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Bem vindos

Sistemas de produção de
arroz, feijão, mandioca e
milho.
Introdução
Cultura do Arroz
HISTÓRICO
A diversidade da alimentação
e as escolhas alimentares do
homem são únicas entre os
primatas. A alimentação dos
hominídeos constituía-se
essencialmente de frutos e
raízes coletadas,
complementados com um
pequeno aporte proteico
proveniente da caça.
HISTÓRICO

Apenas no início do período


neolítico, com o surgimento
da agricultura no Oriente
Próximo, no Oriente Médio
e depois na Europa, iniciou-
se a cultura de cereais —
principalmente o trigo e o
centeio (FLANDRIN;
MONTANARI, 1998).
HISTÓRICO

Quanto ao arroz, não se


tem certeza se é originário
da Índia ou da China. Mas
sabe-se que por volta de
2.800 a.C. era a planta
sagrada do imperador da
China (FLANDRIN;
MONTANARI, 1998).
HISTÓRICO

Este cereal foi introduzido no Brasil


pela frota de Pedro Álvares Cabral,
porém o seu cultivo em território
nacional só foi relatado após 1530, na
capitania de São Vicente. Espalhou-se
mais tarde por outras regiões do
litoral, sempre em pequenas lavouras
de subsistência, principalmente na
região Nordeste (PEREIRA, 2002).
HISTÓRICO

• Foi em 1904, no município de Pelotas, no estado do Rio


Grande do Sul, que surgiu a primeira lavoura
empresarial, já então irrigada. Depois, a cultura chegou
a Cachoeira do Sul, no mesmo estado, e, a partir de
1912, teve grande impulso, graças aos locomóveis. Estes
veículos, movidos a vapor, acionavam bombas de
irrigação, o que facilitava a inundação das lavouras de
arroz (PEREIRA, 2002).
Importância econômica
• O arroz é um dos cereais mais produzidos e
consumidos no mundo, caracterizando-se
como o principal alimento de mais da
metade da população mundial. Somente na
Ásia, de 60 a 70% do consumo calórico de
mais de 2 bilhões de pessoas é proveniente
do arroz e seus subprodutos (FAO, 2004).
HISTÓRICO

A produção mundial
estimada do grão é mais
de 475 milhões de
toneladas, sendo 8,3
milhões de toneladas
produzidas no Brasil
(USDA/FAS, 2015).
Maranhão

• O arroz no Maranhão é um produto de grande valor econômico e social


devido seu relevante papel na dieta maranhense e participação no PIB
estadual. Excetuando-se o sistema de cultivo de várzea com irrigação
controlada e alguns plantios pontuais mecanizados e em terras altas,
predomina no estado o plantio consorciado ou solteiro com baixa tecnologia
e deficiência em assistência técnica. Essa situação leva o estado a um sistema
de produção de arroz de subsistência, o que caracteriza a baixa qualidade
produto. O arroz de sequeiro já teve também uma representação expressiva
quando da abertura de novas áreas, principalmente para o manejo da cultura
da soja nos cerrados maranhenses.
ASPECTOS BOTÂNICOS

O arroz cultivado é uma planta herbácea


incluída na classe Liliopsida
(Monocotiledônea), ordem Poales,
família Poaceae, gênero Oryza. É uma
planta da família das gramíneas que
alimenta mais da metade da população
humana.
ASPECTOS BOTÂNICOS

• É a terceira maior cultura cerealífera do


mundo, apenas ultrapassado pelo milho e
trigo. O arroz é uma gramínea anual,
classificada no grupo de plantas C-3,
adaptada ao ambiente aquático. Esta
adaptação é devida à presença de
aerênquima no colmo e nas raízes da
planta, que possibilita a passagem de
oxigênio do ar para a camada da rizosfera.
ASPECTOS BOTÂNICOS

Exigências climáticas
• Para expressão de seu potencial
produtivo, a cultura requer
temperatura ao redor de 24 a 30°C e
radiação solar elevada, considerando
que a disponibilidade hídrica não é
um fator limitante quando cultivada
em condição de solo inundado.
ASPECTOS BOTÂNICOS

Fases de desenvolvimento
• O ciclo de desenvolvimento do arroz
pode ser dividido em três fases
principais: plântula, vegetativa e
reprodutiva. A duração de cada fase é
função da cultivar, época de semeadura,
região de cultivo e das condições de
fertilidade do solo.
ASPECTOS BOTÂNICOS

Fases de desenvolvimento
• A duração do ciclo varia entre 100 e 140 dias para a maioria das cultivares
cultivadas em sistema inundado, sendo que a maior parte da variação entre
cultivares ocorre na fase vegetativa. As cultivares de arroz de sequeiro tem
duração de ciclo entre 110 e 155 dias.
ASPECTOS BOTÂNICOS

• As distintas variedades diferem no tamanho dos grãos e na altura da planta.


Quase todas elas se cultivam em planícies alagadas que podem continuar
inundadas, mesmo durante o período de crescimento do vegetal. Há
variedades de sequeiro, cultivadas em terras altas.
• O sistema radicular da planta é constituído por numerosas raízes fibrosas,
longas e finas que permitem sua rápida fixação no solo.
ASPECTOS BOTÂNICOS

• Até frutificar, a planta emite novas raízes que, ao se ramificarem,


aumentam a capacidade de absorção de nutrientes, o que
possibilita o cultivo mesmo em solos pobres como, por exemplo,
no cerrado brasileiro.
• Das raízes surgem numerosas hastes formadas por uma série de
nós e entrenós. Cada nó traz uma folha e uma gema. O
perfilhamento das hastes (cilíndricas) é maior nos solos mais
férteis e quando as plantas estão distanciadas entre si.
ASPECTOS BOTÂNICOS

• As touceiras variam de três a cinquenta colmos e cada colmo


termina por uma inflorescência, uma panícula semelhante à aveia.
As espiguetas nascem em uma panícula aberta, que é ereta no
florescimento e decumbente na maturação.
• As flores são hermafroditas. O androceu possui seis estames que
se reúnem em dois verticilos de três estames cada um. O gineceu
tem um único pistilo. O ovário contém um único óvulo. O
estigma, formado por três pequenos lobos, é séssil.
ASPECTOS BOTÂNICOS

• O Grão é formado pelo ovário


fecundado e contém uma única
semente aderida às suas paredes,
pericarpo, envolvida pela lema e a
pálea. Estas, juntamente com as
glumas estéreis e estruturas associadas,
formam a casca. O grão sem casca
denomina-se cariopse.

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