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INTELIGÊNCIA, APRENDIZAGEM E RENDIMENTO ESCOLAR

SEGUNDO A TEORIA TRIÁRQUICA DA INTELIGÊNCIA (TTI)

Wagner Bandeira Andriola'

RESUMO • analisar, além de simplesmente rotular, os fa-


tores resultantes da utilização da técnica estatística da
Este trabalho apresenta a Teoria Triárquica análise fatorial, em que consistem as aptidões medidas
da Inteligência (TTI) , proposta por Robert J. pelos testes de inteligência;
Sternberg no final da década de 80. Descreve a • explicar, além de simplesmente determinar es-
aprendizagem e o rendimento escolar, diferencian- tatisticamente, a associação entre (i) os escores obtidos
do-os. Aborda a possibilidade de sua efetiva utiliza- em testes de inteligência e o desempenho escolar do
ção em sala de aula, objetivando a estimulação dos respondente; (ii) a inteligência e a aprendizagem e (iii) a
mecanismos cognitivos responsáveis pela resolução inteligência e rendimento escolar.
de problemas e caracterizadores do raciocínio. Tal Modelo compreende a inteligência como
sendo formada por um grupo de processos cognitivos or-
ganizados hierarquicamente e responsáveis pelo compor-
ABSTRACT tamento intelectual. O objetivo comum às pesquisas
realizadas sob a ótica desse Modelo é descrever as
This study presents the Treble Theory of funções intelectuais avaliadas pelos testes de inteligên-
Intelligence (TTI), proposed by Robert J. Sternberg cia, ou seja, explicitar e hierarquizar os processos
towards the end of the 80 's. It describes learning cognitivos componentes dos fatores medidos pelos testes
and school results by making a distinction between de inteligência.
the two. It trents of the possibility of their being used Dessa maneira, segundo STERNBERG (1992),
effectively in the classroom situation, as a means of o Modelo Componencial da Inteligência se revela como
stimulating the cognitive mecanisms responsibles for complementar ao Modelo Psicométrico. Destaca ainda
the solution of problems which characterize the que o citado Modelo comporta três enfoques distintos:
reasoning processo dos correlatos, dos conteúdos e dos componentes
cognitivos da inteligência, a seguir detalhados.

INTRODUÇÃO
ENFOQUESCOMPONENCUUSDA
Abordar a Teoria Triárquica da Inteligência
(TTI) significa descrever, ainda que sucintamente, o INTELIGÊNCIA
Modelo Componencial da Inteligência. É concebido como
o conjunto de vários sistemas teóricos que surgiram no CORRELATOS COG ITIVOS
final dos anos 50. Objetivava suprir algumas lacunas do
Modelo Psicometrista, dentre as quais destacam-se a Os teóricos dessa vertente empregam uma
incapacidade para: metodologia do tipo experimental, que obje iva, funda-
mentalmente, medir a rapidez o samen o da in-
formação (o tempo de reação do organismo em termos
1 Coordenador do Laboratório de Pesquisas em Avaliação e Me-
dida (LABPAM) do Mestrado em Avaliação Educacional - de raciocínio) correlacionando-o com os escores obti-
FACED - UFC. E-mail: andriola@ufc.br dos pelo sujeito em testes de inteligência (HUNT, 1981).

