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07/07/2020 Cálculo e Selecção de Correias Transportadoras | Ciência e Tecnologia da BorrachaCiência e Tecnologia da Borracha

Autor Materiais de Engenharia Borracha Proj. de Artefactos Processos Referências Actualizações

Cálculo e Selecção de Correias Transportadoras

Sem pretender desenvolver uma teoria exaustiva sobre o projecto de instalações para transporte de
Navegação
materiais, vamos apresentar, de uma forma sucinta e acessível, as fases de cálculo e dimensionamento
de correias transportadoras. Introdução

A selecção de uma correia transportadora envolve, normalmente, uma das seguintes situações: Sistema Transportador

1. Trata-se de substituir uma correia transportadora numa instalação já existente; Correias Transportadoras – Sua
2. Trata-se do projecto de uma nova instalação. Constituição

No primeiro caso, as características da correia transportadora já são conhecidas, nomeadamente a sua Classificação das Correias
largura, o seu perímetro, o tipo e o número de telas e a espessura e qualidade dos revestimentos. Se o Transportadoras
tipo e o número de telas não são conhecidos, será necessário conhecer a potência do motor de
accionamento e a velocidade da correia transportadora, a fim de definir a constituição dessa estrutura Designação de Correias
resistente. Transportadoras

No segundo caso, é necessário saber qual o material a transportar, a sua granulometria e demais Órgãos e Configurações de um
características (densidade aparente, abrasividade, ângulo de repouso, ângulo de sobrecarga e a Sistema Transportador
inclinação máxima do transportador para diferentes velocidades de transporte), a quantidade de
material a transportar, em Ton/hora (ou em m3/hora), a localização dos pontos de carga e de descarga Materiais de Reforço e suas

bem como a diferença de nível entre estes dois pontos. O conhecimento de todos estes elementos Características
permite definir o traçado do sistema transportador, a largura da correia e a sua velocidade e,
Cálculo e Selecção de Correias
posteriormente, a potência do motor de accionamento, as características dos elementos de suporte, as
Transportadoras
características da correia transportadora e, finalmente, a tensão a aplicar.
Tipo e Espessura dos
Vamos ver, de seguida, as diferentes fases do projecto.
Revestimentos
Material a transportar e sua condição Diâmetro Mínimo das Polias

Conhecido o material a transportar, a sua granulometria e a sua condição (seco, húmido). No Quadro
Distância Mínima de Transição
27 são indicadas as características, para efeito de transporte, de cerca 130 diferentes materiais, muitos
entre os Roletes de Apoio e as
deles apresentando-se com diferentes granulometrias e diferentes condições. São indicados: densidade
Polias de Cabeça ou de Cauda
aparente, ângulo de repouso, ângulo de sobrecarga e ângulo de inclinação máxima de transporte para
determinada velocidade de transporte e a abrasividade. Correias Transportadoras
Especiais
Quadro 27-Caracteristicas Transporte de Materiais
O Fabrico de Correias
Definição da Largura Mínima da Correia Transportadora Transportadoras

A largura mínima da correia transportadora é dependente da granulometria do material a transportar, Componentes


como se pode verificar na Figura 8, a qual mostra as larguras mínimas recomendadas para materiais de
granulometria uniforme e materiais contendo partículas de maior dimensão em mistura com partículas Processo de Construção
mais finas.
Processo de Vulcanização

Inspecção

Correias Transportadoras –
Reparações e Empalmes

Reparação de Correias
Transportadoras

Empalme de Correias
Transportadoras

Empalmes por
Vulcanização

Empalme com
Ligadores Mecânicos

Execução de Empalme por


Vulcanização a Quente

Acondicionamento de Correias

Figura 8 – Largura da correia transportadora em função da granulometria do material Transportadoras

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Velocidade do transportador em função da largura da correia Diâmetro da Correia


