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1. Objetivo
1.1. Estabelecer as condições seguras para amarração de cargas nos veículos de transporte da 3C e
prestadores, nas atividades de montagem de carga, transporte em rodovias e ou movimentação interna
em almoxarifados e centros logísticos da 3C Services.
2. Aplicação/Abrangência
2.1. Esta norma aplica-se a todos os serviços que evolva amarração de cargas com uso de:
2.2. Cintas têxtil de nylon;
2.3. Estropo de aço;
2.4. Cordas
3. Documentos de referências:
3.1 LEI Nº 11.442
3.2 Resolução CONTRAN Nº 552
3.3 Resolução CONTRAN Nº 735
3.4 ABNT NBR 15883
3.5 Manual e catálogo Levtec Cintas.
4. Definição:
5. Responsabilidades e autoridades
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6.1 Compete ao supervisor de cada unidade avaliar e aprovar o operador da máquina de carga, indicado
para a atividade, definindo qual o modelo que está capacitado a operar.
6.2 Compete ao SESMT juntamente com a liderança imediata realizar os treinamentos específicos sobre a
operação da máquina.
6.3 Compete aos operadores, liderança imediata e o SESMT realizarem auditorias periódicas sobre o
cumprimento desta norma e emitir o relatório com os resultados.
6.4 Compete aos operadores aplicarem seus conhecimentos operacionais nas atividades de movimentação
de carga.
7. Segurança e diretrizes gerais para transporte:
7.1 Todas as cargas transportadas, conforme seu tipo, devem estar devidamente amarradas, ancoradas e
acondicionadas no compartimento de carga ou superfície de carregamento do veículo, de modo a
prevenir movimentos relativos durante todas as condições de operação esperadas no transcorrer da
viagem, como: manobras bruscas, solavancos, curvas, frenagens ou desacelerações repentinas.
7.2 Devem ser utilizados dispositivos de amarração, como cintas têxteis, correntes ou cabos de aço, com
resistência total à ruptura por tração de, no mínimo, 2 (duas) vezes o peso da carga, bem como
dispositivos adicionais como: barras de contenção, trilhos, malhas, redes, calços, mantas de atrito,
separadores, bloqueadores e protetores, além de pontos de amarração adequados e em número
suficiente.
7.3 Os dispositivos de amarração devem estar em bom estado e serem dotados de mecanismo de
tensionamento, quando aplicável, que possa ser verificado e reapertado durante o trajeto.
7.5 Fica proibida a utilização de cordas como dispositivo de amarração de carga, sendo permitido o seu uso
exclusivamente para fixação da lona de cobertura, quando exigível.
7.6 Os veículos deverão ter dispositivos de amarração perfis metálicos em "L" ou "U" nos pontos de fixação,
fixados nas travessas da estrutura por parafusos, de modo a permitir a soldagem do gancho nesse perfil
e a garantir a resistência necessária.
7.7 Na inexistência de pontos de amarração adequados, ou em número suficiente, fica permitida a fixação
dos dispositivos de amarração no próprio chassi do veículo.
7.9 Nos veículos do tipo carroceria aberta, com guardas laterais rebatíveis, no caso de haver espaço entre a
carga e as guardas laterais, os dispositivos de amarração devem ser tensionados pelo lado interno das
guardas laterais.
7.10 Fica proibida a passagem dos dispositivos pelo lado externo das guardas laterais.
7.11 Os casos em que a carga ocupa todo o espaço interno da carroceria, estando apoiada ou próxima das
guardas laterais ou dos seus fueiros, impedindo a passagem dos dispositivos de amarração por dentro
das guardas. Neste caso, os dispositivos de amarração podem passar pelo lado externo das guardas.
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7.12 Os pontos de amarração não podem estar fixados exclusivamente no piso de madeira, e sim fixados na
parte metálica da carroceria ou no próprio chassi.
