Você está na página 1de 1

A teoria da Gestalt

Trataremos agora da Gestalt, palavra de origem alemã que não possui uma
tradução correta para o português. O termo que mais se aproximaria de uma tradução
seria “forma ou percepção”, por isso é também conhecida como Psicologia da Forma.
Seus principais representantes foram Max Werteimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka. Por
volta de 1870, eles começaram a pesquisar a percepção humana, principalmente a visão.

Max Wertheimer (1880- 1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) ,


Kurt Koffka (1886-1941) Fonte: Disponível em
http://www.cultier.es/gestalt/. Acesso em 2 jul.2014.

Diferentemente do que você estudou sobre o Behaviorismo, que concebe a


aprendizagem como fruto dos estímulos ambientais, os gestaltistas não aceitavam essa
ideia. Eles diziam que entre o estímulo do meio e a resposta da pessoa havia um processo
chamado percepção.
A Gestalt é uma teoria da psicologia inatista-maturacionista, de base racionalista,
pois parte do pressuposto de que os fatores hereditários e de maturação são
fundamentais para o desenvolvimento humano. Para essa teoria, “as estruturas racionais
são pré-formadas no indivíduo e vão se atualizando por processos maturacionais
progressivos e sequenciais, mediante a organização e reorganização do campo perceptivo”
(COUTINHO, MOREIRA, 2001, p. 80).

A percepção

Para a Gestalt, a percepção é a forma como interpretamos os estímulos do meio


ambiente, utilizando-se de experiências e vivências anteriores e de necessidades presente,
e é o conceito fundamental da teoria (FERREIRA, 2010).
Quando alguém inicia um processo de aprendizagem qualquer, ele já dispõe de
uma série de atitudes, habilidades e expectativas sobre sua própria capacidade de
aprender e sobre seus conhecimentos. Já percebe a situação de aprendizagem de uma
forma própria e particular, diferentemente das formas de percepção de outras pessoas.
Por isso, o sucesso da aprendizagem vai depender de cada um, e não se pode afirmar que
todos darão a mesma resposta a um estímulo.
Para a psicologia da Gestalt, o todo é sempre maior que a soma de suas partes. Um
bom exemplo disso seria uma melodia, em que o todo tem um significado próprio, mas
que se decomposta em pequenos grupos de notas ou instrumentos, não teria a mesma
estrutura por onde a música poderia ser identificada. Outro exemplo pode ser a película
de um filme, formada por várias partes, que vistas isoladamente não trazem sentido, mas
que juntas formam a relação do todo com as partes e daí, damos sentidos a elas. Cada
parte realizada no todo tem uma função que dará o contexto geral. A sobreposição das
imagens em nossa retina faz com que tenhamos a sensação de movimento, mas o que há
realmente são fotografias.

Você também pode gostar