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01 - PESQUISA DE MERCADO
EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Revisado em: 01.03.2020.
Conteúdo Programático: 01- Conceituação e Reflexão sobre a importância da Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda - 02- O
Consumidor / Tipos de Pesquisa - 03- Processo de Pesquisa - 04- Aplicações de Pesquisa Quantitativa - 05- Problema de Pesquisa – Abordagem do Problema
(Formulação e Definição dos Objetivos de Pesquisa) - 06- Determinação dos Temas de Pesquisa para Trabalho de Campo.
e-mail: casulo.jorge@gmail.com
A Pesquisa de Mercado deve ser feita para verificar a validade e a viabilidade de uma hipótese ou
responder questões-chave do negócio.
Ela deve ser entendida apenas como um meio para obter informações e consequentemente dar base a
decisões melhores no âmbito do Marketing da empresa ou futura empresa.
Não se faz pesquisa apenas por fazer. Antes de qualquer coisa, precisa haver uma dúvida, uma
questão, uma percepção de que algo ocorre no mercado.
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1.3 - A EMPRESA DEVE RECORRER ÀS PESQUISAS SEMPRE QUE TIVER QUE
TOMAR DECISÕES DE MARKETING IMPORTANTES, TAIS COMO:
- Ajustar preços;
2 - O CONSUMIDOR/TIPOS DE PESQUISA
- Potencial de Consumo = Usada para avaliar a demanda de produtos e serviços e embasar decisões
de entrada em mercados desconhecidos.
- Satisfação do Cliente = Usada para identificar falhas e oportunidades de melhoria nos produtos e
serviços, e pode ser feita de forma contínua ou esporádica.
- Teste de novos produtos e serviços = Utilizado para avaliar e ajustar produtos, reduzindo os riscos
dos lançamentos.
- Escolha de Ponto de Venda = Usada para avaliar a melhor alternativa de local para a instalação de
determinado negócio.
- Preço (Venda ou Compra) = Usado para ajustar preços e o posicionamento de mercado, bem como
para avaliar a viabilidade da entrada em novos mercados.
3 – PROCESSOS DE PESQUISA
Desde a mais simples até a mais complexa Pesquisa de Mercado deve ser planejada para evitar falhas de
todos os tipos, desde a escolha incorreta do método a ser usado até a importância das informações obtidas
para o processo decisório.
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A Pesquisa de Mercado pode ser dividida em 7 (sete) etapas:
3) Questionário de Pesquisa
4) Aplicação da Pesquisa
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3.3. – CLASSIFICAÇÃO DE PESQUISA
- As pesquisas Primárias, que são aquelas realizadas especificamente por uma empresa com finalidades
restritas a seu escopo.
- As pesquisas Secundárias, muito abrangentes e feitas por setor de atividade econômica, geralmente pelo
Governo (IBGE) ou por Entidades de Classe (SEBRAE), Conselhos Regionais (Federais), Sindicatos, etc.
- A Pesquisa Quantitativa, que é em sua essência um processo de medição, por isso segue
critérios matemáticos bastante rígidos.
- Anuários, Revistas e Publicações setoriais especializadas e promovidas pela iniciativa privada ou por
Entidades de Classe.
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- Pesquisas de potencial de consumo, participação e tendências de mercado, entre outras, comercializadas
por empresas de pesquisa.
Pesquisa Qualitativa:
Deve sempre ser realizada por profissionais especificamente habilitados nessa metodologia.
- Entrevista em profundidade =
Em situações nas quais o “focus group” não pode ser aplicado, a Entrevista pessoal é uma das
alternativas mais usadas para a Pesquisa Qualitativa.
Perde-se o efeito da interação do grupo, porém é possível identificar detalhes que não aparecem nas
discussões grupais.
O entrevistador deve ser altamente qualificado, pois além de conduzir a entrevista ele irá avaliar os
resultados.
Espera-se que sejam obtidas informações sobre expectativas, angústias, incertezas e preocupações
sobre o produto ou assunto em questão.
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- Consumidor Oculto =
- Teste Clínico =
4. 3 – PESQUISA QUANTITATIVA:
Procura levantar indicadores numéricos no mercado, por isso segue rigorosos critérios estatísticos
como Amostragem, Margem de Erro, Estimativa, Desvio Padrão, etc..
A Pesquisa por Amostragem, provavelmente a mais conhecida, utiliza conceitos estatísticos que
permitem escolher com segurança apenas uma amostra como representante de um universo muito maior de
clientes.
As questões-chave para a Pesquisa Quantitativa por Amostragem são: Desenho da amostra,
Definição das margens de erro a serem praticadas (através de Tabelas Estatísticas), Definição do tamanho da
amostra e Elaboração e Forma de aplicação do questionário.