Dispositivo de
amarração
Dispositivo de
amarração
Guarda lateral
Carroceria
7.13 Para as cargas que não ocuparem toda a carroceria no sentido longitudinal, restando espaços vazios
nos painéis traseiro e frontal, devem ser previstos pelo transportador, além dos dispositivos de
amarração, outros dispositivos diagonais que impeçam os movimentos para frente e para trás da carga.
7.14 No veículo cujo painel frontal seja utilizado como batente dianteiro, o painel frontal deve ter resistência
suficiente para absorver os esforços previstos nas rodovias e adequados ao tipo de carga a que se
destinam.
7.15 Fica proibida a circulação de veículos cuja carga ultrapasse a altura do painel frontal e exista a
possibilidade de deslizamento longitudinal da parte da carga que está acima do painel frontal.
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7.16 As dimensões autorizadas para veículos, com ou sem carga, são as seguintes:
7.17 Nas Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas - CTVP, o espaço ocupado pelas
peças e componentes deverá obedecer aos seguintes limites:
A - Comprimento máximo da carga: limitado à parte do equipamento que fica rebaixada, ou seja, àquela
situada entre o "castelo" inferior (onde o caminhão-trator é engatado ao semirreboque) e os dois eixos do
semirreboque, região tecnicamente chamada de "plataforma inferior" desde que não superior a 10,00 m
(dez metros);
B - Largura máxima: 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros);
C - Altura máxima de carga: 2,25 m (dois metros e vinte e cinco centímetros).
D - Ganchos que se encaixem nas longarinas laterais ou nos estampo dos trilhos, completados por
cintas de nylon dotadas de catracas, com resistência à ruptura de a cordo com a carga, sendo e que
contornem todos os paletes ou racks.
8. Das definições dos métodos de amarração dos componentes.
A- Valor da máxima permitida para um conjunto de amarração na forma enlaçada sem levar em
consideração o fator de segurança, sendo aplicável apenas em casos de amarração direta;
A- Relação entre a força mínima determinada de ruptura (FMR) e a CMT. Em amarração de cargas
este FS deve ser no mínimo de 2:1 e jamais deve ser levado em consideração nos cálculos para
determinar a fixação e movimentação da carga.
A- Força aplicada pelo usuário no tensionador, para alcançar a força de tenção necessária no conjunto
de amarração; imprescindível no sistema de amarração por atrito;
8.4 Tensionadores;
A- Catraca fixa ou móvel, trata-se de mecanismo que traciona e retém a força aplicada sobre a cinta;
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A- Número estabelecido pelo do tipo de material de contato com a carga e do meio de transporte. Pode
ser calculado empiricamente a partir do ângulo quando o atrito passa de estático a dinâmico (quando
a carga começa a se movimentar).
A- Para cargas de alta capacidade, pois faz uso da CMT da cinta, trata-se de um método onde o
conjunto de amarração está fixado entre os pontos de ancoragem da carga e do meio de transporte;
A- As cintas são rotuladas como etiquetas de acordo com a norma ABNT NBR – 15883-2 que contém
informações que permitem rastrear sua procedência com exatidão, indicando seu controle de origem,
modelo, número da ordem de fabricação, data de confecção e histórico de produção.
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A- Fabricadas em aço galvanizado, as catracas fixas possuem aba reforçada e trava de segurança.
Possuem um sistema para ser aparafusado na carroceria metálica ou longarina, o que permite a
utilização de alavancas para tensionamento, gerando assim uma maior tensão dos dispositivos.
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9.4 Proteções:
A- Proteções são usadas para evitar cortes ou diminuir abrasão em cintas de amarração quando
utilizadas em cargas com superfícies ásperas ou com cantos vivos, aumentando a vida útil e
segurança das cintas, gerando economia no consumo, além de evitar acidentes de trabalho, danos
ou queda de carga.
B- Cintas de amarração sem proteção não podem ser usadas em cantos vivos ou ásperas.
