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Relatório das Práticas Pedagógicas

(Licenciatura em Ensino de Educação Física)

Universidade Catolica de Moçambique


Nampula, Setembro de 2022
Relatório das Práticas Pedagógicas

Relatório de Estágio, como trabalho


avaliativo, apresentado à cadeira de
Práticas Pedagógicas-II (PP-II),
1º ano, servindo como requisito
parcial para obtenção de notas
referentes ao Semestre, leccionada
pelo docente:

Universidade Católica de Moçambique


Nampula, Setembro de 2022
Índice
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4
CAPÍTULO I: IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA......................................................................5
1.1. Localização geográfica da escola.................................................................................5
1.2. Descrição da estrutura física e classificação da Escola................................................6
1.3. Cronograma da Escola.................................................................................................6
1.4. Composição do património da escola...........................................................................7
1.5. Organização da escola..................................................................................................7
1.6. Plano Geral da Escola e Planos Sectoriais...................................................................7
1.7. Regulamento Interno da Escola....................................................................................8
1.7.1. Resumo do regulamento interno da Escola Secundária de Napipine...................8
1.7.2. Regulamento de Avaliação...................................................................................8
1.7.3. Livro de Turma.....................................................................................................8
1.8. Pano de Estudos e Circulares.......................................................................................9
1.8.1. Sector pedagógico.................................................................................................9
CAPÍTULO II: ASSISTÊNCIA AS AULAS E ACTIVIDADES DOS ALUNOS E
PROFESSOR............................................................................................................................11
2. Descrição de Actividades Desenvolvidadas.....................................................................11
2.1. Preparação da aula......................................................................................................11
2.2. Avaliação do Processo de Ensino Aprendizagem......................................................12
2.3. Métodos de ensino......................................................................................................13
2.3.1. Elaboração Conjunta...........................................................................................13
2.3.2. Método Expositivo..............................................................................................13
2.3.3. Método de Trabalho Independente.....................................................................13
2.3.4. Funções Didácticas.............................................................................................14
CONCLUSÃO..........................................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................17

iii
INTRODUÇÃO
De acordo com Alarcão e Tavares (1997: 103), no contexto escolar, a observação é um
conjunto de actividades destinadas a obter dados e informações sobre o que se passa no
processo de ensino aprendizagem com a finalidade de mais tarde proceder a uma análise do
processo numa ou noutras das variáveis em foco. Esta observação escolar segundo Gil (996:
42) é um procedimento, uma técnica de análise e recolha de dados. Ela visa recolher dados
sobre o decorrer do processo de ensino-aprendizagm a fim de proceder uma análise do memo.

Entretanto, a observação é uma das etapas do método científico. Consiste em perceber, ver e
não interpretar. A observação é relatada como foi visualizada, sem que, princípio, as ideias
interpretativas dos observadores sejam tomadas.

O presente relatório é fruto de pesquisa que se baseou na cadeira de Práticas Pedagógicas-II


realizada pelo autor do trabalho do curso de licenciatura em ensino de Educação Física da
Universidade Católica de Moçambique.

A pesquisa realizou-se de forma objectiva na observação directa para a obtenção de dados


informativos sobre o conhecimento da instituição escolar e a comunidade envolvente.

Na sua materialização usou-se o método de análise documental e de recolha e interpretação


dos dados, sendo necessário o recurso ao questionário e a entrevista.

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CAPÍTULO I: IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
A escola secundária de Napipine foi fundada em 1986, posteriormente, inaugurada em 1988
pela Ministra de Educação na altura a Graça Machel. A Escola Secundária deNapipine é uma
instituição de Ensino Secundário Geral, cuja orienta-se aos escritos do Ministério da
Educação e Desenvolvimento Humano. A génese do seu funcionamento foi em 19 de Janeiro
de 2004.

