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I. Introdução:
1. Observação;
2. Formulação de hipóteses;
3. Predição do futuro;
4. Verificação das hipóteses.
Deve-se ressaltar que cada uma dessas etapas envolve preparo e envolvimento dos
profissionais relacionados com o processo, conforme veremos a seguir:
Bell (2008) aponta que para a elaboração de uma pesquisa, é preciso que se
escolha um tema, se identifique os objetivos do estudo, planeje e esquematize a
metodologia adequada, além de criar instrumentos para a execução, negociando
acesso a instituições, materiais e pessoas para coletar dados que serão
posteriormente analisados e apresentados em forma de relatório.
Já para Lakatos e Marconi (2008, p. 3), “[...] pesquisa é uma teoria, que serve como
ponto de partida para a investigação bem sucedida de um problema”. As autoras
ainda ressaltam que a pesquisa é um processo com inúmeras fases, que envolve
desde a formulação de um problema até a apresentação dos resultados, e que, para
ser válida, deve estar apoiada em fatos observados e comprovados. Além disso, a
pesquisa de problemas práticos geralmente fornece conhecimentos com aplicações
imediatas.
Para Gil (2009, p. 17), “[...] a pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos
conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros
procedimentos científicos”. E complementa observando que: “[...] a pesquisa é um
procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas
aos problemas que são propostos”.
O autor ainda aponta que pesquisas são realizadas pelos mais diversos motivos,
porém estes podem se subdividir em dois grandes grupos, que envolvem razões de
ordem intelectual e razões de ordem prática. “As de ordem intelectual têm como
objetivo conhecer pela própria satisfação de conhecer, e as de ordem prática visam
conhecer para fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz” (GIL, 2009, p. 17).
● Formulação do problema;
● Construção de hipóteses;
● Determinação do plano de pesquisa;
● Operacionalização das variáveis;
● Elaboração dos instrumentos de coleta de dados;
● Pré-teste dos instrumentos;
● Seleção da amostra;
● Coleta de dados;
● Análise e interpretação dos dados;
● Redação do relatório com as conclusões da pesquisa.
Quanto à natureza:
A principal característica desse tipo de pesquisa é que seus resultados são estruturados
com dados estatísticos em percentuais, que permitem adotar ações mais pontuais nos
planejamentos. Por exemplo, em uma pesquisa desse tipo, é possível detectar que em
torno de 70% dos entrevistados pretendem comprar novamente determinado produto em
um prazo de 30 dias. Mesmo com uma margem de erros nos resultados, é possível
perceber que a empresa precisa se preparar para essa demanda. Esse tipo de pesquisa é
muito usado também para detectar respostas mais simples a algum questionamento, como
as de intenção de votos, sobre preferência por determinados programas ou marcas etc.
Alguns usos mais comuns em marketing são para detectar quantas pessoas usam um
determinado produto ou serviço ou quantas demonstram interesse em um novo conceito de
produto, para estimar o potencial ou o volume de um negócio e para medir o tamanho e a
importância de segmentos de mercado (ETHOS, 2002). A pesquisa quantitativa é
normalmente mais apropriada para detectar opiniões objetivas, atitudes e preferências,
como comportamentos. Seus formulários devem ser elaborados com perguntas diretas,
objetivas e que sejam facilmente quantificáveis. Por outro lado, não é apropriada para
diagnosticar motivações, ou os “porquês”, apenas os fatos ou as possibilidades. Essas
pesquisas também são denominadas de pesquisas fechadas, devido ao formato estruturado
dos seus formulários, cujas opções de respostas são fechadas, ou seja, permitem apenas
uma limitada opção de alternativas. Para elaborarmos um formulário de pesquisa, podemos
trabalhar com três tipos específicos de perguntas:
● Perguntas abertas: Em que o entrevistado está livre para emitir sua opinião. Mais
indicada para pesquisas qualitativas e de opinião;
● Perguntas fechadas: Em que o entrevistado deve enquadrar sua opinião nas opções
de respostas contidas no questionário. Elas envolvem escolha entre um dos itens
listados, conceituação (ou nota) para itens listados, hierarquização dos itens (grau
de preferência entre as opções disponibilizadas) etc;
● Perguntas dicotômicas: Em que o entrevistado pode escolher apenas entre duas
respostas (sim ou não, certo ou errado, feminino ou masculino etc.);
As perguntas fechadas, ou seja, com respostas de múltipla escolha, são mais fáceis para
tabular e tomam menos tempo do entrevistado. No entanto, existem algumas perguntas que
mesmo apresentadas sem listras respostas possíveis permitem apenas limitadas
possibilidades. Por exemplo, se perguntarmos para um indivíduo em qual estação do ano
prefere agendar suas férias, mesmo que as respostas sejam baseadas em características
dessas estações, é possível tabular tudo em quatro grupos (primavera, verão, outono e
inverno). Caso um entrevistado responda que é no calor, automaticamente, a resposta
acaba sendo tabulada como verão; quando responde que é no frio, tabula-se como inverno;
quando nascem as flores, primavera; quando as folhas caem, outono. No entanto, para
classificar algumas respostas, é necessária uma interação maior do entrevistador para
poder adequá-las, como aquelas relacionadas à meia-estação, estação das chuvas, entre
outras.
