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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO
MARKETING

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0
CURSO DE
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO
MARKETING

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO II

4 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MARKETING

Alguns conceitos são fundamentais no Marketing, e os mesmos serão


discutidos neste item. Kotler (2002) atribui significativa importância a cada um deles,
e assim contribui com seus conhecimentos:

4.1 PRODUTO

Consiste em tudo aquilo que pode satisfazer os desejos e necessidades de


um cliente. Pode-se também chamar de produto a questão da oferta ou da solução.
O produto engloba três componentes, que seriam: bem físico, serviço e ideia.

4.2 NECESSIDADES

As necessidades podem ser descritas por meio de uma pirâmide. Maslow


(1970) definiu as necessidades fisiológicas (fome, sede, abrigo), de segurança
(sobrevivência física), as de relacionamento (a aceitação pelo meio e o sentido de
importância), as de estima e status (relevância, domínio, reputação, prestígio) e, por
fim, as de autorrealização (desejo de conhecer, compreender, sistematizar,
organizar e construir um sistema de valores).
Estabeleceu ainda que as necessidades fisiológicas dominam o
comportamento do sujeito até que sejam satisfeitas. Em seguida, tem-se que
satisfazer as necessidades da segunda ordem, e assim por diante. Por fim,
concluem-se que as necessidades não são criadas pela sociedade, elas são
inerentes à condição humana.
A figura a seguir exemplifica a pirâmide das necessidades:

FIGURA 12 – NECESSIDADES HUMANAS

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FONTE: Disponível em: <http://casadogalo.com/wp-content/uploads/hierarquia-das-
necessidades.jpg>. Acesso em: 07 nov. 2011.

4.3 DESEJOS

Constituem-se nas carências por satisfações específicas para o atendimento


das necessidades. Enquanto as necessidades são poucas, os desejos do ser
humano são muitos. Tais desejos são influenciados por toda a força pelas
instituições sociais: cultura, religião, família, escola, amigos, dentre outros. Ressalta-
se que o marketing prioriza a satisfação dos desejos do consumidor.

4.4 DEMANDAS

Constituem-se nos desejos por produtos específicos respaldados pela


habilidade e disposição de comprá-los. Dessa forma, qualquer empresa deve
calcular a demanda por seu produto baseado no número e no perfil de pessoas que
desejam seus produtos e que podem comprá-los.

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4.5 MERCADOS

O mercado consiste de todos os consumidores potenciais que compartilham


de uma determinada necessidade ou desejo e possuem condições de adquirir um
produto que os satisfaça. Para ser considerado como um mercado, um grupo de
consumidores necessita ter o desejo, as condições financeiras e a disposição em
adquirir um determinado produto.

4.6 PÚBLICO-ALVO

Conforme já descrito, nenhuma empresa tem a capacidade de satisfazer


todos os desejos e necessidades em todos os mercados. Dessa forma, para se
conhecer de forma mais aprofundada o consumidor, e prever o que ele gostaria de
ter, satisfazendo seus desejos e necessidades, torna-se necessário que se
delimitem os mercados. Somente dessa forma é que a comunicação de marketing
atingirá o seu objetivo. Irá elaborar, então, estratégias de marketing utilizando a
linguagem que aquele consumidor entende e atendendo aos seus desejos
particulares.
Com isso, conforme define Las Casas (2002), os públicos-alvo são sempre
delimitados e têm um perfil detalhadamente definido.

4.7 VALOR

Valor consiste no modo como o consumidor avalia os benefícios que um


determinado produto poderá lhe trazer. Ressalta-se que o valor é um elemento
subjetivo, que dependerá de cada pessoa e do contexto no qual está inserida.

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4.8 POSICIONAMENTO

Consiste na posição que a empresa ou um produto passa a ocupar na mente


de um cliente. Uma empresa pode posicionar-se por um atributo específico (a mais
antiga, a maior), por benefício (comprar bem), por usuário (a melhor máquina de
lavar roupas para pessoas solteiras), por concorrente, por categoria, dentre outras.

