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Profissional Documentos
Cultura Documentos
.......................................................................
e Cidadania
..............................................
Claudio Oliveira
Gerente de Marketing e Relacionamento
Paulo Vieira
Gerente Socioeducacional
Kelly Cotosck
Coordenadora de Desenvolvimento Social
Gimena Garcia
Coordenadora de Regulatório e Planejamento
Barbara Monteiro G. de Campos
Analistas de Inovação e Conteúdo
Fernanda Dobashi de Oliveira, Gustavo Schleder, Lauzenir Fragoso,
Marli Glenda Souza da Silva e Patrícia Sant’Ana
Coordenação Editorial
Kelly Cotosck e Barbara Monteiro G. de Campos
Autores
José Ricardo Cereja
Hugo Mósca
Leandro Jardim
ISBN 978-85-64987-44-9
2
Jovem, bem-vindo ao Espro!
Sobre o Espro
O Espro – Ensino Social Profissionalizante – é uma organização sem
fins lucrativos, fundada em 1979 por iniciativa do Rotary Club, que atua na
capacitação profissional e inclusão de jovens no mundo do trabalho. Tem como
missão promover essa inclusão por meio de ações socioeducativas e, por
essência, viabilizar a transformação social não só dos jovens, mas também das
suas famílias e comunidades, que é o grande diferencial do Espro em relação às
outras entidades certificadoras no Programa de Aprendizagem.
O Jovem e o Espro
Acreditamos que a capacitação é o melhor caminho para transformar vidas
e que você, Jovem, é protagonista da sua história! Investir no desenvolvimento
das suas competências, habilidades, valores e atitudes será o grande diferencial
na sua evolução profissional e pessoal.
Conte conosco!
Equipe Espro
Capítulo 1
Sumário
Capítulo 1 ........................................................................... 06
Capítulo 2 ........................................................................... 24
Capítulo 3 ........................................................................... 42
Capítulo 4 ........................................................................... 58
Capítulo 5 ........................................................................... 74
Capítulo 6 ........................................................................... 92
Capítulo 7 ........................................................................... 112
Capítulo 8 ........................................................................... 126
Capítulo 9 ........................................................................... 142
Capítulo 10 ......................................................................... 158
5
6
Introdução
Empreendedoorismo
à Administração
1
Mundo do Trabalho
e Cidadania
objetivos do capítulo
Neste capítulo, você irá:
entender como a visão pessoal de futuro influenciará a sua carreira;
refletir sobre como o trabalho pode transformar um indivíduo;
aprender o que é marketing pessoal e como utilizá-lo em seu benefício
de forma adequada;
receber dicas de como elaborar um currículo;
compreender o que são e qual é a importância das normas e
procedimentos nas empresas.
7
1
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
1. A importância do autoconhecimento
8
Capítulo 1
1.2 MARKETING PESSOAL, ENTREVISTA E APRESENTAÇÕES
Vista-se
adequadamente
Apareça
Seja inspirador
Marketing
pessoal Desenvolva o “discurso
de elevador”
Resolva problemas
Fonte: Mósca (2018).
9
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
10
Capítulo 1
1.3 A COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA: ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL,
CADEIA PRODUTIVA E NOVAS PROFISSÕES
11
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
12
Capítulo 1
área de atuação, alternativas de ocupação dentro da profissão e podem
auxiliá-lo a amadurecer, de forma mais adequada, sua visão de futuro
profissional, possibilidades, riscos e maneiras de atingir seus objetivos.
Quando pensa na carreira de músico, por exemplo, invariavelmente o
jovem visa somente a ser um popstar, fazendo sucesso e conquistando
rendas com seu trabalho autoral. Contudo, as oportunidades de carreira
nessa cadeia produtiva vão muito além; na verdade, um percentual mínimo
alcança esse nível. A Figura 1.2 sobre a cadeia produtiva da música revela,
para cada elemento, oportunidades variadas de trabalho no setor.
Professores
de música
Indústria fonográfica
Estúdios Internet
(edição musical)
Público
Publicidade
Crítica musical
Apresentação Patrocinadores
Intérpretes musical
Compositores
Produtores
culturais
Instrumentos musicais e
equipamentos de aúdio Técnicos de áudio e
assistentes de palco e
bilheteria
13
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
14
Capítulo 1
(também devido ao momento de incerteza pelo qual o Brasil está
passando, pois essas funções visam à redução dos riscos de influências
externas na empresa).
©Shutterstock/Daniela Barreto
15
Figura 1.3: Diretrizes para a elaboração de currículo
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Apresente as informações
nesta ordem:
1. NOME, ENDEREÇO (não pre-
cisa colocar seu endereço
completo, mas é importante
ter ao menos o bairro onde
mora) e CONTATOS (telefones,
endereço de email e contas
de LinkedIn e Facebook, caso
apropriado);
2. OBJETIVO (específico para o
cargo ao qual está aspirando);
3. ESCOLARIDADE;
4. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
descreva-as em ordem crono-
lógica, começando pela mais
recente.
16
2
Capítulo 1
2. Ingressando no mundo do trabalho
Pronto! Você conseguiu um emprego. E agora, o que fazer? Nesta
seção, você verá informações importantes e úteis sobre diversos aspectos
do mundo dos negócios, principalmente para um marinheiro de primeira
viagem no universo do trabalho.
17
Figura 1.4: Fluxograma do processo de admissão de pessoas
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Contratar
novo Não Foi
funcionário autorizado?
Solicitar Sim
autorização
para efetuar
Contactar admissão
funcionário
Sim
Gerar
documentos Informar
admissionais demais
departamentos
PWA
18
Capítulo 1
produzem fluxos mais complexos (com maior número de formas e
detalhes, mas mais difíceis de serem elaborados); outras, mais simples.
A Figura 1.5 elenca as formas mais comuns.
Conector
Processo Operação
predefinido manual
Documento
3
3. Gestão e administração do tempo
19
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
20
4
4. Voluntariado nas organizações
Capítulo 1
Muitas empresas possuem uma área de responsabilidade social
ou ambiental, uma fundação ou uma divisão de sustentabilidade que
promove ações filantrópicas e ações de voluntariado diversas. Há vários
benefícios dessa prática. Veja alguns a seguir.
21
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
22
Em resumo...
Capítulo 1
O autoconhecimento é o primeiro
passo para o sucesso tanto na vida
pessoal quanto na vida profissional.
23
24
Introdução à Administração
2
Mundo do Trabalho
e Cidadania
objetivos do capítulo
25
1
1. Direitos e deveres dos cidadãos
Conhecendo seus direitos e deveres
26
Capítulo 2
Figura 2.1: Direitos e
deveres constitucionais
DIREITOS DEVERES
SOCIAIS POLÍTICOS SOCIAIS POLÍTICOS
• Educação • Direito ao voto • Educar e proteger • Voto obrigatório
• Moradia • Direito de o semelhante • Participação nas
• Saúde candidatar-se a • Proteger a eleições quando
• Previdência cargo eletivo natureza convocado
• Trabalho • Respeitar os
direitos
• Direito de ir e vir ECONôMICOS do próximo ECONôMICOS
• Defesa do • Pagar impostos
CIVIS consumidor • Cobrar a emissão
• Igualdade • Livre CIVIS de notas fiscais
perante a lei concorrência • Respeito às • Fiscalizar práticas
• Liberdade de • Defensoria diferenças (raça, econômicas
expressão pública credo, cor, opção abusivas
sexual)
• Cumprimento do
serviço militar
• Colaborar com as
autoridades
Fonte: Cereja (2018).
27
Conhecendo seus direitos e deveres
Quadro 2.1: Grupos que compõem o patrimônio cultural
Por exemplo: o mobiliário urbano (os sítios pai- Por exemplo: um estilo musical (como a
sagísticos de Burle Marx), os conjuntos arqui- Bossa Nova e a MPB), a culinária de de-
tetônicos (as igrejas históricas espalhadas por terminada região (como a feijoada) ou
todo o país), peças de escultura (as obras de uma dança típica (como o forró).