Dessa forma, para se obter melhores resultados, é importante que os formulários para
aplicação da pesquisa sejam muito bem elaborados e também bem aplicados, para evitar
equívocos na interpretação das perguntas, o que pode levar a respostas também
equivocadas. Existem diversos formatos e estruturas de formulários de pesquisa
quantitativa. Alguns são bem simples e objetivos, já que tentam responder apenas
questionamentos pontuais. Outros precisam de uma estrutura mais elaborada para poder
obter o máximo de resultados com a sua aplicação. A seguir, ilustrações de alguns tipos de
formulários.
Para poder obter ainda mais consistência nas pesquisas quantitativas, é importante que os
formulários não contenham apenas perguntas específicas sobre o assunto que se pretende
analisar, mas também alguns dados que possibilitem conhecer melhor esse entrevistado.
Para se montar um formulário de pesquisa, deve-se dividir as perguntas em três partes. A
primeira parte é levantar o perfil demográfico do entrevistado e deve conter perguntas como
idade, sexo etc., além de questões que detectem sua classe social. A segunda deve conter
questões que delimitam o perfil comportamental do entrevistado, levantando hábitos e
costumes. Essas duas primeiras partes têm a incumbência de verificar se esse público é
realmente aquele que interessa e como essas pessoas pensam e se comportam.
Por fim, a última parte da pesquisa deverá conter perguntas que se relacionem com o
problema a ser pesquisado, seja um novo produto ou serviço ou uma alteração nos já
existentes. Nessa parte, as perguntas deverão ser específicas sobre a questão, os
concorrentes, as qualidades do novo produto, os defeitos anteriormente encontrados no
mercado etc. Quanto mais perguntas forem feitas, mais fácil será de se chegar a um
diagnóstico sobre a utilidade e a importância do produto ou do serviço que estará sendo
criado ou pesquisado. A seguir, veremos um modelo completo (simulado) de formulário para
pesquisa quantitativa:
1) Sexo:
Feminino – Masculino.
2) Idade:
18 a 21 anos; 22 a 25 anos; 26 a 30 anos; 31 a 35 anos; 36 a 40 anos; 41 a 45 anos; 46 a
50 anos; 51 a 55 anos; 56 a 60 anos; 61 a 65 anos; 66 ou mais
3) Classe social: (Assinale a quantidade dos itens relacionados a seguir que você possui
(0; 1; 2; 3; 4 ou +)
TV em cores; Rádio; Banheiro; Automóvel; Empregada mensalista; Máquina de lavar
roupa; Vídeo Cassete/DVD; Geladeira; Freezer (individual ou duplex)
4) Assinale o grau de escolaridade do chefe da sua família:
Analfabeto / primário incompleto/ até 3ª série fundamental; Primário completo / ginásio
incompleto / até 4ª série fundamental; Ginásio completo / colegial incompleto /
fundamental completo; Colegial completo / superior incompleto / médio completo;
Superior completo
5) Qual seu ramo de atuação profissional?
Indústria, Comércio, Saúde, Educação, Serviços, Cargo Público, Autônomo,
Outro ________________________
6) Qual cargo você ocupa?
Empresário, Gerente/diretor, Coordenador/supervisor, Analista/assistente, Estagiário,
Outro ________________________
7) Qual meio de comunicação você utiliza com mais frequência para se informar?
Revista, Jornal, Rádio, Televisão, Internet.
8) Quais suas opções de lazer mais frequentes?
