O documento discute as abordagens neoliberais e marxistas das políticas educacionais. A abordagem neoliberal defende o Estado mínimo e a transferência da educação para o setor privado, enquanto a abordagem marxista vê o Estado como representante dos interesses do capital e critica o uso da educação para manutenção da ordem capitalista.
O documento discute as abordagens neoliberais e marxistas das políticas educacionais. A abordagem neoliberal defende o Estado mínimo e a transferência da educação para o setor privado, enquanto a abordagem marxista vê o Estado como representante dos interesses do capital e critica o uso da educação para manutenção da ordem capitalista.
O documento discute as abordagens neoliberais e marxistas das políticas educacionais. A abordagem neoliberal defende o Estado mínimo e a transferência da educação para o setor privado, enquanto a abordagem marxista vê o Estado como representante dos interesses do capital e critica o uso da educação para manutenção da ordem capitalista.
políticas educacionais • A corrente neoliberal tem suas raízes a partir do século XVII, quando uma nova teoria de Estado foi formulada, a partir do liberalismo clássico.
• Certamente que, com o passar do tempo, essa teoria foi sendo
adaptada e modificada, de acordo com as transformações da sociedade, para atender as necessidades do capitalismo.
• O Estado passa a ser um “Guardião” dos interesses públicos, e
não mais o responsável pela execução dos serviços.
• O Estado segue apenas respondendo pelo provimento de alguns
bens que são considerados essenciais, e a educação é um deles. • A partir da crise econômica mundial, enfrentada na década de 1970, essa tendência teórica e política do mundo capitalista encontrou espaço para se revigorar, assumindo a versão que atualmente é chamada de neoliberalismo.
• A questão central do neoliberalismo é derrubar o modo de
organização centrado na intervenção estatal
• Os neoliberais acreditam que quanto mais Estado houver,
menos espaço existirá para o mercado, o que os leva a defender o que chamamos de Estado Mínimo. • Apoiam-se na liberdade individual já defendida pelos liberais clássicos no passado, • Cada indivíduo tenha determinada liberdade e segurança na esfera privada, • Garantidas as condições para que ninguém possa intervir nisso • O Estado deve apenas normatizar a sociedade de uma maneira geral, • Não cabe ao governo decidir quem poderá ou não fornecer serviços e mercadorias, • Nem interferir nos preços, e nem nenhum tipo de medida que apresente controle, inclusive sobre os salários dos trabalhadores • Os neoliberais acreditam que, na medida em que os governos gastam dinheiro com programas sociais, acabam colaborando para o crescimento e o inchaço do Estado, onerando o aumento de impostos e encargos. • Os neoliberais aceitam os gastos públicos com a educação pois reconhecem o viés ideológico que ela carrega em si, • Entendem por necessária a formação de cidadãos que aceitem viver dentro do que, para eles, é considerado como ideal. • Diferente do que pensam sobre a habitação e aposentadoria, por exemplo. • Acreditam que cada indivíduo deve garantir sua parcela com recursos próprios, sem a colaboração do Estado. • Os neoliberais defendem o fato de que os poderes públicos devem transferir a responsabilidade da educação para o setor privado, através de repasses financeiros. • Acreditam que a qualidade da educação estaria garantida, dentro dos parâmetros que eles defendem, • As famílias poderiam exercer a liberdade de escolher qual seria a melhor escola para seus filhos, estimulando a competitividade entre elas. • Com relação à formação técnica e profissional, os neoliberais não admitem o investimento de dinheiro público, • Defendem que cada cidadão deve conquistar a partir de seu próprio esforço. • Todas as alterações na configuração da economia e da sociedade colocaram para a educação uma série de novas exigências e agendas, • Sobretudo a partir da década de 1980, determinando a formulação e a implantação de novas políticas educacionais. • Os governantes dos países ricos passaram a ter grande interesse em um mundo globalizado e sem fronteiras • Possibilitado com a abertura dos mercados a partir da globalização. • Vários organismos e agências multilaterais foram utilizados na imposição de novas políticas educacionais aos países pobres: • ONU, Unesco, Banco Mundial e outros, que tornaram-se o que costumamos chamar de braço direito do capitalismo • Neste pacote de medidas apresentadas como obrigatórias, tendo em troca incentivo financeiro, os países do chamado Terceiro Mundo foram facilmente contaminados pelos ideais do neoliberalismo. • No que diz respeito à educação, o neoliberalismo torna evidente um discurso muito forte sobre o fracasso da educação pública em razão da incapacidade do Estado. • O Banco Mundial requer que a educação escolar esteja articulada ao novo paradigma produtivo, para assegurar o acesso aos novos códigos da modernidade capitalista • Então a educação passa a ser considerada apenas pelos seus aspectos técnicos e científicos, sendo deixadas de lado as questões sociais e humanitárias • Então a educação passa a ser considerada apenas pelos seus aspectos técnicos e científicos, sendo deixadas de lado as questões sociais e humanitárias • O Estado neoliberal deve ser mínimo ao financiar a escola pública, mas precisa ser máximo quando estabelece o controle sobre ela • Percebemos a implementação de práticas centralizadas, de ações autoritárias e da retirada da possibilidade de reflexão e escolha dos professores, • Que