Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
Bibliografia ................................................................................................................................................................................ 38
Objetivos:
ü Reconhece a Psicologia como área científica que estuda o comportamento humano na
sua complexidade e na diversidade de contextos em que este se manifesta.
ü Reconhece a especificidade da Psicologia, face a outras disciplinas científicas próximas
e relativamente a crenças do senso comum.
ü Reconhece a evoluçã o da Psicologia como ciência, em termos de objeto e método de
estudo.
ü Identifica as principais áreas de investigação e intervenção psicológica na atualidade.
ü Reconhece os fatores, processos e dimensões envolvidas no desenvolvimento humano.
ü Identificar as diferentes fases do desenvolvimento e afirmação da sexualidade.
ü Identifica as particularidades comportamentais subjacentes às diferentes idades do ser
humano.
ü Reconhece a importância da intervenção da Psicologia no desenvolvimento humano
em termos de valorização pessoal.
ü Descreve as principais caracterı́sticas e formas de atuar em públicos de diferentes
idades.
Conteúdos
ü Psicologia – evoluçã o e áreas de intervenção
• Psicologia como ciência - conceito
• Evoluçã o da Psicologia como ciência
• Fases da Psicologia como ciência
• Áreas de especialização em Psicologia
ü Definição e fatores do desenvolvimento humano
• Definição e níveis de desenvolvimento humano
• Bases biológicas do comportamento
• Estádios de desenvolvimento
• Desenvolvimento life-span
ü Etapas do desenvolvimento humano – caracterı́sticas e fundamentos teóricos
• Teorias do Desenvolvimento
• Etapas do desenvolvimento
• Sexualidade humana
• Desenvolvimento humano na infância
• Desenvolvimento humano na adolescência
• Desenvolvimento humano na idade adulta
• Desenvolvimento humano na velhice
ü Transição como processo presente ao longo da vida
• Transições programadas
• Transições imprevistas
• Papel do desenvolvimento de projetos na preparação das transições
• Transição do contexto de escola para o mundo do trabalho
O termo Psicologia deriva de 2 palavras gregas, psyche (alma) e logos (ciência, estudo). Esta
define-se como estudo científico do comportamento e dos processos mentais, isto é , estuda
o que é observável (o que fazemos) e não observável (o que pensamos e sentimos). A
psicologia é entendida como ciência devido ao facto da mesma excluir a simples observação
(sabedoria popular) dos factos.
Assenta em métodos bem organizados para atingir os seus fins que se traduzem,
essencialmente, em:
ü Fazer uma descrição dos comportamentos e processos mentais;
ü Compreender o que há́ de comum entre os indivíduos e o que os distingue dos grupos;
ü Tentar explicar um determinado comportamento identificando a sua causa;
ü Prever eventos futuros baseados em eventos passados e por último
üDescobrir quais os fatores que levam á alteração (mudança) de determinados
comportamentos, tentando modelá -los de modo a torná -los adequados a situação ou meio.
Contudo, necessita de recorrer a outras ciências para que possa analisar de forma mais
rigorosa os factos psíquicos, isto é , não trabalha isoladamente pois assim é -lhe possibilitado
uma visão mais diversificada e mais complexa dos fenómenos. A antropologia, sociologia,
biologia, medicina entre outras são algumas das ciências que complementam o estudo da
psicologia.
A psicologia tem vindo a demonstrar um papel importante nas sociedades contemporâneas
pois esta contribui para a adaptação e bem-estar nas constantes alterações da vida social.
O objeto da Psicologia é o estudo do comportamento e dos processos mentais.
ð Comportamento: todos os atos e reações observáveis, tudo o que o organismo faz e
que se pode observar.
ð Estados mentais: sentimentos, atitudes, emoções, pensamento, lembranças, fantasias,
perceções, representações mentais...
Objetivos da psicologia:
Ø Descrever: descrever uma determinada situação, que se traduz num certo
comportamento ou num problema mental especifico.
Ø Explicar: procura dar explicações para os fenómenos descritos.
Ø Prever: procura fazer previsões sobre a possibilidade de se virem a verificar certos
comportamentos, ou a desenvolver determinados processos mentais.
Ø Controlar: procura controlar a ocorrência de futuros comportamentos ou processos
mentais.
E^ fácil perceber que tanto as caracterı́sticas físicas de um animal (tamanho, cor, força
muscular, apuramento dos sentidos, etc.) como as caracterı́sticas comportamentais (forma
de reprodução, capacidade para identificar o perigo e reagir adequadamente, capacidade
para escolher os alimentos, habilidade para conceber utensílios, etc.), podem fazer a
diferença entre sobreviver ou morrer.
Um animal que morra antes de atingir a maturidade reprodutiva não transmite os seus
traços físicos e comportamentais à descendência. Por isso, os comportamentos que hoje
podemos observar nas espécies que existem são comportamentos que podemos considerar
“bem- sucedidos”. Pelo menos não levaram à extinção dessa espécie.
