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S im u la d oD: ire ito C o n s titu c io n–a lp o r Ju lia n a M a ia
Assunto:
QUESTÕES DE DIREITO
CONSTITUCIONAL
COMENTADAS P/ JULIANA MAIA
Autor:
JULIANA MAIA
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Falsa; se a constituição antiga exigia lei complementar e a atual constituição exige lei
ordinária, o que era lei complementar será recepcionado com força de lei ordinária, pois
quem define o status da lei antiga no novo ordenamento constitucional é sempre a
constituição nova; se a lei vai ser recepcionada com status de lei ordinária, significa que
ela poderá, daí por diante, ser alterada e revogada por meio de lei ordinária, e até mesmo
por medida provisória, se não for matéria proibida para esta espécie normativa (ver item
22 do livro).
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materialmente, mas que não se reveste de forma legislativa prevista nessa mesma
Constituição, é tido como revogado.
5) Não se pode discutir em juízo a validade de uma lei em face da Constituição que
vigorava quando o diploma foi editado, se a lei é plenamente compatível com a
Constituição que se encontra atualmente em vigor.
Falsa; essa questão é do concurso do Banco Central, de 2001, muito boa; não existe
impedimento algum para essa análise, veja só: o indivíduo pode ter interesse em
questionar a validade de uma lei de 1980 em face da constituição da época (de 1969),
sabendo que ela é compatível com a constituição de hoje (de 1988)? Sim, para afastar a
sua aplicação durante a vigência da antiga constituição, no caso entre 1980 e 1988; o que
não se admite é a discussão da constitucionalidade de uma lei editada na vigência da
constituição de 1969 em confronto com a constituição de 1988, pois nesse caso não se
pode falar em "constitucionalidade", pois isso é caso de revogação ou recepção, a
depender do conteúdo da lei antiga (ver itens 16, 17, 18 e 19 do livro).
6) Uma norma do poder constituinte originário pode afetar efeitos ainda por ocorrer de fato
ocorrido no passado (retroatividade mínima).
8) Uma norma editada em data anterior à atual Constituição poderá ser declarada
inconstitucional em face desta, caso venha a ferir um de seus preceitos fundamentais.
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Falsa; segundo o STF, não há direito adquirido em face de uma nova constituição, ou
seja, a nova constituição pode afetar direito adquirido sem problema algum; afinal, o
poder constituinte originário é ilimitado, incondicionado (ver itens 32 e 113.6 do livro
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essas leis revogadas automaticamente (não há repristinação tácita das leis revogadas); a
constituição até poderá trazê-las de volta, mas terá que ser expressa nesse sentido (pode
haver repristinação expressa das leis revogadas) (ver item 27 do livro).
14) As normas jurídicas devem ser editadas em conformidade com a Carta Política
vigente. É certo, porém, que, sobrevindo uma nova Constituição, a norma jurídica anterior,
cuja origem seja formalmente incompatível com o novo processo legislativo, não será
recepcionada.
Falsa; já vimos que para se saber se uma norma pré-constitucional foi recepcionada ou
revogada pela nova constituição só interessa a compatibilidade material (de conteúdo); o
fato de o processo legislativo da época ser diferente do atual não interessa, pois isso é
compatibilidade formal, irrelevante (ver item 21 do livro).
15) A posição hierárquica de uma norma é definida pelas regras constitucionais vigentes.
Por essa razão, pode-se encontrar, hoje, decreto presidencial vigendo com força de lei,
tendo sido recepcionado como tal pela Constituição superveniente.
Falsa; já vimos que para o direito pré-constitucional ser recepcionado pela nova
constituição basta que ele seja com ela materialmente compatível (o seu conteúdo, a
matéria tratada na norma antiga, deve ser compatível com a nova constituição); a
compatibilidade formal, de processo legislativo etc., não interessa em nada (ver item 21
do livro)..
Certa; essa questão é da Esaf, concurso de Auditor da Receita, e está perfeita; a análise
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Certa; é a questão mais manjada sobre esse assunto que cai em concurso; se a
constituição antiga exigia lei ordinária e a atual exige lei complementar, a norma, desde
que materialmente compatível com a nova constituição, será por esta recepcionada, com
força de lei complementar; na prova, é só lembrar: sempre quem define com que status a
lei antiga vai entrar no novo ordenamento constitucional é a constituição nova, não
interessa o tipo de norma que ela era na vigência da constituição antiga.
20) A lei ordinária anterior à nova Constituição, que com esta é materialmente
incompatível, continua em vigor até que seja revogada por outra lei do mesmo status
hierárquico.
Falsa; a lei antiga que se tornar materialmente incompatível com a nova constituição será
automaticamente revogada por esta, independentemente de disposição expressa nesse
sentido na nova constituição; se no futuro houver dúvida se determinada lei foi
recepcionada ou revogada pela nova constituição, o caso concreto deverá ser levado ao
conhecimento do poder judiciário, para que este decida a respeito (no controle difuso ou
incidental, e não em ADIn) (ver itens 16 e 28, e 28.1 do livro);
21) Sabe-se que a Constituição em vigor não prevê a figura do Decreto-Lei. Sobre um
Decreto-Lei, editado antes da Constituição em vigor, cujo conteúdo é compatível com
esta, é possível afirmar que deve ser considerado formalmente inconstitucional e, por
isso, insuscetível de produzir efeitos, pelo menos a partir da Constituição de 1988.
22) Sabe-se que a Constituição em vigor não prevê a figura do Decreto-Lei. Sobre um
Decreto-Lei, editado antes da Constituição em vigor, cujo conteúdo é compatível com
esta, é possível afirmar que deve ser considerado revogado com o advento da nova
Constituição.
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23) Sabe-se que a Constituição em vigor não prevê a figura do Decreto-Lei. Sobre um
Decreto-Lei, editado antes da Constituição em vigor, cujo conteúdo é compatível com
esta, é possível afirmar que continua a produzir efeitos na vigência da nova Carta, por
força do mecanismo da recepção.
24) Substituída uma Constituição por outra, as normas da Constituição antiga que não
forem, no seu conteúdo, incompatíveis com o novo Texto Magno, continuam em vigor,
mas com hierarquia de lei ordinária.
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Certa; a noção formal de constituição leva em conta justamente o fato da norma estar
inserida na constituição, formal e solenemente elaborada pelo órgão constituinte; segundo
a ótica formal de constituição, se a norma está inserida na constituição, ela é
constitucional e pronto, qualquer que seja o seu conteúdo (ver item 10 e seus sub-itens do
livro).
Falsa; até o primeiro ponto, após a palavra estatal, a assertiva está corretíssima, pois há
realmente uma tendência atual de expansão do objeto das constituições; porém, a
conclusão está equivocada, pois as normas que cuidam das finalidades do Estado são
normas tipicamente materialmente constitucionais; no caso da nossa constituição de
1988, essas normas que cuidam das finalidades do Estado são normas materialmente
(devido ao conteúdo, por tratarem de um tema substancialmente constitucional) e também
formalmente constitucionais (pelo fato de estarem inseridas numa constituição escrita,
formal); normas apenas formalmente constitucionais são aquelas que, apesar de inseridas
no texto de uma constituição, não tratam de temas substancialmente constitucionais, que
deveriam estar sendo tratados em lei ordinária (ver item 10 e seus subitens do livro).
Certa; essa questão não tem muito o que comentar, pois ela define exatamente o que é
uma norma materialmente constitucional (que cuida de matérias substancialmente
constitucionais) e o que é uma norma apenas formalmente constitucional (que, embora
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esteja dentro da constituição, não cuida de tema essencial do Estado, cuida de temas
irrelevantes, que deveriam estar sendo tratados em lei ordinária).
Falsa; constituição flexível é aquela que admite a modificação do seu texto pelo mesmo
processo de elaboração das leis, sem necessidade de processo especial, mais difícil; a
nossa constituição é tipicamente rígida, pois exige um procedimento especial, muito mais
difícil do aquele de elaboração das demais leis do país; enquanto uma lei ordinária é
aprovada por maioria simples, em um só turno de votação, a Proposta de Emenda à
Constituição só é aprovada após votação em dois turnos em cada uma das casas do
congresso, com deliberação mínima de três quintos dos votos (ver item 11 e seus
subitens do livro).
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10) A Constituição Brasileira vigente não é revestida de supremacia, haja vista proclamar
que todo o poder emana do povo, sendo este, então, supremo perante o ordenamento
jurídico do Brasil.
Falsa; a nossa atual constituição é do tipo formal e rígida, dotada tanto de supremacia
formal quanto de supremacia material; quanto à supremacia formal, todos os seus artigos,
do primeiro ao último, inclusive o ADCT, são superiores formalmente em relação às
demais leis do nosso ordenamento; quanto à supremacia material, ela está presente
apenas naqueles dispositivos que tratam de assuntos substancialmente constitucionais;
assim, se eu pego o art. 5º da CF, posso afirmar que ele é, ao mesmo tempo,
formalmente (por fazer parte do texto da constituição) e materialmente (devido ao seu
conteúdo substancialmente constitucional) constitucional; já se eu pego um artigo da
Constituição que cuida da estabilidade do empregado da CIPA, estarei diante de um
dispositivo apenas formalmente constitucional (tem forma de constituição, por estar dentro
da Constituição, mas não é matéria substancialmente constitucional) (ver item 10 do livro).
Certa; rigidez é isso mesmo: o fato de a constituição exigir para a modificação do seu
texto um processo especial, mais difícil do que aquele de elaboração das demais leis (ver
item 11).
Falsa; a nossa constituição é rígida, porque exige um procedimento especial para sua
reforma, estabelecido no seu art. 60; a quantidade de temas que a constituição trata não
tem nada a ver com rigidez, mas sim com ser a constituição analítica (ou prolixa) ou
sintética; e, nesse ponto, a nossa é do tipo analítica ou prolixa, pois trata de uma
infinidade de temas (ver item 13 do livro).
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Falsa; já vimos que constituições como a nossa, que exigem um procedimento especial,
mais difícil, para sua modificação, são classificadas como rígidas; semi-rígidas são
aquelas que exigem um procedimento especial para a mudança de parte do seu texto e
permite a mudança de outra parte por processo simples, como se modifica as demais leis;
enfim, semi-rígida é aquela que é parte rígida (que só pode ser modificada por processo
especial) e parte flexível (que pode ser modificada pelo processo simples, como se
modifica uma lei) (ver item 11 do livro).
Falsa; normas que cuidam de temas substancialmente constitucionais como estes são
normas tipicamente materialmente constitucionais, e não apenas só formalmente
constitucionais (ver item 10 e seus subitens do livro
18) A classificação de uma Constituição como semi-rígida indica que o seu conteúdo é
apenas de normas materialmente constitucionais.
Falsa; a classificação de uma constituição como semi-rígida não tem relação alguma com
a existência ou não de normas formalmente constitucionais; só tem a ver com o seu
processo de reforma, significando que ela admite que parte de seus dispositivos sejam
alterados como se modificam as demais leis (parte flexível) e que exige um procedimento
especial, mais dificultoso, para a outra parte dos seus dispositivos (parte rígida) (ver item
11 do livro).
19) Considerando a noção de constituição material, o ato de um agente público pode ser
considerado inconstitucional, mesmo que afete norma não constante do texto da
Constituição escrita.
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20) Em relação à supremacia material e formal das constituições, podemos afirmar que a
formal é reconhecida nas constituições flexíveis.
21) Em relação à supremacia material e formal das constituições, podemos afirmar que a
material está relacionada à produção de um documento escrito.
22) Em relação à supremacia material e formal das constituições, podemos afirmar que a
material tem a ver com o modo como as normas constitucionais são elaboradas.
23) Em relação à supremacia material e formal das constituições, podemos afirmar que a
formal resulta da situação da Constituição no topo da hierarquia das normas,
independentemente da matéria tratada.
24) Em relação à supremacia material e formal das constituições, podemos afirmar que a
jurisdição constitucional está concebida para proteger a supremacia material, mas não a
supremacia formal da Constituição.
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Falsa; todas as normas de uma constituição escrita são formalmente constitucionais, pelo
simples fato de estarem na constituição, não interessa o seu conteúdo; na nossa atual
constituição, todos os seus artigos são formalmente constitucionais, todos são dotados de
supremacia formal, do art. 1º ao último, inclusive o ADCT (ver itens 10.5 e 596 do livro).
28) Apresenta característica típica de Constituição rígida aquela que somente admite
mudanças no seu texto por meio de procedimentos mais demorados e difíceis do que o
procedimento comum de elaboração das leis.
Certa; é exatamente este o conceito de uma constituição rígida: é aquela que exige um
processo especial, mais difícil do aquele de elaboração das demais leis, para a
modificação do seu texto (ver item 11 do livro).
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compatibilize com a Constituição, sendo irrelevante para esse esforço o sentido literal da
norma.
Falsa; não existe uma regra pré-definida para a harmonização de conflitos entre normas
constitucionais, no sentido de que uma delas (ainda que seja um direito fundamental) vá
prevalecer sempre sobre as outras; diante de cada caso concreto é que deve o juiz se
utilizar da "ponderação" para "harmonizar" os preceitos conflitantes; por exemplo, na
hipótese de conflito entre os dispositivos "A" e "B" da constituição, não se pode pensar
que o dispositivo "A" sempre prevalecerá em relação ao "B"; diante de cada caso concreto
é que um poderá prevalecer sobre o outro; num caso concreto hoje, poderá prevalecer o
"A"; amanhã, em outro caso concreto, poderá prevalecer o "B" (ver item 93 do livro, sobre
conflito entre direitos fundamentais).
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Certa; o princípio da unidade da constituição diz exatamente isso: que a constituição deve
ser vista como uma unidade harmônica, que seus dispositivos não devem ser
interpretados isoladamente, mas sim de forma sistemática; por força desse princípio é que
se pode afirmar que não há normas inconstitucionais dentro da própria constituição, que
não há antinomia verdadeira entre dispositivos de uma mesma constituição, que um artigo
da constituição não pode ser inconstitucional em face de outro (ver item 39 do livro, no
qual cuido desse princípio).
Falsa; essa questão é do Cespe, foi cobrada no concurso de agente da polícia federal; é
um equívoco afirmar que a nossa atual constituição é parte formal e parte material; a
nossa constituição é tipicamente formal, escrita, rígida; o que acontece é que ela possui
algumas normas formal e materialmente constitucionais (aquelas que possuem conteúdo
substancialmente constitucional) e outras apenas formalmente constitucionais (aquelas de
conteúdo irrelevante, que deveria estar sendo tratado em lei ordinária) (ver item 10.2 do
livro).
Certa; esta questão também é do Cespe, ótima, por conter três informações
corretíssimas: o sentido formal de uma constituição leva em conta o modo de sua
elaboração, como surgiram as normas constitucionais; no sentido material (de conteúdo),
pode-se afirmar que todo Estado possui constituição, pois todo Estado possui uma
organização mínima, uma estruturação de seus elementos básicos, esteja ela escrita ou
não escrita num documento chamado de constituição (em sentido material é irrelevante se
a constituição é escrita ou não escrita); nem todas as normas constantes da nossa
constituição de 1988 são materialmente constitucionais, pois têm diversas delas que
cuidam de temas irrelevantes, que nada têm a ver com a organização do Estado (agora,
todas as normas da nossa constituição são formalmente constitucionais, pois estão dentro
de uma constituição escrita, rígida) (ver item 10.2 do livro).
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Falsa; está hoje superada a idéia da existência de normas constitucionais que, de tão
claras, de tão óbvias, dispensam interpretação; ao contrário, juridicamente falando, norma
constitucional é norma interpretada, sempre (ver item 38 do livro).
1) Suponha que uma emenda à Constituição resolva permitir a criação de um novo tributo,
não previsto na Lei Maior, afastando, com relação a ele, expressamente, a incidência do
princípio da anterioridade. Nesse caso, é correto afirmar que essa emenda é
inconstitucional por ferir cláusula pétrea.
Certa; uma das cláusulas pétreas previstas pelo legislador constituinte foi a vedação de
emenda tendente a abolir "os direitos e garantias individuais" (CF, art. 60, § 4º, IV); o STF
entende que essa cláusula pétrea alcança outros direitos e garantias individuais além
daqueles previstos no art. 5º da CF; o STF já decidiu que o princípio da anterioridade
tributária (CF, art. 150, III, b) é garantia individual do contribuinte, portanto cláusula
pétrea, insuscetível de ser afastada por meio de emenda constitucional (ver item 285 do
livro).
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Certa; a emenda à constituição não está sujeita à sanção do presidente da república; ela
é diretamente promulgada pelas mesas da câmara e do senado federal; as outras
espécies normativas do nosso processo legislativo que prescindem de sanção são: lei
delegada, decreto legislativo e resolução; ademais, a lei resultante de conversão integral
(sem alterações) de medida provisória também não está sujeita à sanção do chefe do
Executivo (ver itens 252 e 337 do livro).
Falsa; a emenda à constituição pode ser objeto de controle abstrato perante o STF (pode
ser objeto de ADIN, ADECON); pode ela também ser objeto de controle difuso ou
incidental, diante de um caso concreto (uma emenda que institua um tributo, por exemplo,
pode ser objeto de mandado de segurança, se estiver ferindo direito líquido e certo do
indivíduo).
Certa; o processo de reforma da nossa constituição é muito mais rígido, muito mais difícil
do que aquele previsto para a elaboração das leis comuns; enquanto uma lei ordinária
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8) Um projeto de lei pode ser proposto à Câmara dos Deputados por iniciativa popular; a
Constituição, porém, não prevê a possibilidade de o Congresso Nacional ser provocado a
deliberar sobre proposta de Emenda à Constituição resultante diretamente de iniciativa
popular.
Falsa; a nossa constituição realmente é do tipo rígida; entretanto, rigidez não tem nada a
ver com a existência ou não de cláusula pétrea; a constituição pode ser flexível e ter
cláusula pétrea, ou pode ser rígida e não possuir cláusula pétrea; rigidez só tem a ver
com a dificuldade imposta pela constituição para a elaboração de emenda, com a
exigência de um processo mais dificultoso do que aquele de elaboração das demais leis
para a sua reforma; a nossa constituição é rígida porque exige um processo dificultoso
para a sua modificação, previsto no art. 60 da CF (ver item 290 do livro).
10) Na Constituição, há regras que podem ser modificadas pelo poder constituinte
derivado e preceitos que não podem ser abolidos por aquele poder, os quais são
identificados como cláusulas pétreas. Em virtude desse tratamento díspar atribuído a
regras igualmente constitucionais, conclui-se que a Constituição vigente é semi-rígida.
Falsa; vale aqui a mesma explicação da questão anterior, ou seja, o fato de a constituição
possuir cláusula pétrea não tem nada a ver com rigidez (ou semi-rigidez) da constituição.
Falsa; nesse caso estamos diante de uma limitação implícita, que veda alterações
prejudiciais no procedimento de reforma da constituição federal; a mais significativa
limitação implícita ao poder de reforma é a que veda alterações prejudiciais no art. 60 da
constituição, que estabelece o rito de aprovação de uma emenda constitucional; a
aprovação de qualquer emenda que simplifique o procedimento de reforma é
inconstitucional; enquanto a atual constituição estiver vigente, a única forma de alterar o
seu texto é o procedimento previsto no art. 60; qualquer outra tentativa de criar um
mecanismo mais simplificado será inconstitucional; por exemplo, seriam inconstitucionais,
por ofensa a uma limitação material implícita, emendas à constituição: que estabelecem
um novo procedimento mais simplificado para a aprovação de futuras emendas
(deliberação de maioria absoluta, ao invés de três quintos, um só turno de votação, ao
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invés dos dois turnos atuais etc.); que suprimissem a vedação de promulgação de
emenda durante estado de sítio, estado de defesa ou intervenção federal; que passassem
a permitir a volta de matéria rejeitada em PEC na mesma sessão legislativa etc.
14) A Constituição Federal pode ser emendada mediante proposta de um por cento do
eleitorado nacional.
Falsa; não existe previsão de iniciativa popular para apresentação de PEC; a iniciativa
popular prevista na constituição é para apresentação de projeto de lei (ver item 278 do
livro).
Falsa; a emenda à constituição não está sujeita à sanção do presidente da república nem
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antes nem depois de ser promulgada; a emenda é diretamente promulgada pelas mesas
da câmara dos deputados e do senado federal, sem se falar em sanção ou veto do
presidente da república (ver 277 do livro).
Falsa; não existe vedação para que qualquer uma das cláusulas pétreas (art. 60, § 4º)
seja objeto de emenda à constituição; qualquer cláusula pétrea pode ser objeto de
emenda à constituição; qualquer emenda pode tratar do veto, da forma federativa de
estado, da separação dos poderes ou dos direitos e garantias individuais, desde que tal
emenda não seja "tendente a abolir", tendente a enfraquecer um desses institutos;
portanto, a vedação do art. 60, § 4º, da CF só impede emendas "tendentes a abolir" as
cláusulas pétreas (ver item 283 do livro).
18) É pacífico, entre nós, que não existem limitações implícitas ao poder constituinte de
reforma.
Falsa; ao contrário, hoje é pacífico que existem limitações implícitas ao poder de reforma;
a mais importante delas é a que veda alterações no procedimento estabelecido pelo
poder constituinte originário para a reforma da constituição (art. 60), no sentido de
enfraquecê-lo; qualquer alteração no art. 60 da constituição, no intuito de tornar mais fácil,
mais simplificado, a aprovação de futuras emendas será inconstitucional, por afronta a
uma limitação implícita; será também inconstitucional a criação, por meio de emenda, de
qualquer outro meio mais fácil para emendar a constituição; será também inconstitucional,
por afronta a uma limitação implícita, a delegação pelo congresso nacional do seu poder
de emendar a constituição (a aprovação de uma emenda outorgando essa competência
para o presidente da república, por exemplo) (ver item 282 do livro).
19) Uma proposta de emenda à Constituição que tenda a abolir uma cláusula pétrea não
pode sequer ser levada à deliberação do Congresso Nacional.
Certa; é exatamente isso que diz a constituição no seu art. 60, § 4º, ao fixar as cláusulas
pétreas: "não será objeto de deliberação"; tanto isso é verdade que o STF admite
mandado de segurança para sustar processo legislativo de emenda à constituição que
seja tendente a abolir cláusula pétrea; é o caso de controle de constitucionalidade judicial
preventivo no Brasil; mas, cuidado, esse controle preventivo só é possível através de
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Falsa; o poder de reforma é um poder criado pelo poder constituinte originário, que lhe
impõe certas limitações; portanto, o poder de reforma ou de emenda não é ilimitado, pois
sofre limitações impostas pelo poder constituinte originário (limitações circunstanciais,
limitações materiais etc.); a parte final da assertiva também está falsa, porque o poder de
reforma não exerce atividade de constituinte de primeiro grau (essa atividade é do poder
constituinte originário), mas sim atividade de constituinte de segundo grau (ver item 282
do livro).
Falsa; as cláusulas pétreas podem ser objeto de emenda à constituição, podendo sofrer
alterações, desde que estas alterações não sejam tendentes a abolir tais garantias; só
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violarão a constituição aquelas emendas que tratarem uma cláusula pétrea com tendência
a abolir, a enfraquecer uma das garantias do art. 60, § 4º, da CF (ver item 283 do livro).
Certa; o STF já se manifestou nesse exato sentido, dispondo que existem outros direitos
e garantias individuais fora do art. 5º da constituição que também são cláusulas pétreas; o
princípio da anterioridade tributária, previsto no art. 150, III, b, da CF, já foi declarado
cláusula pétrea pelo STF, não podendo ser afastado através de emenda constitucional
(ver itens 284 e 285 do livro);
Falsa; o ADCT pode ser objeto de emenda constitucional normalmente, já tendo sido
alterado por diversas emendas na vigência da atual constituição (ver itens 593 a 597 do
livro, nos quais eu falo tudo sobre ADCT).
