Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Redator do briefing criativo: O brief criativo é a peça fundamental do trabalho do planner e do processo
criativo.
Mineiro de Insights: Extrair insights das fontes de conhecimento com que se cruza é um dos principais
skills do planner e crucial para a sua contribuição no processo criativo.
Analista de Dados: O planner tem de assegurar a análise de todos os dados que possam ser relevantes
para a comunicação das marcas e para a avaliação da estratégia criativa e dos resultados das campanhas.
Market Researcher: O planner tem de dominar as técnicas e os princípios dos estudos de mercado. Tem
de conseguir desenhar, conduzir, analisar, monitorizar e comunicar os resultados de um estudo. Só assim
tem a legitimidade para julgar a pertinência dos estudos que analisa e para sugerir estudos adicionais que
possam ser necessários.
Moderador de Focus Group: A capacidade de liderar um focus group é essencial, pois esta é uma
ferramenta que permite ao planner um entendimento de um público-alvo e da sua visão do mundo. Exige
do planner skills de psicólogo e de intérprete.
Media Planner: A fragmentação dos media e a alteração dos hábitos de consumo dos meios “obrigam”
que o planner tenha um entendimento do papel e da eficácia de cada meio, por target e por categoria, na
concretização dos objetivos da marca.
“Futurologista”: Cabe ao planner estar a par das tendências e dos movimentos sociais que se estão a
formar ou a manifestar. É um tipo de conhecimento que pode ser posto ao serviço das marcas e de projetos
específicos. O planner tem ainda o dever de tentar perceber o porquê das mudanças que observa.
5 perguntas cujas respostas proporcionam u conhecimento da marca e do contexto apontando assim uma
direção do caminho a seguir:
1. Porque é que as pessoas em geral compram os produtos desta categoria? – A principal motivação
de consumo
2. Porque é que umas marcas são compradas em vez de outras? – o discriminador entre as opções
disponíveis
3. Qual o processo de decisão dos consumidores que os consumidores vivem até escolherem uma
marca? Como podemos influenciar essas escolhas? – Compra de rotina? Compra planeada? Compra
por impulso?
4. Quais as barreiras que desencorajam o consumo da nossa marca? - Preço? Performance? Novos
hábitos?
5. Quais as mais valias da nossa marca que devemos proteger?
Modelo que combina decisões de alto e baixo envolvimento com a preponderância da emoção ou da razão na
decisão para criar uma grelha que indica diferentes abordagens.
1º Quadrante: Estratégia informativa para produtos de alto envolvimento que geram uma resposta mais
racional.
2º Quadrante: Estratégia afectiva que para produtos de alto envolvimento que despertam uma resposta mais
emocional. Produtos relacionados com auto imagem e ego.
3º Quadrante: Estratégia de formação de rotina para produtos de baixo envolvimento relacionados com
processos racionais relacionados com hábitos já estabelecidos.
4º Quadrante: Estratégia de auto satisfação para produtos de baixo envolvimento e relacionados com
respostas emocionais.
Ao perceber onde se situa a categoria de produto que temos em mãos estamos mais equipados para entender as
implicações para a estratégia de comunicação. À partida, para cada um dos tipos de compra, há uma
abordagem mais indicada e com maior probabilidade de alcançar resultados junto dos consumidores.
Informativo: Estratégias de comunicação que reconhecem a predisposição do público para analisar
informação dando-lhes dados sobre o desempenho funcional do produto.
USP: Uma proposta única, simples e motivadora. Se for apelativa para o consumidor gera comportamento e
repetição de compra.
Branding: Os hábitos dificilmente se mudam. Para entrar na rotina das pessoas a comunicação tem de “forçar”
comportamento de modo a criar uma disrupção numa rotina já estabelecida. Grandes promoções, eventos
extraordinários, inovações de produto e disrupções de comunicação têm o poder de interromper ciclos e
quebrar hábitos antigos e introduzir novos.
Top of Mind: Comunicação que privilegia o impacto relegando para segundo plano (ou ignorando totalmente)
as informações sobre o produto.
