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MARKETING
Pessoal e Etiqueta
ISBN: 978-85-387-1388-3
CDD: 658.409
Ética no trabalho....................................................................................................23
Introdução...................................................................................................................................................23
Ética: conceito.............................................................................................................................................23
Ética empresarial e cultura organizacional......................................................................................24
A prática da ética no trabalho...............................................................................................................27
Até breve.
Etiqueta social
Etiqueta é o conjunto de regras que norteiam nossos comportamentos. Está divi-
dida em Etiqueta Corporativa e Etiqueta Social, além de outras subdivisões menores,
como etiqueta à mesa e como a recente Netiqueta (etiqueta para internet). Cada povo,
cada cultura, cada época, tem seus próprios códigos de comportamento. A etiqueta
social se faz presente nas relações humanas, quer seja no trabalho, na família, no con-
vívio entre as pessoas, e o princípio fundamental da etiqueta é que esta deve sempre
ser embasada no respeito ao próximo e no bom senso.
O primeiro tratado de boas maneiras foi escrito em 1530, por Erasmo de Rot-
terdam. Nele, continha cuidados com o corpo, a recomendação de olhar nos olhos
quando se falava com alguém, de comportamentos à mesa, incluindo a distribuição de
utensílios como faca, prato etc.
No Brasil, com a chegada da corte de D. João VI, o livro de etiqueta passa a ser ne-
cessário. Recomendações como não fazer ruído mastigando ou bebendo, e como os jan-
tares deveriam ser servidos, faziam parte do título Nova Arte do Cozinheiro e do Copeiro
em Todos os seus Ramos.
O que se deve observar é que usos e costumes variam, de acordo com o local e
com o tempo, e que deve prevalecer sempre o bom senso.
Boas maneiras
“São, em geral, tidas por sinônimo de boas maneiras: polidez, boa educação, bom-
-tom. São de uso mais popular as expressões ‘modos’ e ‘bons modos’”; também segun-
do Cobra (2009), ter boas maneiras, ou observar as normas, deve ser tarefa de todos.
Boas maneiras são a essência da boa educação. Um bom relacionamento depende do
nosso comportamento social. Discrição é o comportamento pessoal na sociedade e o
cartão de visita de cada um. Agir sempre discretamente, vestir-se, portar-se discreta-
mente é o segredo da verdadeira elegância. Uma pessoa pode andar e sentar-se com
polidez, manter-se limpa, penteada, comer e beber com gestos educados, rir discreta-
mente, ser pontual, agradecer favores, enfim, procurar demonstrar o respeito que tem
por si próprio e pelo outro, independente de sua condição social.
Desde a mais tenra idade, o indivíduo deve receber as primeiras lições de bom
Etiqueta
comportamento. O ideal seria que o acesso a informações sobre boas maneiras fosse
inicialmente também dado nas escolas.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
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Hoje, nas universidades, se percebe a preocupação com o comportamento dos
jovens que iniciam sua vida profissional. Foi-se o tempo em que apenas desenvolver o
potencial intelectual e técnico dos alunos era suficiente; hoje, dá-se grande importân-
cia à maneira como se relacionam, sua aparência, entre outros requisitos, visando uma
maior fluidez profissional. Aulas de boas maneiras começam a se inserir nos treinamen-
tos das empresas e nos cursos das universidades.
Algumas dicas, segundo Ribeiro (1993), sobre o aperto de mão, que é o gesto
mais usual nos relacionamentos interpessoais.
A regra de etiqueta diz que a pessoa mais importante é que estende a mão
para cumprimentar.
O aperto de mão deve ter no máximo cinco segundos, mas o tempo que o con-
tato é mantido pode ser um sinal de maior ou menor significação ao gesto.
Etiqueta
Aquele que transpira nas mãos deve sempre portar um lenço para enxugá-las
antes do cumprimento.
Os olhos devem sempre transmitir simpatia, e olhe sempre nos olhos de quem
está falando com você. Não esqueça que os óculos escuros devem ser usados sob o
Sol, ao ar livre. A simpatia é fundamental nas relações, aproxima as pessoas. “Obriga-
da”, ”desculpe” e “por favor” são expressões que podem transformar sua rotina. O bom
humor, a tolerância e a gentileza podem melhorar muito seu relacionamento com
outras pessoas.
Uma reunião entre áreas de uma empresa é um bom cenário para revelar o nível
de educação das pessoas.
Interrupções: deve se esperar para dar espaço para que sejam expostas opi-
Etiqueta
Etiqueta no trabalho
Na moderna sociedade, surge o perfil do empresário menos formal, mais voltado
ao diálogo, tratando seus subordinados como companheiros de trabalho. O seu trato
profissional é pautado na sua visão global, em que a interação cultural com outros países
contribuiu para moldar sua postura, mais tradicional e autoritária. Pode-se observar não
só uma mudança de mentalidade, como um estilo mais discreto de se vestir.
Cigarro
O ponto central é não incomodar as pessoas que o cercam.
Congratulações
Parabenizar alguém por uma promoção sempre é de bom-tom, demonstra que
você se preocupa com o crescimento pessoal e profissional dos seus colegas.
Dicas gerais
O ideal é não misturar suas pendências pessoais com as profissionais, muitas
vezes se utilizando da infraestrutura da empresa. Se tiver que resolver algo
urgente, procure pedir autorização.
Cada lugar tem seu modo de se vestir, procure estar coerente com o cargo
Etiqueta
que você exerce. Perfume também é uma questão de etiqueta, procure não
exagerar.
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O celular é artigo pessoal, cuidado com os toques que você insere nele. Algu-
mas músicas podem atrapalhar seus colegas de trabalho. O ideal é mantê-lo
no modo silencioso.