A- As cintas devem possuir certificado de qualidade e garantia assegurada de rastreabilidade, dos números
de ensaio de validação, da nota fiscal, responsável técnico e número de pedido do cliente, devendo ser
arquivada até a vida útil de cada cinta.
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11.1 Amarração de cargas ou peação é a forma de impedir que a carga se desloque durante o transporte na
pior das situações; Ex. Frenagem brusca. O ato de tensionar uma carga com um conjunto de amarração
(sistema de amarração por atrito) visa assegurar que a carga não se desloque, evitando um acidente e
garantindo a integridade da carga e a segurança das pessoas envolvidas.
11.2 Só poderá ser utilizado materiais (cintas e acessórios) para meios de amarração de carga, que estejam
em conformidade com a NBR15883.
11.3 Meios impróprios de fixação e amarração de cargas em combinação com a má condução do veículo por
parte do condutor, podem colocar direta ou indiretamente a integridade física de pessoas, animais, bens
ou meio ambiente na zona de perigo do veículo
11.4 Os conjuntos de amarração jamais devem ser utilizados para realizar elevação de cargas.
11.6 Nunca alterar as características de qualquer cinta, recuperações só podem ser realizadas pelo
fabricante.
11.7 Utilize proteções para cintas em partes abrasivas e cortantes de uma carga, para evitar acidentes
causados por ruptura e aumentar a vida útil dos conjuntos de amarração.
11.8 Equipamentos três toneladas e ou cargas remontadas (sobrepostos), devem conter no mínimo duas
cintas, para que seu transporte seja realizado de maneira segura, obedecendo os critérios do cálculo.
A- Na amarração por atrito a carga é pressionada contra o meio de transporte por meio dos conjuntos
de amarração, permitindo assim aumentar o atrito e fixar a carga, mesmo numa frenagem brusca.
B- Variações a serem consideradas na amarração por atrito; Coeficiente por atrito, peso da carga, STF
do conjunto de amarração coeficiente de aceleração e incidência de ângulo.
C- Para proceder com a amarração por atrito, deve-se realizar a unitização da carga, dessa maneira as
cargas “soltas” estão unidas aumentando a segurança do transporte.
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B- Na amarração direta do mesmo modo que na amarração por atrito, deve ser considerado também o
coeficiente de atrito (embora não aumentando, também ‘ajuda’ a segurar a carga), bem como; CMT
do conjunto de amarração, peso da carga, coeficiente de aceleração longitudinal e diagonal,
incidência de ângulo longitudinal e transversal, centro de gravidade e, claro, o peso da carga.
12.1 O cálculo para amarração de cargas, deve sempre levar em consideração os requisitos, determinações e
fundamentação teórica da parte 01 da NBR 15883, conforme exemplo neste procedimento.
12.2 O método mais eficaz para calcular a quantidade e modelo dos conjuntos de amarração é:
A – Calcular a força necessária que o conjunto deve exercer para fixar a carga com Segurança;
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D – Não é permitido fazer uma amarração com apenas 01 conjunto devido a distribuição proporcional de
forças, use sempre 02 conjuntos para melhor capacidade.
A – Colocar a cinta sobre a carga e conectar os terminais nos devidos pontos de ancoragem.
13.3 Tensionamento
A – Introduzir a fita, pré-tencionar (puxar) a fita com as mãos, posteriormente acionando (exercendo
força) a alavanca da catraca repetidamente, ao máximo possível e sem uso de alavancas adicionais,
somente manual.
B – Não deveram ser obtidas mais de três voltas no tambor, caso ocorra, é um indício de que a pré-
tensão manual não foi efetiva ou há algum outro problema grave no conjunto de amarração.
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13.4 Travamento
A - Uma vez tensionado o sistema, acionar a trava de segurança colocando a alavanca da catraca na
posição de fechamento, até que o dispositivo de bloqueio seja devidamente engatado no dente de
segurança.
