
Guarda Nunes: «- Estou a entrar de serviço e ouvi alguns colegas que estavam de saída
falarem de uma ocorrência que, pelo que me pude aperceber, aconteceu ontem neste
estabelecimento, o subchefe sabe do que se trata?»
Cena em grande plano do Subchefe Martins que olha para o Chefe Simões, com uma
expressão de quem não sabe do que se trata.
Chefe Simões: «- Depois quem estiver interessado passe no meu gabinete que logo falamos,
(olhando para o subchefe Martins diz) pode mandar destroçar.»
Guarda Costa: (para um colega que se encontra cabisbaixo) «- Tens de ter calma Santos,
tudo se vai resolver.»
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Pausa…
Narrador: Não, não, Chefe Simões. Incorrecto!
Guarda Nunes: «- Estou a entrar de serviço e ouvi alguns colegas que estavam de saída
falarem de uma ocorrência...
Subchefe Martins: (interrompendo o guarda) «- Sim Nunes, sei o que se refere, já de seguida
o Chefe Simões irá esclarecer todos os presentes sobre uma situação ocorrida no nosso
estabelecimento.
Chefe Simões: (olhando radipamente e em tom de cumplicidade para o seu colega) «- Bom
dia (em uníssono por parte dos guardas), ontem, como o subchefe já referiu, aconteceu uma
situação, felizmente bem resolvida pelos nossos homens, que foi a seguinte:... bom serviço a
todos, subchefe Matins pode mandar destroçar:»
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Chefe Simões: (para o subchefe Martins em tom de voz assertivo e olhando) «- Reparei que o
Santos que costuma estar de serviço na periférica foi escalado no registo de visitas, porquê?
Subchefe Martins: (tom de voz assertivo, sustentando o olhar)«- Sim Chefe, ele ontem veio
falar comigo, está com problemas familiares e pediu se era possível trocá-lo de posto, diz que
na torre como se encontra sozinho e numa situação de observação pensa muito nos problemas
e é pior para ele, e por isto, achei por bem escala-lo nem que seja temporariamente num
serviço onde esteja mais ocupado.»
ASPECTOS FOCADOS
Liderança:
- Postura da chefia: - Tipo de Liderança democrática
- Passagem de informação
- Motivação da equipa / reconhecimento
- Preocupação com situações de carácter pessoal
- Espírito de grupo
OBJECTIVO:
Definir conceito de líder e liderança. Distinguir “chefe” de “líder”. Identificar liderança como um
processo complexo. Reconhecer a importância do tema para a eficácia e qualidade das
organizações.
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