Transportadora Enrolada
Na Figura 9 mostra-se a relação de velocidade da correia transportadora, em m/s, com a sua largura,
em mm, para diferentes tipos de materiais. Já conhecedores da largura mínima da correia Conservação de Correias
transportadora e das características do material a transportar, fica a conhecer-se a velocidade de Transportadoras
operação, em m/s.
Normas para Correias
Transportadoras

Ensaio de Correias
Transportadoras

Galeria

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Figura 9 – Velocidade do transportador em função da largura da correia

Cálculo da Quantidade de Material Transportado


Com os elementos já conhecidos, relativos ao material a transportar (a sua densidade aparente, d), a
largura mínima da correia transportadora (b) e a sua velocidade de operação (v), estamos aptos a
calcular a quantidade de material transportado por hora.

Mais geralmente o sistema de apoio de uma correia transportadora é constituído por um rolete, dois
roletes, três roletes ou por cinco roletes (disposição de Garland), como se pode verificar na Figura 10.
Os sistemas de dois roletes podem operar com diferentes ângulos de inclinação; geralmente 20º e 30º.
Nos sistemas de três roletes, o rolete central está na posição horizontal e os roletes laterais possuem uma
inclinação de 20º, 30º ou 45º. Nos sistemas com cinco roletes, o rolete central está na posição
horizontal; seguem-se roletes inclinados de 30º e os roletes superiores inclinados a 45º ou 60º.

Figura 10 – Sistemas de apoio típicos de correias transportadoras

Vamos admitir que a correia trabalha apoiada num sistema de três roletes, com um comprimento w, em
que os rolos exteriores possuem uma inclinação de 45º (ângulo a) (Figura 11). Vamos admitir também
que a correia possui a largura B, que o material transportado possui um ângulo de sobrecarga b, e que a
largura máxima do material na secção de carga é b. A medida x corresponde ao comprimento de correia
em contacto com o material no rolete lateral. Vamos ainda designar por A1 a área da secção transversal

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de carga que corresponde ao ângulo de sobrecarga be A2 a área da secção transversal de carga situada
por debaixo da área A1.A secção transversal de carga é, naturalmente A = A1 + A2.

Vamos considerar, para efeitos de cálculo, as seguintes relações:

b = 0,9.B – 50 (grandezas em milímetros), para correias transportadoras com largura ≤ 2000


mm, e:
b = B – 250 (grandezas em milímetros), para correias transportadoras com largura> 2000 mm.

Figura 11 – Secção transversal de carga, num sistema de apoio com três roletes

Vamos efectuar a comparação dos valores da secção transversal de carga para os diferentes sistemas de
apoio, para uma correia transportadora com 1000 mm de largura, que transporta um material
que apresenta um ângulo de sobrecarga de 15º. No Quadro 28 indicam-se as dimensões dos
roletes, para as várias configurações e para diferentes larguras das correias transportadoras.

As larguras dos roletes para as várias disposições, para a correia transportadora com 1000 m de largura
que vamos considerar, são as seguintes:

Correia apoiada num rolete: 1150 mm;


Correia apoiada em dois roletes: 600 mm;
Correia apoiada em três roletes: 380 mm;
Correia apoiada em três roletes (disposição profunda): 250 mm;
Correia apoiada em cinco roletes: 205 mm.

Vamos então calcular as áreas das secções transversais de carga para os vários tipos de sistemas de apoio
da correia transportadora e efectuar a comparação do ponto de vista de capacidade de transporte das
várias disposições, as quais se mostram no Quadro 29.

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Nota (1) – Considerou-se como secção transversal base de comparação, a secção correspondente à
disposição de suporte com três rolos com os roletes laterais a 30º, a qual é uma disposição muito
utilizada.

A quantidade de material transportado por hora obtém-se com a seguinte expressão:

Sendo:

Q – A quantidade de material transportado, em Ton/hora;

A – A secção transversal de carga, em metros quadrados;

V – A velocidade do transportador, em metros por segundo;

D – A densidade aparente do material transportado, em Ton/m3;

K’ – Um coeficiente que depende do ângulo de inclinação do transportador e que tem os valores


indicados no Quadro 30.

