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Universidade Pedagógica
Chimoio
2016
Maria Julião Nhacumbe
Universidade Pedagógica
Chimoio
2016
Índice
Capitulo I........................................................................................................................................3
1.Introdução....................................................................................................................................3
1.1.Delimitação do tema.................................................................................................................3
1.2.Justificativa do tema.................................................................................................................4
1.3.Problematização........................................................................................................................4
1.4.Objectivos.................................................................................................................................5
1.4.1.Objectivo geral......................................................................................................................5
1.4.2.Objectivos específicos...........................................................................................................5
1.5.Hipóteses...................................................................................................................................6
1.6.Metodologia..............................................................................................................................6
Capitulo II.......................................................................................................................................8
2.Revisão bibliográfica...................................................................................................................9
Capitulo III....................................................................................................................................15
Capitulo IV...................................................................................................................................23
4.Conclusões e recomendações....................................................................................................23
4.1.Conclusão...............................................................................................................................23
4.2.Recomendações......................................................................................................................24
5.Bibliografia................................................................................................................................25
Apêndice........................................................................................................................................X
III
Lista de tabelas
Lista de gráficos
Lista de Imagens
Lista de abreviaturas
% - Percentagem
I – Primeiro
II – Segundo
III – Terceiro
IV – Quarto
VI
Declaração
Dedicatória
Agradecimentos
Resumo
A Educação Inclusiva é parte integrante da educação e deve ser compreendida como
um direito fundamental e indispensável do ser humano, principalmente quando se trata de
alunos com necessidades educacionais especiais, pois o seu objectivo é incluir o aluno e
contribuir com o trabalho do professor ao ensinar a Matemática, preservando o direito de toda
a educação. Deste modo, o tema: Educação Inclusiva: “Desafios para o s Professores da
Classe comum e Inclusão do Aluno com Necessidade Educacional Especial”, busca
oportunizar o conhecimento e a investigação das relações que envolvem os alunos desta
modalidade, seja na falta de adaptação física, na especialização, falta de preparo dos
profissionais envolvidos neste processo, materiais didácticos pedagógicos adaptados,
e outras dificuldades que são enfrentadas para a inclusão destes alunos. Este
trabalho foi efectivado através de pesquisa exploratória, descritiva, bibliográfica, pesquisa
de campo e estudo de caso, utilizando o questionário fechado como instrumento de
colecta de dados que se pautam entre si, analisando, reflectindo e levantado conclusões que
permitiram o estudo do tema pesquisado. Conclui-se que a inclusão ainda é um desafio em
todas as áreas da sociedade, principalmente, no âmbito escolar, pois, as dificuldades
encontradas exigem mudança de postura, ideias, práticas e, que o ser humano de modo geral
esteja aberto à aceitação da diversidade encontrada na sociedade.
Palavras-chave:
Educação Inclusiva, Ensino e Aprendizagem.
X
Capitulo I
1. Introdução
Assim, buscou-se com esta pesquisa a comprovação das dificuldades encaradas pelos
professores no processo de inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais nas salas de aula comum na Escola Primaria Completa Modzingadzi-
Chimoio.
Como professora, e olhando para os desafios que um professor pode ou enfrenta na sala de
aulas com os alunos em diferentes aspectos no processo de ensino e aprendizagem, surge
uma motivação em procurar estudar de forma a perceber de facto o que um professor pode
ou enfrenta numa sala de aulas inclusiva ou seja com uma parte de alunos com
necessidades educativas especiais.