Já o Censo, outra forma de Pesquisa Quantitativa, obriga que o levantamento seja aplicado em 100%
do público-alvo, o que muitas vezes encarece ou inviabiliza o processo de coleta de dados.
Uma pergunta recorrente na Pesquisa Quantitativa é “Quantos formulários são necessários para obter
uma resposta confiável?”
Apesar de importante, essa dúvida é facilmente respondida quando se conhece um pouco mais de
Estatística. Os valores referentes ao tamanho da amostra já foram estudados intensamente e há muito tempo
existem tabelas que nos dão com precisão esse tamanho em função da margem de erro que desejamos em
nossa pesquisa e o tamanho absoluto do universo amostral ou mercado.
Mais importante ainda que dimensionar corretamente o tamanho da amostra é escolher
criteriosamente os entrevistados, cuidando para que não ocorra qualquer tipo de contaminação na amostra.
Além das formas tradicionais já apresentadas, existem ainda outros caminhos para obter informações
importantes para o processo decisório de marketing.
- Observação Direta =
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- Relacionamento com Fornecedores =
Buscar informações através do contato com Vendedores e Distribuidores. Apesar de ser uma fonte
rica de referências do mercado, pode ser tendenciosa, pois a fonte possui interesses comerciais.
- Internet =
Através de Sites de busca e pela visitação aos Websites de Fornecedores, Clientes e Concorrentes.
Tem a vantagem de ser rápida e barata, porém fica restrita às empresas que já estão na Rede.
Essa pesquisa se vale da obrigação das empresas do tipo Sociedade Anônima, publicarem seus
Balanços. Em casos específicos é possível identificar demandas e tendências, porém depende de análise
muitas vezes minuciosa e complexa.
- Definição de Problema:
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5.2 – PROBLEMA DE ORDEM PRÁTICA
Direcionados para respostas que ajudem a subsidiar ações. Ex: empresa do ramo de cosméticos
deseja saber o perfil de seus consumidores, com vistas a lançamento de um novo produto.
Direcionados para a avaliação de certas ações ou programas. Ex: efeito de uma determinada
campanha de esclarecimento sobre os perigos da cólera.
Direcionados à predição de acontecimentos, com vistas a planejar uma ação adequada. Ex: Petrobrás
está interessada em verificar em que medida a construção de uma planta de gasolina poderá concorrer para a
deterioração ambiental de uma determinada área.
É possível ainda considerar como problemas de interesse prático, embora mais próximos dos
problemas de interesse intelectual, aqueles referentes a muitas pesquisas que são realizadas no âmbito dos
cursos universitários de graduação. Esses problemas servem, normalmente, para um treinamento do aluno na
elaboração de projetos de pesquisa.
b) Direcionados para áreas já exploradas, com o objetivo de determinar com maior precisão e apuro as
condições em que certos fenômenos ocorrem e como podem ser influenciados por outros.
Ex: pesquisa a partir de um grupo de crianças de faixa etária entre 0 a 14 anos, que dispõe-se a
verificar até que ponto uma teoria sobre os estágios de desenvolvimento infantil pode ser ou não
comprovada.
Formular um problema científico não constitui uma tarefa fácil e, por isso, o treinamento
desempenha um papel fundamental nesse processo.
Por estar estreitamente vinculada ao processo criativo, a formulação de problemas não se faz mediante a
observação de procedimentos rígidos e sistemáticos. Contudo, existem algumas condições que facilitam essa
tarefa, tais como:
2. Estudo da literatura existente e discussão com pessoas que já tenham experiência prática no campo
de estudo em questão.
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A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de certas regras práticas
para a formulação de problemas científicos. Entretanto, vale ressaltar que, em alguns casos, o problema
proposto não se adequa a essas regras. Isto não significa, porém, que ele deva ser abandonado. Muitas vezes,
o melhor será proceder à sua reformulação ou esclarecimento.
Esta é a maneira mais fácil e direta de formular um problema e contribui substancialmente para
delimitarmos o que é o tema da pesquisa e o problema da pesquisa.
Tomemos por exemplo uma pesquisa sobre a disciplina de Questão Metodológica. Se eu disser que vou
pesquisar sobre esta disciplina, pouco estarei dizendo (este é, provavelmente o meu tema).
Mas, se propuser: "que fatores provocam o sono nas aulas de Questão Metodológica?" ou "quais as
características dos alunos que frequentam a disciplina de Questão Metodológica?", estarei efetivamente
propondo problemas de pesquisa.
O problema não pode ser solucionado se não for apresentado de maneira clara e precisa. Com
freqüência, problemas apresentados de forma desestruturada e com erros de formulação acarretam em
dificuldades para resolvê-los.
