Você está na página 1de 18

0

Índice
0. Introdução................................................................................................................................1

1. Objectivos................................................................................................................................2

1.1. Metodologia..........................................................................................................................2

2. Historial da Escola Primária Completa 24 de Julho................................................................3

2.1. Funcionamento da Escola.....................................................................................................3

2.3. Infra-estruturas......................................................................................................................4

2.4. Recursos Humanos................................................................................................................4

2.4.1. Composição das Turmas....................................................................................................4

2.5. Gestão de Livros...................................................................................................................5

3. Conceitualização da planificação estratégica...........................................................................5

3.1. Elaboração do Plano estratégico...........................................................................................5

3.2. Diagnóstico da Escola Primária Completa 24 de Julho........................................................6

3.3. Avaliação estratégica da escola/análise FOFA.....................................................................7

3.4. Missão:................................................................................................................................10

3.5. Visão...................................................................................................................................11

3.6. Valores................................................................................................................................11

4. Objectivos estratégicos da escola...........................................................................................12

4.1. Estratégia.............................................................................................................................13

4.2. Metas...................................................................................................................................14

4.3. Indicador.............................................................................................................................14

5. Considerações Finais..............................................................................................................16

6. Bibliografia............................................................................................................................17
1

0. Introdução
O presente trabalho da disciplina de Planificação da Educação, tem como objectivo compreender
a planificação estratégica, portanto, de maneira clara demonstrar-se-á os procedimentos e
aspectos a ter em conta para elaborar um plano estratégico.

Plano Estratégico pode se considerar como um conjunto coerente de grandes prioridades e


decisões que orientam o desenvolvimento e a construção do futuro de uma organização num
horizonte de longo prazo. É uma ferramenta gerencial essencial para impor uma racionalidade
central de decisões, estimular a convergência de esforços e focalizar a atenção dos decisores
nos factores chave para o sucesso da organização. (PORTO, 1998)

Desta forma, irá se elaborar um plano estratégico, a partir da análise feita à Escola Primária
Completa 24 de Julho, que cita na Província de Maputo, no posto Administrativo de Infulene,
Distrito da Matola, concretamente no bairro Intaka, onde destacar-se-á: a análise FOFA, missão,
visão, valores, estratégia, indicadores e objectivos estratégicos.

É importante que um gestor educacional compreenda ou que esteja munido destes


conhecimentos, pois, somente com a elaboração de um bom plano estratégico, poderá verificar-
se um desenvolvimento sustentável e contínuo na instituição.
2

1. Objectivos
Geral

 Compreender a planificação estratégica.

Específicos

 Conceitualizar a planificação e plano estratégicos;


 Identificar os pontos chaves para elaborar um plano estratégico;
 Descrever os passos necessários para elaborar um plano estratégico.

1.1. Metodologia
Para a realização do presente trabalho de pesquisa, recorreu se a consultas bibliográficas que
sustentam o tema em análise e pesquisas na internet, tendo como base a análise feita na Escola
Primaria Completa 24 de Julho. O presente trabalho decorreu em duas fases onde, a primeira fase
compreende a revisão de literatura que foi realizada em acertos literários que possui material
sobre o tema em análise e confrontou-se com a realidade da escola a cima mencionada, e a
segunda fase consiste na compilação da informação pesquisada que apresentará se os resultados
que se obteve.
3

2. Historial da Escola Primária Completa 24 de Julho


A Escola Primária Completa 24 de Julho, localiza-se no Posto Administrativo de Infulene,
Distrito da Matola, Bairro de Intaka, Quarteirão número 27, a 400 metros do Projecto designado
5000 casas, Rua principal de Boquisso.

A escola foi fundada em 1976 numa zona repleta de cajueiros que se designava Micadjuine. Em
1995, a escola foi transferida para uma antiga cooperativa e graças a parceria com o governo
italiano onde foi construído um bloco com quatro (04) salas, inaugurada a 31 de Outubro de
2002, pelo doutor Carlos Tembe.
A localização da escola constitui uma valia para a população, tratando-se de uma zona em
expansão, é sem dúvida, uma das escolas bem localizada na Zona de Influencia Pedagógica (ZIP)
por causa da deslocação, sendo que as outras encontram-se distantes.