Pensar na proposta da inclusão é ampliar a reflexão numa visão crítica da realidade
apontada para o facto de que, apesar das sucessivas leis definindo a educação dos alunos
com necessidades educacionais especiais com responsabilidades colectivas. Portanto,
investigar sobre os desafios da Educação Inclusiva e o papel do professor na disciplina de
Matemática na escola primária, nesse processo, oportunizando a reflexão do que já
vem sendo estudado e discutido e efectivado em âmbito nacional e confrontar com acções
políticas e pedagógicas que ao invés de incluir, excluem. Deste modo, as políticas públicas
nas escolas primárias devem criar condições de acessibilidade em todos os sentidos, para
que os alunos com necessidades educacionais especiais possam, assim como todos os
demais grupos marginalizados, ter acesso a uma educação de qualidade que promova a
oportunidade de igualdade para desenvolvimento de seu potencial e a sua formação
integral como sujeito, e assim garantir o direito de todos à educação para o exercício
efectivo de sua cidadania.
Durante a materialização das práticas pedagógicas verificou-se a política educacional ainda
longe de absorver essa parcela da população e em muitas escolas não estão criadas as
condições para recepção de alunos com necessidades educativas especiais, para que estes
possam ter uma educação de qualidade e tenham oportunidade de igualdade com os demais
alunos. Portanto, é nesta vertente que a autora traz a proposta da inclusão do aluno com
necessidade educacional especial e os desafios do professor da classe comum.
1.3. Problematização
XII
1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivo geral
Analisar a inclusão do aluno com necessidade educacional especial na disciplina de
Matemática no processo escolar, com uma perspectiva política, pedagógica e social na
construção de um sistema escolar de qualidade e de oportunidade para todos.
1.5. Hipóteses
Os alunos com necessidades educacionais especiais, se inseridas no processo educacional
inclusivo, serão capazes de construir sua autonomia e de exercerem seu papel na
sociedade;
O professor do ensino regular exerce um papel importante no desenvolvimento
intelectual, social e emocional das crianças com necessidades educacionais especiais;
A falta de adaptação e acessibilidade física, pedagógica e administrativa no contexto
escolar, dificulta o trabalho com os alunos de necessidade educacionais.
1.6. Metodologia
Com vista a alcançar os objectivos descritos, a pesquisa baseou na Consulta bibliográfico,
entrevista, questionário, observação, onde cada método teve as seguintes caracterizações:
XIV
Entrevista: Esta metodologia baseou numa conversa oral com o aluno em relação a
disciplina de Matemática. Ela terá um objectivo de colher informações importantes para
compreender as formas de inclusão dos alunos com NEE.
Questionário: O questionário foi escolhido como instrumento para colecta de dados aos
professores de Matemática e membros mais altos da direcção (Coordenadores,
Pedagógicos e Director) para que se possa aperfeiçoar o tempo de pesquisa e a observação
dos resultados de aproveitamento escolar dos alunos com NEE na escola em estudo.
Pesquisa exploratória: com esta pesquisa, fez-se um estudo preliminar do tema, buscando
familiarização com o mesmo, buscando critérios, métodos e técnicas para o
desenvolvimento do estudo.
Pesquisa descritiva: esta pesquisa baseou numa análise, no estudo e interpretação dos
dados analisados com o questionário que foi aplicado, sem entrar no mérito do tema
abordado dirigido aos docentes da Escola EPC Mudzingadzi - Chimoio.
Revisão bibliográfica: Para realizar esta pesquisa foi feita uma pesquisa bibliográfica a
fim de entender os processos teóricos que embaçam o tema proposto, e o estudo de caso
pela necessidade de investigar no local de estudo.
Este trabalho utilizou como universo todos ao professores e alunos duma turma da 4ª
classe da Escola Primária Mudzingadzi, com uma parte de alunos especiais, foram
entrevistados 07 (sete) professores, 02 (dois) coordenadores, 02 (dois) pedagógicos, o
director da escola e 05 alunos com necessidades educativas especiais (Cegos), dando um
número total de 16 pessoas. Esta amostra foi submetida em um questionário com perguntas
do tipo múltipla escolha, excepto os alunos que tiveram uma entrevista oral.