4.9 VARIÁVEIS MERCADOLÓGICAS

O marketing do século XXI é aquele voltado para o cliente. Com o intuito de


satisfazer as necessidades dos consumidores, torna-se necessário que se aplique
pesquisas de mercado. Por meio dessas pesquisas, pode-se conhecer a dimensão
do universo de pessoas dispostas e aptas a comprar o produto que se está
vendendo, ou, numa abordagem de planejamento, descobrir as necessidades e
desejos do grupo de pessoas que se pretende atingir.
Além de conhecer os hábitos dos futuros clientes, também é necessário ter
em mente os concorrentes, o que eles oferecem de melhor e pior, quais as
estratégias utilizadas, as promoções, e porque os consumidores escolheriam o
produto dessa empresa em detrimento daquela.
Com isso, é possível definir as variáveis mercadológicas. Estas se
constituem em todos os elementos dinâmicos que podem afetar as relações da
empresa com seus diversos clientes.
Kotler (2002) diz que as variáveis mercadológicas podem se distinguir em
dois tipos: variáveis internas e variáveis externas.

4.9.1 Variáveis Internas

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São as variáveis também conhecidas como as “controláveis”, por poderem
ser administradas pela organização, de acordo com seus propósitos. Como
exemplo, citam-se os preços, as características de um produto, os pontos onde este
produto está distribuído, dentre outras questões.
Sugere-se que, para uma análise completa, torna-se necessário verificar os
pontos fortes e fracos (forças e fraquezas) dessas variáveis, para que se possa
planejar a sua combinação de maneira efetiva.

4.9.2 Variáveis Externas

São aquelas “não controláveis”, em razão de não competir à empresa a


forma de alterá-las. Neste sentido, estas variáveis devem ser cuidadosamente
monitoradas. Podem também ser conhecidas como ameaças e oportunidades
justamente por oferecerem esses dois polos: um acontecimento não controlável, se
bem monitorado e planejado, pode se transformar em grande oportunidade. Como
exemplos citam-se:

 Ambiente demográfico: são as informações como tamanho e taxa de


crescimento de uma determinada população, distribuição etária, composto
étnico e de gênero, níveis educacionais, padrões de moradia, mudanças
geográficas, dentre outros. Tais questões podem ser importantes para o
desenvolvimento, distribuição e comercialização de um determinado
produto.
 Ambiente Econômico: para vender é necessário que o público-alvo
tenha poder de compra, que depende, por sua vez, da situação
econômica do país ou da região, da disponibilidade de crédito, da
distribuição de rendas, dentre outros. Com base nestes dados, é possível
ter fundamentos para escolher onde estará localizada a loja, por exemplo.
 Ambiente Natural: no ambiente natural, é possível identificar quatro
principais tendências: a escassez de matérias-primas; o custo de energia

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crescente; os níveis crescentes de poluição; e as mudanças do papel dos
governos em relação à proteção ambiental.
 Ambiente Tecnológico: o profissional de marketing necessita estar
atento às seguintes tendências: aceleração do passo nas mudanças
tecnológicas; as oportunidades ilimitadas de inovação; a variação nos
orçamentos de pesquisa e desenvolvimento; e crescimento da legislação
sobre mudanças tecnológicas.
 Ambiente Político e Legal: o profissional de marketing tem de estar
atento à legislação, à decisão de órgãos governamentais e aos grupos de
pressão.
 Ambiente sociocultural: este ambiente afeta profundamente as decisões
de compra, já que a escolha por determinado produto possui um forte
componente emocional. Dessa forma, as relações das pessoas com elas
mesmas, com os outros, com as organizações, com a sociedade, com a
natureza e com o universo podem favorecer ou dificultar a vida de um
produto ou de uma empresa.

Além destes fatores importantíssimos, também se destacam outros,


fundamentais a serem considerados:

 Concorrência: torna-se importante conhecer o que os concorrentes estão


fazendo, seus pontos fortes e fracos. É por meio da concorrência que se
tem estimulado o crescimento e a evolução.
 Consumidores: quanto mais conhecido e detalhado o perfil dos
consumidores, mais provável será o sucesso da comunicação de
marketing. Torna-se importante que se estabeleça um canal comunicativo
que o consumidor entenda, no qual se presuma os seus desejos e
anseios.
 Fornecedores: os fornecedores devem ser sempre encarados como
parceiros, pois o sucesso do produto depende muito deles. Eles
desempenham papel fundamental na gestão da cadeia de suprimentos. O
diferencial se dará no acompanhamento das entregas, dos prazos e da
qualidade oferecida.