Viagem, Esportes radicais, Casas noturnas (baladas), Leitura, Teatro, Ouvir música,
Visitar amigos, Jogos eletrônicos, Cinema, Restaurantes, Assistir TV, DVD / Netflix.
9) Que estilo de carro você prefere?
Van, Minivan, Compacto, Esportivo, Sedan, Hatch.
10) Qual sua marca automotiva preferida?
Fiat Chevrolet Ford Renault Volkswagen Peugeot
Outros: __________________________________
11) Com que periodicidade você utiliza o seu veículo?
Diariamente, Eventualmente, Raramente, Só nos fins de semana, Só para viajar, Quando
tenho algum compromisso distante, Em dias de chuva/frio.
12) Você precisa utilizar o carro em suas atividades profissionais?
Sim - Não
13) Onde você costuma estacionar o seu veículo?
Rua, Estacionamentos particulares, Estacionamentos abertos,
Outros _________________________________
14) Tem seguro de automóvel?
Sim – Não
15) Qual seu principal critério de avaliação na escolha de seu seguro de automóvel?
Preço, Credibilidade, Tempo de mercado, Segurança, Promoções, Atendimento.
16) O que o deixa mais insatisfeito com sua seguradora?
Segurança, Guincho 24 horas, Descontos, Assistência automotiva, Atendimento, Preço.
17) Na sua opinião, qual a melhor seguradora?
Itaú Seguro Auto, Porto Seguro, Bradesco Seguro Auto, Sul América Allianz.
Outra __________________________________
Deve-se destacar que a tabela utilizada na questão 3, para detectar a classe social do
consumidor, faz parte do Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), da
ABEP(Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa),no qual a pontuação obtida na
quantidade de bens do consumidor deve ser somada com a do grau de estudo do chefe de
família para compor a classe social. Os valores para a classificação são apresentados a
seguir, dentro do Critério Brasil ABEP, base 2013.
As classes sociais são divididas conforme o número de pontos obtidos na soma dos itens
discriminados em: A; B1; B2; C1; C2; D e E.
d. Análise dos dados: Deve-se atentar para o fato de que cada objetivo estabelecido no
planejamento resultará em, pelo menos, uma questão no formulário da pesquisa
qualitativa. Por exemplo, se tivermos como objetivo detectar que características o
consumidor busca em determinado produto ou serviço, precisamos ter pelo menos
uma pergunta no formulário em que o entrevistado aponte o que ele anseia
encontrar ao procurar o tipo de produto ou serviço em questão. Desta maneira,
ficará mais fácil analisar os dados obtidos.
Redação do relatório final: Finalizada a análise, procede-se ao relatório final que deverá ser
conclusivo, demonstrável e apoiado em bases estatísticas. É recomendável que esse
relatório seja ilustrado por gráficos e tabelas demonstrativas.
II. Levantamento de Informações: dados primários e dados secundários
É importante ressaltar que pesquisas podem ser efetuadas tendo como base de
levantamento das informações dados primários ou dados secundários. Essa denominação é
dada conforme os instrumentos que estão sendo explorados na condução da pesquisa. Ou
seja, se estão sendo usados resultados já obtidos e publicados por outros pesquisadores, o
levantamento está partindo de dados secundários. Caso a pesquisa esteja sendo realizada
por meio de levantamento de informações ainda não reveladas e aplicadas em campo, tem
como ponto de partida o levantamento de dados primários.
Portanto, o fechamento amostral por saturação teórica ocorre com a suspensão de inclusão
de novos participantes a partir do momento que os dados obtidos começam a apontar para
uma certa redundância (ou repetição) dos coletados anteriormente. Com essa repetição, os
resultados que poderão ser obtidos acabam não sendo considerados relevantes, já que
pouco acrescentam ao material coletado, não contribuindo significativamente para o
aprofundamento dos resultados. Portanto, conclui-se pela opção do fechamento amostral.