Isso significa que o comportamento humano que hoje conhecemos sobreviveu a milhares de
anos de pressões ambientais, pelo que o podemos tentar compreender à luz da função que
desempenhou na nossa adaptação.
Tudo isto diz respeito a uma parte da Psicologia Evolutiva que podemos designar de
Filogenética pois tem a ver com a nossa Filogénese, a evoluçã o da nossa espécie.
Ora, no mundo primitivo e selvagem era impensável um ser humano viver tantos anos
quantos hoje vivemos. A nossa longevidade tem vindo a aumentar muito porque, graças ao
nosso cérebro e à inteligência que desenvolvemos, conseguimos alterar as nossas condiçõ es
de vida de tal forma que já controlamos muitas das causas que causavam a nossa morte em
idades muito mais prematuras.
Daqui resulta que a velhice é um fenómeno que nós próprios criámos ao aumentar a
longevidade da nossa espécie (e até a dos nossos animais de estimação).
10
ð Idade psicológica: está relacionada com a capacidade de adaptação de uma pessoa, isto
é , com as suas possibilidades para enfrentar as necessidades do ambiente (capacidade de
utilizar recursos psicológicos em detrimento das exigências do meio) – integridade
psicológica (funções cognitivas – linguagem, memória, atenção, inteligência, executivas).
ð Idade funcional: integra os conceitos de idade biológica e psicológica e refere-se à
capacidade de autonomia e independência.
Para morar sozinho a pessoa precisa conseguir minimamente se locomover, ir e vir e se
manter (planeamento, memória, organização)
ð Idade social: está relacionada com os papéis e as expectativas sociais associadas a
determinadas idades.
Aos 30 anos espera-se que as pessoas estejam a trabalhar, antes dos 40 que tenham filhos e
aos 65 anos a aposentadoria e depois que tenha netos.
Psicologia dos estados e conteúdos da consciência
A consciência em si refere-se à excitabilidade do sistema nervoso central aos estímulos
externos e internos sob o ponto de vista quantitativo e, também, à capacidade de integração
harmoniosa destes estímulos internos e externos, passados e presentes, sob o ponto de vista
qualitativo.
A consciência em termos psicanalíticos é o conjunto de mecanismos psíquicos que se opõem
à expressão das pulsões primarias. A primeira forma de consciência passa pelas interdições
parentais recalcadas pela criança e consequente formação do superego.
A consciência reflete sempre a individualidade e unidade do ser humano e é obviamente
lugar de todas as perceções, pensamentos e emoções do individuo.
A cada conteúdo psíquico, a cada estado e processo psíquico, corresponde num momento um
certo grau ou nível de consciência. Este nível de consciência pode modificar-se com o tempo,
independentemente do conteúdo. Assim, reconhecemos modificações quantitativas da
consciência. Quanto à qualidade das vivências conscientes, embora sejam suscetíveis de
transformação ilimitada, estão associadas às propriedades e capacidades individuais.
O estudo da consciência demonstra que não existem funções mentais, sejam intelectuais,
afetivas, independentes do contexto geral da vida psíquica. A decomposição analítica da
consciência em fenómenos particulares e individualizados realiza-se apenas por necessidade
metodológica e existe para facilitar o estudo da atividade psíquica.
11
Existem perturbações ao nı́vel da consciê ncia de dois tipos: no seu aspeto quantitativo e no
seu aspeto qualitativo.
Ø No aspeto qualitativo, existem trê s perturbaçõ es: a hipovigilidade, que se caracteriza
pela dificuldade de concentraçã o e de memorizaçã o; a lentificaçã o e alteraçã o do ritmo e do
curso do pensamento, com prejuı́zo da fixaçã o e da evocaçã o da memó ria e de alguma
desorientaçã o e sonolê ncia mais ou menos acentuada.
Estes estados estã o presentes em situaçõ es de intoxicaçã o por substâ ncias depressoras do
sistema nervoso central, como sedativos, á lcool, barbitú ricos ou hipnó ticos.
Podem ainda ser determinados por lesõ es cerebrais, traumatismos cranianos ou distú rbios
metabó licos. No estado comatoso a consciê ncia está igualmente profundamente alterada ou
quase inexistente.
Ø Quantitativamente, existe a hipervigilidade, onde os estı́mulos sã o percebidos com
maior intensidade. O fluxo do pensamento é normalmente acelerado e há uma intensidade
psicomotora e das atividades em geral. Esta situaçã o está presente nos estados de
intoxicaçã o por substâ ncias psicotró picas, estupefacientes ou na patologia afetiva:
perturbaçõ es manı́aco- depressivas.
