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António David Tembe

Estatística

Trabalho de campo – Tabelas de Frequências e Medidas de Variáveis

Curso de Contabilidade e Auditoria – 1º Ano

Maputo, Abril de 2020


António David Tembe

Estatística

Trabalho de campo – Tabelas de Frequências e Medidas de Variáveis

Curso de Contabilidade e Auditoria – 1º Ano

Maputo, Abril de 2020


Lista de tabelas

Tabela 1. Tamanho da amostra [Fonte: Escola Comunitária Santa Ana da Munhuana, 2020] ....... 5
Tabela 2. Número de alunos selecionados com notas positivas [Fonte: Escola Comunitária Santa
Ana da Munhuana, 2020] ................................................................................................................ 6
Tabela 3. Classificação de notas dos alunos selecionados [Fonte: Escola Comunitária Santa Ana
da Munhuana, 2020] ........................................................................................................................ 7
Tabela 4. Tabela de frequências [Fonte: Escola Comunitária Santa Ana da Munhuana, 2020] ..... 7
Tabela 4. Medidas descritivas da variável em estudo ..................................................................... 8
Tabela 4. Levantamento de alunos órfãos e não órfãos .................................................................. 9

Lista de figuras

Figura 1. Vista frontal da Paróquia Santa Ana da Munhuana. ........................................................ 2


Figura 2. Aproveitamento positivo dos alunos selecionados. ......................................................... 6
Figura 3. Gráfico de barras das notas .............................................................................................. 8
Figura 4. Ogiva ................................................................................................................................ 8
Figura 4. Levantamento de alunos órfãos. ...................................................................................... 9
Índice

Lista de tabelas ................................................................................................................................ 1


Lista de figuras ................................................................................................................................ 1
2. Introdução ................................................................................................................................ 1
2.1 Generalidades ................................................................................................................... 1
2.2 Objectivos ......................................................................................................................... 1
2.2.1 Geral .......................................................................................................................... 1
2.2.2 Específicos................................................................................................................. 1
2.3 Estrutura do trabalho......................................................................................................... 1
3. Breves considerações sobre a escola visitada .......................................................................... 2
3.1 Leccionação das aulas de matemática .............................................................................. 2
3.2 Materiais didácticos para o ensino de matemática ........................................................... 3
4. Metodologia ............................................................................................................................. 4
4.1 Técnica de recolha de dados e análise .............................................................................. 4
4.1.1 Entrevista ................................................................................................................... 4
4.1.2 Análise de dados ........................................................................................................ 4
4.2 Amostra do estudo ............................................................................................................ 4
4.3 Tecnologia de suporte usada ............................................................................................. 5
5. Análise descritiva dos dados .................................................................................................... 6
5.1 Aproveitamento pedagógico da disciplina de matemática dos alunos selecionados ........ 6
5.1.1 Tabela de frequências ................................................................................................ 7
5.1.2 Histograma das notas................................................................................................. 8
5.1.3 Polígono de frequências (ogiva) ................................................................................ 8
5.1.4 Medidas descritivas das notas ................................................................................... 8
5.2 Levantamento de alunos órfãos e não órfãos .................................................................... 9
6. Conclusão ............................................................................................................................... 10
Bibliografia .................................................................................................................................... 11
ANEXO 1 ....................................................................................................................................... A
Estatística

1. Introdução

1.1 Generalidades
O presente trabalho tem como objectivo dar a conhecer o número total notas positivas, obtidas
pelos alunos 10ª classe da Escola Comunitária Santa Ana da Munhuana, na disciplina de
Matemática, no ano lectivo 2017. Inclui-se, neste trabalho de campo, o levantamento de alunos
órfãos e não órfãos de toda a escola no mesmo período.

1.2 Objectivos

1.2.1 Geral
 Estudar a situação positiva dos alunos da Escola Comunitária Santa Ana da Munhuana.

1.2.2 Específicos
 Descrever o aproveitamento positivo dos alunos submetidos aos exames finais da 10ª
classe de Matemática/1ª época;
 Fazer levantamento dos alunos órfãos da 10ª classe da escola.

1.3 Estrutura do trabalho


Este trabalho de campo apresenta-se dividido em quatro (4) capítulos:

 Capítulo 1: referente à introdução, neste capítulo debruça-se sobre aspectos gerais do


trabalho, objectivos e estruturação do trabalho;
 Capítulo 2: são descritas, neste capítulo, as características da área de estudo – Escola
Comunitária Santa Ana da Munhuana;
 Capítulo 3: corresponde a metodologia, que de forma sucinta descreve os passos
seguidos para a concretização do presente trabalho;
 Capítulo 4: faz-se a descrição e o tratamento de dados recolhidos.
 Capítulo 5: em última instância são apresentadas as conclusões.