Neste tipo de pesquisa se leva em consideração os tipos de amostras ou amostras por
princípios. A seguir, apresentamos algumas formas de estabelecimento de amostras,
levando em conta os princípios pelos quais elas são agrupadas:
● Princípio 1º: probabilidade (ou amostra probabilística): Leva em conta que, se uma
pequena parte do todo apresenta determinada característica, a probabilidade é que
o todo também a apresente. Ex.: ao analisarmos uma pequena quantidade de
sangue de determinado paciente e encontrarmos indícios de infecção, a
probabilidade é que todo o sangue desse indivíduo apresente a mesma
característica. Da mesma forma, se, ao provarmos uma pequena quantidade de
suco, percebermos que está muito doce, a probabilidade é que toda a jarra
apresente a mesma característica;
● Princípio 2º: casualidade (ou amostra casual): Aqui, deve-se apontar que todas as
pessoas têm a mesma chance de serem abordadas para uma pesquisa. O que faz
com que algumas sejam abordadas mais de uma vez e outras nunca é a
casualidade. Ao desenvolver um trabalho de pesquisa isento e que vise obter melhor
representatividade de um grande contingente de pessoas, a escolha dos elementos
da amostra precisa ser aleatória. O fundamental é que a amostra represente bem o
conjunto todo, por isso a seleção aleatória, garantindo a casualidade da escolha,
para evitar que o inquérito seja tendencioso;
● Princípio 3º: a lei dos grandes números: Ao se realizar uma pesquisa, pressupõe-se
que os entrevistados são honestos e dispostos a colaborar ao responder às
perguntas. Porém invariavelmente encontramos respostas erradas na amostragem,
as denominadas “não respostas”, seja por desinteresse, desconhecimento ou
qualquer outro fator. Na lei dos grandes números, essas respostas falsas são
compensadas, já que há uma alta probabilidade de que outras respostas erradas se
opunham a elas. Ou seja, se um entrevistado ao ser questionado sobre qual o seu
candidato para as próximas eleições responde propositalmente errado e aponta um
que não é o seu escolhido, outro entrevistado que cometa o mesmo equívoco ao
inverso pode compensar o seu voto errado. Isso equilibra as respostas;
Como os dados obtidos durante a realização da pesquisa podem ser muito estratégicos, é
necessário que se adotem alguns padrões de cuidados. Dessa forma, grande parte das
empresas de pesquisa restringe em seus bancos de entrevistados profissionais que atuem
direta ou indiretamente com a área de comunicação (propaganda, marketing, jornalismo,
relações públicas e outros) ou que tenham parentes que atuem nesses segmentos. Isso
porque algumas das informações obtidas pelos entrevistados durante o processo poderiam
ser repassadas indevidamente para o mercado por meio de suas atuações profissionais.
b. Home visit: O site do grupo Keyresearch cita que essa técnica permite que
profissionais das áreas de desenvolvimento de produto e marketing observem os
hábitos dos consumidores em seu próprio domicílio. O objetivo é verificar e avaliar
os processos de uso de diversos tipos de produtos: limpeza do lar, cuidados com a
roupa, preparos de alimentos, cuidados com bebês e crianças, cuidados com
higiene pessoal e estética etc. Essa técnica permite possíveis adequações físicas no
produto e na embalagem. Tal fato contribui também para a criação de rotas para a
linha de comunicação. As visitas nos domicílios são pré-agendadas e duram de uma
a três horas. Normalmente, são realizadas de quatro a oito visitas por objetivo. Cada
uma é gravada em áudio e vídeo, e costuma-se recolher todo o material utilizado na
atividade observada;
f. Mystery shopper: Como o próprio termo sugere, essa técnica utiliza a presença de
um pesquisador “disfarçado” de cliente, caracterizado de acordo com o perfil do
estabelecimento avaliado. Com o apoio de um roteiro memorizado, o pesquisador
observa e simula uma série de procedimentos de compra. Dependendo do
estabelecimento, dos produtos e do tipo de contratação da técnica, a avaliação
termina com a compra concluída. Quando possível, todo o processo de campo é
guardado discretamente em áudio e vídeo. Esse tipo de pesquisa traça um perfil do
desempenho e do atendimento da loja resultando em diversos processos de
decisões e, principalmente, em formulação e formatação de um treinamento para a
equipe de vendas e atendimento do estabelecimento;
g. Painéis interativos: A própria denominação aponta que esse instrumento atua com
painéis de discussão (ou interação) entre os participantes. Esses painéis têm como
principal vantagem a amostra, ou seja, o público que participa deles interage de fato
com o produto ou o serviço analisado e não apenas se prontifica a responder
questões superficiais sobre ele. Outra grande vantagem é que esse público é
pesquisado periodicamente, o que possibilita a detecção de alterações no cenário de
aceitação ou satisfação com o produto e a percepção de necessidades de
modificações, ampliações ou adaptações;
“Como eu uso o carro para trabalhar e círculo o dia inteiro pela cidade, minha
maior preocupação é com segurança, mas conforto também é importante”;
5. Pesquisa de Opinião:
Outra forma de influência pode não ser tão explícita, mas ainda assim acabar por
modificar a opinião manifestada do entrevistado, diferente de sua opinião de fato.