Ø No aspeto qualitativo existem alteraçõ es que dizem respeito à integridade do processo
de conhecimento no seu aspeto mais global.
Aqui está presente a confusã o mental e o onirismo.
Na confusã o mental há uma desorganizaçã o profunda do funcionamento mental. O
pensamento e o discurso do sujeito é incompreensı́vel, há uma dificuldade em compreender
os outros e a si mesmo.
No onirismo surgem fenó menos percetivos patoló gicos na esfera tá ctil e visual, ou seja, a
existê ncia de alucinaçõ es. Os fatores causais sã o preponderantemente orgâ nicos tais como
intoxicaçõ es, sı́ndroma de abstinê ncia de droga ou de á lcool (tremuras, suores, taquicardia)
e delı́rios febris e ainda em todas as perturbaçõ es orgâ nicas que afetem a estrutura do
cé rebro por exemplo no caso de arteriosclerose cerebral e traumatismos cranianos.
Wundt e o primeiro laborató rio de Psicologia
12
Wundt, influenciado pelas descobertas da quı́mica, segundo as quais todas as substâ ncias
quı́micas sã o compostas por á tomos, Wundt foi decompor a mente nos seus elementos mais
simples, que sã o as sensaçõ es.
Tanto para Wundt como para os seguidores do estruturalismo, as operaçõ es mentais
resultam da organizaçã o de sensaçõ es elementares que se relacionam com a estrutura do
sistema nervoso.
Wundt recorre aos mé todos experimentais das ciê ncias naturais, particularmente as té cnicas
usadas pelos fisiologistas, e adotou os seus mé todos cientı́ficos de investigaçã o aos objetivos
13
14
Ø Nã o existe separaçã o entre o objeto (o que está a ser observado) e o observador (aquele
que observa). Esta situaçã o coloca o problema da subjetividade desta metodologia de
pesquisa.
Algumas das limitaçõ es do mé todo introspetivo: nã o pode ser aplicado a crianças, doentes
mentais, a pessoas com dificuldades de verbalizaçã o, assim como aos animais.
Ø Psicologia Clı́nica é a parte da psicologia que se dedica ao estudo dos transtornos
mentais e dos aspetos psı́quicos de doenças nã o mentais. Seus temas incluem a etiologia,
classificaçã o, diagnó stico, epidemiologia, intervençã o (prevençã o, aconselhamento,
psicoterapia, reabilitaçã o, acesso à saú de, avaliaçã o).
Ø E^ dado o nome de Psicologia da Educaçã o ao segmento de estudos e pesquisas que visam
descrever os processos psicoló gicos presentes na educaçã o. Teó ricos como Sigmund Freud,
Jean Piaget, Burrhus Frederic Skinner, Carl Rogers, Lev Vygotsky e Alexander Luria, sã o tidos
como precursores dos estudos em Psicologia da Educaçã o. Sã o referenciais comuns aos
cursos de Pedagogia, Normal Superior e demais licenciaturas, representando, cada um,
vertentes do pensamento psicoló gico educacional. E^ comum na Psicologia da Educaçã o
referir-se à educaçã o da criança e do adolescente, mas també m à educaçã o do adulto
(Pedagogia e Andragogia).
Freud e Educaçã o
A psicaná lise surge com Freud como possibilidade de compreender o fenó meno educativo
atravé s da noçã o de inconsciente, oferecendo as bases para pensar numa educaçã o que vise
diminuir os efeitos patogé nicos da repressã o e oferecer um modo de profilaxia à s neuroses.
"Freud acreditava inicialmente que um dos meios para evitar o aparecimento de sintomas
neuró ticos seria oferecer uma educaçã o nã o-repressiva que respondesse aos
questionamentos da criança à medida que eles fossem surgindo. Ele també m percebia como
os sintomas neuró ticos poderiam resultar em certa inibiçã o intelectual. E^ inquestioná vel que
a pura liberdade nã o educa e nã o cria indivı́duos saudá veis; pelo contrá rio, cria inadaptados,
narcı́sicos que acreditam que o mundo gira à sua volta e que nada existe alé m das suas
necessidades individuais. Neste sistema de pensamento, pode-se compreender que a
educaçã o nã o ocorre sem estar vinculada à repressã o; que a educaçã o relaciona-se com a
questã o do controlo dos impulsos atravé s do processo de civilização.
15
Piaget e Educaçã o
Jean Piaget, com o construtivismo, formula a ideia de que o conhecimento é resultado do
processo de interaçã o entre o sujeito e o ambiente circundante. Dedicou-se a pesquisas que
resultaram na criaçã o da Epistemologia Gené tica. Para explicar a interaçã o construtiva da
criança com o ambiente, utilizou os conceitos de assimilaçã o, acomodaçã o e adaptaçã o.