2.1. Funcionamento da Escola


A Escola Primária Completa 24 de Julho, é dirigida pelo director da escola, coadjuvado pelo
director pedagógico, funciona actualmente com 10 salas de construção convencional mobiliadas
por 250 carteiras duplas em cada uma delas, com iluminação deficiente, e 15 salas sombras (por
baixo das árvores), leccionando da 1ª a 7ª classes, em regime de 3 turnos para a 1ª e 5ª classes,
dividido entre os seguintes períodos: das 6h30min às 10h30min; 10h30min às 13h20min;
13h45min às 17h25min e 2 tunos param a 6ª e 7ª classe divididos nos seguintes períodos: das 7h
às 11h50min e das 12h às 17h.
Para iniciar as actividades, os alunos de cada turno concentram-se, no pátio da escola, 10
minutos antes do início das aulas, para entoação do Hino Nacional. O chefe da secretaria com
seus auxiliares são responsáveis pelo controle da assiduidade do pessoal docente e não docente,
toque do sino para o recreio e o órgão máximo da instituição é o Conselho da Escola composto
por 21 elementos.
4

2.3. Infra-estruturas
A escola supracitada é constituída por três Blocos de construção convencional contendo no total
dez (10) salas, num dos blocos existe uma sala que está dividida em três gabinetes a saber:
gabinete do director, director adjunto e do chefe da secretaria; as salas têm janelas gradeadas e
com vidros (alguns partidos); tem carteiras (não suficientes para os alunos); em cada sala de
aulas existe um quadro preto; possui corrente eléctrica, mas as salas e os corredores não estão
iluminados pois ainda não foram electrificados.

As salas têm espaço suficiente para circulação dos professores; tem rampas para alunos com
necessidades educativas especiais (motoras); todos edifícios possuem passeios, janelas e portões;
tem material de limpeza e uma sala específica para sua conservação; tem uma cantina; existe
uma sala dos professores; tem mastro e bandeira nacional; tem uma vitrina para afixar
informações; tem tambores espalhados pelo pátio escolar para o depósito de lixo; um campo de
futebol; contém quatro (04) casas de banho sendo: 02 para funcionários (professores e pessoal
não docente), onde uma é para mulheres e uma para homens, e 02 casas de banho para alunos
(uma para cada sexo), todas com sanitas.

No pátio existe uma fontenária que através da qual fornece-se água em todos os sanitários
disponíveis, além disso é usada para o consumo e lavagem das mãos; tem pequeno jardim e
várias árvores em que algumas são usadas como salas de aulas; não possui murro de vedação;
não tem guarda e não há condições de segurança; não dispõe de dispositivo contra incêndio.

2.4. Recursos Humanos


A escola é composta por 01 director, 01 director adjunto, 01 chefe da secretaria com 02
auxiliares, 01 auxiliar de limpeza, um total de 76 professores, dos quais 57 do ensino do 1 °grau
(1ª á 5ª classes) e 15 professores do ensino do 2° grau (6ª e 7ª classes), tendo desta forma um
total de 43 turmas no ar livre e 13 turmas nas salas para a 1ª á 5ª e um total de 6 turmas no ar
livre e 10 turmas nas salas.

2.4.1. Composição das Turmas

A escola tem um total de 4.373 alunos, sendo 3.800 do ensino do 1° grau e 573 do ensino do 2°
grau, e as turmas do primeiro grau são compostas por uma média de 75 alunos e as turmas do
segundo grau são compostas por uma média de 65 alunos.
5

2.5. Gestão de Livros

Para o ensino primário do 1° e 2° grau os livros são distribuídos gratuitamente, mas segundo a
direcção da escola supracitada, não tem tido uma quantidade suficiente para todos alunos,
portanto orientam aos pais e encarregados de educação a conservarem devidamente os livros de
modo que possam devolver (excepto 1ª e 2ª classes) no final do ano lectivo, garantindo assim
para a distribuição dos outros alunos no ano que se segue.

