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Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

Biologia 10º Ano


DIVERSIDADE NA BIOSFERA

• Nas redes tróficas existem três categorias de seres vivos:


o Produtores- Organismos autotróficos que sintetizam matéria orgânica a partir
de matéria mineral.
o Consumidores- Seres heterotróficos que são incapazes de sintetizar matéria
orgânica a partir de matéria inorgânica.
o Decompositores- Grupos de seres vivos que decompõem a matéria orgânica em
matéria mineral.
• A Biodiversidade que conhecemos é composta por três tipos de diversidade:
o Diversidade de Espécie- Variedade entre espécies existentes nos diversos
ecossistemas
o Diversidade Genética- Variedade genética dentro e entre populações da
mesma espécie
o Diversidade Ecológica- Diversidade de comunidades presentes nos
ecossistemas.
• O Ecossistema é formado pelos seres vivos, o meio onde eles vivem e as relações
estabelecida entre eles, isto é, é formada por:
o Fatores Abióticos- Também podem ser chamados de componentes físicos e são
exemplo a luz, a temperatura, a humidade, o ar e o solo.
o Fatores Bióticos- São os seres vivos e as relações inter e intraespecíficas entre
os mesmos.
• Fluxo de Matéria: A trajetória de matéria nos ecossistemas é cíclica e circular- passa dos
produtores para os consumidores e retorna aos produtores (via decompositores)
• Trajetória de Energia: A energia nos ecossistemas possui uma trajetória unidirecional.
Em cada nível trófico é aproveitada para a manutenção das funções vitais e grande parte
dissipa-se no ambiente em forma de calor.
• Organização biológica:

(feitos em 2020)
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• O ser humano é o principal responsável pelas alterações drásticas ocorridas nos


ecossistemas e, consequentemente, pela extinção de determinadas espécies vegetais e
animais.
o O desaparecimento de um elo de uma cadeia trófica pode interferir na dinâmica
do ecossistema e colocar em perigo outras espécies. Geralmente as espécies
são ameaçadas ou extintas por fatores como:
 Destruição de habitats
 Sobre-exploração de espécies exóticas
 Interrupção de relações de mutualismo
 Alterações climáticas
o A conservação de espécies e a investigação na área da mesma analisa o impacto
humano na biodiversidade e desenvolve estratégias para a preservar. A criação
de áreas protegidas permite, em parte, preservar a riqueza dos territórios e das
espécies.
• A teoria celular assenta nas seguintes generalizações:
o A célula é a unidade básica de estrutura e função dos seres vivos.
o Todas as células provêm de células preexistentes
o A célula é a unidade de reprodução de desenvolvimento e de hereditariedade
dos seres vivos.
• As células podem apresentar-se numa infinidade de formas e tamanhos, num entanto,
podem ser divididas em dois grandes grupos:
o Células Procarióticas: Primeiras formas celulares a aparecerem na Terra, não
possuem núcleo nem estruturas membranares e são as mais simples; São
compostas apenas por membrana celular, citoplasma, ribossomas e material
genético.
o Células Eucarióticas: Células com estruturas mais complexa, apresentam um
núcleo e possuem organitos membranares; Existem dois tipos de células
eucarióticas.

(feitos em 2020)
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Organelo Citoplasmático Função


Núcleo Delimitado pela membrana nuclear, possui
poros que permitem a comunicação com o
citoplasma.
Coordena as atividades celulares e contém a
maioria do DNA
O nucleóide é constituído por proteínas e
ácidos nucleicos
Membrana Celular Também chamada membrana citoplasmática
é invisível ao microscópio e limita
exteriormente o citoplasma
Separa o meio intracelular do meio
extracelular e regula a passagem de materiais
Citoplasma Limitado pela membrana celular e tem o
aspeto de uma massa semifluida, o
citosol/haloplasma, no qual se encontram
dispersos os organelos
Ribossoma Pequenas estruturas, constituídas por duas
subunidades (a maior e a menor), por vezes
associadas ao retículo endoplasmático
São fundamentais na síntese de proteínas
Retículo Endoplasmático Sistema de sáculos, vesículas e canais,
envolvido na síntese de proteínas, lípidos e
hormonas
Também intervém no transporte de
proteínas e de outras substâncias
Complexo de Golgi Conjunto de cisternas achatadas e vesículas
que intervêm na maturação de moléculas,
como proteínas, e na secreção de
substâncias, formando vesículas de
transporte.
Lisossomas Estruturas esféricas, rodeadas por
membrana, que contém enzimas no seu
interior, estas que intervêm na digestão
intracelular
Vacúolos Organelos de tamanho variável, rodeados por
uma membrana
Armazenam água com substâncias
dissolvidas como gases, pigmentos, açúcares,
proteínas ou outras substâncias.
Mitocôndrias Organito responsável pela respiração celular,
que permite a obtenção de energia
Possui duas membranas
Parede Celular Estrutura rígida que envolve as células
vegetais, bacterianas e fúngicas, conferindo-
lhes proteção e suporte
Cloroplastos Organelo responsável pela fotossíntese, que
permite a produção de nutrientes, a partir da
água e do C02, na presença de luz
Possui duas membranas
Apenas existe nas eucarióticas vegetais.

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OBTENÇÃO DE MATÉRIA PELOS SERES HETEROTRÓFICOS

• Os seres heterotróficos não conseguem sintetizar o seu próprio alimento necessitando


de obter nutrientes do meio ambiente, estes que irão ser utilizados em várias reações
químicas a nível celular.
• Para entender os mecanismos que garantem a obtenção de matéria a nível celular, é
necessário conhecer as estruturas responsáveis por tal fenómeno, como é exemplo a
membrana plasmática
• A membrana plasmática
o Composição química e estrutura:
 As membranas são complexos lipoproteicos
 É constituída por lípidos, proteínas e glícidos
 Os lípidos da membrana são principalmente fosfolípidos (podendo
existir ainda colesterol e glicolípidos)
 Existem três modelos, sendo o atualmente aceite chamado de modelo
do mosaico fluído.

MODELO DO MOSAICO FLUÍDO


É chamado assim visto que a superfície se assemelha a um conjunto de pequenas peças e devido ao movimento
individual das moléculas que constituem a membrana.
Pressupõe-se que a membrana não é uma estrutura rígida
Proteínas Extrínsecas- Estão localizados à superfície com ligações fracas aos fosfolípidos
Proteínas Intrínsecas- Penetram na bicamada fosfolipídica, podendo mesmo atravessar toda a membrana

o Funções da membrana:
 Mantém a integridade da célula
 Constitui uma barreira seletiva através da qual se fazem as trocas de
substâncias e energia entre a célula e o meio exterior;
 Delimita a fronteira entre o meio intracelular e o extracelular
 Deteta alterações externas, reconhece substâncias e recebe informações
através de recetores da membrana
• A membrana plasmática tem permeabilidade seletiva, uma vez que apresenta maior
permeabilidade para umas substâncias do que para outras. A passagem de substâncias
através da membrana pode ocorrer através de vários mecanismos.

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Transportes
Transmembranares

Transporte Transporte não


Mediado mediado

Difusão Transporte
Osmose Difusão Simples
Facilitada Ativo

Transporte ativo- utiliza ATP;


Contra o Gradiente de Concentração

Transporte Passivo- não utiliza ATP; A favor do gradiente de concentração;

• Transporte Não Mediado:


o A favor do gradiente de concentração (do meio hipertónico para o meio hipotónico)
o A agitação térmica das partículas desencadeia a sua movimentação, e é chamada
difusão simples;
o O movimento da água através de uma membrana seletivamente permeável é um
caso particular de difusão simples e é chamado de osmose;

Osmose Difusão Simples

Fenómeno físico em que ocorre a Quando o equilíbrio de


passagem de água de um meio hipotónico concentração é atingido, o
para um hipertónico. Existe uma pressão movimento de partículas
que contrabalança a tendência da água continua, mas a quantidade de
para se mover, esta pressão tem o nome partículas que passam em
de pressão osmótica. sentido contrário também,
tratando-se, portanto, de um
equilíbrio dinâmico. É a agitação
térmica das partículas que
desencadeia o movimento

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• Transporte Mediado:
o O movimento de algumas substâncias através da membrana celular verifica-se
devido à intervenção de proteínas transportadoras específicas
o Fazem parte deste tipo de transporte a difusão facilitada e o transporte ativo.

Difusão Transporte
Facilitada Ativo
Deslocação de substâncias, como
moléculas polares, moléculas de
grandes dimensões, glicose e Transporte de substâncias, como
aminoácidos a favor do gradiente de glicose, aminoácidos, iões, contra o
concentração; gradiente de concentração, através
Não há gasto de ATP de proteínas transporadoras
específicas;
Intervêm proteínas transportadoras-
permeases- que possuem locais Implica gasto de ATP
específicos a que se ligam as
moléculas ou iões a transportar.