Aleijadinho), pinturas (os quadros de Anita Mal-
fatti, Di Cavalcanti e outros artistas plásticos
brasileiros) e fotografias (a obra do fotógrafo
Sebastião Salgado).
28
Capítulo 2
1.5 PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL
29
2
Conhecendo seus direitos e deveres
2. Direitos Humanos
O que são Direitos Humanos e que princípios universais regem es-
tes direitos?
Segundo as Nações Unidas, “Direitos Humanos são os direitos e
liberdades básicas de todos os seres humanos. Seu conceito também
está ligado com a ideia de liberdade de pensamento, de expressão, e a
igualdade perante a lei” (ONU BR, 2018, s/p.).
A Declaração Universal dos Direitos Humanos está fundamentada em
três grandes princípios, conforme a Figura 2.2.
30
Capítulo 2
2.1 PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS
3
3. Cidadania e direitos do jovem
Para que uma sociedade mais igualitária seja possível, os jovens
devem estar no centro das diretrizes para a promoção dos direitos
humanos e da cidadania.
As três iniciativas que você verá a seguir o ajudarão a entender os
direitos e deveres envolvidos na formação do jovem profissional.
32
Capítulo 2
Nos termos do Estatuto e também da Convenção da ONU de 1989
sobre o mesmo tema, criança é todo menor de 12 anos de idade, e
adolescente entre 12 e 18 anos de idade.
O ECA tem uma grande abrangência, abordando desde a convivência
familiar e comunitária até medidas socioeducativas a serem adotadas nas
infrações cometidas por jovens.
33
3.3 RELAÇÕES DE TRABALHO E O JOVEM APRENDIZ
Conhecendo seus direitos e deveres
34
•• é proibido trabalho noturno – de 22h às 5h – para jovens aprendizes;
Capítulo 2
•• o jovem aprendiz pode exercer praticamente qualquer atividade desde
que acompanhado por um monitor que coordenará suas tarefas
conforme o programa de aprendizagem da empresa;
•• há trabalhos proibidos para jovens, previstos no Decreto no 6481 de
2008, que busca reprimir o trabalho infantil. Entre eles, atividades da
agricultura, pecuária, indústria e trabalho doméstico, que colocam em
risco a sua integridade e saúde, bem como atividades que exijam a
manipulação de objetos monetários.
4
4. Legislação do mundo do trabalho – direitos trabalhistas
Há inúmeras leis cujo objetivo é a garantia e preservação dos direitos
dos trabalhadores.
Em linhas gerais, os direitos trabalhistas se organizam em torno de
três elementos principais: o empregado, o empregador e o contrato entre
os dois. Boa parte das regras que regem esta relação estão na CLT. Veja
alguns exemplos a seguir.
35
••
Conhecendo seus direitos e deveres
4.2 APOSENTADORIA
36
Capítulo 2
Figura 2.4: Tipos de aposentadoria até 2017
APOSENTADORIA ESPECIAL
A aposentadoria especial é concedida a profissionais que lidam com situações
de risco comprovado à saúde por exposição a produtos químicos, ambientes
inóspitos, radiação etc.
37
Conhecendo seus direitos e deveres
38
Capítulo 2
que devem ser remuneradas de acordo com a convenção coletiva da
categoria profissional do empregado. Muitas empresas adotam o recurso
do banco de horas para administrar de forma mais dinâmica e flexível a
compensação das horas extras trabalhadas.
Entende-se como jornada de trabalho inclusive os horários de descan-
so, intervalos e faltas, embora os intervalos não sejam remunerados. O
descanso semanal, porém, é remunerado.
O trabalhador pode ser contratado para um emprego com jornadas
diárias fixas semanais de trabalho, sendo remumerado por mês
(mensalista). Ele pode ainda ser remunerado por hora de trabalho (horista).
Há atividades que devem ser desempenhadas continuamente e,
por isso, precisam ser feitas em escalas distribuídas entre os dias para
o cumprimento da jornada. A CLT protege o trabalhador em relação
ao possível desgaste provocado pela exaustão do trabalho contínuo,
regulamentando as escalas. As principais modalidades de escala podem
ser observadas no Quadro 2.2.
39
Conhecendo seus direitos e deveres
40
Em resumo...
Capítulo 1
A cidadania depende do conheci-
mento sobre direitos e deveres.
41
42
Introdução à Administração
3
Mundo do Trabalho
e Cidadania
Políticas públicas
O que significa dizer que algo é público? Será que sempre tem a ver
com governo e Estado? E políticas públicas, o que serão?
Nos tópicos a seguir, essas questões serão abordadas, bem como
noções básicas sobre documentos pessoais, os órgãos que protegem
os cidadãos e o papel do Estado na segurança pública. Serão tratados
ainda temas como ética, moral e suas implicações em nossas condutas
e convivências.
O capítulo será fechado com uma reflexão sobre a importância da
boa educação no trânsito e como juventude e cidadania se relacionam no
século XXI.
objetivos do capítulo
43
1
1. Políticas públicas
políticas públicas
44
Capítulo 3
Cadastro de Pessoa Física (CPF) Carteira de Trabalho e Previdência
Social (CTPS)
Identifica o cidadão junto à Receita
Federal. Embora não seja de porte Registra todo o histórico da relação entre
obrigatório, é comumente solicitado em empregador e empregado, garantindo
diversas situações (abertura de conta em assim os direitos trabalhistas (FGTS e
banco, compra e venda de bens etc.). Previdência Social).
Título de Eleitor
Comprova que o cidadão está registrado Passaporte
na Justiça Eleitoral e permite sua
participação na vida política do país, sendo
Obrigatório para todo cidadão que deseja
obrigatório para pessoas com idade entre
fazer viagens internacionais.
18 anos e 70 anos. É exigido em situações
de eleição, assinatura de contratos,
aquisição de outros documentos (como o
passaporte, por exemplo), participação em
concursos públicos etc.
Fonte: Cereja (2018).
45
políticas públicas
46
Capítulo 3
O respeito ao atendimento prioritário ou preferencial é um exercício
de cidadania. É preciso consciência do papel de cada um para que as
pessoas possam ter seus direitos respeitados.
2
2. Princípios e fundamentos da moralidade
47
políticas públicas
48
Capítulo 3
// Epicurismo > ao contrário do estoicismo, o epicurismo é uma filosofia
que defende que a realização e a felicidade plena do homem está
na busca por prazeres terrenos, desde o amor até bens materiais,
passando pelo sexo e pela amizade. O Epicurismo foi criado pelo
filósofo grego Epicuro também no século IV a.C.
49
Figura 3.2: As três correntes da ética na atualidade
políticas públicas
ética
A moralidade do dever
O homem tem autonomia para seguir os
valores morais em função da sua noção do
que é correto a fim de manter a ordem e
cumprir com seu dever.
50
Capítulo 3
A moralidade como aptidão para resolver conflitos
Como uma moralidade do direito, tanto para a
solução de conflitos individuais quanto coletivos, a
racionalidade é direcionada para a tomada de decisão
pelo indivíduo por meio do diálogo.
51
políticas públicas
3
3. Educação no trânsito
52
Capítulo 3
O Detran é o ente que fiscaliza o trânsito nos estados, determinando
as normas que os condutores de veículos devem seguir e executando
avaliações para que eles obtenham a Carteira Nacional de Habilitação.
Por sua vez, o Denatran tem atribuições semelhantes às do Dentran, mas
em nível nacional.
53
políticas públicas
Não dê alimentos
Ao contrário do que muita gente pensa, não é adequado fornecer alimentos (sólidos ou
líquidos) a vítimas de acidentes de qualquer tipo, pois não se conhece seu estado de saúde.
54
Capítulo 3
Telefones úteis para situações de emergência:
Bombeiros: 193
Polícia Militar: 190
Defesa Civil Estadual: (11) 2193.8888
Polícia Civil: 197
Disque Denúncia: 181
4
4. Protagonismo juvenil e cidadania
55
políticas públicas
56
Em resumo...
Capítulo 1
Público é tudo que interessa coleti-
vamente à sociedade.
Os documentos oficiais servem
para garantir nosso acesso aos direi-
tos de todo cidadão.
