DE
CARGOS E SALÁRIOS
Carreiras e Remuneração
1ª edição — 1987
2ª edição — 1988
3ª edição — 1989
4ª edição — 1990
5ª edição — 1993
6ª edição — 1996
7ª edição — 1998
8ª edição — 2000
9ª edição — 2002
10ª edição — 2004
11ª edição — 2006
11ª edição — 2ª tiragem — outubro, 2006
11ª edição — 3ª tiragem — abril, 2007
12ª edição — 2007
13ª edição — 2008
14ª edição — 2010
15ª edição — 2011
15ª edição — 2ª tiragem — novembro, 2011
15ª edição — 3ª tiragem — março, 2012
16ª edição — 2013
BENEDITO RODRIGUES PONTES
ADMINISTRAÇÃO
DE
CARGOS E SALÁRIOS
Carreiras e Remuneração
16ª edição
R
EDITORA LTDA.
© Todos os direitos reservados
Janeiro, 2013
Bibliografia.
13-13870 CDD-658.3
Índice para catálogo sistemático:
1. Administração de pessoal: Administração
de empresas 658.3
À memória dos meus pais Joaquim e Joana Pontes,
que forneceram a luz do meu caminho e aos
meus filhos Marcos e Nathalia.
SUMÁRIO
PARTE I
INTRODUÇÃO
PARTE II
ANÁLISE DE CARGOS
Capítulo 3 — Introdução à Análise de Cargos
• Objetivos deste Capítulo .......................................................... 41
• Conceitos .................................................................................. 43
• Etapas da Análise de Cargos .................................................. 48
• Subsídio para Análise de Cargos em Atividades de Recursos
Humanos ................................................................................... 48
• Revisão e Discussão ............................................................... 49
Capítulo 4 — Coleta de Dados
• Objetivos deste Capítulo ......................................................... 51
• Métodos de Coleta de Dados .................................................. 53
• Método da Observação Local ................................................. 53
• Método do Questionário .......................................................... 54
• Método da Entrevista ............................................................... 72
• Métodos Combinados .............................................................. 74
• Revisão e Discussão ............................................................... 76
Capítulo 5 — Descrição e Especificação de Cargos
• Objetivos deste Capítulo ......................................................... 77
• Regras Gerais para Descrever e Especificar Cargos ........... 79
• Descrição Sumária e Detalhada ............................................. 81
• Especificação do Cargo ........................................................... 81
• Descrição de Cargos Executivos ............................................ 81
• Exemplos de Descrição e Especificação de Cargos ............ 82
• Titulação de Cargos ................................................................. 98
• Classificação de Cargos .......................................................... 99
• Catálogo de Cargos ................................................................. 99
• Tendências da Análise de Cargos: Cargo Amplo e por Com-
petência ..................................................................................... 100
• Revisão e Discussão ................................................................ 110
PARTE III
ESTATÍSTICA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO SALARIAL
Capítulo 6 — Estatística Aplicada
• Objetivos deste Capítulo .......................................................... 113
• Revisão de Matemática ............................................................. 115
Somatórios ................................................................................ 115
Progressões aritméticas .......................................................... 117
Progressões geométricas ........................................................ 117
LTR ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 9
PARTE IV
AVALIAÇÃO DE CARGOS
PARTE V
PESQUISA SALARIAL
PARTE VI
ESTRUTURA SALARIAL E POLÍTICA SALARIAL
PARTE VII
PLANEJAMENTO DE CARREIRAS
PARTE VIII
REMUNERAÇÃO ESTRATÉGICA
Recursos da Obra
SALÁRIO E MOTIVAÇÃO
Fritjof Capra
As Conexões Ocultas, Ed. Cultrix
CAPÍTULO 1
SALÁRIO E MOTIVAÇÃO
Nelson Blecher
Artigo “O Fator Humano”
Revista Exame
Uma das questões mais polêmicas referentes a salário é se
este funcionaria como um fator de motivação para os funcionários.
Se estudarmos a evolução do pensamento administrativo, de-
tendo-nos, primeiramente, na “Teoria da Administração Científica”,
de F. Taylor, veremos que essa teoria, dentro de uma abordagem
mecanicista, procura conciliar empresa x empregado em termos de
produtividade x salário. Taylor acreditava poder tornar as fábricas da
época (início do século XX) mais produtivas, pela simplificação
das tarefas e dos movimentos executados pelos empregados, pro-
curando também uma maior especialização de cada funcionário.
Taylor não se preocupava, em absoluto, com a satisfação que
o empregado poderia ter se executasse um trabalho no qual pudesse
acompanhar o processo de produção. Em vez disso, o que encontra-
mos foi o esfacelamento do processo produtivo, tornando o homem
uma máquina, a mais facilmente substituível. O relacionamento so-
cial, também, estava totalmente excluído desse processo. Como
recompensa o empregado recebia melhores salários, mas estes,
embora mais altos, não lhes traziam satisfação, eram apenas uma
forma de garantir a sobrevivência.
Tal situação gerou muitos problemas para os administradores
da época, que não estavam preparados para enfrentar a forte des-
motivação que se generalizava no ambiente das fábricas.
Com os estudos de Hawthorne (final da década de 20, início da
de 30), que serviram de base para a “Teoria das Relações Huma-
nas”, dentro de uma Abordagem Humanística da Administração, E.
Mayo concluiu, depois de anos de pesquisa, que o grupo social, dentro
da organização informal, afeta profundamente as atitudes dos fun-
cionários. A partir de então, começaram a estudar os fatores que
influiriam no processo de motivação dos empregados. Foi percebido
que, isoladamente, o salário não é fator de motivação.
Dentre as teorias motivacionais que se seguiram, dentro da
‘‘Teoria Behaviorista’’, que podemos considerar um aperfeiçoamento
da ‘‘Teoria das Relações Humanas’’, encontramos duas outras que
são extremamente importantes para compreendermos o mecanismo
de motivação do ser humano. São elas a “Hierarquia das Neces-
sidades”, de A. Maslow, e os “Fatores Motivadores e Higiênicos”, de
F. Herzberg.
Para Maslow, as necessidades humanas podem ser divididas
em cinco, dentro de uma escala na qual, a partir do momento em
28 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
SECUNDÁRIAS
+ COMPLEXAS
AUTORREALIZAÇÃO
AUTOESTIMA
SOCIAL
SEGURANÇA
FISIOLÓGICAS
PRIMÁRIAS
E DISCUSSÃO
REVISÃO
CAPÍTULO 2
PLANEJAMENTO PARA
A IMPLANTAÇÃO
Aprovação do projeto
E DISCUSSÃO
REVISÃO
EXERCÍCIO
PARTE II
ANÁLISE DE CARGOS
COLETA DE DADOS
Andy Warhol
CAPÍTULO 3
INTRODUÇÃO À
ANÁLISE DE CARGOS
Termos Definição
s
fís
co
for
Ris
ão
ço
Co
v i s nce ruç
u a nt t
l ra I ns to
s
ç ão men
Cond. i
Trab. ec
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Supervisão
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trim
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Pa
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LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 47
Grupos Ocupacionais
de nível superior
Administrativo
Áreas/Fatores
Operacional
Profissional
nível médio
Técnico de
Gerencial
Instrução X X X X X
Conhecimento X X X X X
Mental
Especialização X X X X
Experiência X X X X X
Complexidade das tarefas X X X X X
Iniciativa X X X X X
Esforço físico X
Posições assumidas X
Física
Habilidade manual X
Concentração mental/visual X X X X
Monotonia X X X
Por erros X X X X X
Por valores (dinheiro, títulos e
documentos) X X X X
Por contatos X X X
Pela segurança de outros X X X X
Por subordinados X
Por decisões X X X X X
Por dados confidenciais X X X X
Ambiente de trabalho X
Cond.
Trab.
Riscos X
48 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
• Avaliação de cargos
• Pesquisa salarial
• Classificação dos cargos em grupos ocupacionais
• Enquadramento do pessoal nos cargos
• Administração dos salários
• Avaliação do desempenho do ocupante do cargo
• Contestações em reclamações trabalhistas
• Treinamento e desenvolvimento de pessoal
• Recrutamento e seleção de pessoal
• Segurança do trabalho
• Pesquisa de hiatos e sobreposição de tarefas
• Elaboração de carreiras profissionais
• Definição de processos
• Implantação de programas de qualidade
• Planejamento de pessoal
E DISCUSSÃO
REVISÃO
• Análise de Cargo
• Cargo
• Descrição de Cargo
• Especificação de Cargo
• Fatores de Especificação
• Função
• Grupo Ocupacional
• Tarefa
1. O produto final da análise de cargos é o “catálogo de cargos
das descrições e especificações de todos os cargos da com-
panhia”. Para obtenção desse produto, é necessário seguir
uma série de passos. Como deve ser o roteiro para a análise
de cargos?
2. Por que é necessário dividir os cargos em grupos ocupacio-
nais para efetuar a análise e especificação?
3. A análise de cargos serve de base para uma série de ativi-
dades em Recursos Humanos. Quais os principais usos da
análise de cargos?
CAPÍTULO 4
COLETA DE DADOS
John Kennedy
MÉTODOS DE COLETA DE DADOS
Vantagens:
• Permite melhor compreensão dos objetivos de cada tarefa, das rela-
ções do cargo com outros, e das operações envolvendo máquinas e
equipamentos.
• Permite verificar in loco as responsabilidades impostas ao ocupante
do cargo e as condições ambientais onde são desenvolvidos os tra-
balhos.
• Não há necessidade de o colaborador paralisar o trabalho.
Desvantagens:
• Método moroso, que encarece o processo de coleta de dados, pois
exige muito tempo do analista de cargos.
• Geralmente as observações têm de ser completadas, uma vez que
surgem dúvidas sobre as tarefas e especificações do cargo.
• Método restrito para a análise de cargos cujas tarefas sejam sim-
ples e repetitivas.
54 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
MÉTODO DO QUESTIONÁRIO
Vantagens:
Desvantagens:
Unidade: .............................................................................
(continua)
56 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
1. Instrução
Qual o nível de instrução que você considera como mínimo
necessário para ocupar o seu cargo? Não mencione o seu
nível de instrução, mas aquele necessário para o exercício
satisfatório do cargo (assinale uma ou mais alternativas).
Superior completo em ......................................................
Pós-graduação em ...........................................................
Especialização em ............................... anos em ..............
2. Quais os conhecimentos exigidos do ocupante do cargo para
realizar as tarefas previstas?
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 57
3. Experiência
Qual o tempo mínimo de experiência para treinar alguém,
com o nível de instrução e habilitação apontados, a desem-
penhar de modo satisfatório as tarefas do cargo? (Não
especifique a sua experiência).
.............. anos no próprio cargo, além de ............... anos nos
seguintes cargos anteriores da carreira:
.................................. anos no cargo: ..................................
.................................. anos no cargo: ..................................
.................................. anos no cargo: ..................................
total da experiência exigida ......................................... anos.
4. Posição do cargo
no organograma Cargo de seu
gerente
Cargos
de seus
subordinados
diretos
número de subordinados
(continua)
58 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
5. Responsabilidades
Total da folha de pagamento sem encargos (anual) ... R$ ...
Total do seu orçamento (anual) .................................... R$ ...
Total da receita operacional (anual) ............................. R$ ...
6. Complexidade das tarefas
Indique sua tarefa mais complexa. Por quê?
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
7. Autonomia
Indique as decisões mais importantes que você toma sem
necessidade de levar à apreciação de seu superior.
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
8. Contatos
Informe as finalidades dos contatos mantidos para a realiza-
ção do seu trabalho.
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
Ensino Médio
Superior completo Pós-Graduação
Além do nível de instrução assinalado, há necessidade de
algum tipo de especialização? Especifique.
................................................................................................
2. Experiência
Qual o tempo mínimo de experiência para habilitar alguém,
com o nível de instrução apontado no item anterior, a de-
sempenhar, de modo satisfatório, as tarefas do cargo? (Não
especifique a sua experiência.) Se para ocupar o seu cargo
for necessário experiência prévia em outros cargos, assinale,
também, essa experiência.
Experiência no Experiência em cargos
exercício do seu cargo anteriores da carreira
Até 3 meses Até 3 meses
de 3 a 6 meses de 3 a 6 meses
de 6 meses a 1 ano de 6 meses a 1 ano
de 1 a 2 anos de 1 a 2 anos
de 2 a 4 anos de 2 a 4 anos
de 4 a 6 anos de 4 a 6 anos
de 6 a 8 anos de 6 a 8 anos
mais de 8 anos mais de 8 anos
Cargos anteriores:
................................................................................................
................................................................................................
(continua)
62 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 63
(continua)
66 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 67
1. Instrução/Conhecimento
Especifique o nível de instrução mínimo necessário para a
execução das tarefas do cargo. Não mencione o seu nível de
instrução, mas, sim, aquele necessário para o desempenho
satisfatório da função.
Ensino Médio incompleto
Ensino Médio completo ou curso profissionalizante de ............
Você utiliza tabelas? Quais? .................................................
Você utiliza instrumentos de medição? Quais? ......................
................................................................................................
Você efetua cálculos? Assinale aqueles que utiliza:
Cálculos simples de adição ou contagens
Cálculo de áreas, volumes ou mecânica
Cálculos geométricos ou trigonométricos
Você lê ou interpreta desenhos ou diagramas? Assinale:
Desenhos ou diagramas simples
Desenhos ou diagramas detalhados
Desenhos ou diagramas complexos
Outros conhecimentos necessários para o desempenho do
cargo. Especifique:
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
(continua)
68 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
2. Experiência
Qual o tempo mínimo de experiência para habilitar alguém,
com o nível de instrução apontado no item anterior, a de-
sempenhar, de modo satisfatório, as tarefas do cargo? (Não
especifique a sua experiência.) Se para ocupar o seu cargo
for necessário experiência prévia em outros cargos, assinale,
também, essa experiência.
Experiência no exercício Experiência em cargos
do seu cargo anteriores da carreira
Até 3 meses Até 3 meses
de 3 a 6 meses de 3 a 6 meses
de 6 meses a 1 ano de 6 meses a 1 ano
de 1 a 2 anos de 1 a 2 anos
de 2 a 4 anos de 2 a 4 anos
de 4 a 6 anos de 4 a 6 anos
de 6 a 8 anos de 6 a 8 anos
mais de 8 anos mais de 8 anos
Cargos anteriores: ...............................................................
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
3. Complexidade das tarefas
Indique qual a tarefa de execução mais difícil. Por quê?
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 69
4. Iniciativa
Como seu superior controla seu trabalho?
Em todas as fases
Na fase inicial e final do trabalho
Na fase final do trabalho
As instruções que você recebe do seu superior são:
Pormenorizadas
Gerais
Quais as decisões que você toma sem consultar seu superior
imediato?