3. Conceitualização da planificação estratégica

A planificação estratégica é um instrumento de gestão usado para ajudar as organizações a


executarem melhor as suas tarefas focalizando os recursos e as energias para garantir o
máximo alcance dos objectivos comuns da organização. (ANAMM, 2009).

Planificação Estratégica é um processo contínuo de sistematicamente e com o maior


conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões actuais que envolvam riscos; organizar
sistematicamente as actividades necessárias à execução destas. (DRUCKER, 1998).
A partir dos conceitos destes autores, percebe-se que planificação estratégica é um processo
contínuo que oferece uma visão do futuro, que estabelece métodos específicos de como executar
melhor as tarefas, estabelece os objectivos e as principais linhas de acção sobre como alcançá-
los.

3.1. Elaboração do Plano estratégico


Para melhor percepção de como elaborar um plano estratégico, irá buscar-se primeiramente
conceitos de alguns autores, onde após a elaboração da definição, irá elaborar-se e demonstrar os
procedimentos e aspectos a ter em conta para elaborar um plano estratégico.

Plano Estratégico é um processo de gestão que apresenta, de maneira integrada, o aspecto


futuro das decisões institucionais, a partir da formulação da filosofia da instituição, sua missão,
sua orientação, seus objectivos, suas metas, seus programas e as estratégias a serem utilizadas
para assegurar sua implantação. (ARGUIN, 2000).
6

Planeamento Estratégico significa o ponto de partida na administração estratégica das


organizações, independentemente de seus tamanhos e tipos. Esse planeamento tem como
propósito adoptar medidas decisivas e resultados na condução de atitudes pró-activas na gestão
das organizações. (MINTZBERG, 1994).

Percebe se a partir destes conceitos que Plano Estratégico é um documento estratégico que
contém objectivos claros, alcançáveis, flexíveis e traduzidos em acções para a instituição poder
desenvolver. Descreve o plano de acção e metas por alcançar.

3.2. Diagnóstico da Escola Primária Completa 24 de Julho


Para a elaboração do plano estratégico, importa primeiro que a escola ou instituição faça o
diagnóstico, isto é, o levantamento dos problemas que a instituição tem, de modo que possa
desenhar directrizes eficazes para o desenvolvimento da mesma. Portanto, irá se de seguida
fazer-se o levantamento dos problemas identificados na Escola Primaria Completa 24 de Julho.
Na escola supracitada identificou-se os seguintes problemas a destacar:

 Qualidade do ensino;
 Superlotação das turmas;
 Falta de professores com formação para lidar com alunos com NEE (Necessidades
Educativas Especiais);
 Falta de material didáctico para a inclusão de alunos com NEE;
 Insuficiência de salas;
 Insuficiência de carteiras;
 Falta de muro de vedação;
 Falta de guarda para garantir a segurança;
 Falta de iluminação nas salas e no pátio;
 Insuficiência de livros;
 Falta de biblioteca.
7

3.3. Avaliação estratégica da escola/análise FOFA


Forças:

As forças são tudo aquilo que o sector faz de bem ou tem de bom. São aspectos internos do
sector. São histórias de sucesso e de eficácia na prestação de serviços. Por exemplo, a presença
no sector de técnicos capacitados na sua área de intervenção, ou a disponibilidade de um banco
de dados electrónico funcional. (POEMA, 2011).