57
58
Introdução à Administração
4
Mundo do Trabalho
e Cidadania
Diversidade cultural
O que é cultura? Como a diversidade cultural afeta a vida das pessoas?
Qual é o impacto de questões de gênero, raça e religião no ambiente
profissional? O que significa exclusão social? A inclusão social pode ser
boa para as empresas?
Neste capítulo, você verá os significados de cultura, diversidade e
inclusão social, com ênfase na importância desses temas para o nosso
desenvolvimento pessoal e profissional. Em um mundo marcado pela
velocidade da comunicação e encurtamento das distâncias, imagine
como é grande o impacto da diversidade cultural na vida das pessoas. E
qual então deve ser o seu papel como cidadão quando os ambientes em
que transita se tornam cada vez mais variados e multiculturais?
Ao longo do capítulo, você perceberá por que esses temas são tão
urgentes no mundo de hoje e descobrirá ainda como os países e as
empresas propõem lidar com tudo isso. Por fim, você verá resumidamente
como o Brasil tem abordado esse assunto.
objetivos do capítulo
Neste capítulo, você irá:
conhecer algumas das definições de cultura;
entender o conceito de multiculturalismo, suas origens e manifestações;
refletir sobre a importância da diversidade cultural no mundo do trabalho;
compreender a natureza dos conceitos de inclusão e exclusão social;
obter noções gerais sobre as políticas públicas para a diversidade no Brasil;
refletir sobre a questão da diversidade cultural para a juventude.
59
1
Diversidade cultural
60
Capítulo 4
às crenças de determinada população. Nesse caso, o termo cultura
representaria a maneira como determinados grupos pensam a vida em
sociedade e o conhecimento que produzem a partir disso.
61
Diversidade cultural
62
Capítulo 4
// Ação afirmativa > expressão de origem norte-americana, cunhada
na década de 1960, para lidar com questões raciais no país. Uma
ação afirmativa significa uma política específica para favorecer
os membros de um grupo desfavorecido que sofreu algum tipo de
discriminação no passado.
©Shutterstock
essas diferenças podem ser objeto de
preconceito, influenciando assim as re-
lações profissionais. Como consequên-
cia, o desempenho das organizações é
também diretamente afetado.
O aumento da diversidade cultural
no trabalho traz novos desafios para
empresas e instituições. Muitas vezes,
mesmo com práticas formais já estabe-
lecidas, os indivíduos podem vivenciar
situações de desconforto ou precon-
ceito. Por outro lado, o convívio com a
63
2
Diversidade cultural
64
Capítulo 4
A promoção da inclusão social vem se tornando um tema
relevante para praticamente todas as esferas do poder público, assim
como para a governança de instituições e empresas. Deve-se ter em
mente, porém, que as causas da exclusão social não são as mesmas para
cada grupo marginalizado. Os preconceitos enfrentados pelos imigrantes,
por exemplo, têm origens e consequências distintas daqueles sofridos
pelas mulheres no mercado de trabalho.
Exclusão
s
SEPARAÇÃO
s
integração inclusão
65
3
3. Políticas públicas para a diversidade
Diversidade cultural
66
Capítulo 4
3.1 A LEGISLAÇÃO PARA A DIVERSIDADE
67
4
Diversidade cultural
4. Juventude e diversidade
Diversidade humana
68
Capítulo 4
Quando se fala em diversidade e juventude, o que está em jogo, portanto,
é a garantia de que os jovens tenham oportunidades iguais de acessar seus
direitos. E isso sem que se defrontem com preconceitos de cor, orientação
sexual, capacidade ou condição econômica, por exemplo. No Estatuto da
Juventude, a diversidade é tratada como um direito dos jovens. Cabe ao
poder público implantar medidas governamentais que garantam os direitos
fundamentais à juventude e que capacitem os profissionais de educação
para a promoção desses valores. A inclusão social na juventude ocupa um
papel de destaque nas Diretrizes Curriculares Nacionais.
69
Diversidade cultural
70
Capítulo 4
4.1.2 Gênero
Tradicionalmente, as discussões de gênero dizem respeito às
distinções entre os gêneros masculino e feminino. É um conceito que, em
sua origem, faz referência a diferenças biológicas. Ao longo da história,
o desenvolvimento da sociedade ocidental foi criando uma relação
hierárquica entre esses dois gêneros, pregando a superioridade masculina
sobre a feminina. No entanto, desde meados do século passado, o
feminismo tem denunciado e combatido as diferenças de tratamento
baseadas no gênero. Trata-se de um movimento com pautas amplas
que vão desde as conquistas do direito ao voto até a equiparação de
salários no mercado de trabalho. Nas últimas décadas, surgiram e se
multiplicaram movimentos baseados em outras questões de gênero. Além
dos programas feministas, estão também em pauta as lutas pelos direitos
de indivíduos com distintas e diversas orientações sexuais, como gays,
lésbicas e indivíduos transgêneros.
71
Diversidade cultural
72
Em resumo...
Capítulo 1
A cultura, em sua concepção antropo-
lógica, pode indicar tanto os costumes e
práticas dos povos quanto o conjunto do O multiculturalismo indica a convivên-
conhecimento por eles produzidos. cia de diferentes povos e culturas num
mesmo espaço ou ambiente, como por
exemplo o mercado de trabalho.
73
74
Introdução à Administração
5
Mundo do Trabalho
e Cidadania
objetivos do capítulo
75
1
1. Globalização e o mercado de trabalho
conhecendo o mundo do trabalho
76
Capítulo 5
Pense em um exemplo prático relacionado ao produto abacaxi. Cada
fruta tem um período certo do ano para amadurecer e, nessa época,
elas são oferecidas em abundância. Quando está no tempo do abacaxi,
encontram-se mais pessoas vendendo a fruta e, com isso, é estabelecida
uma concorrência. Os preços, por conta do aumento da oferta, tendem
a ficar baixos e o consumidor se beneficia disso. Quando passa o tempo
do abacaxi, não há mais tanta disponibilidade e apenas uns poucos
comerciantes conseguem a fruta para venda. Com a procura maior do que
a oferta, os preços acabam subindo. Veja na Figura 5.1.
s
PROMOÇÃO PROMOÇÃO
77
conhecendo o mundo do trabalho
78
Capítulo 5
Atualmente, buscam-se soluções para equilibrar antigas práticas ainda
vigentes (hierarquia, controle do tempo do trabalhador, remuneração fixa
etc.) com os modelos emergentes de trabalho (feedback, flexibilidade de
horário, remuneração por produtividade, participação nos lucros etc.).
79
conhecendo o mundo do trabalho
80
2
2. O trabalho no contexto da criança e do adolescente
Capítulo 5
A ocupação dos jovens em atividades que contribuam com sua
formação humana, cidadã, familiar e profissional é um assunto de
grande importância. Segundo a Organização Internacional do Trabalho
(OIT), os jovens na América Latina representam três vezes mais o
número de desempregados do que os adultos. Além disso, parte desses
jovens (22 milhões entre 15 e 24 anos) formam o que se denominou
geração nem-nem, pois nem estudam e nem trabalham. Esses dados
preocupantes estão no relatório da OIT World Employment Social Outlook
Trends, publicado anualmente, resultado do monitoramento no período
das tendências de empregabilidade.
Aqui no Brasil, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) de 2016, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
mostram que jovens entre 18 e 24 anos representam cerca de 24% do
número de desempregados do país.
A prioridade para a criança e o adolescente brasileiros deve ser a
educação. Eles devem frequentar a escola, cursos de formação técnica
e outros que lhes forneçam as condições necessárias para enfrentar
os desafios do mundo do trabalho. Qualquer atividade laboral fora dos
padrões dispostos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pode
configurar trabalho escravo ou infantil, caracterizando crime.
81
conhecendo o mundo do trabalho
3
3. Empregabilidade
82
Capítulo 5
Figura 5.2: Efeitos do networking
83
conhecendo o mundo do trabalho
84
Capítulo 5
3.2 ATENDIMENTO AO PÚBLICO
3.3 TELEMARKETING
85
conhecendo o mundo do trabalho
86
Quadro 5.2: Funções e atribuições dos profissionais de telemarketing
Capítulo 5
Operador de Operador de teleatendimento ativo (telemarketing), teleoperador ativo
telemarketing ativo (telemarketing).