Por mais corrido que seja o seu dia a dia, procure não comer no seu posto de
trabalho; além de pouco saudável, o hábito não pega bem.
Por trás da etiqueta no trabalho, deve existir a consideração pelo sentimento dos
outros, ou seja, você deve demonstrar que se preocupa com a pessoa com que você está
tratando e consigo mesmo. Quando for preciso, você deve ser firme, porém justo. Por exem-
plo, quando precisar despedir alguém, não se esquecendo de ser solidário com a situação
da pessoa. Pensar no ponto de vista do outro antes de agir pode trazer muitos benefícios.
Segundo David Robinson (1994), existem algumas “Regras de ouro” que deverão
nos orientar no trabalho.
Integridade: agir de maneira honesta e confiável.
Modos: nunca ser egoísta, rude e indisciplinado.
Personalidade: expressar os próprios valores, atitudes e opiniões.
Aparência: apresentar-se sempre da melhor maneira possível.
Consideração: ver-se do ponto de vista da outra pessoa.
Tato: refletir antes de falar.
Outras práticas têm demonstrado que os gerentes mais bem-sucedidos são aque-
les que conseguem ser corteses e compreensíveis, independente das pressões. Quando
se tratar de relacionamentos com a chefia, alguns princípios devem ser observados.
Por mais informal que possa parecer, lembre-se de que seu chefe possui res-
ponsabilidades dentro da hierarquia da empresa. Não o coloque em situações
embaraçosas, como, por exemplo, pedindo para comentar sobre as pessoas e
os superiores.
Etiqueta
Seja leal, defenda-o de críticas se necessário, procure apoiá-lo nas suas decisões.
Você nunca deve passar por cima do seu chefe para tomar uma decisão.
Outro tema que devemos observar é com relação às confidências que surgem
no trabalho. Se você vai dar a alguém informações que gostaria que fossem tratadas
sigilosamente, diga isso antes de repassar a informação, para que o outro possa avaliar
se recebê-la o colocará em situações embaraçosas.
É preciso um equilíbrio entre o que deve ser dito ou não. Pense sempre no que
é relevante e útil às pessoas.
escrita. O corpo também fala através dos gestos, expressões faciais. Falar, por
exemplo, com um colega com dedo em riste é agressivo. Nesse processo de
Trabalhar com outras pessoas exige flexibilidade, que é a capacidade de nos adap-
tarmos a novas situações e diplomacia, que é a habilidade diante de situações embara-
çosas e ou desagradáveis. Com isso, demonstra-se que existe respeito e interesse pelos
pensamentos e sentimentos dos que o rodeiam.
Texto complementar
funcionando apenas como marcas de status social. É certo que as marcas de boa
Exemplos de uso indevido do celular não faltam. Estamos na igreja e, num mo-
mento de profunda introspecção, sempre toca o celular de alguém que o esqueceu
ligado. Estamos na universidade e, inúmeras vezes ao longo da aula, vários alunos
são chamados a atender seus celulares, os quais, para não serem confundidos entre
si, têm toques inusitados. Estamos no banco e, durante o nosso atendimento, não
apenas o telefone fixo é atendido, mas também o telefone celular do funcionário
que nos presta atendimento. Estamos no avião e, mesmo sendo solicitado que os
telefones celulares sejam mantidos desligados até que o desembarque seja efetua-
do, muitos passageiros vão ligando seus aparelhos enquanto o avião ainda está ta-
xiando. Estamos no ônibus e, durante toda a viagem, como os aparelhos celulares
possuem inúmeros tipos de dispositivos, inclusive potentes rádios, passageiros que
optam por não usar o fone de ouvido nos obrigam a desfrutar de música de qualida-
de duvidosa. Enfim, há muitas situações nas quais os aparelhos celulares passaram
de coadjuvantes a protagonistas.
A falta de etiqueta ao celular é a que mais cresce atualmente, pois ele passou a
fazer parte do dia a dia das pessoas. Cuidar bem da etiqueta ao falar no seu telefone
celular pode ser muito útil para o fortalecimento de relações sociais.
Etiqueta
Conta a história de Andrea Sachs (Anne Hathaway), uma jovem que conseguiu
um emprego na Runway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York.
Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal exe-
cutiva da revista. No convívio com Miranda e seu staff, aprende regras de etiqueta e
como se vestir, entre outros.
Atividades
1. Por que a etiqueta social deve fazer parte do nosso dia a dia?
2. Desenvolva um texto sobre ações do dia a dia que são fundamentais para que
o bom ambiente de trabalho seja preservado. Utilize as dicas da etiqueta no
trabalho.
Etiqueta
2. Cuidados com cumprimentos, uso de e-mail, celular, respeito pelo outro, res-
peito à hierarquia, aparência, tato, integridade, cigarro, congratulações deverão
constar nessa resposta.
Referências
ANDRADE, Otávio Goes de. O uso do celular é uma questão de etiqueta social? Jornal
de Londrina, Paraná, 28 mar. 2010.
COBRA, Rubem Queiroz. Boas Maneiras e a Filosofia. Publicado em: 2009. Disponível
em: <www.cobra.pages.nom.br/ftm-definicaoBM.html>. Acesso em: 30 abr. 2010.
RIBEIRO, Celia. Boas Maneiras & Sucesso nos Negócios. São Paulo: L&PM, 1993.
Introdução
Na sociedade atual, ter ética é um fator importante na carreira profissional. As
organizações cada vez mais pautam suas ações na ética, demonstrando que a cada dia
cresce a consciência da sociedade acerca de seus direitos e deveres.
Adotar uma conduta ética reflete a imagem que fazemos de nós mesmos e denota
a imagem da organização da qual fazemos parte. Por isso, é muito importante saber os
valores que norteiam a empresa da qual você faz parte, pois, na medida do possível,
esses também serão os seus valores.