As forças identificadas na Escola Primária Completa 24 de Julho são:

 Existência de professores com formação psicopedagógica, (professores com capacidade


de entender dificuldades e melhorar os processos de assimilação de conhecimento dos
alunos);
 Existências de livros escolares de distribuição gratuita, (com a distribuição dos livros
facilitará melhor assimilação da matéria por parte dos alunos);
 Existência de material básico da escola, (tem material para limpeza, secretárias e cadeiras
para gabinetes, pastas de arquivo para gabinetes e na secretaria, computadores,
impressora, resmas, canetas, carimbo);
 Assiduidade de alunos e professores, (a assiduidade é um dos pontos chaves para o
desenvolvimento de uma instituição, pois permitirá cumprir os programas no tempo
estabelecido);
 Existência de corpo docente jovem, (o professores jovens poderão dar mais dinamismo
ao processo de ensino e aprendizagem, para além de que há mais esperança do tempo de
serviço que irão levar, minimizando a contratação frequente de professores devido a
reforma por idade);
 Existência de fundo ADE, (este fundo cobrirá as despesas da escola);
 Existência de um Fundo Local, (contribuição feita pela comunidade para acelerar o
aumento das salas e pagar o auxiliar de limpezas);
 Bom relacionamento entre professores, pessoal administrativo, alunos e espírito de
trabalho em equipa, (enquanto haver boa relação entre os sectores ou de todos
intervenientes, permitirá que as actividades decorram num bom ritmo);
 Capacidade interna de supervisão e controle das actividades, (a direcção da escola faz o
acompanhamento directo e frequente das actividades);
8

 Existência de alguns meios e materiais didácticos, (carteiras para alunos, cadeiras para
professores, quadro, giz, apagador, réguas, mapas de Moçambique e África,);
 Gestão planificada de recursos humanos, materiais e financeiros, (há gestão regrada e
proporcional dos efectivos, dos bens materiais e dinheiro, permitindo o uso adequado e
correcto dos recursos);
 Participação activa da comunidade na vida da escola, (a comunidade por meio da sua
representação no conselho de escola, fazem contribuições anuais para o aumento gradual
das salas e desenvolver a escola);
 Funcionamento pleno dos órgãos da escola, (o conselho de escola é o órgão máximo da
escola, e participa activamente na projecção de ideias para o desenvolvimento da escola).

Oportunidades:

As oportunidades são tudo o que existe de bom no ambiente em que se insere o sector, que possa
potenciar as suas forças. Comunidades mobilizadas, um funcionamento transparente da
Administração Distrital como um todo, parceiros não-governamentais ou privados no distrito
são possíveis oportunidades a serem consideradas. Estes aspectos podem ser aproveitados para
o desenvolvimento do sector e devem ser levados em conta durante a planificação. (POEMA,
2011).

As Oportunidades identificadas na Escola Primária Completa 24 de Julho são:

 Disponibilidades de pais/ encarregados de educação a prestar qualquer tipo de apoio a


escola;
 Conselho de escola activa;
 Fundo de Apoio Directo as Escolas para melhoria da qualidade de ensino;
 Envolvimento da comunidade no financiamento dos projectos da escola;
 Parcerias com organizações não-governamentais.
9

Fraquezas:

As fraquezas são tudo o que existe de mau no sector ou que o sector não faz bem e cuja
eliminação ou melhoria depende do próprio sector. São aspectos internos do sector.
Normalmente, as fraquezas são relacionadas com o desenvolvimento institucional. (POEMA,
2011).

As fraquezas identificadas na Escola Primária Completa 24 de Julho são:

 Fraca qualidade de desempenho dos alunos;


 Dificuldade na aplicação da metodologia de ensino centrado no aluno;
 Irregularidades na promoção e progressão do pessoal no sistema de carreiras e
remunerações;
 Acompanhamento deficiente dos alunos devido a superlotação;
 Mau uso e conservação do livro por parte do aluno;
 Exiguidade do fundo de ADE;
 Falta de rede internet na escola;
 Falta de uma biblioteca na escola;
 Falta de guardas para o controle da instituição, o que proporciona a falta de segurança na
escola;
 Falta de vedação.