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4.10 A PESQUISA DE MARKETING

Ressalta-se que a pesquisa constitui-se num elemento indispensável ao


marketing. Sâmara & Barros (2006) a definem como projetos formais que visam à
obtenção de dados de forma empírica, sistemática e objetiva para a solução de
problemas ou oportunidades específicas relacionadas ao marketing de produtos e de
serviços.
A pesquisa constitui-se como importante diagnóstico do processo de decisão
de compra do público-alvo, entendendo como este procede em diversas fases e
tipos de soluções de compra.
A pesquisa também será fundamental para o conhecimento e para a
avaliação de componentes e atitudes perante órgãos públicos de interesse da
organização (consumidores, clientes potenciais, formadores de opinião, etc.).
Em diferentes situações, percebe-se que existe a necessidade de coleta de
informações que venham a confirmar hipóteses específicas para embasar as
possíveis decisões a serem tomadas pelos profissionais do marketing.
Muitas das informações já disponíveis pelas empresas podem estar
incompletas ou não responderem a questões básicas para a tomada de decisão. A
pesquisa de marketing, por meio de metodologia adequada e de um projeto formal,
que parte da definição de determinado problema a ser pesquisado, buscará estas
informações. A figura a seguir exemplifica a coleta de dados em pesquisas de
marketing.

FIGURA 13 – PESQUISA DE MARKETING

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FONTE: Disponível em:
<http://www.blogtribuna.com.br/YouToo/ImageBank/FCKEditor/image/dorinh0_charge%20top%20of%
20mind.jpg>. Acesso em: 07 nov. 2011.

5 ANALISANDO O MARKETING

5.1 COMPOSTO DE MARKETING: 4 PS, CS, AS

Para transformar estratégias de marketing em programas de marketing, os


profissionais da área devem tomar decisões básicas sobre despesas, composto e
alocação de marketing. O composto de marketing constitui-se como conceito-chave
da moderna teoria do marketing.
Kotler e Armstrong (2005, p. 47) definem o Mix de Marketing como sendo um
conjunto de ferramentas táticas e controláveis que a empresa utiliza para produzir a
resposta que deseja no mercado-alvo. Dessa forma, compreende-se que um
conjunto de fatores variáveis é combinado para compor as atividades de Marketing.

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O conceito de Mix de Marketing embasa-se nos estudos de Neil Borden que
usou este termo pela primeira vez em 1949. Borden (1949) afirma que definiu o
termo ao ler os estudos de outro autor de sua época (James Culliton), que chamava
os executivos de liquidificadores (mixers), já que a sua função era a de
materializarem receitas, seja misturando os ingredientes, mudando suas
quantidades ou inventando novos elementos.
A partir daí a expressão Marketing Mix (mistura de Marketing) ou Composto
de Marketing, como é conhecida no Brasil, passou a ser a teoria mais aceita para
efetivar atividades de Marketing. McCarthy (1960) aprimorou a Teoria de Borden e
definiu os quatro grandes grupos de atividades que representariam os ingredientes
do composto e os separou em:

 Produto;
 Praça;
 Promoção;
 Preço.

Os 4Ps e suas principais características estão exemplificados na figura a


seguir:

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FIGURA 14 – COMPOSTO DE MARKETING

FONTE: Disponível em: <http://fotos.sapo.pt/e5tDPsBSqEqqeuzpzAMu/>.


Acesso em: 07 nov. 2011.

Observa-se que uma das críticas que alguns autores fazem em relação aos
4Ps refere-se ao fato dessa técnica levar em conta o ponto de vista do vendedor, e
não o do comprador.
Em 1990, Lauterborn desenvolveu o conceito dos 4 Cs. Para o autor, os 4Ps
poderiam perfeitamente ser substituídos por 4Cs. No Brasil os 4Cs foram traduzidos
como:

 Necessidades e desejos do consumidor;


 Custo para satisfazer o consumidor;
 Conveniência para comprar;
 Comunicação.

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Cada um dos 4Ps de McCarthy teria um substituto no novo Marketing Mix
dos 4Cs, conforme se observa na figura a seguir:

TABELA 1 – OS 4 CS

FONTE: Disponível em: <http://fotos.sapo.pt/e5tDPsBSqEqqeuzpzAMu/>.