Prazer: Aqui está a comunicação que estimula os sentidos e que desperta vontades e “fomes”. É uma
comunicação que pode recorrer a argumentos racionais, mas que usa elementos de outra natureza para gerar
apelo.
Imagem: Comunicação em que se estabelece o património emocional da marca, a sua personalidade, o seu
universo de associações. É usada por marcas que “ajudam” os utilizadores a criarem e a projetarem uma
imagem mais interessante e atraente para si e para os outros.
- Permite identificar substitutos da nosso produto (exterior à categoria), os elementos que influenciam a
escolha, a tendência para a fidelização a uma opção ou a alternância entre várias, a necessidade de informação,
a importância dos prescritores e outras informações que podem ser determinantes para a
definição da estratégia.
Este modelo constrói uma “escala de imediatismo” de resposta à comunicação. Parte de uma visão
simplista em que a comunicação afecta a acção imediatamente e progride numa sucessão de respostas cada
vez menos imediatas e directas que vão da procura de informação até ao reforço de atitudes.
Resposta direta - A comunicação que exige uma resposta direta. Uma promoção em que é preciso telefonar
imediatamente, um banner que oferece um desconto imediato na compra de um livro ou a comunicação de uma
oferta limitada.
que os elementos racionais são preponderantes: férias, seguros, produtos financeiros ou automóveis, por
exemplo. A reação que se pretende obter é: Tenho que saber mais sobre isto
Relacionar com necessidades e desejos próprios - Normalmente relacionado com novidades que chegam ao
mercado e que têm potencial para captar novos clientes através dos novos atributos que apresentam.
Relembrar satisfação - reforçar/reordenar short list Ideal para compras de rotina e baixo envolvimento onde é
fundamental manter a marca no top of mind para proteger o “ataque” de novos players que venham romper
com rotinas estabelecidas.
Modificar atitudes - É mais indireto e desafiante, visto que exige ultrapassar preconceitos existentes em
relação a uma marca ou categoria de produto e promover a sua reavaliação.
Reforçar atitudes - Reação procurada por marcas líderes e marcas que pretendem manter o status quo. A
comunicação reforça as convicções que as pessoas já têm relativamente à marca. É dirigida sobretudo aos
atuais clientes da marca.
Uma análise que “obriga” a definir prioridades e a tomar decisões sobre os elementos estruturais de qualquer
estratégia: problema/ oportunidade, grupo alvo e tarefa para a comunicação.
3. Sales increasing tautology
É uma ponte entre o pensamento estratégico e a comunicação eficaz (comunicação que envolve os
consumidores racional e emocionalmente e que é capaz de promover uma mudança nos seus
comportamentos e/ou pensamentos).
É o principal instrumento que o planner (juntamente com o account) utiliza para desbloquear o talento
e a imaginação da equipa criativa.
Tem de ser breve e conciso, mas mais que um resumo da informação recebida.
Deve ser criativo e o resultado de um pensamento original, novo e imaginativo.
Tem de informar e inspirar a equipa criativa.
Tem de ser simultaneamente um exercício de síntese e de expansividade. Reduzir a informação que
foi recolhida junto do cliente, dos estudos de mercado e de todas as fontes consultadas e condensá-la
numa ideia única e poderosa que abra um mundo de possibilidades à equipa criativa.
Deve promover o triunfo da simplicidade sobre a complexidade. Nem tudo o que se sabe sobre o tema
é relevante para o brief.
Dar à equipa criativa uma visão realista dos objetivos que a comunicação deve e pode alcançar
Promover um entendimento claro das pessoas que devem ser atingidas pela comunicação
Clarificar qual a mensagem que tem maior potencial de agir sobre o target
Se não for relevante para consumidor, não é relevante para o brief criativo - Se alguma da informação que
temos em mãos não ajuda a criar a ponte entre a marca e o consumidor dificilmente ela será relevante para o
pensamento da equipa criativa.