ð A assimilaçã o é a incorporaçã o de um novo objeto ou ideia à que existia anteriormente,
ou seja, ao esquema que a criança possui.
ð A acomodaçã o implica na transformaçã o do organismo para poder lidar com o
ambiente; diante de um objeto ou nova ideia a criança modifica e aprimora esquemas
adquiridos anteriormente.
ð A adaptaçã o representa a maneira pela qual o organismo estabelece um equilı́brio entre
assimilaçã o e acomodaçã o, adaptando-se continuamente à s imposiçõ es feitas pelo ambiente
mas també m sendo um sujeito ativo e modificando este mesmo ambiente.
16
17
As capacidades mentais e comportamentais só surgem com base na maturaçã o do sistema
nervoso (em que inclui o cé rebro) e de todo o organismo. Por exemplo – Uma criança só
começa a andar quando as suas pernas tê m uma maturaçã o ó ssea e muscular adequada à
marcha, mas o seu sistema nervoso e o ouvido interno tê m que ser capazes de manter e
regular o equilı́brio corporal e motor. As aquisiçõ es necessá rias à transiçã o de um está dio do
desenvolvimento para outro nã o sã o feitas instantaneamente, ocorrem ao longo do tempo.
O que ocorre em cada fase do desenvolvimento, influencia as outras. Um trauma na infâ ncia
pode levar a que um adulto exiba determinados comportamentos resultantes desse trauma.
18
A nã o aquisiçã o de competê ncias das fases do desenvolvimento que lhes sã o propı́cias pode
comprometer seriamente as fases seguintes (como no caso do menino selvagem).
A velocidade e a intensidade do processo de desenvolvimento nã o sã o as mesmas ao longo
de todo o processo.
O processo de desenvolvimento é rá pido na primeira infâ ncia, depois lento , torna-se rá pido
outra vez durante o surto de crescimento pré -pubertá rio, lento na adolescê ncia e tem um
nivelamento final aos dezoito e dezanove anos até vinte e poucos anos.
O desenvolvimento é o processo pelo qual o ser humano se forma enquanto ser bio-só cio-
cultural, desde o momento da conceçã o, até à sua morte. Este processo dá -se como uma
interaçã o constante entre o indivı́duo (as suas estruturas bioló gicas e mentais) e o meio em
que se encontra inserido.
Bases bioló gicas do comportamento e está dios de desenvolvimento
Piaget considera 4 perı́odos no processo evolutivo da espé cie humana que sã o
caracterizados "por aquilo que o indivı́duo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas
faixas etá rias ao longo do seu processo de desenvolvimento. Sã o eles:
Ø 1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
Cada uma dessas fases é caracterizada por formas diferentes de organizaçã o mental que
possibilitam as diferentes maneiras do indivı́duo relacionar-se com a realidade que o rodeia.
De uma forma geral, todos os indivı́duos vivenciam essas 4 fases na mesma sequê ncia, poré m
o inı́cio e o té rmino de cada uma delas pode sofrer variaçõ es em funçã o das caracterı́sticas
da estrutura bioló gica de cada indivı́duo e da riqueza (ou nã o) dos estı́mulos proporcionados
pelo meio ambiente em que ele estiver inserido. Por isso mesmo é que "a divisã o nessas
faixas etá rias é uma referê ncia, e nã o uma norma rı́gida. Abordaremos, a seguir, sem entrar
em uma descriçã o detalhada, as principais caracterı́sticas de cada um desses perı́odos.
Ø Perı́odo Sensó rio-motor (0 a 2 anos): segundo La Taille (2003), Piaget usa a
expressã o "a passagem do caos ao cosmo" para traduzir o que o estudo sobre a construçã o
do real descreve e explica. De acordo com a tese piagetiana, "a criança nasce num universo
19
para ela caó tico, habitado por objetos evanescentes (que desapareceriam uma vez fora do
campo da perceçã o), com tempo e espaço subjetivamente sentidos, e causalidade reduzida
ao poder das açõ es, em uma forma de onipotê ncia" (id ibid). No recé m-nascido, portanto, as
funçõ es mentais limitam-se ao exercı́cio dos aparelhos reflexos inatos. Assim sendo, o
universo que circunda a criança é conquistado mediante a perceçã o e os movimentos (como
a sucçã o, o movimento dos olhos, por exemplo).
Progressivamente, a criança vai aperfeiçoando tais movimentos reflexos e adquirindo
habilidades e chega ao final do perı́odo sensó rio-motor já se concebendo dentro de um
cosmo "com objetos, tempo, espaço, causalidade objetivados e solidá rios, entre os quais situa
a si mesma como um objeto especı́fico, agente e paciente dos eventos que nele ocorrem" (id
ibid).