Acesso em: 07 nov. 2011.

Considera-se que os elementos componentes dos 4Ps e dos 4Cs,


desenvolvidos em conjunto ou separadamente, são os determinantes das ações
estratégicas para atender as necessidades e desejos dos consumidores.
Richers (1991) definiu um modelo que compreende as funções básicas de
uma Administração de Marketing. Para Richers (1991), essas funções se dividiriam
em quatro fases:

 Análise;
 Adaptação;
 Ativação;
 Avaliação.

Este modelo batizado de Sistema Integrado de Marketing ficou mais


conhecido como os 4As do Marketing, em contraposição aos 4Ps de McCarthy
(Produto, Preço, Praça e Promoção). As fases e atividades correspondentes aos
4As são:

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TABELA 2 – OS 4AS

FONTE: Disponível em: <http://fotos.sapo.pt/e5tDPsBSqEqqeuzpzAMu/>.


Acesso em: 07 nov. 2011.

Conforme destaca Cobra (1994), independente no número de Ps ou


qualquer outra letra, torna-se importante que se considere todas as ferramentas que
possam auxiliar no planejamento de Marketing. Com o intuito de aprofundar esta
questão, e de relacionar com o Marketing Promocional, o próximo item descreverá
os 4Ps.

5.2 DEFININDO O PRODUTO

Conforme define Kotler (2002), a ferramenta mais básica do composto de


marketing é o produto. Este se conceitua como sendo a oferta tangível da empresa
para o mercado, que inclui qualidade, design, características de marca e
embalagem.

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FIGURA 15 – COMPRANDO PRODUTOS

FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-woman-shopping-in-


grocery-store/76802664>. Acesso em: 07 nov. 2011.

Para Cobra (1994), o produto consiste em algo que pode ser oferecido a um
mercado para satisfazer a um desejo ou necessidade.
Dentre os diferentes tipos de produtos, destacam-se:

 Bens físicos: automóveis, livros, telefone celular;


 Serviços: cortes de cabelos, cursos profissionalizantes;
 Organizações: instituto do coração;
 Ideias: planejamento familiar, segurança, dentre outros.

Kotler (2002) orienta que ao planejar sua oferta no mercado, as empresas


necessitam considerar cinco níveis de produto. Cada um dos níveis acrescenta mais
valor para o consumidor e os cinco constituem uma hierarquia de valor para o
consumidor. Dentre os níveis, destacam-se:

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Nível Benefício - Núcleo: é o nível mais fundamental. O serviço ou
benefício fundamental que o consumidor está realmente comprando.
Nível Produto Básico: a empresa necessita transformar o benefício núcleo
em um produto básico.
Nível Produto Esperado: a empresa prepara o produto esperado, que se
constitui num conjunto de atributos e condições que os compradores normalmente
esperam e concordam quando adquirem o produto.
Nível Produto Ampliado: neste nível, a empresa prepara um produto
ampliado que atenda aos desejos dos consumidores além de suas expectativas.
Essencialmente a concorrência atua no nível de produto ampliado. Por meio deste
nível, a empresa examina o sistema de consumo total do consumidor: a maneira
pela qual o comprador de um produto desempenha a tarefa total realizada quando
usar o produto.
Nível Produto Potencial: envolve todas as ampliações e transformações
que este produto deve sofrer no futuro. O produto potencial aponta para sua possível
evolução. É neste nível que as empresas buscam agressivamente por novas
maneiras de satisfazer aos consumidores e distinguir suas ofertas.
Algumas das empresas mais bem-sucedidas acrescentam benefícios a sua
oferta que, além de satisfazer aos consumidores, encantam. O encantamento é uma
forma de acrescentar surpresas imprevistas à oferta.

FIGURA 16 – PRODUTO DE MARKETING

FONTE: Disponível em: <http://fotos.sapo.pt/e5tDPsBSqEqqeuzpzAMu/>. Acesso em: 07 nov. 2011.

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5.3 DEFININDO O PREÇO

Todas as organizações que visam ao lucro e muitas que não visam,


estabelecem preços para seus produtos ou serviços. Através da história, é possível
observar que os preços têm sido fixados por compradores e vendedores que
negociam entre si. Conforme Cobra (1994), os vendedores pedem um preço acima
do que esperam receber, enquanto os compradores oferecem menos do que
esperam pagar.