Para a selecção da amostra foi primeiro necessário o conhecimento da presença de uma
turma com alunos que continham necessidades educativas especiais naquela escola, depois
escolheu-se sistematicamente essa turma que continha alunos com NEE’s. Para a selecção
dos alunos, foi preciso observar directamente os que tinham problemas de visão (cegos). E
quanto aos componentes da direcção foi por julgamento.
XV
Localização da escola
A escola primária completa de mudzingadzi localiza-se na cidade de Chimoio,no bairro de
Mudzingadzi, próximo do hotel Moinho. Eis as imagens da estrutura física da escola:
Capitulo II
2. Revisão bibliográfica
gerado seres imperfeitos. Essas crianças eram consideradas anormais e débeis, distantes
do ideal de beleza da cultura grego - romana.
Segundo Beyer (2006, p. 45), no segundo momento, na Idade Média, continua a
segregação destas pessoas, que eram mantidas em albergues, asilos e posteriormente
em hospitais, (a partir do surgimento do primeiro deste tipo, na Europa). Não havia a
inclusão, pois, apenas conviviam com outras pessoas também especiais.
Segundo Beyer (2006, p. 45), no terceiro momento, surge a ideia de integração social,
apesar disso, ainda há uma exclusão dos diferentes, que agora são recebidos em
instituições especiais que trabalham apenas com crianças, adolescentes e jovens,
permanecendo o processo de inclusão/exclusão que segrega uma parcela da sociedade de
uma convivência com diferenças, alocando-os em escolas diferenciadas, privando-os do
convívio com os demais alunos de sala de aula comum em escola de ensino regular.
A inclusão social constitui, um processo bilateral nos quais as pessoas, ainda excluídas e
a sociedade buscam em parceria equacionar problemas, decidir sobre soluções e efectivar
a equiparação de oportunidades para todos. Assim como Sassaki, (2005, p.32) que vê
“a inclusão social como um processo pela qual a sociedade se adapta para
poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades
especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir papéis na
sociedade”.
De acordo com (SASSAKI: 2005), afirma que a comunidade como um todo deveria
aprender a ajustar-se às necessidades especiais de seus cidadãos com deficiência.
Segundo (CARVALHO: 2005), Quando o tema inclusão é apresentado a uma escola ou
comunidade segundo os psico-pedagogos, pode-se afirmar que, estes devem estar prontos
a enfrentar desafios que vão além de receber com dignidade e conhecimento os alunos
especiais, é preparar a rede física, administrativa e pedagógica para o acolhimento a estes
e com leveza e sabedoria, introduzir aos demais alunos valores e senso de respeito ao
próximo, valorizar e incentivar a participação dos pais e comunidade local na vida escolar
de seus filhos, para que, mais que receber um especial e tratá-lo com dignidade, este possa
se sentir parte integrante da escola, e seu desenvolvimento e crescimento seja educacional
como social.
Segundo (CARVALHO: 2005), o tema voltado à inclusão deve ter início na educação
infantil, para que este aluno se sinta mais seguro ao ingressar no ensino fundamental e
esteja mais bem preparado para os desafios desta nova fase, e isso também possibilita aos
demais alunos uma melhor aceitação de colegas com necessidades especiais, visto que,
muitos já convivem com as diferenças desde a pré-escola.
É visível o crescimento da aceitação das diferenças por parte da população, as questões
sociais que visam inserir os especiais no mercado de trabalho são apoiadas pela
sociedade, que vê nesta inclusão um meio de atender os anseios daqueles que
nasceram com alguma limitação ou aos que a desenvolveram durante a vida, ou ainda
por uma fatalidade tiveram seus movimentos reduzidos. Com a inclusão acontecendo
no primeiro degrau da vida social de uma pessoa que é a escola, a possibilidade que esta
inserção seja mais absorvida e aproveitada por todos, é maior.