Ética: conceito
Em sentido amplo, a ética tem sido entendida como a ciência da conduta humana
perante o ser e seus semelhantes. Envolve a aprovação ou desaprovação da ação dos
homens e a consideração de valor.
Ética – que diz respeito aos costumes. Parte da filosofia prática que tem por objetivo elaborar uma
reflexão sobre os problemas fundamentais da moral [...]. [...] a ética está mais preocupada em detectar
os princípios de uma vida conforme a sabedoria filosófica em elaborar uma reflexão sobre as razões de
se desejar a justiça e a harmonia e sobre os meios de alcançá-las [...] (JAPIASSÚ, 1996, p. 93)
É o conjunto de princípios e disposições voltado para a ação e que tem por obje-
tivo balizar a ação humana.
De acordo com Matos (2008, p. 2), a sociedade apoia-se em três conceitos, seus
pilares éticos.
É necessário que ela seja livre – que a vontade educada torne a liberdade
responsável.
É vital que ela seja solidária – que haja compromisso com o bem pessoal e o
bem comum.
Para que uma sociedade possa ser justa, livre e solidária, algumas capacidades
deverão ser desenvolvidas.
Para que a sociedade possa estar engajada com essas capacidades, é fundamen-
tal que exista investimento na liderança, na estratégia e na cultura corporativa.
Hoje, ser ético é uma questão de sobrevivência para as organizações, pois fatores
como marca, imagem, confiabilidade é que garantem sua continuidade. O discurso e
a prática ética nas organizações começam a dar sinais de uma nova consciência, pois
esses comportamentos éticos passam a ser um diferencial de qualidade e respeitabili-
dade para os seus clientes.
Entre os valores que são criados em todas as culturas, existem aqueles que se re-
ferem aos comportamentos individuais e coletivos dos homens. A ética investiga essas
Por muito tempo, o trabalho foi associado ao padecimento, à dor. Todo trabalho
supõe tendência para um fim e esforço; para alguns, um esforço até físico, e para outros
intelectuais. Trabalho é o esforço e também seu resultado. O homem trabalha quando
põe suas forças corporais e intelectuais, tendo em vista um fim que deve ser alcançado
(ALBORNOZ, 2004).
Na era da comunicação instantânea, que nos aponta que não temos condi-
ções de prever quais conhecimentos serão necessários no futuro, cabe a nós a
disposição de querer aprender sempre.
Mulheres na liderança. Mulheres ocupam cargos nas gerências a cada dia, tra-
zendo o afeto para as organizações.
A nova onda “faça você mesmo”. Cada vez mais assumimos o controle de
nossas vidas.
Com todas essas observações sobre o cenário, é que aos poucos vai se delinean-
do, como primar pelo comportamento ético no trabalho.
Ser honesto em qualquer situação é fundamental, ser ético muitas vezes signi-
Ética no trabalho
Ser humilde, tolerante e flexível, para isso é preciso trabalhar em equipe, ou-
vindo as pessoas, sem julgamentos precipitados.
Se você souber que seu colega está passando por dificuldade, ofereça o seu
apoio. Procure agir sempre baseado em seus princípios, isso vai contribuir para
reforçar sua boa imagem e melhorar os relacionamentos.
procure dar toda atenção à pessoa que ligou. Jamais chame o cliente de
“querido, meu bem”. Sua voz deve ser alegre, clara, calorosa e em bom tom,
nem alta, nem baixa demais;
Afaste-se das fofocas, para você poder manter um bom relacionamento sem
precisar prestar atenção a comentários maldosos.
Caso trabalhe com alguém de quem não gosta, aja de maneira profissional,
cumprimentando seu colega e evitando comentários com os demais sobre
seus sentimentos, isso ajuda a minimizar os conflitos.
A prática ética no trabalho exige que estejamos atentos a todo o momento sobre
nossos atos. A busca do equilíbrio de nossa vida pessoal e profissional vai fazer toda a
diferença, quando nosso objetivo está pautado em nossos valores éticos.
O relacionamento com sua chefia deverá primar também por sua conduta ética.
Ética no trabalho
Por mais que ele permita uma relação de proximidade, imponha, sutilmente, é claro,
limites, não esqueça que as relações de trabalho são medidas pela hierarquia.
Essas orientações corroboram as práticas éticas, que devem ser observadas no dia
a dia na empresa. Portanto, a ética está mais próxima de nós do que imaginávamos. Ela
nos ajuda na reflexão do nosso comportamento, na medida em que temos o compro-
Ética no trabalho
Adotar uma conduta ética é refletir sobre os valores que nos movem, e sobre as
escolhas que fazemos. Todos os dias nos envolvemos com questões éticas, como, por
exemplo, devo dizer sempre a verdade ou há ocasiões em que seria melhor mentir? Essas
e outras situações nos dão a oportunidade de exercer um comportamento ético. A de-
cisão de escolher entre uma atitude correta ou uma atitude que agrade outras pessoas.
Nem sempre é fácil interpretar as questões éticas, e muito menos praticá-las.
Quando realizamos uma escolha, e estamos convictos de que ela é correta, não se
trata de apenas seguirmos uma regra, e sim de um princípio. Portanto, agir de maneira
ética implica pautarmos nossas ações no respeito, na cooperação, principalmente no
comprometimento com um ambiente organizacional de princípios que valorizem a
vida humana.
Hoje, as organizações sabem que precisam investir nas pessoas, mas para isso a
equipe de executivos deverá se sensibilizar sobre essa importância, assim como perce-
ber que cada vez mais precisamos de condutas éticas, não apenas na vida pessoal, mas
como parte da nossa conduta profissional.
Texto complementar
A vida é decisão. A todo momento optamos por uma entre várias alter-
nativas.