Operador de
Operador de teleatendimento híbrido (telemarketing), operador de te-
telemarketing lemarketing (operações híbridas), teleoperador de marketing (híbrido).
ativo e receptivo
4
4. Mercado de trabalho
87
conhecendo o mundo do trabalho
Analítico,
Explorar e Persuadir
inteligente, cético,
entender Conhecimento e Inteligente e os demais
Investigador mais habilidades
coisas e aprendizagem. introvertido. ou vender
acadêmicas que
eventos. coisas.
sociais.
Aberto a
Ler livros,
experiências,
atividades Ideias criativas, Incomum,
inovador, intelectual, Rotinas e
Artístico artísticas, emoções, desorganizado
mais habilidades regras.
musicais e sentimentos. e criativo.
criativas que
escritas.
mecânicas.
88
Capítulo 5
Tipo Gosto Valores Como se vê Como é visto Evita
Compreensivo
Ajudar,
e paciente com
ensinar, tratar, Trabalho para o Atividades
sentimentos alheios, Útil, agradável
Social aconselhar, bem-estar dos mecânicas
mais habilidades e bem disposto.
servir aos demais. e técnicas.
sociais que
demais.
mecânicas.
Líder, condutor.
Persuadir Tópicos
Dinheiro e status Mais habilidade Energético,
Empreendedor e dirigir os científicos ou
social. persuasiva que articulado.
demais. intelectuais.
científica.
Disciplinado,
Atingir obje- Dinheiro e ocu- Cuidadoso
coerente. Mais Trabalhos sem
Convencional tivos claros, pações comer- seguidor de
habilidades técnicas direção clara.
disciplina. ciais ou políticas. regras.
que artísticas.
89
conhecendo o mundo do trabalho
que têm surgido e ainda estão por vir. São profissões voltadas às neces-
sidades de uma sociedade que enfrentará desafios em diversas áreas.
É importante estar atento a esse novo mundo profissional e se preparar
para ele. Muitas profissões já deixaram de existir, outras estão também
ameaçadas de desaparecer dando lugar a novas funções e ocupações.
Esse novo cenário tem relação com temas como sustentabilidade, meio
ambiente, energia, inovação, inteligência artificial e muitos outros.
Veja na Figura 5.3 previsões sobre as profissões que estão por surgir.
90
Em resumo...
Capítulo 1
A tecnologia transforma o mundo e
o mercado de trabalho, fazendo com VAGA
que as pessoas estejam sempre aten- S
tas às tendências.
A lei da oferta e da procura se
aplica também ao mercado de trabalho
e à disponibilidade maior ou menor de
vagas e candidatos.
91
92
Introdução à Administração
6
Mundo do Trabalho
e Cidadania
Que missão de vida você tem para si? Que tipo de legado pretende
deixar para as pessoas com quem convive – família, amigos, pessoas ao
redor? Como você se imagina daqui a três, cinco, 10, 20 anos?
Muitas pessoas simplesmente deixam a vida fluir, sem nenhuma
organização, sem nenhum planejamento. Vivem a vida como se não houvesse
amanhã. Para algumas isso pode até dar algum resultado, mas é muito raro.
Definir suas metas é o primeiro passo para o sucesso na vida e na carreira.
Isso porque nossa mente funciona em torno daquilo que mais desejamos.
Nos tópicos a seguir, você aprenderá a identificar metas a fim de
desenvolver seu planejamento de vida e carreira. Além disso, conhecerá
noções básicas sobre concursos públicos, planos de negócio,
empreendedorismo, formas alternativas de geração de renda e a
importância da criatividade e da inovação em sua trajetória profissional.
objetivos do capítulo
93
1
1. Projeto de vida e carreira
planejando a carreira e desenvolvendo o empreendedorismo
94
Capítulo 6
Aproveite os ambientes e as relações que você possui para fazer um
levantamento que ajude na sua escolha, levando em conta também seus
interesses e sua vocação. A família, os amigos e a escola são fontes
importantes onde buscar informações e questionamentos sobre os pontos
positivos e negativos de cada profissão. Mais ainda, procure conversar
com quem já está no mercado na área em que você tem interesse.
Acima de tudo, lembre-se: a escolha profissional é apenas sua, de
mais ninguém. Ouça as opiniões mas não as tome como determinações
para o seu futuro. Só você sabe o que realmente move seu interesse, sua
autoestima e sua força de realização.
Quando o jovem se sente muito perdido, mesmo depois de seguir
muitos desses passos, pode ainda recorrer aos serviços de orientação
vocacional conduzidos por profissionais especializados em entender os
conflitos, aplicar testes que dão clareza sobre suas aptidões e desenvolver
planos de ação para auxiliá-lo a atingir seus objetivos. Além desses
serviços, os profissionais de Coaching também vêm atuando nessa área,
auxiliando as pessoas, inclusive os jovens, a identificar e realizar seus
projetos de vida.
95
planejando a carreira e desenvolvendo o empreendedorismo
7 Convocação
dos aprovados.
6
Divulgação da lista de
aprovados e homologação
do concurso.
96
Capítulo 6
No Brasil, a carreira pública tem regras, orientações e normas regidas
pelo Estado, estados da federação e municípios, ou seja, os governos
desses três níveis passam a empregadores do indivíduo que se tornar
um servidor público mediante aprovação no concurso. O serviço público
é regido por leis específicas, com diferenças significativas em relação às
regras que regulam o emprego nas empresas privadas.
Um dos principais papéis do Estado, estados federativos e municípios
é atender às demandas dos cidadãos com a prestação de serviços de
interesse coletivo. Em função disso, esses níveis de governo regulam as
atividades do servidor atribuindo a ele direitos e deveres que garantam a
qualidade da prestação dos serviços públicos.
O servidor público é o profissional que exerce função em algum órgão ou
autarquia pública, tendo o compromisso de atender à população. Ele é um
empregado que atua na esfera, federal, estadual ou municipal.
O serviço público segue algumas diretrizes:
97
planejando a carreira e desenvolvendo o empreendedorismo
98
Capítulo 6
Uma pesquisa estadunidense, realizada entre 1979 e 1989 com
alunos da Universidade de Harvard, apontou que apenas 3% dos alunos,
formandos de um MBA, estabeleceram metas para seu futuro; outros
13% tinham alguma ideia de onde queriam chegar, mas nada anotado; e
os 84% restantes só queriam terminar o curso. Dez anos depois, em 1989,
os pesquisadores retornaram a esse mesmo grupo e os entrevistaram
novamente. O resultado? Os 3% que tinham metas bem definidas
alcançavam ganhos cerca de 100% maiores do que os dos outros juntos
(97%). E aqueles 13% que tinham alguma meta ainda que não escrita
ganhavam mais de 80% do que aquela maioria que não tinha qualquer
meta definida.
99
planejando a carreira e desenvolvendo o empreendedorismo
Estabeleça metas
2 Dividir os objetivos em metas parciais ajuda na realização mais rápida
dos grandes objetivos por meio de pequenas conquistas.
Tenha foco
3 Não tente fazer tudo ao mesmo tempo. Faça escolhas com consciência
para aproveitar ao máximo os resultados dos seus estudos.
Estude um idioma
8 Além de aprender algo novo e obter vantagem competitiva no mercado,
dominando outro idioma você entra em contato com outra cultura e
abre a mente para novas possibilidades.
100
2
Capítulo 6
2. Perfil empreendedor e formas alternativas de
geração de trabalho e renda
101
planejando a carreira e desenvolvendo o empreendedorismo
102
Capítulo 6
Aprender a empreender é uma ação conectada com a experiência.
Apesar de haver mais ações sobre educação empreendedora no ensino
superior, já existem iniciativas que se movem em direção às crianças e
adolescentes, fazendo do empreendedorismo tema no ensino fundamen-
tal e médio.