Segundo (BUENO: 2003), as escolas devem reciclar seu corpo docente e seus servidores
para o atendimento adequado aos portadores de necessidades educativas especiais,
estabelecendo ainda que professores efectivos possam actuar, em carácter provisório, nas
salas de recursos e no atendimento itinerante. No caso de não haver professores que
atendam às exigências, admitir-se-á a actuação de professores em designação
temporária. Definiu-se que, em todas as hipóteses, o professor deverá possuir curso de
especialização de, no mínimo, 120 horas.
Segundo (SANTOS: 2005), os novos profissionais que chegam ao mercado de trabalho
a cada semestre, o que se espera é uma aplicação clara e concisa de seus conhecimentos e
XIX
Segundo (SANTOS: 2005), quando o Estado cria leis que garantem o acesso e
permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais na sala de aula comum,
em uma escola regular, ele busca com isso propiciar a estes o convívio com os demais
alunos da escola, criando uma atmosfera de igualdade entre as ofertas oferecidas aos
“diferentes”. Mas, para tal inclusão é necessário mais que leis que as estabelecem; será
necessária adaptação física, a reparação/formação das pessoas que trabalham nas escolas e
que receberão estes alunos nas salas de aula, preparar a mobilização social, tanto dos pais,
quanto a sensibilização dos alunos para receberem os alunos especiais.
Segundo (CARVALHO: 2005), a inclusão educacional pelo visto chega a uma época de
informatização, maior velocidade na disseminação de notícias e fatos e proporciona
aos profissionais que se lançam nesta área, várias possibilidades de actuação e maior
facilidade para uma formação adequada a cada necessidade apresentada pelo aluno.
Segundo (CARVALHO: 2005), o desenvolvimento da proposta educacional de cada
instituição passa das práticas já conhecidas e aplicadas há anos e vai a novas e inovadoras
transformações nas mesmas, uma vez que, para atender as necessidades que cada aluno
apresenta, faz-se necessário empreender vários métodos novos, vislumbrando chegar ao
Objectivo final que é o desenvolvimento cognitivo e intelectual do aluno.
Segundo (CARVALHO: 2005), ouve-se a frase “A Educação é um direito de todos”,
certifica-se que a todos é assegurado o direito à mesma, independentemente de suas
limitações; o que não podemos esperar é que os meios de ensino e sua aplicação no
quotidiano escolar sejam iguais em todas as escolas.
Segundo (CARVALHO: 2005), o grande desafio actual é tratar os diferentes iguais; pois,
somos diferentes uns dos outros, mas somos iguais na questão de direitos e oportunidades.
E este desafio é extremamente difícil, principalmente na óptica da educação, uma vez que,
deve-se preparar na diversidade de necessidades cidadãos críticos e pensantes.
XXI
Sabe-se que cada necessidade precisa de um meio de tratamento, não pode esperar que um
mesmo método, uma mesma estratégia aplicada a um aluno com deficiência mental, seja
eficiente para todos os demais com deficiência mental. Tem se que aprimorar práticas para
alcançar êxito em no trabalho escolar. Cada deficiência é única, portanto o atendimento é
singular.
Segundo (CARVALHO: 2005), a interacção entre o professor da sala do Atendimento
Educacional Especializado (AEE) e o da sala regular é de suma importância para um
desenvolvimento completo do educando, uma vez que, as dificuldades apresentadas pelo
aluno em cada etapa do ensino podem ser diferentes e esta interacção possibilita uma
maior facilidade no diagnóstico destas dificuldades e posteriormente melhoria nos
métodos desenvolvidos pelos mesmos.
Capitulo III
3. Apresentação e análise dos dados
3.1. Apresentação dos dados
O tempo de experiência com os alunos especiais constatou-se que 60% dos professores
sempre trabalharam com alunos de Necessidades Educacionais Especiais (NEE) enquanto
40% nunca trabalharam.