Decidir, com eficácia, implica parar e refletir, para que as decisões não sejam
impetuosas e passíveis de atentar contra o bem do outro e gerar injustiças.
Toda decisão tem comprometimento ético; nela estão implícitos valores pes-
soais. A própria omissão significa decisão de não agir, tornando-se causa maior de
desacertos, injustiças e fracassos.
Pela qualidade com que se decide e pela excelência dos resultados da decisão,
criam-se condições para a convivência saudável e para a produtividade.
Dica de estudo
Para complementar seus estudos, o livro Etiqueta na Gestão Empresarial, de Fran-
cisco Gomes de Matos, 2008, capítulo 2; traz-nos indicadores de como desenvolver a
consciência ética nas organizações.
Atividades
Referências
ALBORNOZ, Suzana. O que É Trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.
JAPIASSU, Hilton, Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.
JOHANN, Silvio Luiz. Gestão da Cultura Corporativa. São Paulo: Saraiva, 2004.
MATOS, Francisco Gomes de. Ética na Gestão Empresarial. São Paulo: Saraiva, 2008.
SÁ, Antonio Lopes de. Ética Profissional. São Paulo: Atlas, 1996.
Ética no trabalho
Hoje se sabe que o cotidiano do trabalho influi na vida e nas emoções das pesso-
as. Por exemplo, a realização de um projeto de trabalho importante resulta em senti-
mentos positivos, assim como uma discussão com o chefe pode acarretar sentimentos
de preocupação.
Relacionamento interpessoal
O processo de interação humana encontra-se presente nas organizações, e a
forma como se dão essas interações influencia os resultados de toda a empresa.
Conviver com o outro não é uma tarefa fácil, e conviver com o outro no trabalho
sem entender o comportamento de cada um é praticamente impossível.
b) Dificuldade em priorizar: muitas pessoas se queixam da “falta de tempo”, para realizar suas
tarefas. O que muitas vezes se percebe é a grande dificuldade em estabelecer prioridades. Muitas
vezes, acumulam-se tarefas, sem avaliar as reais possibilidades de executá-las, ou a dificuldade para
dizer “não”, propõem-se a fazer coisas que não é possível cumprir. Para realização das tarefas, saber
administrar o tempo é fundamental. Para ilustrar esse fato, segue o exemplo: “Convivemos com
uma executiva que representa um modelo desse perfil. Sua vida pessoal demandava um esforço
excessivo: tinha quatro filhos e os levava pessoalmente à escola. Tinha frequentemente dificuldades
em manter uma empregada doméstica, devido ao trabalho adicional. Além do emprego que lhe
absorvia oito horas diárias, praticava tênis, fazia yoga, curso de atualização em língua inglesa. Estava
constantemente atrasada para todos os compromissos. Sempre que lhe sugeriam repensar suas
prioridades e abrir mão de algumas atividades, afirmava que tudo isso era essencial e não havia como
desistir de qualquer uma delas. Sua qualidade de vida era baixa, especialmente pela permanente
tensão resultante dos atrasos. Estimulada a refazer seu plano de vida e traçar prioridades, descobriu
que sua busca de prazer em atividades alternativas tornou-se uma obsessão e, um lugar de lazer,
acabava gerando tensão e estresse. Decidiu tornar essas atividades eventuais, sem o compromisso
c) Dificuldade em ouvir: a maioria dos conflitos acontece em virtude da dificuldade que temos
em ouvir e compreender o outro. Temos o hábito de julgar o outro a partir dos nossos valores,
esquecendo-se de respeitar as diferenças individuais. A nossa dificuldade em ouvir o outro aumenta,
principalmente se temos pontos de vista diferentes. Muitos gerentes avaliam sua equipe a partir
dos seus próprios paradigmas, da sua maneira de ver o que é certo e errado, não acenando com a
possibilidade de considerar o pensamento do outro, sem querer ouvir o que as pessoas pensam. É
fundamental que um gestor queira saber o ponto de vista de sua equipe, perguntar antes de julgar,
permitir que sejam dadas sugestões, criar espaços para que diferentes percepções possam vir à
tona, solicitar sempre que possível a participação de todos. A maioria dos exemplos de grandes
corporações aponta para resolução de inúmeros problemas, o saber ouvir, dar espaço para que as
pessoas que contribuem com seu trabalho possam trazer soluções para o dia a dia.
Para ouvir efetivamente, não basta apenas estar atento, mas perceber também a
voz de quem fala, a escolha das palavras, o tom e ritmo, a linguagem corporal, enfim, é
muito mais do que ficar passivamente deixando o som entrar pelos ouvidos. É uma das
melhores formas de mostrar respeito pelo outro.
Existem algumas maneiras de demonstrar à pessoa que fala que você está efe-
tivamente ouvindo. Fazer perguntas pode demonstrar o quanto você está atento e
encorajar aquele que fala. Alguns sinais como sorriso, olhares de surpresa e admiração,
etc., podem constituir uma forma eficiente de assegurar que você está ouvindo.
tram que você está sendo empático e disposto a considerar o ponto de vista do outro.
O que é importante observar é que ouvir não é uma atitude passiva, e que você
pode ser ativo demonstrando seu respeito pelo outro.
QVT como uma abordagem O foco era o indivíduo antes do resultado organizacional;
(1969-1974) mas, ao mesmo tempo, tendia a trazer melhorias tanto ao
empregado como à direção.
Conduta assertiva
Relações interpessoais e qualidade de vida no trabalho
De acordo com Martins (2005, p. 21), algumas atitudes são fundamentais para a
assertividade.
Autoestima: é o que você pensa sobre si mesmo. A qualidade da autoestima depende da acei-
tação, da confiança e do respeito que você tem por si mesmo.
Determinação: é o que faz você não desistir perante os obstáculos, ter foco e clareza sobre
onde quer chegar.