................................................................................................
................................................................................................
5. Riscos/Segurança
Quais os acidentes ou doenças que podem ser provocados
pelo exercício da sua função, mesmo que sejam observadas
as normas de segurança? Assinale:
Probabilidade mínima de acidente
Pequenos cortes ou ligeiras contusões, sem gravidade
Queimaduras, fraturas, perda de um dos dedos, hérnia
Perda de uma vista ou de um dos membros
Incapacidade total, acidente fatal
Diga se o provável acidente exigiria algum tempo de afasta-
mento:
Não requer afastamento do trabalho
Requer afastamento por poucos dias
Requer afastamento por certo período (até 15 dias)
Requer afastamento por período prolongado
Quais os equipamentos de segurança necessários para o de-
sempenho de sua função?
................................................................................................
................................................................................................
(continua)
70 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Pressão Fumaça
Calor Frio
Gases Poeira
Umidade Graxa
7. Esforço físico
O trabalho é executado:
Em pé Sentado
Andando Agachado
O peso carregado é:
8. Esforço visual
Ocasionalmente Frequentemente
9. Esforço mental
Ocasionalmente Frequentemente
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 71
MÉTODO DA ENTREVISTA
• Arquivar documentos.
• Digitar cartas.
• Redigir correspondência.
• Redigir cartas em inglês.
Uma vez obtida a lista das tarefas, será pedido à entrevistada
que diga “como” são realizadas as tarefas:
• Arquivar documentos, separando-os por assunto e em ordem
cronológica.
• Digitar cartas, utilizando editor de texto, através de microcom-
putador.
• Redigir correspondência, baseando-se em outras já expedidas.
• Redigir cartas em inglês, traduzindo rascunhos em português
escritos pelo superior.
Caso o objetivo de cada tarefa não esteja claro, será pedido à
entrevistada que o explique. É claro que, nesse exemplo, esclareci-
mento é desnecessário, uma vez que o objetivo de cada tarefa está
implícito e não teria sentido perguntar “por que você arquiva do-
cumentos?”. A resposta natural seria: “para manter o arquivo organi-
zado”. Assim como não teria sentido perguntar-lhe por que digita
cartas ou redige memorandos.
Portanto, nesta fase da entrevista, devem ser obtidos os dados
referentes às tarefas componentes dos cargos, quanto ao “que é feito”,
“como é feito”, “por que é feito” (quando necessários).
Para facilitar a análise, as tarefas podem ser separadas em
“diárias” e “periódicas”.
Vantagens:
Desvantagens:
MÉTODOS COMBINADOS
E DISCUSSÃO
REVISÃO
CAPÍTULO 5
DESCRIÇÃO E
ESPECIFICAÇÃO
DE CARGOS
Lynda Grayton
“A arte de administrar as pessoas”
Gazeta Mercantil
REGRAS GERAIS PARA DESCREVER E ESPECIFICAR CARGOS
A descrição é do cargo
A descrição e a especificação referem-se ao cargo e não ao
ocupante deste. Portanto, devem ser descritas as tarefas e espe-
cificados os requisitos exigidos pelo cargo e não o que o eventual
ocupante sabe fazer. Dessa forma, se o ocupante de um cargo sabe
um idioma estrangeiro, mas o cargo não exige tal conhecimento,
essa informação não deve fazer parte da descrição e especificação
do cargo.
A descrição é impessoal
A descrição de cada tarefa deve ser iniciada por um verbo que
defina bem a atividade. O verbo deve ser usado na terceira pessoa
do presente do indicativo ou no infinitivo, a fim de tornar a descrição
impessoal.
ESPECIFICAÇÃO DO CARGO
Especificação
1. Instrução
Formação escolar:
Conhecimentos formais equivalentes aos adquiridos em
curso superior completo.
(continua)
86 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
2. Conhecimentos
3. Experiência
4. Iniciativa/complexidade
Tarefas em geral não padronizadas, exigindo iniciativa
para a solução de problemas diversificados. Exige discerni-
mento e desembaraço para tomar decisões mais convenien-
tes. Trabalho que exige ação independente.
8. Condições de trabalho
Normais de escritório.
3. Experiência
Quatro anos, adquirida em cargos da carreira e no próprio
cargo.
4. Complexidade/iniciativa
Tarefas um tanto rotineiras, com algumas variações que
seguem normas definidas. Os problemas que ocorrem são
resolvidos com base em fatos precedentes. Recebe supervi-
são geral, sendo exigida iniciativa para que o ocupante do
cargo possa tomar decisões rotineiras.
5. Responsabilidade por máquinas e equipamentos
É responsável por todas as máquinas e equipamentos sob
custódia do almoxarifado.
6. Responsabilidade por erros
Os erros podem advir de falta de controle na entrada e saída
de materiais e equipamentos. Esses erros podem ser detec-
tados pelos balancetes, mas, mesmo assim, é impossível
atribuir responsabilidade ao ocupante do cargo, o que poderá
causar prejuízos para a companhia.
7. Esforço físico
O ocupante permanece em pé e em movimento a maior parte
do dia, podendo eventualmente carregar pesos. Isso produz
fadiga ao final do expediente.
8. Esforço visual
O ocupante exerce esforço visual na realização do controle
de entrada e saída de bens do almoxarifado, atentando para
detalhes de cada operação — preenchimento de impressos,
conferência de notas fiscais e requisições, etc.
9. Ambiente
O ambiente está sujeito a elementos desconfortáveis, tais
como sujeira, pó, umidade, etc., embora em nível reduzido.
10. Responsabilidade por trabalho de terceiros
Supervisiona diretamente dois auxiliares de almoxarifado e
três ajudantes gerais.
Data da elaboração: / / Revisão:
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 89
Unidade: Manutenção
Descrição sumária
Executa serviços de carpintaria em geral, mediante desenho e
instruções verbais, com a finalidade de construir, assim como
de auxiliar na execução das tarefas de manutenção.
Descrição detalhada
Especificação
1. Instrução
Formação escolar:
Conhecimentos formais equivalentes aos adquiridos no ensino
médio.
2. Conhecimentos
Execução de serviços de carpintaria em geral.
Desenhos de móveis.
Operação de máquinas de carpintaria.
3. Experiência
Três anos, adquirida no exercício do próprio cargo.
4. Complexidade/iniciativa
Tarefas sem rotinas definidas em que o ocupante recebe
supervisão apenas nas fases iniciais e finais do trabalho, para
receber instruções e apresentar resultados. É exigida do
ocupante iniciativa para resolver problemas do trabalho, sem
orientação.
5. Responsabilidade por máquinas e equipamentos
Utiliza em seu trabalho diversas ferramentas, tais como: ser-
rote, esquadro, prumo, nível, trena, martelo, metro, plaina,
chave de fenda, etc., que não se danificam muito facilmente,
e que ficam sob sua guarda.
6. Responsabilidade por erros
O ocupante do cargo está sujeito a cometer erros na exe-
cução de construções de peças, bem como nos cortes e
montagens. Esses erros são facilmente detectados visual-
mente, o que não evita suas consequências, como perda
de material e tempo, bem como a probabilidade de causar
acidentes.
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 91
7. Esforço físico
8. Esforço visual
9. Ambiente
Descrição sumária
Participa de equipe de abertura de clareiras na selva. Opera
motosserras para corte de árvores e arbustos.
Descrição detalhada
• Realiza operação de rapel, descendo de helicóptero, com o
emprego de corda, em mata fechada, a fim de abrir clareiras.
• Participa da abertura de clareiras em mata fechada, de acordo
com a técnica, junto com a equipe de rapel, cortando árvores,
de forma a desmatar uma área.
(continua)
92 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Especificações
1. Instrução
Formação escolar:
Conhecimentos formais equivalentes aos adquiridos no
Ensino Médio.
2. Conhecimentos
3. Experiência
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 93
4. Complexidade/iniciativa
Tarefas rotineiras, com alguns elementos de variedade, em
que o ocupante do cargo recebe supervisão nas fases
iniciais e finais do seu trabalho, para receber instruções e
apresentar os resultados. É exigida do ocupante iniciativa,
para tomar decisões sobre a forma de abrir clareiras, como
também para a sua própria sobrevivência na selva.
5. Responsabilidade por máquinas e equipamentos
Utiliza em seu trabalho motosserras, que não se danificam
facilmente.
6. Responsabilidade por erros
O ocupante está sujeito a cometer erros ao cortar árvores, ao
abrir uma clareira fora das dimensões especificadas ou, ainda,
durante uma operação de rapel. Esses erros podem ser par-
cialmente constatados a posteriori, pelos voos de inspeção e
fotos aéreas da clareira, o que não elimina as suas consequên-
cias, tais como: gasto de tempo e horas de helicóptero para a
reabertura da clareira. Existe possibilidade de acidente com
queda de árvores sobre o pessoal e os equipamentos.
7. Esforço físico
O ocupante trabalha constantemente em posições incômo-
das, carregando a motosserra, sendo exigidas firmeza e força
muscular para operá-la na derrubada de árvores. Ao descer
do helicóptero, transporta a motosserra, o que requer maior
esforço físico.
8. Esforço visual
Pequeno. Exigido apenas para a observação do ponto de
descida na mata, de forma a abrir a clareira.
9. Ambiente de trabalho
O ambiente de trabalho é na selva. Predominam o calor
intenso e a umidade constante; fica sujeito a intempéries,
animais peçonhentos, insetos, doenças tropicais, etc.
Descrição sumária
• Dirige automóveis e utilitários, efetuando transporte de colabo-
radores e materiais.
• Zela pelo funcionamento, abastecimento, limpeza e conserva-
ção do veículo.
Descrição detalhada
Especificação
1. Instrução
Formação escolar:
Conhecimentos formais equivalentes aos adquiridos no En-
sino Médio.
2. Conhecimentos
Habilitação profissional para dirigir veículos.
Conhecimentos rudimentares de mecânica e eletricidade de
automóveis.
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 95
3. Experiência
4. Complexidade/iniciativa
7. Esforço físico
8. Esforço visual
9. Ambiente de trabalho
Unidade: Produção
Descrição sumária
Fabrica, repara, recupera e faz acabamento de peças ou partes
de equipamentos mecânicos, operando máquinas e utilizando
ferramentas manuais.
Descrição detalhada
• Executa trabalhos de manutenção na oficina em bombas,
agitadores, redutores e outros equipamentos mecânicos,
baseando-se em desenhos ou instruções recebidas.
• Desmonta os equipamentos, verifica folgas, tolerância e o
estado de conservação dos componentes, tais como: rola-
mentos, buchas, retentores, selos mecânicos, mancais e
outros. Ajusta, conserta, substitui componentes e monta os
equipamentos, bem como testa os reparos efetuados.
Especificação
1. Instrução
Formação escolar:
Conhecimentos formais equivalentes aos adquiridos no Ensi-
no Médio.
2. Conhecimentos
3. Experiência
4. Complexidade/iniciativa
(continua)
98 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
7. Esforço físico
Esforço físico constante, carregando motores, peças e
equipamentos; o ocupante trabalha em posições incômodas
(agachado, curvado, etc.).
8. Esforço visual
Esforço visual constante para reparar detalhes de equipa-
mentos.
9. Ambiente de trabalho
O ocupante está sujeito a trabalhar em ambientes sujos, com
graxa e barulho.
Data da elaboração: / / Revisão:
TITULAÇÃO DE CARGOS
CLASSIFICAÇÃO DE CARGOS
CATÁLOGO DE CARGOS
PROCESSO
CARGO AMPLO
PROCESSO
Graduação Conceituação
Estrutura do Cargo
Atividades I II III IV
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3
Operar 1 processo x x x x
Operar 2 processos x x x
Operar 3 processos x x
Operar 4 processos x
Liderar equipes x
Operar empilhadeira x x x
Operar ponte rolante e talha x x x x
Alterar variáveis permitidas de processos x x x
Monitorar dispositivos x x x
PROCESSO A
atividade x (deve ser detalhada) x x x x
PROCESSO B
atividade y (deve ser detalhada) x x x x
PROCESSO C
atividade z (deve ser detalhada) x x x x
PROCESSO D
atividade n (deve ser detalhada) x x x x
Estrutura do Cargo
Instrução
I II III IV
Ensino Médio x
Cursando Ensino Técnico ou Superior —
Materiais / Metalurgia / Mecânica / x
Elétrica / Química
Ensino Técnico ou Superior —
Materiais / Metalurgia / Mecânico / x
Elétrico / Químico
Ensino Superior x
110 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Estrutura do Cargo
Experiência
I II III IV
Nenhuma x
1 ano x
2 anos
4 anos x
mais de 5 anos x
Legenda
N — Noções 1 — Executa a atividade sob orientação
B — Básico 2 — Executa a atividade dispensando orientação
D — Domínio 3 — Executa e orienta a atividade
E DISCUSSÃO
REVISÃO
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
ESTATÍSTICA APLICADA
Espinosa
Ética
CAPÍTULO 6
ESTATÍSTICA APLICADA
Rodolfo Hoffman
Estatística para Economistas
Este capítulo procura conceituar os princípios básicos da esta-
tística aplicada à administração de salários de forma simples. Ao final
do capítulo é apresentada a forma de cálculo utilizando planilha ele-
trônica. Todos os conceitos são aplicados em capítulos posteriores.
REVISÃO DE MATEMÁTICA
Somatórios
Exercício 1:
Dados: x1 = 1, x2 = 3, x3 = 5
Resolução: Σ x = x1 + x2 + x3 = 1 + 3 + 5 = 9
Exercício 2:
Dados: x1 = 1, x2 = 3, x3 = 5
Exercício 3:
Dados: x1 = 1, x2 = 3, x3 = 5
Exercício 4:
Dados: Resolução:
x y x y xy
1 2 1 2 2
3 10 3 10 30
5 9 5 9 45
Σ 77
Exercício 5:
Resolução:
x x2 y x 2y y2 xy2
1 1 2 2 4 4
3 9 30 270 900 2.700
5 25 45 1.125 2.025 10.125
Σ 1.397 12.829
Σx2y = 1.397
Σxy2 = 12.829
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 117
Progressões aritméticas
As progressões aritméticas elevam-se segundo uma razão somada
a cada um dos seus termos.
Exemplo:
+2 +2 +2 razão = 2
2 4 6 8
primeiro termo último termo
termos
an - a 1
Fórmula de cálculo: q =
n-1
onde: q = razão
an = último termo
a1 = primeiro termo
n = número de termos a interpolar
Exercício 6:
Qual a razão da progressão aritmética e o valor dos termos,
sendo dados:
an = 42
a1 = 10
n = 5
42 - 10
q= =8
5-1
Termos da progressão: 10, 18, 26, 34, 42.