103
Figura 6.3: Sugestões para desenvolver o empreendedorismo
planejando a carreira e desenvolvendo o empreendedorismo
1 2
Tenha metas bem definidas Desenvolva seu senso crítico
Tudo começa com Nem toda ideia resulta
propósito e organização. em um bom negócio.
3 4
Invista em pesquisa Entenda o seu negócio
Muitas pessoas desenvolvem ideias Um dos grandes erros de muitos empreen-
acreditando apenas na qualidade do que dedores é se envolverem com negócios dos
foi pensado, sem se preocupar se quais não têm nenhum conhecimento, seja
a mesma solução ou outra similar já por formação ou seja por experiência.
existe no mercado.
5 6
Tenha parceiros Valorize as pessoas
Trabalhe com quem acredita nas suas
ideias e valorize esses profissionais.
Construa uma boa equipe com bons
Estimule o espírito empreendedor neles
sócios e profissionais.
também incentivando sua criatividade e
geração de ideias.
7 8
Desenvolva a liderança Seja realista em relação às suas ideias
Inspire as pessoas que trabalham Muitos empreendedores se perdem em
com você a colaborarem com o meio à vaidade e empenham esforços para
atingimento das metas. ideias que não terão sucesso no mercado.
104
Capítulo 6
9 10
Seja ágiL Invista em tecnologia
Enquanto você formula uma ideia, um A tecnologia é uma excelente aliada
projeto inovador, tenha certeza de que em do empreendedor, pois há inúmeras
algum outro lugar alguém identificou o soluções tecnológicas para cada etapa de
mesmo problema que você e também está construção de um negócio.
gerando uma solução para ele.
105
planejando a carreira e desenvolvendo o empreendedorismo
106
Capítulo 1
Um plano de negócios é composto da seguinte forma:
1. Capa e Resumo
Síntese geral do plano de negócios.
2. Sumário executivo
Síntese explicativa de cada uma das partes que compõem o plano de negócios.
3. Planejamento estratégico
Indica quais serão as ações, cronograma de execução, análise das possibilida-
des e potencial do negócio, metas etc.
6. Análise de mercado
Análise da concorrência, riscos do negócio e aspectos externos.
7. Plano de marketing
Apresenta que canais, estratégias de comunicação e vendas, precificação etc.
serão empregados.
8. Plano financeiro
Apresenta os números atuais e os projetados para a empresa, o plano de cres-
cimento, lucro previsto, investimentos, prazo de retorno etc. É uma das partes
mais importantes do plano de negócios e deve ser muito bem elaborada.
107
planejando a carreira e desenvolvendo o empreendedorismo
108
Capítulo 6
É importante que a missão, a visão e os valores sejam construídos
com a participação dos profissionais estratégicos da empresa. Dessa
forma, as diferentes percepções contribuirão para as declarações desses
elementos de forma mais consistente, refletindo a experiência de todos.
©Shutterstock/Daniela Barreto
109
planejando a carreira e desenvolvendo o empreendedorismo
110
Em resumo...
Capítulo 1
Nossa formação é a soma de nos-
sas experiências familiares, escolares
e profissionais.
Ao escolher nossa profissão, deve-
mos considerar nossos gostos e inte-
resses e pesar opiniões e objetivos.
O empreendedorismo é um cami-
nho que pode transformar profunda-
mente tanto o indivíduo quanto a so-
ciedade à sua volta.
111
112
Introdução à Administração
7
Mundo do Trabalho
e Cidadania
Mundo corporativo
Como agir no mundo do trabalho? Que atitudes são adequadas para
quem deseja impactar de maneira positiva tanto colegas quanto gestores?
E como lidar com as hierarquias e as regras de uma organização?
Ambientes mais colaborativos são possíveis?
Sua postura na vida e no trabalho tem grande importância. Como
profissional, você é percebido de acordo com uma série de referências
relacionadas à empresa em que trabalha e à função que exerce. É dessa
forma que você vai construindo sua imagem profissional, baseada no que
você faz, fala e em como se expressa. Estar atento aos códigos e às boas
práticas corporativas é fundamental para que a imagem seja positiva!
Os próximos tópicos abordam os temas gestão colaborativa, políticas
organizacionais, importância da hierarquia e de características como
resiliência e assertividade. Também apresentam orientações sobre
relacionamento interpessoal no trabalho e comportamentos adequados e
inadequados nesse ambiente.
objetivos do capítulo
Neste capítulo, você irá:
entender o que é gestão colaborativa;
aprender sobre políticas organizacionais;
compreender a importância da hierarquia;
conhecer os tipos de servidores públicos.
113
1
1. Gestão colaborativa
Mundo corporativo
114
Capítulo 7
A gestão colaborativa traz ganhos claros tanto para a empresa quanto
para os profissionais por proporcionar oportunidades de atuação com
transparência, entendimento das dificuldades e dos potenciais. Esse
processo, baseado em relações horizontalizadas, tem como foco a
verticalidade do grupo, sem perder de vista o alinhamento de todos com
o propósito, a missão, a visão e os valores da empresa.
Esse modelo difere das gestões tradicionais, em que prevalecem
a hierarquia e o poder dos cargos, criando barreiras à comunicação e à
colaboração e fazendo com que os líderes sejam figuras pouco acessíveis e
para as quais é difícil contribuir com ideias, sugestões, críticas e inovações.
Veja no Quadro 7.1 uma comparação das características desses dois
modelos de gestão.
Estrutura de decisão estritamente vertical. Prevalece Estrutura de decisão vertical e horizontal. Prevalece
a hierarquia. a comunicação.
Ideias e sugestões são comunicadas por canais for- Ideias e sugestões são comunicadas tanto pelos
mais (memorandos, reuniões com pautas preestabe- canais formais quanto por canais informais, estimu-
lecidas etc.). lando a criatividade no ambiente de trabalho.
Os maus resultados costumam ser atribuídos a cul- Os pontos em que o time falhou são analisados a
pados; apenas os líderes são premiados pelos bons fim de prover melhorias; todos são premiados pelos
resultados. bons resultados.
As diretrizes são revisadas anualmente, de acordo O feedback contínuo, individual e coletivo é a fonte
com as políticas internas. da revisão das práticas.
115
2
Mundo corporativo
Uniformidade
Continuidade
2 Dar direção e convergência à tomada de decisões.
Sistema de comunicação
116
Capítulo 7
As políticas organizacionais influenciam diretamente na formação da
cultura da empresa, uma vez que determinam procedimentos e compor-
tamentos. E políticas mal-elaboradas podem impactar negativamente a
produtividade e o alcance de resultados da organização como um todo.
3
3. Identidade profissional: percepção, impressão e
imagem profissional
117
Mundo corporativo
4
4. Relações interpessoais no ambiente de trabalho
118
Capítulo 7
4.1 IMPORTÂNCIA DA HIERARQUIA
119
Quadro 7.2: Atitudes e comportamentos que as empresas valorizam
Mundo corporativo
Respeito Organização
Respeite as pessoas dentro e fora da De nada adianta ser uma pessoa de ótimo
empresa, presencialmente e também nas trato no ambiente de trabalho se você
redes sociais. não consegue dar respostas rápidas às
solicitações e cumprir prazos. A organização
é crucial nesse sentido.
Cuidado com a imagem pessoal
Esteja atento aos códigos de conduta e ao
vestuário da empresa em que você vai tra- Imparcialidade
balhar. Certifique-se do que é adequado ou
Evite julgamentos e fofocas. Procure ser
não frente às regras da empresa e também
imparcial, ter opinião própria e jamais, em
no convívio com os colegas de profissão.
situação alguma, fazer julgamentos precipi-
tados, comentários inadequados ou envol-
ver-se em fofocas.
Pontualidade
Demonstre seu comprometimento com o
trabalho e seu respeito aos colegas e às Empatia
regras da empresa sendo pontual. Mostre
Coloque-se no lugar do outro, procure en-
que você é capaz de cumprir com seus
tender como a outra pessoa está enxergan-
horários e isso contará pontos a seu favor
do o problema e tente chegar a um senso
numa avaliação profissional.
comum sobre cada situação. O melhor cami-
nho, sempre, é o diálogo.
