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Resumo
O artigo apresenta algumas reflexões sobre a possível incorporação de
idéias matemáticas originárias da África na educação matemática no Brasil.
Informa e interroga sobre algumas atividades em curso, tais como o Projeto
“Brasil-África: Histórias Cruzadas”, uma parceria do Ministério da Educação e
da UNESCO e sobre a disciplina “Exploração de aspectos matemáticos de
culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas na educação matemática”
lecionada no primeiro semestre de 2011 na Universidade de São Paulo.
Abstract
The paper presents some reflections about the possible incorporation
of mathematical ideas coming from Africa into mathematics education in
Brazil. It informs and reflects about some activities presently under way like
the activities of the “Brazil-Africa: Intercrossing of Histories” Project, a
collaborative effort of the Brazilian Ministry of Education and UNESCO,
and about the course “Exploration of mathematical aspects of African, Afro-
Brazilian and Indigenous cultures in mathematics education”, taught in the
first semester of 2011, at the University of São Paulo.
Figura 2. Parte dum manuscrito do noroeste da África (século 12) reproduzido de Djebbar (2005, p. 93)
Segundo exemplo
Um outro exemplo de uma notação simbólica concebida no Maghreb é uma
notação para equações. Em vez de descrever uma equação quadrática em extenso
por palavras, por exemplo, “3 ‘x ao quadrado’ mais 5 ‘x’ é igual a 7”, ela pode ser
abreviada como se ilustra na Figura 3. Os símbolos que aparecem num texto do
século 12, escrito da direita para a esquerda, parecidos com as letras J e Y,
representam os sinais de igualdade (=) e de subtração (-). As expressões para ‘x ao
quadrado’ e para ‘x’ aparecem em cima dos numerais 3 e 5.
8 Universidade Federal de São Carlos, São Carlos e Sorocaba; Universidade Estadual de São
Paulo, Rio Claro; Universidade Federal de Uberlândia; Secretaria de Educação da Cidade de
São Paulo; Universidade de São Paulo; Pontifícia Universidade Católica de São Paulo;
Universidade de Campinas; Universidade Severino Sombra; Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro; Universidade Federal do Rio de Janeiro; Universidade Federal do Rio Grande
do Norte; Universidade Federal de Pará; Universidade da Amazônia; Universidade
Bandeirante de São Paulo; Universidade Federal de Pernambuco.
Figura 7. Um participante no curso mostra um poliedro (nonaedro), entrecruzado com uma única fita
de cartolina. O processo de fabricação inspira-se no entrelaçamento de chocalhos musicais do
nordeste de Moçambique.
Figura 8. Alunos de uma escola na cidade de São Paulo aprendem a fabricar uma esfera entrecruzada
Figura 9. Uma aluna de uma escola na cidade de São Paulo mostra orgulhosamente uma coroa que ela
trançou, inspirada numa técnica de entrecruzamento de trançados tanto africana como afro-brasileira e
Referências Bibliográficas
COSTA, Wanderleya Nara Gonçalves; SILVA, Vanísio Luíz da. Matemática
mítico-religiosa-corporal do negro brasileiro. Scientific American, São
Paulo, n. 11, p. 94-98, 2005.
CUNHA JÚNIOR, Enrique. Matemática e cultura africana e afrobrasileira:
Afroetnomatemática, África e afrodescendência. Valores afro-brasileiros na
Educação. Boletim 22, p. 43-54, nov. 2005. Disponível em: <http://tvbrasil.
org.br/fotos/salto/series/151432Valoresafrobrasileiros.pdf>. Acesso em: 29 dez.
2011.
DJEBBAR, Ahmed. Ibn al-Yasamin. In: SELIN, Helaine (Org.). Encyclopedia of
the History of Science, Technology, and Medicine in Non-Western Cultures.
Ensino Infantil:
1. Pássaros a voar.
Ensino Fundamental:
2. Numeração verbal em Português e em algumas línguas africanas.
3. Explorar um jogo dos Fulbe nos Camarões.
4. Jogos de contagem e numeração dos Chaga na Tanzânia.
5. Quebra-cabeças da Libéria e Zâmbia.
6. Notações matemáticas provenientes de África.
7. desenhar patinhos a voar.
8. O osso de Ishango: Atividade numérica há 22 mil anos.
9. Ângulos de 60o e 120o.
10. Nó de amizade.
Ensino Fundamental ou Médio:
11. Um prodígio em cálculo mental oriundo da África ocidental.
12. Construção alternativa de hexágonos regulares.
13. Panos estampados com carimbos simétricos.
14. Nós pentagonais em
trançados. Ensino Médio:
15. Como se aproximava a área do círculo no Egito Antigo?
16. A equação quadrática e Ibn al-Banna.
17. decoração de paredes.
18. Pitágoras no Egito.
19. Construção dum prisma octogonal.