Adaptabilidade: é adequar seu estilo de comunicação, seja sua interlocutora uma criança, um
idoso, com nível cultural alto ou baixo.
Autocontrole: usar a racionalidade para gerenciar as emoções, não perdendo o controle das
situações.
Tolerância a frustração: aceitar a diversidade humana, não ouvimos só “sins”, mas também
“nãos”.
Sociabilidade: é se preocupar com o bem-estar do outro e com o seu próprio. É tratar as pesso-
as com naturalidade, sem ideias preconcebidas.
O importante é que a habilidade de ser assertivo pode ser aprendida. Uma das
estratégias que nos ajudam a tornar-nos mais assertivos é observarmos o comporta-
mento de pessoas que admiramos, e que têm facilidade de agir de forma como gosta-
ríamos. Saber que nossos comportamentos são aprendidos e que podem ser modifica-
dos, desde que queiramos, é o grande facilitador.
Preservando a autoestima
A autoestima caracteriza-se pela aceitação de si, pela confiança, pelo reconheci-
mento do seu potencial e de sentimentos positivos em relação a si mesmo.
Baixar a autoestima é uma das condutas mais complicadoras que se observa nas
relações de trabalho. Embora ocorra com certa frequência, vemos que seus resultados
são o sofrimento, a descrença e a vergonha. Preservar a qualidade de vida no trabalho,
e o bom relacionamento interpessoal, dá-se através da atenção de olhar aquele com
quem se fala, de agradecer, pedir desculpas, cumprimentar, despedir-se. Responder ao
que é solicitado, retornar as ligações, são atitudes de quem valoriza o outro.
1.º ouvir
Você sabia?
De modo geral, não somos bons ouvintes. Desde a mais tenra idade, fomos
educados para falar e continuamos sendo treinados para a oratória. E, porque ouvi-
mos pouco, os problemas de comunicação são apontados como um dos mais graves
nas organizações. Como artifício para a falta de diálogo interpessoal – a comunica-
ção autêntica faz-se de pessoa a pessoa – usa-se e abusa-se de meios tecnológicos
– em si, benéficos à agilidade nas informações. Antes, os intermináveis telefonemas,
hoje os e-mails compulsivos – uma verdadeira legião de “e-mailpatas”.
Todavia, ouvir não é calar-se – a mudez pode até ser ofensiva. Ouvir é mostrar
interesse, acompanhar o raciocínio do outro e manifestar-se no momento oportuno.
Simples, não é? Mas como isso se mostra difícil no relacionamento diário!
Atividades
2. Quais são as atitudes fundamentais para uma conduta assertiva, segundo Mar-
tins?
Referências
BOCK, Ana M. B.; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias. São
Paulo: Saraiva, 2002.
MATOS, Francisco Gomes de. Ética na Gestão Empresarial. São Paulo: Saraiva, 2008.
MOSCOVICI, Fela. Equipes Dão Certo. Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.
Emoções no trabalho
Em muitas situações de trabalho, são as emoções como o medo, o desejo, a agres-
sividade, entre tantos outros, que determinam o comportamento da pessoa. Esses sen-
timentos podem influir diretamente na qualidade de vida no trabalho, e consequen-
temente na produtividade. Se negativos, geram insatisfação, e se positivos, ambiente
harmônico para o trabalho.
[...] sentimentos e emoções estarão permeando as relações de trabalho. Administrar de forma efetiva
o medo e a raiva é o primeiro passo para a melhoria da qualidade de vida. Viver com qualidade,
em seu significado pleno, requer mais que superar a hostilidade e a intimidação: requer parceria,
cooperação, polidez, respeito – virtudes derivadas do amor. (BOM SUCESSO, 2002, p. 147)
Vamos conhecer alguns comportamentos e refletir sobre qual deve ser a atitude
de um profissional preocupado com sua conduta ética.
Quando isso acontece, surgem muitas dúvidas: pode ou não pode? Conto ou não
conto? Isso vai impactar a minha carreira? Todas essas dúvidas são naturais. As respos-
tas é que vão ser diferentes, de acordo com cada organização.
Em uma pesquisa realizada pelo Instituto H2R, para a Você S/A (2006), com 100
executivos, 79% responderam que não há nenhuma regra sobre o relacionamento
amoroso nas empresas que atuam, e 3% disseram que existe norma sobre isso e que
não é de conhecimento das pessoas.
A revista Você S/A (2006, p. 28) traz algumas recomendações importantes sobre o
assunto:
Antes de sair contando detalhes para o amigo, espere para ver se o romance é
sério.
parceiro mude de área, mesmo que a empresa não tenha nenhuma política a
respeito. Isso vai poupar os comentários maldosos de colegas sobre abuso de
poder e evitar possíveis dores de cabeça, como um processo de assédio sexual.
Seja ético, acima de tudo. Não passe ao parceiro informações estratégicas que
só dizem respeito à sua área.
Assédio sexual
Desde que a mulher ingressou no mercado de trabalho, algumas discriminações
têm sido apontadas por pesquisa e observadas por todos. Elas recebem salários infe-
riores aos de seus colegas homens, muitas vezes perdem oportunidades de conseguir
emprego por terem filhos e, finalmente, são as maiores vítimas do que é denominado
pela legislação como “assédio sexual”. De acordo com o dicionário Aurélio (2005, p. 46),
assediar significa importunar com perguntas, propostas etc.
Não é necessário que haja uma diferença hierárquica entre assediado e assedian-
te, embora normalmente ocorra.
De maneira geral, quando uma mulher sofre assédio, alguns fatores sociais e psi-
cológicos começam a emergir. Sob pressão, seu rendimento profissional fica reduzido,
o que pode prejudicá-la no emprego. É comum que essa pressão, traduzida em temo-
res e dúvidas, passe a acompanhá-la em outros ambientes sociais que ela frequenta.