Progressões geométricas
As progressões geométricas elevam-se segundo uma razão mul-
tiplicada a cada um dos seus termos.
Exemplo:
x2 x2 x2 razão = 2
2 4 8 16
primeiro termo último termo
termos
Fórmula de cálculo: q = n - 1 an
a1
118 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Exercício 7:
Qual a razão da progressão geométrica e o valor dos termos
intermediários, sendo dados:
an = 42
a1 = 10
n = 5
5-1 42 1
q= = (log 42 - log 10)
10 4
1
q= (1,6132492 - 1,0) = 0,1558123
4
antilog = 1,43156
Termos da progressão: 10; 14, 32; 20, 49; 29; 34; 42
POPULAÇÃO E AMOSTRA
Amostra
População População
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 119
População Amostra
20%
Número de Número de
Nível colaboradores % colaboradores
Gerencial 200 20 40
Administrativo 300 30 60
Amostra de conveniência
Os elementos são escolhidos para a amostra de acordo com a
conveniência do pesquisador.
Exemplo: Uma empresa do setor metalúrgico pode incluir em
sua pesquisa salarial amostra de empresas que per-
tencem a esse setor.
As informações relativas a essa amostra somente podem ser
estendidas para a população da qual se obteve a amostra.
Exercício 8:
A média do conjunto de dados: 1, 5, 8 e 10
1 + 5 + 8 + 10 24
x= = = 6
4 4
Quando os dados ocorrem com frequência (F), a média é cal-
culada por:
F 1x1 + F2x2 + F 3x3 + .... + Fnxn Σ x iF i
x= =
F1 + F2 + F3 + .... + F n n
Exercício 9:
A média do conjunto de dados:
Fi xi
Frequência Dados
1 4
3 5
2 6
2 8
Resolução:
Fi xi xiF i
Frequência Dados
1 4 4
3 5 15
2 6 12
2 8 16
Σ 8 47
x = 47 = 5,875
8
MÉDIA GEOMÉTRICA
Exercício 10:
Calcular a média geométrica do IPC do 1º semestre
MÊS IPC
Jan 20
Fev 30
Mar 15
Abr 32
Maio 35
Jun 40
Resolução: Média geométrica =
6
√ 1,20 x 1,30 x 1,15 x 1,32 x 1,35 x 1,40 = 1,284
Exercício 11:
Calcular a média geométrica dos dados abaixo:
Fi Dado (X i)
1 4
3 6
4 8
2 10
Resolução: Média geométrica =
10
√ 41 x 63 x 84 102 = 7,16
MODA
Moda é o valor que ocorre com maior frequência em um con-
junto de dados. Em nada difere da moda dos vestuários.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 123
Exercício 12:
Quais salários representam a moda nos seguintes conjuntos
de dados:
Conjunto A Conjunto B
Frequência Salário Frequência Salário
3 500 3 500
5 600 7 600
7 700 7 700
5 900 5 900
3 950 3 950
Resolução:
Conjunto A: salário de 700.
Conjunto B: salários de 600 e 700.
Esse conjunto possui duas modas
A aplicação da moda em tabulação de pesquisa salarial nem
sempre traduz um valor central da amostra e, portanto, não reco-
mendamos seu uso. Veja o exemplo abaixo. A utilização da classe
modal é melhor em tabulação de pesquisa salarial.
Exemplo: Salários da amostra do mercado do cargo “Operador B”.
Frequência Salário
4 2.000 ← MODA
2 2.100
2 2.200
3 2.300
3 2.400
3 2.500
2 2.600
2 2.700
1 2.800
MEDIANA (MD)
Exercício 13:
100, 110, 120, 130, 140
↑
MEDIANA
(n + 1) (5 + 1)
ORDEM = = 3º elemento
2 2
Se o conjunto tem um número par de elementos, a mediana é a
média aritmética dos dois valores centrais.
Exercício 14:
100, 110, 120, 130, 130, 140
↑
MEDIANA
120 + 130
= 125 → Mediana
2
x = MD = MODA
Em distribuição de frequência assimétrica, os valores da
média, mediana e da moda são diferentes.
MODA MD X X MD MODA
QUARTIS
0 25 50 75 100
1º 2º 3º
Quartil Quartil = Quartil
Mediana
DECIS
Exemplo:
D1 = 10 D2 = 20 D3 = 30 D4 = 40 D 5 = Q2 D6 = 60 D7 = 70 D8 = 80 D9 = 90
= MD
= 50
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Decil Decil Decil Decil Decil Decil Decil Decil Decil
=
2º
Quartil
=
Mediana
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA
1.000 1.100 5
1.100 1.200 15
1.200 1.300 30
1.300 1.400 16
1.400 1.500 4
Exemplo:
Classes Fi fi Fac
1.000 1.100 2 0,091 2
1.100 1.200 4 0,182 6
1.200 1.300 10 0,455 16
1.300 1.400 5 0,227 21
1.400 1.500 1 0,045 22
22 1,000
Exercício 15:
Frequência Salário
1 100
2 105
2 110
3 112
4 115
4 117
3 120
3 122
6 125
3 130
3 133
2 135
1 140
1 145
• Calcula-se o número de classes (K), amplitude amostral (R) e am-
plitude de classes (h). O valor de K deve ser arredondado para
número inteiro.
K = 1 + 3,3 log n
K = 1 + 3,3 log 38
K = 1 + 3,3 (1,5798) = 6,21 → K = 6
R = Xmáx. - X min.
R = 145 - 100 = 45
R
h=
K
45
h= = 7,5
6
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 129
Classes Fi Fac
100,0 107,5 3 3
107,5 115,0 5 8
115,0 122,5 14 22
122,5 130,0 6 28
130,0 137,5 8 36
137,5 145,0 2 38
inclui exclui
Exercício 16:
Tomando-se a distribuição de frequência do exercício 15, temos:
Classes Fi
100,0 107,5 3
107,5 115,0 5
115,0 122,5 14
122,5 130,0 6
130,0 137,5 8
137,5 145,0 2
— Calcula-se o ponto médio (PM) de cada classe, sendo que o PM da
1ª classe é igual:
PM = 107,5 + 100 = 103,75
2
— Toma-se um valor arbitrário de PM e denomina-se Xo:
Xo = 126,25
— Encontram-se os valores da coluna Z i, sendo que o valor da pri-
meira classe foi calculado por:
X - X o 103,75 - 126,2
Zi = i = = -3
h 7,5
Obs.: h foi calculado no exercício 14.
— Calculam-se os valores da coluna Zi.Fi.
— Calcula-se o valor de Z:
Σ Zi Fi -21
Z= = = -0,5526
n 38
— Calcula-se a média:
X = hZ + Xo = 7,5(-0,5526) + 126,25 = 122,11
— Os dados resultantes dos cálculos intermediários encontram-se na
tabela abaixo:
Classes Fi PM Zi Zi F i
100,0 107,5 3 103,75 -3 -9
107,5 115,0 5 111,25 -2 -10
115,0 122,5 14 118,75 -1 -14
122,5 130,0 6 126,25 0 0
130,0 137,5 8 133,75 1 8
137,5 145,0 2 141,25 2 4
Σ 38 -21
132 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
MEDIDAS DE DISPERSÃO
Pelas medidas de dispersão, verificamos a representatividade
das medidas estatísticas. Examinemos dois conjuntos:
A = {10, 10, 10}
B = {5, 10, 15}
Os dois conjuntos possuem média igual a 10; no entanto, o con-
junto A apresenta dispersão nula em torno da média, enquanto o
conjunto B apresenta dispersão de - 5 a + 5, também em torno da
média. Para se calcular a dispersão, normalmente são utilizados o
desvio médio, a variância, o desvio padrão e o coeficiente de variação.
• Desvio médio (DM): é a média aritmética dos desvios considera-
dos em módulos; é calculado pela fórmula:
Σlx - xl . F
DM =
n
• Variância: é a média aritmética do quadrado dos desvios em rela-
ção à média. Se os dados não variam, a variância é zero e, quanto
maior for a variabilidade dos dados, maior será a variância. A va-
riância é calculada por:
σ2 = [ Σ x F - (Σ xn F) ] Variância da população
1
n
2
2
x-S x x+S x - 2S x x + 2S x - 3S x x + 3S
Exercício 17:
Cálculo das medidas de dispersão.
Numa amostra são dados a frequência (F) e os salários em (x)
de um cargo:
F 1 2 3 1 1
x 5 7 10 15 16
ΣxF 80
Média x = = = 10
n 8
• Desvio médio (DM) — Constrói-se uma tabela conforme abaixo:
F x x-x x-x F
1 5 5 5
2 7 3 6
3 10 0 0
1 15 5 5
1 16 6 6
Σ=8 22
22
DM = = 2,75
8
134 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
x F xF x2F
5 1 5 25
7 2 14 98
10 3 30 300
15 1 15 225
16 1 16 256
Σ= 8 80 904
Média
ΣxF 80
x= = = 10
n 8
Variância:
S2 =
1
n-1 [ Σ x F - (Σ nx F) ] = 17 [ 904 - (80)8 ] = 14,8571
2 2 2
Desvio padrão:
S = √ 14,8571 = 3,8545
Coeficiente de variação:
S 3,8545
CV = = = 0,385 ou 38,5%
x 10
REGRESSÃO
Exercício 18:
Dada a média salarial e pontos obtidos através de avaliação de
seis cargos, ajustar os dados através da reta e da exponencial.
x 1 2 3 4 5 6
y 300 350 400 460 600 630
x Y = Iny x2 xY
1 5,7038 1 5,7038
2 5,8579 4 11,7158
3 5,9915 9 17,9745
4 6,1312 16 24,5248
5 6,3969 25 31,9845
6 6,4457 36 38,6742
Σ 21 36,527 91 130,5776
x = 3,5 y = 6,088
2º passo: substituir os valores nas fórmulas:
b = nΣ xy2 - Σ x Σ2 Y
nΣ x - (Σ x)
6 (130,5776) - 21 (36,527) 16,3986
b= = = 0,15617
6(91) - (21)2 105
A = Y - bx = 6,088 - 0,15617 (3,5) = 5,54141
138 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Exercício 19:
Instrução
Grau Pontos
Fator A 8
1 B 16
C 24
D 32
Experiência
Grau Pontos
A 12
Fator B 18
2 C 24
D 30
E 36
F 42
G 48
Avaliação
A A 8 A 12 20
B B 16 A 12 25
C B 16 C 24 35
D C 24 B 18 40
E D 32 G 48 60
Função
Y = α + β 1 x + β 2x 2 + U
transpondo para a forma de hiperplano, temos que:
x = x1
x2 = x 2
y = α + β1x1 + β 2x2 + U
onde:
y = salário médio
x1 = pontos do fator 1
x2 = pontos do fator 2
β1 = coeficiente da variável x1
β2 = coeficiente da variável x2
U = resíduos (outras variáveis consideradas aleatórias)
Modelo estimado
^y = a + b x + b x
1 1 2 2
142 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Função estimada
^y = 6,208 + 0,9667x + 0,4926x
1 2
ΣxΣy
Sxy = Σ xy -
n
Sxy (Σ x) 2
R= Sxx = Σ x2 -
√ Sxx . S yy n
(Σ y)2
Syy = Σy - 2
n
x y x2 xy y2
1 300 1 300 90.000
2 350 4 700 122.500
3 400 9 1.200 160.000
4 460 16 1.840 211.600
5 600 25 3.000 360.000
6 630 36 3.780 396.900
Σ 21 2.740 91 10.820 1.341.000
ΣxΣy 21 (2.740)
Sxy = Σ xy - = 10.820 - = 1.230
n 6
(Σ x)2 (21)2
Sxx = Σ x2 - = 91 - = 17,5
n 6
(Σ y)2 (2.740)2
Syy = Σ y 2 - = 1.341.000 - = 89.733,4
n 6
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 145
x x x x
x x x x
x
x
y x
Linear x x
x x x
≅ + 0,7 positivo x x x
x x
moderado
x
x
y x
x
Linear x x
x
x x x
≅ - 0,7 negativo x x x
moderado x
x
x
x
y x
+1 Linear x
x
positivo perfeito x
x
y x
x
-1 Linear x
x
negativo perfeito x
x
x
x x
y x x
x x
0 Não linear x x
Sxy 1.230
R= = = 0,98
√ Sxx.Syy √ (17,5) (89.733,4)
146 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Propriedades de R
O coeficiente de correlação independe das unidades de medida,
pois é um número adimensional.
Somando-se ou subtraindo-se um valor constante e arbitrário a
cada variável, a correlação não se altera.
Multiplicando-se ou dividindo-se um valor constante e arbitrário
pelas variáveis, o coeficiente não se altera.
COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO — R2
y
y^
y
V.R.
V.T.
V.E.R.
0 x
Aplicação:
Cálculo do coeficiente de determinação e do coeficiente de cor-
relação linear múltiplo, bem como as correlações parciais dos dados
do exercício 19 de aplicação da regressão linear múltipla.
Correlação múltipla: y = f(x1,x2)
Coeficiente de determinação:
b1Sy1 + b2Sy2 0,966(544) + 0,4926(876)
R2 = = = 0,9866
Syy 970
Indica que as variáveis explicativas do modelo (x1 e x2) explicam
em 98,66% o comportamento salarial para a amostra considerada.
R = √ 0,9866 = 0,9933
148 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Correlações parciais:
y = f(x 1)
S Sy1 544
R= = = = 0,9575
√Sxx.Syy √S11.Syy √(332,8) (970)
y = f(x 2)
Sxy Sy2 876
R= = = = 0,9413
√Sxx.Syy √S22.Syy √(892,8) (970)
NÚMERO ÍNDICE
Número índice é uma medida estatística que demonstra as os-
cilações de uma variável em relação ao tempo, localidade, etc. É
denominada série de índices a coleção de números índice de diver-
sos anos, localidades, etc.
Pelos números índice pode-se comparar os custos de vida, em
uma localidade, de um mês para outro, de um ano com os de ano
anterior; ou a produção de certo produto durante determinado ano,
em uma região do país, com a de outra região.
Os números índice são utilizados, principalmente, na economia,
mas são aplicados em muitos outros campos.
Vários órgãos governamentais, sindicais e particulares estão co-
mumente ocupados com o cálculo de números índice, com a finalida-
de de fazer previsão de negócios ou condições econômicas, para
proporcionar informações a quem necessite. Assim, são colecionados
índices de custo de vida, disponibilidade interna, produção, desem-
prego e muitos outros. Os índices são publicados em revistas espe-
cializadas e jornais. Constantemente os ‘‘Administradores de Pes-
soal’’ estão ocupados com o acompanhamento dos índices do custo
de vida, visto que os reajustes monetários dos salários, em decorrên-
cia das leis salariais, dependem desses índices.