FIGURA 17 – PREÇO DE MARKETING

FONTE: Disponível em: <http://fotos.sapo.pt/e5tDPsBSqEqqeuzpzAMu/>.


Acesso em: 07 nov. 2011.

Para Kotler (2002), o preço constitui-se numa ferramenta crítica do composto


de marketing. Conceitua-se como sendo a quantidade em dinheiro que os
consumidores pagam pelo produto. O preço é o único elemento do composto de
marketing que produz receita. Os outros elementos geram custos. O preço também
é um dos elementos mais flexíveis do composto de marketing porque pode ser
rapidamente modificado, o que não ocorre com as características de um produto ou
com os compromissos assumidos com os canais de distribuição.

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Ao mesmo tempo, o estabelecimento de preço e a concorrência de preço
são os principais problemas enfrentados por muitos profissionais. Pesquisas e
estudos demonstram que muitas empresas não lidam bem com preço. Os erros mais
comuns cometidos são os seguintes:

 Preços muito orientados para os custos;


 Preços não revisados o suficiente para capitalizar as mudanças de
mercado;
 Preços estabelecidos independentemente dos demais componentes do
composto de marketing;
 Preços não são variados para os itens de produtos, segmentos de
mercados e ocasiões de compra diferenciadas.

Conforme destaca Kotler (2002), as empresas manipulam seus preços de


diferentes maneiras, as quais se explicam:

 Nas pequenas empresas, os preços são frequentemente estabelecidos


pela alta administração, em vez de ser atribuído ao departamento de
marketing ou de vendas.
 Nas grandes empresas, os preços são atribuídos pelos gerentes de
divisão e de linha de produtos. Mesmo nestas situações, a alta
administração estabelece os objetivos gerais e as políticas de preços e,
com frequência, aprova os preços propostos pelos níveis inferiores da
administração.
 Já em empresas nas quais o preço constitui-se um fator-chave, as
empresas frequentemente estabelecem um departamento para fixar os
preços ou orientar outros na determinação de preços adequados. Este
departamento reporta-se a departamentos de marketing, departamento
financeiro ou à alta administração.

Cobra (1994) define que quanto mais claro os objetivos de uma empresa,
mais fácil será o estabelecimento do preço. Kolter (2002) destaca que o preço final
deve considerar a qualidade da marca e da propaganda em relação à concorrência.

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Outro ponto a se destacar é que o preço contemplado deve ser consistente
com as políticas de preço da empresa. Um departamento especializado no
desenvolvimento de políticas e decisões de preço contribui para assegurar que os
vendedores ofereçam preços que sejam razoáveis aos consumidores e rentáveis
para a empresa.

5.4 PRAÇA OU DISTRIBUIÇÃO

FIGURA 18 – CLIENTES NO MERCADO

FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-woman-at-a-


market/82154160/>. Acesso em: 07 nov. 2011.

É outra ferramenta-chave do composto de marketing, e inclui as várias


atividades assumidas pela empresa para tornar o produto acessível e disponível aos
consumidores-alvos. Consiste no lugar onde o produto será vendido (ou comprado).
Além do local onde será comercializado o produto, o ponto de vendas,
destaca-se também toda a cadeia logística, a qual é responsável pela chegada do
produto até o consumidor final. Caso a empresa possua site na internet para dar

