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Escola Profissional do Sindicato do Escritório e Comércio da Região

Autónoma dos Açores


Ano Letivo 2021/2022

Curso Técnico de Apoio Psicossocial

Construção do futuro e gestão de carreira

Psicologia- Módulo 8

Formador

a: Fátima Gomes

Formandas: Maria Guido/Mariana Sousa

Ponta Delgada, 12 de maio de 2022


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Índice
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Introduçã o

No âmbito da disciplina de psicologia do modulo oito foi-nos proposto pela

formadora Fátima Gomes a elaboração de um trabalho cujo o tema é construção de um

futuro e gestão de carreira.

Ao longo do nosso trabalho iremos abordar sobre a nossa gestão de carreira e a

construção do nosso futuro. A escolha do nosso curso foi uma boa opção para nos fazer

pensar sobre o que realmente queremos para a nossa carreira, pois estão a ser lecionados

conteúdos que nos ensinam a pensar e procurar sobre os nossos verdadeiros interesses a

nível pessoal e profissional, mais propriamente, quais são as nossas vocações.

No contexto sociocultural e económico atual, presenciamos alterações

significativas nos paradigmas da educação, formação e empregabilidade, onde a

emergência da globalização e da sociedade do conhecimento exige respostas específicas

das instituições de ensino na prossecução do desenvolvimento humano, social e

económico dos jovens adultos para uma eficaz integração no mercado de trabalho.

A vocação é uma tendência ou habilidade que nos estimula a praticar atividades

que estão associadas à determinada carreira ou profissão. No entanto, existem pessoas

que se consideram multi-potenciais, uma vez que apresentam diversos interesses,

talentos e expetativas, acabando por ter várias vocações.


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O que é a vocação?

A vocação é uma tendência ou habilidade que nos estimula a praticar atividades

que estão associadas a determinada carreira ou profissão. Ela é um chamado interno,

que vem de algum lugar dentro de nós mesmos. É algo de nossa individualidade,

embora esteja relacionada com vários fatores. Fatores individuais,que estão associados

ás características de cada pessoa, os seus interesses e valores, aptidões e/ou rendimento

escolar; fatores institucionais, que são aqueles que estão ligados á escola, formação

profissional e estruturas de apoio.

Tipos de vocação:

Vocação matrimonial ou laical: pessoas que participam da comunidade cristã por

meio da igreja;

Vocação sacerdotal: religiosos que anunciam o evangelho e guiam a comunidade

cristã, como diáconos e bispos;

Vocação religiosa: pessoas que se consagram a Deus por meio dos votos de pobreza,

castidade e obediência, como as que fazem parte de uma congregação religiosa.

Como descobrir a vocação?

 Trabalhar o auto conhecimento;

 Ter curiosidade;

 Conversar com família e amigos;

 Aceitar a ajuda de profissionais,entre outros.


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Objetivos da aprendizagem:

1. Explicar o papel da exploração no desenvolvimento vocacional e na tomada

de decisão;

A exploração vocacional é um estudo de psicologia, composto por várias teorias

que compreendem o desenvolvimento que ocorre ao longo da vida no que diz respeito

ao adquirir novas aprendizagens e competências, sobre cada pessoa e sobre o mundo,

auxiliando na adaptação a novas mudanças, nomeadamente na carreira e futuro

profissional.

O processo de exploração vocacional pode ser influenciado, de forma positiva

ou negativa, por diversos fatores pessoais e culturais. A exploração é de grande

importância naquilo que concerne ao conhecimento sobre os interesses e habilidades

que cada pessoa tem, esclarecendo sobre as oportunidades que devem ou não seguir de

acordo com aquilo a que mais se adapta no mundo profissional, no nosso caso, alunas

do curso Técnico de Apoio Psicossocial, estamos num percurso que nos permite ter a

verdadeira consciência se a nossa vontade e gosto pelo curso será também a nossa

verdadeira vocação, para que no futuro possamos ser profissionais exemplares e felizes

naquela que será a nossa profissão.

Na consulta psicológica vocacional, é dada a oportunidade de compreender

melhor as nossas indecisões, e avaliar qual será a intervenção mais eficaz para a

compreensão do processo de decisão e escolha vocacional. Consiste na exploração que

envolve experimentar, investigar e fazer tentativas e ensaios, e ainda testar hipóteses.


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2. Identificar e relacionar os fatores individuais e institucionais que

influenciam as escolhas vocacionais;

Existem fatores individuais e institucionais que influenciam as escolhas

vocacionais, sendo eles: fatores individuais: são aqueles que compõem o indivíduo,

são as suas características físicas como por exemplo, graves problemas de visão ou

audição que não se enquadram em determinados tipos de carreira, e psicológicas,tais

como as suas aptidões, habilidades, interesses, motivações e competências pessoais.