Depois de efectuado o cálculo, se a quantidade de material transportado por hora for inferior à
quantidade pretendida, será considerada uma largura de correia superior e/ou aumentar a sua

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velocidade, desde que se situa no campo adequado da Figura 9. O cálculo deve então ser repetido para
verificação. Caso a quantidade seja superior ao desejado, deve reduzir-se à velocidade de operação, já
que a largura previamente seleccionada da correia transportadora é a mínima para o tipo de material a
transportar. De qualquer forma, o cálculo deve ser sempre repetido para verificação. Por razões de
economia, sempre se procurará utilizar uma correia transportadora mais estreita e que opere a uma
velocidade mais elevada, compactíveis com o tipo de material e com processos de carga e descarga
satisfatórios.

Cálculo da Potência de Accionamento


A Potência de Accionamento P resulta da soma de três parcelas P1, P2 e P3, as quais correspondem,
respectivamente, às potências necessárias para:

O funcionamento da correia transportadora em vazio;


O deslocamento horizontal da carga;
O deslocamento vertical da carga.

Potência P1 para o funcionamento da correia transportadora em vazio

Esta potência é proporcional a um coeficiente C, que é função do comprimento da correia


transportadora (ver Quadro 31), ao coeficiente de atrito f (ver Quadro 32), à distância entre eixos do
transportador L, à velocidade da correia transportadora, v, e a um coeficiente Mv, que é função do peso
de partes móveis existente por metro linear de estrutura do sistema transportador. Assim, temos:

Sendo Pc o peso por metro linear de correia transportadora, δ o ângulo de inclinação do sistema
transportador e M o peso de partes móveis (ver Quadro 31). Com o valor de P1 em CV.

No Quadro 32 são indicados os valores para os coeficientes de atrito f, para três condições de trabalho
da instalação.

No Quadro 33 indicam-se os valores do coeficiente M, que são, afinal, os valores médios dos pesos das
partes móveis, por metro de transportador, em kg/m, em função da largura da correia e do tipo de
serviço para que o transportador foi projectado (serviço leve, serviço moderado, serviço pesado e serviço
pesado com correias com reforço de aço).

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Potência P2 para o deslocamento horizontal da carga

Esta potência é proporcional a um coeficiente C, que é função do comprimento da correia


transportadora (ver Quadro 31), ao coeficiente de atrito f (ver Quadro 32), à distância entre eixos do
transportador L, à quantidade de material transportado Q em Ton/hora, e ao cosseno do ângulo de
inclinação δ do sistema transportador. Assim, temos:

Com o valor de P2 em CV.

Potência P3 para o deslocamento vertical da carga

Esta potência é proporcional à quantidade de material transportado Q, em Ton/hora, e ao desnível H


existente entre os extremos do sistema transportador. Este, por sua vez, está relacionado com a distância
entre eixos L e com ângulo de inclinação δ (H = L x sen δ ):

Com o valor de P3 em CV.

Refira-se que o valor de P3 é positivo para transportadores ascendentes e negativo para


transportadores descendentes.

Conhecidos os valores para P1, P2 e P3, a sua soma dará o valor de P, a potência total necessária para
acionar o sistema transportador:

Ao definir-se a potência do motor a utilizar deve entrar-se em linha de conta com o rendimento h do
dispositivo de accionamento, podendo considerar-se os seguintes valores:

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Para transmissões por engrenagens rectas, h = 0,90 a 0,95;
Para transmissões com engrenagens helicoidais, h = 0,60 a 0,90.

Então, a potência real do motor de accionamento PM, deverá ser:

No Quadro 34 são indicadas as potências dos motores geralmente comercializados.

Cálculo da Tensão de Accionamento


A tensão efectiva Tef, em Kgf, a que a correia fica sujeita pode calcular-se pela seguinte expressão:

Em que P e v possuem o significado já atrás descrito.

