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Aula 4 - Abordagens Biológicas Na Explicação Do Comportamento Desviante - 19 PDF
Aula 4 - Abordagens Biológicas Na Explicação Do Comportamento Desviante - 19 PDF
COMPORTAMENTO DESVIANTE
AULA 4
COMPORTAMENTO DESVIANTE
OLGA CUNHA
PORQUE É QUE OS SUJEITOS COMETEM CRIMES?
O nível biológico
Explicação securizante de casos pontuais
Crença popular ‘a criminoso já nasce assim’
TEORIAS BIOLÓGICAS
Crime como forma de doenças causada por fatores patológicos específicos a certas
classes de indivíduos
Mau vs doente
Como podemos culpar alguém por ser doente?
TEORIAS BIOLÓGICAS
Objetivos do positivismo
Generalização da concetualização científica dos fenómenos
Sistematização da arte da vida social
COMTE
Determinismo
Patologia
DARWIN E O EVOLUCIONISMO
Determinismo biológico
Degeneração
Em 1827 foram publicadas em França as primeiras estatísticas modernas sobre a criminalidade
Leis térmicas
Crimes contra as pessoas – climas quentes,Verão
Crimes contra a propriedade – climas frios, Inverno
Crimes sexuais - Primavera
SAÚDE DO DELINQUENTE
Mannheim (1950-1950)
‘Uma condição física débil exerce por si própria uma certa influência na delinquência juvenil,
sobretudo quando as condições em casa são deficientes
HEALY (1936) E MCCORDS (1959)
Biotipologias
Hipócrates e Galeno
Crença de que o aspeto físico é revelador do caráter
O delinquente é diferente do homem normal e já nasce assim
BIO-ANTROPOLOGIA
“Quero ter junto a mim homens dos gordos, lisos de cabeça e dos que à noite usam
dormir bem. Aquele Cássio, de ar magro e faminto, pensa demais: tais homens são
perigosos” (personagens de Shakespeare)
“a pessoa gorda, diz um juiz, não escreve cartas anónimas… são os magros que se
sentam às secretárias, como são os dedos ossudos que mergulham as canetas no
vitríolo e constroem bombas para que os inocentes carteiros as distribuam”
Times, 11/10/1935
BIO-ANTROPOLOGIA
Atlético
Físico: ombros largos, tórax volumoso, musculatura desenvolvida
Temperamento viscoso ou ixotímico: sossegado, circunspecto, comedido, formal, mente lenta
Leptossómico
Físico: tronco e membros esbeltos, delgados, ombros estreitos e caídos, musculatura débil
Temperamento esquizóide ou esquizotímico: tímido, nervoso, hipersensível
BIO-ANTROPOLOGIA
Sheldon (1940)
Endomorfos
Extroversão, amabilidade, gosto pelas comodidades materiais, prazer pela comida
Mesomorfos
Movimentos firmes e enérgicos, gosto pela aventura e pelo exercício físico, ansia de poder, agressividade
competitiva, pouca compaixão-> crime
Ectomorfos
Introversão, timidez, hiperexcitabilidade, concentração, atenção e rapidez de reações
BIO-ANTROPOLOGIA
Fisionomia
Lavater (1741-1801)
Correspondência entre o homem interno e externo, as superfícies visíveis e os conteúdos invisíveis
Divisão da face em 3 áreas
Boca e queixo: vida animal
Nariz e bochechas: vida moral
Testa e sobrancelhas: vida intelectual
BIO-ANTROPOLOGIA
Crime e degenerescência
Morel
ANTROPOLOGIA CRIMINAL
Lombroso (1835-1909)
Antropologia criminal
Estudo científico dos traços físicos e psicológicos dos criminosos
Conhecimentos médicos + ideias da fisionomia e da frenologia
Perspetiva evolucionista darwiniana
CESARE LOMBROSO
CESARE LOMBROSO
Criminoso nato
1872 – autópsia Giuseppe Villella
Anomalia estrutura craniana
1878
Significado das tatuagens, calão, prostituição
Os criminosos representam um tipo físico peculiar, distinto dos indivíduos não criminosos
Criminosos representam uma forma degenerativa que se manifesta em características físicas indicativas de formas
primitivas de evolução
Criminoso atávico
4 tipos de criminoso
Criminoso nato
Características atávicas
Criminosos insanos
Idiotas, imbecis, paranoicos, epiléticos e alcoólicos
Criminoso passional
Raiva, amor ou honra
O CRIMINOSO NATO
ESTIGMAS E CARACTERÍSTICAS DO CRIMINOSO
Assimetria craniana, testa baixa ou inclinada para trás, orelhas em forma de asa, arcadas superciliares salientes,
maxilares proeminentes (prognatismo), face longa e larga apesar do crânio pequeno, cabelos e pelos abundantes
mas barba escassa, rosto pálido, estrabismo, braços compridos, sobrancelhas cerradas….