Fatores institucionais: que são aqueles que estão ligados á escola, formação

profissional e estruturas de apoio, ou seja,a/ou área/as em que a pessoa está ou já esteve

a estudar, e todos os apoios durante o seu percurso escolar.

Em relação aos fatores individuais, cada individuo tem a sua auto eficácia,

outros passam por momentos de mais ansiedade, e acabam por decidir o seu futuro de

acordo com a áreas que têm mais á vontade e conhecimento, outros indivíduos são mais

corajosos, e capazes de arriscar numa área completamente diferente daquela a que estão

habituados e/ou formados. O género, também tem influencia, como por exemplo, o

facto das mulheres acreditarem ter mais capacidades para exercer ocupações

tradicionalmente femininas, do que masculinas, enquanto os homens, acreditam ter a

mesma capacidade para exercer profissões, quer tradicionais ou não. Segundo Rasi &

Finck, 2016 , a ansiedade também é um fator que influencia nas tomadas de decisão,

atendendo que os sujeitos indecisos, se caracterizam por apresentarem pouca iniciativa e

motivação, para explorar alternativas ocupacionais, e quando tomam decisões, estas são

impulsivas ou assentes em estratégias de tentativa e erro, com pouca perspetiva

temporal, por revelarem dificuldades em projetar o futuro.


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No que diz respeito aos fatores institucionais,existem outros fatores que que

influenciam a decisão, tais como os seguintes: família; escola; meio, grupo de pares;

estatuto social das profissões e o nível socioeconómico. A classe social, o nível

socioeconómico e as relações familiares, têm grande influência na escolha da carreira

dos sujeitos, já que podem interferir no processamento da informação necessária para a

tomada de decisão, ou seja, pessoas que vivem num meio menos influente, ou com

poucas condições financeiras podem não ter a mesma possibilidade de estudar, ou de ter

acesso a informações que podem ser úteis na procura de meios para conseguir chegar a

um bom emprego ou carreia profissional. A família é também apontada como um dos

fatores externos que mais ajuda ou dificulta o processo de decisão, pois fornece aos seus

membros, oportunidades para se identificarem com determinadas tarefas, através de

uma variedade de atividades, criando necessidades e modelando valores, com

implicações na aquisição de informação e competências, para o exercício de futuras

ocupações, além de fornecer recursos e contactos, que tornam acessíveis ou não,

determinadas profissões.

3. Analisar o desempenho profissional em função das diferentes dimensões:

pessoal, social e profissional;

O desempenho profissional de um individuo pode ser analisado e avaliado de

acordo com as funções pessoais, sociais e profissionais. Através da avaliação das

funções pessoais de um individuo é possível compreender e antecipar as suas

competências comportamentais. As competências pessoais são cada vez mais

valorizadas pelas empresas em geral, acabando por estar interligadas, com as funções

profissionais, ou seja, as nossas características pessoais, tais como: confiança

(autoestima); capacidade de adaptação;iniciativa e/ou pro atividade; otimismo e atitude

positiva;empatia;assertividade;liderança;espírito de equipa;facilidade de relacionamento


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interpessoal;pensamento crítico;controlo emocional;facilidade de

integração;autonomia;determinação;capacidade de resolução de problema; são no fundo

as características que irão desenvolver as nossas funções profissionais.Ao

desenvolvermos as nossas competências pessoais, estamos não só a crescer como

pessoas, mas também a nível profissional. 

Relativamente ás funções sociais, baseiam-se nos tipos de comportamentos que

permitem às pessoas agirem de maneira eficiente e construtiva no seu ambiente e meio

social. ser competente socialmente está relacionado com conseguir o bem-estar pessoal

e coletivo e implica um conjunto de conhecimentos, comportamentos e atitudes que

permitem à pessoa integrar-se com sucesso em um ambiente social, oferecendo o

melhor de si mesmo para contribuir para melhorar as condições sociais do momento.

Existem carreiras mais discretas e outra que nos expoêm mais na sociedade, como por

exemplo, como futuras Técnicas de Apoio psicossocial, pela área em si que trabalha

essencialmente com os comportamentos humanos, temos de ter a capacidade de agira

bem socialmente de modo a passar os nossos conhecimentos para as outras pessoas, ou

seja, dar o bom exemplo.

4. Explicar a importância do projeto enquanto processo organizador do

comportamento humano.

A construção de uma carreira profissional acompanha cada um de nós e depende

sempre da construção do projeto de vida que criamos ou idealizamos para o nosso

futuro, porém é necessário ter sempre em conta o desenvolvimento das capacidades e

aptidões e do auto conhecimento de cada pessoa, de acordo com aquilo que cada um vai

escolhendo e desenvolvendo ao longo do seu percurso, o que será um contributo para o

seu futuro como profissional.