Comprometimento
Siga as regras estabelecidas pela empresa Coerência
e desempenhe sua função com excelência,
Cuidado com a imagem que você passa
atentando para o que precisa ser feito e
dentro da empresa e aquela que você
quanto tempo você vai precisar para entregar
transmite nas redes sociais. A coerência de
com qualidade o que lhe foi solicitado.
atitudes gera confiança.
Cooperação Resiliência
Tenha atitude prestativa, esteja disponível
Procure se adaptar a situações de mudança,
para ajudar sua equipe e as pessoas com
desenvolvendo a sua inteligência emocional,
quem interage, sem descuidar do seu pró-
sendo mais amadurecido e ampliando
prio trabalho. Saber dizer “não” com cordia-
seu autoconhecimento, o que o ajudará
lidade também é uma qualidade importante
a analisar situações críticas e encontrar
do bom profissional.
saídas que não causem impactos negativos
ao redor.
Humildade
Reconheça suas qualidades, mas também Assertividade
seus limites e fraquezas. Ser humilde é
Busque ser uma pessoa afirmativa, positiva,
entender que você não é melhor do que
decisiva em suas atitudes e opiniões, de-
ninguém, sem esquecer que possui as
monstrando autoconfiança e coerência no
competências necessárias para ir sempre
que faz.
mais longe e somar à equipe.
120
Capítulo 7
Por outro lado, certas atitudes/comportamentos são extremamente
inadequados e desaconselháveis perante as empresas e podem fazer
com que o profissional fique marcado por qualificações desfavoráveis
e prejudiciais à sua carreira. Veja no Figura 7.2 algumas dicas sobre o
que evitar.
redes sociais.
o pessoal da empresa.
4.3 NETWORKING
121
Mundo corporativo
5
5. Trabalho e aprendizagem profissional
122
6
6. Tipos de servidores públicos
Capítulo 7
O servidor público é todo profissional designado pelo Estado,
estados federados ou municípios para desempenhar função pública,
permanente ou provisória, com o objetivo de atender às demandas
da população. A lei de improbidade administrativa atribuiu ao
servidor público outra denominação, a de agente público, e define:
123
••
Mundo corporativo
124
Em resumo...
Capítulo 1
Seu comportamento e sua atitu-
de, e não apenas suas competências
e formação, refletem sua maturidade
e sua capacidade de enfrentar novos
desafios.
A gestão colaborativa cria oportu-
nidades para a participação dos me-
lhores profissionais da empresa nas
tomadas de decisão e planejamento.
125
126
Introdução à Administração
8
Mundo do Trabalho
e Cidadania
Administração de pessoal
objetivos do capítulo
Neste capítulo, você irá:
conhecer as rotinas e práticas da administração de pessoal;
compreender as responsabilidades de empregados e empregadores;
aprender a importância do contrato de trabalho;
entender os procedimentos que vão desde a contratação até o
desligamento do empregado de uma empresa;
conhecer os elementos que compõem a remuneração do empregado.
127
1 1. Processos e procedimentos no setor de
administração de pessoal
administração de pessoal
Há muitas informações que o jovem profissional deve dominar para
s
desenvolver sua profissão. Boa parte dos profissionais, mesmo os mais
experientes, desconhece direitos e obrigações relativas à administração
de pessoal nas empresas. Com tantas mudanças no mundo do trabalho,
incluindo novas leis que impactam diretamente a vida do trabalhador,
parece fundamental conhecer esses procedimentos.
128
Capítulo 8
O bom funcionamento do departamento pessoal transmite tranquilidade,
estabilidade e previsibilidade aos profissionais, que podem assim manter
o foco em suas tarefas, sem preocupações com questões burocráticas. Por
isso, é importante que os empregados que atuam no DP estejam sempre
informados sobre as responsabilidades do setor em relação à legislação
trabalhista e também às políticas internas da organização.
3
3. Responsabilidades de empregadores e empregados
129
administração de pessoal
4
4. Contrato de trabalho — por tempo determinado
ou indeterminado
130
Capítulo 8
// Vínculo empregatício > ligação entre empregador e empregado
estabelecida por meio de contrato de trabalho. Para que haja vínculo
empregatício, são necessárias algumas condições: pessoalidade (é o
próprio empregado que exerce suas funções, não terceirizando suas
tarefas); periodicidade (deve haver regularidade no tempo dedicado à
execução das atividades do empregado); subordinação (o empregado
não tem autonomia para tomar decisões sobre sua jornada de
trabalho); e onerosidade (pagamento regular de uma remuneração ao
empregado pelos serviços prestados).
131
administração de pessoal
tenha mentido sobre sua capacidade e não consegue cumprir com sua
função ou, até mesmo, por afastamento temporário (doença, cursos de
qualificação etc.) que acabam prejudicando o andamento das atividades
s
da empresa.
No entanto, a rescisão contratual não é automática. É necessário, em
ambos os casos, que se inicie o processo de demissão do empregado,
submetido a todos os trâmites legais para que o seu desligamento da
empresa seja efetivado.
Da mesma forma, alterações contratuais só podem ser feitas mediante
o conhecimento de ambas as partes, por determinação da lei ou na
ocorrência de alteração de função ou cargo do empregado.
Nesses tipos de contrato, caso o empregador ou empregado não este-
jam satisfeitos, respectivamente, com a prestação do serviço e as condi-
ções de trabalho, ambos podem rescindir o contrato de trabalho: o empre-
gador pode demitir o empregado e este, por sua vez, pode pedir demissão.
5
5. Jornada de trabalho
132
Figura 8.2: Tipos de jornada de trabalho
Capítulo 8
Jornada de tempo parcial (até 25 horas de trabalho por semana).
6
a fazer uma pausa obrigatória de 15 minutos.
6. Salário
A contrapartida à prestação contínua de serviços do empregado
para a empresa é o pagamento do salário pelo empregador. Esse
pagamento, previsto em contrato e registrado na carteira de trabalho,
é um compromisso entre as partes que estabelecem, dessa forma, o
vínculo empregatício. Há diversas formas de pagamento do salário, como
se observa na Figura 8.3.
133
administração de pessoal
Figura 8.3: Formas de pagamento de salário
s
O modo mais comum e que diz respeito ao tempo em que o
Por tempo empregado está à disposição da empresa.
7
legislação etc.).
7. Descanso remunerado
O descanso remunerado é um direito do trabalhador e diz respeito ao
pagamento referente aos dias em que ele não está a serviço da empresa,
mas que são necessários para sua recuperação física e mental. Em geral,
o valor a receber sobre o descanso remunerado está incorporado ao
salário que o empregado recebe ao final do mês.
134
O descanso remunerado deve ocorrer semanalmente por um período
Capítulo 8
mínimo de 24 horas consecutivas onde parte ou a totalidade desse
período é estabelecida em dia de domingo (salvo em casos de atividades
com regimes especiais ou acordos trabalhistas individuais permitidos
por lei).
A não concessão do descanso remunerado semanal, ainda que em
situação acordada entre empregador e empregado, dá ao empregado o
direito de receber o dobro do valor referente ao dia comum somado ao
valor referente ao dia de descanso. Da mesma forma, caso o empregado
falte ao trabalho em dias que antecedem seu descanso remunerado e não
apresente justificativa, ele perde o direito ao dia de descanso e ao valor
que lhe for devido por esse dia.
8
8. Regime disciplinar
Ao ser contratado, o empregado deve estar ciente de seus deveres
e direitos, além de conhecer as regras disciplinares às quais estará
submetido durante o tempo de vínculo profissional com determinada
empresa. As regras e normas compõem o regime disciplinar da
organização e devem ser observadas e seguidas para que o empregado
não incorra em falta ou infração que possam ocasionar desde uma
simples advertência à demissão por justa causa.
Não são raros os casos de profissionais que perdem seus empregos
por atitudes ou comportamentos inadequados que ferem o regime
disciplinar da empresa. É importante estar atento a essas regras e a como
elas orientam o comportamento do indivíduo dentro e fora do ambiente
de trabalho.