Falsa; já vimos que as cláusulas pétreas podem ser objeto de emenda à constituição,
desde que esta não seja tendente a abolir uma de tais garantias; o que o art. 60, § 4º, da
CF veda é a promulgação de emenda tendente a abolir uma daquelas garantias (ver item
283 do livro).
28) Os direitos e garantias individuais protegidos por cláusula pétrea são somente
aqueles elencados no catálogo de direitos individuais.
Falsa; o STF já decidiu que existem outros direitos e garantias individuais protegidos por
cláusula pétrea além daqueles enumerados no art. 5º da CF; o princípio da anterioridade
tributária (CF, art. 150, III, b) é um exemplo típico de cláusula pétrea fora do art. 5º da CF
(ver itens 284 e 285 do livro).
29) Segundo entendimento pacífico do Supremo Tribunal Federal, qualquer alteração que
afete os direitos fundamentais configura lesão expressa à cláusula pétrea.
Falsa; só haverá lesão à cláusula pétrea se a alteração for tendente a abolir um dos
direitos e garantias individuais; note-se que a constituição só enumerou como cláusula
pétrea os direitos e garantias INDIVIDUAIS, ou seja, nem todos os direitos fundamentais
são cláusula pétrea, somente aqueles de natureza individual; o mandado de segurança
individual, por exemplo, é típica cláusula pétrea; o mandado de segurança coletivo,
apesar de estar no art. 5º da constituição, não é cláusula pétrea, pois é garantia coletiva,
e não individual; ainda assim, mesmo um direito ou garantia individual pode ser afetado
por emenda à constituição, desde que esta emenda não seja tendente a abolir um deles
(ver item 283 do livro).
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Certa; o STF já decidiu que existem outros direitos e garantias individuais protegidos por
cláusula pétrea além daqueles enumerados no art. 5º da CF; o princípio da anterioridade
tributária (CF, art. 150, III, b) é um exemplo típico de cláusula pétrea fora do art. 5º da CF
(ver itens 284 e 285 do livro).
Falsa; já comentei antes que o ADCT pode ser objeto de emenda à constituição
normalmente, já tendo sofrido várias modificações na vigência da atual constituição; como
é importante estudar fazendo exercícios de concursos passados, as questões se repetem
muito! (ver itens 593 a 597 do livro).
32) A Câmara dos Deputados atua como Casa revisora no que diz respeito a projetos de
Emenda Constitucional aprovados pelo Senado Federal.
Falsa; no processo de emenda à constituição, uma casa legislativa não atua como
revisora da outra; são dois turnos de votação autônomos em cada uma das casas do
congresso nacional; a atuação como casa iniciadora e revisora é para o processo
legislativo de elaboração das leis (ver item 276 do livro).
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flexível (maioria absoluta, por exemplo), nem quorum mais rígido (quatro quintos, por
exemplo) (ver item 288 do livro).
Falsa; na verdade o STF ainda não decidiu expressamente se os direitos sociais são ou
não cláusula pétrea, mas sabe-se que há, entre os ministros do tribunal, opiniões
divergentes: alguns acham que sim, outros que não; a controvérsia é porque os direitos
sociais são, sem dúvida, direitos fundamentais, pois estão enumerados dentro do Título II
da CF; porém, a constituição não disse que todos os direitos fundamentais são cláusula
pétrea; ao contrário, disse que só os direitos e garantias INDIVIDUAIS são cláusula pétrea
(CF, art. 60, § 4º, IV); esse o motivo da dúvida; portanto, como o STF ainda não decidiu
sobre o assunto, a questão está falsa.
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aquela que impede que o procedimento de reforma seja simplificado por meio da
aprovação de uma emenda nesse sentido (ver item 282 do livro).
39) Uma proposta de emenda à Constituição, tendente a abolir a separação dos poderes,
não deverá ser apreciada pelo Congresso Nacional. Todavia, se as Casas Legislativas
vierem a aprová-la e promulgá-la, a proposição será válida, já que passará a integrar o
texto constitucional.
Falsa; uma emenda tendente a abolir a separação dos poderes, ou qualquer outra
cláusula pétrea prevista no art. 60 da CF, será flagrantemente inconstitucional; a sua
mera aprovação segundo o procedimento estabelecido no art. 60 da CF não é legitima,
podendo ela vir a ser declarada inconstitucional por qualquer juízo ou tribunal do país;
emenda tendente a abolir cláusula pétrea é emenda inconstitucional e assim deverá ser
declarada pelo poder judiciário, seja no controle difuso ou incidental ou no controle
concentrado ou abstrato.
Falsa; a assertiva está correta em relação ao projeto de lei, que realmente, mesmo
rejeitado, poderá voltar na mesma sessão legislativa por solicitação da maioria absoluta
dos membros de uma das casas do congresso nacional (CF, art. 67); entretanto, com a
proposta de emenda à constituição, a coisa é diferente: ela não poderá voltar, em
hipótese alguma, na mesma sessão legislativa, conforme previsto no art. 60, § 5º, da CF.
Falsa; a primeira parte da assertiva está corretíssima, pois uma emenda realmente está
sujeita ao controle de constitucionalidade, tanto sobre o aspecto material (o seu conteúdo
pode violar uma cláusula pétrea) quanto sob o aspecto formal (pode ser desobedecido o
procedimento formal, o processo legislativo rígido, estabelecido no art. 60 para sua
aprovação); agora, a parte final da assertiva está errada, pois emendas à constituição não
estão sujeitas à sanção do presidente da república, pois são elas promulgadas
diretamente pelas mesas da câmara dos deputados e do senado federal (CF, art. 60, §
3º).
Falsa; a meu ver, esta questão está falsa por dois motivos: primeiro, porque faltou na
enumeração das cláusulas pétreas o voto direto, secreto, universal e periódico (CF, art.
60, § 4º, II); segundo porque, ainda que não tivesse faltado o voto, a questão estaria falsa,
porque a proibição das cláusulas pétreas não é só quanto a emendas que extirpem por
inteiro tais garantias, pois bastam que as emendas sejam "tendentes a abolir" as
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cláusulas pétreas; por exemplo: em relação à forma federativa de Estado, não precisa que
a emenda venha e diga que fica abolida, extirpada, a forma federativa de Estado, que
passará a ser unitário; basta que a emenda seja tendente a abolir a forma federativa de
Estado, enfraquecendo a nossa federação (ver item 283 do livro).
43) Se uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que vise estabelecer a nomeação,
pelo Presidente da República, dos governadores dos estados federados seguir as normas
constitucionais e regimentais aplicáveis ao processo de tramitação das PECs, nenhum
óbice jurídico haverá à sua promulgação e entrada em vigor.
Falsa; ainda que obedecido fielmente o rito estabelecido pelo art. 60 da CF, tal emenda
seria flagrantemente inconstitucional, pois restariam afrontadas cláusulas pétreas; a meu
ver, pelo menos duas cláusulas pétreas estariam sendo atingidas: a forma federativa de
estado, pois com a nomeação dos governadores pelo presidente da república os estados
perderiam totalmente sua autonomia federativa; e o direito ao voto, pois os cidadãos dos
estados estariam perdendo o seu direito constitucional de escolher seus governantes;
seria, portanto, uma emenda flagrantemente inconstitucional, por ser "tendente a abolir" a
forma federativa de estado e o direito ao voto direto, secreto, universal e periódico, duas
cláusulas pétreas previstas na nossa constituição (art. 60, § 4º).
44) Supondo que haja sido rejeitada uma proposta de emenda à Constituição abolindo o
segundo turno nas eleições para cargos executivos no país, somente na sessão
legislativa seguinte nova proposta com a mesma matéria poderá ser apresentada.
Certa; esta questão é do Cespe, assim como a maioria desta relação, e foi considerada
correta pelo gabarito oficial; e, a meu ver, está corretíssima mesmo; numa primeira
olhada, dá a impressão de que ela estaria falsa, por estar tal emenda ferindo a cláusula
pétrea do direito ao voto e, portanto, jamais poderia voltar legitimamente à deliberação do
congresso nacional; no entanto, será que esta emenda é mesmo "tendente a abolir" o
direito de voto? não me parece, pois a simples extinção do segundo turno das eleições
não afetaria a democracia, o direito de o povo manifestar-se sobre a escolha de seus
governantes não restaria prejudicado, apenas mudaria a forma de apuração dos votos;
com um ou dois turnos, o povo continuaria escolhendo seus governantes,
democraticamente, através do voto; portanto, se não afetada cláusula pétrea, aplica-se a
regra do art. 60, § 5º, da CF, segundo a qual a proposta de PEC rejeitada ou havida por
prejudicada somente poderá voltar numa sessão legislativa distinta.
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Falsa; esta emenda seria flagrantemente inconstitucional, por violar cláusula pétrea (CF,
art. 60, § 4º, III), pois seria tendente a abolir a separação dos poderes, enfraquecendo em
demasia o poder Legislativo em favor do fortalecimento do Executivo.
47) Aprovado pelo Congresso Nacional, o projeto de Emenda Constitucional pode ser
vetado pelo Presidente da República.
Falsa; a emenda não está sujeita a veto ou sanção do presidente da república; a emenda
é diretamente promulgada pelas mesas da câmara e do senado federal.
Falsa; essa afirmação estaria correta se fosse em relação aos municípios, pois estes, de
fato, não possuem nenhuma participação no processo de reforma da constituição federal;
porém, em relação aos estados, a assertiva está incorreta, pois estes possuem duas
participações importantes no processo de reforma da constituição federal: primeiro,
porque os estados podem, por meio de suas assembléias legislativas, apresentar
proposta de emenda à constituição federal (CF, art. 60, III); segundo porque, apresentada
a proposta de emenda por qualquer um dos legitimados, os estados estarão
representados na sua aprovação, por meio do senado federal, que representa, de forma
paritária, os estados-membros e o Distrito Federal; portanto, os estados-membros
participam sim do processo de reforma da constituição federal, seja apresentando PEC
por meio das assembléias legislativas, seja por meio da votação da PEC no senado
federal, que os representa.
49) Os princípios constitucionais protegidos por cláusula pétrea não podem ser
suprimidos por Emenda Constitucional.
Certa; aqui não há dúvida: se as cláusulas pétreas não admitem sequer emenda
"tendente a abolir" as garantias nelas enunciadas, é óbvio que a emenda não poderá
suprimir nenhuma regra ou princípio erigidos pela constituição como cláusula pétrea.
50) A proposta de emenda à Constituição que disponha sobre regime jurídico dos
servidores públicos, importando aumento de despesa, é da iniciativa exclusiva do
Presidente da República.
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52) Uma emenda à Constituição que institua a forma unitária de Estado é, ela própria,
inconstitucional e pode ser assim declarada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Certa; uma das cláusulas pétreas é exatamente a forma federativa de estado (CF, art. 60,
§ 4º, I); portanto, será flagrantemente inconstitucional qualquer emenda que suprima (ou
enfraqueça, que seja "tendente a abolir") a forma federativa de estado; enquanto tiver
vigência a atual constituição, não há possibilidade de o estado brasileiro vir a ser um
estado unitário; caso haja a aprovação de alguma emenda nesse sentido, poderá ser
declarada inconstitucional pelo STF (não só pelo STF, mas por qualquer juízo ou tribunal
do nosso país, desde que no controle difuso ou incidental).
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54) É inválida a proposta de emenda constitucional que tenha por objeto transformar o
Brasil em Estado unitário.
Certa; uma das cláusulas pétreas é exatamente a forma federativa de estado (CF, art. 60,
§ 4º, I); portanto, será flagrantemente inconstitucional qualquer emenda que suprima (ou
enfraqueça, que seja "tendente a abolir") a forma federativa de estado; enquanto tiver
vigência a atual constituição, não há possibilidade de o estado brasileiro vir a ser um
estado unitário; caso haja a aprovação de alguma emenda nesse sentido, poderá ser
declarada inconstitucional pelo STF (não só pelo STF, mas por qualquer juízo ou tribunal
no nosso país, desde que no controle difuso ou incidental).
55) A Constituição vigente é rígida, pois impede deliberação sobre proposta de emenda
tendente a abolir a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e
periódico, a separação dos Poderes e os direitos e garantias individuais.
Falsa; a nossa vigente constituição de 1988 realmente é do tipo rígida, mas isso é pelo
fato de exigir um procedimento especial, dificultoso, para a modificação do seu texto; a
rigidez não tem relação com a existência ou não de cláusula pétrea (CF, art. 60, § 4º); a
constituição poderia ser rígida e não possuir cláusulas pétreas: nessa hipótese, ela
exigiria um procedimento especial para sua modificação mas permitiria que, desde que
obedecido tal procedimento, qualquer um de seus dispositivos fosse alterado (ver item
290 do livro).
56) Ao contrário do que ocorre com um projeto de lei, a matéria constante de emenda
constitucional rejeitada nunca poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão
legislativa.
Certa; o projeto de lei rejeitado pode voltar na mesma sessão legislativa, desde que haja
solicitação de maioria absoluta dos membros de uma das casas do congresso nacional
(CF, art. 67); a PEC rejeitada, porém, jamais poderá constituir nova PEC na mesma
sessão legislativa (CF, art. 60, § 5º).
57) A superação das cláusulas pétreas, no sistema constitucional brasileiro, pode-se dar
pelo modelo da dupla revisão, procedendo-se à revogação ou à alteração da disposição
proibitiva e à introdução da disposição ou da modificação pretendida.
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Certa; embora a nossa constituição possa ser alterada por obra do poder constituinte
derivado, este poder de reforma não é ilimitado, pois sofre diversas limitações no
momento de alterar o texto constitucional (limitações circunstanciais, limitações materiais
etc.) (ver item 282 do livro).
60) É possível estabelecer-se a prisão perpétua no Brasil, desde que esta seja a vontade
do povo; para isso, seria conveniente uma consulta plebiscitária para legitimar a reforma
constitucional.
Falsa; a vedação à prisão perpétua (CF, art. 5º, XLVII) constitui garantia individual,
protegida como cláusula pétrea no art. 60, § 4º, IV da CF; enquanto viger esta
constituição, a prisão perpétua não poderá ser instituída.
61) Seria inconstitucional uma emenda à CF para suprimir a vedação de sua reforma na
vigência do estado de sítio.
Certa; sem dúvida, seria uma flagrante inconstitucionalidade, por afrontar uma limitação
implícita, que veda alterações prejudiciais no art. 60 da CF, que estabelece o
procedimento de reforma da nossa constituição; qualquer alteração em qualquer
dispositivo do art. 60 da CF que enfraqueça, que simplifique o procedimento de aprovação
de emenda será flagrantemente inconstitucional, por violar uma limitação material
implícita ao poder de reforma (ver item 282 do livro).
62) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada pode ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa, bastando que o autor seja diverso.
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65) A circunstância de uma determinada mudança formal do texto constitucional ter maior
ou menor amplitude, vale dizer, de atingir maior ou menor quantidade de artigos
constitucionais, é juridicamente irrelevante para caracterizá-la como emenda ou revisão
constitucional.
Certa; o que diferencia uma mudança na constituição como revisão ou emenda não é o
fato da alteração do texto constitucional ser maior ou menor; o que sempre diferenciou
esses dois procedimentos foi o processo legislativo, que na revisão era muito mais
simples (exigia-se apenas maioria absoluta, em sessão unicameral, nos termos do art. 3º
do ADCT) do que na aprovação das atuais emendas (que exige votação em dois turnos
em cada uma das casas do congresso nacional, com deliberação de três quintos; vale
lembrar que não existe mais a possibilidade de mudar a constituição mediante processo
de revisão, pois só houve previsão de uma, que foi realizada cinco anos após a
promulgação da CF (ver itens 269, 270 e 271 do livro).
67) Emenda à Constituição Federal válida tem o mesmo nível hierárquico das normas
constitucionais dispostas pelo Poder Constituinte originário.
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68) Uma emenda à Constituição não pode suprimir um direito individual fundamental
previsto pelo poder constituinte originário.
Certa; os direitos individuais são cláusula pétrea, insuscetíveis de abolição pelo poder de
reforma, por meio de emenda à constituição (CF, art. 60, § 4º, IV).
69) Uma emenda à Constituição não pode ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade.
70) O fato de a Constituição Federal em vigor poder ser alterada por um poder
constituído, embora mediante um processo legislativo mais dificultoso e demorado do que
o exigido para a elaboração de uma lei ordinária, define a Constituição brasileira como
semi-rígida.
Falsa; já decidiu o STF que o ADCT pode ser objeto de emenda normalmente; o ADCT já
sofreu diversas alterações por meio de EC (ver itens 593 e seguintes, onde explico tudo
sobre ADCT).
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Falsa; na solução de conflito entre direitos fundamentais, o intérprete deve zelar pela
harmonia da constituição, empregando a técnica da ponderação e harmonização dos
dispositivos conflitantes; a idéia é reduzir proporcionalmente o alcance de ambos, para se
chegar a um equilíbrio, para se restabelecer a harmonia e unidade da constituição; jamais
deve o intérprete vislumbrar a existência de hierarquia entre os direitos fundamentais
conflitantes (este é superior hierarquicamente em relação àquele!), para o fim de se
conferir primazia absoluta a um deles, em sacrifício total do outro; ora, se pelo princípio da
unidade da constituição não há hierarquia entre quaisquer dispositivos da constituição,
com maior razão não há que se falar em hierarquia entre direitos fundamentais (ver item
93 do livro).
Certa; os direitos de primeira geração estão ligados à liberdade (direitos civis e políticos),
os de segunda geração estão ligados à igualdade (direitos sociais, econômicos e
culturais) e os de terceira geração à fraternidade (direitos da coletividade), fechando
assim, nessa ordem, o lema da Revolução Francesa: Liberté, Igualité e Fraternité. (ver
itens 85, 86 e 90 do livro).
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Certa; em regra, de fato, o órgão público, por ser um ente despersonalizado (sem
personalidade jurídica) não tem capacidade para estar em juízo; as lides que envolvem
órgão público são conduzidas pela entidade pública a que tal órgão pertence (se você tem
uma lide judicial com o Departamento de Polícia Federal, que é um mero órgão público, a
lide será conduzida pela União, entidade a qual pertence o DPF); entretanto, a
jurisprudência admite que os órgãos públicos de alto escalão ajuízem mandado de
segurança em nome próprio, na defesa de suas atribuições e prerrogativas (se a
competência de um órgão estiver sendo usurpada, invadida, ele poderá valer-se do
mandado de segurança) (ver item 128.4 do livro).
Falsa; não há vedação alguma para que um magistrado ocupe o pólo passivo num
mandado de segurança como autoridade coatora, isto é, que seja impetrado um mandado
de segurança contra ato de um magistrado; o ato do magistrado, se violador de direito
líquido e certo, consubstancia típico ato de autoridade, que poderá ser combatido por
meio da impetração de mandado de segurança (é muito comum a impetração de
mandado de segurança contra decisão de juiz em processo criminal, que afronte direito
líquido e certo do réu) (ver item 128 do livro).
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autoridade não podem ser discutidas em mandado de segurança, pois contra elas a ação
a ser proposta é, sempre, o mandado de injunção.
Falsa; o mandado de segurança tanto pode reprimir uma ação quanto uma omissão de
uma autoridade pública que, por ilegalidade ou abuso de poder, venha a afrontar direito
líquido e certo do particular; não só os atos comissivos podem ser atacados por mandado
de segurança; também as omissões ilegais ou abusivas podem ser reprimidas pelo writ.
10) Considere a seguinte situação hipotética: a União instituiu, por meio da Lei nº 10.097,
de agosto de 2001, uma contribuição social destinada ao custeio da seguridade social,
cuja exigência somente alcançará os fatos geradores ocorridos noventa dias após a
publicação da referida Lei. Considerando que o mandado de segurança é ação voltada
para a salvaguarda de direito líquido e certo, é correto afirmar que os sujeitos passivos
dessa exação tributária não poderão discutir, em sede de mandado de segurança, a
inconstitucionalidade dessa Lei antes de iniciada a sua incidência concreta aos
respectivos fatos geradores da contribuição. Como referida Lei só alcança os fatos
geradores ocorridos após noventa dias de sua publicação, durante esse prazo os sujeitos
passivos não têm direito líquido e certo a defender.
Falsa; durante esse período da vacatio legis os sujeitos passivos dessa obrigação
tributária já podem impetrar mandado de segurança preventivo, com o fim de evitar que
tal exigência venha a ser efetivada pelo Poder Público após os noventa dias; o mesmo
ocorre diante das hipóteses de tributos sujeitos ao princípio da anterioridade (CF, art. 150,
III, b): publicada a lei instituidora do tributo, mesmo antes do primeiro dia do exercício
seguinte já pode ser impetrado mandado de segurança preventivo contra a futura
cobrança da exação tributária (ver item 128.7 do livro).
11) O mandado de segurança coletivo só pode ser impetrado por associação, partido
político com representação no Congresso Nacional ou organização sindical legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de
seus membros ou associados.
13) Não há, em regra, instrução probatória no mandado de segurança, pois as provas
devem ser pré-constituídas.
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Certa; no mandado de segurança, devido ao seu rito especial, a regra é a chamada prova
documental pré-constituída, isto é, composta de documentos e já levada aos autos no
momento da sua impetração; o impetrante já deve juntar na petição inicial todos os
documentos que comprovam o seu direito líquido e certo; somente em situações
excepcionais se admite a juntada e o exame de provas em momento posterior (ver item
128.18 do livro).
15) A alegação de grande complexidade jurídica do direito invocado não é motivo para
obstar a utilização da via do mandado de segurança.
16) O mandado de segurança é sempre ação civil, ainda quando impetrado contra ato de
juiz criminal, praticado em processo penal.
Certa; trata-se de orientação do STF: mandado de segurança é sempre ação civil, ainda
quando impetrado contra ato de juiz criminal, praticado em processo penal; em
decorrência desse entendimento do STF, qualquer que seja a origem ou natureza do ato
impugnado, o mandado de segurança será sempre processado e julgado como ação civil,
no juízo competente, com a aplicação das regras do Código de Processo Civil (CPC); se o
ato coator for administrativo, judicial, civil, penal, policial, militar, eleitoral, trabalhista etc.,
a natureza da ação não transmuda: será sempre ação de natureza civil (ver item 128.2 do
livro).
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18) Pessoas jurídicas de direito público podem invocar certos direitos fundamentais
previstos no capítulo da Constituição relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos,
como o direito à impetração de mandado de segurança, por exemplo.
Certa; embora como regra o particular seja o titular dos direitos fundamentais, atualmente
são reconhecidos também aos entes públicos certos direitos fundamentais; em certas
situações, pessoas jurídicas de direito público podem ser titulares de direitos
fundamentais compatíveis com sua natureza, como o direito à liberdade de comunicação,
à imagem, à propriedade, ao uso do mandado de segurança etc. (ver item 128.4 do livro).
19) Proposta de emenda à Constituição, mesmo que ainda não votada no Congresso
Nacional, pode ser objeto de controle de constitucionalidade no caso concreto, por meio
da impetração de mandado de segurança.
21) Não é parte legítima para figurar no pólo passivo de mandado de segurança o
dirigente de sociedade de economia mista, ainda que o ato praticado seja qualificado
como ato de autoridade, concernente às funções que lhes forem delegadas pelo poder
público porque, no caso, a impetração deve ser dirigida contra a autoridade que tiver
delegado o ato.
Falsa; essa é uma das questões sobre mandado de segurança mais batidas de concurso;
no caso de delegação de atribuições, a autoridade que responde em mandado de
segurança pela prática do ato coator é a autoridade DELEGADA (que recebeu a
delegação), e não a autoridade DELEGANTE (que delegou a atribuição); não importa se a
autoridade DELEGADA é de natureza pública (uma autarquia, por exemplo) ou privada
(um concessionário de serviço público, por exemplo): sempre quem responderá no
mandado de segurança será a autoridade DELEGADA (ver item 128.16 do livro).