precisam ser cada vez mais desvalorizados e precarizados, para poderem carregar boa parte da culpa pelo fracasso da escola. • Na ótica economicista, o objetivo central das políticas educacionais está em formar cidadãos adequados • Para serem os futuros trabalhadores ideais para os patrões, além de serem também consumidores flexíveis e felizes. • A escola segue em busca de uma suposta eficiência pedagógica por meio da instalação de uma pedagogia da concorrência, da eficiência e dos resultados • "a) a adoção de mecanismos de flexibilização de diversificação dos sistemas de ensino e das escolas; • b) a atenção à eficiência, à qualidade, ao desempenho e às necessidades básicas da aprendizagem; • c) a avaliação constante dos resultados (do desempenho) obtidos pelos alunos, resultados esses que comprovam a atuação eficaz e de qualidade do trabalho desenvolvido na escola; • d) o estabelecimento de rankings dos sistemas de ensino e das escolas publica ou privadas, que classificadas/desclassificadas; • e) a criação de condições para que se possa aumentar a competição entre escolas e encorajar os pais a participar da vida escolar e escolher entre várias escolas; • f) a ênfase sobre a gestão e a organização escolar, com a adoção de programas gerenciais e de qualidade total; A abordagem marxista • Karl Marx (1818-1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador do marxismo (também conhecido como socialismo científico). • Construiu análises e reflexões importantes sobre as instituições que regulavam as relações humanas • Grande critico do capitalismo. • O marxismo não pode ser apresentado como uma simples abordagem, pois se trata de uma tradição de pensamento de onde nasceram muitas tendências e teorias. • Marx, em sua teoria pretendia era encontrar os meios para realizar a mais ampla condição de igualdade e bem- estar dos seres humanos, • Fez isso demonstrando em sua obra as raízes da desigualdade e da exploração, diretamente relacionadas à sociedade de classes. • Nos estudos acadêmicos, as atenções voltaram-se para a compreensão das contradições existentes no papel do Estado diante dos interesses econômicos do capital • E o papel do Estado diante os interesses do trabalho e da ordem social. • Percebia-se, então, que se tornava cada vez mais nebuloso o arco de forças e interesses que o Estado passava a representar. • Os conflitos de classe fugiam à compreensão pelas categorias analíticas clássicas. • A noção de classe não era mais precisa em relação ao tipo de estrutura social que se forjara. • O próprio Estado, em determinadas situações, aparentava ter um grau de autonomia para além da representação dos interesses econômicos dominantes. Muitas vertentes surgiram dentro do marxismo: • A primeira variante apresentada é a dos derivacionistas (da lógica do capital), • nascida na mesma Alemanha de Marx, com autores defendendo que a evolução das formas e funções do Estado, bem como os limites que dificultam a sua atuação, tem relação direta com os interesses gerais da acumulação do capital • e, portanto, só são passíveis de entendimento quando são colocadas à prova as contradições da própria acumulação. • Nesta visão, é necessário estudar e compreender o Estado para que se possa entender o processo de acumulação a partir da exploração das classes. • E é justamente neste ponto que deve estar o olhar sobre as políticas. • A segunda, os monopolistas, que entendiam que o estado estava absolutamente capturado pelo capital monopolista, • submetendo-se completamente às suas vontades e necessidades. • Nesta interpretação, as políticas existem exclusivamente para garantir que os interesses do capital sejam mantidos e ampliados. • Um terceiro grupo de estudiosos coloca o foco não no Estado em si, e nem no capital, mas sim nas políticas. • Aqui os derivacionistas também apresentam a sua crítica, alegando que as categorias políticas são apenas formas assumidas pelas relações sociais, • sendo as políticas apenas o resultado do que está estabelecido na esfera de produção do capital. • Já os defensores dessa vertente, estabelecem uma distinção entre luta política e luta econômica, afirmando que existe uma relativa autonomia da primeira em relação à segunda • Nesta ótica, fica perceptível que o Estado, mesmo representando os interesses políticos do capital, acaba comportando em suas estruturas um jogo de força que permite reconhecer que também existem interesses do trabalhador. • Então alguns interesses da classe dominada também são atendidos, mesmo que não sejam favoráveis aos interesses do capital. • Ainda que pareça ser muito positivo num primeiro olhar, devemos destacar que as políticas sociais passam a ser vistas como instrumentos de manutenção da ordem capitalista, sem as quais a lógica do capital não sobreviveria. • E estão incluídas aqui as políticas educacionais, que determinam a regulação do Estado como uma estratégia para manter a regularidade do próprio trabalho assalariado. • Segundo Janete Azevedo, é preciso encontrar um caminho teórico-metodológico de intersecção entre as diversas abordagens, REFERÊNCIA • AVA • AZEVEDO, Janete M. Lins de. A educação como política pública. 3 Ed. Campinas: Autores Associados, 2004. • GENTILI Pablo. Neoliberalismo e educação: manual do usuário. In: GENTILI Pablo; SILVA, Tomaz Tadeu da (Orgs.). Escola S.A.: Quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo. Brasília: CNTE,1996. p. 9-49. • MARX, Karl. A Crítica ao Programa de GOTHA. Disponível em https://www.marxists.org/portugues/marx/1875/gotha/. Acesso em 05 mai. 2015.