Primeiramente esta instituição funcionou como uma EP1, e no ano seguinte (1988), ascende a
categoria de EP2, na mesma altura funcionou como Instituto Médio Pedagógico (IMP),apenas
no período de manhã. Devido ao efeito da natureza do próprio homem, a escola ficou
degradada, e veio a ser reabilitada pela mCel (Moçambique Celular), em parceria com as
TDM (Telecomunicações de Moçambique), em 2003 a 2004. Igualmente depois da sua
reabilitação, a escola eleva a categoria de Escola Secundária, tendo iniciado com catorze (14)
turmas da 8ª classe, sendo oito (8) turmas do curso diurno e as restantes seis (6) no curso
nocturno. A escola já contou com salas anexas no distrito de Murrupula, albergando duzentos
(200) estudantes acompanhados por oito (8) docentes.

Durante o processo de transição de ano, a escola recebia alunos graduados da EPC de


Napipine, Murrapaniwa, distrito de Rapale, Cerâmica e outras instituições de ensino da cidade
de Nampula. Ela foi construída com material convencional, começou a funcionar com um
bloco constituído por cinco salas de aulas, uma secretaria, uma direcção.

1.1. Localização geográfica da escola


A Escola Secundária de Napipine localiza-se no posto administrativo do mesmo nome
(Napipine), na cidade municipal de Nampula, na área da missão católica do São Pedro com as
seguintes coordenadas geográficas:

 A Norte da escola situa-se a Escola Primária Completa de Napipine;


 A Noroeste situa-se o Centro de Saúde de Napipine;
 Ao Oeste situa-se a Universidade Rovuma, Extensão Nampula;
 A Noroeste a Igreja de S. Pedro;
 A Sul a parcela do bairro.

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1.2. Descrição da estrutura física e classificação da Escola
A escola tem vedação, dentro do recinto escolar há um pátio onde os alunos se recreiam
durante o intervalo. No recinto escolar há uma Bandeira da Republica de Moçambique e um
mapa de Moçambique desenhado no pátio. Dentro escolar não há campo de futebol pelo
menos os alunos praticam desporto, não só, mas também há salão para pratica de educação
física.

Dentro da escola existe quatro blocos de salas de aulas, o primeiro bloco é composto por
quatro salas de aulas, uma de informática e uma sala dos professores cujo neste encontramos
também a secretaria da escola; O segundo bloco de salas é composto por três salas de aulas; O
terceiro bloco é composto por seis salas; e o quarto, e último bloco, é composto por sete salas
de aulas.

Ainda observei a existência do sector pedagógico do segundo ciclo (11ª e 12ª classes),
separado do primeiro ciclo (8ª a 10ª classes). Existe um sector administrativo, uma sala de
informática, duas casas de banho (onde os professores e os alunos usam as mesmas sem
separação e muito menos a distinção).

Existem latas para lixo, plantas (acacieras), uma biblioteca, dezanove quadros pretos, as
portas das salas de aulas são de madeira, porem a porta do sector pedagógico, a da secretaria e
a da sala de informática são as que estão gradeadas, existe ar condicionado (simplesmente na
sala de informática), existe janelas nas salas de aulas por fim, existem um tanque de água.

Segundo o regulamento elaborado a partir do gabinete do ministro da educação que consta


num dos diplomas ministeriais, no seu artigo 7, as escolas secundárias classificam-se em A, B
e C.

 Tipo A, são as que possuem 30 salas de aulas no mínimo e 60 turmas para além das
infraestruturas obrigatórias e presentes no cadastro;
 Tipo B, as que possuem 20 salas de aulas e 40 turmas para além das infra-estruturas.
 Tipo C, são as escolas que possuem 20 salas de aulas e menos de 40 turmas, para além
das infra-estruturas constantes do cadastro.

Portanto, a Escola Secundária de Napipine é da classe C, visto que o número total de salas de
aulas é 20 para além de outras infra-estruturas.

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1.3. Cronograma da Escola
A elaboração do horário é feita consoante o número de turmas que se tem e faz-se uma
distribuição equitativa dos professores, tendo para turma, 2 vezes por semana as aulas de
Educação Física. Actualmente, a escola utiliza o sistema informático que sistematiza o horário
automaticamente tornando a sua elaboração, uma tarefa fácil.