Cria-se a partir do brief de não para o brief - As palavras que estão no brief não têm de aparecer na
comunicação. O brief não é um livro de instruções nem um espartilho. É uma direção que se segue, mas com
liberdade de criação.
O brief é um anúncio para a equipa criativa - Um bom brief tem uma ideia, um insight, um pensamento ou um
ponto de vista que tem de ser “comprado” pelos criativos. Deve gerar entusiasmo pelo projeto, vontade de criar
e de fazer um bom trabalho.
Uma estratégia de comunicação é uma ferramenta que favorece a coerência, o consenso e a continuidade, na
medida em que sustenta as decisões de comunicação, articulando-se com a estratégia de marketing.
O Diagnóstico da Comunicação - Definição da oportunidade ou problema que temos para a nossa marca /
produto.
Tudo o que pode influenciar as ações do anunciante, tais como, o Mercado, Compradores e consumidores, a
Concorrência, o Portfólio, as Cadeia de distribuição, o Programa de Vendas, a Publicidade antiga e atual, as
Promoções, os PR e Patrocínios, Outros suportes de comunicação
-Devem ser quantificados, com prazo delineado, claros e precisos, mensuráveis, realistas e devem contribuir
para o atingir dos objetivos de marketing (estratégia integrada).
Definição de alvos - Diferentes ações / ferramentas de comunicação podem ter alvos de comunicação
diferentes.
Alvo de marketing corresponde aos consumidores / compradores atuais ou potenciais da marca / produto.
Alvo de comunicação é um alvo específico sobre o qual a comunicação incide, representando
normalmente a fatia mais expressiva do alvo comercial (pode não ser apenas o conjunto de
consumidores/compradores, mas sim outros envolvidos no processo de compra: iniciadores,
influenciadores, prescritores, decisores).
Qual a Estratégia a utilizar? Para responder à oportunidade/problema diagnosticado, que estratégia devo
seguir?
A ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO
Classificação das Estratégias de Comunicação de acordo com os objetivos de marketing
1. Estratégias Concorrenciais
Responde à oportunidade/problema diagnosticado através da concorrência
Objetivo: Crescer/Manter QM %
Tipos de Estratégias Concorrenciais:
De posicionamento
Promocionais
Financeiras
De adesão incondicional
De canibalização
Comparativas
Pode ser:
Posicionamento com base em atributos racionais/funcionais (Aroma – ambientadores; Potência
– carros, Eficácia de limpeza – detergentes). Ex: Novo Óleo Fula - para quem ama os fritos,
mas odeia o cheiro
Posicionamento com base em benefícios emocionais (Sucesso junto do sexo oposto –
perfumes; Bem-estar pessoal – desodorizantes; Social/convívio – cervejas).
Objetivo: aumentar vendas através de um maior investimento > maior cobertura > maior SOV >
aumento de notoriedade
3. Estratégias de Fidelização
Trabalham a relação com os atuais consumidores da marca.
Objetivo: Manter atuais consumidores
Como fidelizar: - Performance do produto/qualidade do serviço; - Distribuição; - Preço; - Serviços
associados. Ex: Marketing Direto (Ex.: excelência no serviço pós-venda)
O planeamento estratégico deve criar condições para que aconteça um SALTO CRIATIVO (uma nova
perspetiva de olhar para a marca/produto e para aquilo que estes prometem ao consumidor).
Quanto mais original for o conhecimento de um planner, melhor será a ideia criativa. É a capacidade de
ver para além do óbvio, descobrindo o insight mais valioso, que conduz à criação de grandes marcas e
campanhas
Ideia
Quando o motor da criatividade parte de uma ideia concreta que destaca um benefício-chave do
produto/marca. É uma abordagem que assenta num conceito específico e que gera diferenciação relevante
através de aspetos muito concretos da marca ou produto.
Território
Quando a marca se apropria de um território de comunicação, usando-o para se diferenciar das restantes
marcas concorrentes. A abordagem é sensorial e genérica, não se focando num benefício concreto.
