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Caso - pessoas singulares

I. Armando, com 16 anos, recebeu em testamento o Audi que o tio lhe deixara. Como queria
comprar um computador topo de gama para jogar, decidiu vender o Audi pelo valor de €
3.000 a Bernardo. Os pais de Armando acham que até foi bom negócio, pois era um carro já
muito velhinho, e confirmam o negócio. 

1. Quid iuris? 
2. Imagine que Armando, quando atinge 18 anos e tira a carta de condução,
pretende anular o negócio porque lhe é conveniente ter um carro.
3. Imagine que, uma semana antes de vender o Audi, Armando tinha casado
com Catarina. Podiam os pais confirmar o negócio?

II. Dinis, de 16 anos, foi contratado para vender gelados na praia durante o verão, recebendo
€ 700 por mês. Com o dinheiro que angariou, Dinis compra uma mota a Evaristo. Quando
descobre que o negócio foi celebrado, o seu tutor discorda da compra por temer pela
segurança de Dinis.
1. Quid iuris?
2. Imagine que Dinis leva a mota todas as semanas a ser lavada e encerada
por profissionais e o seu tutor pretende opor-se. Pode fazê-lo?
3. Imagine que Evaristo descobre a menoridade de Dinis e pretende anular o
negócio. Pode fazê-lo?

III. Fabiana tem 20 anos e sofre de alcoolismo, encontrando-se a viver em casa dos pais.
Desesperados ao verem a filha a desbaratar todo património que tem, os seus pais pretendem
interpor uma ação em tribunal que vise a aplicação do regime do acompanhamento, pedindo
que Fabiana fique impedida de celebrar contratos de valor superior a 300€. Fabiana alega que
têm tudo sobre controlo e que não precisa de “ama-seca”.
Quid iuris?

IV. Guilhermina tem 23 anos e sofre de severas dificuldades de aprendizagem, tendo a


capacidade cognitiva de uma pré-adolescente. Hélia, mãe de Guilhermina solicitou, quando
Guilhermina tinha 17 anos, a declaração de acompanhamento. Atentos os factos, decidiu o
tribunal que os actos de disposição de imóveis tinham de ser realizados com representação do
acompanhante.
1. Quid iuris?
2. Imagine que, antes da obtenção da declaração de acompanhamento,
Guilhermina tinha vendido um dos seus imóveis a Inês. Hélia pretende invalidar o
negócio porque a venda foi realizada por montante irrisório.
3. Imagine que, após a decisão do tribunal, Guilhermina arrendou um dos
seus imóveis a Joana, pelo valor de 30 € mês.

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