Quanto à formação dos professores para atenderem crianças com necessidades
educacionais especiais no ensino da disciplina de Matemática, verificou-se que 75% dos
professores possuem capacitação profissional para trabalharem, enquanto 25%, não
possuem capacitação. Pode-se considerar que é um dado relevante, pois o conhecimento
leva a uma prática de atendimento que promova melhorias no processo escolar do aluno
quanto a aprendizagem de Matemática. E também, constatou-se que 71% dos professores
têm realizado cursos de capacitação e apenas 29% ainda não realizaram curso/capacitação,
segundo a tabela 3 e gráfico 3.
Comprovou-se que 75% dos professores destacam como maior necessidade de formação
dos professores para trabalharem com alunos com NEE o conhecimento de competências
pedagógicas para atender os alunos da Educação Especial e 25% que acreditam que seja o
conhecimento da disciplina que lecciona.
Tabela 3: Professores Capacitados em NEE
Professor Frequência Absoluta Frequência Relativa
%
Com capacitação 5 71,1
Sem capacitação 2 28,9
Total 7 100
Fonte: Autor/ 2016
XXV
A pesquisa evidenciou que a maioria do corpo docente tem mais 10 anos de experiencias
no Ministério de Educação. Esse dado é relevante, pois o diálogo pedagógico entre a
equipe pode se tornar um ambiente propício às novas mudanças e trocas de experiência.
Resultados do nº 2
Em relação à receptividade, obteve-se resultados percentuais diferentes para cada questão,
assim sendo, segue a descrição dos resultados:
Para a 1ª questão: Os pais são convidados para conhecer como funciona esse trabalho na
escola, obteve-se 57,14% de afirmação, essa percentagem representa cerca de 4 professores
que acreditaram na primeira questão como sendo uma das medidas para ajudar a contribuir
para o melhor atendimento dos alunos com NEE.
Para a 2ª questão: Sala de aulas adequadas e adaptadas obteve-se 85,71% de afirmação que
corresponde a 6 dos 7 professores.
Para a 3ª questão: Professor com formação específica para atender os alunos com NEE,
também obteve-se 85,71% de afirmação, que representa 6 professores dos 7 entrevistados.
Para a 4ª questão: Alunos acolhidos com carinhos, respeito e atenção, obteve-se 100% de
afirmação, que representa todos os 7 professores entrevistados.
Para a 5ª questão: Desenvolvimento de projectos Escola-Comunidade relacionados à
inclusão educacional, obteve-se 71,42% de afirmação, que representa 5 professores dos 7
entrevistados.
Resultados do nº 3
A escola possui atendimento educacional especializado e que o mesmo é realizado na
própria escola.
Resultados do nº 4
Sobre a questão da inclusão dos alunos com NEE na sala de aula, os resultados
demonstram que 54,55% dos professores acreditam que os demais alunos têm respeito aos
alunos com NEE, 27,27% identificam que os pais aceitam as NEE’s de seus filhos, e
XXVIII
18,18% acreditam que os colegas de classe possuem dificuldades de aceitar os alunos com
NEE.
Resultados do nº 5
Verificou-se que 36,36% relatam que há um planeamento colectivo com professores da
classe comum e multifuncional em todos os planeamentos, 36,36% identificam que existe a
participação em alguns projectos, enquanto 27,28% relatam que sempre fazem o
planeamento colectivo.
Resultados do nº 6
Em relação à presença de alunos com NEE, 100% dos professores ensinam a alunos com
NEE nas classes iniciais do Ensino primário.
Resultados do nº 7
Quando os professores identificam alunos com NEE, 54,55% dos professores, fazem um
relatório/diagnóstico e encaminha para o pedagogo, director e ou atendimento educacional
especializado; 27,27% utilizam de metodologias diversas para atender ao aluno com NEE
e, 18,18% participam com a família sobre a NEE do aluno.
Resultados do nº 8
Verificou-se que 43% dos professores possuem capacitação profissional para trabalhar com
alunos com NEE, enquanto 57%, não possuem capacitação, como ilustra o gráfico 3.
Constatou-se que 45,45% dos professores realizaram curso/capacitação com carga horária
de 80 a 200 horas; 45,45% não realizaram curso/capacitação e 9,10% realizaram
curso/capacitação com carga horária de mais 200 horas.