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1.4. Composição do património da escola
A Escola possui como bens móveis: material informático, mesas, cadeiras que se encontram
nas salas de aulas e nos gabinetes.

Os bens imóveis da Escola constituem os edifícios estruturados em 4 blocos principais, uma


cantina e instalações das salas de aulas.

As casas de banho estão divididas em masculino e feminino e têm acesso à água que é usada
para limpeza.

 O primeiro bloco é constituído por quatro salas de aulas, a secretaria da escola, salas com
sequência numérica 1, 2, 3 e 4;
 O segundo bloco é constituído por três salas de aulas, salas numéricas 5, 6 e 7;
 O terceiro bloco é constituído por 7 salas de aulas, salas numéricas 8, 9, 10, 11, 12, 13,
14;
 O quarto bloco é constituído por 5 salas de aulas, salas numéricas 15, 16, 17, 18 e 19.

1.5. Organização da escola


A Escola Secundária de Napipine obedece a seguinte estrutura:

 Conselho da escola;
 Direcção da escola;
 Director da escola;
 Directores de turmas;
 Ligação da escola e comunidade;
 Secretariado da ONP;
 Secretariado do comité do círculo.

1.6. Plano Geral da Escola e Planos Sectoriais


A Escola Secundaria de Napipine possui como documentos básicos:

 O plano geral da escola que normalmente tem se feito anualmente para orientar as
actividades escolares que se realizam durante o ano, divididos em três trimestres. O
plano abrange a todas as áreas da Escola, organizacional, pedagógica e administrativa;
 Os planos sectoriais que constituem as programações dos sectores ou departamentos
escolares para uma execução regularem das suas actividades trimestrais ou anuais.

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1.7. Regulamento Interno da Escola
1.7.1. Resumo do regulamento interno da Escola Secundária de Napipine
A Escola Secundaria de Napipine é uma instituição pública do tipo C, do Ensino Secundário
Geral vocacionada para leccionar as disciplinas de Português, Inglês, Historia e Geografia
para a secção de letras; Biologia, Física, Química, Matemática e Desenho constituem a secção
de ciência e as disciplinas profissionalizantes. O objectivo geral deste nível é a formação
básica científica do aluno de modo a participar nas acções fundamentais da vida pessoal e da
sociedade em geral de forma consciente. Neste sentido, a escola é um local de trabalho de
conveniência num ambiente de estreita ligação entre pais ou encarregados de educação,
alunos, funcionários, administrativos, professores e a comunidade em geral.

1.7.2. Regulamento de Avaliação


A avaliação é um instrumento do PEA dinâmico contínuo e sistemático que permite aferir do
comprimento dos objectos e finalidade da educação melhorar as estratégias do ensino
valorizar as potencialidades do aluno nível individual e do grupo, estimar o sucesso do
sistema educativo, promover a qualidade do ensino e certificar o conhecimento adquirido.

1.7.3. Livro de Turma


O livro de turma tem as suas indicações para o seu respectivo uso. Entretanto vem descrito
por lista dos alunos, espaços para dados dos mesmos. Espaços dos encarregados de educação
para alem das disciplinas que são escritos por notas trimestrais.

Todavia, o livro de turma tem de princípio o termo de abertura em que consta a sua utilidade
ou o registo dos sumários diários dos alunos pais encarregados de educação, reuniões para
além do horário. O livro esta devidamente enumerado e rubricado e assinado pelo director da
turma e da escola para além dos professores que passam nessa classe.

O livro de turma constitui um documento de tutela da turma. É lá onde se registam as notas


dos alunos, é guião de controlo de presença dos alunos e apresenta todos os nomes dos alunos.