Assédio moral
É a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, re-
petitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.
O que prevalece são atitudes e condutas negativas dos chefes, em relação aos seus
subordinados.
Portanto, para que seja considerado assédio moral, alguns fatores precisam estar
presentes:
repetição sistemática;
Deve-se estar atento para combater com firmeza essas ações, pois, além de causar
danos à saúde física e mental do excluído, também prejudica o ambiente de trabalho
como um todo (BARRETO, 2010).
Nem sempre é fácil comprovar o assédio moral, pois na maioria das vezes ele
ocorre de forma velada, dissimulada, visando desestabilizar a vítima, através da dimi-
nuição da sua autoestima.
Muitas vezes ele aparece revelado numa brincadeira sobre o jeito de ser da vítima, ou insinuações
humilhantes acerca de situações compreendidas por todos, mas de uma forma tão sutil que a vítima
não consegue se defender.
Outro fato que ocorre é o isolamento da vítima como autoproteção e, posteriormente, passa a ser
vista pelos colegas como antissocial.
Comportamento no local de trabalho
Seguem alguns exemplos de assédio moral, que pode ser encontrado nas organizações:
revista vexatória;
ameaças, insultos;
A crítica
Crítica. Palavra de origem grega, que significa separar, decidir, distinguir. A pala-
vra tem a mesma raiz de crise, que quer dizer evento decisório, crucial, e de critério,
que significa padrão para julgar. Portanto, quando ocorre a crítica, está-se diante de
um evento decisório, que envolve reflexão e decisão. Esse significado original foi se
perdendo ao longo do tempo, e, na maioria das vezes, hoje a palavra é vista como uma
ofensa, e quem a recebe precisa se defender ou se justificar. Além disso, nossa cultura
divide a crítica em duas categorias: construtiva e destrutiva, de acordo com a intenção
de quem crítica. É importante a retomada do seu significado inicial, pois a crítica é um
rumo que se aponta, mas quem a recebe é livre para segui-la ou não. Independente da
intenção de quem criticou, é possível crescer com ela.
No trabalho, a habilidade para lidar com questões delicadas tem sido um enorme
desafio, e o mais importante é que, quando surjam essas questões, se busque sempre
uma maneira respeitosa de conduzir a situação.
O mais comum é que a conduta diante da crítica seja sempre defensiva, buscando
justificativas pelos próprios atos ou de terceiros. Muitas vezes, esse comportamento
defensivo acaba por encobrir a verdade. Muitas pessoas agem assim, alegando que é Comportamento no local de trabalho
apenas para evitar situações embaraçosas, aborrecimentos e mágoas para si ou para
os outros. O que muitos não avaliam é que o custo de esconder a verdade é muito alto.
Práticas que aparentam estar corretas podem estar, na verdade, espalhando descon-
fiança, mentira, mal-entendidos e falsidade.
Você sabia?
O medo
O medo nas organizações resulta tanto de situações concretas, de condutas ge-
renciais inadequadas, ou conflitos entre colegas, quanto de fatores internos ligados às
dificuldades intrapessoais, decorrentes de características individuais. Apresentam-se
sob vários disfarces, como o pessimismo, a timidez, a mentira, a insegurança, o con-
formismo, a vaidade, a conduta reservada, a postura derrotista, a postura idealista e a
postura reativa (BOM SUCESSO, 2002, p. 93).
Nas organizações, é comum o medo, que faz com que o indivíduo queira se afas-
tar da situação que o provoca, como, por exemplo, não falar o que pensa por medo de
perder o emprego. Trata-se aqui de uma situação concreta. Muitas vezes, o medo ima-
ginário faz com que situações que poderiam resultar em êxito sejam evitadas. Algumas
experiências são vivenciadas nas organizações, como punição, pressão, desgastes, que
acabam gerando de maneira concreta o medo. Esse medo traz como consequência o
temor de enfrentar desafios ou situações que envolvam riscos. Nas organizações em
que os problemas não são tratados com diálogo e transparência, estimula-se o medo,
o boato e a desconfiança.
A agressividade
Comportamento no local de trabalho
Insegurança
Pode ser demonstrada nas atitudes de hesitação e pessimismo, decorrentes do
medo de enfrentar situações novas.
Abra o olho: cuidado com o que fala, a comunicação informal é algo que corre
sem controle. Escolha a pessoa com quem você irá tecer seus comentários,
sempre levando em conta que a história será repassada adiante do jeito dela.
Seja discreto: não gaste seu tempo comentando sobre as fofocas do seu am-
biente de trabalho.
Na realidade, não existe antídoto contra a fofoca, mas se pode aprender a lidar
melhor com a situação, não incentivando as suposições ou os “achismos”, para que eles
não ganhem o status de verdade.
Hostilidade
A hostilidade manifesta-se inicialmente através de sensação de leve irritação, que
impulsiona a ação ou estimula a consecução de determinado objetivo (BOM SUCESSO,
2002, p. 117). Pode manifestar-se, também, através do sentimento de injustiça e des-
respeito, que levam a atitudes como respostas ásperas, aumento no tom de voz etc.
É comum que essa raiva, que aqui chamamos de hostilidade, ocorra frequente-
mente nas relações de trabalho.
A raiva entre colegas de trabalho pode apresentar-se de diferentes formas, e ge-
ralmente estão vinculadas a fatores como desempenho, competência, cargo, promo-
ções. Muitos podem sentir-se injustiçados, pois julgam seu colega menos competente
Comportamento no local de trabalho
e mesmo assim foi promovido. Muitas vezes, a organização não tem seus critérios de
avaliação transparentes e, mesmo diante de critérios objetivos, existem fatores de na-
tureza pessoal, como autoimagem, autocrítica, que afetam a percepção de uma pessoa
quanto ao desempenho da outra, levando a se sentirem mais ou menos competentes.