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As principais críticas feitas a esse tipo de estu- no intuito de tomá-lo adequado às exigências, interes-
do estão nos seguintes aspectos: ses, valores e destrezas individuais; ou ainda pode signi-
• o que se chama de "rapidez de raciocínio" é, ficar a escolha, pelo organismo, de um outro ambiente
na realidade, a capacidade de utilização das memórias a favorável às suas características individuais.
curto prazo (MCP) e a longo prazo (MLP), ou seja, a As variáveis comportamentais resultam da
capacidade do organismo de evocar informações "guar- qualidade das experiências estabelecidas (aprendiza-
dadas" na MCP e MLP; gens) como resultado de distintas situações enfrentadas
• se está associando processos cognitivos sim- em variados contextos. Em outras palavras, a qualidade
ples (capacidade de utilização da MCP e MLP) a um ou riqueza das aprendizagens pode ser um detenninante
mecanismo cognitivo complexo (inteligência), que en- do comportamento inteligente.
volve outras capacidades. Por último, as variáveis individuais, que re-
sultam do uso adequado dos processos cognitivos com-
ponentes do comportamento inteligente. A eficácia no
CONTEÚDOS COGNITIVOS
uso desses processos, por sua vez, é influenciada pelas
outras duas variáveis já mencionadas.
Os estudiosos dessa corrente empregam a
metodologia correlacional e objetivam, basicamente, com-
parar o desempenho de peritos e de principiantes, quanto DEFINiÇÃO E
à resolução de tarefas complexas. A suposição desses
teóricos é que a característica central da inteligência é a
CARACTERIZAÇÃO DOS
posse, pelo organismo, de um conjunto de conhecimentos PROCESSOSCOMPONENTES DA
bem organizados e facilmente utilizáveis, que é fruto, so- INTELIGÊNCIA
bretudo, da capacidade de aprendizagem do mesmo. Dessa
maneira, a inteligência é resultado da capacidade de Segundo a TIl, a inteligência é um construto
acessar e utilizar adequadamente esse conjunto de co- latente aglutinador de diferentes processos cognitivos,
nhecimentos armazenados na MCP e MLP. dentre os quais destaca-se o raciocínio, responsável pela
Esta vertente toma relevante a capacidade do resolução de problemas. É caracterizado como sendo a
organismo de aprender e utilizar, de maneira adequada, capacidade do organismo de:
o conteúdo aprendido, caracterizando, dessa maneira, o • identificar os elementos de uma tarefa ou pro-
uso eficaz da inteligência. blema;
• retirar conclusões lógicas da informação
fornecida e processada;
COMPONENTES COGNITIVOS • compreender a sua formulação;
• conceber formas alternativas para a sua reso-
Emprega uma metodologia experimental de pes- lução;
quisa e objetiva, fundamentalmente, a identificação dos • avaliar as diferentes alternativas de resolução;
componentes cognitivos exigidos na resolução de tare- • avaliar a adequação da resposta dada ao pro-
fas que aparecem, habitualmente, como itens nos testes blema, considerando a especificidade da situação e suas
tradicionais de avaliação da inteligência. conseqüências.
O mais proeminente dos estudiosos dessa cor- STERNBERG (1977 a,b) faz menção aos me-
rente é, sem dúvida, Robert J. STERNBERG, que pro- canismos cognitivos presentes na resolução de um
pôs a Teoria Triárquica da Inteligência (TTI). O suposto problema, ou seja, no ato de raciocinar. Antes de apresen-
central da TIl é de que a inteligência é composta por tá-los, é necessário ressaltar um aspecto básico no pro-
uma tríade de associações entre variáveis contextuais, cesso de resolução de tarefas, qual seja, o ato do estudante
comportamentais e individuais. tornar-se ciente da existência de um problema (MOUL Y,
As variáveis contextuais resultam da influên- 1973). Segundo DEWEY (apudMOULY, 1973), a solu-
ia exercida pelo contexto socioeconômico (ambiente), ção de um problema não pode ocorrer sem este, mas o
está inserido o organismo, sobre o comporta- comportamento de resolução de um problema não é inici-
eligente. Em outras palavras, um comporta- ado pela sua existência objetiva, mas sim pelo reconheci-
eligente para um dado contexto pode implicar mento de sua existência por parte do respondente (tomada
iente: a modificação do ambiente, de consciência acerca de um problema).