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1.8. Pano de Estudos e Circulares
1.8.1. Sector pedagógico
Pronunciar-se sobre as questões para que for convocado, organizar o processo docente,
metodológico e educativo, garantir e controlar a aplicação dos programas, da metodologias de
ensino e da avaliação da aprendizagem superiormente definidas, assegurar o cumprimento das
normas de organização, avaliação e direcção escolar no estabelecimento, promover estudos de
natureza pedagógica que lhe sejam propostos, assegurar a formação dos professores em
exercício na escola e a execução dos programas de aperfeiçoamento dos mesmos, efectuar os
cartões avaliativos no meio de cada semestre, coordenar, planificar e avaliar as actividades
dos grupos de disciplina, apreciar e propor alterações aos planos e programas curriculares,
bem como o regulamento de aviação, aos calendários e horários das diferentes disciplinas a
ministrar, elaborar a acta de cada reunião, nomeado, para além dos assuntos discutidos, as
propostas, os pareceres e as conclusões dos participantes, arquivado uma cópia numa pasta
própria e enviar no prazo de 8 dias a original à direcção da escola.

1.8.1.1. Plano de Estudos de Classes, Ciclos e Grupos de Disciplinas


O grupo de disciplina é o órgão de apoio técnico, cientifico e metodológico da direcção
pedagógica, compõem o grupo de disciplina todos os professores da respectiva disciplina,
identificar as formas de superar as dificuldades no processo de ensino e aprendizagem,
pronunciar-se sobre os problemas dos professores, avaliar o desempenho do docente,
escolher, por votação, os representes dos professores para o conselho da escola. Elaborar as
APS e ACS e das propostas de exame, analisar o resultado das avaliações e propor o seu
melhoramento, avaliar o desempenho de cada elemento de grupo e apoiar os professores
menos experientes.

1.8.1.2. Mapas Estatísticos


Os Mapas estatísticos colhidos são: efectivo escolar, número de alunos por classes e turmas,
número de professores por classe, ciclos e grupos de disciplinas.

i. Efectivo de alunos do 1º Ciclo (8ª, 9ª e 10ª Classes) Período Diúrno

Classe Nº de Turmas Homens Mulheres Total


8ª 5 175 200 375
9ª 8 295 425 720
10ª 10 590 730 1.320

10
11
ii. Efectivo de alunos do 2º Ciclo (11ª e 12ª Classes) Período Diúrno

Classe Nº de Turmas Homens Mulheres Total


11ª 7 390 460 850
12ª 8 345 405 750

iii. Efectivo dos professores do 1º Ciclo

Período Professores
Diúrno 187

De acordo com as informações obtidas na Escola Secundaria de Napipine, o sector


pedagógico esta dividido em: Director de classe e Delegado de disciplina (coordenador de
actividades de disciplina).

As 11ª classes estão distribuídas em 9 turmas, sendo: A1; A2; B1; B2; B3; B4; B5; B6; C1.

As 12ª classes compreendem cerca de 7 turmas. A grupalização é diferente das 11ª classes
devido a reformulação do Sistema Nacional de Educação. Assim destacam-se: A1; A2; B1;
B2; B3; B4; C1.

A distribuição dos alunos em turma é feita, em função da idade sem descriminação da raça,
religião, etnia, cultura, coligação muito menos poder.

De acordo com as informações obtidas, o número dos alunos nas salas de aulas é
extremamente excessivo em cada turma, a média de alunos em cada turma é de 130, isto
somente no ano de 2022, é sabido que por norma é fixada em 45 o número máximo de alunos
por cada turma do 10 ciclo e também é fixada em 40 o número máximo de alunos por cada
turma do 20 ciclo.

A Escola Secundária de Napipine, trabalha em conformidade com os dados que são enviados
pela direcção da cidade e recebe os estudantes provenientes das escolas primárias
circunvizinhas.