Por exemplo, "como funciona a mente do designer?". Este problema está inadequadamente proposto
porque não está claro a que se refere. Para solucionar o impasse, deve-se partir para uma das muitas e
possíveis reformulações à pergunta inicial: “Que mecanismos psicológicos podem ser identificados no
processo de projetar, vivido pelo designer?”
Pode ocorrer também que algumas formulações apresentem termos definidos de forma não adequada, o
que torna o problema carente de clareza.
Seja, por exemplo, "A abelha possui inteligência?". A resposta a esta questão depende de como se define
inteligência. Muitos problemas deste tipo não são passíveis de solução porque empregam termos retirados da
linguagem cotidiana que, em muitos casos, são ambíguos.
Os problemas científicos não devem referir-se a valores, percepções pessoais, mas a fatos empíricos. É
bastante complexo investigar certos problemas que já trazem em si uma carga muito grande de juízos de
valor.
Por exemplo, "a mulher deve realizar tarefas tipicamente masculinas?" ou "é aceitável o casamento entre
homossexuais?".
Estes problemas conduzem inevitavelmente a julgamentos morais e, conseqüentemente, a considerações
subjetivas, invalidando os propósitos da investigação científica, que tem a objetividade como uma das mais
importantes características.
Um problema pode ser claro, preciso e referir-se a conceitos empíricos, mas, se não for possível coletar
os dados necessários à sua resolução, ele torna-se inviável.
Por Exemplo, "ligando-se um winchester de um computador à memória de um homem, é possível
realizar transferência de dados?".
Esta pergunta só poderá ser respondida quando a tecnologia neurofisiológica progredir a ponto de
possibilitar a obtenção de dados relevantes.
Para formular adequadamente um problema é preciso ter o domínio da tecnologia adequada à sua
solução.
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5.9 - O PROBLEMA DEVE SER DELIMITADO A UMA DIMENSÃO VIÁVEL
Em muitas pesquisas, o problema tende a ser formulado em termos muito amplos, requerendo algum
tipo de delimitação.
Por exemplo, "o que pensam os designers?". Para começar, seria necessário delimitar o universo dos
designers: homens, mulheres, jovens, idosos; de produto, gráfico; etc...
Seria necessário ainda delimitar o "que pensam", já que isto envolve muitos aspectos, tais como:
percepção, religião, sociais, econômicos, políticos, psicológicos, profissionais, etc...
A delimitação do problema guarda estreita relação com os meios disponíveis para investigação. Por
exemplo, um pesquisador poderia pesquisar o que pensam os designers cariocas sobre a sua profissão, mas
não poderia pesquisar todos e tudo que os designers pensam sobre todas as coisas.
A especificação do objetivo de uma pesquisa responde às questões para quê? E para quem?
Os objetivos de um trabalho englobam as seguintes partes:
5.11 - TEMA
É o assunto que se deseja pesquisar ou desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada
pelo pesquisador, de sua curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da
própria teoria.
O tema também pode ter sido "encomendado" por instituições, grupos socias, etc.., o que não lhe tira o
caráter científico.
Está relacionado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco,
quer dos fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se diretamente à própria significação da
tese proposta pelo projeto.
Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado,
atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares.
A escolha do tema pode e deve ser orientada pelo Profissional responsável pela pesquisa. Porém,
quanto mais o tema despertar o interesse do profissional que irá fazer a pesquisa, em conformidade com sua
posição ideológica, maior será a motivação do mesmo em desenvolver o trabalho.
Para se ter uma visão clara do tema é indicado ao profissional a leitura prévia de textos sobre o
assunto ou algum conhecimento anterior obtido através de leituras e aulas assistidas.
Pode-se optar por um tema sobre um assunto pouco conhecido. Ainda assim, a leitura prévia de
textos é de vital importância.
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6.3 - A LIMITAÇÃO DO TEMA:
Tendo em vista o tema escolhido, é necessário submetê-lo a questões, levantadas e respondidas pelo
próprio profissional, para se verificar se o assunto continua ainda muito amplo.
Isto permitirá a definição de um tema específico, restrito.
A determinação do tema exige a verificação prévia do material bibliográfico, da facilidade para seu
manuseio, da possibilidade de elaboração de pesquisas de campo (Ex: Entrevistar pessoas, Visitar locais).
Pode-se alterar o tema inicialmente escolhido ao se verificar que o mesmo não está adequado ao
trabalho de pesquisa. Deve-se, porém, consultar o Profissional responsável pela pesquisa.
“Imaginação é mais importante que conhecimento.” Albert Einstein, físico alemão (1879-1955)
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