No Quadro 6.9, pode ser observado um resumo dos principais
índices nacionais, a entidade responsável pelo cálculo, o período de
coleta, a faixa de renda utilizada no cálculo, a abrangência e utilização.
Como pode ser observado, o critério da amostra é diferente de um
índice para outro, o que, consequentemente, produz resultados tam-
bém diferentes de índices. Por desconhecimento das diferenças de
amostragem empregadas na coleta de dados para apuração dos índi-
ces e abrangência, leigos, muitas vezes, criticam os resultados
quando comparam um índice com outro, inadvertidamente.
O acompanhamento dos índices é sempre indispensável, tor-
nando-se mais necessário em situações de inflação mais alta.
Quadro 6.9 Resumo dos principais índices nacionais
LT R
Período de Faixa de
Índice Nome Quem apura Abrangência Utilização
coleta renda
IGP-DI Índice Geral de FGV — Fundação 1 a 30 de 1 a 33 Média ponderada dos Correção de contratos
Preços — Getúlio Vargas cada mês salários índices: IPC, IPA-DI
Disponibilidade mínimos (Índice de Preços no
Interna Atacado/
Disponibilidade Interna)
e INCC (Índice
Nacional da Construção
Civil)
INPC Índice Nacional IBGE — Instituto 1 a 30 de 1a8 Capitais de SP, RJ, RS, Correção de contratos
de Preços ao Brasileiro de cada mês salários MG, PE, PA, CE, BA,
Consumidor Geografia e mínimos PR, GO e Brasília
Estatística
ICV Índice do DIEESE — 1 a 30 de 1 a 30 Município de São Paulo Correção de acordos
Custo de Departamento cada mês salários setoriais
Vida Intersindical de mínimos
Estudos e
Estatística
Socioeconômicos
ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS
(continua)
Quadro 6.9 (continuação)
150
Período de coleta Faixa de renda
Índice Nome Quem apura Abrangência Utilização
Fonte: Boletim Economia em Perspectiva — Carta de Conjuntura, Conselho Regional de Economia, n. 120 — Abril/Maio/95 — São Paulo.
LT R
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 151
MÊS/ANO IPC
Dez/85 294,5
Jan/86 324,0
Fev/86 362,8
Mar/86 366,5
Abr/86 377,5
Maio/86 390,7
Jun/86 406,3
Jul/86 418,5
Ago/86 447,8
Set/86 492,5
Out/86 529,5
Nov/86 608,9
Dez/86 657,6
Base: Dez/84 = 100 Obs.: Dados Hipotéticos
IT = It-1 (1 + V)
MÊS/ANO %
Jan/86 10,0
Fev/86 12,0
Mar/86 1,0
Obs.: Dados Hipotéticos
MÊS/ANO IPC
Dez/85 100,0
Jan/86 110,0
Fev/86 123,2
Mar/86 124,4
Abr/86 128,2
Maio/86 132,7
Jun/86 138,0
Jul/86 142,1
Ago/86 152,1
Set/86 167,2
Out/86 179,8
Nov/86 206,8
Dez/86 223,3
Base: Dez/85 = 100 Obs.: Dados Hipotéticos
154 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Índice
Índice Salário Real
Mês/Ano IPC Salário
(Poder de Compra)
Nominal
Dez/85 100,0 100,0 100,0
Jan/86 110,0 100,0 90,9
Fev/86 123,2 100,0 81,2
Mar/86 124,4 110,0 88,4
Abr/86 128,2 110,0 85,8
Maio/86 132,7 110,0 82,9
Jun/86 138,0 138,0 100,0
Jul/86 142,1 138,0 97,1
Ago/86 152,1 138,0 90,7
Set/86 167,2 138,0 82,5
Out/86 179,8 138,0 76,8
Nov/86 206,8 138,0 66,7
Base: Dez/85 = 100 Obs.: Dados Hipotéticos
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 155
Linhas Coluna A
1 1000
2 1050
3 1100
4 1200
5 1300
6 1350
7 1400
8 1450
9 1500
10 1550
11 1600
12 1700
Marcar um campo para saída do resultado
Desvio padrão
Escolher no menu “inserir”: Função.
Nesse menu selecione uma categoria: “Estatística”.
Selecione a função: “DESVPAD”.
Será aberta uma janela “Argumentos da função”.
No espaço “Num 1” marque os dados da amostra: (A1:A12).
O resultado fornecido será: 225,6304.
Utilizando a versão do Excell 2010, escolher a função: DESVPAD.A,
que calcula o Desvio padrão para amostra. Se estiver utilizando dados
de população, a função escolhida deve ser: DESVIPAD.P.
Média e Mediana
O processo é análogo ao do desvio-padrão.
Média — a função é: “MÉDIA” e o resultado fornecido 1350.
Mediana — a função é: “MED” e o resultado fornecido: 1375.
Quartil
O processo é similar ao do desvio padrão. Após marcar os dados
da amostra em “Matriz”, escreva 1 para o cálculo do 1º Quartil e 3 para o
cálculo do 3º Quartil em “Quarto” da janela “Argumentos da função”.
A função é “QUARTIL”.
Os resultados obtidos serão: 1º Quartil: 1175 e 3º Quartil: 1512,5.
O cálculo da mediana pode ser efetuado pela função QUARTIL.
Quartil 2.
Utilizando a versão do Excell 2010 escolher a função: QUARTIL.INC.
Decis e percentis
Utilizando a versão do excell 2010 escolher a função:
PERCENTIL.INC. Após marcar os dados da amostra em “Matriz”, digite
0,1 para o cálculo do 1º decil ou 0,9 para o cálculo do 9º decil em “K”.
Os resultados obtidos serão: 1º decil: 1055 e 9º decil: 1595.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 157
caso o valor de 0,981543 (como não poderia ser diferente, esse nú-
mero é igual àquele calculado pela função “Correlação”).
E DISCUSSÃO
REVISÃO
EXERCÍCIO 1
Qual a razão da progressão aritmética (PA) e geométrica (PG),
supondo que:
a1 = 5
an = 30
n. de termos = 8
Resposta — Razão da PA = 3,57 e da PG = 1,29
EXERCÍCIO 2
Abaixo, você tem uma amostra de dados salariais de determina-
do cargo. Calcule o 1º e 9º decis, 1º, 2º e 3º quartis. Faça a
distribuição de frequência antes do cálculo.
FREQUÊNCIA SALÁRIO
1 5.000
1 5.800
1 6.000
3 6.300
1 6.500
1 7.000
1 7.200
1 7.300
1 7.500
1 8.000
EXERCÍCIO 3
Com a amostra do Exercício 2, calcular as medidas por meio de
planilha eletrônica (Excell).
Observe que o dado 6.300 tem frequência 3, e, portanto, na
planilha esse dado deve ser repetido três vezes.
164 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Resposta — Amostra
REVISÃO
5.000
5.800
6.000 D1 5.820
6.300 D9 7.480
6.300 Q1 6.225
6.300 Q2 6.400
6.500 Q3 7.225
7.000
7.200
7.300
7.500
8.000
Obs.: O cálculo do exercício 2 foi feito por distribuição de
frequência e o do exercício 3 utilizando planilha eletrônica, por-
tanto há diferenças nos resultados, porque a planilha não utiliza
para o cálculo a distribuição de frequência em classes.
EXERCÍCIO 4
Abaixo, você tem amostra de dados salariais de determinado car-
go. Calcule a variância, desvio padrão e coeficiente de variação.
Interprete o resultado. (Caso seja necessário, leia o Capítulo 13.)
Frequência Salário
1 18,0
3 18,2
1 18,5
2 20,0
3 20,1
1 20,4
2 20,5
1 20,8
2 21,3
1 22,0
Resposta — S2 = 1,5306, S = 1,2371 e C.V. = 6,2%
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 165
EXERCÍCIO 5
REVISÃO
EXERCÍCIO 6
Ajustar, através da reta e exponencial, os seguintes dados:
X Y
(Pontos) (Média)
70 15
93 28
104 33
125 45
146 60
175 90
180 98
200 115
Resposta — Eq. Reta Y = -46,38 + 0,7823x
^
Eq. Exponencial Y = 6,3299 . e 0,0151(x)
166 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
EXERCÍCIO 7
REVISÃO
Resposta —
X Y Valores Valores
(Pontos) (Média) Ajustados Ajustados
Reta Exponencial
70 15 8,38 18,22
93 28 26,37 25,78
104 33 34,98 30,44
125 45 51,41 41,80
146 60 67,83 57,40
175 90 90,52 88,94
180 98 94,43 95,92
200 115 110,08 129,74
EXERCÍCIO 8
EXERCÍCIO 9
EXERCÍCIO 10
Resposta —
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 167
X Y Valores
REVISÃO
X2
(Pontos) (Média) Ajustados
70 4900 15 15,79
93 8649 28 26,27
104 10816 33 32,40
125 15625 45 46,13
146 21316 60 62,51
175 30625 90 89,48
180 32400 98 94,64
200 40000 115 116,78
EXERCÍCIO 11
Dados os índices de preços ao consumidor (Quadro 6.14):
MÊS/ANO IPC
Dez/84 940,0
Jan/85 1.034,0
Fev/85 1.147,7
Mar/85 1.251,0
Abr/85 1.313,6
Maio/85 1.418,7
Jun/85 1.535,0
Jul/85 1.596,4
Ago/85 1.657,1
Set/85 1.789,6
Out/85 1.950,7
Nov/85 2.145,8
Dez/85 2.381,8
Base: Dez/81 = 100 Obs.: Dados Hipotéticos
a) Calcular a variação percentual do mês de out/85.
168 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
EXERCÍCIO 12
EXERCÍCIO 13
EXERCÍCIO 14
CURVA DE MATURIDADE
Nelson Blecher
Artigo “O Fator Humano”,
Revista Exame
CAPÍTULO 7
INTRODUÇÃO À
AVALIAÇÃO DE CARGOS
Karl Marx
CONCEITUAÇÃO
Por meio da avaliação de cargos é estabelecido o valor relativo
a cada cargo, com vistas a construir uma hierarquia entre eles. Por-
tanto, pelo processo de avaliação, os cargos são analisados e compa-
rados de forma a colocá-los em ordem de importância. Além de ordenar
os cargos, a avaliação irá permitir o estabelecimento da estrutura sala-
rial que, por sua vez, determinará consistentemente os salários a
serem pagos. Portanto, é pela avaliação de cargos que se neutraliza
o efeito de decisões arbitrárias para a determinação dos salários.
CARGOS-CHAVE
E DISCUSSÃO
REVISÃO
CAPÍTULO 8
AVALIAÇÃO DE CARGOS
POR MÉTODOS
NÃO QUANTITATIVOS
ESCALONAMENTO SIMPLES
Escalonamento
Escalonamento
(Graus) Avaliador Avaliador Avaliador Consenso entre
A B C os Avaliadores
1 Motosserrista- Motorista Motosserrista- Motosserrista-
Rapelista Rapelista Rapelista
2 Motorista Motosserrista- Carpinteiro Motorista
Rapelista
AVALIADOR A
AVALIADOR B
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 183
PLANO ADMINISTRATIVO
GRAU I
• Tarefas repetitivas e que não apresentam dificuldades para o
funcionário.
• As responsabilidades são pequenas.
• Recebe supervisão constante, instruções detalhadas e acom-
panhamento para a execução das tarefas.
• Não é exigida experiência anterior.
GRAU II
• Tarefas rotineiras executadas com base em procedimentos
bem definidos.
• Requer familiarização com serviços burocráticos e equipa-
mentos de escritório.
• Recebe supervisão direta, instruções detalhadas e orientação.
• É exigida experiência de aproximadamente 6 meses.
GRAU III
• Tarefas variadas, porém rotineiras, que envolvem a aplica-
ção de procedimentos padronizados, observados os limites
estabelecidos pelas normas internas.
• Recebe supervisão direta e acompanhamento na execução
das tarefas mais difíceis.
• As tarefas são conferidas ao seu final.
• É exigida experiência de 1 a 2 anos.
GRAU IV
• Tarefas variadas e com padrões de especialização que en-
volvem a aplicação de procedimentos administrativos pouco
diversificados.
• Recebe supervisão direta e orientação para a solução de
situações mais difíceis.
• É exigida experiência de 3 a 4 anos.
GRAU V
• Tarefas qualificadas que envolvem seleção e aplicação de
procedimentos administrativos diversificados.
• Recebe supervisão indireta e mais voltada a problemas inu-
sitados.
• Cargos que exigem formação superior.
• É exigida experiência de 5 a 7 anos.
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 187
GRAU VI
• Tarefas complexas e especializadas, regidas pelo conheci-
mento formal de práticas administrativas amplas.
• Recebe supervisão geral em trabalhos que envolvem plane-
jamento, organização e pesquisa.
• Orienta equipe na execução de trabalhos especializados.
• Cargos que exigem formação superior, além de cursos de
especialização em sua área de atuação.
• É exigida experiência de 8 a 10 anos.
GRAU VII
• Tarefas muito complexas, especializadas e que implicam res-
ponsabilidade de planejar, organizar e/ou conduzir equipes.
• Recebe diretrizes gerais.
• Cargos que exigem formação superior, além de cursos de
especialização em sua área de atuação.
• É exigida experiência superior a 10 anos.
Secretária
Executiva V IV IV V IV
Auxiliar de
Faturamento II II II II II
Diretor de
Finanças VII VII VII VII VII
Auxiliar de
Contabilidade III II III III III
Gerente de
Remuneração VI V VI VI VI
188 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
PLANO TÉCNICO
GRAU I
• Tarefas padronizadas e que exigem aplicação de técnicas ele-
mentares.
• A supervisão recebida é direta e as tarefas são revisadas em
detalhes.
• Não é exigida experiência anterior.
GRAU II
• Tarefas semirrotineiras e que exigem aplicação de técnicas
convencionais.
• A supervisão recebida é direta, porém mais ampla. A orien-
tação é mais detalhada apenas em novas atividades. As ta-
refas são revisadas em fases predeterminadas.
• É exigida experiência de cerca de 2 anos.
GRAU III
• Tarefas especializadas que exigem conhecimento de deta-
lhes do trabalho a ser executado.
• O ocupante do cargo toma decisões, dentre alternativas
conhecidas.
• Recebe supervisão para a solução de problemas não conhe-
cidos. As tarefas são revisadas no final.
• É exigida experiência de cerca de 4 anos.
GRAU IV
• Tarefas especializadas, com partes complexas, que exigem
sólidos conhecimentos técnicos.
• O ocupante do cargo toma decisões que envolvem análises
de problemas pouco comuns.
• Recebe supervisão geral.
• O trabalho é revisado apenas nas partes mais complexas.
• É exigida experiência de 7 anos.