22) Se um indivíduo sofrer constrangimento ilegal no seu direito líquido e certo à liberdade
de locação no curso de um inquérito policial ou de uma ação penal, poderá valer-se da
ação de mandado de segurança para pôr fim à lesão a seu direito, desde que constitua,
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Falsa; direito líquido e certo à liberdade de locomoção é direito a ser protegido por meio
de habeas corpus (CF, art. 5º, LXVIII); o mandado de segurança é ação de natureza
subsidiária, que só pode ser utilizada contra ato que não seja protegido por um dos outros
remédios constitucionais; se é caso para habeas corpus, habeas data, ação popular ou
mandado de injunção não cabe mandado de segurança (ver item 128.8 do livro).
Falsa; esta questão é da Fundação Carlos Chagas, e eu não gosto dela, achei muito mal
elaborada; a meu ver, a associação não teria legitimidade, em ação alguma, para pleitear
o acesso a dados pessoais de seus associados constantes de banco de dados de caráter
público; a ação para se obter tal acesso é o habeas data, mas se trata de ação de
natureza individual, a ser impetrada pelo próprio interessado, não havendo previsão
constitucional de "habeas data coletivo".
24) Mandado de segurança somente pode ser utilizado para a defesa de direitos e
garantias individuais, sendo vedado o seu uso com objetivo de defender atribuições ou
prerrogativas de órgãos públicos.
Falsa; há muito tempo que a jurisprudência admite que órgão público impetre mandado
de segurança na defesa de suas atribuições e prerrogativas (ver item 128.4 do livro).
25) Considere que Tício tenha sido demitido do serviço público, por ato publicado em
órgão oficial da imprensa no dia 2 de fevereiro de 1998, uma segunda-feira. Considere,
ainda, que a publicação do ato seja suficiente para que a demissão surta todos os seus
efeitos. No dia em que o ato foi publicado, entretanto, Tício estava de férias. Somente
uma semana depois tomou conhecimento da demissão, quando o seu chefe imediato lhe
contou a novidade. A Lei nº 1.533/51, no seu art. 18, dispõe que "o direito de requerer
mandado de segurança extinguir-se-á decorridos cento e vinte dias contados da ciência,
pelo interessado, do ato impugnado". À vista desses dados e da jurisprudência pacificada
do STF, pode-se afirmar que esse prazo de cento e vinte dias é de prescrição e começa a
ser contado da publicação do ato de demissão no órgão de imprensa oficial.
26) O indivíduo que sofrer ato ilegal de agente público contra o direito líquido e certo de
locomoção pode recorrer ao Poder Judiciário, por meio de mandado de segurança, contra
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a ilegalidade, sem prejuízo da ação penal que poderá vir a ser instaurada, caso se
configurar o crime de abuso de autoridade.
Falsa; conforme dito antes, o mandado de segurança é ação de natureza subsidiária, que
só pode ser utilizada pelo indivíduo para a proteção de direito líquido e certo não
amparado por outro remédio constitucional; no caso, o direito líquido e certo de
locomoção já é amparado por habeas corpus, devendo ser esta (habeas corpus) a ação a
ser ajuizada perante o Poder Judiciário (ver item 128.8 do livro).
27) Considere a seguinte notícia, de autoria do jornalista Lúcio Vaz, divulgada na Folha de
São Paulo, em 15/9/1997: a Câmara dos Deputados pagou o salário de sete jogadores e
do supervisor do time de futebol do Itumbiara Esporte Clube. Todos eles foram
contratados por meio do gabinete do Deputado Zé Gomes da Rocha (PSD/GO),
presidente do clube de 94 a 96, que confirmou ter contratado os jogadores pelo gabinete
e disse que voltará a fazê-lo se for o presidente do clube de novo. Em face dessa notícia
e partindo da premissa de que é inconstitucional e lesivo ao patrimônio público o
pagamento de remuneração, com verba pública, em situação de ofensa aos princípios da
finalidade e da moralidade, qualquer cidadão poderia ajuizar, com base na Constituição,
mandado de segurança contra os atos do citado parlamentar.
Falsa; a ação destinada a reparar ato lesivo ao patrimônio público é ação popular, que
pode ser proposta por qualquer cidadão; como o mandado de segurança é ação
subsidiária, podemos afirmar que: se é caso para ação popular, não cabe mandado de
segurança (ver item 128.8 do livro).
28) Mandado de segurança não pode ser utilizado na defesa de competência de órgão
público.
Falsa; há muito tempo que a jurisprudência admite que órgão público impetre mandado
de segurança na defesa de suas atribuições e prerrogativas (ver item 128.4 do livro).
29) A ação de mandado de segurança, de natureza civil, não pode ser utilizada no curso
de processo penal.
30) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o prazo de cento e vinte dias
para impetração do mandado de segurança é de decadência do direito à impetração.
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32) Em regra, a competência para julgar mandado de segurança é definida pela natureza
da matéria impugnada (ratione materiae).
34) Em face do princípio do federalismo, se o ato impugnado tiver sido praticado por
entidade estadual, ainda que dentro do exercício de delegação federal, a competência
para o julgamento do mandado de segurança será da Justiça Estadual.
Certa; os remédios constitucionais têm objeto específico e não funcionam como substituto
um dos outros; portanto, se é caso para ação popular (ato lesivo ao patrimônio público, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural) não cabe
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36) A mera omissão de uma autoridade administrativa pode ferir direito líquido e certo do
indivíduo, legitimando a impetração do mandado de segurança.
Certa; o mandado de segurança pode ser utilizado para reparar uma omissão por
ilegalidade ou abuso de poder de autoridade; nos dizeres de Hely Lopes Meirelles, a
omissão também pode configurar abuso de poder; por exemplo, se a autoridade
administrativa tem um prazo previsto em lei para emitir decisão num determinado
processo e não o faz, estará agindo com abuso de poder e esta sua omissão poderá ser
reparada por meio da impetração de um mandado de segurança.
37) Os atos praticados como mera pessoa privada, sem a natureza de ato do Poder
Público, não se sujeitam à proteção do mandado de segurança.
Certa; o mandado de segurança pode ser impetrado contra ato de autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuição do Poder Público; portanto, o agente
pode ser privado (um concessionário de serviço público, por exemplo), mas terá que estar
agindo na qualidade de Poder Público; atos privados, de natureza tipicamente privada,
não se sujeitam a correição por meio do mandado de segurança (ver item 128.5 do livro).
39) Não cabe mandado de segurança contra lei em tese, ainda que produtora de efeitos
concretos.
Falsa; a primeira parte do enunciado está correta, pois realmente não cabe mandado de
segurança contra lei em tese, pois para combater a inconstitucionalidade, em tese, de
uma lei existe a ADIN, esta sim destinada a discutir, em tese (abstratamente,
independentemente de ofensa a direito), a constitucionalidade das leis; porém, a segunda
parte do enunciado invalida a questão, pois o mandado de segurança pode ser utilizado
sempre que a lei produzir efeitos concretos; trata-se de súmula do STF, que reza: "não
cabe mandado de segurança contra lei em tese, salvo se produtora de efeitos
concretos (STF, Súmula 266) (ver item 128.19 do livro).
40) Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
Certa; conforme comentado antes, mandado de segurança não é ação cabível para o
desfazimento de coisa julgada, de uma decisão judicial transitada em julgado; para o
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desfazimento da coisa julgada a ação cabível é a ação rescisória (ver item 128.20 do
livro).
41) Os atos tipicamente interna corporis não se sujeitam a controle em sede de mandado
de segurança.
Certa; os atos interna corporis típicos são aqueles de competência exclusiva das Casas
Legislativas, para os quais a corporação tem plenos poderes para, a seu modo, regular;
segundo a jurisprudência do STF, os atos interna corporis não se sujeitam a controle
judicial, por constituir mérito da respectiva corporação; portanto, tais atos não podem ser
apreciados pelo Poder Judiciário, seja em mandado de segurança, seja em qualquer outro
tipo de ação judicial (ADIN, ação civil pública etc.) (ver item 128.21 do livro).
44) Se, num mandado de injunção, o Supremo Tribunal Federal entende que há demora
injustificada para a regulação legislativa, pelo Congresso Nacional, de um direito previsto
na Constituição Federal, a sua decisão deverá declarar a mora do legislador e editar a
norma abstrata faltante, que valerá para o impetrante e para todas as demais pessoas,
qualquer que seja a matéria envolvida, havendo, ou não, aumento de despesas públicas.
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46) É possível a impetração de habeas corpus contra ato coator praticado por uma
entidade privada.
Certa; embora a regra seja a impetração de habeas corpus contra ato de autoridade
pública, é possível que ele venha a ser ajuizado contra ato de entidade privada, que
esteja afrontando o direito de locomoção do indivíduo (por exemplo: pode ser ajuizado um
habeas corpus contra um hospital que, ilegalmente, esteja impedindo o paciente de sair
de suas dependências (ver item 172.2 do livro).
47) O habeas corpus, assim como o mandado de segurança, é ação de natureza civil.
48) Em tese, não há impedimento para que um indivíduo absolutamente incapaz (louco de
todo o gênero, por exemplo) impetre habeas corpus, mesmo sem a assistência de um
advogado.
49) Embora o habeas corpus proteja tão-somente a pessoa natural, entende a doutrina
que uma pessoa jurídica poderá ajuizá-lo.
50) O habeas corpus é cabível não só contra a lesão a certo direito como também se
houver apenas ameaça a ele.
Certa; questão do Cespe, no concurso da Polícia Federal, muito fácil; de fato, o habeas
corpus pode ser preventivo (diante de uma ameaça ao direito de locomoção, para evitar
uma prisão ilegal, por exemplo) ou repressivo (contra uma efetiva violação do direito de
locomoção, contra uma prisão ilegal já decretada, por exemplo) (ver item 127.1 do livro).
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51) A ação de habeas corpus destina-se a evitar qualquer ilegalidade praticada contra
direito do cidadão no curso de processo penal.
Falsa; o habeas corpus é remédio constitucional com fim específico, que é evitar ou
reparar violência ou coação quanto ao direito de locomoção; outras ilegalidades no curso
de processo penal podem ser reprimidas por meio de outros remédios, como o mandado
de segurança, por exemplo.
52) Se, num mandado de injunção, o Supremo Tribunal Federal entende que há demora
injustificada para a regulação legislativa, pelo Congresso Nacional, de um direito previsto
na Constituição Federal, a sua decisão deverá declarar a mora do legislador e editar a
norma abstrata faltante, que deverá valer apenas para o impetrante do mandado de
injunção.
53) Se, num mandado de injunção, o Supremo Tribunal Federal entende que há demora
injustificada para a regulação legislativa, pelo Congresso Nacional, de um direito previsto
na Constituição Federal, a sua decisão deverá declarar a mora do legislador e editar a
norma abstrata faltante, que valerá para o impetrante e para todas as demais pessoas,
desde que não implique aumento dos gastos públicos.
54) Se, num mandado de injunção, o Supremo Tribunal Federal entende que há demora
injustificada para a regulação legislativa, pelo Congresso Nacional, de um direito previsto
na Constituição Federal, a sua decisão deverá declarar a mora do legislador, compelindo-
o a editar a norma necessária.
Certa; quando o STF julga um mandado de injunção procedente, ele faz exatamente isso:
reconhece e declara inconstitucional a mora do legislador, compelindo-o a editar a norma
faltante.
55) Se, num mandado de injunção, o Supremo Tribunal Federal entende que há demora
injustificada para a regulação legislativa, pelo Congresso Nacional, de um direito previsto
na Constituição Federal, a sua decisão deverá julgar, de qualquer modo, improcedente a
ação, pois o próprio processo do mandado de injunção ainda não foi regulado por lei.
Falsa; embora tenha, de fato, havido controvérsia nesse sentido, o fato é que o STF
considerou o texto que trata do mandado de injunção norma de eficácia plena, auto-
aplicável, imediatamente exercitável, independentemente de norma regulamentadora.
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Falsa; pelos motivos comentados antes, isto é, não cabe ao Poder Judiciário legislar
positivamente, substituindo o legislador omisso.
58) Mandado de injunção permite que o juiz assuma a função de legislador positivo.
Certa; segundo o STF, embora não haja disposição constitucional expressa a respeito, é
possível o ajuizamento de mandado de injunção coletivo, sendo legitimados para a
impetração os mesmos legitimados para o mandado de segurança coletivo (CF, art. 5º,
LXX).
61) A entidade da Administração Pública que abrir um concurso para agente penitenciário
do sexo feminino, para preencher cargo vago em uma penitenciária de mulheres, pratica
ato legal, uma vez que o princípio da razoabilidade admite certas restrições tendo em
vista as atribuições e condições de exercício do cargo.
Certa; toda lei de caráter restritivo só será legítima se estiver respeitando o princípio da
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Certa; na verdade, conforme dito antes, não só a limitação a direitos fundamentais, mas a
limitação a quaisquer direitos constitucionais deve obediência ao princípio da
proporcionalidade/razoabilidade.
Falsa; questão da Esaf, muito boa; já foram introduzidas pela lei duas limitações à
concessão de medida liminar em mandado de segurança em se tratando de vantagens de
servidores públicos, a saber: (1ª) para conceder aumento ou extensão de vantagens a
servidores públicos e (2ª) para pagamento de vencimentos ou vantagens pecuniárias a
servidores da União, dos Estados, do DF ou dos Municípios e suas autarquias; essas
duas limitações não foram consideradas inconstitucionais pelo STF, o que invalida esta
assertiva.
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Falsa; segundo o STF o prazo de 120 dias para impetração do mandado de segurança foi
recepcionado pela atual Constituição e esse prazo é de decadência (e não de prescrição).
Certa; questão do Cespe, ótima; o mandado de segurança pode ser ajuizado contra ato
de agente público ou agente privado no exercício de atribuições delegadas pelo poder
público (o que interessa, na verdade, é a natureza PÚBLICA do ato do agente); se o ato é
de natureza privada, isto é, se ele foi praticado por um agente que não desempenhe
atribuição do poder público, ele não poderá ser combatido por meio do mandado de
segurança.
70) A medida liminar é o provimento cautelar admitido pela própria lei de mandado de
segurança, quando forem relevantes os fundamentos da impetração e do ato impugnado
puder resultar a ineficácia da ordem judicial. Preserva o impetrante de lesão irreparável,
sustando provisoriamente os efeitos do ato impugnado.
71) A Lei do Mandado de Segurança estabelece que, ao despachar a petição inicial, o juiz
ordenará que se notifique a autoridade impetrada do conteúdo da petição, com a entrega
da segunda via apresentada pelo impetrante e a cópia dos documentos que a instruíram,
a fim de, no prazo de dez dias, prestar as informações que achar necessárias; essa
notificação a que se refere a lei é, na essência, uma intimação.
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72) A viúva não é parte legítima para ajuizar habeas data com o objetivo de conhecer
informações contidas em registro oficial sobre o seu marido falecido. Entretanto, nada
impede que, para alcançar tal objetivo, ela utilize outros instrumentos processuais, tais
como o mandado de segurança ou a ação ordinária com pedido de tutela antecipada.
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Falsa; o STF pacificou orientação de que não cabe ao Poder Judiciário estender
vantagens concedidas a certos servidores públicos a outros não contemplados pela lei,
ainda que exista real ofensa ao princípio da isonomia ou da igualdade; o fundamento é de
que não cabe ao Poder Judiciário legislar positivamente, estendendo vantagens a
servidores não contemplados pelo legislador.
Certa; em regra, não cabe mandado de segurança contra ato disciplinar; entretanto, se o
ato tiver sido praticado por autoridade incompetente ou com inobservância de formalidade
essencial será cabível o mandamus; enfim, não cabe mandado de segurança contra ato
disciplinar, salvo quando praticado por autoridade incompetente ou com inobservância de
formalidade essencial (ver item 128.24 do livro).
78) Suponha que um servidor público tenha sido demitido do seu cargo, depois de ter sido
acusado de fato que era ao mesmo tempo falta administrativa e crime comum. O servidor
entende que não lhe foi assegurado o direito da ampla defesa no processo administrativo.
Nessa situação, em tese, seria cabível a impetração do mandado de segurança pelo
referido servidor.
Certa; o mandado de segurança é ação que visa a proteger o indivíduo contra ameaça ou
violação a direito líquido e certo seu, desde que esse direito não seja amparado por outro
remédio constitucional; no caso, não se trata do objeto de habeas corpus (locomoção),
nem de habeas data (acesso e retificação de dados), nem de mandado de injunção (falta
de norma regulamentadora) e nem de ação popular (lesão ao patrimônio público, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural); por
outro lado, trata-se de inobservância de formalidade essencial na aplicação de uma
punição disciplinar (não foi assegurado ao servidor o direito à ampla defesa), o que,
conforme visto no item anterior, pode ser atacado por mandado de segurança.
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segurança, sendo o órgão encarregado de velar pela presunção de legitimidade dos atos
administrativos.
82) Se uma autoridade pública pratica ato não revestido da natureza de Poder Público,
não será ele passível de correção por meio do mandado de segurança.
Certa; na lição de Hely Lopes Meirelles, autoridade coatora é aquela competente para,
concretamente, ordenar a prática do ato; não é aquela que elabora a norma geral e
abstrata com base na qual o ato foi praticado, tampouco o servidor subalterno, sem poder
de autoridade, que, cumprindo ordens, simplesmente realiza o ato (ver item 128.14 do
meu livro).
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85) Em sede de mandado de segurança, no caso de ato coator praticado por órgão
colegiado, deve-se apontar como autoridade coatora todos aqueles membros do órgão
que participaram da deliberação, e que votaram favoravelmente à prática do ato.
Falsa; no caso de órgão colegiado (tribunais, conselhos etc.) deve ser apontada como
autoridade coatora o seu Presidente (ver item 128.17 do meu livro).
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até a prestação de informações. Daí por diante, assume o feito o representante judicial da
entidade a que pertence a autoridade coatora.
91) Em sede de mandado de segurança, a falta das informações no prazo legal de dez
dias deve ser considerada como confissão ficta dos fatos alegados pelo impetrante
(revelia).
Certa; trata-se de uma vedação à concessão de medida liminar imposta pelo legislador
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ordinário e aceita pelo STF como constitucional; o objetivo visado pelo legislador, nessa
hipótese, foi evitar a liberação de mercadorias importadas ilegalmente mediante a
concessão de medida liminar, pois, uma vez concedida a liminar, a mercadoria era
imediatamente comercializada no País e, depois, caso cassada a liminar, tornava-se
impossível recuperar tal mercadoria; importante destacar que essa medida pode ser
determinada em mandado de segurança, desde que em sentença (o que a lei veda é a
liberação em sede de medida liminar) (ver item 128.27 do meu livro).
Certa; trata-se de mais uma restrição à concessão de medida liminar imposta pelo
legislador ordinário e aceita pela jurisprudência do STF como constitucional; o objetivo,
nesse caso, foi evitar a determinação, em medida liminar, de reclassificação ou
equiparação de servidores públicos, ou a concessão a eles de aumento ou extensão de
vantagens, pois nessas medidas há imediata repercussão financeira, embolsando os
servidores os valores a título de diferenças remuneratórias; acontece que, depois, caso
cassada a liminar, ficava difícil a recuperação por parte do Poder Público dos valores já
pagos (e gastos pelos servidores!), pois a Lei 8.112/90 (regime jurídico dos servidores)
impede o desconto de valores de uma só vez na remuneração dos servidores; importante
destacar que essa medida pode ser determinada em mandado de segurança, desde que
em sentença (o que a lei veda é a liberação em sede de medida liminar). (ver item 128.28
do meu livro).
Certa; trata-se de mais uma limitação imposta pelo legislador ordinário à concessão de
liminar e aceita pela jurisprudência do STF; a razoabilidade para tal restrição é a mesma
do item anterior (dificuldade de recuperação dos valores pagos pelo Poder Público) (ver
item 128.29 do meu livro).
98) No mandado de segurança, se for concedida a liminar, poderá ela ser cassada pelo
Tribunal competente para o recurso, desde que solicitado pela entidade interessada.
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Certa; é exatamente esta a orientação do STF: para a suspensão da liminar, não basta a
ocorrência de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, sendo
necessário, ainda, que se verifique a plausibilidade da tese sustentada pelo requerente
(STF, SS 846/DF).
Certa; a medida liminar é concedida pelo juiz diante da presença atual dos requisitos do
perigo na demora (periculum in mora) e fumaça do bom direito (fumus boni iuris);
portanto, caso, num momento posterior, o juiz entenda que não estejam mais presentes
tais requisitos, poderá ele revogar a medida liminar antes concedida.
102) Por ser o mandado de segurança um remédio constitucional, que pode ser utilizado
para o controle de constitucionalidade das leis, a sentença concessiva da segurança,
quando prolatada pelo Supremo Tribunal Federal, retira a lei do ordenamento jurídico,
com a chamada eficácia erga omnes. As decisões dos demais Tribunais, porém, só terão
eficácia inter partes.
Falsa; mandado de segurança é ação típica do controle difuso ou incidental; nesse tipo
de controle, a decisão do Poder Judiciário, ainda quando prolatada pelo STF, só alcança
as partes do processo (eficácia inter partes); a lei continua no ordenamento jurídico,
plenamente aplicável àqueles que não participaram do processo do mandado de
segurança; declaração de inconstitucionalidade do Poder Judiciário que retira norma do
ordenamento jurídico é aquela proferida no âmbito do controle concentrado (em ADIn, por
exemplo).
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suspensivo.
Falsa; o entendimento do STF é de que o princípio do duplo grau de jurisdição não é uma
garantia CONSTITUCIONAL, significando dizer que podem existir processos, tanto
judiciais quanto administrativos, de instância única, em que o indivíduo não tenha direito a
recurso; isso não significa, obviamente, que a lei não possa conceder o duplo grau de
jurisdição para essa ou aquela ação; e foi isso que fez a lei do mandado de segurança,
concedendo às sentenças concessivas da segurança o duplo grau; essa garantia, porém,
é uma garantia LEGAL (assegurada pela lei) e não CONSTITUCIONAL (pois segundo o
STF a Constituição não obriga a concessão do duplo grau de jurisdição, nem ao indivíduo,
nem a ninguém!).
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Federação aprovou lei, que veio a ser sancionada pelo governador, criando o título de
BENFEITOR DO ESTADO, a ser outorgado por ato do chefe do Poder Executivo e que
conferiria ao respectivo portador certas vantagens e privilégios, como alíquotas tributárias
reduzidas e pontos adicionais em concursos públicos e licitações. Na situação descrita, a
despeito da aparente ofensa ao princípio da igualdade, este, na verdade, não foi ferido,
porquanto a Constituição Federal consagra a igualdade perante a lei, que é dirigida aos
aplicadores da lei, mas não a igualdade na lei, direcionada ao legislador.
Falsa; a lei pode fixar limite máximo de idade para ingresso no serviço público, desde que
haja razoabilidade para tal; por exemplo: num cargo de agente de polícia, pode ser
estabelecida idade máxima para o ingresso (dado o vigor físico que o cargo exige); já num
cargo de professor de universidade, seria flagrantemente inconstitucional o
estabelecimento de idade máxima, pela ausência de razoabilidade.
Falsa; segundo o STF, a expressão "casa" do texto constitucional (CF, art. 5º, XI) alcança
qualquer recinto privativo do particular, não aberto ao público; estão protegidos pela
inviolabilidade tanto a residência do indivíduo, como sua casa de praia, como o trailler em
que passa suas férias, a barraca de praia, o escritório do advogado, o consultório do
médico etc.