Por exemplo, um entrevistado acredita que não seja “politicamente correto” afirmar
ser a favor da pena de morte, mesmo essa sendo a sua real opinião, e, ao ser
questionado, opta por afirmar o que imagina que o entrevistador queira ouvir, para
não ser “mal visto” perante a sociedade. Assim, é importante que o entrevistador e o
instrumento de entrevista estejam preparados para detectar o que há por trás das
opiniões manifestadas, atingindo as reais opiniões dos entrevistados.
Essas informações podem ser usadas para desenvolver estratégias de marketing que
possibilitem um diagnóstico adequado às realidades e às necessidades da empresa,
permitindo assim planejar, desenvolver e integrar soluções em marketing, oferecendo aos
clientes e prospects melhores serviços para relacionamentos duradouros. Para se chegar a
um diagnóstico preciso e elaborar uma perfeita estratégia de marketing, é importante contar
com dados confiáveis sobre o maior número de itens possíveis, como: pontos fortes e
fracos do seu produto ou serviço, situação de mercado, concorrência, fornecedores,
matérias-primas, clientes, entre outros.
Para melhor alavancar os dados como um ativo da empresa, o negócio deve adotar uma
estratégia de informação, que pode exigir a implementação de uma variedade de sistemas
de pesquisas comerciais que avaliem as transações comerciais e o comportamento do
mercado, e capacitam os líderes empresariais a tomar decisões mais informadas e mais
rápidas. Para obter o máximo de benefícios do sistema de informação a empresa deve
explorar todas as suas capacidades.
O SIM oferece um sistema de suporte à decisão estratégica e a escolha das táticas mais
adequadas, tanto no âmbito de produtos e serviços quanto na comunicação com o
mercado, e permite que os gerentes de marketing e gestores de comunicação possam
recorrer a relatórios predefinidos, desenvolvidos pela própria companhia ou ad hoc
(contratados fora) para apoiar o planejamento de operações e as decisões de implantações
estratégicas de marketing.
Com o SIM, os gestores encontram respostas a perguntas específicas como um meio para
avaliar o possível impacto de uma decisão antes da implementação. As respostas às
consultas podem assumir a forma de um relatório com resumo de dados, como um relatório
de faturamento do produto por trimestre. Para realizar uma análise, os empresários e os
gerentes usam uma interface do banco de dados para produzir uma representação gráfica
específica (gráfico) de um indicador de desempenho chave que mede o progresso para
atingir um objetivo específico. Por exemplo, um painel de fabricação pode exibir um gráfico
que representa o número de produtos fabricados em uma determinada linha, quanto desse
produto foi distribuído e qual a sua contribuição econômica para o portfólio da companhia.
7. Tipos de pesquisa mais utilizados em marketing e comunicação de marketing:
Em marketing, para cada situação a ser analisada, há uma pesquisa mais adequada. De
qualquer forma, como marketing apresenta problemas e situações diversificadas, necessita
também de pesquisas diversificadas para atender às suas necessidades. Existem várias
maneiras de se classificar os tipos de pesquisa aplicadas em marketing, e cada empresa
organiza sua forma de classificá-las e explorá-las. A seguir, são apresentados os tipos mais
usados para cada situação.
b. Pesquisa descritiva: envolve descobrir a frequência com que algum fenômeno ocorre
ou a relação entre dois fatores. Esse tipo é dirigido para a resolução de problemas
ou a detecção de alternativas para um processo em questão. Envolve entrevistas
pessoais, por telefone, questionários, observação formal, painéis, grupos de foco e
outros formatos que trazem resultados mais substanciais. Os resultados são
explorados nas campanhas de comunicação, por exemplo;
c. Pesquisa causal (ou explicativa): busca entender a relação que ocorre entre duas
situações distintas. As pesquisas causais procuram explicar por que um fenômeno
ocorre, os motivos para sua existência, além das causas, mede também a
intensidade dele e testa hipóteses previamente estabelecidas. No marketing, as
pesquisas explicativas mais frequentes são os testes de mercado;
k. Painéis de mídia: São grupos de discussão que, por atuarem em várias situações
com o mesmo grupo de pesquisados, propiciam resultados mais consistentes. Por
serem realizadas repetidamente com os mesmos consumidores, essas pesquisas
apontam alterações no mercado ou no perfil de aceitação do grupo de consumidores
a determinados meios ou veículos. Esses instrumentos de aferição da comunicação
são de grande importância para as organizações, No entanto, vale ressaltar que,
para terem seus resultados potencializados, devem sempre ser analisados em
parceria com os demais instrumentos de pesquisa que apontam mudanças e
tendências no mercado e no comportamento do consumidor e da sociedade como
um todo.