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 189
GRAU V
• Tarefas especializadas e complexas que exigem conhecimen-
tos técnicos globais e sólidos da especialidade.
• O ocupante do cargo toma decisões que envolvem análises
de técnicas novas.
• Recebe supervisão geral.
• O trabalho é revisado em nível geral.
• Pode orientar o trabalho de uma equipe de técnicos.
• É exigida experiência superior a 9 anos.
E DISCUSSÃO
REVISÃO
EXERCÍCIO 1
e posições específicas.
• Utiliza planilhas eletrônicas e processadores de texto.
• Executa outras tarefas correlatas às acima descritas, a crité-
rio do seu superior imediato.
b) SECRETÁRIA DE DIRETORIA
• Redige correspondências e relatórios de assuntos adminis-
trativos sob seu controle.
• Toma e transcreve ditados em português ou outro idioma
comercial.
• Executa os serviços de digitação, recepção, tramitação e des-
pacho da correspondência.
• Coleta dados para a elaboração de relatórios, demonstrati-
vos ou material de consulta para reuniões.
• Programa e controla agenda de compromissos do superior,
marcando e convocando reuniões ou entrevistas.
• Mantém arquivo de correspondência de sua unidade.
• Recepciona e encaminha visitas ao superior.
• Soluciona assuntos de natureza administrativa e rotineira,
informando ao superior as decisões tomadas.
• Zela pela manutenção dos padrões, apresentação da sua
unidade de trabalho, bem como do arranjo dos móveis.
• Utiliza planilhas eletrônicas, processadores de texto e banco
de dados.
• Executa outras tarefas correlatas às acima descritas, a crité-
rio do seu superior imediato.
d) SELECIONADOR DE PESSOAL
• Efetua o recrutamento de pessoal por meio de veiculações
de anúncios em jornais e revistas especializadas, contatos
com agência e/ou colaboradores e cadastro de candidatos.
• Entrevista candidatos a emprego, avaliando informações so-
bre a experiência, salário e qualificações profissionais e psi-
cológicas.
• Aplica, confere e avalia testes profissionais em candidatos.
• Elabora laudos sobre candidatos e submete-os à apreciação
do requisitante.
• Coleta informações necessárias para a elaboração de relatórios
sobre o número de candidatos, vagas em aberto, desligamen-
tos, etc.
• Utiliza planilhas eletrônicas, processadores de texto e banco
de dados.
• Executa outras tarefas correlatas às acima descritas, a crité-
rio do seu superior imediato.
e) COMPRADOR A
• Confere a exatidão das requisições de compra recebidas,
verificando as especificações dos materiais.
• Seleciona fornecedores, com base nos tipos de materiais
requisitados, verificando fichas de cadastro e catálogos.
• Elabora e submete à decisão superior relações de fornecedo-
res, para coleta de preços.
• Prepara pedidos de cotação com base nas requisições de
compra.
• Emite e distribui pedidos de cotação de preços, através de
carta-padrão, telefone e telex, até os limites estabelecidos.
• Prepara mapa comparativo de cotação de preços com base
nas cotações recebidas.
192 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
a) CARPINTEIRO DE MODELOS
• Confecciona modelos de peças em madeira, baseando-se em
desenhos, croquis, amostras e/ou instruções verbais recebi-
das, a fim de servir o setor de fundição.
• Escolhe a madeira adequada para cada tipo de serviço a
ser executado, com base no conhecimento que deve ter do
comportamento dos materiais utilizados na fundição, pois,
para cada tipo de material a ser fundido, as tolerâncias do
molde variam. Prevê e calcula essas variações.
• Opera serras elétricas portáteis e/ou circulares para cortar
madeira, nos tamanhos desejados e de acordo com o dese-
nho, aplaina as superfícies, faz encaixes, entalhes, rebor-
dos, frisos, fura, lixa, prega ou cola as partes, observando e
verificando tolerâncias de medidas e usando todos os ins-
trumentos e ferramentas apropriados.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 193
b) BORRACHEIRO
• Executa serviços de manutenção preventiva em pneus, pro-
cedendo ao exame de limite de desgaste e providenciando
sua substituição, quando for o caso. Procede a marcação com
tipos numerados, aquecidos ao vermelho, em pneus da frota, a
fim de ser mantido controle de consumo pela Companhia.
• Remove pneus para serem consertados ou trocados, suspen-
dendo o veículo com auxílio de macaco hidráulico e utilizando
máquinas de desaparafusar pneumática e chave de roda.
• Desmonta, utilizando espátulas, martelos e máquinas hidráu-
licas. Localiza o posicionamento de furos nas câmaras-de-ar e
realiza sua recuperação pelo processo vulcanizador a quente,
bem como defeitos de válvulas.
• Efetua o balanceamento em rodas de veículos, utilizando
equipamento especial que indica o desequilíbrio nas rodas,
corrigindo tal anomalia com a fixação de massas.
• Faz, periodicamente, o rodízio dos pneus, com a finalidade de
uniformizar seu desgaste, e os calibra adequadamente, de acordo
com especificações, utilizando manômetro graduado em libras.
• Zela pelo ferramental, equipamento e material de segurança
sob sua guarda.
• Executa outras tarefas correlatas às acima descritas, a crité-
rio do seu superior imediato.
d) FERRAMENTEIRO
e) CONFEITEIRO
REVISÃO
Aristóteles
MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR PONTOS
O método de avaliação por pontos consiste em avaliar os
cargos, atribuindo pontos com base na descrição dos fatores, com
níveis de dificuldade crescente. Foi desenvolvido por Merril R. Lott (1),
sendo o mais conhecido e utilizado pelas empresas. É o método
mais objetivo, analítico, preciso e de fácil aplicação, e seus resulta-
dos são mais facilmente aceitos pelos colaboradores.
Devem ser selecionados para avaliação os fatores que sejam
comuns à maioria dos cargos de determinado grupo ocupacional e
que, ao mesmo tempo, demonstrem as peculiaridades de cada um.
Os fatores são graduados, descrevendo níveis de dificuldade
crescente, e cada grau (nível de dificuldade) recebe um certo núme-
ro de pontos, também crescente. Os fatores constituirão “réguas” de
avaliação que permitirão mensurar as múltiplas dimensões de cada
cargo. Os cargos ao serem avaliados em cada grau de cada fator
recebem pontos, o que permite estabelecer uma hierarquia dos car-
gos de acordo com os pontos totais percebidos por eles.
Os pontos de cada grau podem ser validados pelo coeficiente
de correlação entre salários do cargo e pontos recebidos.
O conjunto de fatores de avaliação com seus respectivos graus
são denominados comumente de manual de avaliação.
As etapas do processo são:
• Seleção dos cargos-chave.
• Seleção dos fatores de avaliação.
• Graduação dos fatores de avaliação.
• Avaliação dos cargos-chave.
• Ponderação dos fatores de avaliação.
• Avaliação dos demais cargos do plano (grupo operacional).
Seleção dos cargos-chave
É muito importante a seleção dos cargos-chave para a consis-
tência do método por pontos.
Conforme já foi explicado anteriormente, devem ser seleciona-
dos cerca de 20% de cargos amostrais, desde os mais simples aos
mais complexos, do plano ora em implantação.
(1) LOTT, Merril R. Wage and job evaluation. New York: The Ronald Press, 1986.
200 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Parte A Parte B
Escalonamento dos Cargos-Chave Definição e Graduação
no Fator Experiência do Fator Experiência
Escalo-
Cargo/Experiência Grau Descrição
namento
6 Auditor Sênior (6 anos) F Acima de 5 anos
Auditor Pleno (4 anos)
5 Técnico de Contabilidade E De 3 a 5 anos
Sênior (4 anos)
Comprador (2 anos)
Técnico de Contabilidade
4 (2 anos) D De 1 a 3 anos
Analista de Cargos Pleno
(2 anos)
Analista de Cargos Júnior
3 C De 6 meses a 1 ano
(1 ano)
Auxiliar de Pessoal (6 meses)
2 Auxiliar de Contabilidade B De 3 a 6 meses
(5 meses)
1 Auxiliar Administrativo
(3 meses) A Até 3 meses
Contínuo (3 meses)
1. INSTRUÇÃO
Esse fator especifica as exigências do cargo em termos dos conhe-
cimentos teóricos requeridos para a compreensão e execução das
tarefas.
GRAUS DESCRIÇÃO PONTOS
A O cargo requer capacidade para interpre- 18
tar e executar instruções verbais simples
e conhecimentos elementares de leitura e
escrita.
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 203
2. EXPERIÊNCIA
Esse fator especifica o período de tempo necessário para que o funcioná-
rio possa adquirir adestramento suficiente ao desempenho satisfatório
do cargo.
GRAUS DESCRIÇÃO PONTOS
A Até 3 meses 23
B De 3 a 6 meses 51
C De 6 a 12 meses 78
D De 1 a 3 anos 106
E De 4 a 6 anos 133
F Acima de 6 anos 161
3. INICIATIVA/COMPLEXIDADE
Esse fator avalia a complexidade dos trabalhos executados, a inicia-
tiva exigida para a solução de problemas e o grau de independência
e supervisão recebidas.
GRAUS DESCRIÇÃO PONTOS
A Trabalhos simples e rotineiros, que não exi- 15
gem nenhuma iniciativa. O funcionário rece-
be instruções em todas as fases do trabalho
e qualquer alteração cabe aos supervisores.
B Tarefas em geral padronizadas, mas que re- 45
querem decisões que consistem em peque-
nas modificações de práticas estabelecidas
que quase sempre se repetem. O funcioná-
rio recebe instruções em quase todas as
fases do trabalho.
C Tarefas variadas e de alguma complexidade. 75
As diretrizes gerais são estabelecidas pela
supervisão, cabendo ao ocupante do car-
go a iniciativa de julgar os processos mais
convenientes.
D Tarefas complexas regidas por instruções 105
gerais e que devem ser adaptadas a proble-
mas quase sempre diversificados. Exigem
discernimento e desembaraço para tomar
decisões convenientes.
(continua)
204 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
8. ESFORÇO FÍSICO
Esse fator considera o esforço físico exigido pelo trabalho e a frequência
deste.
GRAUS DESCRIÇÃO PONTOS
A Trabalhos leves, que não exigem esforço 7
físico.
B Esforço físico pequeno, no manejo de ob- 21
jetos leves ou operando equipamento cujo
tempo de operação excede ao de manuseio.
C Esforço físico constante, no trabalho com 35
material mediano. Predominância de traba-
lhos de pequeno ciclo, que exigem ativida-
de contínua, ou operação de mais de um
equipamento.
D Esforço físico contínuo, em trabalho árduo, 49
no manuseio de material muito pesado.
1. INSTRUÇÃO
Esse fator avalia os conhecimentos básicos necessários ao exercício
do cargo. É expresso em termos de escolaridade.
(continua)
208 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
2. EXPERIÊNCIA
Esse fator avalia o tempo necessário ao desempenho satisfatório do
cargo, considerando que o ocupante possua os conhecimentos
requeridos e avaliados sob o fator instrução.
A Até 6 meses. 20
3. INICIATIVA
Esse fator se refere à habilidade necessária para agir em situações
novas, sem instruções específicas, incluindo os vários graus de decisão,
desde a mais simples e rotineira até a que apresenta grandes dificulda-
des. São também consideradas a complexidade das tarefas, a extensão
e a minúcia das instruções recebidas por escrito ou oralmente.
9. ESFORÇO MENTAL/VISUAL
Esse fator considera o grau de concentração mental e esforço visual
exigidos do ocupante do cargo.
Motosserrista-
A 18 D 106 A 15 B 27 A 6 B 15 A 6 D 49 A 4 D 42 288
Rapelista
Motorista B 45 C 78 A 15 C 45 D 42 A 6 A 6 A 7 C 20 A 6 270
Mecânico-
Ajustador C 72 E 133 C 75 D 63 C 30 D 33 A 6 D 49 D 28 D 42 531
G = Grau
P = Ponto
BENEDITO RODRIGUES PONTES
LT R
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 215
an - a 1 = 100 - 20
q= = 26,67
n-1 4-1
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 219
A distribuição dos pontos poderia ter sido feita por meio de pro-
gressão geométrica e, nesse caso, a razão seria igual a 1,71.
n-1
an 3
100
q= = = 1,442
a1 20
O valor dos pontos de cada grau, nesse caso, seria:
Grau Pontos
A 20
B 34 (A x Razão → 20 x 1,71 = 34,2
= 34
C 58 (B + Razão → 34,2 x 1,71 =
58,48 = 58)
D 100
Análise de regressão múltipla para atribuição final dos pesos
dos fatores
Obtidos os pontos provisórios dos cargos-chave em cada fator,
encontra-se a média salarial do mercado desses mesmos cargos
para a elaboração de regressão múltipla. A equação da regressão
múltipla é a seguinte:
y = f (x1, x2, x3, x4, x5, ... xn)
Onde:
y = Média salarial de cada cargo-chave
x1 = Pontos de cada cargo, obtidos no primeiro fator
x2 = Pontos de cada cargo, obtidos no segundo fator
x3 = Pontos de cada cargo, obtidos no terceiro fator
x4 = Pontos de cada cargo, obtidos no quarto fator
x5 = Pontos de cada cargo, obtidos no quinto fator
xn = Pontos de cada cargo, obtidos no último fator
220 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Risco
Correlação
Parcial
Responsabilidade = 0,10
por materiais
Correlação
Parcial =
Responsabilidade 0,55
por supervisão
Correlação
Parcial = Eliminar o
Experiência 0,5 fator
Correlação
Parcial = 0,9
Instrução Diminuir peso
Correlação do fator
Parcial = 0,8
Aumentar
peso do fator
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 221
(4) BENGE, Eugene J. Job evaluation and merit rating. New York: National Foremen's
Institute, 1953.
222 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Escalonamento
Respons. Condições
Cargos por Esforço de
Instrução Experiência
erros físico trabalho
Almoxarife 3 3 3 1 1
Carpinteiro 2 2 2 2 2
Motosserrista-
rapelista 1 1 1 3 3
(5) CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos — Edição Compacta. São Paulo: Atlas,
1983.
224 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
460
Almoxarife
440
420
400
380
360
Almoxarife
340
320 Almoxarife
Motosserrista-
300 rapelista
280
Carpinteiro
260
240
220
Carpinteiro
200 Carpinteiro Almoxarife
120
100
80
Motosserrista- Motosserrista- Almoxarife
60 rapelista rapelista
40 Motosserrista-
rapelista
20
0
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 225
E DISCUSSÃO
REVISÃO
EXERCÍCIO 1
Avalie os cargos descritos no exercício número 1 do Capítulo 8
pelo método de pontos (utilize o manual do Quadro 9.3).
EXERCÍCIO 2
Avalie os cargos apresentados no exercício número 3 do Capí-
tulo 8 pelo método de pontos (utilize o manual do Quadro 9.2).
EXERCÍCIO 3
Faça a ponderação do manual de avaliação de cargos pelo mé-
todo de pontos.
EXERCÍCIO 4
Responsabilidade por
Iniciativa
dados confidenciais
Grau Pontos Grau Pontos
A A
B B
C C
D D
E E
226 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Frederick Reichheld
A Estratégia da Lealdade
APLICAÇÃO
HISTÓRICO DO MÉTODO
O MÉTODO SIMPLES
A curva de maturidade, ou curva de carreira, tem como pre-
missa que os indivíduos se desenvolvem em sua área de atuação,
pelo acúmulo de experiência.
Na sua forma mais simples, maturidade é entendida como os
anos de experiência profissional após a formatura. O salário é atri-
buído ao profissional em função do tempo de experiência e do
desempenho do profissional.
Em termos práticos, a curva de maturidade é um gráfico no
qual são plotados salários versus anos de experiência e traçadas
separatrizes (1º decil, 1º quartil, mediana, 3º quartil e 9º decil), por
parábolas do 2º grau, cuja inclinação é negativa. O Quadro 10.1 apre-
senta uma curva típica de maturidade. As curvas (separatrizes)
representam o desempenho individual. Por exemplo, se um profissio-
nal apresentar um desempenho considerado bom, ele será enqua-
drado na curva mediana e seu salário será definido com base nessa
curva. Se o seu desempenho for inferior ao normal, será enquadra-
do em uma das curvas 1º decil ou 1º quartil. Se o seu desempenho
for ótimo ou excepcional, será enquadrado na curva do 3º quartil ou
9º decil. Portanto, para um mesmo tempo de experiência, existe uma
faixa salarial que considera o desempenho do profissional.
O pressuposto do método é que, a cada ano que passa, o indi-
víduo cresce como resultado da experiência acumulada e, portanto,
o seu salário também deve aumentar. O Quadro 10.2 auxilia na ex-
plicação desse crescimento. Um profissional que, de acordo com
seu desempenho, tenha sido enquadrado na curva mediana e que
tenha oito anos de experiência deve ter um salário de 13.000 unida-
des monetárias. Um ano depois, esse mesmo profissional terá nove
anos de experiência e, caso seu desempenho não tenha sido altera-
do, automaticamente seu salário deverá ser aumentado para pouco
menos de 14.200 unidades monetárias.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 231
Salário
36,2
34,8
33,4
32,0 9º decil
30,6
29,2
3º quartil
27,8
26,4
25,0
23,6 Mediana
22,2
20,8
1º quartil
19,4
18,0
1º decil
16,6
15,2
13,8
12,4
11,0
9,6
8,2
6,8
5,4
4,0
2,6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Anos de experiência
232 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Salário
36,2
34,8
33,4
32,0 9º decil
30,6
29,2
3º quartil
27,8
26,4
25,0
23,6 Mediana
22,2
20,8
1º quartil
19,4
18,0
1º decil
16,6
15,2
13,8
12,4
11,0
9,6
8,2
6,8
5,4
4,0
2,6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Anos de experiência
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 233
(2) PISANI, Paschoal L.; DEMARCHI, Benedito A. “Administração salarial para cien-
tistas e profissionais de pesquisa em ciência e tecnologia — Resultados colhidos de
uma experiência brasileira de Curva de Maturidade”, artigo publicado nos Anais do
X Congresso de Ciência e Tecnologia do CNPq, out./85.
(3) Idem.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 239
Até 1 ano 1
De 1 a 2 anos 2
De 2 a 4 anos 3
De 4 a 6 anos 4
De 6 a 8 anos 5
De 8 a 10 anos 6
De 10 a 13 anos 7
De 13 a 16 anos 8
De 16 a 20 anos 9
De 20 a 25 anos 10
Acima de 25 anos 11
(continua)
240 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
FATOR 6 — Docência
• Mensura o tempo e as atividades de ensino desenvolvidas
em escolas de nível superior, ministrando cursos de
especialização, graduação ou pós-graduação.
Pontos
Não exerceu atividades de docência. 0
Tipo de curso/Pontos
Tempo de
Atividade Graduação ou
Pós-graduação
no Ensino Especialização
* ** * **
Até 2 anos 1 2 2 3
De 2 a 5 anos 3 4 4 5
Mais de 5 anos 4 5 5 6
E DISCUSSÃO
REVISÃO
EXERCÍCIO
Sun Tzu
A Arte da Guerra
CAPÍTULO 11
INTRODUÇÃO À
PESQUISA SALARIAL
Bernt Entschev
CONCEITUAÇÃO
QUALIDADE DA PESQUISA
Cargo: Gerente de RH
E DISCUSSÃO
REVISÃO
~
260 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
COLETA DE DADOS
As empresas participantes devem ser convidadas antes do
início da coleta e informadas da data de sua realização. O melhor
método para a coleta dos dados são entrevistas pessoais do Ana-
lista de Cargos da empresa pesquisadora com os Analistas de
Cargos representantes das empresas pesquisadas. Dessa forma,
haverá uma perfeita identificação dos cargos pesquisados entre as
empresas e a chance de serem cometidos erros será reduzida ao
mínimo.
262 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Cargo: Secretária
Remuneração
Fre-
Cargo quên-
1º 1º 3º 9º
cia Média Mediana
Decil Quartil Quartil Decil
Técnico
Contabilidade 28 7.250 6.400 6.950 7.400 7.993 8.300
Técnico
Contabilidade 3 8.000 7.000 7.500 8.100 8.500 9.000
264 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Tabulação
Posição Correção
salarial dos Corte Representação
para o salários dos dos dados
mesmo para a salários através de
número de mesma extremados medidas
horas data-base estatísticas
mensais do dissídio
Salário
Cargos
Analista Analista Analista Auxiliar
de de de Administrativo
Cargos Sr. Cargos Cargos Jr.
E DISCUSSÃO
REVISÃO
Arturo Rosenblueth
Norbert Wiener
(citado por Philip Kortler
“Administração de Marketing”)
SIMULAÇÃO DE TABULAÇÃO DOS DADOS
A B C D E
Empresa
F R F R F R F R F R
REMUNERAÇÃO x 240
180
A B C D E
Empresas
F R F R F R F R F R
Dados de 2 3,93 1 5,00 1 4,80 1 2,86 1 5,00
frequência 1 4,35 2 5,20 2 4,90 1 4,08 2 5,10
(freq.) e 1 4,55 2 5,40 3 5,10 2 4,59 3 5,20
remuneração 1 7,80 2 5,20 3 4,79 4 5,30
(rem.) 1 6,00 1 5,00 3 5,40
2 5,60
1 5,70
Obs.: F = Frequência e R = Remuneração
Fi Xi XiFi Xi2Fi
1 2,86 2,86 8,1796
2 3,93 7,86 30,8898
1 4,08 4,08 16,6464
1 4,35 4,35 18,9225
1 4,55 4,55 20,7025
2 4,59 9,18 42,1362
3 4,79 14,37 68,8323
1 4,80 4,80 23,0400
2 4,90 9,80 48,0200
3 5,00 15,00 75,0000
5 5,10 25,50 130,0500
7 5,20 36,40 189,2800
4 5,30 21,20 112,3600
5 5,40 27,00 145,8000
2 5,60 11,20 62,7200
1 5,70 5,70 32,4900
1 6,00 6,00 36,0000
1 7,80 7,80 60,8400
∑ 43 89,95 217,66 1.121,9093
∑ X iF i 217,66
• MÉDIA: x = = = 5,06
n 43
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 275
• VARIÂNCIA: S2 =
1
n-1 [ ∑X2F -
(∑XF)2
n ] =
[ ]
1 (217,66)2
1.121,9093 - ⇒ S2 = 0,4796
42 43
S 0,6925
• COEFICIENTE DE VARIAÇÃO: = = 0,1368
x 5,06
Até 5%
ou Não cortar
Até 10% Amostra excelente
n 41
1º Decil = = = 4,1
10 10
n 41
1º Quartil = = = 10,29
4 4
n (41)
2º Quartil ou Mediana = = = 20,5
2 2
3xn 3 x 41
3º Quartil = = = 30,75
4 4
9xn 9 x 41
9º Quartil = = = 36,9
10 10
Onde n = número de elementos da amostra
(n/10) - Fc (4,1 - 3)
1º Decil = Ii + x h = 4,275 + x 0,345 = 4,37
Fi 4
(n/4) - Fc (10,29 - 7)
1º Quartil = Ii + x h = 4,620 + x 0,345 = 4,81
Fi 6
(n/2) - Fc (20,5 - 13)
Mediana = Ii + x h = 4,965 + x 0,345 = 5,10
Fi 19
(3n/4) - Fc (30,75 - 13)
3º Quartil = Ii + x h = 4,965 + x 0,345 = 5,29
Fi 19
(9n/10) - Fc (36,9 - 32)
9º Decil = Ii + x h = 5,310 + x 0,345 = 5,55
Fi 7
Onde:
Ii = Limite inferior da classe que contém a medida.
Fc = Frequência acumulada até a classe imediatamente
anterior à classe que contém a medida.
Fi = Frequência simples da classe que contém a medida.
h = Amplitude da classe.
Cargo: Secretária
1º Decil 4,37
1º Quartil 4,81
Mediana 5,10
3º Quartil 5,29
9º Decil 5,55
Média 5,05
Classe Modal 4,965 a 5,310
Frequência 41
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 281
( )
∑xF 207
= , cujo resultado é 5,05.
n 41
Poderia o cálculo ter sido feito pela distribuição de frequência,
conforme visto no capítulo referente à estatística aplicada.
Tomando-se os dados do Quadro 13.7 e efetuando-se os cálcu-
los intermediários, obtêm-se os dados do Quadro 13.9.
CLASSES Fi PM Zi ZiFi
3,930 4,275 3 4,1025 -2 -6
4,275 4,620 4 4,4475 -1 -4
4,620 4,965 6 4,7925 0 0
4,965 5,310 19 5,1375 1 19
5,310 5,655 7 5,4825 2 14
5,655 6,000 2 5,8275 3 6
∑ 41 29
— Calcule o ponto médio (PM) das classes.
— Tome um valor arbitrário de PM e denomine-o Xo (Xo = 4,7925).
— Encontre os valores da coluna Zi, através da fórmula:
X - Xo
Zi = i
h
Sendo: Xi = valores de PM
Xo = 4,7925
h = amplitude das classes = 0,345
— Calcule os valores da coluna ZiFi.
— Encontrados os valores da tabela (Quadro 13.9):
Calcula-se o valor de Z:
∑ Z iFi 29
Z= = = 0,7073
n 41
Calcula-se a média:
X = hZ + Xo = 0,345 (0,7073) + 4,7925 = 5,0365
282 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Empresa
Empresa A
F
Empresa Empresa
E B
Empresa Empresa
D C
E DISCUSSÃO
REVISÃO
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
REVISÃO
Empresa A Empresa C
Salário Salário
f Salário f Salário
Ajustado Ajustado
1 100 1 60
2 120 1 70
1 130 1 80
Sal. Anual 13,3 Sal. Anual 18,3
Jornada 220 Jornada 220
Data base Jul. Data base Jul.
Empresa B Empresa D
Salário Salário
f Salário f Salário
Ajustado Ajustado
2 80 1 90
2 90 1 100
2 100 1 105
Sal. Anual 16,3 Sal. Anual 14,3
Jornada 220 Jornada 180
Data base Set. Data base Ago.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 285
Padrão
Jornada 220
Sal. Anual 13,3
Data base Set.
Resposta —
Empresa A Empresa C
Salário Salário
f Salário f Salário
Ajustado Ajustado
1 100 100,90 1 60 83,30
2 120 121,08 1 70 97,18
1 130 131,17 1 80 111,07
Sal. Anual 13,3 Sal. Anual 18,3
Jornada 220 Jornada 220
Data base Jul Data base Jul
Empresa B Empresa D
Salário Salário
f Salário f Salário
Ajustado Ajustado
2 80 98,05 1 90 118,74
2 90 110,30 1 100 131,94
2 100 122,56 1 105 138,53
Sal. Anual 16,3 Sal. Anual 14,3
Jornada 220 Jornada 180
Data base Set Data base Ago
83,30
97,18
REVISÃO
ESTRUTURA SALARIAL
POLÍTICA SALARIAL
Richard Sennett
Respeito
CAPÍTULO 14
ESTRUTURA SALARIAL
Thomas A. Stewart
Artigo “A Nova Era do
Capital Intelectual”,
Revista Exame
Realizada a pesquisa salarial e a avaliação de cargos a próxima
etapa constitui-se na elaboração da estrutura salarial.
CONCEITUAÇÃO
TERMOS CONCEITO
ESTRUTURA É a organização de uma progressão salarial
SALARIAL em função da crescente valorização dos
cargos resultante do processo de avaliação.
Salário
Estrutura
salarial
Salário
máximo do
grau
Curva de
referência
Classes
Salário mínimo do grau
% = Amplitude da faixa
Grau
Pontos/Graus
294 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Quadro 14.3
Curvas referenciais — Mercado x empresa
Salário
Média mercado
Média empresa
Situação A
Pontos/Graus
Salário
Média mercado
Média empresa
Situação B
Pontos/Graus
A CURVA DE REFERÊNCIA
Salário
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1 Escalonamento ou graus
1 2 3 4 5 6 7 8
300 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Mínimo Máximo
Mínimo da faixa Média da faixa Máximo
da multiplicado da dividido da
Faixa pelo fator Faixa pelo fator Faixa
Grau (2,75 x 1,078) (2,75 x 1,078)
Classe Classe
Classe 1 Intermediária Classe 3 Intermediária Classe 5
Classe 2 Classe 4
1 2,75 2,98 3,2 3,45 3,72
n-1 an 8
350
a razão é: q = q= = 1,112
a1 150
GRAUS PONTOS
1 150 166
2 167 184
3 185 205
4 206 228
5 229 254
6 255 283
7 284 314
8 315 350
Salário
Graus Pontos Mínimo Faixa Máximo Faixa
Médio
1 150 167 2,93 3,40 3,95
2 167 185 3,86 4,48 5,21
3 185 206 4,90 5,69 6,61
4 206 229 6,07 7,05 8,19
5 229 255 7,38 8,57 9,96
6 255 284 8,85 10,28 11,95
7 284 315 10,45 12,14 14,11
8 315 350 12,10 14,18 16,48
Obs.: valores em unidades monetárias.
304 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
16
15
14
13
12
11
10
3 Pontos
Salário
Situação A
sobreposição
inexistente
Situação Ideal
Graus
Salário
Situação B
sobreposição
normal
Graus
Salário
Situação C
sobreposição
aceitável
Graus
Salário
Situação D
sobreposição
exagerada
Graus
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 307
E DISCUSSÃO
REVISÃO
• Amplitude da Faixa
• Classes Salariais
• Curva de Referência
• Estrutura Salarial
• Faixa Salarial do Grau
• Grau
• Salário Mínimo, Médio e Máximo do Grau
• Sobreposição de Faixas
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
Construir uma estrutura salarial por meio da exponencial, utili-
zando os dados fornecidos da tabela 3. Nessa tabela constam os
dados de mercado para 12 graus pré-determinados.
a) Calcule a curva referencial (exponencial). Os valores encon-
trados deverão constituir a classe C da estrutura.
b) Calcule as classes A, B, D e E, de forma que a amplitude
entre classes seja de 5%.
c) Faça análise de sobreposição das faixas salariais.
d) Utilize planilha eletrônica.
Veja procedimento no capítulo de Estatística — Utilização
de aplicativos para cálculo de medidas estatísticas — procedi-
mento para cálculo dos valores ajustados da exponencial. A
resposta do exercício foi feita a partir desse procedimento.
TABELA 1
TABELA 2
REVISÃO
TABELA 3
Média de Classes
Grau
Mercado A B C D E
600 1
800 2
1.300 3
1.800 4
2.328 5
3.221 6
3.394 7
4.686 8
5.698 9
6.681 10
8.964 11
14.619 12
310 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
RESPOSTA DO EXERCÍCIO 1
REVISÃO
RESPOSTA DO EXERCÍCIO 2
Média de Classes
Grau
Mercado A B C D E
600 1 640 672 706 741 778
800 2 836 877 921 967 1.016
1.300 3 1.091 1.146 1.203 1.263 1.326
1.800 4 1.424 1.495 1.570 1.649 1.731
2.328 5 1.859 1.952 2.050 2.152 2.260
3.221 6 2.427 2.549 2.676 2.810 2.951
3.394 7 3.169 3.327 3.494 3.668 3.852
4.686 8 4.137 4.344 4.561 4.789 5.029
5.698 9 5.401 5.671 5.955 6.252 6.565
6.681 10 7.051 7.403 7.774 8.162 8.570
8.964 11 9.205 9.665 10.148 10.656 11.189
14.619 12 12.017 12.618 13.249 13.911 14.607
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 311
CAPÍTULO 15
POLÍTICA SALARIAL
SALÁRIO DE ADMISSÃO
O primeiro aspecto a ser determinado pela política salarial é o
salário de admissão. Normalmente é estipulado o mínimo da faixa
salarial de cada grau. Algumas empresas adotam um salário de ad-
missão em torno de dez por cento abaixo da faixa, aumentando o
salário do funcionário para o mínimo da faixa após completar o pe-
ríodo de experiência. Algumas organizações também permitem ad-
missões com salário superior ao do início das faixas salariais. É muito
importante que essas considerações façam parte da política salarial.
É preciso verificar se os salários iniciais de cada grau contem-
plam as exigências de valores de pisos dispostos para as categorias
profissionais.
Salário
Promoção horizontal
Reclassificação
Promoção vertical
Salário de admissão
Graus
INTRODUÇÃO
É reconhecido que um programa efetivo de administração
salarial é necessário no ambiente organizacional para atrair e
reter colaboradores capazes. O Manual de Administração de
Salários apresenta a política de salários da empresa Y,
definindo um sistema de remuneração que, ajustando-se à
realidade do mercado, permite retribuir o aumento de
produtividade e o desenvolvimento individual, mantendo
adequada relação vertical entre os salários.
OBJETIVOS
Para que a empresa Y possa desenvolver e consolidar uma
equipe de profissionais, é necessário um adequado programa
de administração de salários que permita:
• Estabelecer padrões de remuneração a todos os
colaboradores operacionais, administrativos e gerenciais,
compatíveis com as atribuições do cargo e as condições do
mercado de trabalho.
• Reconhecer e premiar os colaboradores de acordo com seu
desempenho e com sua contribuição para a Companhia.
• Recrutar e conservar pessoal competente, que possa
contribuir para a continuidade e melhora da performance da
Companhia.
• Manter as despesas salariais dentro de parâmetros
prefixados de forma a permitir seu acompanhamento e
controle.
Gerência de remuneração
A gerência de remuneração tem a responsabilidade de
coordenar o sistema de cargos e salários em todas as fases,
bem como de desenvolver e recomendar políticas de salários.
Cabe, também, à gerência de remuneração analisar os cargos
e coordenar os Comitês de Avaliação.
Gerências
As gerências têm como responsabilidade aplicar a política
salarial de acordo com os procedimentos estabelecidos neste
Manual e divulgá-la aos subordinados.
Comitês de Avaliação
Os Comitês são responsáveis pela avaliação dos cargos.
CLASSIFICAÇÃO DE CARGOS
Planos profissionais
Representam os grupos conforme a natureza das atribuições
previstas para os cargos. São três planos profissionais:
gerencial, administrativo e operacional.
O plano gerencial agrupa os cargos que exercem o nível
gerente e acima.
O plano administrativo agrupa os cargos com atribuições de
natureza administrativa, com exceção daqueles pertencentes
ao plano gerencial.
O plano operacional agrupa os cargos de natureza operacional.
GRAUS
Os três níveis profissionais, anteriormente descritos, permitem
diferentes graus de classificação, enquadrando, em cada um
deles, cargos análogos ou equivalentes.
Os diferentes graus são escalonados, levando-se em conta a
complexidade de cada cargo, com base em avaliação pelo
método de pontos.
FAIXA SALARIAL
A cada grau corresponde uma faixa salarial na qual estão
definidos os valores mínimo e máximo e os níveis
intermediários.
(continua)
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 317
PESQUISAS SALARIAIS
SALÁRIO DE ADMISSÃO
O salário de admissão é o ponto de partida da evolução
salarial do funcionário e não corresponde necessariamente
ao mínimo da faixa, ressaltado o princípio de que esse
salário não poderá ser superior ao de um funcionário mais
antigo no mesmo cargo.
Os salários admissionais podem ser determinados acima do
mínimo da faixa, quando o candidato tiver qualificações
excepcionais e que a companhia necessite para uma
posição-chave. A gerência de remuneração tem a
responsabilidade de recomendar essas ofertas de salário,
levando em conta, externamente, os requisitos do mercado
competitivo e, internamente, os salários dos profissionais com
experiência e qualificações similares. Essas recomendações
devem necessariamente ser aprovadas pela diretoria de
Recursos Humanos e da área envolvida.
(continua)
318 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
AUMENTOS SALARIAIS
O sistema prevê quatro diferentes modalidades de revisão
salarial.
REAJUSTES SALARIAIS
São concedidos reajustamentos destinados à reconstituição
dos salários que, para tanto, seguem os índices legais.
Os índices fixados são aplicados integralmente sobre o
salário dos colaboradores admitidos até o dia anterior à data
do reajuste.
As correções coletivas serão aplicadas sem desconto dos
demais aumentos individuais.
A critério da companhia, poderão ser fixados índices
superiores aos legais ou mesmo antecipações desses
reajustes.
RECLASSIFICAÇÃO DE CARGO
PROMOÇÃO HORIZONTAL
Salário
Salário dentro
da faixa
Graus
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 321
65
60
Meses
323
REMUNERAÇÃO DE EXECUTIVOS
E DISCUSSÃO
REVISÃO
• Remuneração de Executivos
• Função Comissionada
• Gratificação de Função
• Poder de Compra
• Promoção Horizontal
• Promoção Vertical
• Reclassificação
• Salário de Admissão
1. Qual a importância da promoção horizontal e vertical em um
plano de cargos e salários?
2. Qual a importância da reclassificação na manutenção de um
plano de cargos e salários?
3. Por que é necessário ter manual ou norma sobre a política
salarial da organização?
4. Qual a importância do acompanhamento do poder de com-
pra do salário?
EXERCÍCIO 1
Qual o poder de compra do salário na data do recebimento,
considerando:
— inflação do mês de 1%;
— data de pagamento do salário: dia 30.
EXERCÍCIO 2
Qual o poder de compra do salário, na data de recebimento, no
segundo mês após o da reposição salarial, considerando:
— inflação do 1º mês de 2,5%;
— inflação do 2º mês de 1,5%;
— data de pagamento do salário: dia 30.
EXERCÍCIO 3
Qual o poder de compra do salário, no mês, considerando:
— inflação no mês de 3%;
— datas de recebimento do salário: antecipação de 50%, no
dia 15, complemento do restante, no dia 30.
CAPÍTULO 16
ASPECTOS FINAIS DA
ADMINISTRAÇÃO DE
CARGOS E SALÁRIOS
Abraham Lincoln
RESUMO DA ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS
Todas as teorias, passos e aspectos técnicos narrados nos
capítulos anteriores são o necessário para a correta implantação de
um projeto de cargos e salários em uma empresa. É importante ressaltar
que, ao iniciar a implantação ou revisão de um programa, deve ser
seguido um processo de trabalho, como mostrado no Quadro 16.1.
Planejamento
Análise de Cargos
Estrutura Salarial
Política Salarial
330 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
E
Mercado
q Salário
u
i
l
í
b
r
i
o
E
x
t
e
r
n
o Cargos
Equilíbrio Interno Hierarquizados
(1) N.A. Para mais informações sobre os métodos de avaliação de desempenho, con-
sulte: PONTES, Benedito R. Avaliação de desempenho: Nova abordagem. 10. ed.
São Paulo: LTr, 2008.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 333
(2) COSTA, Armando C.; FERRARI, Irany; MARTINS, Melchíades Rodrigues. Consoli-
dação das Leis do Trabalho. 22. ed. São Paulo: LTr, 1997.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 335
E DISCUSSÃO
REVISÃO
• Planejamento
• Análise de Cargos
• Avaliação de Cargos
• Pesquisa Salarial
• Estrutura Salarial
• Política Salarial
• Equilíbrio Interno e Externo
• Manutenção de Plano de Cargos e Salários
• Programa de Desempenho
• Programa de Resultados
• Promoção por Antiguidade ou por Tempo de Serviço
PLANOS DE CARREIRAS
Richard Donkin
Sangue, Suor e Lágrimas:
A evolução do trabalho
CAPÍTULO 17
INTRODUÇÃO AO
PLANEJAMENTO
DE CARREIRAS
CONCEITUAÇÃO DE CARREIRAS
(1) 150 Melhores para Você Trabalhar — Edição Especial 2010, VOCÊSA/EXAME,
São Paulo: Editora Abril, set. 2010.
344 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
(2) PONTES, Benedito R. Você pode ter uma carreira de sucesso! São Paulo: LTr,
2011.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 345
Unidades
Monetárias
Supervisor de
Marketing
Analista de
Marketing III
Supervisor
de
Contabilidade
Analista de
Marketing II
Analista
Contábil III
Analista de
Marketing I
Analista Contábil II
Analista Contábil I
Assistente Administrativo
Auxiliar Administrativo II
Auxiliar Administrativo I
Graus
I II III IV V VI VII
346 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
E DISCUSSÃO
REVISÃO
• Carreira Individual
• Metas Individuais de Carreira
• Planejamento de Carreiras
• Segmento de Carreira
• Plano de Carreiras
1. Qual a importância do planejamento de carreiras na atua-
lidade?
2. Quais as principais vantagens do planejamento de carreiras?
3. Qual a responsabilidade da empresa e do colaborador no
planejamento de carreiras?
350 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
CAPÍTULO 18
PLANOS DE CARREIRAS
Graus
Cargos
... 5 6 7 8 9 10 11 ...
Auxiliar de Pessoal I x
Auxiliar de Pessoal II x
Analista de RH I x
Analista de RH II x
Gerente de RH x
Obs.: “x” indica o enquadramento do cargo no grau.
Graus
Cargos
... 5 6 7 8 9 10 11 ...
Auxiliar de Pessoal I x
Auxiliar de Pessoal II x
Auxiliar de Pessoal III x
Analista de RH I x
Analista de RH II x
Analista de RH III x
Gerente de RH x
Obs.: “x” indica o enquadramento do cargo no grau.
GRAUS 1 2 3 4 5 6
1-A 2-A 3-A 4-A 5-A 6-A
GRAUS DE SALÁRIOS 1-B 2-B 3-B 4-B 5-B 6-B
1-C 2-C 3-C 4-C 5-C 6-C
Operador de Processos I II III IV V
Analista de Processos I II III
Analista de Qualidade I II III
Técnico de Segurança do Trabalho I II III
Supervisor de Processos *
Obs: * Indica que o cargo tem somente um nível e esse nível enquadra-se na classe
mostrada. A, B e C indicam os salários dos graus.
Nesse exemplo, há alternativa para o Operador de Processos que
ingressa no nível I prosseguir sua carreira até o nível V do cargo podendo
alcançar o cargo de Supervisor de Processos ou alterar sua trajetória
para os cargos de Analista de Processos, Analista de Qualidade ou
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 357
GRAUS 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1-A 2-A 3-A 4-A 5-A 6-A 7-A 8-A 9-A
GRAUS DE SALÁRIOS 1 - B 2 - B 3 - B 4 - B 5 - B 6 - B 7 - B 8 - B 9 - B
1-C 2-C 3-C 4-C 5-C 6-C 7-C8-C 9-C
Auxiliar administrativo *
Assistente Administrativo I II III
Analista Administrativo I II III
Supervisor Administrativo *
Gerente *
Obs: * Indica que o cargo tem somente um nível e esse nível enquadra-se na classe
mostrada. A, B e C indicam os salários dos graus.
TIPO DE CARREIRA EM Y
VI
IV
III
II LINHA BÁSICA
V Profissional Pleno II
Profissional Pleno I
IV
II Profissional Júnior II
I Profissional Júnior I
Vice-Presidente Administrativo
Vice-Presidente Administrativo
Nível V
Nível IV
empresa.
Maior exigência de conhecimentos
Nível III e atividades em uma das
Nível II
áreas de especialidade.
Exigência de conhecimentos
Nível I e atividades em uma das
áreas de especialidade.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 365
VI de
Op alê
po
es
s
Op ecia
õe
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çã nci
p
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o aç
V r n
po ra
po ão
or
o lide
r
ç ã
IV Op
III
Níveis Básicos
II
TRILHAS DE CARREIRA
Após determinação das linhas de carreira para os grupos de cargos
(segmentos), faz-se necessário estabelecer as trilhas de carreira.
As trilhas de carreira proporcionam informações para o crescimento
do profissional, incluindo as possibilidades com maior ou menor aderência do
cargo pretendido em relação ao cargo atualmente ocupado. A maior ou
menor aderência deve-se às exigências de conhecimentos e habilidades
(competências técnicas) ou de competências comportamentais do cargo
pretendido em relação ao cargo ocupado.