112) Se "A" é foragido da polícia e vem a ser encontrado por "B", agente da polícia
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federal, então "B" poderá adentrar na casa de "A", para efetuar a sua prisão, mesmo
durante a noite, desde que esteja munido de ordem do Juiz competente.
Falsa; a lei que regulamentou o habeas data exige para o ajuizamento dessa ação que o
indivíduo passe antes pela via administrativa (exaurimento da via administrativa); se João
quer ter acesso aos registros de sua pessoa constantes no banco de dados do SPC, João
não poderá ajuizar habeas data antes de ingressar com pedido administrativo perante o
SPC; somente após o indeferimento (ou não atendimento no prazo legal) poderá ajuizar o
habeas data; a jurisprudência do STJ e STF também é nesse sentido.
Certa; trata-se de texto expresso da Constituição Federal (art. 217, § 1º); nas
competições desportivas, antes do ajuizamento de ação perante o Poder Judiciário, a
questão deve passar pela Justiça Desportiva, que terá o prazo de sessenta dias para
apreciar a controvérsia; essa regra, por óbvio, não afronta o princípio da inafastabilidade
de jurisdição (CF, art. 5º, XXV), eis que prevista na própria Constituição; também, nada
mais razoável né, já imaginou o STF apreciando um recurso extraordinário discutindo se o
cartão vermelho dado pelo juiz de futebol ao Ronaldinho afronta o seu direito de ir e vir!
Hehehe!
Falsa; o princípio da inafastabilidade de jurisdição (CF, art. 5º, XXXV) afasta sim a
cobrança de taxas e emolumentos judiciais em valores desproporcionais, não razoáveis,
que limitem em demasia o acesso ao Poder Judiciário; mas a simples cobrança de taxas
e emolumentos não afronta tal princípio, tanto é que atualmente na maioria das ações
judiciais são cobradas tais taxas (constitucionalmente, só são gratuitas o habeas corpus,
o habeas data e ação popular, esta se não provada má-fé).
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Certa; para o STF não há garantia de duplo grau de jurisdição (necessidade de reexame
necessário) no texto da atual Constituição, seja nos processos administrativos, seja nos
processos judiciais; nada impede, portanto, sejam criados pelo legislador ordinário
processos nos quais só haja uma decisão numa instância, sem possibilidade de recurso;
o fundamento, segundo o STF, é que a própria Constituição estabelece processos de
julgamento em que não há duplo grau de jurisdição, em que não há nenhuma
possibilidade de recurso, como no caso do Impeachment do Presidente da República pelo
Senado Federal do julgamento desta autoridade pelo STF, nos crimes comuns.
Falsa; embora o art. 5º, § 1º, de fato, estabeleça que as normas definidoras de direitos e
garantias fundamentais têm aplicação imediata, existem direitos fundamentais que são
normas de eficácia limitada, que só terão plena aplicabilidade após a regulamentação;
veja os seguintes exemplos: art. 5º, XXXII, LXXVI; art. 7º, I, XI, XX etc.
120) Entre os direitos fundamentais, somente os de índole social podem ter por sujeito
passivo um particular.
Falso; mesmo direitos de índole individual podem ter como sujeito passivo um particular;
o habeas corpus, por exemplo, típico direito fundamental de natureza individual (de
primeira geração, ligado à liberdade do indivíduo) pode ter como sujeito passivo um
particular, que esteja violando ilegalmente o direito de locomoção de outrem.
121) Pessoas jurídicas de direito público podem invocar certos direitos fundamentais
previstos no capítulo da Constituição relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos.
Certa; pessoas jurídicas de direito público (União, Estados, DF, Municípios e suas
autarquias e fundações públicas) podem sim ser titulares de direitos fundamentais,
mesmo de natureza individual, como é o caso do direito à propriedade, à indenização por
danos, ao mandado de segurança etc.
122) Uma vez que o interesse público deve prevalecer sobre o interesse privado, no
conflito entre um direito individual e um interesse público, mesmo que ambos estejam
previstos constitucionalmente, o interesse particular deverá ceder ao público.
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Falsa; é absolutamente equivocada a idéia de que certo direito constitucional, seja ele de
que natureza for, prevaleça sempre diante de outro; todos os direitos constitucionalmente
previstos receberam a mesma proteção do legislador constituinte, a mesma força jurídica;
o que poderá ocorrer é que, diante de um caso concreto, um direito constitucional venha a
prevalecer sobre outro também constitucionalmente protegido; mas isso numa situação
concreta: amanhã ou depois, em outros casos concretos, este poderá prevalecer sobre
aquele e vice-versa; por exemplo, o Estado não pode, mesmo no regular exercício de sua
função de representante do interesse público violar os direitos individuais da privacidade,
da intimidade, da inviolabilidade das correspondências etc.
123) O Ministério Público Federal tem legitimidade, em inquérito penal ou inquérito civil
público, para requisitar diretamente ao Banco Central dados sigilosos sobre
movimentação bancária de pessoa sob a sua investigação.
Falsa; o Ministério Público (infelizmente, penso eu!) não tem competência para quebrar o
sigilo bancário; quem pode determinar a violação do sigilo bancário é o Poder Judiciário, a
CPI e as autoridades tributárias (estas, por força da Lei Complementar 105, de 2001); o
STF só admite o acesso direto do Ministério Público a dados bancários quando envolver
emprego de verba pública, pois nesse caso, segundo o tribunal, prevalece o princípio da
publicidade.
Falsa; segundo o STF, é lícita a gravação de conversa feita por um dos interlocutores
sem o consentimento do outro, desde que para ser utilizada como legítima defesa; A
conversa com B: B pode gravar a conversa, sem o conhecimento de A, para ser utilizada
por B em legítima defesa contra A (A pode estar ameaçando B, por exemplo).
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128) No sistema de separação de poderes vigente entre nós, não se admite caso de
edição, por órgão do Judiciário, de normas estabelecendo direitos e obrigações.
129) A proibição constitucional de penas de caráter perpétuo alcança não somente penas
criminais como também influencia o âmbito das penas administrativas.
Certa; a vedação a penas de caráter perpétuo não pode ser desrespeitada pelo Poder
Administrativo; há uma penalidade de caráter perpétuo na Lei 8.112/90 (regime dos
servidores civis), quando o servidor é demitido e nunca mais pode retornar ao serviço
público federal que contraria essa vedação constitucional (entretanto, tal norma está
vigente, pois ainda não foi declarada inconstitucional, com eficácia erga omnes, pelo
Poder Judiciário).
130) A falta de lei específica regulando o direito de greve dos servidores públicos não
impede o exercício de tal direito, que estará limitado, porém, pelas normas comuns de
direito do trabalho.
131) A garantia constitucional da isonomia não é fundamento bom para que um grupo de
servidores públicos, sob regime estatutário, obtenha, por meio de sentença judicial,
vantagem financeira atribuída por lei exclusivamente a outra categoria funcional, apesar
de estarem ambas em análoga situação de fato.
Certa; não cabe ao Poder Judiciário, seja com fundamento no princípio da isonomia, seja
com base em qualquer outro princípio, estender vantagens concedidas a um grupo de
pessoas a outros grupos, pois isso transformaria o Judiciário em legislador positivo, o que
o STF não admite.
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Certa; a separação dos poderes não é rígida na atual Constituição; o Executivo realiza
funções legislativas (edição de leis delegadas, medidas provisórias), bem assim o
Judiciário (quando elabora os regimentos dos Tribunais Judiciários).
133) Suponha que a Constituição assegure um direito a certos indivíduos, mas subordine
o exercício desse direito à regulação por lei federal. Imagine, ainda, que até hoje essa lei
não tenha sido editada. Diante dessas circunstâncias, se o interessado impetrar mandado
de injunção, poderá conseguir que o Judiciário edite a lei que falta ser promulgada, para,
então, usufruir do direito prometido pelo constituinte.
134) Suponha que a Constituição assegure um direito a certos indivíduos, mas subordine
o exercício desse direito à regulação por lei federal. Imagine, ainda, que até hoje essa lei
não tenha sido editada. Diante dessas circunstâncias, é certo afirmar que nenhuma das
ações previstas no rol dos direitos e garantias constitucionais pode ensejar que o
Judiciário se substitua ao Legislativo na edição da lei aguardada pelos interessados.
135) Informação sobre contribuinte, obtida por meio de escuta telefônica ilícita, não pode,
por si só, ensejar condenação criminal do mesmo contribuinte e nem instruir processo
administrativo para apuração de ilícito administrativo-tributário.
136) As sentenças em processos judiciais não podem ser tornadas públicas, a não ser
depois de transitadas em julgado, como exigência do princípio da presunção de inocência
e da proteção da privacidade de todos os litigantes.
Falsa; todos os julgamentos dos órgãos do Judiciário são públicos, sob pena de nulidade,
ressalvados os casos previstos em lei, em prol do interesse público (CF, art. 93, IX).
137) Em face do princípio da presunção de inocência, ninguém pode ser preso antes de
transitada em julgado sentença condenatória criminal, ressalvada a hipótese de prisão em
flagrante.
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veda, tão-somente, o lançamento do nome do réu no rol dos culpados antes do trânsito
em julgado da sentença penal condenatória.
Falsa; só o brasileiro nato jamais será extraditado; o brasileiro naturalizado poderá ser
extraditado no caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da
lei (CF, art. 5º, LI).
139) A proibição da prisão civil pelo constituinte não impede a prisão de quem deixa de
cumprir, de modo voluntário e inescusavelmente, obrigação alimentícia.
Certa; segundo o texto constitucional expresso (CF, art. 5º, LXVII), é possível a prisão
civil no caso do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de pensão
alimentícia e a do depositário infiel; segundo o STF, também é legítima a prisão civil do
devedor infiel nos seguintes casos: alienação fiduciária em garantia; penhor mercantil;
penhor rural; depositário de bem imóvel.
140) A violação da intimidade do indivíduo enseja pretensão à reparação tanto dos danos
materiais sofridos, como também dos danos morais suportados.
141) Por força do princípio da isonomia, toda norma que estabeleça tratamento jurídico
diferenciado entre brasileiros é inconstitucional.
142) As provas obtidas por meio contrário ao Direito somente podem ser utilizadas no
processo civil ou penal se a parte tiver dificuldade em encontrar outro meio de provar o
seu direito.
Falsa; as provas ilícitas não poderão ser utilizadas nos processos administrativo, civil ou
penal.
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Falsa; conforme dito antes, o princípio da presunção da inocência não impede as prisões
cautelares; obsta, somente, o lançamento do nome do réu no rol dos culpados antes do
trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
146) O art. 192 da Constituição dispõe que "as taxas de juros reais, nelas incluídas
comissões e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à
concessão de crédito, não poderão ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrança
acima deste limite será conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas
modalidades, nos termos que a lei determinar". Trata-se de norma que não vem sendo
aplicada, por ser evidentemente inconstitucional, já que não se concilia com o princípio
constitucional da livre iniciativa.
Falsa; tal norma não vem sendo aplicada porque, segundo o STF, cuida-se de norma de
eficácia limitada, portanto, dependente de regulamentação para o seu exercício.
147) O art. 192 da Constituição dispõe que "as taxas de juros reais, nelas incluídas
comissões e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à
concessão de crédito, não poderão ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrança
acima deste limite será conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas
modalidades, nos termos que a lei determinar". Trata-se de norma que depende de
edição de lei que a regulamente, para produzir todos os seus efeitos.
Certa; essa a interpretação do STF para tal norma, que se trata de norma de eficácia
limitada, não auto-aplicável, dependente de regulamentação posterior.
148) Por força do princípio da legalidade, o particular pode fazer tudo o que a lei não
proíbe, enquanto os poderes públicos somente podem fazer o que a lei autoriza.
Certo; o princípio da igualdade tem alcance distinto nas relações privadas, onde é
legítimo ao particular fazer tudo o que a lei não veda; no meio público, ao contrário, só se
pode fazer o que a lei autoriza, já que a competência do agente público decorre, sempre,
da lei.
149) Por força do princípio da legalidade, uma profissão somente pode ser
desempenhada depois de regulada por lei.
Falsa; a regra que garante o livre exercício de profissão (CF, art. 5º, XIII) é uma norma de
eficácia contida, imediatamente aplicável; qualquer profissão pode ser exercida,
independentemente de regulamentação; após regulamentada, somente aqueles que
cumprirem com as qualificações estabelecidas na lei poderão exercer a profissão.
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150) Por força do princípio da legalidade, não é possível que a lei estabeleça
diferenciações entre pessoas, em razão do seu sexo.
Falsa; não há vedação para que a lei estabeleça tratamento diferenciado para pessoas
de sexo diferente; o que o princípio da igualdade (e não da legalidade, como diz a
questão) veda é o estabelecimento de tratamento discriminatório, sem razoabilidade;
havendo justificação pública, razoável, pode haver tratamento diferenciado para homens e
mulheres, sem ofensa à Constituição (um concurso público só para mulheres, por
exemplo, para o cargo de agente penitenciário numa prisão de mulheres).
151) De acordo com o princípio da legalidade, a lei pode retroagir para fixar penas mais
rigorosas, em casos de crimes hediondos.
Errada; a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (princípios da legalidade e
da irretroatividade da lei penal).
152) Sendo os servidores públicos também destinatários dos direitos sociais, a eles
também devem ser estendidos os direitos decorrentes de convenções e acordos coletivos
do trabalho da categoria a que pertencem.
154) Todo trabalhador faz jus a repouso aos domingos, mas esse repouso não é
remunerado.
Falsa; o trabalhador não faz jus ao repouso ao domingo, pois reza a Constituição que
esse repouso será, PREFERENCIALMENTE, aos domingos; por outro lado, o descanso
semanal será remunerado (CF, art. 7º, XV).
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158) A lei pode estabelecer diferenças de direitos entre brasileiros natos e brasileiros
naturalizados, sempre que isso seja comprovadamente relevante para a segurança
nacional.
159) A Constituição não veda que um brasileiro nato seja também nacional de outro país
estrangeiro.
Certa; a Constituição estabelece duas situações em que o brasileiro poderá ter dupla
nacionalidade (art. 12, § 4º, II).
Falsa; a Constituição não trata dos direitos dos cidadãos do MERCOSUL, até porque este
não existia à época da sua promulgação; a Constituição cuida de direitos dos
portugueses, dada a existência dos nossos laços históricos com aqueles.
Falsa; os nascidos no Brasil de pais estrangeiros que estejam a serviço de seu país não
são considerados brasileiros natos (CF, art. 12, § 1º, a).
Falsa; qualquer direito de propriedade pode ser objeto de restrição pelo legislador
ordinário, desde que haja razoabilidade para a imposição da restrição; o direito de
propriedade, diga-se de passagem, provavelmente seja um dos direitos fundamentais que
mais sofrem restrições pela lei (proibição de construir acima de tal altura, proibição de
construir imóvel comercial em tal área, limitações estas muito comuns nos planos
diretores das municipalidades).
163) Nos termos da Constituição, o habeas data destina-se exclusivamente à defesa dos
direitos de eventual atingido em face de entidades estatais.
Falsa; o habeas data pode ser ajuizado tanto contra entidades estatais como contra
entidades privadas, desde que o banco de dados seja de caráter público.
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Falsa; segundo o STF, não há direito adquirido em face de regime jurídico; o regime
jurídico dos servidores, por exemplo, pode ser alterado unilateralmente pela
Administração, a qualquer tempo, sem se falar em ofensa a direito adquirido.
Falsa; segundo o STF, a proteção do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa
julgada alcança todas as leis no Brasil, sejam de ordem pública, sejam de ordem privada.
166) O Ministério Público pode propor ação civil pública em que, em tese, pede a
declaração de inconstitucionalidade de uma lei.
Falsa; segundo o STF, a ação civil pública não pode ser utilizada para o controle de
constitucionalidade em tese, pois isso equivaleria a substituir a ADIN; a ação civil pública
só pode ser utilizada em caso concreto, no controle difuso ou incidental.
167) O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública para impugnar a
instituição arbitrária de imposto.
Falsa; segundo o STF, a ação civil pública não pode ser utilizada pelo Ministério Público
para a discussão de matéria tributária.
Falsa; os membros do Ministério Público, graças a Deus, não estão sujeitos a nenhuma
hierarquia funcional, não são subordinados a ninguém; a hierarquia existente entre um
procurador da república e o procurador-geral da república não é do tipo funcional, mas
sim meramente hierárquica.
170) Imagine que uma certa constituição disponha que o exercício das funções do Poder
Executivo é dividido entre um Chefe de Estado e um Chefe de Governo. Este último é
escolhido entre os integrantes do Poder Legislativo e depende da vontade da maioria do
parlamento para se manter no cargo. De seu turno, em certas circunstâncias, o Executivo
pode dissolver o Legislativo, convocando novas eleições. A partir dessas considerações,
é certo dizer a constituição aludida assumiu característica própria de regime
parlamentarista, em que a separação entre os poderes do Estado não costuma ter a
mesma rigidez do regime presidencialista.
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Falsa; ninguém é obrigado a filiar-se ou a permanecer filiado a sindicato (CF, art. 8º, V).
172) Para o exercício da liberdade de reunião pacífica e sem armas, e em local aberto ao
público, não é necessário pedir permissão ao poder público.
Certa; não se exige autorização, mas sim comunicação prévia à autoridade competente
(CF, art. 5º, XVI).
173) Todo brasileiro está legitimado a propor ação popular, para a defesa do patrimônio
público, contra atos lesivos de autoridades e servidores públicos.
Falsa; só o cidadão pode ajuizar ação popular; cidadão é o indivíduo alistado, no gozo
dos direitos políticos; logo, não podem ajuizar ação popular: pessoa jurídica, estrangeiros,
os inalistáveis, os inalistados etc.
Falsa; não há orientação do STF nesse sentido; na vigência desta Constituição o STF
ainda não apreciou essa questão de frente; na vigência da Constituição antiga, a
jurisprudência era pacífica no sentido de que EC pode violar direitos adquiridos.
175) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a lei penal mais benéfica,
para os fins estabelecidos na Constituição, há de ser considerada tão-somente a lei que
define ou suprime crime e estabelece ou reduz pena.
Falsa; lei penal benigna é toda aquela, de conteúdo material (não processual), que traga
algum benefício para o réu (supressão de agravante, acréscimo de atenuante, regime de
execução da pena etc.).
176) Segundo o princípio do juiz natural, não se pode despojar alguém da sua liberdade
ou da sua propriedade sem que se lhe assegure o direito ao contraditório.
Falsa; esse enunciado tem a ver com os princípios do contraditório e da ampla defesa
(CF, art. 5º, LV) e do devido processo legal (CF, art. 5ºm LIV); o princípio do juiz natural
determina que ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente, obstando a existência de juiz ou tribunal de exceção (CF, art. 5º, XXXVII c/c
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LIII).
Falsa; a contribuição sindical, fixada pela assembléia geral, com base no art. 8º, IV, da
CF, não tem natureza tributária, não é compulsória, só podendo ser exigida dos filiados ao
sindicato; tributo só pode ser fixado por lei, seria um absurdo uma assembléia de
trabalhadores ter competência para instituir tributo.
178) Nos casos autorizados pela Constituição, pode o legislador ordinário alterar
completamente a conformação de determinados direitos fundamentais.
Falsa; os direitos fundamentais podem ser objeto de restrição pelo legislador ordinário,
mas esse poder de limitação sofre limites, não pode atingir o chamado "núcleo essencial"
do direito, sob pena de flagrante inconstitucionalidade, por ofensa ao princípio da
razoabilidade; essa limitação imposta ao legislador ordinário recebe o nome de teoria dos
limites dos limites.
Falsa; não há hierarquia entre quaisquer normas constitucionais, muito menos entre
direitos fundamentais; diante de eventual conflito, no caso concreto, deverá o aplicador do
direito ponderar os valores, com vistas à harmonização dos dispositivos conflitantes
(princípio da unidade da Constituição).
182) Na vigência da Constituição de 1988, toda lei que fixe limite de idade para o ingresso
em carreira do serviço público é inconstitucional.
Falsa; já falei muito sobre isso anteriormente: o princípio da igualdade não obsta
tratamento discriminatório, desde que haja razoabilidade para o discrímen.
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Falsa; dissolução de associação só por decisão judicial transitada em julgado (CF, art. 5º,
XIX).
184) Pessoas jurídicas, inclusive de direito público, podem ser titulares de direitos
fundamentais.
Certa; o poder executivo edita medidas provisórias e leis delegadas; o poder judiciário
edita os regimentos dos respectivos tribunais.
186) Suponha que a Constituição assegure um direito a certos indivíduos, mas subordine
o exercício desse direito à regulação por lei federal. Imagine, ainda, que até hoje essa lei
não tenha sido editada. Diante dessas circunstâncias, se o interessado impetrar mandado
de injunção, poderá conseguir que o Judiciário edite a lei que falta ser promulgada, para,
então, usufruir do direito prometido pelo constituinte.
Falsa; o poder judiciário, no mandado de injunção, não tem competência para substituir o
legislador, editando a norma faltante; isso implicaria legislar positivamente, o que não se
admite ao poder judiciário na sua função jurisdicional, de dizer o Direito.
187) Suponha que a Constituição assegure um direito a certos indivíduos, mas subordine
o exercício desse direito à regulação por lei federal. Imagine, ainda, que até hoje essa lei
não tenha sido editada. Diante dessas circunstâncias, é certo afirmar que nenhuma das
ações previstas no rol dos direitos e garantias constitucionais pode ensejar que o
Judiciário se substitua ao Legislativo na edição da lei aguardada pelos interessados.
Certa; nem no mandado de injunção, nem na ADIN por omissão o poder judiciário
substituirá o legislador, editando a norma faltante.
188) Informação sobre contribuinte, obtida por meio de escuta telefônica ilícita, não pode,
por si só, ensejar condenação criminal do mesmo contribuinte e nem instruir processo
administrativo para apuração de ilícito administrativo-tributário.
189) As sentenças em processos judiciais não podem ser tornadas públicas, a não ser
depois de transitadas em julgado, como exigência do princípio da presunção de inocência
e da proteção da privacidade de todos os litigantes.
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190) Em face do princípio da presunção de inocência, ninguém pode ser preso antes de
transitada em julgado sentença condenatória criminal, ressalvada a hipótese de prisão em
flagrante.
191) As normas que prevêem direitos fundamentais de abstenção do Estado são, em sua
maioria, normas não auto-aplicáveis, dependendo de desenvolvimento legislativo para
produzirem todos os seus efeitos.
Falsa; normas programáticas são normas não auto-aplicáveis, que estabelecem apenas
programas, diretrizes de atuação futura para os órgãos estatais.
Falsa; não existe norma no texto constitucional sem eficácia; mesmo as normas
programáticas dispõem de eficácia com a simples publicação da Constituição; essa
eficácia é conhecida como "eficácia negativa" e resulta no seguinte: (1) as normas
programáticas, com a simples entrada em vigor da Constituição, revogam todas as
normas em sentido contrário; (2) as normas programáticas, com a simples entrada em
vigor da Constituição, impedem produção legislativa em sentido contrário, ou seja, não
poderá o legislativo editar norma superveniente em sentido contrário.
Falsa; segundo texto expresso da Constituição, a soberania popular será exercida pelo
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e pelo
plebiscito, referendo e iniciativa popular (CF, art. 14).
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Falsa; a nossa federação é indissolúvel, reza o art. 1º da CF; não foi reconhecido aos
entes federados o direito de secessão.
198) O princípio da defesa da paz, que rege as relações internacionais do Brasil, torna
inconstitucional a participação oficial do país em missões de natureza militar promovidas
pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Falsa; o Brasil tem participação ativa em missões organizadas pela ONU, sem isso que
isso implique ofensa ao princípio da defesa da paz.
199) A Constituição dispõe que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito". Esse enunciado consagra o princípio do devido processo legal.