O romancista Ítalo Calvino (apud Bom Sucesso, 2002, p. 149) sugere alguns com-
portamentos fundamentais para os líderes hoje.
Leveza
Essa característica precisa ser praticada e ensinada, uma vez que a maioria das pes-
soas não tem em seu repertório. Trata-se de reconhecer o uso inadequado do poder,
da agressividade, da competição. Só através do diálogo, da maturidade, persistência e
humor pode-se conviver num clima de polidez e cortesia.
Rapidez
Não significa chegar primeiro, mas ser ágil, entendendo que o tempo preci-
sa ser bem aproveitado. Quanto mais se é rápido no trabalho, mais fácil aprender
antes do concorrente. Quanto mais cedo se trata um conflito, menores são as con-
sequências. Quanto menos se adia o que se tem para fazer, mais sobra tempo para o Comportamento no local de trabalho
aprimoramento.
Exatidão
Entendida como cuidado, precisão, correção, busca de destreza e melhoria con-
tínua. As relações não nascem prontas, precisam ser aperfeiçoadas, melhoradas, redi-
recionadas. Essa perspectiva dá um sentido real à vida nas organizações. A busca pela
melhoria sempre.
Multiplicidade
As organizações têm requerido do profissional múltiplas habilitações. Com todas
as mudanças, ajustes na estrutura e enxugamento de quadros, exige-se que este seja
polivalente. Daí a importância da diversificação e ampliação do potencial humano.
Consistência
Esperam-se das lideranças informação, vivência e competência para o atingimen-
to de resultados. Liderança consistente abrange firmeza, estabilidade, profundidade
para manter seus propósitos, perseguir metas apesar dos obstáculos.
Texto complementar
Relacionamento interpessoal:
o poder das relações no ambiente de trabalho
(SILVA, 2008)
Comportamento no local de trabalho
Como está o seu relacionamento com os pares na empresa onde você trabalha?
Acredito que boa parte das pessoas ainda convive com esse tipo de problema
na organização onde atua; seria injusto generalizar e falar que todas as empresas
têm algum tipo de conflito interno, causado pelos indivíduos que interagem dia-
riamente no ambiente de trabalho, mas o fato é que no mundo empresarial eles
existem e podem prejudicar o desempenho da equipe, assim como os resultados
esperados pelas empresas, impactando inclusive o clima organizacional. Às vezes,
os problemas de relacionamento não são visíveis, ficam mascarados e embutidos.
A contribuição dos pares e a forma que eles são tratados ajudam o colaborador
a atingir suas metas, e desenvolver suas atribuições de maneira eficaz. Para isso, é
necessário saber lidar com a diversidade existente na empresa, respeitando as dife-
renças e as particularidades de cada um; com isso, é possível conquistar o apoio dos
demais e fazer um bom trabalho, afinal, ninguém trabalha sozinho.
No entanto, sabemos que tem gente que não consegue lidar com pessoas adversas
e com opiniões diferentes da sua, e deixam se levar por uma impressão negativa sem ao Comportamento no local de trabalho
menos procurar compreendê-las e conhecê-las mais detalhadamente. Outro vilão que
pode prejudicar o relacionamento entre os membros de uma equipe é o mau humor,
que faz com que essas pessoas (mal-humoradas) criem uma espécie de escudo e fiquem
isoladas das demais. Isso impede que seus colegas se aproximem para pedir algum tipo
de ajuda, ou até mesmo para bater um papo.
Dica de estudo
O livro Psicologias, de Ana Mercês Bahia Bock, 2007 na parte II do capítulo 2, “A
multideterminação do humano: uma visão em psicologia”, aborda alguns mitos sobre
o homem e ajuda a refletir, e amplia a visão para o entendimento do relacionamento
interpessoal.
Atividades
Referências
ASSEDIAR. In: FERREIRA, Aurélio B. H. MiniAurélio. Curitiba: Positivo, 2005.
BOCK, Ana M. B.; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias. São Paulo: Saraiva,
2002.
SILVA, Ronaldo Cruz da. Relacionamento Interpessoal: o poder das relações no am-
biente de trabalho. Publicado em: 2008. Disponível em: <www.ogerente.com.br/novo/
colunas_ler.php?canal=16&canallocal=48&canalsub2=155&id=1887>. Acesso em: 7
jul. 2010. Comportamento no local de trabalho
Além da forma pessoal de como lidar com os desafios, sabe-se que nem todas as
pessoas possuem as mesmas características, porém, muitos possuem grandes compe-
tências e habilidades, mas não conseguem usufruir delas para gerar vantagem para o
sucesso profissional. Conhecer e praticar o marketing pessoal pode mostrar caminhos
para o sucesso.
Dados da revista Você S/A, de novembro de 2000, mostram alguns números que
impressionam. A Microsoft recebe semanalmente 1 100 currículos on-line. Pelo correio,
chegam mais 200. Em seu banco de dados, existem mais de 60 000 currículos (que uma
vez por ano são deletados automaticamente).
Dados pessoais: nome completo, endereço, telefone, celular, e-mail. Não é ne-
cessário mencionar o número dos documentos pessoais, como RG, CPF etc.
Objetivo: deixar claro sua área de interesse, por exemplo, área administrativa,
comercial etc. É importante decidir em que área quer atuar.
Procure usar frases curtas: e evite ultrapassar duas páginas, o limite de três
páginas só é válido se constar muitas experiências interessantes.
Fonte: Times New Roman e Arial facilitam a leitura, com corpo entre 11 e 14.
Use recursos como negrito, itálico e palavras sublinhadas apenas para organi-
zar os dados.