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2. Breves considerações sobre a escola visitada

A Escola Comunitária Santa Ana da Munhuana está localizada na Av Emília Daússe, Nº 2129,
cidade de Maputo, no interior da Paróquia Santa Ana da Munhuana (figura 1).

Figura 1. Vista frontal da Paróquia Santa Ana da Munhuana.

A escola está estruturada em três áreas fundamentais: bloco da área administrativa, bloco das
salas de aulas e das casas de banho; e cantina. No total são 15 salas de aulas, 1 sala de
informática, 3 casas de banho, 1 cantina, 1 pavilhão, 3 gabinetes, 1 secretaria, 1 sala dos
professores, 2 armazéns e 1 sala dos funcionários não docentes.
Para o ano lectivo 2017, no período da manhã, foram leccionadas as 8ªs 1-10 classes e 9ªs 1-3
classes, ao passo que no período contrário, as 9ªs 4-6 e as 10ªs 1 a 10 classes.

2.1 Leccionação das aulas de matemática


Na Escola Comunitária Santa Ana da Munhuana as aulas são lecionadas segundo o modelo
tradicional, ou seja, os professores limitam-se em expor os conteúdos e avaliá-los no fim de cada
período. Predominam aulas expositivas, caracterizadas por exercícios de fixação, memorização
de algoritmos e exercícios de casa. É desprezado o método heurístico de leccionação de

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conteúdos, facto que obriga ao professor avaliar somente as matérias dadas, sem se preocupar em
relacioná-las com situações práticas da vida real.

A escolha do modelo tradicional de ensino é motivada por três factores principais:


 As condições físicas e organizacionais da instituição, como por exemplo, o excesso de
alunos nas salas de aulas, impede ou dificulta o dinamismo e interacção entre professor-
alunos na sala de aulas, o que faz com que os professores se limitem em expor os
conteúdos;
 As políticas educativas pré-estabelecidas pelo Estado moçambicano entram em
desarmonia com as próprias realidades económicas e sociais do país. Pretende-se
massificar o ensino de modo a minimizar significativamente o analfabetismo. Essa
política faz-se perceber com o exemplo da introdução da Passagem Semi Automática no
1ᵒ grau do ensino primário, o que dificulta a implementação do modelo construtivista,
uma vez que a maior parte de alunos apresenta um nível de conhecimentos abaixo do
requerido no ensino secundário;
 A falta de material didáctico diversificado por parte de muitos alunos, bem como da
própria escola, é um factor que obriga aos professores a optar em de fichas de apoio e
ditar apontamentos na sala de aulas.

2.2 Materiais didácticos para o ensino de matemática


No que concerne aos materiais didácticos, há que dizer que os mesmos existem em pouca
quantidade. Os recursos didácticos mais importantes são:
 Quadro, giz e apagador;
 Objectos: modelos geométricos, tais como cilindro e cone, construídos por alunos, porém
encontram-se arrumados na sala dos professores;
 Equipamentos: sala de informática equipada com computadores ganhos pela escola numa
olimpíada promovida pelo Banco Millenium BIM, internet e um data show.
 Instrumentos: materiais básicos de desenho, tais como réguas, esquadros, compassos,
transferidores entre outros;
 Livros de matemática.
Estes são os recursos materiais existentes na escola. Os outros ficam por conta da criatividade
dos docentes, que mesmo tendo uma escassez de recursos podem utilizar outros meios básicos,
de modo a facilitar o entendimento da matéria pelos alunos.

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3. Metodologia

Atendendo a dimensão deste estudo, foi utilizada uma pesquisa simultânea, isto é, a bibliográfica
e a do campo. Esta operação conjunta permitiu explorar ao máximo a disponibilidade de tempo,
bem como o alcance de matéria suficiente para o enriquecimento do presente trabalho. A
pesquisa junto às instituições de ensino facilitou o delineamento do estudo e contribuiu em
grande medida para o acesso à informação necessária para a sua concretização.

3.1 Técnica de recolha de dados e análise


As informações deste trabalho foram obtidas a partir de fontes primárias, isto é, directamente a
partir da escola em estudo.