Falsa; CPI não pode determinar a prisão de investigado, salvo na condição de flagrância
(possibilidade esta que, no enunciado, está afastada, pois diz-se que o crime foi praticado
no passado).
201) O preso não está obrigado a responder perguntas feitas pela autoridade policial e
pela autoridade judiciária.
Certa; é direito constitucional do preso permanecer calado, bem assim de ser advertido
pela autoridade policial sobre esse direito; assim decidiu o STF: se não advertido do seu
direito de permanecer calado, eventual depoimento será nulo de pleno direito (CF, art. 5º,
LXIII).
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202) Ninguém pode ser preso até ser considerado culpado em sentença transitada em
julgado.
203) A Constituição Federal não tolera nenhum tratamento legislativo diferenciado entre
homem e mulher, a não ser os que prevê taxativamente no seu texto.
204) Os direitos fundamentais, na ordem constitucional brasileira, não podem ter por
sujeitos passivos pessoas físicas.
Falsa; embora a regra, numa relação de direito fundamental, seja o particular figurar no
pólo ativo e o Estado no pólo passivo, não há impedimento para que o particular figure no
pólo passivo; um habeas corpus ajuizado contra ato arbitrário de um agente privado,
relacionado com o direito de locomoção, seria o caso típico.
205) O duplo grau de jurisdição constitui direito fundamental dos indivíduos, decorrente do
direito de acesso ao Judiciário.
Falsa; segundo o STF, o princípio do duplo grau de jurisdição não é uma garantia
constitucional na vigente Constituição.
Falsa; a Constituição admite a pena de morte no caso de guerra declarada (CF, art. 5º,
XLVII).
207) O princípio constitucional da soberania dos veredictos do júri impede que juízes
togados julguem pedido de revisão criminal de condenação proferida em tribunal do júri.
Falsa; segundo o STF, o princípio da soberania dos veredictos não torna as decisões do
tribunal do júri irrecorríveis; são plenamente recorríveis, por exemplo, as decisões
proferidas pelo tribunal do júri que contrariam evidentes provas dos autos.
208) Não constitui prova ilícita a gravação de conversa telefônica, como meio de legítima
defesa, feita por um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro.
Certa; segundo o STF, pode um dos interlocutores da conversa gravar o seu conteúdo,
sem o conhecimento do outro; da mesma forma, também é lícita a gravação realizada por
terceiro, com o consentimento de um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro,
desde que para a prova obtida ser utilizada em legítima defesa.
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Falsa; a simples presença de provas ilícitas nos autos não invalida o processo; haverá,
apenas, o desentranhamento de provas, separando aquelas que são lícitas daquelas que
são ilícitas; retiradas as provas ilícitas, o processo poderá continuar normalmente com as
demais provas autônomas, que não tenham relação com as provas ilícitas.
Falsa; o STF entende que essa situação não afronta ao princípio da presunção da
inocência; se João responde ao processo "A" e, ao mesmo tempo responde aos
processos "B" e "C", esta circunstância pode ser levada em consideração pelo juiz do
processo "A", para aumento da pena-base a ser aplicada a João, mesmo que nos
processos "B" e "C" não tenha havido trânsito em julgado.
Falsa; embora a regra seja a aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais, o STF já
reconheceu a existência de normas consagradoras de direito fundamentais serem de
eficácia limitada, dependente de regulamentação.
213) Entre os direitos fundamentais, somente os de índole social podem ter por sujeito
passivo um particular.
Falsa; mesmo direitos fundamentais de índole individual podem ter por sujeito passivo um
particular, como o mandado de segurança, que pode se voltar contra ato de particular,
desde que no exercício de atribuição do poder público.
214) Pessoas jurídicas de direito público podem invocar certos direitos fundamentais
previstos no capítulo da Constituição relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos.
Certa; pessoas jurídicas de direito público, como os entes estatais e suas autarquias,
podem invocar direitos individuais e coletivos, como o direito à propriedade, ao uso dos
remédios constitucionais etc.
215) Uma vez que o interesse público deve prevalecer sobre o interesse privado, no
conflito entre um direito individual e um interesse público, mesmo que ambos estejam
previstos constitucionalmente, o interesse particular deverá sempre ceder ao público.
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216) O Ministério Público Federal tem legitimidade, em inquérito penal ou inquérito civil
público, para requisitar diretamente ao Banco Central dados sigilosos sobre
movimentação bancária de pessoa sob a sua investigação.
Falsa; o Ministério Público (inexplicavelmente, na minha opinião!) não tem poderes para
afastar, por ato próprio, o sigilo bancário de investigados; possuem esse poder os
magistrados, os membros de CPI e o fisco.
221) No sistema de separação de poderes vigente entre nós, não se admite caso de
edição, por órgão do Judiciário, de normas estabelecendo direitos e obrigações.
Falsa; o Poder Judiciário também desempenha função legislativa atípica, quando elabora
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222) A proibição constitucional de penas de caráter perpétuo alcança não somente penas
criminais como também influencia o âmbito das penas administrativas.
Certa; não se admite penas de caráter perpétuo não só no âmbito penal, como também
no meio administrativo.
223) A garantia constitucional da isonomia não é fundamento bom para que um grupo de
servidores públicos, sob regime estatutário, obtenha, por meio de sentença judicial,
vantagem financeira atribuída por lei exclusivamente a outra categoria funcional, apesar
de estarem ambas em análoga situação de fato.
Certa; o poder judiciário não estenderá vantagem concedida à categoria "A" à categoria
"B", pois essa atuação equivaleria a legislar positivo, o que não se permite ao judiciário
entre nós, no exercício de sua função jurisdicional
224) Além da aplicação da lei mais benéfica, em se tratando de leis penais no tempo,
afigura-se razoável, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que se
proceda à combinação interpretativa de disposições da lei velha e da lei nova com o
objetivo de assegurar a aplicação da lex mitior.
Falsa; o STF não admite a combinação de leis penais conflitantes no tempo para o fim de
aplicação da norma mais favorável ao réu; havendo conflito entre duas leis penais, o
magistrado terá que aplicar, integralmente, uma ou outra lei, não podendo combinar os
dispositivos de ambas, no intuito de beneficiar o réu.
227) Considere a seguinte situação hipotética: Cláudia é namorada de Luís e recebe uma
carta endereçada a ele. Por ser muito curiosa, Cláudia não resiste e abra a carta. Na
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Falsa; para que essa modificação fosse perpetrada seria necessária a aprovação de
emenda à Constituição, alterando o art. 228 da CF (embora haja muita discussão
doutrinária se tal medida é constitucional, ou se ofenderia cláusula pétrea); as emendas à
Constituição, porém, não se submetem à sanção do Presidente da República.
230) Considere a seguinte situação hipotética: um cidadão ajuizou ação popular, visando
a anulação de ato lesivo à moralidade administrativa, praticado pelo diretor-presidente da
CEB, consistente em desrespeito a um dos princípios da administração pública, mas que
não causou dano patrimonial. Nesse caso, o advogado do réu deveria, em preliminar,
suscitar a impossibilidade jurídica do pedido, porquanto a ação popular só se presta à
proteção dos patrimônios público, histórico e cultural.
Falsa; a ação popular não tem por objeto somente dano patrimonial, mas sim lesão à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (CF, art.
5º, LXXIII).
231) Considere a seguinte situação hipotética: Venceslau era fugitivo da justiça, pois
tivera expedido contra si mandado de prisão por juiz competente. Com base em
informação de cidadãos, a polícia judiciária organizou operação para prendê-lo e, para
tanto, passou a segui-lo. Ao perceber que estava sendo acompanhado a distância, o
criminoso homiziou-se na casa onde se escondia, nela penetrando por volta de vinte e
duas horas. Nessa situação, a autoridade policial, por estar no estrito cumprimento de
ordem judicial legal, podia e devia imediatamente ingressar na casa e efetuar a prisão do
fugido, a qual devia ser comunicada em até vinte e quatro horas à autoridade judicial e ao
Ministério Público.
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de futuros, opções e derivativos e foi presa por sonegação de tributos federais. Sua prisão
atraiu grande atenção da imprensa em geral, que acorreu à repartição do Departamento
de Polícia Federal (DPF) onde ela foi custodiada, com o objetivo de documentar-lhe o
interrogatório, que seria realizado pelo delegado de polícia federal Joaquim. Embora
Andréa expressasse ao delegado sua discordância com a fotografia e a filmagem de sua
pessoa, Joaquim ignorou a opinião da presa e, ao argumento de que o processo-crime de
que decorrera a prisão tinha caráter público e também em face do direito à liberdade de
informação do público, introduziu os jornalistas no recinto onde ocorreria o ato. Os
jornalistas produziram então fartas imagens de Andréa, as quais foram divulgadas
nacionalmente. Na situação descrita, Joaquim não feriu a Constituição.
Errada; foi violado o direito à imagem da pessoa (CF, art. 5º, X).
Falsa; o habeas data é remédio constitucional que não exige seja o autor advogado.
Falsa; todos podem reunir-se pacificamente, mas sem armas (CF, art. 5º, XVI).
Certa; o magistrado deveria ter assegurado a Trintão o direito ao devido processo legal
(CF, art. 5º, LIV); é nula de pleno direito a condenação criminal fundada em provas
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Falsa; instruções normativas da Secretaria da Receita Federal não podem definir crimes;
crimes, no direito brasileiro, só podem ser definidos por meio de lei.
239) Dispõe o art. 5º da Constituição da República que "Todos são iguais perante a Lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade (...)". Embora esse dispositivo faça referência apenas aos
estrangeiros residentes no país, uma adequada interpretação do texto constitucional leva
à conclusão de que não é possível deixar de estender esses direitos também aos
estrangeiros que estiverem em território brasileiro, embora não tenham fixado residência
no Brasil.
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fruição dos direitos fundamentais aos brasileiros e a todos os estrangeiros que estejam
sob as leis brasileiras, em território brasileiro, ainda que temporariamente, sem residência.
240) Todos os cidadãos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização ou de aviso prévio à autoridade competente,
desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.
Falsa; embora não seja necessária autorização, é necessário o aviso prévio à autoridade
competente (CF, art. 5º, XVI).
242) Tício está, há anos, endividado e observou que os juros que paga anualmente às
instituições financeiras, suas credoras, superam, em muito, 12%. Tício sabe que o art.
192, § 3º, da Constituição, dispõe:
"As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações
direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a
doze por cento ao ano; a cobrança acima deste limite será conceituada com crime de
usura, punido, em todas as suas modalidades, nos termos que alei determinar."
Tício sabe, também, que o STF já decidiu que essa norma depende de desenvolvimento
legislativo para produzir efeitos úteis e que o Congresso Nacional, até o momento, ainda
não editou tal lei. Inconformado, Tício quer ajuizar, ele mesmo, alguma ação apropriada
para atacar a inércia do legislador, que está tornando inviável o exercício do direito,
previsto constitucionalmente, relativo ao limite dos juros. A ação em princípio cabível para
essa finalidade é o mandado de injunção.
Certa; mandado de injunção seria a ação proposta pelo titular de um direito constitucional
cujo exercício esteja obstado por falta de norma regulamentadora (CF, art. 5º, LXXI).
Falsa; não existe autorização expressa para que a intimidade e a vida privada do
indivíduo venha a ser afastada livremente pela lei (CF, art. 5º, X).
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Falsa; o direito de reunião independe de autorização, sendo devido apenas o aviso prévio
à autoridade competente (CF, art. 5º, XVI).
248) Uma lei que criasse um contencioso administrativo poderia estabelecer uma
obrigação, para o indivíduo que litigasse contra a administração, de renúncia de
apreciação judicial da controvérsia.
249) Eventual Constituição que sucedesse a Constituição de 1988 não poderia prejudicar
direito adquirido na vigência desta última.
Falsa; segundo o STF, não há que se falar em direito adquirido em face de nova
Constituição.
250) Sendo certo que ao direito de petição em defesa de direito corresponde um dever de
resposta por parte do Estado, é legítimo que seja cobrada uma taxa para a prestação
deste serviço.
251) O direito de utilização, publicação ou reprodução das obras pode ser transmitido pelo
autor a seus herdeiros, pelo tempo que este último fixar.
Certa; uma das características do tribunal de júri é, de fato, a competência para julgar os
crimes dolosos contra a vida (CF, art. 5º, XXXVIII).
253) São absolutamente proibidas pela Constituição, sem ressalvas, as penas de morte,
as perpétuas, as de trabalhos forçado de banimento e as cruéis.
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Falsa; permite-se a pena de morte no caso de guerra declarada (CF, art. 5º, XLVII).
254) As normas constitucionais que proclamam direitos sociais são normas programáticas
e, como tais, não têm eficácia jurídica, representando apenas programas políticos de ação
para os poderes constituídos.
Falsa; primeiro que nem toda norma que consagra direito social é norma programática;
temos diversas normas no art. 7º da CF que são de aplicabilidade imediata; ademais,
ainda que fossem, não é correto afirmar-se que uma norma programática não dispõe de
eficácia jurídica; todas as normas constitucionais são dotadas de eficácia jurídica,
inclusive as programáticas (uma norma programática, por exemplo, com a simples
promulgação da Constituição, opera a revogação de todas as normas anteriores em
sentido contrário).
255) Todo brasileiro é parte legítima para propor ação popular contra ato de administrador
público lesivo ao patrimônio público.
Falsa; a ação popular é ação de legitimação restrita: só o cidadão pode propor ação
popular; cidadão, como se sabe, é o brasileiro no gozo dos direitos políticos, alistado;
logo, nem todo brasileiro é cidadão: os inalistáveis e os inalistados não podem propor
ação popular.
256) A presunção de inocência significa que o réu não pode ser considerado culpado até
transitar em julgado a sentença penal condenatória.
257) A pena de multa não foi acolhida pelo sistema da Constituição de 1988.
258) As provas obtidas por meio ilícito são admissíveis, desde que o juiz condutor do
processo, ao apreciá-las livremente, opte por aceitá-las.
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261) O atual sistema constitucional só permite que alguém seja preso mediante ordem
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
Falsa; a pessoa poderá ser presa, independente de ordem judicial, em flagrante delito e,
também, nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.
262) Salvo em caso de guerra declarada, não pode haver tribunal de exceção.
Certa; o Estado indenizará o condenado por erro judiciário (CF, art. 5º, LXXV).
265) Os trabalhadores rurais e urbanos dispõem do prazo prescricional de cinco anos, até
o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho, para propor ação quanto
aos créditos das relações de trabalho.
Certa; reprodução expressa do texto constitucional (CF, art. 7º, XXXIX); na constância do
contrato de trabalho, o trabalhador poderá reclamar os últimos cinco anos de contrato;
extinto o contrato de trabalho, terá ele mais dois anos para ingressar com a reclamação
trabalhista; findo o período de dois anos, prescreve o seu direito.
266) A Constituição da República estabelece que todo preso tem direito à identificação
dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial. Essa disposição pode
ser classificada como norma programática, espécie que se caracteriza por não atribuir aos
cidadãos o direito de exigir a sua efetivação imediata, o que é típico das constituições-
garantia.
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Certa; não foi adotada entre nós uma rígida separação de poderes; há, tão-somente, uma
distribuição de funções predominantes a cada poder; em verdade, os três poderes da
República desempenham funções típicas e atípicas, de modo não exclusivo (todos
desempenham funções administrativas, legislativas e jurisdicionais).
Falsa; por força do art. 18 da Constituição, todos os nossos entes federativos são,
apenas, autônomos; todos eles retiram sua autonomia da Constituição, e não podem
extravasar as competências que lhes foi traçada pelo legislador constituinte, sob pena de
incorrer em inconstitucionalidade, por invasão de competência.
Falsa; o DF não foi equiparado ao Estado pela vigente CF; ele não tem competência para
organizar e manter o poder judiciário, o ministério público, a defensoria pública, a polícia
civil, o corpo de bombeiros e a polícia militar no seu território, competências estas
exercidas pela União (CF, art. 21, XIII e XIV c/c art. 22, XVII).
Certa; a forma federativa de Estado é cláusula pétrea expressa (CF, art. 60, § 4º, I).
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Certa; conforme dito no item precedente, a iniciativa privativa de lei fixada na CF para o
presidente da República vincula os Estados, o DF e os Municípios.
Falsa; os Estados não podem estabelecer sistema eleitoral distinto daqueles fixados na
CF (majoritário e proporcional).
15) A Constituição não veda, expressamente, o direito de secessão dos entes federados.
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Falsa; a CF veda, expressamente, logo no seu art. 1º, o direito de secessão dos nossos
entes federados, ao afirmar que a República Federativa do Brasil é indissolúvel,
inseparável; não se pode desgarrar, para a formação de um novo Estado.
Falsa; conforme comentado antes, o DF não foi equiparado pela vigente Constituição aos
Estados-membros, sendo-lhe vedado organizar e manter, no seu território, o ministério
público, a defensoria pública, o poder judiciário, a polícia civil e militar e o corpo de
bombeiros, competências estas que foram outorgadas à União (CF, art. 21, XIII e XIV).
Falsa; constitui tarefa da União, por força do art. 21, XIII, da CF.
20) O Distrito Federal constitui uma autêntica unidade federada, dispondo de amplo poder
de auto-organização em relação à sua estrutura administrativa e à organização dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
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23) Na Federação Brasileira, a forma de Estado só poderá ser alterada mediante emenda
à Constituição Federal.
Falsa; a forma federativa de Estado é cláusula pétrea, insuscetível de ser abolida pelo
poder de reforma (CF, art. 60, § 4º, I).
Falsa; todos os entes federativos são, tão-somente, autônomos, nos termos expressos do
art. 18 da CF.
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33) Lei orgânica do Distrito Federal deverá dispor sobre a organização e competência do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Falsa; o DF não tem competência para legislar sobre o poder judiciário local, atribuição
esta outorgada pela CF à União (CF, art. 22, XVII).
Certa; não temos como falar em autonomia dos entes federativos se não houver uma
repartição de competências entre eles; autonomia nos termos da Constituição (CF, art.
18) significa exatamente isso: autonomia de acordo com as competências que lhes foram
outorgadas pela Constituição, de acordo com a partilha de competências estabelecida
pelo poder constituinte originário.
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Falsa; a subdivisão de Estados é aprovada por lei complementar federal, aprovada pelo
Congresso Nacional (CF, art. 18, § 3º).
36) Cabe aos Municípios instituir tribunais de contas municipais; enquanto não o fizerem,
o controle externo pelo Poder Legislativo municipal será realizado com o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado.
37) Incumbe ao Estado-membro editar a lei orgânica dos Municípios, diploma em que
serão fixadas as principais competências do Poder Legislativo municipal.
Falsa; os municípios elaboram suas próprias leis orgânicas, nos termos do art. 29 da CF.
Falsa; o controle externo será exercido pela Câmara Municipal, com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de
Contas dos Municípios, onde houver (CF, art. 30, § 1º).
40) Compete exclusivamente à legislação estadual dispor sobre matéria relacionada com
a criação, fusão e desmembramento de Municípios.
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Falsa; segundo o STF esta previsão afrontaria o princípio da separação dos Poderes;
como a CF estabelece que os ministros de Estado são de livre nomeação de exoneração
pelo Presidente da República, esta regra deve ser seguida pelos Estados-membros, em
relação aos Secretários de Estado.
46) A Constituição do Estado pode fixar em quatro quintos dos membros da Assembléia
Legislativa o quorum para aprovação de emendas constitucionais.
Falsa; segundo o STF, deve ser observada exatamente a mesma deliberação fixada para
reforma da CF, isto é, três quintos; não pode ser nem mais, nem menos.
47) A Constituição do Estado pode criar para os servidores públicos estaduais a licença
especial por assiduidade, garantida a possibilidade de sua conversão em dinheiro.
Falsa; a Constituição do Estado não pode cuidar de regime jurídico dos servidores
estaduais, pois esta matéria é de iniciativa privativa do Governador do Estado, por força
do art. 61, § 1º, da CF (que se dirige ao Presidente da República, mas é de observância
obrigatória pelos Estados-membros); concessão de vantagens aos servidores estaduais,
portanto, só mediante lei, de iniciativa privativa do Chefe do Executivo (Governador).
48) A Constituição do Estado pode estabelecer que o Governador do Estado não poderá
ser preso por fato estranho ao exercício do mandato, enquanto estiver no cargo.
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51) Certa; são essas, de fato, as duas características principais do sistema de governo
parlamentarista: dualidade na chefia do Executivo, com o Presidente da República (ou
monarca) exercendo a Chefia de Estado e o Primeiro Ministro desempenhando a Chefia
de Governo; a permanência do Primeiro Ministro depende da maioria parlamentar.
55) Falsa; essa matéria, segundo o STF, deve seguir o estabelecido na Constituição
Federal, que não prevê tal hipótese em relação aos magistrados.
57) Certa; conforme vimos antes, a Constituição Estadual não pode cuidar de regime
jurídico dos servidores estaduais, pois esta matéria é de iniciativa privativa do Governador
de Estado, por força do art. 61, § 1º, da CF; vantagens aos servidores públicos estaduais
só podem ser concedidas mediante lei, de iniciativa privativa do Governador; o mesmo
raciocínio, diga-se de passagem, serve para os Municípios, que não poderão cuidar de
regime jurídico de seus servidores na Lei Orgânica (somente em lei municipal de iniciativa
privativa do Prefeito).
58) Falsa; o Poder Executivo edita atos normativos primários, integrantes do nosso
processo legislativo: Lei Delegada e Medida Provisória (CF, art. 59).
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61) Certa; essas são competências constitucionalmente outorgadas à União (art. 21, XIII
e XIV c/c art. 22, XVII).
62) Certa; trata-se de ofensa aos chamados princípios sensíveis, previstos no art. 34, VII,
da CF, que legitima a intervenção federal nos Estados ou no DF; a intervenção, contudo,
fica condicionada ao julgamento da procedência de representação interventiva do
Procurador-Geral da República perante o STF (CF, art. 36, III).
63) Falsa; entende o STF que a deliberação para reforma da Constituição do Estado deve
seguir a regra estabelecida para reforma da CF, isto é, deliberação de três quintos.
65) Falsa; segundo o STF, esta regra, prevista na CF para os integrantes das Mesas das
Casas do Congresso Nacional (CF, art. 57, § 4º), não é de observância obrigatória pelos
Estados-membros.
66) Falsa; entende o STF que essa regra afrontaria o princípio da separação dos
Poderes.
67) Falsa; segundo o STF, esta imunidade, prevista no art. 86, § 4º, da CF, é exclusiva do
Presidente da República, não podendo ser estendida aos Governadores de Estado.
68) Falsa; segundo o STF, esta imunidade, estabelecida pela CF para o Presidente da
República (CF, art. 86, caput), pode ser estendida aos Governadores de Estado pelas
respectivas Constituições.
69) Falsa; os Estados participam da formação da vontade da União sim, mas por meio de
seus representantes no Senado Federal (CF, art. 46).
70) Falsa; segundo o STF, esta subordinação afrontaria o princípio da separação dos
Poderes.
1) Falsa; a CF/88 adotou tanto o modelo horizontal de competências (em que cada ente
federado autônomo recebe uma competência específica, sem relação de hierarquia entre
eles) quanto o modelo vertical (em que sobre uma mesma matéria diferentes entes
políticos atuarão de maneira hierarquizada, verticalizada, como é o caso da competência
legislativa concorrente entre a União, Estados e DF – art. 24 da CF).
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3) Certa; a União pode, desde que por meio de lei complementar, autorizar os Estados e
o DF a tratar de questões específicas de sua competência privativa (CF, art. 22, parágrafo
único).