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CAPÍTULO II: ASSISTÊNCIA AS AULAS E ACTIVIDADES DOS ALUNOS E
PROFESSOR
Nas primeiras aulas com matérias e situações de aprendizagem diferentes, as instruções
iniciais e os balanços eram um pouco mais demorados. Isto para que os alunos
compreendessem bem os objectivos e organização das aulas. Segundo a opinião de Jean-
Jacques Rousseau apud (Aranha & Martins, 2000) afirma que, “a mais importante, a maior e
a mais útil regra de toda a educação é não ganhar tempo, mas sim, perde-lo”. Portanto, vale
mais assegurar uma boa instrução inicial, onde os alunos entendam exactamente como vai
decorrer a aula e o que devem fazer, mesmo que demore algum tempo, pois é tempo que
iremosganhar se não estivermos sempre a parar a aula para tirar dúvidas.

2. Descrição de Actividades Desenvolvidadas


Durante o Estágio Pedagógico foram desenvolvidas competências necessárias, que um
professor deve adquirir, para uma adequada condução do processo de ensino e aprendizagem.
O trabalho que leva à aquisição dessas mesmas competências é um trabalho desenvolvido
durante o ano lectivo e dirigido a uma só turma. Junto desta, foram aplicados os
conhecimentos adquiridos anteriormente consoante a situação e o momento em que os
mesmos eram necessários.

Nem todos os conhecimentos adquiridos se tornaram aplicáveis e muitos dos mesmos tiveram
de ser, em parte, adequados à realidade escolar e, mais especificamente, à turma em questão.
Assim, esta descrição divide-se em dois grandes pontos:

 Planeamento; e
 Avaliação;

2.1. Preparação da aula


A planificação é o momento gratificante de toda actividade de ensino e aprendizagem, pois é
uma previsão daquilo que vai suceder na sala de aula. Portanto, para que a transmissão dos
conteúdos seja eficaz e segura, o professor deve planear o que vai transmitir.

Segundo, (Ribeiro, 1999):

os modelos de organização curricular disponíveis não existem, na prática, sob


formas “puras” e estão sujeitos a evolução ou adaptações, permanecendo
sempre a hipótese de invenção de novos tipos de estrutura curricular, em

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função das realidades concretas do ensino. Em especial, tendo em conta
limitações e vantagens inerentes a cada um dos modelos disponíveis, pode ser
benéfico e equilibrado utilizar diferentes estruturas.

O planeamento constituiu a competência profissional a desenvolver mais actividade docente,


sendo assim fundamental a sua realização uma vez que o processo de ensino e aprendizagem
não assenta em acções pedagógicas planeadas individual e isoladamente da realidade do aluno
e sua identidade, ou de aula para aula, ou improvisadas no próprio momento de aula.

Segundo (Bento, 1998), “a aula constitui o verdadeiro ponto fulcral do pensamento e da


acção do professor, sendo o Plano de Aula a unidade básica de planeamento e uma forma
detalhada e pormenorizada do planeamento do ensino adaptado e aplicado à sala de aula”.

A elaboração de um plano de aula, exige em primeiro lugar, saber o vai ser ensinado, isto é,
saber quais os conteúdos por transmitir; Em segundo lugar, imaginar a realidade do aluno de
modo adequar a planificação, bem como os conteúdos a transmitir; em terceiro lugar, aquando
da transmissão dos conteúdos ter domínio dos mesmo, pois mostra não somente as
competências, como também, o conhecimento dos mesmos. Enfim, deve-se ter em conta que a
planificação não é o sinonimo de uma boa aula, mas sim, evita muitas das vezes, o improviso.

É importante frisar, no Programa de Ensino de Educação Física do II Ciclo está descrito todas
as matérias a serem leccionadas, por Unidade Didáctica e por aula. Portanto, Todo o
planeamento da aula deve e teve por base as decisões da Dosificação e do Grupo de disciplina
de educação física e do material disponível.

2.2. Avaliação do Processo de Ensino Aprendizagem


A avaliação na disciplina de Educação Física foi também um ponto constituinte do Plano
Analítico. Os momentos, tipos de avaliação (diagnóstica, formativa e sumativa),métodos de
avaliação, os critérios de avaliação definidos pelo grupo de Disciplina de Educação Física
foram elementos referidos que, como já foi citado, serve de orientador a todos os restantes
processos subjacentes.