Ameaças:

As ameaças são aspectos negativos externos ao sector, que poderão contribuir para o mau
desempenho do sector. Ainda que não dependam do sector, este poderá, em alguns casos,
desenvolver acções e estratégias para contornar estes aspectos. Exemplos disso são os ciclones
e as cheias, cujos efeitos negativos podem ser contornados com acções de prevenção física nas
infra-estruturas e acções de mobilização para a gestão de risco de calamidades nas zonas
vulneráveis. (POEMA, 2011).
10

As ameaças identificadas na Escola Primária Completa 24 de Julho são:

 Alguns alunos sem livros, devido ao défice pela distribuição gratuita;


 Existência de alunos com necessidades educativas especiais, (mas infelizmente a escola
não têm professores capacitados para lidar com estes alunos, assim como não tem
material didáctico para a inclusão destes);
 Alunos a estudar ao ar livre;
 Falta de murro de vedação da escola, (alguns moradores, passam do recinto escolar,
perturbando por vezes a concentração dos alunos que tem aulas ao ar livre).
 Alunos que se apresentam embriagados na escola;
 A não Conservação do livro escolar da distribuição gratuita por parte dos pais e
encarregados de educação;
 A demanda de graduados da 7ª classe que não satisfaz a oferta de vagas na 8ª classe por
parte das escolas secundárias;
 A falta de participação de alguns pais e encarregados de educação no acompanhamento
dos seus educandos.

3.4. Missão:
A missão de uma empresa refere-se às suas finalidades históricas, jurídicas e sociais. É uma
declaração sobre sua razão de ser, estabelecendo seu propósito e seu horizonte de actuação.
Serve de critério geral para orientar a tomada de decisões, para definir objectivos e auxiliar na
escolha das decisões estratégicas. (PERFEITO, 2007).

Missão é geralmente um conceito amplo, e inclui o propósito da organização (ela existe


porque?), o que se propõe a fazer e como o pensa fazer e ainda os princípios e valores que
guiam o alcance da missão. (ANAMM, 2009).

Portanto a partir destes conceitos, percebe-se que missão tem como referência a razão da
existência da instituição, transmite o que pretende fornecer, estabelecendo a sua perspectiva e
princípios de actuação.

A missão da Escola Primária Completa 24 de Julho é comprometer-se com a formação de alunos


com capacidades, habilidades, aptidões e competências, preparando-os para um excelente
11

desempenho no processo de ensino e aprendizagem e que respeitam a dignidade e os direitos de


cada pessoa dentro e fora da escola.

3.5. Visão
Visão é literalmente tida como a "imagem ou visualização mental" do alcance da missão e dos
objectivos da organização. É o sonho da situação ideal futura. (ANAMM, 2009).

A visão de futuro representa um estado futuro desejável da organização, indicando como esta
pretende ser reconhecida. É uma projecção das oportunidades futuras da organização e uma
concentração de esforços na sua busca. (PERFEITO, 2007).

Portanto, pode-se a partir destes conceitos definir-se visão como a descrição do que a instituição
pretende ser, o resultado que quer, observando para tal o objectivo estratégico.

A visão da Escola Primária Completa 24 de Julho é tornar-se numa escola de referência pela alta
qualidade e responsabilidade de serviço educativos que prestam a comunidade, realizar o seu
trabalho de maneira eficaz seguro e responsável, respeitando os seus alunos pais e encarregados
em geral, oferecendo uma educação inclusiva, promovendo a igualdade e equidade do género e
assegurar a promoção e progressão do pessoal de forma regular.

Transformar-se numa escola de referência no Posto administrativo de Infulene pela qualidade de


educação capaz de transformar instituição em uma organização educacional que espelha na
comunidade, assim como na ZIP (Zona de Influencia Pedagógica); oferecer um ensino de
qualidade garantindo a participação activa e efectiva da comunidade escolar, contribuindo para a
formação integral do aluno para que ele se integre facilmente na sociedade e que tenha
excelência e respeito a pessoa humana, valorizando os seus utentes oferecendo serviços
educativos de qualidade, baseando no respeito e dignidade.

3.6. Valores
Os valores são ideias fundamentais em torno das quais a organização foi construída.
Representam as convicções dominantes e as crenças. São elementos motivadores que
direccionam as acções das pessoas da organização, contribuindo para a unidade e coerência do
trabalho. (PERFEITO, 2007).
12

Portanto pode-se definir valores como motivações da instituição, suas directrizes que as guia,
com foco e objectivos específicos a serem alcançados.