Com a aplicação do questionário na referida escola verificou-se que embora haja algumas
falhas, como: falta de adaptação física (a estrutura dos edifícios não está preparada o
suficiente para receber alunos com NEE), precariedade nos materiais didácticos
pedagógicos, falta de investimento na formação e capacitação dos funcionários que
trabalham com os alunos com NEE, a equipe gestora e de professores são muitos
XXIX
Durante essas actividades constatou-se vários factos na parte dos alunos, pois três alunos já
mostravam habilidades no manuseio da casa Braill, enquanto os outros dois ainda
apresentavam dificuldades. Mas com a ajuda da autora foi possível colmatar as
dificuldades que estes encaravam, como é o caso do posicionamento dos favos e a relação
que existe entre a casa Braill com o alfabeto.
Capitulo IV
4. Conclusões e recomendações
4.1. Conclusão
Conclui-se através dessa pesquisa que o professor que lecciona a disciplina de Matemática
é parte integrante e de fundamental importância no desafio da inclusão nas escolas públicas
e nas classes primárias, pois as dificuldades enfrentadas pelos mesmos exigem mudanças
de ideias, práticas, postura, conceitos e aceitação no aprender a conviver com a
diversidade, desenvolvendo uma pedagogia centralizada neste público-alvo específico.
Portanto, são vários os desafios que os professores de matemática enfrentam, tais como o
preconceito na recepção dos alunos com NEE, a falta da preparação psicopedagógica do
XXXI
4.2. Recomendações
Recomenda-se que para que a educação inclusiva seja de facto colocada em prática de
forma concreta e efectiva, deve-se iniciar um trabalho intensivo desde a formação
académica do professor ingresso na rede regular de ensino, melhorando e aumentando a
carga horária desta disciplina nas grades curriculares, para que tenha sua devida
importância.
Sendo assim, é necessário que todas as esferas do governo e das políticas públicas,
desenvolvam projectos e programas de conscientização da sociedade diante das
diversidades, que são inúmeras nesta sociedade, oportunizando ao cidadão o conhecimento
de seus direitos, para que consequentemente, seus deveres sejam exercidos.
XXXII
5. Bibliografia
1. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho
científico: elaboração de trabalhos na graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
2. BEYER, H. O. Por uma epistemologia das c r i a n ç a s c o m n e c e s s i d a d e s
especiais. In: Inclusão: Revista da Educação Especial. V.2. Brasília: Secretaria de
Educação Especial, 2006.
3. BUENO, J.G.B ET.al. As políticas regionais de educação especial no
Brasil. Trabalho apresentado na 26 Reunião anual da ANPED. Trabalho encomendado,
BUENO Poços de Galdas, MG, 5 a 8 de Outubro de 2003.
4. CARVALHO, Janete Magalhães, D i f e r e n t e s perspectivas da
p r o f i s s ã o docente na actualidade, 2. ed. Vitória: Edufes, 2004.
XXXIII
Apêndice
4 Em relação a Inclusão dos alunos com NEE na sala de aula, marque a(s)
alternativa(s) que se adequam a realidade da escola:
( ) Os demais alunos respeitam o aluno com NEE;
XII
( ) Outros _________________________
8 – Você tem curso e/ou capacitação profissional para trabalhar com os alunos com NEE?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) até 80 horas;
( ) de 80 horas a 200 horas; ( ) mais de 200 horas. ( ) nunca participei
XII
I
1. Como se sentes na sala de aula junto com os outros alunos sem os mesmos defeitos?
2. Qual é o desafio que tens tido nas aulas de Matemática?
3. Como tem sido as aulas práticas (resolução de exercícios)?
4. Será que o professor de Matemática é ideal para atender as suas necessidades assim como
os outros alunos?
5. Quanto as testes escritos de Matemática, como tens realizado?
XI
V
Anexo