9) Falsa; a CF/88 não adota um rígido modelo vertical de competência, nem vertical, nem
horizontal; no modelo horizontal, há possibilidade de que a União delegue competência
para os Estados e o DF legislarem sobre questões específicas do âmbito de sua
competência privativa; no modelo vertical, a atuação de um ente federativo complementa
a atuação do outro, nos termos dos §§ 1º ao 4º do art. 24 da CF.
11) Falsa; o art. 22, parágrafo único, da CF autoriza que os Estados venham a legislar
sobre questões especificas das matérias de competência privativa da União, desde que
haja delegação expressa nesse sentido, por meio de lei complementar.
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14) Falsa; nem todas as competências dos Estados foram outorgadas ao DF, pois quem
organiza e mantém, no DF, o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública,
a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros é a União (CF, art. 21, XIII e XIV).
15) Certa; o art. 22, parágrafo único, autoriza, desde que por meio de lei complementar.
17) Certa; desde que por meio de lei complementar, nos termos expressos do art. 22,
parágrafo único, da CF.
18) Certa; nos termos expressos do art. 22, parágrafo único, da CF.
19) Certa; segundo o STF, a competência para legislar sobre horário de farmácia é do
Município, por inserir no rol das matérias de interesse local (CF, art. 30, I).
20) Falsa; no âmbito da competência legislativa concorrente, a atuação dos Estados não
está condicionada à prévia atuação por parte da União; ao contrário, se a União for
omissa, os Estados adquirem competência legislativa plena (CF, art. 24, § 3º).
21) Falsa; compete à União legislar sobre horário de funcionamento bancário, por
envolver interesse nacional (sistema financeiro nacional).
27) Falsa; inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (CF, art. 24, § 3º).
28) Falsa; inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (CF, art. 24, § 3º).
29) Certa; trata-se de competência material expressamente conferida aos Estados pela
CF (CF, art. 25, § 2º).
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30) Falsa; inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (CF, art. 24, § 3º).
31) Falsa; no âmbito do DF, essa competência é da União (CF, art. 21, XIII e XIV).
32) Falsa; compete à União organizar o Poder Judiciário no DF (CF, art. 21, XIII).
35) Falsa; a competência legislativa plena dos Estados só surge diante da inexistência de
lei federal sobre normas gerais, isto é, se a União permanecer omissa, não editando sua
lei de normas gerais (CF, art. 24, § 3º).
36) Falsa; a lei superveniente da União apenas “suspende a eficácia” da lei estadual, no
que lhe for contrário (CF, art. 24, § 4º).
37) Falsa; nessa hipótese prevalecerá a norma federal superveniente, que suspenderá a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário (CF, art. 24, § 4º).
38) Falsa; nessa hipótese prevalecerá a norma federal superveniente, que suspenderá a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário (CF, art. 24, § 4º).
39) Falsa; nessa hipótese prevalecerá a norma federal superveniente, que suspenderá a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário (CF, art. 24, § 4º).
41) Falsa; de fato prevalece a norma federal, mas a competência da União para legislar
sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados (CF, art. 24, §
2º).
42) Falsa; a competência pode não ser da União, pode não ser dos Municípios, pode não
ser concorrente e ainda assim não ser SOMENTE dos Estados; primeiro porque, se for
dos Estados também o será do DF (CF, art. 32, § 1º); segundo, porque tal competência
poderá ser comum, de todos os entes federados (CF, art. 23).
43) Certa; não existe autorização constitucional para que a União venha desempenhar
serviço de interesse local, competência esta reservada aos Municípios (CF, art. 30, I).
44) Certa; combinação de dois dispositivos expressos da CF: art. 24, § 3º c/c art. 24, XV).
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45) Falsa; a lei federal superveniente não revoga a lei estadual; apenas suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário (CF, art. 24, § 4º).
47) Falsa; compete ao próprio Município aprovar sua Lei Orgânica (CF, art. 29, caput).
49) Falsa; prevalecerá a lei federal, que suspenderá a eficácia da estadual, no que lhe for
contrário (CF, art. 24, § 4º), mas isso não tem nada a ver com hierarquia das leis
(conforme veremos adiante, não há hierarquia entre lei federal e lei estadual).
51) Falsa; inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados adquirem competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (CF, art. 24, § 3º).
52) Falsa; não existe hierarquia, subordinação, entre os entes federados; todos são
autônomos e estão num mesmo patamar hierárquico; logo, nenhum ente pode invadir a
competência de outro, sob pena de flagrante inconstitucionalidade.
53) Falsa; compete exclusivamente à União manter relações com Estados estrangeiros
(CF, art. 21, I).
54) Certa; é a chamada competência remanescente, estabelecida no art. 25, § 1º, da CF.
2) Falsa; não existe hierarquia entre normas oriundas de entes estatais distintos; o
eventual conflito entre tais normas é resolvido de acordo com a competência outorgada
pela CF: prevalecerá, no caso concreto, a norma do ente federativo competente para o
trato da matéria.
3) Falsa; não existe hierarquia entre normas oriundas de entes estatais distintos.
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5) Certa; esta a distinção entre uma lei ordinária e uma lei complementar: há lei
complementar quando a CF a requer para o trato de determinada e específica matéria e
quando ela é aprovada por maioria absoluta no Congresso Nacional.
10) Falsa; normas constitucionais originárias não podem ser objeto de controle de
constitucionalidade.
11) Falsa; normas constitucionais originárias não podem ser objeto de controle de
constitucionalidade.
12) Certa; não há possibilidade de que uma norma constitucional originária venha a ser
declarada inconstitucional.
13) Falsa; trata-se de uma das limitações materiais expressas à edição de lei delegada,
estabelecida no art. 68, § 1º, da CF.
14) Falsa; lei delegada é espécie normativa primária, que retira seu fundamento de
validade diretamente da CF e integra nosso processo legislativo (CF, art. 59); decreto do
Chefe do Executivo, este sim, é ato administrativo secundário (infralegal), que não retira
seu fundamento de validade diretamente da CF (mas sim da lei) e não integra nosso
processo legislativo (é editado e publicado pelo próprio Executivo).
17) Certa; não existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária: a diferença é que,
em relação à lei complementar, há uma exigência constitucional para o trato de
determinada matéria por esta espécie normativa e outra exigência de que ela seja
aprovada por maioria absoluta no Congresso Nacional.
18) Falsa; não existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária.
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19) Falsa; lei complementar é espécie normativa para o trato daquelas matérias que a CF
assim determinou, por meio da exigência expressa dessa espécie normativa.
20) Certa; esta a concepção de uma lei complementar: é uma lei exigida
constitucionalmente para o trato de certas matérias e que devem ser aprovadas por
maioria absoluta.
21) Falsa; lei complementar não é hierarquicamente superior à lei ordinária e é utilizada
para o trato das matérias em relação às quais a CF exige essa espécie normativa.
24) Certa; medida provisória não pode cuidar de matéria reservada à lei complementar
(CF, art. 62, § 1º).
25) Falsa; medida provisória pode regular, alterar, revogar assunto disciplinado por meio
de lei ordinária, desde que a matéria não seja uma daquelas em que a CF veda o trato
por meio de medida provisória (CF, art. 62, § 1º).
27) Certa; lei ordinária não pode cuidar de matéria reservada constitucionalmente à lei
complementar, sob pena de incorrer em inconstitucionalidade formal; entretanto, lei
complementar pode cuidar de matéria ordinária, sem incorrer no vício de
inconstitucionalidade formal.
28) Certa; quando a lei complementar cuida de matéria ordinária, ela perde seu status,
sua força de lei complementar e passa a comportar-se como lei ordinária; logo, poderá ser
alterada, revogada por meio de lei ordinária superveniente (ou até mesmo por meio de
medida provisória, já que esta tem força de lei).
29) Certa; existe, ao lado da lei, outro ato normativo primário, geral e com força de lei,
que é a medida provisória.
30) Falsa; lei ordinária não pode cuidar daquelas matérias reservadas pela CF à lei
complementar.
31) Certa; trata-se de texto expresso da CF, no art. 59, parágrafo único.
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34) Falsa; decreto legislativo não pode ser confundido com decreto do Executivo; aquele
é ato do Congresso Nacional, espécie normativa primária, integrante do nosso processo
legislativo, para o trato de matérias de competência do Congresso Nacional, que
prescindem de sanção presidencial; já o decreto do Executivo é ato normativo secundário,
editado pelo Presidente da República, que não integra o nosso processo legislativo e que
tem por função precípua regulamentar as leis, com o fim de facilitar sua aplicação.
35) Falsa; não existe hierarquia entre lei ordinária e medida provisória; todas as espécies
normativas do nosso processo legislativo (CF, art. 59), à exceção da Emenda à
Constituição, estão no mesmo patamar hierárquico.
36) Falsa; a autorização constitucional para a edição de lei delegada é para o Presidente
da República.
37) Certa; todas as espécies normativas do nosso processo legislativo (CF, art. 59), à
exceção da Emenda à Constituição, estão no mesmo patamar hierárquico.
38) Falsa; um tratado internacional tem força de lei ordinária no Brasil; significa afirmar
que pode ser revogado por lei ordinária (ou medida provisória) e que não pode cuidar de
matéria reservada à lei complementar.
39) Falsa; todas as espécies normativas do nosso processo legislativo (CF, art. 59), à
exceção da Emenda à Constituição, estão no mesmo patamar hierárquico.
40) Falsa; não há hierarquia entre espécies normativas oriundas de entes políticos
distintos; não há hierarquia entre leis federais, estaduais e municipais; os eventuais
conflitos são resolvidos pelo critério da competência: prevalecerá no caso concreto a
norma do ente estatal que tiver competência para o trato da matéria.
41) Falsa; não existe hierarquia entre normas constitucionais, sejam elas originárias,
sejam elas resultantes de reforma.
42) Certa; todas as normas da CF estão num mesmo patamar hierárquico, todas se
eqüivalem hierarquicamente, inclusive as normas do ADCT.
43) Falsa; não existe hierarquia entre norma constitucional originária e norma
constitucional resultante de reforma constitucional.
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45) Certa; um tratado internacional tem força de lei ordinária federal no Brasil; logo,
podem ser alterados e revogados por lei ordinária superveniente (ou mesmo por medida
provisória, se não for caso de matéria vedada à essa espécie normativa, nos termos do
art. 62, § 1º).
46) Certa; como o tratado tem força de lei ordinária, ele não tem competência para o trato
de matéria reservada à lei complementar.
4) Falsa; admite-se emendas, desde que elas cumpram com dois requisitos: (a) não
impliquem aumento de despesa, nos termos do art. 63, I, da CF; (b) guardem pertinência
com a matéria do projeto apresentado (a emenda não pode versar sobre matéria estranha
ao projeto apresentado).
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10) Certa; por força do art. 63, I, da CF, a emenda a projeto de lei de iniciativa privativa
do Presidente da República não pode implicar aumento de despesa.
12) Certa; no nosso processo legislativo é possível que uma lei venha a ser
legitimamente aprovada sem nunca ter passado pelo plenário, sendo aprovada
conclusivamente nas Comissões das Casas Legislativas, por força da autorização
prevista no art. 58, § 2º, I, da CF.
14) Falsa; as Casas Legislativas não atuam como casa iniciadora e revisora no que
respeita à aprovação de EC, pois para reforma da CF é necessária a aprovação da
matéria em dois turnos em cada uma das Casas, com deliberação mínima, em cada turno
de votação, de três quintos; as Casas funcionam como Casa iniciadora e Casa revisora
no processo legislativo das leis, em que a aprovação da matéria dá-se em um só turno.
15) Falsa; é possível que o projeto de lei seja aprovado nas Comissões, sem ser
submetido ao plenário, nos termos do art. 58, § 2º, I, da CF.
17) Certa; tais projetos terão iniciativa obrigatória na Câmara dos Deputados (CF, art. 64);
logo, terão, sempre, o Senado Federal como Casa revisora.
18) Falsa; a matéria constante de projeto de lei poderá voltar na mesma sessão
legislativa mediante solicitação de maioria absoluta dos membros de uma das Casas do
Congresso Nacional (CF, art. 67); a proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada não retornará, em hipótese alguma, na mesma sessão legislativa (CF, art. 60,
§ 5º).
19) Certa; nos termos expressos do art. 61 da CF, somente os cidadãos podem dar início
ao processo legislativo (iniciativa popular), desde que observadas as exigências do art.
61, § 2º, da CF.
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20) Certa; no nosso processo legislativo, certas espécies normativas são aprovadas sem
necessidade de sanção do Chefe do Executivo: emendas à Constituição, leis delegadas,
decretos legislativos e resoluções.
21) Certa; a questão dispensa comentários, trata-se de uma lição de processo legislativo,
resumindo exatamente o trâmite de um projeto de lei nas Casas Legislativas.
22) Falsa; o Presidente da República tem o prazo de quinze dias ÚTEIS para vetar o
projeto; logo, somente após decorrido esse prazo de quinze dias ÚTEIS ocorrerá sanção
tácita.
24) Certa; trata-se de texto expresso da CF, que assegura ao Legislativo a possibilidade
de superar o veto do Chefe do Executivo (art. 66, § 4º).
25) Falsa; o veto do Executivo não é uma deliberação definitiva, pois poderá vir a ser
superado pelo Legislativo (CF, art. 66, § 4º).
30) Falsa; o veto somente pode incidir sobre texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou
alínea (CF, art. 66, § 2º).
31) Certa; o veto somente pode incidir sobre texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou
alínea (CF, art. 66, § 2º); veja que, nessa hipótese, haveria completa mudança no sentido
do texto do projeto de lei.
34) Certa; o veto parcial somente pode abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de
inciso ou de alínea; entretanto, a declaração de inconstitucionalidade pelo Poder
Judiciário pode incidir sobre parte do texto de um artigo, de um parágrafo etc.; nada
impede que o Poder Judiciário declare a inconstitucionalidade de uma só palavra do texto
do caput de um artigo.
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35) Falsa; o Poder Judiciário tem participação no processo legislativo sim, inclusive
podendo dar início ao processo de elaboração das leis, por meio da iniciativa do STF e
dos Tribunais Superiores (CF, art. 61).
36) Falsa; o STF não admite essa hipótese, de desconsideração de veto a projeto de lei.
38) Certa; a sanção do Chefe do Executivo não tem o condão de sanar o vício da
iniciativa; mesmo com a sanção do Chefe do Executivo, a lei resultante de projeto cuja
iniciativa foi viciada é inconstitucional.
39) Falsa; ocorrendo veto parcial num projeto de lei, a parte vetada é encaminhada ao
Presidente do Senado Federal, acompanhada com a devida motivação; a parte não
vetada é promulgada e publicada (não fica aguardando a apreciação do veto da parte
vetada).
40) Certa; veto parcial é aquele que incide sobre um (ou alguns) dispositivo do projeto de
lei.
41) Falsa; o silêncio do Chefe do Executivo importa sanção tácita; o veto é sempre
expresso, não existe veto tácito no Brasil.
42) Falsa; os projetos de lei de iniciativa popular têm sua votação iniciada na Câmara dos
Deputados e, no mais, segue o processo legislativo ordinário, de aprovação das demais
leis.
43) Falso; o veto será, sempre, apreciado pelo Congresso Nacional; não existe nem
manutenção, nem rejeição do veto por mero decurso de prazo; se o veto não for
apreciado no prazo constitucional de trinta dias, será ele colocado na ordem do dia da
sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final, nos termos
do art. art. 66, § 6º, da CF.
44) Falso; a emenda parlamentar a projeto de iniciativa privativa do Poder Executivo não
pode implicar aumento de despesa (CF, art. 63, I).
45) Falsa; segundo o STF, a emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa privativa do
Presidente da República deve guardar pertinência com a matéria tratada no projeto
inicialmente apresentado, isto é, deve guardar pertinência com a matéria do projeto.
46) Falsa; os projetos de lei de iniciativa popular têm sua votação iniciada na Câmara dos
Deputados e, no mais, segue o processo legislativo ordinário, de aprovação das demais
leis, submetendo-se normalmente à apresentação de emendas, sanção etc.
47) Falsa; segundo o STF, as regras básicas do processo legislativo federal são de
observância obrigatória pelos Estados-membros.
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48) Certa; porque essa matéria é de iniciativa privativa do Presidente da República, nos
termos do art. 61, § 1º, da CF; sendo de iniciativa privativa do Presidente da República, a
iniciativa de congressista é ilegítima.
49) Certa; o art. 61, § 1º, da CF enumera certas matérias que não podem ser objeto de
delegação legislativa, isto é, que não podem ser tratadas por meio de lei delegada.
51) Falsa; o veto do Presidente da República pode vir a ser superado pelo Congresso
Nacional, nos termos do art. 66, § 4º, da CF.
52) Falsa; a promulgação de uma lei é o ato que atesta a sua existência, a sua inserção
no ordenamento jurídico; não é ato exclusivo do Presidente da República, podendo, no
que se refere às leis, ser praticado pelo Presidente e Vice-Presidente do Senado Federal,
nos termos do art. 66, § 7º, da CF.
3) Falsa; não há vedação constitucional para que medida provisória cuide de matéria
tributária (aquelas matérias tributárias que podem ser tratadas por lei ordinária).
5) Falsa; medida provisória pode instituir qualquer tributo que possa ser instituído por
meio de lei ordinária; só não pode instituir tributo que exige a edição de lei complementar.
7) Certa; se a medida provisória não for convertida em lei, perderá sua eficácia desde a
edição, devendo o Congresso Nacional, no prazo de sessenta dias, por meio da edição de
um decreto legislativo, disciplinar as relações jurídicas surgidas no período (CF, art. 62, §
3º).
8) Certa; trata-se de texto expresso do art. 62, § 5º, da CF, que agora passou a exigir que
as duas Casas do Congresso Nacional, antes de examinar o mérito da medida provisória,
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9) Falsa; prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória
que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional (CF, art. 62, § 7º); cabe lembrar que
esse prazo não corre nos períodos de recesso do Congresso Nacional (CF, art. 62, § 4º).
10) Falsa; as medidas provisórias, de fato, têm sua votação iniciada na Câmara dos
Deputados; porém, antes será avaliada por uma Comissão Mista, integrada de Deputados
e Senadores (CF, art. 62, § 9º).
14) Falsa; medida provisória não pode cuidar de matéria reservada à lei complementar
(CF, art. 62, § 1º).
17) Falsa; medida provisória rejeitada pelo Congresso Nacional só pode ser reeditada em
sessão legislativa distinta (CF, art. 62, § 10).
18) Falsa; a CF, ao estabelecer no § 1º do art. 62 as matérias que não podem ser objeto
de medida provisória, não vedou a edição dessa espécie normativa para a regulação dos
direitos individuais; porém, cabe lembrar, os direitos individuais não podem ser regulados
por meio de lei delegada (CF, art. 68, § 1º).
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19) Falsa; medida provisória pode ser objeto de controle de constitucionalidade, tanto na
via difusa ou incidental (via mandado de segurança, por exemplo) quanto na via
concentrada (via ADIN, por exemplo).
20) Falsa; nem todas as limitações impostas pela CF à edição de lei delegada são
aplicáveis à edição de medida provisória; direitos individuais, por exemplo, não podem ser
disciplinados por meio de lei delegada (CF, art. 68, § 1º), mas podem ser regulados por
meio de medida provisória (não há vedação no art. 62, § 1º).
21) Falsa; a CF veda a edição de medida provisória para tratar de direito penal (CF, art.
62, § 1º).
22) Falsa; o STF admite a revogação de medida provisória ainda não apreciada pelo
Congresso Nacional.
23) Certa; embora esse exame caiba, num primeiro momento, ao Presidente da
República e às Casas do Poder Legislativo, entende o STF que o Poder Judiciário dispõe
de competência para, excepcionalmente, apreciar a presença desses pressupostos na
edição de medida provisória.
24) Falsa; medida provisória é eficaz, com força de lei, desde a sua edição; o que fica
dependendo da apreciação do Congresso Nacional é a sua conversão em lei.
25) Falsa; medida provisória tem força de lei ordinária, desde a sua edição; logo, poderá
revogar lei ordinária, desde que não se cuide de matéria vedada à esta espécie normativa
(CF, art. 62, § 1º).
27) Falsa; o STF não admite a retirada de medida provisória já submetida à apreciação
do Congresso Nacional; adotada a medida provisória, publicada e submetida à apreciação
do Congresso Nacional, não pode mais o Presidente da República retirá-la.
28) Falsa; continua sendo possível a reedição de medida provisória, desde que em
sessão legislativa distinta (CF, art. 62, § 10).
29) Certa; em tese, é possível que uma medida provisória venha a ser rejeitada pelo
Congresso Nacional e possa ser reeditada dias depois, desde que em sessão legislativa
distinta (rejeição em dezembro de um ano e reedição em fevereiro do ano seguinte, já em
sessão legislativa distinta).
30) Falsa; medida provisória pode ser objeto de controle de constitucionalidade, tanto na
via difusa ou incidental (via mandado de segurança, por exemplo) quanto na via
concentrada (via ADIN, por exemplo).
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31) Falsa; sendo rejeitada a medida provisória, caberá ao Congresso Nacional, por
decreto legislativo, disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes, no prazo de
sessenta dias; se o Congresso não editar tal decreto nesse prazo de sessenta dias, aí
sim, as relações jurídicas do período continuarão sendo regidas pelo disposto no texto da
medida provisória.
32) Falsa; temos atualmente um rol de matérias que não podem ser tratadas por meio de
medida provisória, estabelecido no art. 62, § 1º, da CF.
33) Certa; segundo o STF o Poder Judiciário tem competência para avaliar a presença
dos pressupostos constitucionais de urgência e relevância para edição de medida
provisória.
35) Certa; por força de texto expresso do art. 62, § 2º, da CF.
36) Falsa; o art. 62, § 2º, da CF não estabelece prazo, mas sim cuida de exercício
financeiro: sendo a medida provisória convertida em lei até 31/12, legítima será a
exigência da tributação a partir do primeiro dia do exercício seguinte.
1) Falsa; CPI enquadra-se numa das mais relevantes funções do Poder Legislativo, que é
o poder de fiscalização.
3) Certa; segundo orientação do STF, a CPI pode, por ato próprio, e desde que
motivadamente, determinar a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do
investigado.
4) Falsa; autorização para interceptação telefônica somente por ato de magistrado, nas
restritas hipóteses em que admitida constitucionalmente (CF, art. 5º, XII).
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10) Falsa; segundo o STF, é legítimo invocar o direito de permanecer calado perante CPI,
seja na condição de investigado, seja na condição de testemunha, pois ninguém é
obrigado a incriminar a si próprio.
12) Falsa; a condução coercitiva de testemunhas pode ser determinada por ato próprio de
CPI; já a prisão cautelar é medida exclusiva de membro do Poder Judiciário.
13) Certa; tem-se firmado no STF o princípio da reserva de jurisdição, segundo o qual
certas medidas somente podem ser determinadas por decisão judicial (interceptação
telefônica, indisponibilidade de bens etc.).
15) Falsa; CPI não processa e não julga ninguém; sua competência resume-se à
realização de investigações e elaboração de um relatório que, se for o caso, será
encaminhado ao Ministério Público, para que este sim, promova perante o Poder
Judiciário a responsabilização dos investigados, oferecendo a competente denúncia.
16) Certa; segundo o STF, o prazo inicialmente previsto para a conclusão dos trabalhos
de uma CPI pode ser sucessivamente prorrogado dentro da mesma sessão legislativa.
17) Falsa; CPI não tem competência para legislar, mas sim para investigar.
19) Falsa; CPI é órgão temporário do Congresso Nacional, não dotado de todas as
competências dos magistrados.
20) Falsa; CPI não é órgão auxiliar do Ministério Público; é órgão com função
constitucionalmente prevista, nos termos do art. 58, § 3º, da CF.
21) Falsa; o STF considerou constitucional a regra regimental da Câmara dos Deputados
que limita em cinco o número máximo de CPIs que podem ser criadas simultaneamente.
