O documento discute o argumento do apostador de Pascal, no qual ele defende que é mais benéfico acreditar na existência de Deus para ganhar a vida eterna. A autora não concorda com este argumento pois legitima acreditar em Deus apenas por benefício próprio, não por crença pura. Outra objeção é que os crentes não aceitam a religião de uma hora para outra, mas sim por um processo.
O documento discute o argumento do apostador de Pascal, no qual ele defende que é mais benéfico acreditar na existência de Deus para ganhar a vida eterna. A autora não concorda com este argumento pois legitima acreditar em Deus apenas por benefício próprio, não por crença pura. Outra objeção é que os crentes não aceitam a religião de uma hora para outra, mas sim por um processo.
O documento discute o argumento do apostador de Pascal, no qual ele defende que é mais benéfico acreditar na existência de Deus para ganhar a vida eterna. A autora não concorda com este argumento pois legitima acreditar em Deus apenas por benefício próprio, não por crença pura. Outra objeção é que os crentes não aceitam a religião de uma hora para outra, mas sim por um processo.
Blaise Pascal (1623-1662) era um filosofo, físico, teólogo e matemático, que
contribuiu, sobretudo, nos avanços das ciências exatas. Pascal perdeu a sua mãe prematuramente, e por isso, foi educado exclusivamente pelo seu pai, Étienne Pascal, um professor de matemática. Desta forma, o matemático foi influenciado a enveredar as mesmas áreas do pai, ocupando uma grande parte da sua vida nos estudos de conceitos matemáticos e físicos. Foi após a morte de seu pai que Pascal despertou a sua consciência religiosa, até ao momento inexistente. Porém, o seu caráter lógico já estava enraizado no seu raciocínio, que o levou a defender uma perspetiva racional sobre a existência de Deus. Dessa forma, em 1670, publica a sua obra “Pensamentos”, em que expõem o argumento do apostador de Pascal. Este, fundamenta que é mais benéfico acreditar na existência de Deus, do que na tese aposta. Para isso, Pascal partiu de uma posição agnosticista, em que tinha duas hipóteses: Existência ou não de Deus. A partir daí, calculou quais as vantagens e desvantagens das duas hipóteses, e conclui que é mais benéfico acreditar em Deus, pois se ele não existir, aquilo que perdemos é insignificante, mas se realmente existir e escolhermos não acreditar, perdemos a vida eterna. Assim, a escolha mais sensata é acreditar na sua existência, tal como ele expõem “Pesemos ganhos e perdas apostando que Deus existe… Se ganhares (a aposta), ganhas tudo; se perderes, não perdes coisa alguma. Aposta então, sem hesitação, que Ele existe.” Após uma reflexão sobre o argumento, entendi a conceção de Pascal, devido à sua natureza lógica e racional. No entanto, não corroboro com o mesmo, pois ao legitimar este argumento, estamos apenas a acreditar em Deus por benefício próprio, e não por crença pura e livre de lucros. Outra questão, passa por os crentes não aceitarem a religião de um momento para o outro, mas sim a partir de um processo. Ao acreditar em Deus apenas por “conveniência” iriamos estar a forçar esta doutrina. Depois de uma pequena pesquisa sobre as objeções a este argumento, verifiquei a existência de um outro que completa a minha opinião: O argumento dos vários Deuses. Ou seja, há várias religiões que acreditam em diferentes Deuses e diferentes formas de este agir, logo não podemos nos limitar ao Deus da religião cristã. Lara Fabiana 11CT1