Os valores da Escola Primária Completa 24 de Julho é a prestação de serviços de qualidade a


comunidade e incutir no aluno a valorização do património escolar, valorizar a defesa do nosso
mosaico cultural.

Valorizar a comunicação, honestidade e a criatividade; valorizar o seu público com fornecimento


de qualidade e excelência em tudo aquilo que faz e pelo modo como as faz; incentivar os alunos
e os professores a elevarem os seus níveis de desempenho, criar e desenvolver o espírito de auto-
estima para o reconhecimento individual e colectivo; desenvolver o espírito de trabalho em
equipa e ajuda mútua e dotar os alunos de capacidades para responder às exigências do currículo.

4. Objectivos estratégicos da escola


Os objectivos estratégicos da escola supracitada são:

 Melhorar o aproveitamento pedagógico através de capacitação de professores;


 Melhorar o envolvimento dos pais/encarregados de educação no acompanhamento do
Processo de Ensino e Aprendizagem dos seus educandos, (por meio de encontros
trimestrais explicar a relevância do seu acompanhamento aos educandos);
 Reduzir o rácio professor/aluno na escola;
 Maximizar o tempo de aprendizagem dos alunos;
 Melhorar o sistema de avaliação;
 Incentivar a participação da comunidade no desenvolvimento da vida da escola;
 Promover a progressão do pessoal no sistema nacional de carreiras;
 Melhorar a qualidade de ensino da escola;
 Melhorar o sistema de registo e de arquivo dos documentos de escrituração escolar;
 Promover acções de educação sexual e reprodutiva.
13

4.1. Estratégia
Estratégia é a determinação dos objectivos básicos de longo prazo de uma empresa e a adopção
das acções adequadas e afectação de recursos para atingir esses objectivos. (CHANDLER,
1962).

A estratégia é simplesmente um conjunto de acções que permitem uma organização alcançar os


resultados esperados, explorando no máximo as forças da sua organização para fazer face às
oportunidades e dinâmicas do ambiente externo de modo a servir melhor as necessidades dos
clientes. (ANAMM, 2009).

A partir destes conceitos percebe-se que estratégia é o padrão de acções e alocações de recursos
planeados para realizar os objectivos da organização ou instituição.

As estratégias a serem usadas na Escola Primária Completa 24 de Julho são:

 Identificar os professores e as insuficiências didácticas pedagógicas;


 Construir salas de aulas, mobilizando os pais e encarregados de educação e o
empresariado local a necessidade de construir mais salas de aulas.
 Sensibilizar os pais e encarregados de educação a despertar a consciência sobre a
importância da escola dos seus educandos;
 Envolver directamente todos os pais e encarregados de educação na planificação e
execução das actividades da escola;
 Incentivar ao aluno de modo que tenha um desempenho pedagógico melhor;
 Reduzir o número de alunos por turma, distribuindo-lhes gradualmente nas novas salas
construídas;
 Maximizar o tempo de aprendizagem dos alunos, não permitindo que entrem tarde ou
saiam cedo da sala de aulas, sem que tenham motivos aplausíveis;
 Controlo do tempo da duração da aula;
 Trabalhos colectivos e individuais, para melhorar sistema de avaliação;
 Uso de boas técnicas metodológicas para o processo de ensino e aprendizagem;
 Ensino de normas de precaução e uso de anticonceptivos, mas priorizando o lema: “sexo
só mais tarde”.
14

4.2. Metas
Com base nos objectivos estratégicos, a escola supracitada tem os seguintes metas a alcançar:
 Submeter todos os professores a capacitação por ciclo para cada vez mas melhorar o seu
desempenho e consequentemente o aproveitamento pedagógico;
 Ter o rácio de 50 alunos por cada turma;
 Construção de mais 10 (dez) salas de aulas;
 Elevar o índice do aproveitamento pedagógico em 85%;
 Aumentar de 74.8% para 90% a taxa de aproveitamento nas disciplinas de Português e
Ciências Sociais;
 Reduzir a frequência de casos de aulas dadas em tempo inferior a 45 minuto;
 Mobilização e sensibilização em 100% dos pais e encarregados de educação sobre a
importância da escola;
 Envolver significativamente a participação dos pais e encarregados de educação no
processo de ensino e aprendizagem e nas actividades do desenvolvimento da escola.