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Abordado esse pré-requisito para a resolução de primeira refere-se ao fato da aprendizagem não poder
um problema, surge a necessidade de caracterizar os ser avaliada em sua essência, isto é, o avaliador dispõe
mecanismos cognitivos utilizados pelo indivíduo em tal apenas de algumas informações, geralmente a partir do
atividade. Deve ser mencionado que os teóricos da inte- rendimento dos aprendizes, cujo somatório não
ligência têm um ponto em comum: assumem que os pro- corresponde à totalidade do fenômeno abordado: a apren-
blemas mais adequados ao uso do raciocínio são aqueles dizagem. Em outras palavras, a aprendizagem é um
apresentados em forma de analogia (ANDRIOLA, 1996). construto latente que não pode ser observada direta-
Segundo STERNBERG (1977 a,b), são os se- mente. A opção do avaliador é a observação de com-
guintes os mecanismos cognitivos, componentes do ra- portamentos (coleta de informações) que, teoricamente,
ciocínio, e necessários à resolução de um problema em são reflexos da aprendizagem. O ideal é que tais infor-
forma de analogia: mações sejam resultantes de observações sistemáticas
• CODIFICAÇÃO - refere-se à percepção, (avaliações), tornando-se válidas e fidedignas.
codificação e registro na memória operativa (MCP) das A segunda limitação é decorrente da primeira e
características mais relevantes do problema, para a sua está relacionada ao fato de ser o rendimento escolar
posterior solução; apenas uma estimativa pontual do grau de aprendiza-
• INFERÊNCIA - é a tentativa de estabeleci- gem do aluno. Isto porque o rendimento, em um dado
mento de uma relação entre os dois primeiros elemen- momento, está condicionado a inúmeros fatores imedia-
tos da analogia, que deve ser retida na memória de tos que influenciam as respostas do aprendiz. Podem
trabalho (MCP); ser destacados o ambiente (iluminação, acústica, tem-
• MAPEAMENTO - é a tentativa de estabele- peratura, etc.); a natureza da avaliação (prova escrita,
cer uma relação entre o primeiro e o terceiro elemento prova oral, prova prática, etc.); o estado do respondente
da analogia, retendo-o na memória operativa (MCP); (motivação, atenção, concentração, etc.) e a metodologia
• APLICAÇÃO - é a comparação do terceiro de avaliação (individual ou coletiva). Dessa maneira, o
elemento da analogia com cada uma das opções pro- desempenho do aprendiz, num dado momento, é uma
postas como resposta, para verificar se a relação inferida, informação que possibilita ao avaliador realizar
anteriormente, aplica-se corretamente; inferências sobre o grau de aprendizagem do mesmo.
• JUSTIFICAÇÃO - trata-se de justificar a res- Apesar desses problemas subjacentes ao ato de a aliar,
posta como sendo a mais adequada à resolução da ana- o rendimento escolar fornece ao avaliador elementos
logia. Tal processo é utilizado quando uma analogia importantes sobre a aprendizagem do aluno e, em últi-
apresenta opções bastante semelhantes à resposta cor- ma instância, sobre o uso eficaz do raciocínio.
reta e, geralmente, implica em recorrer à MLP;
• RESPOSTA - é a complementação da analo-
gia, através da indicação da opção considerada como a POSSIBILIDADES DE USO DA
resposta correta.
EM SALA DE AULA
APRENDIZAGEM E
Como afirma MOULY (19
RENDIMENTO ESCOLAR pais razões para a existência da es
de estimular a solução de pro le
A aprendizagem, segundo a TIl, é a capacida- são da realidade, de forma q e 05 s
de que o indivíduo tem de utilizar, de maneira eficiente, sejam capazes de lidar. de m e 5
os mecanismos cognitivos componentes do raciocínio problemas da sociedade.
na atividade de resolução de problemas. Já o rendimen- Assim o uso da TI1 e
to escolar é o desempenho, em termos de comporta- em princípio restringi -se
mentos observáveis, do indivíduo em situações problemas de apre izage P
padronizadas de avaliação. O desempenho é, teorica- SPRlNTRAL 199"'. De (i; o o o os mesmos, os
mente, resultante do uso do raciocínio, ou, em outras pressupostos da TIl e 'em ara q e o alunos apren-
palavras, da aprendizagem. dam a pensar. É o q e e o ven io ou hamar generi-
Abordar o rendimento escolar significa falar em camente, Programas de Enriquecimento Instrumental
avaliação da aprendizagem, que, geralmente, implica em (ALMEIDA 1993 ALMEIDA & ORAIS, 1992
aceitar duas limitações presentes nessa ati idade. A SPRINTHAL & SPRDITHAL, 1993) e Programas de