De acordo com Miguel Zabalza apud (Silva I. M., 1996) “avaliar se converteu em avaliar o
aluno e acerca deste, apenas algum tipo de aprendizagem e não o seu desenvolvimento
global e multidimensional”. No entanto, quase ninguém avalia os meios que utiliza ou as
tarefas que se realizam na aula ou as relações de comunicações, ou os conteúdos, inclusive a
própria avaliação que dá efeito.

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2.3. Métodos de ensino
O Método é caminho para se atingir certo objectivo. É o conjunto de meios adequados para
realizar objectivos. O professor ao dirigir o processo de ensino e aprendizagem do aluno
estimula-o utilizando um conjunto de condições e procedimentos a que se chamam de
métodos de ensino tais como:

2.3.1. Elaboração Conjunta


Este método é empregue predominantemente quando os alunos têm conhecimento e outros
pressupostos para alcançar novos conhecimentos e quando: há meios didácticos que permitem
a investigação de assuntos (tema); quando o professor quer repetir e controlar os
conhecimentos essenciais; quando os alunos já possuem capacidades de discutir, escutar
perfeitamente a pergunta e considerar as opiniões dos outros e os estímulos do professor. Com
este método o aluno torna-se o sujeito (é a divisão equitativa das actividades) de
conhecimento e não objecto como acontece no expositivo entre o professor e o aluno. A
elaboração conjunta “é a forma de interacção activa entre o professor e os alunos, visando a
obtenção de novos conhecimentos e convicções já adquiridas” (Libâneo, 1999).

2.3.2. Método Expositivo


No Expositivo, os conhecimentos, habilidades, tarefas são apresentados, explicados e
demonstrados pelo professor, sendo actividade do aluno, a de apenas receber os conteúdos
transmitidos pelo professor. Aqui o professor torna-se o centro do conhecimento “dono da
verdade” sábio universal e incomparável e o aluno é simplesmente um objecto. Este método
torna a aula monótona e inarticulada pelos alunos. Todavia, representa uma boa possibilidade
de apresentar racionalmente conteúdos novos, sobretudo quando: os alunos não têm os
pressupostos no assunto a tratar; capacidades, conhecimentos necessários para que possam
trabalhar independentes; quando o conteúdo acarreta dificuldades na compreensão da matéria.

2.3.3. Método de Trabalho Independente


Como sabemos, a pedagogia moderna põe a tónica no aluno e na sua actividade, valorizando
as funções de aprender.

O mais útil e educativo passa por levar os alunos a aprender a pensar e a criar exigências de
um pensamento correto e rigoroso, ou levá-los a aprender os grandes problemas teóricos com
que o ser humano se tem deparado ao longo dos tempos e as soluções que para eles foram
encontradas.

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Na execução das funções didácticas como professor estagiário o autor marcou trabalhos de
casa (TPC), trabalhos de pesquisas individuais e em grupos.

2.3.4. Funções Didácticas


As Funções Didácticas são tarefas do processo de ensino relativamente constantes e comuns
em todas as matérias. Pois, não há uma sequência fixa e rígida entre elas, dentro de uma etapa
se realizam simultaneamente outras. “O trabalho docente é uma actividade intencional e
planeada que requer uma certa organização e estruturação de maneira que os objectivos
previamente traçados sejam alcançados” (Libâneo, 1999). Portanto, o sucesso duma aula
depende da planificação e dos momentos ou etapas de aula, especialmente:

2.3.4.1. Introdução e Motivação


A “motivação didacticamente é o processo de incentivo destinado a desencadear impulsos no
interior do indivíduo, a fim de predispô-lo a quer participar as actividades escolares
oferecidas pelo professor” (Nerice, 1989).