8. Comunicação de marketing: conceituação:
Canais Instrumentos/Características
Voz Fala
Características Vocais
Qualidade da Voz
Objetos Vestuário
Cosméticos
Semáforos
Pense nos itens do quadro e reflita sobre a situação de um promotor (ou promotora) no
momento em que está exercendo a sua profissão. Um profissional de comunicação deve
estar atento a todos os aspectos, porque as interações acontecem nas entrelinhas. Se fosse
você o promotor, neste momento, deveria indagar: A sua voz hoje está alta ou baixa,
demonstrando cansaço? E seu corpo transmite a alegria do momento ou demonstra o final
de um expediente extenuante? Seus olhos semifechados serão mais tristes que os abertos?
Sua boca cerrada demonstra irritação enquanto o sorriso abre caminhos? Um promotor não
pode se dar ao luxo de não sorrir em ação? Suas mãos gesticulam de maneira explicativa
ou exageram no diálogo com o outro? Pense nisso, você verá que existe uma avalanche de
informações acontecendo ao mesmo tempo.
Os objetos são peças de comunicação. A roupa de sexta-feira pode demonstrar que você
terá um encontro depois do trabalho, ou que terá um casual day corporativo, ou, ainda, que
é segunda-feira. Pode significar coisa pior, que você não estar vestido (a) corretamente para
o evento. Os cosméticos para as mulheres determinam o grau de intensidade das atitudes e
ações, quanto mais capricho na maquiagem, mais importante o evento. O conceito mais
difícil relaciona-se ao ambiente. Tudo determina a comunicação: se o espaço é grande ou
pequeno, se o dia está claro e ensolarado, se as cores são estimulantes ou promovem
aconchego. Claro que você não determina o sol, mas pode ter uma indicação boa sobre o
estado de espírito de um interlocutor, já que a tendência de as pessoas ficam mais quietas e
fechadas em dias nublados, por exemplo, é maior.Em termos de espaço físico, pense no
seguinte exemplo: é bastante incomum que uma grande empresa multinacional tenha uma
recepção pequena? Por quê? Basicamente porque não seria condizente com seu porte e
não demonstraria seu poder de ação. Pessoas que enriquecem rapidamente para ampliar
suas residências. Essa é uma característica do ser humano. Porém, apesar de todos esses
aspectos, a comunicação depende de um elemento-chave que não está sob total controle
do emissor (primeira parte da comunicação), mas pode ajudar muito na relação com o
receptor (segunda parte da comunicação).
Para McQuail (2012), a comunicação de massa é o processo pelo qual uma pessoa, um
grupo de pessoas ou uma organização cria uma mensagem e a transmite através de algum
tipo de meio para uma audiência grande, anônima e heterogênea. Isto implica que a
audiência da comunicação de massa é composta principalmente de diferentes culturas,
comportamentos e sistemas de crenças, e, desta forma, engloba também o conceito de
cultura de massa, isto é, um conjunto de ideias e valores que se desenvolvem a partir de
uma exposição comum através da mesma mídia, envolvendo fontes de notícias,
informações, propaganda, música e arte.
Os três conceitos (missão, visão e valores) definem posturas e tomadas de decisão que são
cristalizadas nas ações corporativas diárias. A manipulação das ferramentas de
comunicação, apoiando e definindo as estratégias empresariais, somadas às ações,
promessas cumpridas e valor oferecido aos clientes, constroem a percepção e a imagem da
empresa percebida pelo mercado. Quanto maior a percepção de que essa equação é na
verdade um processo vivo e retroalimentado, em constante mudança, maior a necessidade
de readequação de objetivos, metas gerais e posturas assumidas pelas organizações, e
reflete também a necessidade de inovação e criatividade por parte dos profissionais de
comunicação envolvidos nesse processo.