3.1.1 Entrevista
Para a recolha de dados acerca da leccionação das aulas de matemática, foi efectuada uma
entrevista não estruturada e mista a um dos professores desta disciplina. As questões desta
entrevista encontram-se nos anexos 1.
No que tange ao aproveitamento dos alunos, nos exames finais de matemática de 2017, há que
dizer que extraido a partir das pautas existentes na secretaria da escola.

3.1.2 Análise de dados


O primeiro passo de análise de dados foi a verificação das informações recolhidas,
quanto à: validade, relevância e extensão. Depois foi feita uma abordagem qualitativa e
quantitativa desses dados, agrupando-os em classes. De um modo geral, a análise descritiva
consistiu em:

1) Organizar, criticar e classificar os dados colectados,


2) Aplicar métodos técnicos descritivos para construção de tabelas de frequências e
gráficos..

3.2 Amostra do estudo


O universo do estudo é constituído pelos alunos da 10ª classe da Escola Comunitária Santa Ana
da Munhuana, do ano lectivo 2017. Portanto, alguns alunos que foram submetidos ao exame de
da disciplina de matemática constituem a amostra de estudo. O tamanho da amostra foi calculado
por meio da técnica de amostragem estratificada, visto que foram envolvidos alunos de todas

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turmas da 10ª classe. Em cada turma foram selecionados 7 alunos, o que totaliza uma amostra de
70 alunos (tabela 1).

Tabela 1. Tamanho da amostra [Fonte: Escola Comunitária Santa Ana da Munhuana, 2020]

Turmas Número de alunos selecionados


10ª 1 7
10ª 2 7
10ª 3 7
10ª 4 7
10ª 5 7
10ª 6 7
10ª 7 7
10ª 8 7
10ª 9 7
10ª 10 7
Total 70

3.3 Tecnologia de suporte usada


Foi usado o pacote Excel da Microsoft para o processamento de dados e construção de gráficos.

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4. Análise descritiva dos dados

4.1 Aproveitamento pedagógico da disciplina de matemática dos alunos selecionados


A tabela 2 apresenta os resultados obtidos pelos alunos nos exames finais de matemática/1ª época do ano
lectivo 2017. Como se pode observar, os alunos da turma 1 figuram como os melhores, com 100% de
aproveitamento. A pior turma foi a 10ª 6. Esta comparação é facilmente notada no gráfico da figura 2.

Tabela 2. Número de alunos selecionados com notas positivas [Fonte: Escola Comunitária Santa Ana da
Munhuana, 2020]

Turmas Número de alunos selecionado


com médias positivas
10ª 1 7
10ª 2 5
10ª 3 4
10ª 4 5
10ª 5 4
10ª 6 2
10ª 7 3
10ª 8 5
10ª 9 3
10ª 10 4
Total 42

Figura 2. Aproveitamento positivo dos alunos selecionados.

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Para simplificar a percepção do estudo, houve a necessidade de classificar todas as notas em


intervalos, conforme a tabela 3. Esta forma de organizar os dados é vantajosa, na medida que
ajuda a interpretar e analisar a situação do aproveitamento pedagógico.
A moda das notas encontra-se no intervalo 10 – 13. Isto significa que a maior parte de alunos
têm obtido estas notas.
Embora não conste na tabela, houve um registo de 0 como nota mínima, ao passo que a máxima
verificada foi 19.
Importa referir que a nota mais alta foi registada na turma 10ª1.

Tabela 3. Classificação de notas dos alunos selecionados [Fonte: Escola Comunitária Santa Ana da
Munhuana, 2020]

Intervalo de notas Número de alunos


0–4 15
5–9 13
10 – 13 28
14 – 15 8
16 – 18 4
19 – 20 2

4.1.1 Tabela de frequências

A tabela 4 mostra as frequências das notas obtidas pelos alunos que constituem a amostra do
estudo. Verifica-se 40% de alunos teve notas negativas, ao passo que 60% é correspondente as
positivas. A moda das notas perfaz 40% da amostra.

Tabela 4. Tabela de frequências [Fonte: Escola Comunitária Santa Ana da Munhuana, 2020]

Intervalo Número de Frequência Frequência Frequência Ponto médio


de notas alunos (fi) relativa acumulada acumulada (xi)
percentual (%) (F) percentual (%)
0–4 15 21,43 15 21,43 2,00
5–9 13 18,57 28 40,00 7,00
10 – 13 28 40,00 56 80,00 11,50
14 – 15 8 11,43 64 91,43 14,50
16 – 18 4 5,71 68 97,14 17,00
19 – 20 2 2,86 70 100,00 19,50

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4.1.2 Histograma das notas.