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É importante planear a nossa carreira, preparando o caminho com muita

antecedência e serenidade, uma vez que podem surgir imprevistos ao longo do caminho.

Segundo “Bruno W.Zehmann” é necessário todo um processo de planeamento, a

procura de alternativas e avaliar as consequências, em curto, médio e longo prazo, dado

que o mundo do trabalho está em constante mudança e evolução.

O mundo do trabalho

1. Novas exigências, novas competências;

Ao longo dos tempos vamos nos deparando com novas exigências,bem como

novas competências que vão surgindo no mundo do trabalho. Acontece que vão

surgindo novas e diferentes profissões, ou a forma como as mesma se executam,

algumas formas tão tradicionais vão deixando de existir dando lugar a formas

inovadoras para a concretização das tarefas.

Reconverter, requalificar, aprofundar competências. Estes são os conceitos que

marcam os novos tempos na organização do trabalho tanto para as empresas como para

os colaboradores. Mais em concreto, a crescente revolução tecnológica que está a

obrigar a uma mudança de pensamento e faz com que as pessoas estejam a questionar os

percursos profissionais. Acontece ainda que algumas profissões podem desaparecer no

futuro devido precisamente à cada vez maior adoção da tecnologia e ao surgimento de

novas atividades, o que torna a reconversão profissional cada vez mais necessária. Cada

vez mais as pessoas têm de se adaptar ao surgimento de novas tecnologias, passando

assim por um processo de aprendizagem.

2. As competências de empregabilidade: como promovê-las?


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Atualmente, e com todas as mudanças que vão surgindo no mundo do trabalho, é

cada vez mais importante formar as pessoas de modo a que consigam fazer face aos

desafios que as esperam no futuro profissional. A ideia de que se teria o mesmo

emprego por toda a vida é cada vez menos comum, uma vez que nos podemos deparar

com impactos negativos bem como situações pessoais que nos obriguem a mudar de

trabalho e até mesmo de área laboral, que terá como consequência uma nova

aprendizagem e adaptação.

Na atualidade em que vivemos, e de maneira geral, a maioria das empresas valoriza um

conjunto de competências técnicas, e essencialmente competências a nível pessoal e

social, sendo elas:

 O desenvolvimento de um pensamento flexível;

 O contacto com todas as oportunidades de actividades profissionais ou lúdicas/

tempos livres;

 A alteração de funções como uma oportunidade, ao invés de uma ameaça;

 O desenvolvimento das diferentes áreas da inteligência (emocional, cognitiva, …);

 As oportunidades de formação que correspondem aos interesses e projetos

vocacionais;

 A preparação para a transição de actividade profissional;

 O desenvolvimento da autonomia, capacidade de iniciativa, facilidade relacional e

comunicativa, capacidade de resolução de problemas, capacidade de trabalho em

equipa, criatividade.

3. O desempenho profissional e a integração das dimensões pessoal, social e

profissional do individuo.
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A formação das novas competências profissionais aparece hoje como uma área

extremamente importante na forma de analisar a relação Forrnação/Desenvolvimento.

Para além das competências técnicas, cada vez mais surge a exigência por parte das

entidades empregadores, para que os trabalhadores detenham várias qualidades a nível

pessoas e social. Sendo assim, é exigido um processo de integração nestas dimensões

para os empregadores, ou seja, uma adaptação.

Desta forma, segundo “Ceitil, em 2007”,para que se adquiram essas dimensões

cada individuo deve compreender os seguintes componentes:

Projeto de vida e de carreira


1. O curso e a formação adquirida como no núcleo organizador do projeto de

vida;
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 Hoje em dia cerca de 80 milhões de trabalhadores na União Europeia têm sérias

carências em matéria de qualificação profissional;

 15% dos jovens continuam a abandonar o ensino numa fase precoce;

 20% continuam a revelar sérias dificuldades na leitura;

 Cerca de 77% de jovens entre os 18 e os 24 anos de idade concluem o ensino

secundário.

Estes números persistemente elevados fazem com que a grande maioria dos países

manifestem a sua inquietação, sublinhando a importância da participação no mercado de

trabalho e do papel do ensino e formação profissional para garantir a inclusão social.

2. O projeto de vida como integração dinâmica e assente na responsabilidade

pessoal.

Tal como podemos perceber, todos aqueles que já atingiram a maturidade

vocacional são capazes de desenvolver o sentimento e que têm alguma espécie de

controle sobre as suas vidas, e que estão conscientes das suas limitações e

potencialidades. Assim, olhamos para a construção do projeto de vida.

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