Formação acadêmica: comece pelo curso mais recente, com ano de início e
término, bastando apenas constar a graduação e pós-graduação.
Idiomas: deve constar a sua fluência, pois ele poderá ser testado a qualquer
momento.
Atualizações: sempre que houver alguma mudança, ela deve ser men-
cionada.
Entrevista de seleção
A entrevista de seleção é uma técnica de investigação científica em psicologia,
sendo um instrumento fundamental do método clínico. Compreende o desenvolvi-
mento de uma relação entre o entrevistador e o entrevistado. É uma conversa entre
duas ou mais pessoas, sempre com objetivos definidos. Uma entrevista de emprego
é uma oportunidade de demonstrar as próprias qualidades e de convencer de que o
seu perfil está adequado para a posição requisitada. É a oportunidade de checar se os
valores estão de acordo com os valores da organização. Portanto, esse é o momento de
se manter calmo, pois a entrevista é decisiva no processo de contratação. Outro fator
Não existe uma fórmula mágica para ser bem-sucedido numa entrevista, mas
dizer a verdade irá ajudar muito.
Ter a capacidade para avaliar se a empresa em questão é o lugar certo para si;
quais as responsabilidades desse cargo, a quem deve se reportar, qual o estilo
de gerenciamento da empresa etc.
Durante a entrevista,
não falar mal das empresas, chefias, em que se trabalhou para não dar a cono-
tação de dificuldade em separar o pessoal do profissional;
Marketing pessoal – como se relacionar bem no ambiente de trabalho
desligar o celular;
A entrevista é considerada uma via de mão dupla, que contém impressões e in-
formações. O empregador tomará decisão com base na impressão que o candidato
causar, através da sua linguagem corporal, expressões faciais, tom de voz e sobre a
informação que está sendo transmitida.
Com o auxílio da tecnologia, muitas entrevistas são realizadas por telefone, vi-
deoconferência, de computador para computador. Como não se está na presença do
entrevistador, algumas recomendações são importantes.
O vestuário também deve ser discreto, pois estampas e cores vivas podem
ficar distorcidas na transmissão.
Apresentação pessoal
O seu objetivo é convencer o entrevistador de que se é a pessoa certa para o
cargo, projetar essa imagem inclui sua apresentação pessoal. Ela inclui a autoapresen-
tação total, que significa interna e externamente, ou seja, o seu lado de fora e o de
dentro. Apenas com o vestuário não é possível construir uma boa imagem, outros atri-
butos devem ser incluídos:
aparência profissional;
comunicação eficaz.
Aparência profissional
Inclui a escolha de roupa e asseio. Em muitas ocasiões, é difícil determinar o que
é apropriado.
Para uma empresa mais conservadora, ou para uma mais informal, os estilos serão
diferentes. O ideal seria pesquisar anteriormente para se saber o que seria ideal trajar.
Acessórios devem ser discretos: brincos pequenos, colares simples e poucos anéis.
Não precisam ser caras, mas confortáveis, não devem ser justas ou largas nem
muito longas ou curtas.
assumir responsabilidades;
Comunicação eficaz
A habilidade de comunicação é um fator importante na imagem profissional o
que inclui a comunicação verbal e não verbal, como
Comunicação verbal
Marketing pessoal – como se relacionar bem no ambiente de trabalho
Escuta eficaz.
Expressões faciais.
Asseio.
Atenção em ouvir.
Comportamento pessoal.
Pontualidade.
Define-se marketing pessoal como uma estratégia individual para atrair e ampliar
contatos e relacionamentos, tanto pessoais quanto profissionais. Também é uma estra-
tégia para dar visibilidade às habilidades e competências relevantes para a aceitação e
conhecimento dos outros.
Muitas vezes, as competências não aparecem aos olhos dos outros, embora o
indivíduo a possua. Com o modelo de sociedade competitiva, ser reconhecido pode
fazer a diferença na carreira profissional.
Outro fator importante é saber aproveitar as oportunidades ao seu redor, para isso, o
marketing pessoal poderá ser usado a todo momento; não existe o lugar certo, pois todos
os lugares e todos os momentos devem ser vistos como o lugar e o momento certo.
Para isso, você deve estar ciente do que deseja e deve se esforçar ao máximo para
obtê-lo, pois a união da consciência do que se deseja com o esforço, tem um grande
efeito para atingir sua conquista. Quanto mais consciente daquilo que se quer e quanto
mais essa necessidade for verbalizada, mais você e as outras pessoas estarão sintoniza-
dos com as oportunidades.
Texto complementar
Dica de estudo
O capítulo 5 – “Seleção de pessoal” – do livro Gestão de Pessoas, de Antonio de
Lima Ribeiro, aborda como o entrevistador se planeja para uma entrevista e o que ele
espera encontrar nos candidatos. A leitura contribuirá para ampliar a visão sobre pro-
cesso seletivo.
2. Por que a entrevista é considerada uma via de mão dupla? Baseado no texto,
desenvolva essa questão.
Gabarito
Marketing pessoal – como se relacionar bem no ambiente de trabalho
2. O candidato é avaliado pela empresa para verificar se está apto para a vaga, e
também obtém informações sobre a empresa para saber se esta corresponde
às suas expectativas. É uma escolha de mão dupla, ambos podem escolher.
Referências
BALLBACK, J.; SLATER. J. Marketing Pessoal. Tradução de: LASSERRE, Eduardo. São
Paulo: Futura, 1999.
ROCHA, Márcia. O que fazer para seu currículo valer ouro. Você S/A, São Paulo: Abril,
nov. 2002.
WHITE, A. Técnicas para Entrevistas. Tradução de: LEAL, Martha Malvezzi. São Paulo:
Cengage Learning, 2008. (Série Profissional).