Figura 3. Gráfico de barras das notas

4.1.3 Polígono de frequências (ogiva)

Figura 4. Ogiva

4.1.4 Medidas descritivas das notas

A tabela 5 mostra as medidas descritivas da variável em estudo.

Tabela 5. Medidas descritivas da variável em estudo

Notas
Média 9,51
Mediana 10,75
Moda 11,29
Mínima 0,00
Máxima 19,00
Desvio padrão 1,67
Coeficiente de variação (%) 17,74

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4.2 Levantamento de alunos órfãos e não órfãos


Houve algumas dificuldades em apurar esta informação, uma vez que o responsável pela mesma
encontrava-se em quarentena, devido a pandemia covi-19. Contudo, foi possível obtê-la, graças à
colaboração da escola em estudo.
A tabela 6 apresenta a relação de alunos órfãos da amostra selecionada, quer de pai, quer de mãe
ou ambos. Pode-se notar que mais do 50% de alunos não é órfã. Esta informação é relevante para
perceber o nível de dificuldade dos alunos no que tange a frequência as aulas. É sabido que o
aproveitamento é muitas vezes influenciado pelo acompanhamento dos encarregados de
educação.

Tabela 6. Levantamento de alunos órfãos e não órfãos

Alunos Número de alunos


Órfãos de pai 10
Órfãos de mãe 15
Órfãos de ambos 5
Não órfãos 40

Tratando-se de uma variável qualitativa, optou-se por apresentar o digrama circular, que melhor
visualiza este tipo de variável (figura 5).

Figura 5. Levantamento de alunos órfãos.

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5. Conclusão

Em forma de conclusão, pode-se afirmar que mais de 50% dos alunos da Escola Comunitária
Santa Ana da Munhuana obtém notas acima de 10 valores, nos exames de matemática da 10ª
classe.
A nota média da escola é de aproximadamente igual a 10 valores, embora haja registo de nota
mínima de 0 valores e máxima de 19 valores.
Conclui-se também que a maior parte dos alunos não é órfã, facto que contribui bastante para o
aproveitamento positivo que tem se verificado na disciplina de matemática.

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Bibliografia

1. Gil, A. C. (2008), Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 6ª Edição, São Paulo, Editora
Atlas S.A.
2. Larson, Ron e Farber, Betsy. (2016), Estatística Aplicada, 6ª Edição, São Paulo, Editora
PEARSON.
3. Spiegel, Murray R. (1978), Probabilidade e Estatística, São Paulo, Editora McGraw-Hill.
4. Guiliche, Firmino (2019), Texto de apoio de Estatística I, Maputo, Universidade Eduardo
Mondlane.

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Anexos

ANEXO 1

Entrevista a um professor de matemática

Para facilitar a escrita, são usadas as seguintes abreviaturas:


 Ent. – entrevistador
 Prof – professor entrevistado

Ent. Bom dia, hoje são 6 dias de Abril de 2020 e encontramo-nos no 1º trimestre, porém no
período de “quarentena”. Gostaria de começar por dizer que a entrevista é feita no âmbito das
práticas pedagógicas e o objectivo principal é fazer auscultação ao professor em relação ao
processo de ensino-aprendizagem de Matemática. Chamo à atenção que a toda a entrevista será
confidencial, ou seja, não será identificado, ninguém terá acesso à sua identificação.

Ent.: Qual é o seu nome, idade, habilitações literárias e tempo de serviço?


Prof. Chamo-me Prof., tenho 33 anos de idade, sou Licenciado em Ensino de Matemática pela
Universidade Pedagógica e lecciono há de 10 anos.

Ent.: De forma resumida, gostaria de saber qual é o modelo que tem usado para a
leccionação das aulas e o porquê da sua adopção?
Prof. Bem…basicamente aplico o modelo tradicional, que consiste no método expositivo. São
vários os factores de escolha, contudo destacam-se as dimensões das salas e a fraca pré-
concepção dos alunos. O modelo construtivista exige muito tempo e torna-se difícil aplicá-lo,
quando o número de alunos por turma é elevado. Importa referir os programas de ensino são
longos e tenho tempo limitado para cumprí-los.

Ent.: Fale da eficiência do modelo tradicional?