Para que a correia não escorregue ou deslise sobre os tambores, é necessário que no troço de retorno
exista uma tensão TR que satisfaça a condição de Eytelwein-Euler:

U é o chamado factor de accionamento. Na expressão de U, e é a base exponencial, μ é o coeficiente


de atrito entre a correia e a polia de accionamento e θ é o ângulo de contacto da correia transportadora
com a polia de accionamento. Portanto, este valor é função do tipo de tambores utilizados – por
exemplo, polias de aço liso ou polias revestidas com borracha, aos quais correspondem diferentes
coeficientes de atrito e é, por outro lado, função do ângulo de contacto da correia transportadora com as
polias de accionamento, portanto função do tipo de accionamento utilizado e é também função do
sistema tensor utilizado. Na Figura 12 são mostrados alguns sistemas de accionamento.

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Figuras 12 – Alguns tipos de sistemas de accionamento

Os valores de U são indicados no Quadro 35, para sistemas de accionamento directo, sistemas de
accionamento directo com polia de encosto e para sistemas de accionamento duplo (dual e
em tandem).

(Clicar para ampliar)

A tensão do troço mais tenso da correia transportadora (que corresponde ao troço carregado – Figura
13) ou tensão de accionamento TA, em kg, tem o seguinte valor:

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Figura 13 – Tensões na correia transportadora nos troços em carga e no retorno

Cálculo da Classe de Resistência da Correia Transportadora


Conhecida a tensão de accionamento TA, pode calcular-se a tensão de serviço TS, pela seguinte
expressão:

Sendo:

TS – Tensão de serviço (em kgf/cm ou kgf/mm ou N/cm ou N/m ou kN/m);

TA – Tensão de accionamento, em kgf;

S – Factor de segurança;

b – Largura da correia, em mm

Para correias transportadoras de carcaça têxtil (excepto poliaramida), o valor do factor de


segurança normalmente considerado, é de 10; em instalações, em que as condições de trabalho são
extremamente severas, pode ser considerado um factor de segurança mais elevado, todavia sem exceder
o valor de 12.

Para correias transportadoras de carcaça em poliaramida, o valor do factor de segurança


normalmente considerado, é de 8; em instalações, em que as condições de trabalho são extremamente
severas, pode ser considerado um factor de segurança mais elevado, todavia sem exceder o valor de 10.

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Para correias transportadoras com carcaça em aço, o factor de segurança pode variar entre 5 e
8 (6,67 é o valor correntemente utilizado a nível mundial); em instalações, em que as condições de
trabalho são extremamente severas, pode ser considerado um factor de segurança mais elevado, todavia
sem exceder o valor de 10.

O valor encontrado para a tensão de serviço define a classe de resistência da correia


transportadora e define, de certo modo, o tipo de reforço a utilizar. Na Figura 14 mostram-se as faixas
de utilização dos diversos tipos de materiais de reforço em função das classes de resistência,
expressas em kN/m.

Figura 14 – Tipos de materiais de reforço e classes de resistência

Definição do Tipo de Material de Reforço e do Número de Telas


da Carcaça
A classe de resistência da correia transportadora define, de certo modo, o tipo de material de
reforço. Alguns dos factores que são decisivos na sua selecção, são os seguintes:

A largura da correia transportadora;


As condições de serviço da correia transportadora, nomeadamente o seu nível de manutenção, o
sistema de carga, impacto do material a transportar na fase de carga e frequência de arranques;
O tipo de material a transportar, nomeadamente a sua granulometria e abrasividade;
A tensão máxima em que opera a correia transportadora (tensão em regime estacionário, picos de
tensão);
Um elevado número de telas diminui a flexibilidade da correia transportadora; a redução da sua
flexibilidade transversal pode comprometer a utilização de elevados ângulos de abaulamento;
Um outro factor não menos importante é o seu custo.