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informações ao cliente, torna-se necessário que alguém seja responsável pelas
respostas aos e-mails recebidos com prontidão.
O sistema de distribuição, permite que haja a economia de lugar e de tempo.
O fabricante elege os distribuidores de tal modo que possam vender seus produtos
nos locais certos e também no tempo certo.
Conforme esclarece Las Casas (2002), o sistema de distribuição a ser
determinado por um administrador de marketing fará parte do pacote de utilidade ou
satisfações que os consumidores receberão com a compra de um produto. A
colocação de produtos em estabelecimentos apropriados e em épocas certas, a
preços acessíveis ao consumidor visado, é, portanto, determinante para o sucesso
de uma estratégia mercadológica.
Las casas (2002) também adverte que a colocação de determinado produto
em estabelecimentos apropriados não se constitui em tarefa fácil. Exige sim, muitas
vezes, reformulações até mesmo na estratégia geral do marketing. Um produto
dirigido a algum mercado sofisticado de consumidores pode exigir um canal de
distribuição seletivo, e o sucesso da estratégia de distribuição dependerá da
cooperação que a empresa receber destes intermediários envolvidos.
Além das decisões sobre o tipo de intermediário que se deve utilizar para
levar os produtos até os consumidores, o profissional do marketing deve também
pensar na forma como fará a administração de seus estoques para ter os produtos
disponíveis nos momentos certos.
Dessa forma, não pode haver falta de produtos quando o cliente faz algum
pedido, pois isso seria prejudicial aos negócios futuros da empresa. O profissional
do marketing deverá considerar não só os custos em que incorrerá com a
manutenção de estoques nos níveis de demanda, como também preocupar-se com
a movimentação das mercadorias, providenciando transportes, condições para
manuseio de mercadorias, armazenamento, entre outros.
Dois conceitos são fundamentais na Distribuição, ou Praça, que seriam:

o Canal de distribuição: consiste no caminho que as mercadorias seguem


desde o produtor até o consumidor. É o complexo de empresas que existe
para distribuir os produtos, desde o fabricante até o consumidor, incluindo
agentes, varejistas e atacadistas.

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o Movimentação física: consiste nas atividades relativas à movimentação
eficiente de produtos do final da linha de produção até o consumidor final.
Inclui as atividades como fretamento, armazenamento, manuseio, controle
de estoques, localização de fábrica, processamento de pedidos, dentre
outros. O conjunto dessas atividades denomina-se logística.

Dentre os tipos de canais de distribuição, relacionando com a prática do


marketing, destaca-se a seguinte figura:

FIGURA 19 – PROCESSO DE MARKETING

FONTE: Disponível em: <http://bumerangmail.files.wordpress.com/2009/10/email-marketing.jpg>.


Acesso em: 07 nov. 2011.

Em relação aos canais de marketing, são dois os elementos principais:

 Varejistas: os varejistas são os intermediários que vendem diretamente


aos consumidores. Alguns deles realizam suas vendas em lojas, como as
de roupas e artigos de moda, enquanto outros realizam seus negócios por

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mala-direta ou máquinas de vender. O varejista é, por excelência, um
prestador de serviços que, além da venda, seleciona mercadorias, toma
providências quanto a crediário, embalagem, serviços de entrega, dentre
outros.
 Atacado: o atacadista é o tipo de intermediário que se caracteriza por
não vender ao consumidor final. Geralmente, compra dos fabricantes,
vendendo a um intermediário ou usuário industrial. O que também
caracteriza a atividade dos atacadistas é o fato de comprarem produtos
em grandes quantidades e revendê-los em pequenas quantidades,
principalmente junto aos pequenos varejistas.

Las Casas (2002) adverte que surge no mercado uma nova forma de
distribuição que está obrigando os empresários a investigar suas diferentes
modalidades. Trata-se da distribuição direta, principalmente a do intermediário
virtual, que não mantém escritórios, porém trabalha via on-line, vendendo diferentes
produtos e serviços. Em mercados mais avançados, o comércio está sendo
praticado desta forma por diversas empresas. A expectativa é de que no futuro
grande parte da distribuição dos produtos seja feita por esta nova modalidade.

FIGURA 20 – E-MARKETING

FONTE: Disponível em: <http://bumerangmail.files.wordpress.com/2009/10/email-marketing.jpg>.


Acesso em: 07 nov. 2011.

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5.5 PROMOÇÃO

FIGURA 21 – COMUNICAÇÃO E MARKETING

FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo/>.


Acesso em: 07 nov. 2011.

Inclui todas as atividades desempenhadas pela empresa para comunicar e


promover os produtos ao mercado-alvo. Dessa forma, o profissional de marketing
deve preocupar-se com as várias formas, que sejam eficientes, para informar aos
consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da proposta da
imagem da empresa.
São diferentes as possibilidades para a realização deste trabalho. O
profissional do marketing conta com a propaganda, com a venda pessoal, com a
promoção de vendas, com o merchandising e relações públicas, Web Marketing,
dentre outros itens que fazem parte do marketing promocional, e que serão
abordados de forma delimitada nos módulos seguintes deste curso.

FIM DO MÓDULO II

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