Prof. Para ser sincero, este modelo é desvantajoso e ultrapassado. Uma das desvantagens da
educação tradicional é que ela põe muito valor em padrões, currículo e aprovação em testes, ao
invés de um aprendizado concentrado no aluno. A educação tradicional em sala de aula não
encoraja o pensamento crítico, a habilidade de aplicar activamente a informação adquirida
através de experiência e raciocínio. Por estas e outras razões o considero ineficiente e
infelizmente sinto-me obrigado a usar este modelo em função das condições reais da escola.
Ent.: No que concerne a qualidade de ensino de matemática, o que o professor tema dizer?

A
Anexos

Prof. A avaliar pelos resultados dos últimos anos, é evidente que a qualidade é muita baixa. Os
alunos apresentam dificuldades graves em conteúdos simples e básicos. E…e..e..até têm
problemas de tabuada. Problemas sérios de operações algébricas, bem como a resolução de
equações simples e cálculo de áreas de polígonos regulares. Agora se questionares as razões
dessa baixa qualidade, humm é um conjunto de factores que está por detrás dos maus resultados
no ensino de matemática. Os alunos não reúnem condições básicas de conhecimentos, não têm
materiais didácticos e faltam de forma sistemática aos primeiros e últimos tempos. Existe a
questão de formação dos professores, turmas numerosas, carga horária reduzida, falta de
equipamentos e meios didácticos, falta de motivação dos professores, falta de interesse dos
alunos. Enfim, um estudo detalhado deve ser feito a respeito da má qualidade e que é notável.

Ent.: Do seu ponto de vista, quais são os factores que mais contribuem para o sucesso da
aprendizagem de Matemática, associados aos alunos?
Prof. É difícil responder, mas penso que a chave do sucesso é a motivação intrínseca por parte
do aluno. Eh… Nas aulas penso que para os alunos, a atenção e concentração é fundamental, não
havendo atenção por parte dos alunos, eles não conseguem atingir as competências mínimas
necessárias para terem aprovação à disciplina. O interesse também pela disciplina. Eh… Pronto,
são uma das causas que… penso que são as principais causas para o sucesso.

Ent.: E agora, quais são os factores que mais contribuem para o sucesso da aprendizagem
de Matemática, relacionados com o professor?
Prof. O que eu tento fazer e essa tem que ser a minha visão é tentar explicar da melhor forma, é
fazer com que os alunos, à partida, tenham um bom ambiente dentro da sala de aula. Tentar fazer
referências ao manual, como é que devem seguir, estruturar o estudo deles e depois exigir um
pouco da parte deles… Exigir que eles façam aquilo que eu peço, trabalhos, exercícios de classe,
e adquirir material didáctico.

Ent.: Quantos exercícios têm resolvido na sala de aulas e quem os resolve?


Prof. Bem…depende da aula. O normal é resolver 7 exercícios nas aulas duplas, embora seja
insuficiente. A resolução é ministrada pelos alunos, como forma de lhes incentivar a gostar de
matemática.

B
Anexos

Ent.: Nos últimos anos têm sido alterados os programas de ensino e porconseguinte a
elaboração de novos manuais de matemática. Acha que isto afecta a qualidade no processo
de ensino?
Prof. É lógico que sim. Ora vejamos. A carga horária para as 9ªs e 10ª classes era de 5
horas/semana. Com a mexida dos programas, houve a redução para 4 horas, todavia a quantidade
dos conteúdos foi mantido, logo é impossível cumprir com os programas. Hum..é evidente que
também não há ajustamento dos modelos de formação de professores de matemática às
mudanças curriculares. Isto, meu caro estudante, afecta negativamente o processo de ensino e
aprendizagem.

Ent.: Durante a minha visita, vi algumas potencialidades que podem ser usadas no ensino.
Será que elas são aproveitadas?
Prof. Infelizmente, não. Não é fácil, quando se tem 55, 60 alunos na sala. Quem sabe, nos
próximos anos, estude-se a possibilidade de usá-las.

Ent.: Quais são as formas para combater o insucesso na disciplina de Matemática que devem ser
implementadas por parte dos professores?
Prof. Uma solução imediata é…é… É tentar motivar os alunos, A ideia é tentar motivar sempre
os alunos. Mas é muito complicado. Se estiveres com alunos que não têm ambição nenhuma, que
nem querem saber da escola é muito complicado. Mas a educação nunca vai mudar enquanto as
instituições superiores não fizerem trabalhos de base, que envolvam alunos e professores.

Ent.: Não há mais nada que queira acrescentar?


Prof. Não.

Ent.: Quero agradecer a colaboração e toda a disponibilidade. Obrigado!

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