Ø Perı́odo pré -operató rio (2 a 7 anos): para Piaget, o que marca a passagem do
perı́odo sensó rio-motor para o pré -operató rio é o aparecimento da funçã o simbó lica ou
semió tica, ou seja, é a emergê ncia da linguagem. Nessa conceçã o, a inteligê ncia é anterior à
emergê ncia da linguagem e por isso mesmo "nã o se pode atribuir à linguagem a origem da
ló gica, que constitui o nú cleo do pensamento racional." Na linha piagetiana, desse modo, a
linguagem é considerada como uma condiçã o necessá ria mas nã o suficiente ao
desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganizaçã o da açã o cognitiva que nã o é dado
pela linguagem, conforme alerta La Taille (1992). Numa palavra, isso implica entender que
o desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligê ncia.
Todavia, conforme demonstram as pesquisas psicogené ticas, a emergê ncia da linguagem
acarreta modificaçõ es importantes nos aspetos cognitivos, afetivos e sociais da criança, uma
vez que ela possibilita as interaçõ es interindividuais e fornece, principalmente, a
capacidade de trabalhar com representaçõ es para atribuir significados à realidade. Tanto é
assim, que a aceleraçã o do alcance do pensamento neste está gio do desenvolvimento, é
atribuı́da, em grande parte, à s possibilidades de contatos interindividuais fornecidos pela
linguagem.
Contudo, embora o alcance do pensamento apresente transformaçõ es importantes, ele
caracteriza-se, ainda, pelo egocentrismo, uma vez que a criança nã o concebe uma realidade
da qual nã o faça parte, devido à ausê ncia de esquemas conceituais e da ló gica. Para citar um
exemplo pessoal relacionado à questã o, lembro-me muito bem que me chamava à atençã o o
20
fato de, nessa faixa etá ria, o meu filho dizer coisas do tipo "o meu carro do meu pai",
21
De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivı́duo adquire a sua forma final
de equilı́brio, ou seja, ele consegue alcançar o padrã o intelectual que persistirá durante a
idade adulta. Isso nã o quer dizer que ocorra uma estagnaçã o das funçõ es cognitivas, a partir
do á pice adquirido na adolescê ncia, como enfatiza Rappaport, "esta será a forma
predominante de raciocı́nio utilizada pelo adulto. O seu desenvolvimento posterior
consistirá numa ampliaçã o de conhecimentos tanto em extensã o como em profundidade,
mas nã o na aquisiçã o de novos modos de funcionamento mental".
Piaget argumenta que o desenvolvimento da moral abrange 3 fases:
Ø Anomia (crianças até 5 anos), em que a moral nã o se coloca, ou seja, as regras sã o
seguidas, poré m o indivı́duo ainda nã o está mobilizado pelas relaçõ es bem x mal e sim pelo
sentido de há bito, de dever;
Ø Heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade), em que a moral é = a autoridade, ou seja,
as regras nã o correspondem a um acordo mú tuo firmado entre os jogadores, mas sim como
algo imposto pela tradiçã o e, portanto, imutá vel;
Ø Autonomia, corresponde ao ú ltimo está gio do desenvolvimento da moral, em que há a
legitimaçã o das regras e a criança pensa a moral pela reciprocidade, quer seja o respeito a
regras é entendido como decorrente de acordos mú tuos entre os jogadores, sendo que cada
um deles consegue conceber a si pró prio como possı́vel 'legislador' em regime de cooperaçã o
entre todos os membros do grupo.
Para Piaget, a pró pria moral pressupõ e inteligê ncia, haja vista que as relaçõ es entre moral x
inteligê ncia tê m a mesma ló gica atribuı́da à s relaçõ es inteligê ncia x linguagem. Quer dizer, a
inteligê ncia é uma condiçã o necessá ria, poré m nã o suficiente ao desenvolvimento da moral.
Nesse sentido, a moralidade implica pensar o racional, em 3 dimensõ es: a) regras: que sã o
formulaçõ es verbais concretas, explı́citas (como os 10 Mandamentos, por exemplo); b)
princı́pios: que representam o espı́rito das regras (amai-vos uns aos outros, por exemplo);
c) valores: que dã o respostas aos deveres e aos sentidos da vida, permitindo entender de
onde sã o derivados os princı́pios das regras a serem seguidas.
Desenvolvimento life-span
23
Em Psicologia - extensã o ou abrangê ncia, quer da vida em toda a sua duraçã o quer de algum
perı́odo em particular.
Desde os anos setenta do sé culo XX que Paul Baltes e uma rede de investigadores se
envolveram na formulaçã o dos princı́pios teó ricos que orientam o estudo do
desenvolvimento psicoló gico ao longo de toda a vida e na realizaçã o de investigaçõ es nessa
á rea
A 1ª definiçã o proposta por Baltes e Goulet em 1970, afirma que a “Psicologia do
Desenvolvimento ao Longo de Toda a Vida”, (como a denomina a autora do capı́tulo que aqui
resumimos, Vandenplas-Holper) ou, como Paul Baltes a passou a designar, a Psicologia do
Ciclo de Vida (Life Span Psychology, no original inglê s), interessa-se pela descriçã o e
explicaçã o das mudanças ontogené ticas ligadas à idade, do nascimento até à morte.