Entretanto, precisa ficar claro que ser criativo em comunicação de marketing é atender com
excelência a algumas necessidades de comunicação do produto em relação ao mercado, e
nesse mercado inclui-se o chamado público-alvo. Isso significa que as mensagens criadas
precisam falar com o público certo, na hora certa, no lugar certo e do jeito certo. A maioria
esmagadora dos produtos é concebida com a finalidade de atender necessidades e
expectativas de certos públicos, isto é, são propostos a partir de problemas específicos que
o consumidor do segmento-alvo esperam serem resolvidos em relação às funções que o
produto deve cumprir, e que nem sempre são comuns a uma faixa muito larga de pessoas.
Por exemplo: o sutiã é destinado para mulheres apenas, entretanto, modelos pequenos
podem ser criados para atender a necessidade de uma faixa etária determinada, ainda mais
segmentada, como meninas de onze anos. Meninos não serão considerados para as
abordagens desse tipo de produto. A concepção da mensagem é realizada de modo a
atingir apenas a certo tipo de público-alvo. E se outro tipo de consumidor for impactado pelo
apelo da mensagem será considerado apenas um público de residual.
A criatividade não acontece por acaso. Ela exige um processo cognitivo que produz novas
ideias ou transforma ideias antigas em conceitos atualizados. Criatividade é fundamental
para a Comunicação Integrada de Marketing eficaz. Muitas marcas têm usado a criatividade
para construir imagens de marca com maior significado e para reforçar os benefícios
básicos de seus produtos e serviços. Liderança na criatividade e na arte da propaganda, por
exemplo, ajudam a distinguir as marcas líderes. Saber usar a criatividade para fornecer
mensagens poderosas em comunicação de marketing é fundamental. Ostrower (2009)
explica como um indivíduo pode transformar pensamentos aparentemente aleatórios em
uma combinação ou solução ideal, através de cinco etapas:
Incubação: Enquanto o indivíduo começa a processar suas ideias, elas começam a ganhar
sentido e serem sintetizadas através da imaginação, assim, começa a surgir a ideia criativa.
Durante esta etapa, o indivíduo não tenta ativamente encontrar uma solução, mas continua
a refletir sobre a ideia organizando, misturando, encontrando novas combinações para as
informações manipuladas.
Iluminação: À medida que as ideias começam a amadurecer, o indivíduo tem uma epifania
sobre como reunir seus pensamentos de tal maneira que faça sentido. O momento da
iluminação pode acontecer inesperadamente. Por exemplo, um indivíduo com a tarefa de
montar um conceito de comunicação pode ter uma ideia para um tema ao se dirigir do
trabalho para casa.
Avaliação: Depois que uma solução se revela em uma epifania, o indivíduo então avalia se
o insight vale a pena de perseguir. Uma pessoa pode fazer mudanças em sua solução para
que ela fique mais clara, também pode consultar colegas ou supervisores sobre suas ideias
durante esta etapa, antes de prosseguir. Caso o indivíduo trabalhe diretamente com o
cliente, ele pode procurar a aprovação inicial da ideia antes de passar para a próxima etapa.
a. A “chamada” (título): existe uma grande diferença entre o slogan e a chamada. Esta
última é o título do anúncio, no exemplo da figura 25: “Seu perfume fala muito sobre
você. E sobre sua casa?”; Enquanto o slogan é: “Aroma Terapy. Sua casa na cor e no
cheiro que você gosta”. O primeiro apenas apresenta enquanto o segundo é mais
tendencioso: incita a comprar;
b. O visual: ou seja, uma foto ou uma ilustração, um personagem de desenho animado,
uma pintura, uma tira de quadrinhos ou um desenho simples. Às vezes pode ser uma
montagem de (pelo menos) dois elementos: por exemplo, uma foto e um desenho. O
visual deve atrair a atenção do potencial cliente. Pode ser apenas agradável de olhar ou
criar uma atmosfera. Ele pode visar estimular um impulso de compra. Também pode
fornecer informações e revelar o produto como no exemplo acima;
c. O texto: muitas vezes chamado de mensagem ou copywriting do anúncio, cuja principal
função é apresentar o produto ou o serviço para o cliente potencial e explicar suas
qualidades. O estilo, o tom de voz, o tipo (ou fonte) selecionado e o layout são todos
muito importantes para transmitir uma mensagem integrada, coerente e impactante;
d. O slogan: que é uma frase facilmente lembrada e usada para ajudar a vender um
produto: ele deve ser facilmente memorizado. Na verdade, é um bom resumo das
ideias-chave contidas na mensagem. É preciso considerar que há sempre uma ligação
entre o slogan o tratamento visual e o texto;
e. Outros elementos complementares: pode, por vezes, se encontrar alguns outros
elementos na composição de um anúncio, por exemplo, um cupom de resposta (para
estimular o cliente potencial a adquirir o produto para participar de um sorteio ou
promoção), geralmente é situado na parte inferior do anúncio;
f. O logótipo: ou assinatura é muitas vezes uma marca de comércio e ajuda a identificação
do nome da marca. Pode ser apenas uma solução (como um famoso crocodilo), e pode
ser uma palavra simples, só elaborada com um formato especial de fonte.