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• Transporte em Massa:
o É a transferência para o interior, ou para o exterior, da célula de maiores
quantidades de substâncias (macromoléculas, conjuntos de partículas, etc…)

Transportes em Massa

Endocitose Exocitose
Inclusão de macromoléculas ou de agregados
moleculares por invaginação da membrana
Transporte para o exterior da célula de
plasmática, formando-se uma vesícula produtos de excreção ou produtos de
endocítica; secreção úteis ao organismo;
Implica a formação de uma vesícula
secretora que se funde com a
membrana celular

Fagocitose
A membrana plasmática engloba Pinocitose
partículas de maiores dimensões, Inclusão na célula de partículas
através da emissão de prolongamentos dissolvidas no fluído extracelular, com
da membrana denominada formação de vesículas de endocitose.
pseudópodes

• Ingestão, Digestão e Absorção:


o A ingestão consiste na introdução dos alimentos no organismo
o A digestão é o processo através do qual moléculas complexas dos alimentos são
desdobradas com o auxílio de enzimas em moléculas mais simples, que podem ser
absorvidas
o A Absorção é o processo de passagem das substâncias resultantes da digestão para
o meio interno
o A digestão pode ser extracelular, quando ocorre em cavidades digestivas ou em
órgãos especializados; ou pode ser intracelular, quando a digestão ocorre no
interior de células.

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Digestão Digestão
Intracelular Extracelular

A digestão pode ser extracorporal, onde as enzimas


É típica dos seres heterotróficos digestivas são lançadas para o exterior do corpo,
unicelulares; onde se realiza a digestão das moléculas complexas
Implica uma relação funcional que são, posteriormente, absorvidas; ou
entre um conjunto de organelos intracorporal quando ocorre no interior do
do qual fazem parte o retículo organismo.
endoplasmático (RE), o complexo A digestão extracelular intracorporal confere aos
de Golgi e os lisossomas; organismos uma vantagem evolutiva, uma vez que
estes podem ingerir uma maior quantidade de
alimento, que é armazenada e vai sendo digerida
durante um periodo detempo, mais ou menos
longo.

• A digestão intracorporal é a mais vantajosa, uma vez que mais alimento é capturado/
digerido, o que implica menor quantidade de desperdícios;
• A digestão extracelular é a mais vantajosa, uma vez que pode ser ingerida maior
quantidade de alimento. A digestão (atuação enzimática) é feita de forma gradual ao longo
das cavidades
• Nos animais, o tubo digestivo pode apresentar diferentes graus de complexidade:
o Tubo digestivo incompleto- Os organismos mais simples, como a hidra e a planária,
possuem uma cavidade digestiva- cavidade gastrovascular, com uma única
abertura, que funciona simultaneamente como boca e ânus. As particulas
alimentares são semidigeridas na cavidade gastrovascular, sendo depois fagocitadas
por células da parede gastrovascular, onde ocorre nova digestão. Portanto, nestes
animais coexistem dois tipos de digestão, a intra e extracelular.
o Tubo digestivo completo- Permite que o alimento progrida num único sentido. Esta
progressão permite uma ingestão e absorção sequenciais (as enzimas vão atuando
gradualmente ao longo de vários órgãos), logo é um processo mais eficaz, sendo
possível satisfazer as necessidades de matéria e energia de seres mais complexos.

OBTENÇÃO DE MATÉRIA PELOS SERES AUTOTRÓFICOS

• Os seres autotróficos produzem matéria orgânica a partir de compostos minerais. A


autotrofia pode envolver dois processos:
o Fotossíntese- realizada por organismos fotossintéticos, que utilizam a energia
luminosa;
o Quimiossíntese- Realizada pelos organismos quimiossintéticos, que utilizam
energia química resultante de reações de oxidação de substâncias inorgânicas

(feitos em 2020)
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Processo pelo qual os organismos fotossintéticos convertem a

Fotossíntese
matéria mineral em orgânica, utilizando luz

cloroplastos.
membranas dos tilacoides dos
Sol, encontram-se nas
captam a energia luminosa do
Pigmentos Fotossintéticos que
A água, o dióxido de carbono e a luz são fornecidos pelo ambiente,

CLOROPLASTOS
enquanto que as clorofilas e as outras moléculas implicadas no
porcesso são sintetizadas pelas plantas

Os principais pigmentos fotossintéticos são as clorofilas, mas


existem, também, os caratenoides e as ficobilinas.

A fotossíntese compreende duas fases sucessivas, a fotoquímica e a


química.

Fase Fotoquímica Fase Química


Ocorre nos tilacóides; Ocorre no estroma;
Conjunto de reações não
dependentes da luz, designa-se
também por Ciclo de Calvin
Fotólise da água- em presença da
luz, a molécula de água dissocia-se
em oxigénio e hidrogénio. A água é
o dador primário. Produtos utilizados nas
reações: ATP, NADPH, CO2

Oxidação da clorofila a- A clorofila a


é excitada pela energia luminosa,
emite eletrões, ficando reduzida. Ciclo de Calvin- O dióxido de
carbono é fixado combinando-
se com a ribulose difosfato
(RuDP). Os eletrões do NADPH e
Fluxo de Eletrões- os eletrões o ATP, produzidos na fase
percorrem cadeias transportadoras
onde ocorrem tranferências energéticas fotoquímica, são utilizados para
que permitem a fotofosforilação do produzir o aldeído fosfoglicérico
ADP em ATP (PGAL). Este composto segue
duas vias: intervém na
regeneração de ribulose
Redução do NADP+- os eletrões vão reduzir difosfato e é utlizado na síntese
o NADP+ a NADPH. O NADP+ é o aceitador de glicose.
final de eletrões.

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Quimiossíntese
Processo através do qual os organismos quimiossintéticos produzem
compostos orgânicos através de matéria mineral utilizando energia química

Épossível distinguir este processo em duas fases:


- Primeira fase: Ocorre a oxidação de substratos minerais com formação de ATP
E NADPH
-Segunda Fase: Ocorre a redução do dióxido de carbono, o que conduz à síntese
de substâncias orgânicas

Os dadores primários de eletrões são compostos minerais, como, por exemplo, o


amoníaco e o sulfureto de hidrogénio

DISTRIBUIÇÃO DE MATÉRIA NOS SERES VIVOS- TRANSPORTE NAS PLANTAS

• As plantas mais simples, como musgos, não possuem sistema de transporte, assim, o
movimento da água efetua-se por osmose e as substâncias dissolvidas movem-se por
difusão de célula a célula. Estas plantas designam-se por plantas avasculares
• As plantas que possuem sistemas de transporte especializados na condução e
distribuição de substâncias designam-se plantas vasculares.
• Nas plantas vasculares existem dois tipos de tecidos de transporte: o xilema e o floema,
que estão localizados em todos os órgãos das plantas.
o Xilema- Também designado por lenho ou tecido traqueano; Especializado na
condução de água e sais minerais desde a raiz até aos restantes órgãos das
plantas; Transporta seiva xilémica (seiva bruta).
o Floema- Também designado por tecido crivoso; Especializado no transporte de
água e substâncias orgânicas, resultantes da fotossíntese, desde a folha até aos
outros órgãos das plantas; Transporta seiva floémica (seiva elaborada)
• Transporte no xilema- O transporte de seiva xilémica ao longo do xilema é um processo
muito rápido. A água movimentada através do xilema corresponde à agua absorvida na
raiz, sendo grande parte dela perdida através da transpiração. O transporte no xilema
pode ser explicado por duas teorias: Teoria da Pressão Radicular e Teoria da Tensão-
Adesão-Coesão.
• Transporte no Floema- O transporte da seiva floémica ocorre devido a um gradiente
nas concentrações de sacarose, que se estabelece entre uma fonte, onde a sacarose é
produzida, e o local de consumo ou de reserva. A hipótese de Fluxo de massa é uma das
mais aceites relativamente a este transporte.