4.3. Indicador
Pode-se identificar um indicador como uma estatística, um facto, uma medida, uma série
quantitativa de dados (indicador quantitativo) ou uma série de evidências ou percepções
postuladas sobre a realidade (indicador qualitativo). (MOURÃO, 2006)

Indicador é um parâmetro qualitativo ou quantitativo de um critério. Descreve de forma


objectiva, verificável e indubitáveis características do ecossistema. (DICIONÁRIO OXFORD).

A partir destes conceitos percebe-se que o termo indicador se refere aos elementos que têm como
objectivo apontar ou mostrar algo, isto é, o que conseguimos ver que foi realizado.

Portanto no plano da escola supracitada terá como indicadores os seguintes pontos:

 Todos os professores por ciclo capacitados;


 Formação de turmas com 50 alunos até ano 2025;
 Melhoramento do aproveitamento pedagógico;
 90% do total dos alunos matriculados na 2ª e 5ª aprovados a Português e Ciências
Sociais;
15

 Todos os pais e encarregados de educação envolvidos nas actividades da vida da escola;


 Todos os pais e encarregados de educação mobilizados e sensibilizados sobre a
importância da escola;
 Cumprimento do tempo integral das actividades escolares;
 Construção de pelo menos 02 (duas) salas por ano, das dez previstas em cinco anos.
16

5. Considerações Finais
Findo o trabalho, percebeu-se que para o alcance do sucesso nas actividades de uma organização
ou instituição, é indispensável fazer uma boa planificação estratégica, formulando um plano
estratégico com bons programas de acção. Falando concretamente da área educacional, e na base
da realidade encarrada na Escola Primária Completa 24 de Julho, após fazer o levantamento dos
problemas, foi possível perceber que para elaborar um plano estratégico de uma escola é preciso
que haja participação de todos intervenientes da escola.

Percebeu-se que é necessário primeiro que a escola trace a sua Missão, Visão e Valores; fazer a
sua análise FOFA, isto é, identificar as suas Forças (o que a escola tem), Oportunidades (tudo
que existe de bom no seu ambiente), Fraquezas (tudo de mau que existe, dependendo de si
próprio para a eliminação) e Ameaças (aspectos negativos que provém do exterior),
posteriormente traçar os objectivos estratégicos (o que pretende fazer), suas estratégias
(caminhos a usar), metas (limite ou ponto de chegada) e indicadores (verificação do que se fez).
17

6. Bibliografia
ANAMM - Manual de Planificação Estratégica Municipal, Novembro de 2009.

CHANDLER A. Strategy and Structure, MIT Press, Cambridge, MA. 1962.

DICIONÁRIO Oxford, Essential Portuguese.

DRUCKER, P. F. Introdução à Administração-Glossário de planejamento e gestão de projetos.


Tecnologia de Projetos, 3ª Ed. São Paulo: Pioneira, 1998.

MINTZBERG, H. The rise and fall of strategic planning: Reconceiving roles for planning, plans,
planners New York:The Free Press, 1994.

MOURÃO, P. Contributo para o estudo económico dos indicadores regionais. Departamento de


Economia/Núcleo de Investigação em Políticas Económicas, Universidade do Minho, 2006.

PERFEITO C. D. F. Planejamento Estratégico Como Instrumento de Gestão Escolar, Educ.


Bras. Brasília. Dezembro de 2007.

PORTO, C. Uma Introdução ao Planejamento Estratégico. Macroplan-Prospectiva, Estratégia e


Gestão, 1998.

POEMA, Planificação e Orçamentação-Administração Descentralizada no Sector da Educação,


Gov. Moç. 2011.

Você também pode gostar