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Nesta conceção de divindade, Deus é concebido como um ser único, o ser por detrás da
criação do Universo, um ser que sabe tudo (ser omnisciente), que sabe fazer tudo (ser
omnipotente), que só deseja o bem e que é moralmente perfeito (Omni benevolente).
Com base nesta perspetiva surgem dois tipos de argumentos, os argumentos pragmáticos e os
argumentos cognitivos. Estes últimos dividem-se em argumentos cognitivos ontológicos,
argumentos cognitivos cosmológicos e argumentos cognitivos teleológicos. Apenas os
argumentos cognitivos ontológicos são meramente a priori.
Esta ideia foi defendida em primeiro plano por Anselmo da Cantuária e por Descartes.
Anselmo começou por afirmar que Deus existia nas nossas mentes. Se Deus existisse apenas
nas nossas mentes, teríamos a capacidade de pensar que poderia existir um ser ainda maior
que este, o que não pode ser imaginado, logo Deus tem que existir na realidade, pois se não
existisse, não seria o ser maior do que o qual nada pode ser pensado.Posteriormente
Descartes, surge com uma ideia de que Deus existe por ser um ser sumamente perfeito através
desde encadeamento de lógica: Se Deus não existir, não é o ser sumamente perfeito; Deus é o
ser sumamente perfeito; Logo, Deus existe.
A este argumento, surgem duas objeções. A objeção da ilha perdida afirma que o argumento
ontológico pode provar a existência de coisas que não existem, pois segundo a teoria de
Anselmo, ao acreditarmos que algo excelente existe e que é mais excelente esse algo existir
também na realidade, então é porque existe mesmo. Kant, opõem se também a este
argumento afirmando que a existência não é uma característica que podemos atribuir a
alguma coisa pois é errado supor que a existência é algo que existe.