9
9. Processo de demissão
O processo de demissão corresponde à rescisão do contrato de
trabalho por iniciativa do empregado, por meio de um pedido de demissão,
ou por determinação do empregador. No último caso, a demissão pode
ser por justa causa (quando o funcionário comete alguma falta grave) ou
pelo fim de um contrato de trabalho por tempo determinado.
135
administração de pessoal
// Falta grave > é considerada falta grave qualquer fato produzido por
atitudes do empregado que represente um grau significativo de dano
s
à empresa ou à sua imagem e que, por este motivo, seja passível de
justificar a rescisão contratual.
•• 13o salário;
•• adicional de férias;
•• multa de 40% sobre o FGTS;
•• aviso prévio – poderá ser cumprido pelo funcionário (aviso prévio
trabalhado) num prazo entre 30 e 90 dias; ou o funcionário pode ser
dispensado dessa obrigação e, por isso, indenizado pelo empregador
(aviso prévio indenizado).
Capítulo 8
Os custos de um empregado hoje em dia para uma empresa são
muito elevados, chegando a três vezes o valor do salário pago quando
considerados todos os impostos e todas as taxas devidas ao governo.
Esse custo varia de acordo com a área, função e cargo e, tanto para a
elaboração da folha de pagamento quanto para a situação de rescisão de
contrato, são inúmeros os itens a considerar para os cálculos trabalhistas.
Portanto, empregador e empregado devem tratar esse assunto com muita
atenção para evitar erros. A lista das variáveis é enorme: horas extras;
repouso semanal remunerado; adicionais (insalubridade, periculosidade);
INSS; FGTS; comissionamentos e gratificações; Imposto de Renda etc.
Algumas dessas váriáveis serão estudadas neste capítulo.
137
administração de pessoal
10.4 FÉRIAS
138
10.5 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
Capítulo 8
Todo trabalhador deve receber um salário adicional, proporcional ao
número de meses trabalhados naquele ano. O pagamento ocorre em duas
parcelas: a primeira entre os dias 1o de fevereiro e 30 de novembro; e a
segunda, até o dia 20 de dezembro. Sobre os valores incidem descontos
relativos à tributação.
11
11. Prontuário do funcionário — documentos a
serem arquivados
139
Os documentos que dizem respeito ao empregado em um departamento
administração de pessoal
••folha de ponto;
••holerites (ou contracheque);
••recibos de vale transporte;
••contrato de trabalho;
••avaliação de experiência 45 e 90 dias;
••declaração de opção para vale transporte;
••acordo de compensação de horas;
••declaração de dependência para fins de salário família
(para colaboradores com dependentes);
••ficha de salário família para menores de 14 anos
(para colaboradores com dependentes);
••certidão de nascimento dos filhos;
••comprovante atualizado de vacinação para filhos
até sete anos;
••comprovante de matrícula escolar para filhos de
sete a 15 anos;
••movimentações funcionais, salariais, horários e outros
quando de qualquer alteração contratual;
•• atestado médico admissional, demissional ou periódico;
••férias (avisos e recibos);
••declaração de dependência para fins de Imposto
de Renda;
••faltas (justificativas e abonos);
••atrasos (justificativas e abonos);
••saídas antecipadas (justificativas e abonos);
••autorizações para pagamento de horas extras.
Capítulo 1
Um bom Departamento Pessoal
transmite tranquilidade, estabilidade e
previsibilidade aos profissionais, que
podem assim manter-se focados em
suas tarefas.
A relação entre empregado e em-
pregador é regulada pelo contrato de
trabalho, documento que contém as
responsabilidades, os direitos, os de-
veres e as penalidades aplicáveis a
direção ambas as partes.
controle
organização CLT
141
142
Introdução à Administração
9
Mundo do Trabalho
e Cidadania
Gestão de Pessoas
objetivos do capítulo
143
1
1. Cultura e clima organizacional
Gestao de pessoas
Uma organização é feita por pessoas. Cada indivíduo leva à empresa seu
passado e presente, seus valores, tradições, angústias e preocupações,
bem como suas conquistas e momentos de felicidade, formando uma
cultura corporativa própria. Como a cultura organizacional tem início na
fundação da empresa, os fundadores têm influência preponderante sobre
o modo como ela vai se moldando ao longo do tempo. Empresas mais
antigas têm culturas mais arraigadas, trabalhadas desde a sua fundação,
portanto mais sólidas, e dificilmente mudam.
A cultura organizacional – ou seja, os valores, costumes, tradições e
significados da empresa – é a estrutura central da criação de sua visão
estratégica, traduzida em princípios empresariais fundamentais, quais
sejam: missão, visão e valores.
A missão é a razão de ser da empresa e ilustra o que ela faz e como
quer ser reconhecida por seus clientes.
A visão, por sua vez, é o norte da organização. Traduz a direção que
ela deseja tomar e aonde quer chegar em determinado prazo definido
(médio e longo prazo).
Os valores, por fim, vêm da cultura fundadora da empresa e orientam
a vida da organização, buscando tanto atender aos objetivos corporativos
como às necessidades de todos. O Quadro 9.1 fornece exemplos de
missão, visão e valores das organizações.
144
Quadro 9.1: Exemplos de missão, visão e valores
Capítulo 9
s
Missão
s
Visão Valores
145
Gestao de pessoas
146
Capítulo 9
é duvidosa, a não ser que a empresa atue em mercados protegidos
(como algumas empresas estatais) ou tenha uma posição dominante
e monopolista.
147
Gestao de pessoas
2
2. Direito aplicado à gestão de pessoas no setor
público e privado
148
Capítulo 9
Nos últimos séculos, a história da evolução das organizações apresenta
exemplos que hoje não são aceitáveis, como o trabalho escravo nas minas
de carvão na Inglaterra ou em fazendas de café no Brasil, nos séculos
XVIII e XIX. É possível citar, ainda, o caso dos trabalhadores que atuavam
com máquinas nas grandes indústrias, na metade do século XX, quando
já se ganhava algum soldo pelo trabalho, mas ninguém ainda falava em
direitos dos trabalhadores. De lá para cá o mundo evoluiu e atualmente
temos, de forma majoritária (embora ainda exista trabalho escravo ou
análogo ao escravo em alguns lugares), leis que visam à garantia dos
direitos individuais das pessoas que trabalham em organizações, como a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no Brasil.
Tais direitos podem ser divididos conforme apresenta a Figura 9.1.
Direitos individuais
Aqueles conferidos pela Constituição Federal de 1988, assim
como os descritos no contrato de trabalho. A lei brasileira, por
exemplo, diz que “não há distinções de direito relativas entre o
trabalho técnico, intelectual ou manual”. Diz ainda que “a todo
trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção
de sexo, raça ou credo” e que “serviço efetivo é o período em que
o empregado está à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens”.
Direitos Coletivos
Aqueles baseados em negociações coletivas entre patrões e
empregados, representados por entidades sindicais, formalizados
em acordos, convenções ou contratos coletivos. Por exemplo: o
percentual de reajuste salarial anual para os trabalhadores de uma
empresa cujos funcionários são sindicalizados, após definição em
acordo coletivo.
149
Gestao de pessoas
3
3. Comunicação corporativa
150
••
Capítulo 9
Intrínsecas ao ser humano: palavras, gestos, olhares, sinais, expres-
são corporal.
•• Via ambiente de trabalho: sinalização, murais, placas ou avisos.
•• Escrita: e-mail, mensagens de texto, mídias sociais, relatórios, anota-
ções etc.
MEIO
RUÍDO
151
Gestao de pessoas
152
Capítulo 9
desempenho estão sendo percebidos. Um erro muito comum desse
processo é o avaliador não lembrar que a comunicação só é perfeita
quando a mensagem é compreendida. Não adianta falar, criticar ou
elogiar se o empregado continua sem saber o que fez de errado, em que
poderia melhorar ou mesmo o que o levou a determinados resultados.