ONTOGE^ NESE designa o desenvolvimento geral- fı́sico e mental- do indivı́duo, desde o ó vulo
fecundado até à morte. Opõ e-se a Filogé nese que se refere ao desenvolvimento da espé cie.
A 2ª definiçã o, proposta em 1980, alarga os objetivos e o domı́nio de aplicaçã o, afirmando
que a Psicologia do Ciclo de Vida visa a “ descriçã o, explicaçã o e otimizaçã o dos processos de
desenvolvimento ao longo de toda a vida, da conceçã o até à morte.”
Uma 3ª definiçã o em 1987 define, ainda mais explicitamente, a Psicologia do Ciclo de Vida,
ou Psicologia do Desenvolvimento ao longo de Toda a Vida, como o estudo da constâ ncia e
da mudança que se manifestam na conduta humana ao longo da ontogé nese, da conceçã o até
à morte. Ela elabora princı́pios gerais sobre
Ø A natureza do desenvolvimento,
Ø Sobre as diferenças interindividuais,
Ø Sobre as semelhanças entre as pessoas e
Ø També m sobre as condiçõ es que regem a plasticidade interindividual.”
§ O desenvolvimento ontogené tico é um processo que se estende sobre toda a
duraçã o do ciclo de vida ( life span ou life cycle, no original inglê s).
§ O desenvolvimento é multidimensional e multidireccional.
§ O desenvolvimento é constituı́do pelo conjunto de mudanças que se operam
nas capacidades adaptativas do organismo - quer no sentido positivo, quer
negativo. A interaçã o dinâ mica entre ganhos e perdas é , portanto, um
processo adaptativo geral constituı́do pelos processos da otimizaçã o seletiva
24
e da
25
26
Wundt e o Associacionismo
Wundt vai procurar decompor a mente, a consciê ncia (objetivo), nos seus elementos
simples, que sã o as sensaçõ es. Ele defende que os processos mentais, nã o sã o mais do que a
organizaçã o de sensaçõ es elementares que se associam, procurando relacioná -las com a
estrutura do sistema nervoso.
Para Wundt, o objetivo da psicologia é o estudo da mente, dos processos mentais, da
experiê ncia consciente do Homem. No laborató rio vai procurar conhecer os elementos
constitutivos da consciê ncia, a forma como se relacionam e associam (associacionismo).
Wundt utiliza como mé todo a introspeçã o controlada (os sujeitos descrevem o que os seus
estados subjetivos resultantes de estı́mulos visı́veis, tá cteis, etc. ou seja a analise interior
feito pelo pró prio sujeito – porque é feito em laborató rio e uma 3a pessoa analisa e interpreta
aquilo que o sujeito diz as suas sensaçõ es). Atravé s da introspeçã o, os sujeitos experimentais
descreviam o que sentiam, os seus estados subjetivos, resultantes de estı́mulos visuais,
auditivos e tá cteis.
Wundt com colegas utilizou um metró nomo para descrever as sensaçõ es antes (tensã o),
durante (excitaçã o) e apó s as batidas (agradá vel sensaçã o).
27
A psicologia teria como objetivo a experiê ncia humana, estudada na perspetiva das
experiê ncias pessoais atravé s da auto-observaçã o, visando conhecer os seus elementos
constituintes: as sensaçõ es.
Pavlov e a reflexologia
Pavlov atravé s de uma experiê ncia com um cã o, chegou a conclusã o de que nã o só os animais
mas també m os humanos tinham reflexos inatos e que podiam desenvolver reflexos
aprendidos. No decorrer desta experiê ncia sobre os reflexos digestivos, verifica que o cã o
salivava nã o só quando via o alimento - reflexo inato -, també m perante outros sinais com
eles associados, como, por exemplo, os passos do tratador e o som da campainha. Designou
este comportamento por reflexos condicionados.
Para Pavlov o espı́rito nã o é mais do que uma atividade do cé rebro e que é no có rtex cerebral
que se formam, modificam e desaparecem os reflexos condicionados.
A psicologia devia de tomar o nome de reflexologia, circunscrever-se-ia ao estudo dos
reflexos. Os reflexos seriam o fundamento das respostas dos indivı́duos aos estı́mulos
provenientes do meio.
Pavlov vai explicar os processos de aprendizagem, destacando-se o estudo sobre a aquisiçã o
da linguagem.