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Transporte nas Plantas


Transporte de Xilema Transporte
de Floema
Teoria da Pressão Radicular
A ascensão de água no xilema Teoria da Tensão-Adesão-Coesão: Hipótese do fluxo de massa: A
pode ser explicada por uma A ascensão da seiva xilémica é glicose resultante do processo
pressão que se desenvolve ao explicada pela dinâmica criada pela fotossintético realizado nas
nível da raiz- pressão radicular- transpiração estomática a nivel folhas é convertida em
graças à ocorrência de forças foliar e a absorção radicular. sacarose antes de entrar no
osmóticas. A perda de água por transpiração, floema.
Essas forças resultam da ao nível das folhas, cria um défice
de água o que origina uma força de A sacarose passa, por
constante entrada de iões por transporte ativo, para as
transporte ativo do solo para as tensão que se transmite até ao
xilema e a partir deste às células da células de companhia do
células da raiz, o que cria um raiz e à solução do solo, o que floema e destas para os tubos
gradiente osmótico que leva à determina a absorçao de água na crivosos, através de ligações
entrada de água. raiz. citoplasmáticas.
O efeito da pressão radicular As moléculas de água unem-se O aumento da concetração de
pode ser observado em dois devido a forças de coesão, o que sacarose faz aumentar a
fenómenos naturais a vai facilitar a ascensão pela coluna,
as moléculas de água também pressão osmótica, o que leva à
exsudação e a gutação. entrada de água. Esta entrada
establecem ligações com as
paredes de vasos xilémicos, por de água provoca o aumento da
ação de forças de adesão que vão pressão de turgescência que
facilitar a ascensão em coluna de desencadeia um fluxo de
água. massa. Ocorre, assim, um
a água ascende sob a forma de movimento de regiões de alta
uma coluna contínua a que se pressão osmótica para regiões
chama corrente de transpiração. de baixa pressão osmótica. A
Exsudação- Saída de seiva xilémica que se sacarose é retirada do floema
verifica em zonas de corte de caules de certas para locais de consumo por
transporte ativo.
plantas
Gutação- Libertação de seiva xilémica sob a
forma líquida que ocorre ao nível das folhas.
Aspetos que a Hipótese do Fluxo de Massa não consegue explicar:
Problemas na Teoria: A pressão radicular
A existência de um fluxo ascendente e outro descendente,
medida em diversas plantas não é suficiente
simultaneamente no mesmo tubo crivoso, em determinadas alturas
para explicar a ascensão de água até ao topo
do ano;
de certas árvores;
A baixa pressão no tubo crivoso se comparada com a pressão
Determinadas árvores não apresentam
necessária para a seiva floémica conseguir ultrapassar os poros das
pressão radicular;
placas crivosas.
Na maioria das árvores não são detetados
fenómenos de exsudação e gutação.

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DISTRIBUIÇÃO DE MATÉRIA NOS SERES VIVOS- TRANSPORTE NOS ANIMAIS

• Nos animais mais simples, como os do filo Porífera, não existe um sistema de transporte
especializado. As trocas de substâncias realizam-se por difusão simples.
• Nos animais mais complexos, existe um sistema de transporte especializado- sistema
circulatório, que é constituído por:
o Fluído circulante como, por exemplo, sangue e hemolinfa
o Conjunto de vasos ou lacunas por onde o fluido circula
o Órgão propulsor do sangue, geralmente o coração
• O sistema de transporte deve assegurar:
o O transporte rápido de nutrientes e oxigénio às células
o A remoção de produtos resultantes do metabolismo
o A distribuição do calor metabólico no organismo
o A defesa do organismo contra substâncias estranhas
o O transporte de hormonas
• Existem dois tipos de sistemas de transporte nos animais: o sistema circulatório aberto
e sistema circulatório fechado.
o No sistema circulatório aberto:
 O fluido abandona os vasos sanguíneos e passa para lacunas, banhando
diretamente as células
 Típico de artrópodes e moluscos
 Este sistema é constituído por um vaso dorsal e por um coração tubular,
este que possui válvulas internas e orifícios laterais- os ostíolos
 A hemolinfa, que circula nas lacunas, entra no coração através dos
ostíolos, estes fecham, o coração contrai e a hemolinfa é impulsionada

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para a aorta dorsal, passando desta para as lacunas. O vaso dorsal


relaxa, os ostíolos abrem e a hemolinfa entra no coração.
 Não são sistemas muito eficazes visto que há mistura de hemolinfa rica
em oxigénio e nutrientes com hemolinfa rica em excreções.
 A velocidade da circulação é menor o que implica dificuldades ao nível
da oxigenação dos músculos e baixa taxa de remoção de excreções.
o No sistema circulatório fechado:
 O sangue circula sempre no interior de vasos sanguíneos
 Um ou mais corações bombeiam o sangue para grandes artérias, que se
ramificam
 Permite uma mais rápida e eficaz reposição e substituição de minerais
 O sistema circulatório fechado pode estar organizado de forma que a
circulação seja simples ou dupla.
• Circulação Simples: O sangue percorre um trajeto único,
passando uma só vez no coração.
• Circulação Dupla: O sangue percorre dois circuitos de
circulação sanguínea, um do coração para os pulmões e de novo
para o coração que se chama de circulação pulmonar ou
pequena circulação e outro do coração para todo o corpo e de
novo para o coração, que se chama circulação sistémica ou de
grande circulação.
 A circulação dupla pode ser incompleta ou completa.
• Circulação Dupla Incompleta: Ocorre uma mistura parcial de
sangue venoso e arterial no ventrículo; O coração possui três
cavidades- duas aurículas e um ventrículo;
• Circulação Dupla Completa: Não ocorre uma mistura de sangue
venoso com sangue arterial; o coração possui quatro cavidades-
duas aurículas e dois ventrículos.

Animal Tipo de Circulação Informações


Peixes Circulação Simples O sangue que entra na aurícula e sai
pelo ventrículo vem das células do
animal e vai para as brânquias
efetuar a sua oxigenação,
direcionando-se depois para as
células corporais.
Coração com duas cavidades
Anfíbios Circulação Dupla Incompleta Coração com três cavidades
O sangue venoso circula quase ao
mesmo tempo que o sangue arterial
levando a uma mistura parcial.
Répteis Circulação Dupla Incompleta Coração com três cavidades, tendo,
num entanto um septo
interventricular A mistura de sangue
é mínima.
Aves e Mamiferos Circulação Dupla Completa Coração com quatro cavidades, o
que impede a mistura do sangue
venoso com o sangue arterial.

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o A função do coração é gerar pressão para impulsionar o sangue através dos vasos;
O coração apresenta válvulas que impedem o retrocesso do sangue.
FERMENTAÇÃO E RESPIRAÇÃO AERÓBIA
• O metabolismo celular é o conjunto de reações químicas que se afetuam nas células.
Nestas reações podem considerar-se dois processos: o anabolismo e o catabolismo.
o Por anabolismo entende-se o conjunto de reações onde ocorre a formação de
moléculas complexas a partir de moléculas simples
o Por catabolismo entende-se o conjunto de reações em que moléculas
complexas são degradadas em moléculas mais simples, ocorrendo libertação de
energia.
• Existem duas vias catabólicas responsáveis pela transferência de energia de compostos
orgânicos para moléculas de ATP: a fermentação e a respiração aeróbia, consoante as
condições sejam de anaerobiose (ausência de oxigénio) e aerobiose (presença de
oxigénio), respetivamente.

Fermentação Respiração Aeróbia

A primeira etapa da degradação de compostos designa-se glicólise que ocorre no


haloplasma e pode dividir-se em duas fases:
- fase da ativação: inicia-se com a ativação da malécula de glicose, por duas moléculas de
ATP, e termina com a formação de duas moléculas de aldeído fosfoglicérico
-Fase de Rendimento: inicia-se com a oxidação do aldeído fosfoglicérico, que perde dois
hiderogénios que vão ser utilizados para reduzir a molécula de NAD+, formando NADH e
H+ , e terminacom a formação de quatro moléculas de ATP e de duas moléculas de ácido
pirúvico.

Formação do Acetil-CoA: Desenvolve-se


Redução do ácido Pirúvico na matriz mitocondrial e ocorre a
descarboxilação do ácido pirúvico; Há
-O ácido pirúvico em condições de formação de CO2 e redução do NAD+
anaerobiose é reduzido pelo NADH Ciclo de Krebs: Também se desenvolve na
formando diferentes produtos, matriz mitocondrial, incui uma série de
consoante o tipo de fermentação. Os reações enzimáticas cíclicas, que
dois tipos de fermentação mais permitem a oxidação do grupo acetil a
frequentes são a alcoólica e a láctica. CO2; há produção de ATP e formação de
-Na fermentação não há uma CO2 e NAD+ e FAD são libertados
degradação completa dos compostos Fosforilação oxidativa: Cedência de
orgânicos e, consequentemente, o eletrões do NADH e do FADH2 a uma
cadeia transportadora de eletrões,
rendimento energético é reduzido ordenados de acordo com o seu potencial
(2ATP). redox; Há produção de ATP por
fosforilação oxidativa e formação de H20
por aceitação dos eletroes e dos protões
pelo oxigênio.

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

TROCAS GASOSAS EM SERES MULTICELULARES- PLANTAS


• Nas plantas, as trocas
gasosas com o exterior
ocorrem, especialmente, ao
nível dos estomas
• O movimento da
abertura dos estomas é
condicionado por alterações na
turgescência das células
estomáticas. A variação de
turgescência destas células
depende de vários fatores,
como a concentração de iões, a
intensidade luminosa, a
concentração de CO2 e Ph.