Esta abordagem é muito utilizada quando a marca não tem nada de muito diferente da sua concorrência
que possa ser alavancado pela comunicação.
Cabe-nos identificar um território que não esteja ocupado pela concorrência e que seja relevante para a
marca em questão.
Valor
Quando a marca se apropria de um Valor, tornando-o o centro da sua comunicação. Este Valor distingue-a
da sua concorrência e torna-a relevante junto de um consumidor que se identifique com esse Valor.
É uma abordagem essencialmente emocional, não abordando benefícios específicos da marca ou produto.
EX: BEN AND JERRY’S – comunicam que pagam o preço justo pela matéria prima
Disrupção
O método da disrupção obriga-nos a olhar para o mercado e para o consumidor à procura de uma verdade
tida como estabelecida (convenção/insight) com o objetivo de contrariar, de modo a criar uma nova visão
que surpreenda o consumidor, que chame a sua atenção, e que o persuada.
EX: DOVE – we believe that there are no perfect moms. Only real ones.
Qualquer que seja a metodologia de planeamento estratégico, todas elas têm como ideia central atingir este
salto criativo, normalmente expresso através de um conceito que será posteriormente trabalhado pela
equipa criativa, e que os orienta, desde o início, numa determinada direção para chegar a uma ideia
criativa.
O conceito/pensamento chave surge no planeamento estratégico e tem como objetivo dar origem a uma
ideia criativa
A ideia criativa, normalmente criada pela equipa criativa, decorre do conceito e destaca um benefício-
chave do produto
O Briefing Criativo é um documento que define a estratégia de comunicação de uma marca, face a um
(ou vários) objetivos de marketing
Tem como objetivo orientar e inspirar a equipa criativa em torno de um conceito que será traduzido por
eles numa ideia criativa que terá várias execuções destinadas a vários canais de comunicação
Pensamento-Chave / Conceito é:
A Ideia Criativa é:
Uma única ideia, derivada do conceito, que é representada em todas as execuções criativas durante um
Problemas frequentes:
Excelente Ideia, mas não responde ao Brief: O brief não contempla os insights corretos e está
desinspirador? A Ideia está adequada à marca e ao objetivo pedido?
Excelente Ideia, mas não é “campaignable”: A Ideia continua a ser excelente quando adaptada a cada
canal? Qual o papel de cada canal? Qual a sua complementaridade?
Ideia responde ao Brief, mas é “pobre”: Conseguimos uma Ideia melhor? O brief é pouco inspirador?
Há um conhecimento profundo da marca e do target? Não existiu o salto criativo?
Ideia “pobre” mas “campaignable”: Como funcionará e que tipo de campanha será? Responde ao
brief? Pode ser adaptada a diferentes canais?
Resumindo:
A Ideia Criativa (Campaign Idea) deve ser sempre avaliada tendo em atenção o Insight, os objetivos
do Brief, se é derivada do Conceito e se cumpre o seu papel nas diferentes Execuções.
As Execuções devem expressar a Ideia nos diferentes canais, de acordo com as características de cada
canal, sempre em linha com a estratégia de comunicação.
A “Excelência” de uma Ideia é subjetiva, mas resulta de uma combinação de originalidade, relevância
e clareza quanto à resposta que irá gerar. Normalmente uma excelente Ideia estimula outras pessoas a
facilmente construírem algo adicional sobre essa Ideia.
MIX DE COMUNICAÇÃO
É a escolha que fazemos sobre os instrumentos de comunicação a utilizar e a alocação do budget disponível
de acordo com os objetivos de comunicação, estes integrados com os objetivos de marketing.
Mix de Comunicação:
Exs:
aumentar notoriedade: Mass Media (escolher os meios que mais se adequam ao target)
atingir alvos mais restritos: PR & Patrocínios
gerar experimentação: Promoções ao consumidor & Sampling
RESULTADOS
- “Brand health” antes e depois de uma campanha (notoriedade, clareza do posicionamento, valores
associados à marca, etc)
- Campanha de media
- Uplift de vendas