Watson e o Behaviorismo
Watson é o pai da psicologia cientı́fica, pois cortou com todo o seu passado – conceçã o e
mé todo – e construiu um ramo objetivo experimental da ciê ncia. Watson nã o nega a
existê ncia da consciê ncia, nem a possibilidade de o indivı́duo se auto-observar. Defende,
contudo, que a aná lise dos estudos de espı́rito, bem como a procura das suas causas, só pode
interessar ao sujeito no â mbito da sua vida pessoal.
Watson, acha que se pode estudar diretamente o comportamento observá vel, isto é , a
resposta (R) de um indivı́duo a um dado estı́mulo (E) do ambiente.
O psicó logo tenta decompor o seu objeto – o comportamento – nos seus elementos e explicá -
los de forma objetiva. Deve recorrer ao mé todo experimental.
28
Kö hler e o gestaltismo
O gestaltismo ou psicologia da forma, nasce por oposiçã o à psicologia do sé c. XIX e critica
Wundt.
Kö hler defende que a psicologia deveria decompor os processos conscientes nos seus
elementos constituintes e enunciar as leis que regem as suas combinaçõ es e relaçõ es. Os
29
30
inconsciente e corresponde, a zona flutuante de passagem entre a parte visı́vel e a oculta que
varia o seu grau de emersã o (memó rias, fantasias e lembranças).
Recalcamento, defesa do ego que censurar ao enviar para o inconsciente do id as pulsõ es
contrá rias à s normas do consciente do superego.
Freud formula uma nova teoria das estruturas do aparelho psı́quico, onde diz que este se
organizava atravé s das instâ ncias id (regula-se pelo principio do prazer e aparece com o
recé m-nascido), ego (medidor da realidade externa e como agente da defesa contra a
angú stia provocada por conflitos internos), superego (diretamente envolvido pela realidade
e guia-se pelo principio da realidade).
Freud afirmou també m que o aparelho psı́quico é regido por dois princı́pios gerais: o
princı́pio do prazer e o princı́pio da realidade.
Ø Ao princı́pio do prazer corresponde o processo primá rio, que implica uma libertaçã o de
energia psı́quica sem barreiras, ou seja, há um afastamento da razã o guiando-se só pelo
prazer ou pela forma mais imediata.
Ø O princı́pio da realidade faz com que o aparelho psı́quico renuncie à satisfaçã o imediata,
em ordem a ter em conta a situaçã o real, garantido um contacto com a realidade.
Piaget e o Construtivismo
Piaget vai incidir os seus estudos na á rea do comportamento intelectual e cognitivo da
criança e do adolescente.
Este defende que o conhecimento é um processo dinâ mico há permanentemente interaçã o
entre o sujeito e o objeto. Na sua perspetiva, nã o é possı́vel separar o sujeito do objeto,
como nã o é possı́vel imaginar um organismo vivo independente do meio, este processo de
interaçã o decorre em etapas sequenciais que Piaget designa por está dios de
desenvolvimento (sensó rio-motor vai do nascimento até aos 18 meses; pré -operató rio
começa com a linguagem e vai até aos 7 anos; operaçõ es concretas vai dos 7 aos 12 anos, a
criança é capaz de raciocinar sobre objetos manipulá veis; operaçõ es formais surge por volta
dos 12 anos, a criança é capaz de raciocinar sobre hipó teses, sobre proposiçõ es).
Para Piaget, conhecer é agir e transformar os objetos. O conhecimento nã o se reduz ao
simples registo feito pelo sujeito dos dados já organizados no mundo exterior. O sujeito
31
apreende e interpreta o mundo, atravé s das suas estruturas cognitivas. Mas o sujeito nã o se
encontra apetrechado com estruturas inatas. Essas estruturas sã o formadas graças à
atividade do sujeito no contacto com o meio que está em devir permanente. O processo de
conhecimento é o processo de construçã o de estruturas.
Piaget utiliza a observaçã o naturalista para observar naturalmente as pessoas no seu meio,
isto é , no meio em estã o habituadas a frequentar e o mé todo clı́nico tenta-se compreender
um caso clinico concreto.
Conclusã o: o comportamento do indivı́duo, a inteligê ncia, resulta de uma construçã o
progressiva do sujeito em interação com o meio.
Sexualidade humana
O termo sexualidade refere-se ao lado afetivo, psicológico e sexual de uma pessoa, seja
ela do sexo feminino ou masculino. Por outro lado, o termo sexo é empregue para designar
a parte biológica do indivíduo, ou seja, possuir uma identidade sexual, e por identidade
sexual entende-se ser macho ou fê mea, homem ou mulher.
32
Entender a diferença entre sexo e sexualidade é importante porque enquanto o termo
sexo se encerra nas bases bioló gicas o outro, sexualidade, possui uma abrangê ncia muito
maior, levando à construçã o de papé is sexuais esperados a cada membro da sociedade
(homem / mulher) dentro de um dado grupo social.