TROCAS GASOSAS EM SERES MULTICELULARES- ANIMAIS

• Nos animais, as trocas gasosas com o meio exterior realizam-se em superfícies


respiratórias. Estas dependem das características do organismo, assim como do
ambiente em que vive.
• As trocas gasosas podem realizar-se através de uma difusão direta ou de uma difusão
indireta:
o Difusão Direta- Ocorre quando existe uma troca de gases diretamente entre o
ar e o meio, surge, por exemplo, nos insetos
o Difusão Indireta- Ocorre quando as trocas gasosas se realizam entre as células
e um fluído circulante, é o caso da minhoca e dos vertebrados.
 Na difusão indireta, o intercâmbio de gases que se verifica nas
superfícies respiratórias chama-se hematose.
• As superfícies respiratórias apresentam um conjunto de características comuns, que
facilitam a difusão, sendo elas:
o Superfícies húmidas, o que possibilita a troca de gases
o Estruturas finas, geralmente formadas por uma única camada de células
o Apresentam-se muito vascularizadas, no caso da difusão indireta.
o Possuem uma morfologia que permite uma grande área de contacto entre o
meio interno e o externo.
• Os organismos apresentam diferentes superfícies respiratórias, sendo elas, o
tegumento, as brânquias, a traqueia e os pulmões.
o Tegumento
 As trocas gasosas ocorrem pela superfície do corpo
 Em animais simples, como a planária e a hidra, o intercâmbio de gases
respiratórios entre o organismo e o maio é realizado por difusão direta
 Em animais de maiores dimensões, como a minhoca, a difusão de gases
é indireta
o Brânquias
 São órgãos respiratórios especializados dos animais aquáticos,
formados a partir de evaginações da superfície do corpo

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

 As brânquias são constituídas por arcos branquiais, onde se localizam


numerosos filamentos branquiais, nos quais se distinguem as amelas
branquiais. No caso dos peixes ósseos, as brânquias estão protegidas
por um opérculo
 A hematose branquial é um mecanismo de difusão indireta, em que a
água e o sangue circulam em contracorrente. A água entra pela boca do
peixe, passa em sentido contrário com o sangue, que circula nos
capilares sanguíneos; a água sai, posteriormente, pelas fendas
operculares
 As brânquias são estruturas típicas de animais como os peixes, os
moluscos e os crustáceos
o Traqueias
 São um conjunto de tubos ocos que atravessam internamente o corpo
do animal
 O ar entra nas traqueias pelos espiráculos- aberturas na superfície
corporal do animal; as traqueias terminam em estreitos canais,
chamados traquíolas, que se encontram em contacto direto com as
células
 As traqueias surgem nos insetos onde ocorre difusão direta entre o
epitélio das traquíolas e as células
o Pulmões
 Superfícies respiratórias internas muito vascularizadas, resultantes de
invaginações da superfície do corpo
 A difusão de gases a nível pulmonar é indireta
 Típicos dos vertebrados terrestres, que apresentam diferentes graus de
complexidade:
• Anfíbios: possuem pulmões em forma de saco, pouco
desenvolvidos e também efetuam trocas gasosas através da
pele.
• Répteis: possuem pulmões com um maior grau de
complexidade relativamente aos pulmões dos anfíbios
• Mamíferos: Pulmões mais complexos formados por uma
enorme rede de alvéolos, dispostos em cachos à volta dos
bronquíolos. A hematose pulmonar ocorre ao nível dos
alvéolos, que estão rodeados por vasos capilares sanguíneos, o
que facilita e torna mais rápido o intercâmbio de gases
• Aves- Para além de pulmões, possuem sacos aéreos localizados
por todo o corpo, estes que facilitam o voo das aves. A
hematose pulmonar ocorre nos parabrônquios- são finos
canais, abertos nas duas extremidades que se localizam nos
pulmões

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

Biologia 11º Ano


CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR- DNA E SÍNTESE PROTEICA

• O DNA é o suporte químico da informação genética:


o Contém os genes que determinam as características de todos os seres vivos e
são os responsáveis pela sua transmissão
o Intervém na síntese de numerosas proteínas distintas que:
 Controlam os processos químicos das células
 São constituintes estruturais das células
 São indispensáveis à manifestação das características genéticas dos
seres vivos
o Contém as instruções para a síntese de Mrna
o Tem a capacidade e a função de se autoduplicar, através da replicação,
assegurando a manutenção das características genéticas
o Garante a unidade da estrutura celular e a diversidade do seu funcionamento

o O DNA é um polímero de unidades que se repetem, os nucleótidos. Erwin


Chargaff e os seus colaboradores analisaram amostras de DNA de diferentes
espécies, verificando que existem diferenças, mas que a quantidade de citosina
é próxima à da guanina e que a de adenina é próxima à da timina (regra de
Chargaff)
o As duas cadeias polinucleotídicas encontram-se unidas por pontes de
hidrogénio establecidas entre as bases azotadas e desenvolvem-se em sentidos
opostos- são antiparalelas.
o Os nucleótidos estão ligados por ligações covalentes, do tipo fosfodiéster
• Existem três modelos teóricos possíveis para explicar a replicação do DNA. O modelo da
replicação semiconservativa é o modelo considerado, atualmente, como o correto.

Replicação Conservativa Rep. Semiconservativa Replicação Dispersiva


Poderia preservar as duas Uma das duas cadeias da Poderia produzir duas
cadeias da molécula original molécula de DNA que se moléculas com DNA em que
e gerar uma molécula de DNA forma deriva da molécula ambas as cadeias eram
composta por duas cadeias original e a outra é formadas por fragmentos
completamente novas sintetizada de novo. originários da molécula
original, alternados por
fragmentos novos

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

• Comparação entre DNA e RNA:

DNA RNA
Dupla cadeia polinucleotídica enrolada em Cadeia polinucleotídica simples
forma de hélice
Grupo Fosfato Grupo fosfato
Açúcar-desoxirribose Açúcar- ribose
Complementaridade de bases A-T G-C Complementaridade de bases A-U G-C
Geralmente, no núcleo das células Nas células eucarióticas forma-se no núcleo
eucarióticas e em algumas estruturas/ por transcrição a partir do DNA
organitos (mitocôndrias e cloroplastos) Todos os RNA migram para o citoplasma para
Nas células procarióticas encontra-se participarem na tradução
disperso no citoplasma.

• Embora o DNA permita o armazenamento da informação genética, são as proteínas,


com as suas variadas funções e diversidade, as responsáveis pelas diferentes
características dos organismos.
• Para explicar como de processava a expressão da informação genética, Francis Crick
propôs o que denominou de Dogma Central da Biologia Molecular, segundo o qual:
o A informação genética presente no DNA é transcrita para o RNA
o O RNA é posteriormente traduzido para formar diferentes proteínas
o Esta via é unidirecional.
• O RNA estabelece a ponte entre o DNA e as proteínas, tanto nos organismos
procariontes como nos eucariontes.
• Existem vários tipos de RNA, produzidos por um processo que transcreve a sequência
do DNA:
o RNA mensageiro (mRNA)- Transporta a mensagem contida no DNA do núcleo
para o citoplasma.
o RNA Ribossomal (rRNA)- Juntamente com algumas proteínas forma o
ribossoma

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

o RNA transferência (tRNA)- Transporta os aminoácidos dispersos no citoplasma


para os locais de síntese de proteínas, os ribossomas
• A síntese Proteica encontra-se dividida em duas fases: a Transcrição e a Tradução
Síntese de Proteínas
Transcrição A RNA-polimerase fixa-se ao DNA, deslizando
sobre a sua estrutura
Ocorre a leitura da informação que o DNA
contém, havendo formação de uma molécula
de RNA por complementaridade ao DNA
A transcrição da informação do DNA permite
formar o RNA mensageiro, o ribossomal e o
de transferência
Nos eucariontes o pré-mRNA vai sofrer
processamento para remover as sequências
nucleotídicas (intrões) que não codificam a
proteína final.
Os fragmentos que são traduzidos designam-
se exões.
No final desta etapa intermédia forma-se o
mRNA funcional- contém a informação
necessária para a síntese de proteínas
Tradução Leitura da informação genética contida nos
mRNA pelos ribossomas
A sequência de nucleótidos contidos no
mRNA é traduzida numa sequência de
aminoácidos que no seu conjunto vão
formando as proteínas

Nas células eucarióticas a transcrição ocorre no núcleo, ao passo que nas procarióticas ocorre ao nível do
citoplasma, sendo simultânea com a tradução.
A tradução ocorre no citoplasma

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

• A síntese proteica é condicionada pelo código genético. Este código genético envolve a
codificação de cerca de 22 aminoácidos a partir de quatro nucleótidos diferentes.
• Determinou-se que o sistema de codificação mais simples utilizado pelas células seria
uma sequência de três nucleótidos para codificarem um aminoácido.
• O codão é um tripleto de mRNA, complementar de um codogene, que codifica um
determinado aminoácido ou o início ou o fim da síntese de proteínas
• O codogene é um tripleto que representa a mais pequena unidade de mensagem
genética necessária à codificação de um aminoácido (aa).
• As diferentes sequências de tripletos vão permitir codificar a ordenação de séries de aa
que caracterizam diversas proteínas
• As características do código genético são as seguintes:
o É universal- a linguagem do código genético é aproximadamente a mesma em
todos os organismos, ou seja, o mesmo codão codifica o mesmo aminoácido
o Não é ambíguo- A um tripleto de nucleótidos corresponde um e só um
aminoácido
o É redundante- vários codões são sinónimos, ou seja, podem codificar o mesmo
aa. A maioria dos sinónimos difere apenas no último nucleótido.
o O terceiro nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois
primeiros
o Os tripletos UAA, UAG e UGA são codões STOP ou de finalização- não codificam
nenhum aminoácido
o O tripleto AUG tem dupla função- codifica a metionina e é um codão de
iniciação

CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR- CICLO CELULAR E MITOSE

• O desenvolvimento dos seres vivos inclui períodos de crescimento celular e períodos de


divisão celular que ocorrem num processo cíclico.
• O ciclo celular é o conjunto de transformações que decorrem desde que uma célula e
formada até que essa célula inicia o processo de divisão, para originar célula-filhas.
• Através da divisão celular, uma célula- célula-mãe- origina, normalmente, duas células-
filhas geneticamente semelhantes à célula que as originou, que vão crescer até
atingirem a maturidade celular.
• Nos seres unicelulares, cada divisão celular corresponde à reprodução, pois, a partir de
uma célula formam-se duas ou mais células independentes, perpetuando-se assim a
espécie.
• Nos seres multicelulares as divisões celulares sucessivas são necessárias para que a
célula-ovo se transforme em indivíduo, ou seja, possibilitam a passagem de estado
unicelular para pluricelular.
• Assim, a divisão celular é fundamental para:
o A reprodução e consequente perpetuação das espécies
o O crescimento do organismo
o A manutenção do organismo
o A regeneração e cicatrização de tecidos
o A estabilidade genética das espécies
o Os processos de clonagem
• O ciclo celular divide-se em duas fases: a interfase e a fase mitótica

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

Fases Acontecimentos
G1 É o intervalo que decorre entre o fim da mitose
e o início da replicação de DNA
Interfase Caracteriza-se por intensa atividade
biossintética de proteínas, enzimas e RNA para
que ocorra replicação do DNA
Ocorre formação de organitos celulares
Verifica-se crescimento acentuado das células e
consequente aumento de volume
Não há alteração do teor de DNA nem do
número de cromossomas
S Caracteriza-se pela replicação semiconservativa
do DNA
Os filamentos de cromatina no final desta fase
apresentam estrutura dupla, dois cromatídeos
unidos por um centrómero
Ocorre a síntese de proteínas- histonas que se
associam ao DNA, formando a cromatina
O teor de DNA duplica, mas não há alteração do
número de cromossomas.
G2 É o intervalo que decorre entre o final da
replicação do DNA e o início da fase mitótica
Caracteriza-se por atividade biossintética de
moléculas necessárias à divisão celular, tais
como proteínas e RNA
A célula cresce um pouco, mas menos que em G1
para preparar a fase mitótica
Não há alteração do teor de DNA, nem do
número de cromossosmas
Prófase Fase preparatória de longa duração com
aumento no volume do núcleo
Fase Mitótica
Progressivamente, por enrolamento dos
filamentos de cromatina, os cromossomas
encurtam e engrossam
Cada cromossoma é constituído por dois
cromatídeos
Os pares de centríolos começam a afastar-se em
sentidos opostos e, entre eles, forma-se o fuso
acromático
Os centríolos atingem os polos, o invólucro
nuclear desorganiza-se e os nucléolos
desaparecem
Não ocorre alteração do número de
cromossomas nem do teor de DNA
Metáfase Fase de duração mais curta em que os
cromossomas atingem o máximo de
encurtamento e os pares centríolos estão nos
pólos da célula
O fuso acromático completa o seu
desenvolvimento: algumas fibras vão de pólo a

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

pólo, outras ligam-se aos cromossomas pelos


centrómeros
Os cromossomas dispõem-se na zona equatorial
da célula, com os centrómeros para o centro e os
braços para fora
Os cromossomas formam a placa equatorial e
estão prontos para se dividirem
Não ocorre alteração do número de
cromossomas nem do teor de DNA
Anáfase Fase muito rápida caracterizada pela clivagem
dos centrómeros, que leva à separação dos
cromatídeos- os centrómeros duplicam e cada
cromatídeo passa a constituir um cromossoma
independente
Os cromossomas começam a afastar-se
migrando para pólos opostos- ocorre a ascensão
polar dos cromossomas
Cada polo da célula possui, agora, o mesmo
número de cromossomas e, ortanto, a mesma
quantidade de DNA
Não ocorre alteração do número de
cromossomas, mas como ocorreu a separação
dos cromatídeos, o teor de DNA foi reduzido a
metade
Telófase Fase de duração longa com a membrana nuclear
reorganiza-se à volta dos cromossomas de cada
polo da célula
Reaparecem os núcleos, que agora são dois, o
fuso acromático dissolve-se e os cromossomas
descondensam-se, tornando-se mais finos e
mais longos e cada vez menos visíveis
A célula fica constituída por dois núcleos com a
mesma informação genética
A célula está reorganizada e termina a mitose
Não ocorre a alteração do número de
cromossoma s nem do teor de DNA

(feitos em 2020)
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• Após a Telófase a célula passa por um processo chamado de Citocinese:

(feitos em 2020)
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• A passagem de uma célula pelo ciclo celular depende de fatores externos e internos: os
fatores de crescimento celular e os pontos de verificação da célula.
• Existem três checkpoints, um na fase G1, outro na fase G2 e o último na metáfase.
o Na fase G1 o ponto de controlo pode levar a célula a entrar em G0 ou então a
desencadear a apoptose/ morte celular, se o DNA apresentar danos irreversíveis
 Na fase G2 o ciclo prossegue se o DNA se autoduplicar de forma apropriada,
caso contrário dá-se a apoptose
 Na metáfase a mitose pode ser interrompida se os cromossomas não se
alinharem de forma adequada ou não se distribuírem de forma equitativa.
o Os pontos de controlo na regulação do ciclo celular são importantes uma vez que
regulam a divisão celular e asseguram que os processos celulares decorram/ se
executem corretamente
• Excecionalmente podem ocorrer erros- mutações- que podem alterar quer o conteúdo
genético dos cromossomas, quer o número de cromossomas e, desta forma, a estabilidade
genética das populações
• As mutações são alterações na sequência de bases de DNA num determinado gene. Existem
três tipos de mutações:
o Mutação génica por substituição- Quando uma base é substituída por outra
o Mutação génica por deleção- Quando uma base é eliminada da cadeia
o Mutação génica por inserção- Quando uma base é inserida na cadeia
• As mutações podem ser, para além das em cima indicadas, designadas por:
o Silenciosas/ Neutras- Dá-se a alteração de um nucleótido que origina um codão que
codifica o mesmo aa, ou seja, forma-se a mesma proteína devido à redundância do
código genético
o Sem sentido- Dá-se a alteração na sequência de nucleótidos que origina um codão
de finalização, ou seja, a cadeia polipeptídica térmica antes do tempo, fazendo com
que a já formada não tenha interesse
o Com perda de sentido- Há alteração na sequência de nucleótidos que origina um
codão que codifica um aa diferente, assim, dá-se a formação de uma cadeia
polipeptídica diferente não funcional ou com uma função distinta.

CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR- DIFERENCIAÇÃO CELULAR, REGENERAÇÃO E


CRESCIMENTO

• Todos os fenómenos de multiplicação, crescimento e renovação celular e, também, de


reprodução assexuada estão associados ao processo mitótico. Dependem dele para que
seja possível, a partir de uma célula, formarem-se duas células geneticamente idênticas
entre si e idênticas à progenitora
• Para que a partir de uma célula inicial se obtenha uma grande variedade de células
especializadas em diversas funções, é necessário que ocorra um processo de
diferenciação celular.
• O ovo é uma célula indiferenciada (totipotente) com potencialidade para originar todas
as células de um organismo. Para tal, sofre várias divisões celulares sucessivas,
originando células-filhas que crescem e se diferenciam
o A diferenciação é um processo que permite que as células com a mesma
informação genética assumam diferentes funções

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

o Células totipotentes- Primeira célula embrionária também denominada de


célula indiferenciada, ou seja, apresenta potencialidade para originar todo o
tipo de células que constituem o organismo
o Células Pluripotentes- São células com permanente capacidade de divisão e de
originar qualquer tipo de célula
o Células estaminais- São chamadas de multipotentes pois apresentam um maior
grau de diferenciação, podem realizar determinadas funções, mas são menos
versáteis que as embrionárias; Na fase adulta podem dividir-se e gerar uma
célula nova e outra que se diferencia
• O desenvolvimento do organismo resulta de processos de aumento do tamanho e
número de células
• As células de todos os tecidos têm, no geral, um tempo de vida limitado, pelo que é
necessário que as células se dividam e originem novas células, de modo a regenerar os
tecidos mortos ou danificados
• A clonagem com interesse agrícola e farmacológico tornou-se num objetivo para muitos
investigadores e laboratórios.
o A partir de células totipotentes podemos obter tecidos e órgãos específicos.
Nestas manipulações ao mesmo tempo que se amplia a compreensão da
diferenciação celular obtém-se tecidos que podem ser usados no tratamento de
doenças.
o Além de ampliar a compreensão da diferenciação celular os tecidos obtidos
podem ser usados no tratamento de doenças
• Princípio da diferenciação celular: Todas as células somáticas de um indivíduo possuem
o mesmo património genético e são clones umas das outras. Cada tipo de célula é
programada para expressar apenas alguns genes e produzir apenas algumas das suas
proteínas.
• A capacidade que uma célula tem em originar outros tipos de células especializadas é
tanto maior quanto menor for o seu grau de diferenciação

REPRODUÇÃO NOS SERES VIVOS- REPRODUÇÃO ASSEXUADA

• Na reprodução assexuada formam-se novos indivíduos a partir de um só progenitor, não


havendo formação de gâmetas. Este processo está associado à divisão celular mitótica
• A reprodução assexuada é um processo que se verifica nos procariontes e na maioria
dos unicelulares eucariontes; Também ocorre em seres multicelulares, mas com baixo
nível de diferenciação tecidular.
• Na reprodução assexuada:
o Apenas intervém um progenitor, que origina um conjunto de indivíduos
o Não há participação de células reprodutoras ou gâmetas
o Não há fecundação nem meioses
o Ocorrem mitoses sucessivas responsáveis pelo crescimento e pelo aumento do
número de indivíduos
o Se não se verificarem mutações, os descendentes são geneticamente idênticos
entre si e aos progenitores, sendo um processo que não contribui para a
variabilidade genética das populações
o A descendência é numerosa e o processo é rápido
o Como normalmente não se verifica variabilidade genética, os indivíduos não se
adaptam às alterações ambientais com tanta facilidade, logo, este processo só

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

é vantajoso para a sobrevivência das populações quando o ambiente não está


em mudança, ocorrendo normalmente em condições favoráveis
o Tipos de Reprodução Assexuada
 Bipartição- Divisão de um ser vivo em dois com dimensões idênticas
 Fragmentação- Separação de fragmentos do corpo, originando cada
fragmento um novo indivíduo, semelhante ao progenitor, por
regeneração
 Gemulação- Formação de uma ou mais saliências, os gomo/gemas, que
se desenvolvem e separam, originando novos seres;
 Partenogénese- Formação de novos indivíduos exclusivamente a partir
do desenvolvimento de gâmetas femininos
 Divisão Múltipla- Divisão múltipla do núcleo do progenitor originando-
se vários núcleos. Posteriormente, cada um deles é envolvido por um
citoplasma e individualizado por uma membrana celular
 Multiplicação Vegetativa- Formação de novos seres, como raízes,
caules e folhas. Ocorre devido à existência de tecidos indiferenciadas a
partir dos quais se formam células, continuamente
 Multiplicação vegetativa ARTIFICIAL:
• Estacaria- São retirados ao indivíduo porções de caule e/ou
ramos que são enterrados no solo, onde se vão enraizar e
originar uma nova planta
• Mergulhia- consiste em selecionar um ramo da planta, retirar
todas as folhas e encurvá-lo, de modo a enterrar parte do ramo
no solo. A extremidade é atada a uma estaca

• Alporquia- Remove-se um anel de um dos ramos da planta,


colocando-se num solo húmido, envolve-se com um plástico e
ata-se com ráfia. Depois de formadas as raízes corta-se a ligação
com a planta-mãe e transfere-se para o solo
• Enxertia- Técnica muito comum que consiste no contacto de
duas superfícies de duas plantas diferentes, podendo ou não
ser da mesma espécie. Faz-se uma incisão na planta recetora,
onde será colocado ou posto em contacto o fragmento da
planta que se pretende enxertar.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA CLONAGEM DE PLANTAS


VANTAGENS DESVANTAGENS
1. Utilização de um só indivíduo, que é 1. Técnicas altamente especializadas
selecionado pelas suas 2. Redução considerável da diversidade
características das espécies cultivadas
2. Características encontram-se em 3. Homogeneidade faz com que as
todos os clones espécies sejam mais sensíveis a
3. Plantas com maior rigor doenças e alterações do meo
4. Produção numerosa, rápida,
homogénea e económica

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

REPRODUÇÃO ASSEXUADA
VANTAGENS DESVANTAGENS
Biológicas e Ecológicas: Não assegura a variabilidade genética, pelo
Possibilita que organismos isolados originem que pode ser perigosa para a sobrevivência
descendência, sem necessidade de parceiro; da espécie.
Assegura um rápido aumento das populações
(em condições favoráveis)
Assegura a colonização de ambientes
favoráveis- um único organismo pode
colonizar um habitat
Vantagens Económicas:
Do ponto de vista da produção vegetal,
permite selecionar variedades de plantas e
reproduzi-las em grande número, de modo
rápido e conservando as características
selecionadas

REPRODUÇÃO NOS SERES VIVOS- REPRODUÇÃO SEXUADA

• Na reprodução sexuada os novos indivíduo são originados através da união de duas


células especializadas- os gâmetas, formados através de um tipo de divisão celular
denominado meiose
• A reprodução sexuada é o processo reprodutivo quase exclusivo dos animais superiores
e é usual nas plantas superiores. A maioria dos seres com reprodução assexuada, em
certas condições, também se reproduz sexuadamente.
• Na reprodução sexuada:
o Intervêm dois progenitores, que produzem células reprodutoras especializadas-
os gâmetas
o Ocorre fusão dos dois gâmetas- um masculino e um feminino-, ou seja, ocorre
a fecundação. A reprodução sexuada depende da fecundação
o Durante a fecundação ocorre a cariogamia (fusão dos núcleos dos gâmetas) que
leva à formação do ovo ou zigoto
o O ovo é a primeira célula do futuro ser vivo. Por mitoses sucessivas, vai originar
um indivíduo com características resultantes da combinação genética dos
gâmetas dos progenitores
o Os indivíduos das sucessivas gerações que vão sendo originados, apesar de
terem algumas características comuns, apresentam diferenças mais ou menos
acentuadas entre eles e em relação aos progenitores- verifica-se, assim,
variabilidade genética nas populações
o A descendência é, normalmente, reduzida e o processo é lento
o Como se verifica variabilidade genética, os indivíduos suportam as alterações
do meio com mais facilidade, estando aptos a sobreviver em ambientes em
mudança. A seleção natural elimina os menos aptos e os mais aptos vão ser
selecionados
o Para a formação dos gâmetas ocorre um processo de divisão celular- a meiose-
que permite a redução do número de cromossomas de uma célula. A
reprodução sexuada depende da meiose
• O ovo resulta da união dos gâmetas que ocorre durante a fecundação. Assim, os
cromossomas presentes no núcleo do ovo são pares de cromossomas do mesmo tipo

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

que provieram metade de cada gâmeta. Designam-se cromossomas homólogos e


possuem forma e estrutura idênticas, sendo portadores de genes correspondentes
• Quanto ao número de cromossomas que possuem, as células podem classificar-se em
haploides e diploides:
o Haploides- São células que possuem um só cromossoma para cada par de
homólogos, representam-se simbolicamente por n.
o Diploides- São células que possuem dois pares de cromossomas para cada par
de homólogos, representam-se simbolicamente por 2n.

• A meiose é um processo de divisão celular que leva á formação de quatro células


haploides semelhantes entre si e com metade do número de cromossomas da célula
que lhes deu origem. Com este fenómeno implica a passagem de um estado diploide
para um estado haploide, pode ser designado por redução cromossómica.
• A meiose inclui duas divisões sequenciais e inseparáveis, a divisão I a divisão II

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

• Interfase- ocorre da mesma forma que ocorre na mitose


• Divisão I (divisão reducional):
o Prófase I- Emparelhamento dos dois cromossomas homólogos que formam os
bivalentes, através dos pontos de quiasma (ocorrem trocas recíprocas de
segmentos de cromatídeos entre dois cromossomas homólogos- CROSSING
OVER); Desintegração do invólucro nuclear e formação do fuso acromático
o Metáfase I- Os cromossomas homólogos conectam-se com o fuso acromático
pelos centrómeros, com os pontos de quiasma no centro da placa equatorial,
dá-se a distribuição dos cromossomas
o Anáfase I- Segregação aleatória dos cromossomas para os polos da célula
o Telófase I- Formação do invólucro nuclear e desintegração do fuso acromático
o RESULTADO: 2 células haploides
• Divisão II (divisão equacional)
o Prófase II- Formação do fuso acromático e desintegração do invólucro nuclear
o Metáfase II- Os cromossomas dispõem-se na placa equatorial, alinhados pelos
centrómeros
o Anáfase II- Os centrómeros dividem-se e ocorre a ascensão polar dos
cromatídeos para os polos das células
o Telófase II- Descondensação dos cromossomas, formação do invólucro nuclear
e desintegração do fuso acromático
o Citocinese- Divisão do citoplasma na zona equatorial, formação de um anel que
vai estrangular o citoplasma
o RESULTADO: 4 células filhas todas diferentes, haploides e cada uma contendo
um cromossoma de cada par de homólogos
• Mitose e meiose- aspetos comparativos
o Nos processos de reprodução assexuada, a divisão celular é feita por mitose
o Na reprodução sexuada para além da mitose ser fundamental para que se
verifique o crescimento dos novos indivíduos, a meiose é também necessária,
como processo de divisão que compensa a duplicação de cromossomas que se
verifica na fecundação.
o Assim, existem algumas diferenças bem significativas entre estes dois
processos:

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

• Mutações Cromossómicas
o Durante a meiose podem ocorrer anomalias que alteram o número e a estrutura
dos cromossomas. Estas anomalias designam-se mutações.
o Podem ser causadas por fatores naturais, ou provocada pelo Homem, de modo
a obter espécies mais produtivas
o A maior parte é prejudicial para o indivíduo portador ou para os seus
descendentes;
o Algumas podem ser benéficas e melhorar a capacidade de sobrevivência dos
indivíduos das novas gerações
o São as fontes primárias da variabilidade genética que permitem a diversidade
de organismos e a evolução das espécies
• Tipos de Fecundação:

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

o Fecundação Interna-Os gâmetas masculinos são colocados no interior do


organismo feminino, evitando a dessecação. É uma estratégia que não depende
da água para ocorrer, pelo que permite que ocorra em ambiente terrestre.
o Fecundação Externa- A fecundação externa ocorre no exterior do corpo do ser
vivo, por exemplo, nas rãs. Este processo exige águas calmas e uma sincronia
entre a expulsão em grande número de gâmetas femininos e masculinos

REPRODUÇÃO SEXUADA
VANTAGENS DESVANTAGENS
1. Proporciona uma grande variedade 1. Processo muito lento
de características na descendência 2. Descendência reduzida
2. A diversidade verificada permite 3. O dispêndio de energia e enorme,
grande capacidade de sobrevivência quer na formação dos gâmetas, quer
em ambientes de mudança nos processos que desencadeiam a
3. Favorece a evolução das espécies fecundação.
para novas formas, já que gera
grande variabilidade genética
4. É vantajosa em ambientes em
mudança

REPRODUÇÃO NOS SERES VIVOS- CICLOS DE VIDA

• O ciclo de vida de um ser vivo corresponde à sequência de acontecimentos que ocorrem na


vida de um organismo desde que foi concebido até que produz a sua própria descendência.
O ciclo de vida de uma espécie repete-se de geração em geração
• Quando a reprodução é assexuada existe estabilidade genética e, como tal, não há alteração
do número de cromossomas de cada espécie.
• Quando a reprodução é sexuada, a duplicação do número de cromossomas que resulta da
fecundação é compensada pela redução de cromossomas que ocorre na meiose,
possibilitando assim a manutenção de um número de cromossomas constante em cada
espécie
• Da alternância entre estes dois fenómenos resulta sempre uma alternância de fases
nucleares características
o A Haplofase- está compreendida entre a meiose e a fecundação, inicia-se na célula
que resultou da meiose e que possui n cromossomas
o A Diplofase- Está compreendida entre a fecundação e a meiose, inicia-se no ovo,
célula que resulta da fecundação e que possui 2n cromossomas
• A ocorrência da fecundação e da meiose pode dar-se em momentos diferentes do ciclo de
vida do organismo. Tendo em conta esse momento, estabelecem-se então, diferentes tipos
de meiose:
o Meiose Pós-Zigótica- Quando ocorre na primeira divisão do zigoto; O zigoto é a
única entidade diploide existente em todo o ciclo de vida; A fase diploide está
reduzida a uma única célula- CICLO HAPLONTE
o Meiose Pré-Gamética- Quando ocorre na primeira divisão do zigoto; O zigoto sofre
mitoses sucessivas e origina um organismo multicelular com células diploides que,
por meiose, produz gâmetas haploides; A fase haploide está reduzida aos gâmetas-
CICLO DIPLOIDE

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

o Meiose Pré-Espórica- Quando ocorre para a formação dos esporos; O zigoto sofre
mitoses sucessivas, origina um ser pluricelular formado por células diploides. Nesta
entidade ocorre meiose formando-se esporos haploides que são células
reprodutoras. Depois de germinarem, os esporos originam uma entidade
pluricelular que vai produzir os gâmetas; A fase haploide e a diploide estão
representadas por entidades pluricelulares- CICLO HAPLODIPLONTE

EVOLUÇÃO BIOLÓGICA- UNICELULARIDADE E MULTICELULARIDADE

• A evolução dos mecanismos de obtenção de energia pelos seres vivos terá sido sequencial
e em funções das pressões ambientais (crise energética). Ter-se-á iniciado com o consumo
de ATP existente no meio, e depois terão surgido os processos
• Para explicar o aparecimento de células eucarióticas a partir da evolução de células
eucarióticas a partir da evolução de células procarióticas, existem duas hipóteses: a hipótese
autogénica e a hipótese endossimbiótica.
o Modelo Autogénico- Explica que a membrana celular por invaginações formou um
invólucro nuclear (que individualizara o núcleo contendo o material genético) e um
conjunto de sistemas endomembranares.
o Modelo Endossimbióticos- Estabelecimento de relações de cooperação (simbiose)
entre seres procariontes-células hospedeiras de maiores dimensões e células
hospedes.

MODELO ENDOSSIMBIÓTICO
EVIDÊNCIAS QUE SUPORTAM A TEORIA
-Existência de uma membrana interna semelhante a membranas bacterianas nos
componentes das células- dupla membrana
-O facto dos ribossomas e outras estruturas possuírem um DNA circular, livre de histomas,
semelhante ao DNA bacteriano
- O facto de existir ribossomas próprios, semelhantes aos bacterianos, bem como os processos
de síntese de proteínas
-Tal como na divisão bacteriana, o facto de se realizar uma divisão autónoma por bipartição
Existência de genes de origem bacteriana

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

EXPLICAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS/ ARGUMENTOS QUE APOIAM O MODELO


ENDOSSIMBIÓTICO
1. Mitocôndrias e cloroplastos assemelham-se a bactérias, quer na forma, quer no
tamanho, quer nas estruturas membranares
2. Existência de genes de origem bacteriana nos organismos eucariontes
3. Ambos estes organelos se encontram rodeados por duas ou mais membranas e a mais
interna tem diferenças na composição em relação às outras membranas da célula e
semelhanças com a dos procariontes
4. Cloroplastos e mitocôndrias dividem-se independentemente da célula e proteínas
que codifica proteínas próprias
5. Os ribossomas dos cloroplastos e das mitocôndrias são muito mais semelhantes, em
tamanho e em características bioquímicas, aos das procariontes do que aos dos
eucariontes
6. É possível encontrar hoje ainda associações simbióticas entre bactérias e alguns
eucariontes

• Pontos fracos da Teoria:


o Não explica de forma clara a origem do núcleo da célula eucariótica- aproveita a
explicação da teoria autogénica
o Não esclarece como é que o DNA nuclear comanda o funcionamento dos
cloroplastos e das mitocôndrias
• Vantagens evolutivas da multicelularidade para os organismos:
o Permite que os organismos tenham maiores dimensões, mantendo a relação
área/volume ideal para a realização de trocas com o meio
o Possibilita maior diversidade, proporcionando uma melhor adaptação a diferentes
ambientes
o Diminuição da taxa metabólica, como resultado da especialização celular que
permitiu uma utilização de energia de forma mais eficaz
o Maior independência relativamente ao meio ambiente, devido a uma eficaz
homeostasia que resulta da interdependência entre os vários sistemas de órgãos

EVOLUÇÃO BIOLÓGICA- MECANISMOS DE EVOLUÇÃO

• Desde tempos remotos que o Homem tenta explicar a origem e a diversidade das
espécies. Várias teorias surgiram, enquadradas em dois grandes grupos: teorias fixistas
e teorias evolucionistas.