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Educabilidade Cognitiva (NISBET, 1992, SALEMA,
1992, SANTOS, 1992). Considere a frase abaixo:
Aplicar a TIl em sala de aula, consiste, basica- Enquanto as reservas de água da Terra
mente, em proporcionar aos alunos a maximização no uso permanecem constantes, aumenta a industrializa-
dos mecanismos cognitivos caracterizadores do raciocínio, ção e, com ela, o consumo de água.
especificamente, os de inferência, mapeamento, aplicação
ejustificação (SlERNBERG & NIGRO, 1980). Para tanto, Das quatro conclusões abaixo, qual a que pode ser
há necessidade de partir-se de tarefas que exijam meca- inferida sem quaisquer informações adicionais?
nismos mais básicos na sua resolução e, gradativamente, ir Justifique.
aumentando-se o nível de complexidade das tarefas que, 1 - No futuro será necessário haver menor consumo
em última instância, irão requerer mecanismos cognitivos de água para outros fins.
mais elaborados ou sofisticados para a sua resolução.
No caso de alunos das séries iniciais, numapri- 2 - As pessoas devem pensar mais, a fim de economi-
meira etapa, poderão trabalhar com conceitos de fim- zar maior quantidade de água.
cionalidade e significado de palavras, partindo dos 3 - As possibilidades de vida serão piores no futuro.
termos utilizados no cotidiano para os mais abstratos.
São perguntas do tipo: 4 - O mundo irá tomar-se cada vez mais
industrializado.
o que é um lápis? Para que serve?
Este é o tipo de problema em que os estudantes
O objetivo é proporcionar o aumento vocabular se depararão em seu cotidiano, ou seja, trata-se de fa-
dos estudantes. zer uma ligação entre a resolução de "problemas esco-
A segunda etapa consistirá em trabalhar os lares" e a resolução de "problemas reais ou da
processos de inferência (estabelecimento de uma re- comunidade". É a ligação efetiva, com relação ao
lação entre os dois primeiros elementos de uma analo- uso do raciocínio, do ambiente escolar para o am-
gia) e mapeamento (busca de um termo que sirva para biente cotidiano.
completar a analogia respeitando a relação inferida). Como destaca MOULY (1973) "[ ... ] como os
Para isso trabalharão com problemas compostos por ana- problemas não podem ser resolvidos num vácuo, a
logias verbais do tipo: escola, além de criar problemas que o estudante
deve resolver, precisa ajudá-Io a desenvolver as ca-
NUVEM está para CHUVA, assim como SOL está pacidades com as quais possa fazê-lo, assim como
para (?) dar-lhe a experiência necessária. Dessa forma, não
apenas aumenta a eficiência de seu raciocínio, mas
A terceira etapa consistirá em trabalhar os pro- também pode proporcionar a aprendizagem de no-
cessos de aplicação (comparação do terceiro elemen- vas coisas que, por sua vez, o levarão a um raciocí-
to da analogia com alternativas apresentadas, objetivando nio mais eficiente em futuras situações. O raciocínio
verificar qual a mais adequada para a resolução da ques- é, tanto um produto da aprendizagem, quanto um
tão) ejustificação (justificativa da escolha de uma al- método através do qual se pode obter novo conhe-
ternativa específica como resposta). Serão utilizadas cimento acerca de algo" (1973:309).
analogias do tipo: Com base nessa opinião, origina-se a quinta e
última etapa. Trata-se de permitir ao aluno que tra-
balhe na solução de perguntas que digam respeito
NUVEM: CHUVA :: SOL: ? aos problemas enfrentados pela sua comunidade,
bairro ou cidade, através da elaboração de reda-
a) CALOR b) LUZ c) CLARIDADE d) SECA ções. Um exemplo típico de uma questão dessa nature-
za é a que segue:
_ uma quarta etapa os alunos trabalharão com
•• as que de erão exigir todos os processos
Como você resolveria o problema da violência no
--,..~~rt""'·ns itos por SlENBERG (1977a,b). Serão
seu bairro?

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Assim, hipotetiza-se ter sido dada uma estimu- (iii) localizar e utilizar recursos exte
lação adequada ao aluno, possibilitando-o a procurar sala de aula, de modo a incorporar o
soluções para problemas que digam respeito ao ambi- nhecimento obtido com estas fontes ao pro-
ente escolar e estejam diretamente ligados ao seu coti- cesso de aprendizagem;
diano (contexto sociocultural). (iv) sintetizar o conhecimento e aplicá-Io
em novas situações;
(v) preparar-se para diferentes tipos de
RELEVÂNCIA DA APLICAÇÃO exames avaliativos da aprendizagem;
(vi) estabelecer estratégias para o uso ra-
DA ITI EM SALA DE AULA cional do tempo disponível;
(vii) aceitar e aprender com as críticas
Para defender a relevância da aplicação da TIl em surgidas.
sala, deve-se indagar quais as habilidades essenciais ao
bom rendimento escolar. Para GRACELLI (1983), tais Evidentemente, a escola tem um papel de suma im-
habilidades são consideradas competências acadêmi- portância para o desenvolvimento, no aprendiz, das com-
cas básicas para o aprendizado do conteúdo de qual- petências básicas que foram apresentadas. Todavia, os
quer disciplina, destacando-se as competências para: conteúdos programáticos e os métodos de ensino deve-
• ler: consiste na habilidade para identificar e com- rão preocupar-se muito mais com o desenvolvimento
preender as idéias principais e subordinadas, num tra- dessas competências e menos com a apresentação de
balho escrito. Tal competência tem uma estreita relação conhecimento factual destituído de uma verdadeira fun-
com o processo cognitivo componente do raciocínio, ção formadora.
denominado de codificação; É exatamente para atingir o primeiro objetivo, ou
• escrever: consiste na habilidade de conceber e orga- seja, de proporcionar o desenvolvimento de competên-
nizar idéias sobre um assunto com o propósito de elabo- cias básicas ao aprendiz, que surge a relevância da uti-
ração de uma redação. Há uma relação significativa com lização, em sala de aula, da Teoria Triárquica da
os processos cognitivos componentes do raciocínio e de- Inteligência.
nominados de mapeamento e inferência;
•falar e ouvir: consiste na habilidade para participar,
de modo crítico e construtivo, do intercâmbio de idéias,
particularmente durante as discussões em sala de aula.
BIBLIOGRAFIA
Mais uma vez a relação com os processos de mapeamento
e inferência; ALMEIDA, L.S. & Morais, M.F. (1992). Educabilidade
• realizar cálculos matemáticos: consiste na habili- cognitiva: conceptualização, operacionalização e in-
dade de selecionar e utilizar estratégias cognitivas ade- tervenção. Inovação, 5 (2/3), 29-52.
quadas à resolução de problemas numéricos. Compreende ALMEIDA, L.S. (1993). Capacitar a escola para o
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• raciocinar: consiste na habilidade de identificar e ANDRlOLA, W. B. (1996). Avaliação da Inteligência:
formular problemas, como também de propor soluções contribuições da Teoria do processamento da Infor-
e avaliar as diferentes maneiras de resolvê-Ios. Os pro- mação ou Componencial à Teoria Psicométrica. Psi-
cessos cognitivos subjacentes à tal habilidade já foram cologia Argumento, XIX, 117-128.
apresentados neste mesmo trabalho; GRACELLI, A. (1983). O processo de seleção na Uni-
• estudar: esta habilidade difere das anteriores, es- versidade brasileira: colocação do problema. Edu-
pecificamente quanto à sua natureza, sendo importante cação e Seleção, 8, 28-34.
para a aquisição das competências descritas anterior- HUNT, (1992). A capacidade erbal. In: R 1. Sternberg
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(i) estabelecer metas e prioridades consis- ções. Porto Alegre: Artes édicas.
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progresso desejado; Paulo: Pioneira.
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