Pelo menos 5 destes estigmas
Insensibilidade, física e psíquica, profundo embotamento da receptividade à dor (analgesia); extraordinária
resistência aos golpes e ferimentos graves ou mortais
Mancinismo ou a ambidextria
Distúrbios dos sentidos e o mau funcionamento dos reflexos vasomotores, com ausência de enrubescimento da
face.
Insensibilidade moral, vaidade, indolência, crueldade, calão, tatuagens
SOBRE O CRIMINOSO NATO…
Os registros oficiais, segundo os quais as mulheres tinham taxas de criminalidade mais baixas do que os homens,
podem ser enganosos
As mulheres são menos evoluídas
MULHER CRIMINOSA
1879
Diferenciação dos criminosos segundo tipos/anomalias
Causas são alargadas para além do biológico, incluem clima, área geográfica, consumos
Prostituição como forma de desvio prototípica das mulheres
Ferri
Inter-relação entre fatores sociais, económicos e políticos
Criminalidade explicada pelo estudo dos efeitos interativos entre os fatores físicos, fatores individuais e fatores sociais
Controlo do crime
Indivíduos devem ser legalmente responsáveis pelas suas ações
DESENVOLVIMENTOS DA TEORIA
Ferri
5 classes de criminosos
Criminoso nato ou instintivo
Criminoso insano
Criminoso passional
Criminoso ocasional
Criminoso habitual
Criminoso involuntário
DESENVOLVIMENTOS DA TEORIA
Garofalo
Darwinismo social
Sociedade enquanto “corpo natural” e crime enquanto ofensas contra a lei da natureza
Ação criminal enquanto crime contra a natureza
DESENVOLVIMENTOS DA TEORIA
Garofolo
Por vezes as anomalias e características físicas estão presentes outras vezes não estão presentes
Ausência de sentimentos altruístas
Anormalidades psíquicas e anormalidades que podem ser transmitidas hereditariamente
DESENVOLVIMENTOS DA TEORIA
Garofolo
4 classes de criminosos com base em deficiências nos sentimentos básicos de integridade e compaixão
Homicidas
Criminosos menores
Criminosos cínicos ou sexuais
Outros criminosos libertinos
DESENVOLVIMENTOS DA TEORIA
Garofolo
Ações dos verdadeiros criminosos revelam uma inabilidade para viver de acordo com os sentimentos humanos básicos
Eliminação: Pena de morte
Exclusão: Prisão perpétua ou degredo
DESENVOLVIMENTOS DA TEORIA
Dallemagne
‘Os estigmas biológicos e sociológicos da criminalidade’ (1903)
Características físicas estudadas por Lombroso e funções fisiológicas e sensações
Estigmas psicológicos
Estigmas sociológicos
Visão multifatorial dos estigmas
XYY: SÍNDROME DO SUPER-MACHO
Patricia Jacobs (1965) analisou 198 prisioneiros Escoceses ao nível das anormalidades cromossómicas
12 membros do grupo são XYY (apenas 3.5% da população prisional)
Sarbin & Miller (1970)
Abolição das investigações biológicas nas causas dos crimes considerando-as imorais e cientificamente não éticas
Estudo do crime deve restringir-se às causas sociais, económicas e políticas
Mednick et al. (1984)
Crianças adotadas mais influenciadas para o crime se os seus pais biológicos tiverem um comportamento criminoso
Ausência de evidência científica
CRÍTICAS