As habilidades não verbais, como a linguagem gestual e corporal podem ser tão
cruciais para os profissionais de comunicação de marketing quanto as
habilidades verbais em certas situações, particularmente na ausência de fala
verbal. O contato com os olhos e a linguagem corporal, como a postura, o modo
de andar, de dar um aperto de mão etc. podem transmitir mensagens
importantes para o público e consolidar a credibilidade do profissional. Além
disso, como você ouve as outras pessoas é tão importante quanto o que você diz
a elas. Isso é crucial nas reuniões de clientes ou quando um assessor de
imprensa tenta, por exemplo, persuadir um jornalista a cobrir uma história sobre
a organização.
12. Comunicação de marketing e linguagem visual
Embora este tipo de abordagem possa ser visto como totalmente satisfatório,
Corrêa (2009), recomenda um conceito adicional que se concentra em "trabalhar
de fora para dentro" e propõe uma perspectiva diferente para as organizações.
Quando uma organização adota uma técnica “centrada” no cliente, ela renuncia à
visão de que os clientes são apenas receptores passivos de técnicas de
marketing, passando a se concentrar em ouvir quais são suas necessidades e se
esforçar para satisfazê-las, integrando o cliente no processo de concepção e
desenvolvimento de produtos e serviços.
1808 a 1850 - Fase dos Classificados: A propaganda era apenas uma nota
no jornal sobre o que se queria vender ou promover. Sem difusão de
conceitos ou promessas de satisfação;
1850 a 1913 - Fase do prelúdio Art Nouveau e dos poetas e artistas: Nesse
período os artistas perceberam que suas competências na manipulação
das imagens e dos textos emocionais poderiam ser usadas para promover
a venda de algumas mercadorias, as empresas também começaram a
perceber isso e passaram a contratar artistas como Henri de
Toulouse-Lautrec, genial artista da “Art Noveau”, famoso por seus cartazes
publicitários;
Portanto, quando uma empresa está tentando comercializar o seu produto deve
ter certeza de usar boas técnicas de merchandising para atrair tantos clientes
quantos ela queira. Entretanto, as ações de merchandising são mais
abrangentes.
Brindes: por exemplo, uma lanchonete pode entregar um cartão com seis
espaços para adesivos, que são oferecidos na compra de cada sanduíche. Uma
vez que o cartão estiver cheio, o consumidor pode trocar por um sanduíche
grátis;
Muitos dos exemplos acima são focados nos consumidores. Mas não devemos
esquecer que as promoções também podem ser voltadas para os atacadistas,
distribuidores e revendedores. São estratégias conhecidas com Promoção aos
Pontos de Vendas (ou intermediários). Exemplos podem incluir promoções
conjuntas entre um fabricante e um distribuidor, folhetos de promoção de vendas
e outros materiais gratuitos fornecidos pelo fabricante (tais como t-shirts) e
incentivos para as vendas do distribuidor aos clientes de varejo.
As mídias sociais são serviços de internet que permitem que a empresa interaja
com as pessoas, compartilhe e crie conteúdo por meio de comunidades online.
Começar um negócio online, por exemplo, pode fornecer oportunidades e
benefícios novos. Há muitas maneiras diferentes de fazer negócios online, e é
uma boa ideia sempre considerar quais as mídias sociais que poderiam se
adequar ao negócio da corporação.
Muitas empresas também estão usando a tecnologia online para apoiar seus
esforços de marketing offline. Isso inclui desenvolvimento de aplicativos para
dispositivos móveis, e modificação de sites para garantir que eles funcionem
corretamente em dispositivos móveis, dando aos clientes a opção acesso por
meios diferentes do computador além da opção de pagar online.
Conclusão: