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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Escola de Formação de Professores e Humanidades

DISCIPLINA: FILOSOFIA PROFESSOR(A): POLLIANA PIRES DO CARMO ALVES ROCHA

ALUNO(A): TURMA: C-01

Sofismas
Começo de tudo...
Todos nós sabemos por experiência própria que, quando raciocinamos, cometemos por vezes
alguns erros: às vezes erramos de propósito com a intenção de enganar os outros; outras vezes
erramos sem dar conta.
No primeiro caso, como temos intenção de enganar, diz-se que tal raciocínio é um sofisma. Este é
um raciocínio errôneo que se apresenta com a aparência de verdadeiro. O nome deriva dos
Sofistas (séc. V a. C.), filósofos gregos de quem Platão e Aristóteles fizeram publicidade negativa,
dizendo que eram peritos neste tipo de argumentos.
No segundo caso, as regras da inferência correta são infringidas, mas não há intenção de enganar
o nosso interlocutor. O erro não é premeditado. Neste caso falamos de paralogismo.
À primeira vista, no primeiro caso atuamos de má-fé e no segundo caso atuamos de boa-fé, pois
erramos inadvertidamente. Mas a distinção entre boa-fé e má-fé não é critério lógico, mas sim um
critério moral. É sempre extremamente complicado saber as intenções dos outros! Sendo
assim, sofisma e paralogismo são, do ponto de vista lógico, raciocínios malconduzidos.
A estes raciocínios errados com aparência de verdadeiros, costuma também chamar-se falácias
ou argumentos falaciosos. O termo falácia deriva do verbo latino faliere que significa enganar.
Uma falácia, literalmente, será um raciocínio que engana.

Sofisma
De modo aproximado, sofisma é o enunciado falso que parece verdadeiro numa compreensão
superficial. Tradicionalmente, nem todo enunciado que parece verdadeiro é considerado sofisma.
O tipo de semelhança que determina o sofisma geralmente é a relacionada com a forma lógica do
enunciado. Também é comum considerar como sofisma aqueles enunciados aparentemente
verdadeiros, em função de induções malfeitas, provavelmente devido à contigüidade que sempre
existiu entre lógica e epistemologia na história do pensamento.
Há outros enunciados que parecem verdadeiros, mas que não costumam ser arrolados como
sofisma. Um exemplo disso é a versão de um criminoso tentando se livrar da acusação do crime.
A versão pode parecer verdadeira, mas nem por isso vai ser chamada automaticamente de
sofisma.
A especificação exata do tipo de semelhança com a verdade que caracteriza o sofisma não é
possível nem desejável. É impossível em função da disparidade entre os sofismas tradicionais e
indesejável porque fecha o conceito de sofisma a futuras inclusões. O melhor é deixar a definição
em aberto ou então recorrer a uma definição extensiva do tipo: sofisma é a petição de princípio, a
falsa analogia, a contradição camuflada, etc.
O sofisma nasce do lapso ou da intenção de iludir. O lapso pode ser do emissor ou do receptor.

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A caracterização de um sofisma é subjetiva. Para isso, em primeiro lugar, temos que nos restringir
à classe das questões que podem ser refutadas pela lógica. Em enunciados que se respaldam em
premissas filosóficas a caracterização do sofisma pode ser impossível.
Não há critérios objetivos para definir o que é uma coisa que parece verdadeira. Isso depende da
acuidade de cada um. Por exemplo: uma contradição camuflada pode ser encarada como sofisma
se quem a avaliar julgá-la sutil. Outro pode considerá-la grosseira e rotulá-la como simples
mentira, equívoco, contradição.
Fatores que favorecem o efeito de ilusão do sofisma:
 Uso de forma de silogismo. A forma do silogismo tem a ela associada uma conotação de
credibilidade.
 Uso de forma elaborada leva a uma conotação de credibilidade.
 Arredondamentos. Supõe-se, por exemplo, que o improvável é impossível, que quase tudo
significa tudo, que ‘se’ significa ‘se e somente se’, etc. Pessoas que não são rigorosas no
raciocínio praticam estas operações.
Sofismas formais e materiais
Um sofisma é formal se as premissas que o sustentam são válidas e se sua falsidade derivar do
mau uso das regras de inferência lógica, o que pode ser mostrado com os recursos da lógica
formal, usando-se uma tabela-verdade, por exemplo.
Um sofisma é material se resultar falso mesmo sendo validado pelos critérios da lógica formal.
Sua falsidade vem da falsidade das premissas.
Há casos em que é difícil discernir se um sofisma é formal ou material. Exemplo: ao se confundir
um fato improvável com um fato impossível. Nem sempre há como dizer se a confusão ocorre no
nível formal, ao tomar o impossível pelo improvável, ou se por uma má indução de fatos da
objetividade.
Retirado do site: http://radames.manosso.nom.br/linguagem/retorica/categorias/sofistica/.
Acesso em 06/08/2014.

O que é um Sofisma:
Sofismo ou sofisma significa um pensamento ou retórica que procura induzir ao erro,
apresentada com aparente lógica e sentido, mas com fundamentos contraditórios e com a
intenção de enganar.
Atualmente, um discurso sofista é considerado uma argumentação que supostamente apresenta a
verdade, mas sua real intenção reside na ideia do erro, motivado por um comportamento
capcioso, numa tentativa de enganar e ludibriar
Em um sentido popular, um sofisma pode ser interpretado como uma mentira ou um ato de má fé.
Saiba mais sobre o significado de capcioso. 
O sofismo não deve ser confundido com o paralogismo, que também se baseia em um raciocínio
falso, uma falácia ou pensamento ilógico, mas com a diferença de ser feito de boa fé. O
paralogismo é relacionado com a ignorância, quando o indivíduo não tem a consciência de sua
falsidade.

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No entanto, a definição de sofismo mudou bastante ao longo dos séculos. Na Grécia Antiga, por
exemplo, o termo era utilizado no sentido de “transmitir sabedoria” através de técnicas de retórica
e argumentação.
Etimologicamente, sofismo deriva do grego sophisma, em que sophia ou sophos significam
respectivamente “sabedoria” e “sábio”. Esta palavra passou a denotar todo tido de conhecimento
sobre os assuntos humanos gerais.
Os sofistas da Grécia Antiga eram conhecidos por serem importantes professores, que viajavam
pelas cidades e ensinavam aos seus alunos a arte da retórica, que era muito importante para
quem desejasse seguir na vida política.
Os sofistas eram considerados mestres nas técnicas de discurso, fazendo com que o interlocutor
acreditasse rapidamente naquilo que falava, sendo verdade ou não.
O principal compromisso dos sofistas seria em fazer com que o público acreditasse naquilo que
diziam, e não com a busca pela verdade ou em instigar este sentimento no interlocutor.
Sócrates foi um dos principais opositores ao pensamento sofista, que além disso também
detestava as elevadas taxas que os professores sofistas cobravam de seus alunos.
Platão e Aristóteles também foram importantes filósofos que desafiaram o sofismo, que a partir de
então passou a ter uma conotação pejorativa como uma forma de desonestidade intelectual.
Sofismo e silogismo
O silogismo é um pensamento filosófico apresentado por Aristóteles, que possui uma relação
intrínseca com a definição do sofismo.
Silogismo seria a ideia de juntar duas premissas com o objetivo de se chegar a uma
conclusão, baseada na dedução.
Por exemplo: “Todo ser humano é mortal” (premissa 1) / “João é um ser humano” (premissa
2) / “Logo, João é mortal” (conclusão).
Mesmo sendo um pensamento lógico, o silogismo pode apresentar conclusões equivocadas,
caracterizando-se como um silogismo sofístico

Retirado: https://www.significados.com.br/sofismo/. Acesso em 20/08/2017

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