As trilhas de carreira devem ser elaboradas de forma que permitam
o crescimento do profissional da forma mais lógica possível. Deve mostrar
a forma mais natural do crescimento. As trilhas não impedem que o
profissional siga outra forma de crescimento, desde que obtenha
competências técnicas e comportamentais previstas para o cargo. O
quadro 18.13 mostra um exemplo genérico de trilha de carreira. Nesse
caso, há maior aderência à continuação no mesmo segmento do que a
passagem para outro segmento.
+
+ Ou
tro
seg
me +
nto CARGO D
CARGO M -
+ CARGO C
CARGO N
CARGO B ADERÊNCIA
nt o
eg me MAIOR +
os
CARGO A sm
Me MENOR -
+
- OPERADOR IV
ELETRICISTA II
+
OPERADOR III
ELETRICISTA I
+ OPERADOR II
ADERÊNCIA
OPERADOR I MAIOR +
MENOR -
Planejamento
de Recursos
Humanos
Avaliação da
Requisitos Qualificação
Crescimento
Políticas de
de Qualificação a Profissional
r
Profissional i
e
r
r
a Avaliação de
C Desempenho ou
de Resultado
Políticas de Pessoal
370 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
E DISCUSSÃO
REVISÃO
REMUNERAÇÃO ESTRATÉGICA
PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES NOS
LUCROS OU RESULTADOS DA EMPRESA
Gilles Lipovetsky
Metamorfoses da Cultura Liberal
CAPÍTULO 19
REMUNERAÇÃO
ESTRATÉGICA
Componentes
da Remuneração Tipos
Estratégica
Parte Fixa
(salário) Funcional Competências
Participação
Parte Móvel Sugestões Participação nos Lucros ou
(Remuneração Premiadas Acionária Resultados
Variável)
Bônus Comissão Prêmios
(1) O Salário Vai Acabar. São Paulo: Editora Abril, Revista Exame, edição 868, 24.5.2006.
Os dados são resultados da pesquisa da Hay Group para a Exame com 1.161 executivos
de 27 empresas.
(2) O Salário Vai Acabar. São Paulo: Editora Abril, Revista Exame, edição 868, 24.5.2006.
Os dados são resultados da pesquisa da Towers Perrin, com 100 empresas.
(3) HERZOG, Ana L. e MANO, Cristiane. O ano do bônus zero, Revista Exame,
ed. 949, 12.8.2009. Os dados são resultados da pesquisa Hay Group/Exame.
378 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
Fonte: MANO, Cristiane. Executivos que valem milhões. São Paulo: Revista Exame,
ed. 926, ano 42, n. 17, 10.9.2008. Os dados são resultados da pesquisa Hay Group/
Exame.
(4) Idem.
(5) Amorin, Lucas e Fontana, Camila. As Listadas Pagam Mais, Revista exame, Ed.
975, 8.9.2010.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 379
Fonte: Amorin, Lucas e Fontana, Camila. As Listadas Pagam Mais, Revista exame,
Ed. 975, 8.9.2010, baseado em dados da Hay Group.
SUGESTÕES PREMIADAS
A forma de remuneração variável através de sugestões premia-
das surgiu a partir das caixas de sugestões premiadas. A ideia foi a
380 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA
(5) CHAIM, Célia. Quanto vale uma boa ideia. Revista Exame, São Paulo, ano 27, n. 8,
abr./1995.
(6) Idem.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 381
BÔNUS
PONTOS
BÔNUS
MÍNIMO MÁXIMO
50 60 Não há bônus
61 70 3.000 unidades monetárias
71 80 4.000 unidades monetárias
81 90 5.000 unidades monetárias
91 100 7.000 unidades monetárias
COMISSÃO
PRÊMIOS
SALÁRIO INDIRETO
Compondo a remuneração, ainda há o salário indireto, traduzido
em um pacote de benefícios. Alguns benefícios passaram a ter exi-
gência por força de lei, como o vale-transporte e outros por força de
convenção coletiva de trabalho. A forma mais comum é a fixação
de benefícios fixos espontâneos, constituindo-se em um pacote con-
forme o status do funcionário na empresa, como pode ser observado
no Quadro 19.3. É também comum, que o benefício seja concedido
de forma diferenciada, conforme o status do funcionário, por exem-
plo, a modalidade básica da assistência médica é concedida para os
profissionais operacionais e administrativos e, a modalidade especial
para os gerentes e executivos. Normalmente, o custo dos benefícios
é rateado entre a empresa e o funcionário.
APLICAÇÃO
E DISCUSSÃO
REVISÃO
CAPÍTULO 20
PARTICIPAÇÃO DOS
TRABALHADORES NOS
LUCROS OU RESULTADOS
DA EMPRESA
Peter Drucker
A participação nos lucros ou resultados é a modalidade de remu-
neração variável mais comumente aplicada pelas companhias. Ela
tem inúmeras vantagens: está amparada por lei, é isenta de encargos
trabalhistas, permite alteração de critérios anualmente e não constitui
risco da habitualidade, ou seja, de incorporação ao salário. Verificare-
mos a seguir os aspectos da lei e posteriormente a metodologia e
aplicação.
(2) WOMACK, James P., JONES, Daniel T. e ROOS, Daniel. A máquina que mudou o
mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1992.
LT R ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 397
(4) DOYLE, Robert. Jogo bom é quando todos ganham (Entrevista para Leonardo
Attuch). Revista Exame, São Paulo, edição 582, abr. 1995.
400 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
APLICAÇÃO
9.100
Coeficiente de Participação = = 0,491891892
18.500
12.000
Coeficiente de Participação = = 0,126876718
94.580
405
406 BENEDITO RODRIGUES PONTES LT R
E DISCUSSÃO
REVISÃO
EXERCÍCIO 1
Qual o valor de participação de cada funcionário, conside-
rando que a empresa estaria disposta a distribuir 1,5 folhas de
salários em função dos resultados obtidos pelas equipes, con-
siderando: nota 3 para as equipes que superaram suas metas,
nota 2 para aquelas que alcançaram, nota 1 para aquelas cujos
resultados ficaram em 90% e nota 0 para aquelas que não
atingiram seus resultados. Os resultados da empresa foram con-
seguidos.
Montante de participação = 1,5 folhas de salários
Fun- Salário em Salário Coeficiente ParticipaçãoNúmero de
cio- Unidades Nota x de em Unidades Salários
nário Monetárias Peso Participação Monetárias Recebidos
A 1.000 3
B 1.700 3
C 1.000 2
D 1.600 2
E 1.000 1
F 1.400 1
G 800 0
H 1.400 0
Total
Coeficiente de Participação = =
EXERCÍCIO 2
Qual o valor de participação de cada funcionário, considerando
que a empresa estaria disposta a distribuir 15.000 unidades mo-
netárias em função dos resultados obtidos: pela empresa, pelas
equipes e pelos indivíduos, considerando que os resultados da
empresa foram conseguidos, os seguintes pesos: resultado da
empresa 20%, resultado da equipe 50% e resultado do indivíduo
30%. As notas obtidas são apresentadas no Quadro a seguir.
LT R
Salário Resultado Resultado Resultado Salário
Número
Funcio- em da da do Nota x Coeficiente Participação de
nário Unidades Empresa Equipe Indivíduo Ponde- Nota de em Unidades Salários
Mone- rada Ponde- Participação Monetárias
Nota Peso Nota Peso Nota Peso Recebidos
tárias rada
A 1.200 10 8 8
B 1.500 10 8 9
C 1.300 10 10 10
D 1.600 10 10 9
E 1.000 10 9 10
F 900 10 9 8
G 950 10 8 6
H 900 10 8 10
I 1.000 10 6 7
J 1.300 10 6 5
Total
ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS
Montante de Participação =
Coeficiente de Participação = =
407
408
Montante de participação = 1,5 folhas de salários = 14.850
14,850
Coeficiente de Participação = = 0,945859873
BENEDITO RODRIGUES PONTES
15,700
LT R
LT R
Salário Resultado Resultado Resultado Salário
Número
Funcio- em da da do Nota x Coeficiente Participação de
nário Unidades Empresa Equipe Indivíduo Ponde- Nota de em Unidades Salários
Mone- rada Ponde- Participação Monetárias
Nota Peso Nota Peso Nota Peso Recebidos
tárias rada
A 1.200 10 20% 8 50% 8 30% 8,4 10.080 0,152392563 1.536,1 1,28
EXERCÍCIO 2
15.000
Coeficiente de Participação = = 0,152392563
98.430
409
GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS
Competência
É o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, que afetam o trabalho.
Conhecimentos
Um dos elementos da competência — informações e dimensão requeridas em áreas de conteúdo
específico. Significa “o saber”.
Curva de maturidade
Tem como pressuposto que as pessoas se desenvolvem profissionalmente através de acúmulo de
experiência. Também podem ser acrescidos à experiência outros fatores como trabalhos e pesqui-
sas realizados, atualização do conhecimento.
Curva de referência
É a curva resultante da equação de regressão obtida pelo processo de ajustamento entre salário e
pontos (ou escalonamento ou graus) obtidos na avaliação de cargos.
D
Descrição de cargos
É o relato das tarefas descritas de forma organizada, permitindo ao leitor a compreensão das
atividades desenvolvidas pela pessoa.
E
Equilíbrio externo
Eqüidade entre salários praticados na empresa com os do mercado de referência.
Equilíbrio interno
Forma de hierarquizar os cargos e consequentemente os salários em função da complexidade das
atividades.
Escalonamento
É um método de avaliação de cargos. Permite a hierarquização dos cargos avaliando-os, de
forma abrangente, em função da complexidade das atividades.
Especificação de cargo
É o relato dos requisitos, responsabilidades e incômodos impostos aos ocupantes dos cargos.
Estrutura salarial
É a organização de uma progressão salarial em função da crescente valorização dos cargos
resultante do processo de avaliação.
F
Faixa salarial
Corresponde à diferença monetária entre o salário máximo e o salário mínimo do grau.
Função
É o agregado de tarefas atribuídas a cada indivíduo na organização.
G
Grau
Grupo ocupacional
H
Habilidades
Um dos elementos da competência. Capacidade da pessoa em colocar em prática o conhecimento
que possui. Significa “o saber fazer”.
M
Manual de avaliação
Conjunto de fatores com seus respectivos graus que permitem a avaliação de cargos por método
de pontos.
Método de avaliação
É um instrumento utilizado para determinar o valor relativo do cargo para a construção da
hierarquia.
P
Participação acionária
É uma forma de remuneração variável através do acesso dos funcionários ao capital da empresa.
Participação nos Lucros ou Resultados
É um instrumento de integração entre a empresa e os funcionários e incentivo à produtividade.
Não substitui ou complementa a remuneração devida aos funcionários, é isenta de encargo
trabalhista e não se aplica o princípio da habitualidade.
Pesquisa de salários
É o estudo do comportamento salarial praticado em certo setor empresarial.
Planejamento de carreira
É o estabelecimento do plano de desenvolvimento individual com os funcionários.
Plano de carreira
É o instrumento que define as trajetórias de carreiras existentes na empresa.
Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)
É o objetivo de desenvolvimento futuro do profissional e o acompanhamento constante desse
objetivo. PDI refere-se ao aprendizado atual com as experiências profissionais do indivíduo que
possam melhorar as competências para atingir o objetivo de desenvolvimento.
Poder de compra do salário ou salário real
Corresponde ao salário deflacionado pelo índice do custo de vida e inflacionado pelo reajuste
concedido pela empresa.
Política salarial
Determina as regras para a efetiva administração dos salários na empresa.
Pontos
É um método de avaliação de cargos. Consiste em avaliar os cargos atribuindo pontos através de
fatores com descrição de níveis de dificuldade crescente.
Prêmios
Valores pagos decorrentes de melhora de processos.
Promoção horizontal
É a passagem do colaborador para uma classe superior de salário no mesmo cargo e grau.
Promoção vertical
É a passagem do colaborador de um cargo para outro, classificado em grau superior.
R
Reclassificação
É a elevação do cargo para um grau superior, em virtude da atribuição de tarefas mais complexas.
414 BENEDITO RODRIGUES PONTES LTR
Remuneração estratégica
Consiste em empregar diferentes formas de remunerar as pessoas, dividindo a remuneração em
parte fixa e parte variável e complementando com benefícios que irão constituir em salário
indireto, às estratégias organizacionais.
Remuneração variável
Corresponde à parte variável da remuneração, atrelada, normalmente, ao desempenho individual
ou da empresa.
S
Salário de admissão
Corresponde, normalmente, ao mínimo da faixa salarial de cada grau.
Salário Indireto
Compõe a remuneração e refere-se a um pacote de benefícios que podem ser concedidos de
forma fixa ou variável.
Salário máximo do grau
É a referência do maior salário do grau, ou seja, corresponde ao valor máximo que um funcionário pode
perceber em um cargo enquadrado no grau.
Salário médio do grau
É o valor médio entre o salário máximo e mínimo de cada grau. Corresponde ao valor da curva de
referência no grau, quando esta se encontra na média da faixa salarial, que é comumente aplicado.
Salário mínimo do grau
É o menor salário do grau, ou seja, corresponde ao valor mínimo que um funcionário pode
perceber em um cargo enquadrado nesse grau.
Segmento de carreira
É a configuração do cargo de forma ampla disposta em níveis crescentes de complexidade.
Sobreposição da faixa
É o quanto o salário de um grau supera o dos graus mais elevados na estrutura salarial.
Sugestões premiadas
É uma forma de remuneração variável que tem como base economias ou melhorias implantadas
por sugestões fornecidas pelo indivíduo ou equipe.
T
Tabulação dos dados
É o tratamento estatístico da amostra coletada em pesquisa salarial.
Tarefa
É uma atividade desenvolvida por uma pessoa na organização.
Trajetória de carreira
Sucessão de cargos que exigem requisitos crescentes.
Trajetória de carreira — Linha de Especialização
Sucessão de cargos de uma mesma família (atividades correlatas e de mesma natureza) que
exigem requisitos crescentes.
Trajetória de carreira — Linha Generalista
Sucessão de cargos de famílias diferentes que exigem requisitos crescentes.
Trajetória de carreira — Linha Hierárquica
Sucessão de cargos executivos que exigem requisitos crescentes e alocados em graus superi-
ores aos cargos técnicos e administrativos.
Trajetória de carreira — Y
Sucessão de cargos técnicos ou administrativos com complexidade similar aos cargos executivos.
Permite ao profissional crescer na organização através da ocupação de cargos técnicos ou gerenciais.
LTR ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 415
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Harper & Row do Brasil, 1984.
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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário básico da língua portuguesa.
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416 BENEDITO RODRIGUES PONTES LTR