13.5 A cada 50 KM, deve-se realizar um novo tensionamento, não devendo liberar (destravar) a catraca:
apenas retirar da posição de segurança, acionar novamente a alavanca da catraca e travar novamente.
13.6 Destravamento
A- Presionar a trava de bloqueio e abrir totalmente a alavanca da catraca (até 180º) para proceder com
o destravamento e liberação da tensão.
B- Certifique-se da estabilidade da carga antes do destravamento e tenha cuidado: é obrigatório o uso
de luvas de proteção.
C- O ato do destravamento deve ser realizado com cautela, pois a força de tensão é liberada
instataneamente.
14.1 Antes do tensionamento, puxe o excesso de fitas através da fenda do tambor. Quando a fita é
totalmente tensionada, 2 a 3 voltas de fita estarão no tambor (aproximadamente 4 a 6 camadas de fita).
14.2 A tensão deve ser realizada por uma alavanca ou chave com resistência suficiente para tensões.
14.3 Quando o tensionamento for liberado (liberação ou retirada do sistema de amarração) segure a
alavanca com força e posicione seus pés e corpo para evitar a liberação da tensão da cinta, sempre ficando
lateralmente à catraca.
14.4 Manter um controle firme sobre a alavanca e nunca liberá-la sem verificar a trava para garantir
que ela esteja devidamente presa entre os dentes da catraca.
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14.5 A alavanca deve passar pelo furo, passando pelas paredes do tambor inteiramente. Utilizando
apenas o contato com uma das paredes, há o risco de danificar a estrutura do tambor e eventualmente
falhar e ferir o usuário.
14.6 Somente utilizar alavancas que foram projetadas para tensão e com uma alça antiderrapante.
14.7 Catracas não devem estar localizadas entre os pneus do veículo; isso cria uma condição
potencialmente perigosa.
14.8 Parafusos de fixação da catraca são projetados para posicionar a catraca e serem fixados bem
ajustados.
14.9 Catracas não devem ser carregadas acima do seu limite de carga de trabalho.
14.10 Critérios
A – As catracas devem ser inspecionadas antes de cada uso para garantir que não foram danificadas e
estão em perfeito funcionamento.
B – Antes do uso, devem ser limpas e lubrificadas para garantir que a trava de segurança seja
encaixada entre os dentes de travamento por gravidade. Sujeira, lama, oxidação etc. podem impedir
que a trava caia livremente entre os dentes.
C – Sua armazenagem deve ser feita em um local seco quando não estiver em uso.
15.4 Ao fazer a lavagem das cintas, utilize sabão neutro e adicione medidas de proteção à etiqueta de
rastreabilidade, para evitar a perda/legibilidade das informações.
15.5 Sempre planejar a amarração de cargas, pois é fundamental para o sucesso no transporte.
16 Inspeção e verificação;
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16.2 Devem ser inspecionados os conjuntos de amarração antes de sua utilização, na busca de
agressividades aparentes a qualquer um dos componentes: fita, tensionador e terminais;
16.3 A redução dos acessórios metálicos não pode ser superior a 10% em seus diâmetros ou 5%
para demais medidas (abertura, altura etc.).
16.4 Nas catracas, deve ser observada a condição do tambor (livre de deformações) e especialmente
o funcionamento da trava de segurança (desgastes das engrenagens) e da alavanca (estabilidade do punho,
funcionamento do sistema de travamento);
16.5 As fitas não devem conter cortes (longitudinais ou transversais), abrasão, costuras ou partes das
fitas com desfiamento ou mesmo danos causados por queimadura, solda ou agressividade química.
16.6 Cao sejam constatadas agressões que possam colocar a segurança em risco, imediatamente
devem ser retirados de uso os conjuntos de amarração.
16.7 Além de inspeções visuais rotineiras, devem ser mantidos registros formais de inspeções,
ficando definido a cada 15 dias, mantendo o registro por sequência numérica por veículo registrando na
própria cinta por caneta permanente (modelo em anexo).
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