23) Certa; não cabe à CPI, por ato próprio, a declaração de nulidade de ato do Poder
Executivo.
24) Falsa; CPI, de fato, pode decretar, por ato próprio, a quebra do sigilo bancário e
telefônico de investigados; porém, é indispensável que seus atos sejam motivados, sob
pena de nulidade absoluta.
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25) Falsa; CPI não apura quaisquer responsabilidades de investigado, nem penal, nem
civil; sua competência termina com a elaboração e encaminhamento de relatório
conclusivo ao Ministério Público, para que este órgão promova a responsabilização do
investigado, mediante oferecimento de denúncia perante o Poder Judiciário.
26) Falsa; segundo o STF, CPI pode investigar negócios entre particulares.
3) Falsa; segundo o STF, mesmo na ADIN por ele ajuizada, pode o Procurador-Geral da
República, posteriormente, opinar pela sua improcedência.
4) Certa; nos termos da Lei 9.882/99, não será admitida argüição de descumprimento de
preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade (art.
4º, § 1º); do mesmo modo, reza a Lei 9.882/99 que a liminar em ADPF poderá consistir na
determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os
efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a
matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se
decorrentes da coisa julgada (art. 5º, § 3º).
5) Falsa; segundo o STF, a ação civil pública pode ser utilizada como meio de controle de
constitucionalidade no caso concreto (controle difuso ou incidental); o que não se admite
é a sua utilização como sucedâneo da ADIN, com eficácia erga omnes.
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10) Falsa; a decisão do STF numa ADIN é dotada de eficácia contra todos (erga omnes)
e não há que se falar em atuação do Senado Federal no processo de ADIN (sua atuação
só ocorre no controle difuso ou incidental).
11) Falsa; a decisão do STF numa ADIN é dotada de eficácia contra todos (erga omnes)
e não há que se falar em atuação do Senado Federal no processo de ADIN (sua atuação
só ocorre no controle difuso ou incidental).
12) Certa; a própria decisão do STF em ADIN é dotada de eficácia contra todos (erga
omnes); logo, não há que se falar em comunicação ao Senado Federal, para o fim de
suspensão da execução da lei.
13) Certa; o art. 49, V, da CF confere competência ao Congresso Nacional para, por ato
próprio, sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; entretanto, entende o STF que esse
ato do Congresso Nacional, que susta o ato exorbitante do Executivo, pode ter sua
constitucionalidade aferida pelo Poder Judiciário.
14) Certa; o art. 49, V, da CF confere competência ao Congresso Nacional para, por ato
próprio, sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem dos limites de
delegação legislativa.
16) Certa; quando o Presidente da República veta um projeto de lei por entendê-lo
inconstitucional está realizando controle político preventivo de constitucionalidade.
17) Certa; o veto parcial somente pode abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de
inciso ou de alínea (CF, art. 66, § 2º).
18) Certa; uma das funções da Comissão de Constituição e Justiça é justamente apreciar
a constitucionalidade de projetos de lei.
19) Certa; desde que no âmbito do controle difuso ou incidental, qualquer juiz ou tribunal
do país pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei.
20) Falsa; por força do art. 97 da CF, somente a maioria absoluta dos membros do
tribunal ou do seu órgão especial pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei;
originariamente, portanto, os órgãos fracionários (câmaras ou turmas) não dispõem de
competência para declarar a inconstitucionalidade das leis; porém, se já houver decisão
do órgão especial, do Plenário do Tribunal ou do STF, os órgãos fracionários ganham
competência para declarar a inconstitucionalidade das leis, aplicando o precedente, sem
necessidade de submeter a matéria à deliberação do Pleno ou do órgão especial;
portanto, a necessidade de aplicação da reserva de plenário, estabelecida no art. 97 da
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CF, somente ocorre no primeiro julgamento sobre a constitucionalidade da lei; a partir daí,
os próprios órgãos fracionários passam a declarar a inconstitucionalidade das leis.
21) Falsa; STJ não aprecia ADIN; somente o STF e os Tribunais de Justiça apreciam
ADIN.
24) Falsa; a ADECON não pode ter por objeto lei ou ato normativo estadual (só pode ser
objeto de ADECON lei ou ato normativo federal).
25) Falsa; compete ao STF a apreciação de ADPF (CF, art. 102, § 1º).
26) Falsa; nos expressos termos da CF, o efeito vinculante das decisões proferidas em
ADECON somente alcançam os demais órgãos do Poder Judiciário e o Poder Executivo
(CF, art. 102, § 4º).
27) Falsa; Comissões do Senado Federal não podem propor ADIN (CF, art. 103, I ao IX).
28) Falsa; somente podem propor ADIN partido político com representação no Congresso
Nacional (CF, art. 103, VIII).
30) Falsa; a decisão proferida pelo STF na ADIN por omissão, de fato, não substituirá o
legislador, isto é, o STF não editará a norma faltante; porém, ela é dotada de força
mandamental, pois o STF dará ciência ao Poder competente para a adoção das
providências cabíveis e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta
dias (CF, art. 103, § 2º).
32) Falsa; na ADIN por omissão, o STF não substituirá o legislador, editando a norma
faltante; atuará, apenas, como determina o art. 103, § 2º, da CF.
33) Certa; na apreciação de ADIN o AGU é previamente citado para defender o ato
impugnado (CF, art. 103, § 3º).
34) Falsa; o AGU não será ouvido nem na ADIN por omissão, nem na ADECON.
35) Certa; todos os legitimados para propor ADECON (CF, art. 103, § 4º) podem também
propor ADIN (CF, art. 103, I ao IX); a recíproca, porém, não é verdadeira.
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36) Falsa; lei estadual não pode ser objeto de ADECON (CF, art. 102, I, “a”).
37) Falsa; os Estados somente podem realizar controle abstrato (via ADIN, perante o TJ)
de leis e atos normativos estaduais e municipais em face da Constituição Estadual (CF,
art. 125, § 2º).
38) Falsa; o DF não tem competência para instituir ADIN, nem qualquer outra ação
perante o Poder Judiciário, em sua Lei Orgânica; isso porque o DF não tem competência
para legislar sobre o Poder Judiciário local; essa competência, nos termos do art. 22, XVI,
da CF, pertence à União.
39) Falsa; de fato, quem vai estabelecer os legitimados para a propositura da ADIN no
âmbito estadual será o próprio Estado, na sua Constituição, já que a este compete
organizar sua própria Justiça (CF, art. 125); porém, o legislador constituinte estadual não
é absolutamente livre para essa enumeração, pois a CF veda o monopólio, isto é, não
pode o Estado outorgar competência para a propositura da ADIN a um único órgão (CF,
art. 125, § 2º, parte final); podem ser dois, três, quatro etc.; só não pode ser outorgada
competência a um único órgão.
40) Certa; uma lei estadual pode ser objeto de ADIN perante o STF, em face da
Constituição Federal (CF, art. 102, I, “a”), bem assim perante o TJ, em face da
Constituição do Estado (CF, art. 125, § 2º).
42) Falsa; a decisão proferida pelo STF no controle incidental é dotada de eficácia
imediata, em relação às partes do processo; o que fica condicionada à atuação do
Senado Federal é a suspensão da execução da lei, nos termos do art. 52, X, da CF.
43) Falsa; os Estados não podem instituir Tribunal não previsto na CF; o que podem os
Estados é instituir a ADIN, a ser julgada pelo TJ, órgão já previsto na CF.
44) Certa; as duas ações produzem eficácia num ou noutro sentido, reconhecendo tanto
a constitucionalidade (procedência da ADECON ou improcedência da ADIN) quanto a
inconstitucionalidade (procedência da ADIN ou improcedência da ADECON).
45) Falsa; não cabe ao Distrito Federal legislar sobre o Poder Judiciário do DF; essa
competência, no âmbito do DF, compete à União (CF, art. 22, XVI).
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será dada ciência ao Poder ou órgão administrativo omisso, nos termos do art. 103, § 2º,
da CF.
51) Certa; a atuação do Senado Federal, nos termos do art. 52, X, da CF, só ocorre no
controle difuso; no controle concentrado a própria decisão do STF já é dotada de eficácia
contra todos (erga omnes).
52) Falsa; há, no Brasil, duas ações destinadas ao controle da inconstitucionalidade por
omissão: mandado de injunção e ADIN por omissão.
53) Certa; temos, de fato, tanto o controle difuso quanto o controle concentrado; entre
eles há diferenças relativas aos efeitos da decisão (no controle difuso a eficácia é
somente para as partes do processo; no concentrado a decisão vale para todos, erga
omnes), aos legitimados (no controle difuso qualquer interessado, no curso de um
processo judicial, pode dar início ao controle; no concentrado somente os legitimados pela
CF), ao processo (o controle difuso ocorre em qualquer processo judicial concreto,
quando uma das partes levanta uma questão constitucional; o controle concentrado é
realizado por meio de ações especiais: ADIN, ADIN por omissão, ADECON e ADPF) e
aos órgãos competentes para realizá-lo (o controle difuso é realizado por qualquer juiz ou
tribunal do país; o controle concentrado somente é realizado pelo STF e pelos Tribunais
de Justiça).
54) Falsa; de regra, nos tribunais somente a maioria absoluta do Pleno ou do órgão
especial pode declarar a inconstitucionalidade das leis (CF, art. 97); os órgãos
fracionários não podem fazê-lo, salvo na hipótese de já existir decisão anterior sobre a
matéria proferida pelo Pleno, pelo órgão especial ou pelo STF.
55) Certa; a decisão proferida no controle difuso poderá ter efeitos contra todos se o
Senado Federal decidir pela suspensão da lei, nos termos do art. 52, X, da CF.
57) Certa; de regra, nosso controle é judicial repressivo; mas também temos controle
preventivo judicial (via mandado de segurança, para sustar proposta de emenda à
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Constituição que afronte cláusula pétrea) e controle preventivo político (veto do Chefe do
Executivo por inconstitucionalidade e trabalho da Comissão de Constituição e Justiça no
Legislativo).
58) Certa; esta a conceituação de controle difuso: diante de um caso concreto, qualquer
juiz ou tribunal do país, afasta a aplicação da lei por ele tida por inconstitucional, somente
para as partes do processo.
59) Falsa; o STF realiza tanto controle concentrado quanto controle difuso; naquele, a
decisão é dotada de eficácia erga omnes; neste, a decisão do STF somente aproveita as
partes do processo.
61) Falsa; a decisão do STF nessas ações tem efeito mandamental, reconhecendo a
inconstitucionalidade da omissão e requerendo a edição da norma faltante; o que o STF
não dispõe de competência para fazer é substituir o legislador, editando ele mesmo a
norma faltante.
62) Falsa; essa exigência de se abranger texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou
alínea diz respeito ao poder de veto do Chefe do Executivo, não se aplica à declaração de
inconstitucionalidade; o Poder Judiciário pode declarar a inconstitucionalidade de
expressões constantes no caput do art. de uma lei, ou apenas de parte de um parágrafo,
de um inciso etc.
65) Falsa; ao suspender a execução da lei, nos temos do art. 52, X, da CF, o Senado
Federal não pode modificar, restringir ou ampliar a decisão proferida pelo STF.
67) Falsa; a Câmara Legislativa do DF não legisla sobre o Poder Judiciário; esta
competência, no DF, compete à União (CF, art. 22, XVI).
68) Falsa; somente podem ser impugnados em ADIN perante o STF leis e atos
normativos federais, estaduais ou do DF, desde que no uso da sua competência estadual
(CF, art. 102, I, “a”).
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órgão especial pode declarar uma lei inconstitucional, por força da reserva de plenário,
estabelecida no art. 97 da CF.
70) Falsa; normas constitucionais originárias não podem ser declaradas inconstitucionais,
nem pelo STF, nem por qualquer órgão constituído.
71) Certa; o Senado Federal não está obrigado a suspender a execução da lei declarada
inconstitucional pelo STF, nos termos do art. 52, X, da CF.
72) Certa; somente o STF e os Tribunais de Justiça dos Estados e do DF apreciam ADIN
no Brasil.
74) Certa; no controle difuso, ainda quando a decisão é proferida pelo STF, a decisão só
aproveita as partes do processo; a lei permanece incólume, plenamente vigente, no
tocante a terceiros não participantes do processo.
77) Falsa; no controle concentrado, somente aqueles autorizados pela CF podem dar
início ao controle (art. 103, I ao IX, no caso de ADIN e ADPF; art. 103, § 4º, no caso de
ADECON).
78) Certa; por força da reserva de plenário (CF, art. 97), já exaustivamente comentada
em exercícios anteriores.
79) Certa; no caso da decisão definitiva de mérito proferida em ADECON, nos termos do
art. 102, § 2º, da CF.
80) Falsa; o STF realiza controle concentrado (por meio de ADIN, ADIN por omissão,
ADECON e ADPF) e controle difuso, quando aprecia Recursos Extraordinários (RE),
interpostos nas diversas ações, diante de casos concretos (mandado de segurança,
habeas corpus etc.)
81) Falsa; a ADECON só admite como objeto leis e atos normativos federais (CF, art.
102, I, “a”).
82) Falsa; não há que se falar em atuação do Senado Federal no processo de ADIN; a
atuação do Senado somente ocorre no controle difuso ou incidental.
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84) Falsa; todos os legitimados em ADECON (CF, art. 103, § 4º) podem ajuizar ADIN
(CF, art. 103, I ao IX), mas a recíproca não é verdadeira.
85) Certa; segundo o STF, o AGU não atua em ADECON, porque nessa ação a norma
não está sendo atacada, acoimada de inconstitucional; logo, não haveria razões para que
o AGU defendesse a sua constitucionalidade.
86) Certa; somente o STF aprecia ADIN de lei federal; os tribunais de justiça somente
apreciam em ADIN leis e atos normativos estaduais e municipais em face da Constituição
Estadual (CF, art. 125, § 2º).
88) Falsa; somente o STF controla lei federal em ADIN; qualquer juiz ou tribunal pode
declarar a inconstitucionalidade de lei federal, desde que no controle difuso (em mandado
de segurança, por exemplo).
89) Certa; a decisão proferida pelo STF em ADECON é dotada de efeito vinculante em
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e ao Poder Executivo (CF, art. 102, § 2º).
90) Falsa; a ADECON só admite como objeto leis e atos normativos federais (CF, art.
102, I, “a”).
91) Certa; a ADECON é ação de natureza dúplice: se julgada procedente, a norma estará
sendo declarada constitucional; se julgada improcedente, estará sendo reconhecida a
inconstitucionalidade da norma; a decisão em ADECON, num ou noutro sentido
(procedência ou improcedência), é dotada de eficácia contra todos (erga omnes) e efeito
vinculante para os demais órgãos do Poder Judiciário e para o Poder Executivo (CF, art.
102, § 2º).
92) Falsa; recurso extraordinário é o meio de, no controle difuso, levar uma controvérsia
constitucional ao conhecimento do STF; é o meio pelo qual um caso concreto chega ao
STF; e, conforme vimos, no controle difuso a decisão do STF só aproveita as partes do
processo – e não é dotada de efeito vinculante (um juiz de primeira instância poderá
continuar a decidir em sentido contrário ao que foi decidido pelo STF).
94) Falsa; uma lei municipal pode ser declarada inconstitucional pelo STF por meio de
recurso extraordinário (controle difuso); lei municipal não pode ser objeto de ADIN perante
o STF (CF, art. 102, I, “a”).
95) Falsa; somente os legitimados pela CF podem dar início ao controle abstrato perante
o STF.
96) Certa; lei municipal alguma pode ser objeto de ADIN perante o STF.
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98) Falsa; um tribunal de justiça, como qualquer outro tribunal ou juiz do país, pode
declarar a inconstitucionalidade de uma lei federal, desde que no âmbito do controle
difuso ou incidental.
100) Falsa; em regra, a decisão proferida em ADIN produz efeitos ex tunc; apenas em
situações excepcionais, e por dois terços dos membros do STF, é possível a declaração
de inconstitucionalidade com eficácia ex nunc (Lei 9.868/99, art. 27).
105) Falsa; somente os legitimados do art. 103, I ao IX, podem ajuizar ADIN perante o
STF.
106) Falsa; em regra, a lei inconstitucional no Brasil é nula, desprovida de validade desde
a sua edição (eficácia ex tunc da declaração de inconstitucionalidade).
108) Falsa; o STF tem competência para declarar a inconstitucionalidade de leis federais
e estaduais (no controle difuso ou no controle concentrado), bem assim de leis municipais
(somente no controle difuso).
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111) Certa; o art. 27 da Lei 9.868/99 permite que o STF, por razões de segurança jurídica
ou relevante interesse social, declare em ADIN ou ADECON, desde que por deliberação
de dois terços dos seus membros, a inconstitucionalidade com eficácia não-retroativa (ex
nunc).
112) Falsa; decisão em recurso extraordinário (controle difuso) só tem eficácia para as
partes do processo – e não tem efeito vinculante.
114) Certa; o Tribunal de Justiça é o órgão máximo da Justiça Estadual; logo, em termos
de confronto com a Constituição Estadual, dispõe de competência para prolatar decisão
com definitividade.
120) Certa; a intervenção federal funciona, em certas hipóteses, como último meio de
restabelecimento da obediência à CF por parte dos Estados.
121) Falsa; somente as leis e atos normativos do DF editados no uso da sua competência
estadual podem ser questionados em sede de ADIN perante o STF; uma lei do DF que
cuide de IPTU (competência municipal) não pode ser objeto de ADIN perante o STF.
123) Certa; o Senado não está obrigado a suspender a execução da lei declarada
inconstitucional pelo STF no controle difuso.
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124) Falsa; a regra é a decisão do STF no controle abstrato ser dotada de eficácia ex
tunc (retroativa).
128) Certa; os princípios sensíveis estão enumerados no art. 34, VII, da CF como uma
das hipóteses autorizativas da intervenção federal.
129) Falsa; a reserva de plenário (CF, art. 97) somente é aplicável no primeiro julgamento
sobre a constitucionalidade da lei ou ato normativo; se já houver decisão do Pleno ou do
órgão especial do tribunal, ou do STF, os órgãos fracionários ganham competência para,
eles próprios, declararem a inconstitucionalidade das leis.
130) Falsa; segundo o STF, o Senado Federal, optando pela suspensão da execução da
lei declarada inconstitucional pelo STF, não pode revogar sua decisão.
131) Certa; é cabível recurso extraordinário para o STF quando a norma da Constituição
Estadual eleita como parâmetro para a decisão do TJ é reprodução de dispositivo da CF.
132) Certa; segundo o STF, o ato do Legislativo que, nos termos do art. 49, V, da CF,
susta o ato exorbitante do Executivo, é suscetível de controle judicial, inclusive por meio
de ADIN perante o STF.
133) Falsa; segundo o STF, o Chefe do Executivo não está obrigado a cumprir lei que
considere inconstitucional; entendendo o Chefe do Executivo (federal, estadual ou
municipal) que determinada lei é inconstitucional, dispõe ele de competência para, por ato
próprio, afastar a sua aplicação no respectivo território; se o Governador de Minas Gerais
entende que determinada lei federal é inconstitucional, pode ele, por meio de decreto,
determinar a todos os seus órgãos e entidades que afastem a aplicação dessa lei no
Estado de Minas Gerais.
134) Falsa; o STF não admite a impugnação em ADIN dos chamados atos
regulamentares, que tenham sido editados para regulamentar uma lei; nesse caso,
segundo o STF, a ofensa não é direta à CF, o que afasta a possibilidade de ajuizamento
de ADIN.
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texto) tem sido largamente utilizada pelo STF; a partir da Lei 9.868/99, inclusive, essa
técnica foi positivada entre nós (art. 28, parágrafo único).
136) Certa; a concessão de medida cautelar em ADIN gera dois efeitos: (1) suspender a
eficácia da norma impugnada até o julgamento de mérito; (2) tornar aplicável a norma
anterior acaso existente (eventual norma que tivesse sido revogada pela norma que teve
sua eficácia suspensa).
137) Falsa; o Congresso Nacional pode, por ato próprio, sustar os efeitos de decreto em
conflito com a lei, nos termo do art. 49, V, da CF; ademais, um decreto em conflito com a
lei não pode ser impugnado em ADIN, por se tratar de ato regulamentar.
138) Certa; o rol de legitimados para propositura de ADIN está no art. 103, I ao IX, da CF;
porém, segundo o STF, nem todos podem impugnar qualquer matéria, em face da
exigência da comprovação de pertinência; assim, somente podem impugnar qualquer
matéria, sem necessidade de comprovação de pertinência: o Presidente da República, o
Procurador-Geral da República, o Conselho Federal da OAB, o partido político com
representação no Congresso Nacional e as mesas da Câmara e do Senado Federal; os
demais legitimados só podem impugnar em ADIN matérias que tenham pertinência com
sua área de atuação (as entidades de classe e associações, por exemplo, só podem
impugnar em ADIN matérias que tenham pertinência com os interesses de seus
associados).
139) Falsa; o controle difuso pode ser instaurado, de ofício, pelo magistrado; mesmo se
as partes ou o Ministério Público não requererem, o magistrado poderá, de ofício, afastar
a aplicação da lei ao caso concreto, por considerá-la inconstitucional.
141) Certa; nos termos do art. 27 da Lei 9.868/99, o STF pode, por razões de segurança
jurídica ou relevante interesse social, mediante deliberação de dois terços dos ministros,
declarar a inconstitucionalidade em ADIN com eficácia ex nunc.
143) Falsa; a ADIN perante o STF só admite como objeto leis e atos normativos federais,
estaduais ou do DF, no uso da sua competência estadual (CF, art. 102, I, “a”).
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146) Falsa; o Governador de um Estado pode impugnar em ADIN lei de outro Estado,
desde que comprove interesse (vínculo de pertinência), isto é, desde que prove que a lei
do outro Estado esteja afrontando interesses de seu Estado; o Governador do Estado de
São Paulo pode impugnar em ADIN lei do Estado do Paraná, desde que comprove que a
lei do Estado do Paraná afronta interesses do Estado de São Paulo.
147) Falsa; segundo a jurisprudência do STF, não é qualquer lei federal ou estadual que
pode ser impugnada em ADIN; a lei, para ser impugnada em ADIN, precisa ser: pós-
constitucional (editada na vigência da atual Constituição), abstrata (não se admite o
controle em ADIN de leis de efeito concreto, que tenha destinatários determinados) etc.
148) Falsa; a jurisprudência do STF não admite em ADIN o controle de leis pré-
constitucionais, isto é, editadas em data anterior à promulgação da atual Constituição.
149) Falsa; a decisão proferida em ADIN não tem o condão de nulificar os atos já
praticados com base na lei declarada inconstitucional; a parte prejudicada, com base na
decisão proferida em ADIN, terá que pleitear judicialmente, no âmbito do controle
incidental, o desfazimento de tais atos.
150) Falsa; as normas estabelecidas pelo poder constituinte originário como insuscetíveis
de abolição pelo poder de reforma são conhecidas como cláusulas pétreas (CF, art. 60, §
4º); os princípios sensíveis, que rendem ensejo à intervenção, estão enumerados no art.
34, VII, da CF.
151) Falsa; a concessão de medida liminar em ADIN tem por efeito tornar aplicável a
legislação anterior acaso existente, salvo manifestação em contrário do STF; se o STF
nada disser a respeito, entende-se que a concessão da medida cautelar está restaurando,
automaticamente, eventual legislação que fora revogada pela lei objeto da ADIN.
153) Falsa; o autor da ADIN não pode desistir da propositura da ação, nem do pedido de
cautelar formulado.
154) Falsa; segundo o STF, o AGU não será ouvido na ADIN por omissão, nem na
ADECON.