Motivação é um factor decisivo no processo de ensino e aprendizagem, não poderá haver


processo de ensino e aprendizagem didacticamente aceite se o aluno não estiver motivado, se
não estiver disposto, daí que há necessidade de motivá-lo. Motivar o aluno é condição
indispensável no processo de ensino e aprendizagem. Esta primeira fase compreende conjunto
de actividades que visam a reacção imediata e favorável dos alunos perante os conteúdos. Faz
a mobilização (organização do ambiente e ligação de matéria nova em relação a anterior).

2.3.4.2. Domínio e Consolidação


É a fase caracterizada essencialmente pela revisão ou recapitulação da matéria em aula, nesta
é preciso que os conhecimentos sejam organizados, fixados, na mente do aluno afim de que
estejam disponíveis em aplicá-los em situações concretas. A revisão é fundamental nesta fase,
pois, serve para firmar os conhecimentos anteriores e ligá-los aos novos, formando uma
estrutura lógica da matéria na mente do aluno.

2.3.4.3. Controlo e Avaliação


Controle e Avaliação é uma função didáctica, que percorre todas as etapas e abrange a
consolidação dos vários tipos de actividade do professor e dos alunos no processo de ensino e
aprendizagem. É um processo sistemático e contínuo, no decurso do qual se obtém
informações e manifestações a cerca do desenvolvimento docente e discente atribuindo-lhes
juízos de valores.

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Nos primeiros dias de estágio na sala de aula houve em alguns casos o incumprimento das
funções didácticas ocasionado por inconsistência no toque de entrada e saída por parte dos
funcionários encarregue para tal; a gestão do tempo devido a dificuldade de apreensão dos
conteúdos por parte dos alunos, barulho e atraso de entrada dos alunos na sala de aula.

Na tentativa de contornar esta situação comunicou-se aos contínuos para observarem o


horário de toques, alguns estagiários passaram a digitar e imprimir apontamentos e distribuí-
los aos alunos e verificar os cadernos para comprovar se os alunos passavam os
apontamentos.

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CONCLUSÃO
Com a construção deste relatório pude reflectir com mais cuidado e tempo acerca do meu
estágio. Naquelas que foram as principais dificuldades sentidas, pensando e delineando
estratégias para combater essas dificuldades e superar o meu desempenho naquelas que até
correram bem mas podem correr bastante melhor.

Igualmente, a existência de estagiários possibilita uma renovação constante dos


conhecimentos, pois quem ensina também aprende, mantendo assim um processo de
aprendizagem contínuo e actual, de grande impacto e de grande importância para o meio
escolar. Outrossim, partindo da ideia que ninguém nasce ensinado, é preciso praticar e
exercitar para se desenvolverem as capacidades necessárias ao papel de docente. Ao
proporcionarem, hoje, um bom estágio ao futuro profissional ganham, amanhã, um bom
agente de ensino, sendo um grande impacto do estágio no contexto escolar.

Portanto, o Estágio Pedagógico mostrou-se uma excelente oportunidade de aprendizagem ao


favorecer a aquisição e desenvolvimento de novos conhecimentos e práticas profissionais,
pessoais e sociais. Considero que, ao longo desde processo, cresci muito como pessoa e como
profissional, tendo-me tornado uma profissional competente e capaz de agir em qualquer
situação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aranha, M. L., & Martins, M. H. (2000). Temas de Fiosofia: Manual do Professor (2ª ed.).
São Paulo: Editora Moderna.

Bento, J. (1998). O Planejamento e Avaliação. Livros Horizonte.

Libâneo, J. C. (1999). Dadática Geral. São Paulo: Editora Cortês.

Nerice, I. G. (1989). Didática Geral. Editora, Fundos de Cultura: Brazil'Portugal.

Ribeiro, L. (1999). Tipos de Avaliação: Avaliação da Aprendizagem. Lisboa: Texto Editora.

Silva, I. M. (1996). A Avaliação no Encino da Educação Física. Lisboa: Universidade


Católica.

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ANEXOS

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