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

Fixismo
Corresponde à primeira tentativa de explicação da biodiversidade dos seres vivos;
Formada por três correntes fixistas, explicativas da biodiversidade, que têm em
comum o facto de não aceitarem alterações nos seres vivos, eles são imutáveis

Teoria da Geração
Teoria Criacionista Espontânea Teoria Catastrófica
Foi apresentada Elaborada por Cuvier e
É baseada nos escritos
inicialmente por defende que as catástrofes
bíblicos e nas teorias de
Aristóteles e defende que locais destruíam as formas
Aristóteles, defendendo
os seres vivos se de vida existentes nessa
que Deus criou, num único
formariam região, provocando
ato, todas as espécies de
constantemente a partr de extinções. Posteriormente,
seres vivos, que
atérias não viva. Após a essas regiões seriam
permaneceram imutáveis,
sua formação os reprovados com novas
e qualquer erro seria
organismos não poderiam espécies provenientes de
devido ao ambiente.
alterar as suas outros locais
características.

• O fixismo considera que os seres vivos a partir do momento em que são formados não
sofrem evolução, enquanto que o evolucionismo defende a evolução dos organismos ao
longo de tempo e também o facto de diferentes organismos terem ancestrais comuns.

Evolucionismo
Defende que as espécies atuais resultam de transformações lentas e sucessivas ao
longo do tempo. Lamarck e Darwin foram dois famosos evolucionistas que explicaram
de forma diferente o mecanismo através do qual os organismos evoluiram ao longo
do tempo.

• Lamarck: Para explicar a existência da evolução baseou-se em dois princípios, a lei do


uso e do desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos
o Lei da herança dos Caracteres Adquiridos- Uso de um dado órgão leva ao seu
desenvolvimento e o desuso pode conduzir ao seu atrofiamento e ao seu
eventual desaparecimento
o Lei do uso e do desuso- Todas as alterações resultantes do uso e do desuso dos
órgãos são transmitidas à descendência.
o O Lamarckismo fala sobre adaptação, que é a faculdade dos seres vivos de
desenvolverem-se de acordo com as necessidades
o Os organismos complexos originam-se progressivamente, a partir de outros
mais simples.

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

o Em resposta à solicitação do ambiente, os organismos adquirem ou perdem


determinadas características e essas alterações são transmitidas à
descendência
• Contra-argumentos à teoria de Lamarck:
o A teoria possui pontos não testáveis cientificamente: não se conseguiu provar
cientificamente a “necessidade de adaptação” e a “procura da perfeição”
o As modificações provenientes do uso e do desuso dos órgãos são adaptações
somáticas e individuais não transmissíveis à descendência
o A função não determina a estrutura, já que surgem caracteres sem função
específica e esta desenvolve-se mais ou menos de acordo com a função
o Nem sempre o uso modifica o órgão, como por exemplo, não é pelo facto de
um indivíduo ter muito que os seus olhos se vão modificar
• Darwin: Darwin elaborou uma teoria que explica a variedade da espécie em função da
adaptação ao ambiente. Sempre que as condições ambientais variam
significativamente, apenas sobreviverão os mais aptos. Ocorre, deste modo, uma
seleção natural, que permite aos organismos evoluírem através do tempo.
• Modelo evolucionista segundo Darwin:
o O conceito de organismo mais apto é relativo e temporal, ou seja, uma
característica pode ser favorável num dado contexto e desfavorável noutro
o Indivíduos mais aptos vivem mais tempo e reproduzem-se mais, transmitindo
em maiores quantidades as suas características, por sua vez, os menos aptos
reproduzem-se menos- reprodução diferencial
o Darwin defendia as suas ideias apenas em comentários escritos, nunca
publicamente
o A seleção natural é o conceito que marca a teoria de Darwin
• Neodarwinismo: Formou-se a partir do desenvolvimento sobre hereditariedade e os
avanços no domínio da genética das populações e da reformulação da teoria de Darwin.
Esta nova teoria/ perspetiva evolucionista pode resumir-se no seguinte raciocínio:
o A variabilidade intraespecífica numa população resulta das mutações e dos
fenómenos de recombinação genética. A recombinação genética está associada
à reprodução sexuada, nomeadamente à meiose e à fecundação
o O meio ambiente atua seletivamente sobre os indivíduos das populações,
determinando a sobrevivência diferencial de indivíduos portadores de
combinações genéticas favoráveis, bem como a sua reprodução diferencial
o Ao longo do tempo, o fundo genético das populações, ou seja, o conjunto de
genes que a caracterizam em dado momento, vai sendo alterado
o A variação do fundo genético de uma população constitui o principal indicador
da sua evolução
• D
Quanto maior for a diversidade no fundo genético, maior é a capacidade adaptativa de uma população
• D
relativamente a mudanças que ocorram nesse meio, pois, entre toda essa diversidade, pode aparecer um
• D
conjunto génico que seja fornecido pela seleção natural.
• D
A teoria neodarwinista
• D admite que as populações constituem unidades evolutivas e apresentam variabilidade
genética sobre
• DDa qual atua a seleção natural

As fontes de D
• variabilidade das populações são as mutações e a recombinação genética
• DD
Existem genes
• D alelos, que, em células diploides ocupam a mesma posição relativa no par de cromossomas
homólogos e concorrem para a mesma característica, sendo um dos genes de origem materna e outro de
origem paterno
(feitos em 2020)
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SISTEMÁTICA DOS SERES VIVOS- SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

• A taxonomia é o ramo de Biologia que se ocupa da classificação e da nomenclatura dos


diferentes grupos de seres vivos formados. Tem como finalidade adotar sistemas de
classificação uniformes que expressem, da melhor forma, o grau de semelhança entre
os organismos

Sistemas de Classificação
Racionais
Baseiam-se em caracteres evidenciados pelos seres vivos
• ARTIFICIAIS: Baseiam-se num número relativamente pequeno de
características; É mais rápida, mas menos específica
• NATURAL: Classificados por um alto número de características
• VERTICAIS: Têm em conta o factor tempo e permitem constítuir àrvores
filogenéticas, que agrupam os seres de acordo com o seu grau de parentesco-
Àrvores Filogenéticas
• HORIZONTAIS: Não têm em conta o fator tempo e permitem constituir árvores
fenéticas, que têm como objetivo a identificação rápida de um organismo, sem
ter em conta a sua evolução, mas sim o seu fenótipo

Práticos
• Distinguem os seres vivos consoante as necessidades humanas (defesa,
alimentação, etc...)

• Árvores Filogenéticas- Classificações verticais representadas num diagrama em forma


de árvores que representa as relações evolutivas entre vários grupos de seres vivos que
têm um antepassado em comum
• Os conceitos de população e de fundo genético também passaram a ser considerados
como elementos importantes na classificação dos seres vivos. Atualmente, existem duas
escolas principais de classificação: a fenética e a filética
• Classificação Fenética- Privilegia os caracteres diretamente observáveis ou morfológico
numa informação primária de características fenotípica. Este tipo de classificação não
considera o tempo pois as características variam ao longo da evolução das espécies.
• Classificação Filética- Uma árvore filogenética é um diagrama que representa relações
evolutivas entre organismos. Árvores filogenéticas são hipóteses não factos definitivos.
O padrão de ramificação de uma árvore filogenética reflete como espécies ou outros
grupos evoluíram a partir de uma série de ancestrais comuns. Quantas mais

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

características a árvore filogenética tiver em conta mais fiável é o processo. As


características de uma fase anterior são chamadas primitivas

• Sistema de Classificação de Whittaker:


o O sistema de classificação em cinco reinos é bastante coerente, pois permite
sistematizar as características mais importantes dos principais grupos de
organismos
o Vários critérios estão subjacentes a esta classificação, sendo os principais o nível
de organização estrutural, os tipos de nutrição e as interações nos ecossistemas:
 Organização estrutural: diz respeito ao tipo de célula, se é procariótica
ou eucariótica, e se os seres são unicelulares ou pluricelulares
 Tipos de Nutrição: tem como base o processo de obtenção de alimento,
os seres podem ser autotróficos fotossintéticos ou quimiossintéticos ou
podem ser heterotróficos, obtendo o alimento por ingestão ou por
absorção

(feitos em 2020)
Resumo de Preparação para Exame Biologia e Geologia

 Interações nos ecossistemas: São as interações alimentares que os


organismos estabelecem no ecossistema, estão relacionadas com o
modo de nutrição. Assim, consideram-se:

Os produtores, os macroconsumidores e os microconsumidores.

(feitos em 2020)

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