As crianças e os jovens apresentam manifestaçõ es da sua sexualidade e nã o podem ser
bloqueados de informaçõ es que os ajudem a compreender tais factos e a encarar o seu
desenvolvimento de forma tranquila e responsá vel. A compreensã o de si e da natureza
humana é fundamental para que cada criança e adolescente tenha consciê ncia dos seus
pró prios limites, vontades e desejos. Ao definir as suas escolhas cada um deve entender que
todas as decisõ es tê m consequê ncias e que devemos procurar a responsabilidade,
respeitando a escolha dos outros.
Desenvolvimento humano
33
• A adolescê ncia,
• A fase adulta e
• A velhice.
Ø A Infância:
A infâ ncia é o perı́odo de desenvolvimento que vai do nascimento ao inı́cio da adolescê ncia.
Na infâ ncia, o corpo humano está em constante crescimento e passa por mudanças
rapidamente.
A adolescência:
A etapa de desenvolvimento seguinte é a adolescência. No inı́cio da adolescê ncia ocorre um
período chamado puberdade. A puberdade caracteriza-se pelo aparecimento de mudanças
marcantes no corpo, como o desenvolvimento dos seios nas meninas e mudança de voz nos
meninos e surgimento de pelos em vá rias regiõ es do corpo.
34
Ø A fase adulta:
Ao final da adolescê ncia inicia-se a fase adulta; nela já nã o há mais crescimento no corpo. E^
na fase adulta que as pessoas estã o preparadas para ter filhos.
35
Ø A velhice:
A partir dos 60 anos os adultos entram numa outra fase, a velhice. As pessoas que estã o na
velhice sã o chamadas de idosas.
Durante a vida estamos sempre a aprender coisas novas. Homens e mulheres que chegam à
velhice possuem muitas experiê ncias e conhecimentos acumulados e devem ser respeitados.
36
Ao mesmo tempo confere–nos um determinado papel e um certo estatuto na sociedade. Por
todas estas razõ es, muitas pessoas que perdem os seus empregos ficam
psicologicamente muito abatidas. Alé m das recompensas econó micas e de um certo
sentido de identidade («Sou advogado, eletricista, professor, empresá rio, etc) o trabalho
estrutura a nossa vida, organiza o nosso tempo e estabelece o contexto em que nos
relacionamos com as outras pessoas. Haverá lugar para mim? Como posso sobreviver
37
neste novo mundo do trabalho? Estas sã o questõ es que com maior ou menor intensidade e
de forma explı́cita ou nã o, os jovens colocam atualmente.
Para a geraçã o atual, o confronto com o mercado de trabalho acontece em condiçõ es bastante
desfavorá veis, dada a alta taxa de desemprego, um processo acelerado de mudanças
tecnoló gicas e organizacionais, o prolongamento da vida escolar e um acesso cada vez
menos garantido a um emprego considerado estável.
O que exige a entrada no mundo do trabalho?
Segundo os estudiosos destes assuntos, várias coisas são necessárias:
1 – Auto – conhecimento – O jovem deve descobrir quais sã o os seus interesses, talentos e
preferê ncias;
2 – Descoberta realista do novo mundo em que vai entrar – Muitos cursos universitá rios
incluem bolsas de estudo de programas como o Erasmus. Estes programas dã o aos
estudantes a possibilidade de aprender acerca de ocupaçõ es e carreiras que lhes interessem
tal como a aquisiçã o das competê ncias necessá rias para os desempenhar. Mas tem um outro
objetivo que podemos considerar de ordem psicoló gica: ajudar a reduzir o impacto do
choque com a realidade. Com efeito, muitos jovens desenvolvem expectativas irrealistas -
excessivamente idealistas - acerca das suas eventuais ocupaçõ es e carreiras. Seja qual for a
profissã o, uma coisa é certa: nem todas as suas dimensõ es e aspetos sã o interessantes ou
estimulantes;
Encontrar um emprego – E^ uma verdade banal que implica nã o só saber o que se quer fazer
mas també m responder à s exigê ncias do mercado de trabalho, ou seja, saber do que este
precisa, em que sectores há excesso de procura e em que á reas há oferta significativa;
Adquirir e desenvolver competência na profissão escolhida, integrar – se cada vez
melhor na sua á rea profissional mas també m ter sempre em mente outras opçõ es e direçõ es
para a sua vida profissional. Dada a grande mobilidade do mundo laboral hoje em dia, os
psicó logos organizacionais, entre outros, aconselham que as pessoas que estã o nos seus
38
39
Bibliografia
• FACHADA, O. (1998). Psicologia das relaçõ es interpessoais. Lisboa: Ediçõ es Rumo.
• MASLOW, A. H. Introduçã o à Psicologia do Ser. 2.ed. Rio de Janeiro: Eldorado, s/d.
40