O feedback deve acontecer em diversos momentos ao longo das
atividades, de rotina de forma a corrigir eventuais desvios o mais cedo
possível. Por isso, não tenha vergonha de pedir um feedback; seu chefe
pode não estar preparado para isso, mas não há como não admirar um
funcionário que pede orientação sobre como pode melhorar o seu trabalho.
Conflitos são inerentes aos seres humanos. Nas empresas, isso não
é diferente. Ao contrário do que muitos pensam, conflitos podem ser
positivos e é normalmente deles que nascem as inovações que levam a
sociedade adiante. Grandes personagens da história mundial promoveram
fantásticas inovações em seus respectivos campos de atuação, como
Graham Bell (telefone), Beethoven (música), Charles Darwin (evolução
das espécies), George Orwell (escritor), Henry Ford (automóveis), Albert
Einstein (ciência) e Thomas Edison (ciência). Contudo, foram rejeitados
diversas vezes e alguns foram à falência antes de conseguir proporcionar
à nossa sociedade um mundo mais moderno com suas invenções.
É importante saber lidar com conflitos de forma positiva, extraindo
desses eventos ao menos uma lição que irá ajudar no futuro. Isso é
possível quando se desenvolve a inteligência emocional. Com alta
inteligência emocional você conseguirá reconhecer o seu próprio estado
emocional, preparando-se então para expressar seus sentimentos de
forma adequada, bem como reconhecer o estado de espírito das pessoas
ao seu redor. Pessoas que ficam “cegas de raiva” em situações de conflito
têm baixa inteligência emocional e colhem pouco ou nada de útil dessas
situações. Por outro lado, se a pessoa consegue mapear emocionalmente
a situação, pode usar o conflito de maneira eficaz.
153
Gestao de pessoas
4
4. Equipes e competência
154
Capítulo 9
4.1 PROCESSO DE FORMAÇÃO DE EQUIPE
Forming (Formação)
Integrantes não se conhecem. São educados, estão ansiosos,
não sabem exatamente o que deve ser feito, como, para quando,
qual é o seu papel.
155
Gestao de pessoas
Norming (Normatizando)
Gradualmente, os integrantes começam a resolver suas diferenças,
definindo regras de comportamento. Elogios começam a ser mais
frequentes. Integrantes já se conhecem melhor e iniciam um pro-
cesso de socialização – inclusive fora do horário de trabalho. Estão
cada vez mais compromissados em atingir o resultado proposto.
Performing (Desempenhando)
Produção de resultados com constância e credibilidade. Time tra-
balha em harmonia, as normas tácitas preestabelecidas funcio-
nam. É o estágio que deve ser perseguido por qualquer equipe.
156
Em resumo...
Capítulo 1
A cultura e o clima organizacional
têm muito a ver como a maneira como
a empresa é vista e como ela mesma
se vê. É fundamental conhecer seus direi-
tos, individuais e coletivos.
157
158
Introdução à Administração
10
Mundo do Trabalho
e Cidadania
Atuação profissional
objetivos do capítulo
Neste capítulo, você irá:
conhecer os três principais estilos de liderança;
refletir sobre as principais habilidades de um líder;
entender a diferença entre trabalho em grupo e trabalho em equipe;
descobrir o que é importante para compartilhar ideias de forma colaborativa;
familiarizar-se com as habilidades valorizadas para atuação no mercado;
obter noções gerais sobre gestão de desempenho, metas e prazos;
refletir sobre o papel da avaliação de desempenho.
159
1
1. O papel da liderança – noções básicas
atuaçao profissional
160
Quadro 10.1: Estilos de liderança
Capítulo 10
••nesse estilo, os líderes são vistos como dominantes, preferem
©Shutterstock
coletiva e colaborativa;
••estimula um ambiente de amizade, envolve a todos nas atividades,
elogiando quando merecido e procurando ser justo quando critica;
••oferece suporte, delega tarefas e responsabilidades, mantendo uma
atitude inclusiva;
••exige dos membros da equipe disposição para assumir responsabi-
lidades e uma atitude proativa na tomada de decisão;
Liderança democrática ••este estilo de liderança é indicado para associações, países, coope-
ou participativa rativas, universidades públicas e ONGs, não funcionando bem em
ambientes em que as diretrizes, funções e práticas sejam restritas e
inflexíveis.
2
Fonte: Moraes (2018).
161
obter bens comuns maiores. De meados do século XX até o momento,
atuaçao profissional
162
Capítulo 10
de todos fracassa junto. Nas equipes, a liderança é compartilhada e os
membros estão comprometidos uns com os outros e com o objetivo final.
Assim, organizar o trabalho em equipes estimula relações baseadas na
confiança, além de promover uma cultura de colaboração.
Veja na Figura 10.1 os principais aspectos que precisam ser observados
no dia a dia para a formação e manutenção de times de trabalho que
possam ser considerados verdadeiras equipes.
Comunicação
É fundamental que os É importante que cada um tenha
membros da equipe clareza sobre o que lhe cabe fazer
sejam claros, abertos, e como isso se complementa com o
honestos e respeitosos. trabalho do outro.
3
3. Habilidades para atuação no mercado de trabalho
163
3.1 PROATIVIDADE
atuaçao profissional
3.2 FLEXIBILIDADE
3.3 INOVAÇÃO
A inovação diz respeito a algo que seja ao mesmo tempo novo e útil
para se atingir algum objetivo. Pode ser um novo produto, um serviço,
uma tecnologia ou até mesmo uma nova maneira de se fazer as coisas.
Inovar, portanto, é resolver velhos problemas aplicando novas ideias.
Nesse sentido, a inovação se sustenta sobre dois pilares básicos. O
primeiro deles é a ideia, que requer criatividade e precisa ser nova. E o
segundo é a capacidade de implantação dessa ideia, que normalmente
demanda esforço e disciplina.
164
Naturalmente, as empresas não podem depender apenas da inspiração
Capítulo 10
casual de seus funcionários. Por essa razão, muitas delas tratam a
inovação como uma das funções de seu negócio. Cada uma a seu modo,
elas desenvolvem processos, ferramentas e regras de gerenciamento
específicos para promover uma cultura de inovação contínua em seus
ambientes de trabalho.
3.4 NEGOCIAÇÃO
3.5 ORGANIZAÇÃO
165
também diz respeito ao cuidado em padronizar e disseminar as melhores
atuaçao profissional
práticas para que a informação circule com rapidez e clareza, e para que
as pessoas estejam compromissadas com a manutenção constante da
limpeza e da segurança em seus ambientes.
s
3.6 VISÃO SISTÊMICA
processamento
entrada saída
166
Capítulo 10
A empresa e os processos: entender a empresa como
um sistema significa reconhecer que ela é constituída
por processos que atravessam suas diferentes áreas.
O que configura um processo é a existência de algum tipo de
entrada (que pode ser um material ou uma informação), que em
seguida sofre alguma ação (por uma pessoa ou máquina, por
exemplo) e que tem seu resultado entregue para um estágio
seguinte (configurando uma saída). Assim, as interações entre
as áreas são entendidas como trocas de itens ou serviços em um
relacionamento semelhante à relação cliente-fornecedor.
167
4
4. Gestão de desempenho
atuaçao profissional
168
os indicadores de qualidade procuram medir as adequações do trabalho
Capítulo 10
às necessidades estabelecidas pelos clientes. Veja na Figura 10.3.
169
atuaçao profissional
Idealmente, todo tipo de trabalho deve ser pautado por metas, padrões
e prazos. Os prazos servem como referência e guia, ajudam as pessoas
a saber o que priorizar e como isso deve ser priorizado. O grande desafio
s que existe por trás deste tema é a determinação dos prazos ideais. Por
ser uma definição sobre o futuro, nunca é fácil estabelecer prazos. Em
geral, as experiências passadas ajudam, mas não são garantias. Prazos
muito longos podem gerar ineficiência e prazos muito curtos são motivos
de estresse. Assim, o mais indicado é que as partes pactuem em conjunto
os prazos estabelecidos em cada relação.
170
Em resumo...
Capítulo 1
A liderança adequada para cada
ambiente depende de contextos, pes-
soal e recursos.
171
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Capítulo 1
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