155) Falsa; é cabível a concessão de medida cautelar em ADECON, que consistirá numa
determinação do STF para que todos os tribunais e juizes suspendam o julgamento de
processos que envolvam a aplicação da lei objeto da ação até a apreciação de mérito da
ADECON.
156) Falsa; o STF não admite a intervenção de terceiros não legitimados no controle
abstrato.
157) Certa; os órgãos fracionários (Câmaras ou Turmas dos Tribunais) podem declarar a
inconstitucionalidade das leis se já houver decisão do Pleno ou do órgão especial do
respectivo tribunal ou do STF.
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158) Falsa; a ADECON só admite como objeto leis e atos normativos federais.
159) Falsa; não cabe ação rescisória contra decisão do STF proferida no âmbito do
controle abstrato.
161) Certa; uma PEC que seja tendente a abolir cláusula pétrea pode ser objeto de
controle judicial, via mandado de segurança (controle incidental), com o intuito de sustar o
processo legislativo; o mandado de segurança poderá proposto por um dos participantes
do processo legislativo, para defender o seu direito líquido e certo de não participar de
uma deliberação que desrespeite a CF; uma PEC, enquanto proposta, não pode, porém,
ser objeto de ADIN; entretanto, após sua promulgação, a EC poderá ser objeto de
controle difuso (mandado de segurança, por exemplo) e de controle concentrado (ADIN,
por exemplo).
162) Falsa; uma EC já promulgada pode ser objeto tanto de controle difuso (mandado de
segurança, por exemplo) quanto de controle concentrado (ADIN, ADECON, por exemplo).
163) Falsa; o efeito vinculante alcança todos os demais órgãos do Poder Judiciário e
todos os órgãos do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal.
164) Falsa; segundo a jurisprudência do STF, não é qualquer lei que pode ser impugnada
em ADIN: entre outros requisitos, a lei deve ser pós-constitucional (editada após a CF/88),
de conteúdo abstrato (não se admite controle de leis de efeito concreto) etc.
165) Falsa; se uma decisão do STF, dotada de efeito vinculante, estiver sendo
descumprida, o remédio será intentar ação de Reclamação perante o próprio STF, para
que ele preserve sua autoridade.
167) Certa; segundo o STF, o Chefe do Poder Executivo pode deixar de cumprir uma lei
que ele entenda seja inconstitucional; na hipótese, poderá o Chefe do Executivo (federal,
estadual ou municipal) baixar decreto determinando a seus órgãos a não-aplicação da lei.
168) Falsa; segundo o STF, o Chefe do Poder Executivo pode deixar de cumprir uma lei
que ele entenda seja inconstitucional; na hipótese, poderá o Chefe do Executivo (federal,
estadual ou municipal) baixar decreto determinando a seus órgãos a não-aplicação da lei.
169) Certa; o ato do Congresso Nacional que, nos termos do art. 49, V, da CF, susta os
atos exorbitantes do Poder Executivo pode ser objeto de ADIN perante o STF.
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170) Falsa; segundo o STF, a ação civil pública é instrumento idôneo para controle de
constitucionalidade, desde que no âmbito do controle difuso; o que não se admite é a
utilização da ação civil pública com eficácia erga omnes, como substituta da ADIN.
171) Certa; a ação civil pública pode ser utilizada como instrumento de controle de
constitucionalidade, desde que no caso concreto, no âmbito do controle difuso ou
incidental.
172) Falsa; a ação civil pública pode ser utilizada como instrumento de controle de
constitucionalidade, desde que no caso concreto, no âmbito do controle difuso ou
incidental.
173) Certa; embora a regra, entre nós, seja o controle judicial repressivo, os Poderes
Legislativo e Executivo também realizam controle de constitucionalidade (veto do Chefe
do Executivo, trabalho da Comissão de Constituição e Justiça etc.).
175) Certa; além das partes de um processo submetido à apreciação judicial, o Ministério
Público e o Juiz também podem dar início ao controle difuso ou incidental, suscitando
uma questão de ofensa à Constituição.
176) Certa; uma lei municipal não pode ser objeto de ADIN perante o STF (CF, art. 102, I,
“a”); porém, a lei municipal pode ser objeto de ADIN perante o Tribunal de Justiça, desde
que em face da Constituição Estadual (CF, art. 125, § 2º).
177) Falsa; segundo o STF, a ADPF é ação subsidiária: não cabe ADPF se há outro meio
eficaz para sanar a lesividade.
178) Certa; segundo o STF, a ADPF é ação subsidiária: não cabe ADPF se há outro meio
eficaz para sanar a lesividade.
179) Certa; podem ajuizar ADPF os mesmos legitimados no processo de ADIN (CF, art.
103, I ao IX).
180) Falsa; pode ser levada ao conhecimento do STF, por meio de ADPF, controvérsia
sobre leis federais, estaduais ou municipais, inclusive anteriores à CF/88.
181) Certa; a Lei 9.882/99 outorgou eficácia erga omnes e efeito vinculante à decisão
proferida em ADPF.
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183) Falsa; somente podem propor ADPF os legitimados para propor ADIN (CF, art. 103,
I ao IX).
185) Certa; no controle difuso, a decisão do Poder Judiciário tem eficácia imediata para
as partes do processo, afastando a aplicação da lei, em relação a elas, com efeitos ex
tunc; o alargamento do alcance da decisão é que fica dependente de atuação do Senado
Federal, nos termos do art. 52, X, da CF.
186) Certa; o Senado Federal não está obrigado a suspender a execução da lei
declarada inconstitucional pelo STF; porém, se vier a fazê-lo, não poderá modificar,
ampliar ou restringir os termos da decisão do STF – terá que suspender a execução
exatamente daqueles dispositivos que foram declarados inconstitucionais pelo STF.
193) Certa; em regra, a concessão de medida cautelar em ADIN gera efeitos ex nunc;
entretanto, o tribunal poderá conceder-lhe efeitos ex tunc, desde que o faça
expressamente.
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194) Certa; nem todos os legitimados pela CF podem ajuizar ADIN sobre qualquer
matéria; somente os legitimados universais (Presidente da República, Procurador-Geral
da República, Conselho Federal da OAB, partido político com representação no
Congresso Nacional e mesas da Câmara e do Senado Federal) podem ajuizar ADIN
sobre qualquer matéria; os demais legitimados do art. 103 só podem ajuizar ADIN em
relação àquelas matérias em relação às quais comprovem interesse (pertinência).
197) Certa; a jurisprudência do STF não admite seja impugnada em ADIN: norma pré-
constitucional; atos regulamentares; leis e atos de efeito concreto; normas revogadas.
200) Certa; a ADPF é ação subsidiária: só é cabível quando não existir outro meio capaz
de sanar a lesividade.
202) Falsa; essa incumbência é do Advogado-Geral da União, nos termos do art. 103, §
3º, da CF; o Procurador-Geral da República participa do controle abstrato como
legitimado à propositura de ADIN (CF, art. 103, VI), de ADECON (CF, art. 103, § 4º), bem
assim emitindo parecer em todas as ações (CF, art. 103, § 1º).
203) Certa; a concessão de medida cautelar em ADIN tem o efeito de tornar aplicável a
legislação anterior acaso existente.
204) Certa; em regra, os efeitos da medida cautelar são ex nunc; entretanto, poderão ser
ex tunc, desde que o STF o faça expressamente.
205) Falsa; a suspensão liminar da eficácia da lei não impede a edição de nova lei pelo
Poder Legislativo.
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207) Falsa; cabe medida cautelar (liminar) em ADECON, com os efeitos tratados no item
anterior.
211) Certa; caso seja proposta uma ADIN perante o Tribunal de Justiça em face de certo
dispositivo da Constituição Estadual que seja reprodução da CF, contra a decisão do TJ é
cabível recurso extraordinário para o STF; nesse caso, como o recurso extraordinário está
sendo utilizado no âmbito do controle concentrado, a decisão do STF nele proferida terá
eficácia contra todos (erga omnes).
212) Certa; a decisão do STF em ADECON tem efeito vinculante em relação ao Poder
Executivo (CF, art. 102, § 2º).
213) Certa; as leis municipais não podem ser impugnadas em ADIN perante o STF (CF,
art. 102, I, “a”).
216) Falsa; nos termos do art. 102, § 2º, da CF, o efeito vinculante não alcança o Poder
Legislativo.
217) Falsa; não há fixação de prazo quando a omissão é de um Poder; a fixação de prazo
só existe quando a omissão é proveniente de órgão administrativo (CF, art. 102, § 2º).
219) Falsa; o Presidente do TCU não é legitimado para a propositura de ação do controle
concentrado (CF, art. 103, I ao IX).
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222) Falsa; nos expressos termos constitucionais (CF, art. 102, § 2º), o efeito vinculante
da decisão proferida em ADECON somente alcança os demais órgãos do Poder Judiciário
e o Poder Executivo (não alcança o próprio STF).
223) Certa; o Governador de Estado não pode propor ADECON (CF, art. 103, § 4º).
224) Certa; o único órgão do Poder Judiciário que realiza controle abstrato de leis
federais é o STF (CF, art. 102, I, “a”); os Tribunais de Justiça somente realizam controle
abstrato de leis municipais e estaduais (CF, art. 125, § 2º).
225) Falsa; mandado de injunção não se confunde com ADIN por omissão: mandado de
injunção é ação do controle difuso, que pode ser utilizada por qualquer interessado, no
caso concreto (CF, art. 5º, LXXI); ADIN por omissão é ação do controle concentrado, que
somente pode ser ajuizada por um dos legitimados pela CF (CF, art. 103, I ao IX).
228) Falsa; no âmbito do controle difuso ou incidental, qualquer juiz ou tribunal do país
pode declarar a inconstitucionalidade das leis.
229) Falsa; essa questão nunca foi pacífica, em face do princípio da presunção de
constitucionalidade das leis; ademais, com a publicação da Lei 9.868/99 tornou-se
possível ao STF, em ADIN e ADECON, proclamar a inconstitucionalidade das leis com
eficácia ex nunc, convalidando os efeitos já produzidos pela lei no período compreendido
entre a publicação da lei e a declaração de sua inconstitucionalidade (Lei 9.868/99, art.
27).
230) Falsa; conforme já comentado antes, nem toda lei federal pode ser objeto de ADIN
perante o STF: a lei não pode ser pré-constitucional, não pode ser de efeito concreto etc.
232) Certa; está perfeito o enunciado da questão, cabendo, apenas, acrescentar que,
nessa hipótese, a decisão proferida pelo STF nesse recurso extraordinário será dotada de
eficácia erga omnes.
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1) Falsa; a avaliação por comissão especial constituída para esse fim é condição
indispensável à aquisição da estabilidade (CF, art. 41, § 4º).
2) Certa; a estabilidade continua; apenas foram criadas novas hipóteses para a perda do
cargo pelo servidor estável (CF, art. 41).
6) Falsa; primeiro não se pode afirmar, com certeza, que após três anos de efetivo
exercício será adquirida a estabilidade, pois esta depende de avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade (CF, art. 41, § 4º); ademais,
além das hipóteses citadas no enunciado, o servidor estável poderá perder o cargo por
excesso de despesas, nos termos do art. 169, § 4º, da CF.
7) Falsa; a EC 19/98 não extinguiu a estabilidade, apenas criou novas hipóteses de perda
do cargo pelo servidor estável; o servidor deverá cumprir novo estágio probatório.
10) Falsa; o servidor estável também poderá perder o cargo público em virtude de
excesso de despesa, nos termos do art. 169, § 4º, da CF.
11) Errada; Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
REINTEGRADO, e o eventual ocupante da vaga, se estável, RECONDUZIDO ao cargo
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disposição. (art. 41, § 2º).
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16) Falsa; o servidor estável que perder o cargo fará jus a remuneração correspondente a
um mês de remuneração por ano de serviço (CF, art. 169, § 5º).
19) Certa; com a promulgação da EC 19/98, com a nova redação dada ao art. 39 da CF,
foi extinta a exigência de RJU, podendo todos os entes federativos adotar regimes
diferentes para seus servidores ou empregados públicos.
20) Falsa; a EC 19/98 pôs fim à obrigatoriedade de adoção pelos entes políticos do
chamado regime jurídico único (RJU); significa afirmar que todos os entes federados
passaram a poder contratar seus servidores por diversos regimes (estatutário, celetista
etc.).
24) Falsa; essa forma de provimento é denominada readaptação (Lei 8.112/90, art. 24).
25) Falsa; nessa situação ocorrerá a forma de provimento denominada reversão (e não
reintegração, que ocorre em decorrência da invalidação de demissão de servidor estável);
ademais, se o cargo estiver ocupado, o servidor desempenhará suas atribuições como
excedente (Lei 8.112/90, art. 26).
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29) Falsa; o art. 37, XVI, da CF autoriza certas hipóteses de cumulação lícita de cargos
públicos (dois cargos de professor, um cargo de professor com outro, técnico ou científico
etc.).
30) Certa; sempre que o servidor for empossado em novo cargo deverá cumprir novo
estágio probatório.
31) Falsa; havendo renúncia aos proventos da aposentadoria, o servidor poderá perceber
a remuneração pelo desempenho do cargo efetivo.
33) Falsa; desde que haja razoabilidade para a imposição do limite de idade, a lei poderá
estabelecer limite mínimo de idade para o desempenho de certo cargo público (aliás,
sinalizando nessa direção, a própria CF estabelece idade mínima para a ocupação de
diversos cargos: Presidente da República, Ministros dos Tribunais do Poder Judiciário
etc.).
35) Falsa; segundo o STF, a norma constitucional que garante ao servidor público o
direito de greve (CF, art. 37, VII) é de eficácia limitada, dependente de regulamentação
por meio de lei específica (que só cuide da matéria) para a plena produção de seus
efeitos; enquanto não regulamentado tal dispositivo, o exercício do direito de greve pelos
servidores públicos permanece obstado, impedido.
36) Falsa; a contratação por prazo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX) não é ato discricionário do Administrador
Público, mas sim ato vinculado à obediência dos termos especificados na lei
regulamentadora de tal dispositivo, que prevê a realização de processo seletivo, como
meio de se fazer o cumprir o princípio constitucional da isonomia e da impessoalidade no
âmbito da Administração Pública.
37) Certa; o art. 37, X, da CF assegura aos servidores públicos o direito à revisão anual
de sua remuneração, sempre na mesma data e sem distinção de índice.
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39) Certa; segundo a CF, o teto de remuneração alcança somente as empresas públicas
e sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que recebem recursos da União,
dos Estados, do DF ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio geral (CF, art. 37, § 9º).
43) Falsa; os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados para fim de concessão de acréscimos ulteriores (CF, art.
37, XIV).
46) Certa; os concursos públicos deverão ser: (a) de provas; (b) de provas e títulos (CF,
art. 37, II).
47) Falsa; o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período (CF, art. 37, III).
54) Certa; estabelece o art. 39, § 4º, da CF que o membro de Poder, o detentor de
mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, observado o teto constitucional de remuneração (CF, art. 39, § 4º).
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58) Certa; a EC 19/98 pôs fim à obrigatoriedade de adoção de regime jurídico único.
59) Falsa; é garantido o direito de greve aos servidores públicos, nos termos de lei
específica; como, segundo entendimento do STF, esse direito constitucional é de eficácia
limitada, somente poderá ser exercido após a edição da exigida lei específica (CF, art.37,
VII).
63) Falsa; a exigência constitucional é de que os cinco anos sejam de efetivo exercício no
cargo em que se dará a aposentadoria (CF, art. 40, § 1º, III).
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69) Falsa; não há, entre nós, uma rígida separação de poderes; em verdade, os três
poderes da República desempenham funções típicas e funções atípicas; por exemplo:
todos os Poderes da República desempenham função administrativa, ao organizar e gerir
seu patrimônio, pessoal e serviços; todos os Poderes desempenham função legislativa: o
Executivo (ao editar medidas provisórias e leis delegadas), o Judiciário (ao elaborar os
regimentos dos Tribunais) etc.
70) Falsa; a legalidade administrativa pode ser cumprida, também, por meio da edição de
atos com força de lei, como é o caso da medida provisória.
72) Certa; a mera publicação não tem o condão de sanar vícios de conteúdo ou de forma
do ato administrativo.
73) Certa; nos chamados atos administrativos negociais, não há óbice para que um ato
administrativo venha a satisfazer ao interesse particular, desde que não haja ofensa ao
interesse público; por exemplo: uma autorização para realização de uma passeata
satisfaz ao interesse do particular, mas será legítima, se não afrontar ao interesse público.
75) Falsa; no meio privado, o princípio da legalidade tolera a prática daqueles atos não
vedados em lei (o particular pode fazer aquilo que a lei não proíbe); no meio público, o
administrador somente pode praticar aqueles atos autorizados em lei (o administrador
público somente pode fazer o que a lei autoriza).
76) Falsa; nem todo ato administrativo precisa ser publicado na imprensa oficial; os
chamados atos internos, que não têm força obrigatória em relação a terceiros não
integrantes da própria Administração que os expediu, não precisam ser publicados na
imprensa oficial (o deslocamento de um servidor federal, a serviço, por exemplo, não
precisa ser publicado no Diário Oficial da União).
77) Certa; segundo o STF o princípio constitucional da razoabilidade tem sua sede
material no princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV).
79) Falsa; se o ato afronta as regras legais e constitucionais ele não deverá ser revogado,
mas sim invalidado, declarado nulo; revogação é para atos válidos, legítimos, que
deixaram de atender ao interesse público, que tornaram-se inoportunos, inconvenientes.
80) Falsa; disposição expressa do art. 37, § 4º: os atos de improbidade administrativa
importarão a SUSPENSÃO dos direitos políticos, a perda da função pública, a
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81) Falsa; a responsabilidade civil da Administração Pública pelos atos de seus agentes é
do tipo objetiva, na modalidade do risco administrativo (CF, art. 37, § 6º).
82) Certa; a Administração responde objetivamente perante o particular; porém, para ter
direito ao ressarcimento por parte do servidor público, é imprescindível a comprovação,
pela Administração, da ocorrência de culpa ou dolo do servidor (CF, art. 37, § 6º).
85) Certa; segundo o entendimento do STF, o direito de greve dos servidores públicos é
norma de eficácia limitada, depende de regulamentação por lei específica (CF, art. 37,
VII); logo, enquanto não editada a requerida lei específica, os movimentos grevistas
eventualmente ocorridos são ilegítimos, podendo os servidores ser punidos, nos termos
do seu regime disciplinar, atualmente estabelecido na Lei 8.112/90.
86) Falsa; a CF autoriza, somente, a acumulação de dois cargos de médico. (CF, art. 37,
XVI).
87) Falsa; a indenização poderá ser exigida do servidor nos casos de dolo ou culpa do
servidor (CF, art. 37, § 6º).
3) Certa; combinação do disposto no art. 165, I, II e III com o § 9º desse mesmo artigo.
4) Falsa; o trato dessa matéria é competência do lei do plano plurianual (CF, art. 165, §
1º).
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10) Certa; disposição expressa do art. 166 da CF; em verdade, a apreciação das leis
orçamentárias dá-se em sessão conjunta do Congresso Nacional, na forma estabelecida
em regimento.
11) Falsa; o Presidente da República somente poderá propor modificação nos projetos
das leis orçamentárias enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja
alteração é proposta (CF, art. 166, § 5º).
13) Certa; provavelmente o mais importante princípio do orçamento, exigindo que a lei
orçamentária reproduza, efetivamente, um programa de atuação do Estado, uma
realidade – e não seja apenas um documento formal, desprovido de efetividade.
14) Certa; o princípio da anualidade exige, apenas, que a lei orçamentária regule o
período de um ano para a execução do orçamento; não exige que o período de um ano
coincida com o ano civil; no Brasil, atualmente, o legislador estabeleceu a coincidência,
mas ela não é obrigatória.
16) Certa; o princípio da unidade, nos orçamentos modernos, não está voltado para a
exigência de documento único, mas sim para uma integração entre todas as leis
orçamentárias, que deverão observar os mesmos princípios, tanto na elaboração quanto
na sua execução.
17) Falsa; trata-se de dispositivo expresso da CF (art. 165, § 5º); o princípio da unidade
continua sendo observado, pois todos os orçamentos são elaborados segundo os
mesmos critérios e princípios.
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18) Falsa; o princípio da não-vinculação da receita de impostos (CF, art. 167, IV) não
impede a vinculação para o fim de repartição de receitas tributárias prevista
constitucionalmente, para saúde e desenvolvimento do ensino ou para a prestação de
garantia às operações de crédito por garantia.
26) Certa; disposição expressa do art. 173, § 5º, da CF, que estabelece a possibilidade
de responsabilidade direta da pessoa jurídica, sem prejuízo da responsabilidade individual
de seus dirigentes.
30) Falsa; a intervenção do Poder Público não é princípio da atividade econômica (CF,
art. 170).
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36) Certa; o princípio da quantificação dos créditos foi expressamente previsto na vigente
Constituição (CF, art. 167, VII).
37) Falsa; não se admite rejeição do projeto de lei de diretrizes orçamentárias; admite-se
modificações pelo Legislativo, mas não sua rejeição.
40) Falsa; cada ente federativo elaborará seu próprio orçamento, isto é, o princípio da
unidade há que ser visto dentro de cada ente federativo – afinal, estamos num Estado
Federado, em que todos os entes federativos são autônomos.
42) Falsa; o princípio da anualidade não exige coincidência do período de um ano com o
ano civil (de 1º de janeiro a 31 de dezembro); reza, apenas, que a execução do
orçamento deverá corresponder ao período de um ano, seja esse período coincidente ou
não com o ano civil.
48) Certa; comando do princípio da exclusividade, estabelecido no art. 165, § 8º, da CF.
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49) Falsa; o orçamento da seguridade social integra a lei orçamentária anual (orçamento
geral da União), por força do art. 165, § 5º, da CF.
51) Falsa; além da vinculação aos fundos de participação dos Estados, do DF e dos
Municípios, permite a CF a vinculação às ações de saúde e de ensino, bem assim à
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita (CF, art. 167,
IV).
52) Certa; disposição expressa do art. 165, caput, e art. 166, § 3º, da CF.
53) Falsa; o princípio da unidade continua sendo respeitado pela CF, pois todos os
orçamentos são elaborados e executados segundo as mesmas regras e princípios.
55) Certa; previsão expressa do art. 165, § 8º, da CF, que veda a inclusão de matéria
estranha ao orçamento, admitindo, porém, algumas exceções, como a autorização para
abertura de créditos suplementares.
56) Certa; disposição expressa do art. 166 da CF; a votação das leis orçamentárias dá-se
em sessão conjunta do Congresso Nacional.
57) Falsa; a Lei 4.320/64 estabelece prazos diferentes para a apresentação das leis
orçamentárias (esses prazos não nos interessam no estudo do Direito Constitucional); a
lei de diretrizes orçamentárias, obviamente, será apresentada em data anterior ao envio
da lei orçamentária anual, tendo em vista que aquela orientará a elaboração desta (CF,
art. 165, § 2º).
59) Falsa; segundo o princípio da exclusividade, o orçamento não deverá conter matéria
estranha, não orçamentária; o princípio que determina sejam incluídas no orçamento
todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União é o da universalidade.
60) Falsa; o postulado que determina que o orçamento contenha apenas matéria
orçamentária é o princípio da exclusividade.
62) Certa; para fins de controle, o orçamento deve ser publicado oficialmente.
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64) Falsa; o projeto de lei de diretrizes orçamentárias pode sofrer emendas; o que não se
admite é sua rejeição pelo Legislativo.
65) Falsa; a exploração direta de atividade econômica pelo Estado é medida excepcional,
por força do art. 173 da CF.
70) Falsa; tal conduta implicaria ofensa ao princípio da exclusividade, que veda a inclusão
de matéria não financeira nas leis orçamentárias (CF, art. 165, § 8º).
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