Seleccionado o material da carcaça e conhecida que é a classe de resistência, selecciona-se o tipo de tela
têxtil (se for o caso) e com o auxílio do gráfico da Figura 15 pode determinar-se o número de telas a
utilizar. No eixo das abcissas representa-se a resistência das telas (estão indicadas classes de
resistências, nomeadamente para telas do tipo EP, PP e EE, telas de Rayon, telas de algodão e telas
mistas de algodão com fibras sintéticas (poliéster e/ou poliamida). Face à menos sensibilidade da
representação gráfica para as telas de algodão e algumas telas mistas, o gráfico representado na Figura
16 é uma ampliação da zona 0-140 kN/m (resistência das telas) / 0-1200 kN/m (classe de
resistência da correia transportadora), do gráfico mostrado na Figura 14.

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Figura 15 – Gráfico para determinação do número de telas de algodão, telas mistas, telas EP, telas NN e
telas EE

Figura 16 – Gráfico para determinação do número de telas (para telas de menor resistência – telas de
algodão, telas mistas e telas de rayon)

Para telas do tipo rectilínea, cords ou cabos de aço, pode ser utilizada a representação gráfica mostrada
na Figura 17 a qual pode dizer-se, que é quase desnecessária, pois, como se sabe, é utilizada apenas
uma tela de teia rectilínea, uma tela de cord ou uma fiada de cabos de aço, excepto no caso das telas de
teia rectilínea em que podem ser utilizadas duas telas. As diversas classes de resistência de cabos de aço
são indicadas sobre a linha azul. As classes de resistência dos restantes materiais (telas de teia rectilínea
ou cords) podem ser lidas na escala do eixo das abcissas. Terá sempre de ser utilizado o material de
reforço que possua uma classe de resistência igual ou imediatamente superior à classe de resistência
calculada.

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Figura 17 – Gráfico para determinação do número de telas EPP, DPP e telas de aço (telas de teia
rectilínea, telas de cord e cabos de aço)

Construções mais utilizadas


Telas de Algodão

As telas de algodão possuem, actualmente, uma utilização relativamente reduzida (da ordem dos 5%,
como atrás referimos). As correias transportadoras produzidas com este material de reforço podem ter 2
a 10 telas.

Telas mistas Algodão com Poliéster e ou Poliamida

As telas mistas de algodão com poliéster e/ou poliamida são utilizadas em construções com 2 a 10 telas,
permitindo obter maior resistência do que as telas 100% algodão, como seria de esperar, possibilitando a
sua utilização no fabrico de correias transportadoras de classe de resistência mais elevada.

Telas Poliéster/Poliamida (EP), Poliéster/Poliéster (EE) e Poliamida/Poliamida (PP)

As correias transportadoras fabricadas com estes tipos de materiais de reforço possuem normalmente,
entre 2 e 8 telas. As construções mais utilizadas são indicadas no Quadro 36.

Telas do tipo Teia Rectilínea EPP e DPP (Straight-warp)

Este tipo de construção de telas, porque não apresenta crimp dos fios de teia, possui uma maior rigidez
na direcção longitudinal, o que implica a utilização de polias de maior diâmetro. Este tipo de material de
reforço proporciona, naturalmente, alongamentos muito baixos, o que é vantajoso nalgumas aplicações
(correias transportadoras utilizadas em minas, para transporte de rochas muito duras). A construção
clássica de correias transportadoras com telas deste tipo possui apenas uma tela. Contudo, há
fabricantes que oferecem construções com duas telas deste tipo, o que aumenta ainda mais a sua rigidez
longitudinal. Este tipo de correias transportadoras utiliza, necessariamente, polias de maior diâmetro,
como se verá quando abordarmos este tema.

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Telas em Aço com Teia Rectilínea (SW − Straight-Warp); Telas de Cord de Aço (Steel
Cord); Telas em Cord de Aço com Trama de Aço ou Têxtil; Correias Transportadoras com
Cabos de Aço (Steel Cables); Tecido Sólido (Solid Woven); Telas de Cord de Fibra de Vidro
(Glass Fiber Cord) e Telas em Fibras de Vidro (Glass Fibre Fabrics)

Na construção de correias transportadoras com materiais deste tipo é apenas utilizada uma tela ou uma
fiada de cabos de aço.

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