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Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA,


ARBITRAGEM

MPT
*ramo do MP da União
*MP – ART. 127 CR - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
1. Cabe ao MP a defesa
1.1. Ordem Jurídica
1.2. Regime democrático
1.3. Interesses sociais e individuais indisponíveis
MP

MPEstados MPUnião

MPT (Ministério Público do


Trabalho)
MPF (Ministério Público
Federal)
MPM (Ministério Público
Militar)
MPDFT (Ministério Público do
Distrito Federal e territórios)

*MPT – trata da tutela coletiva dos direitos individuais (direitos indisponíveis –


direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos) - Art. 81 CDC- A defesa dos
interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo
individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
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I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os


transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe
de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes
de origem comum.
DIFUSOS COLETIVOS INDIVIDUAIS
HOMOGÊNEOS
Transindividuais Transindividuais Individuais (MP pode vir
(extrapola uma única com uma ação coletiva)
pessoa, existe toda uma
coletividade)
Indivisíveis ( a decisão Indivisíveis Divisíveis ( a decisão não
proferida nessa ação precisa ser igual para
coletiva pública será igual todas as pessoas)
para todas as pessoas
que serão atingidas por
meio daquela decisão)
Pessoas Indeterminadas Classe, Categoria ou Origem comum
(estão ligadas por meio de Grupo (pessoas (desnessária uma ligação)
uma circunstância fática) determináveis)
Ligadas por circunstâncias Ligadas entre si, ou com a Desnecessária a ligação.
de fato parte contrária por meio
de uma relação jurídica –
base.

*Excepcionalmente o MPT atua na tutela individual – quando se tiver menores,


incapazes e índios.
MPT judicial (ação civil pública, coletiva)
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Extrajudicialmente (Inquérito civil) (chegou no MP uma denúncia e


para se apurar a veracidade o MP instaura o inquérito civil – se houver alguma
irregularidade pode chamar o empregado para fazer um acordo – TAC = termo de
ajuste de conduta)
Princípios do MPT Unidade
Indivisibilidade
Independência Funcional
Um conflito pode ser solucionado:
1. Autotutela – imposição da decisão pelo mais forte
2. Autocomposição – os próprios envolvidos eles vão solucionar o conflito –
entram em um acordo.
Conciliação – tanto importa se é um dissídio individual ou coletivo
*Se o acordo for feito de maneira extrajudicial poderá ser homologado na justiça
do trabalho.
*Processo de jurisdição voluntária de homologação extrajudicial
Art. 855 CLT - Se tiver havido prévio reconhecimento da estabilidade do
empregado, o julgamento do inquérito pela Junta ou Juízo não prejudicará a
execução para pagamento dos salários devidos ao empregado, até a data da
instauração do mesmo inquérito.
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por
petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por
advogado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o As partes não poderão ser representadas por advogado comum. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua
categoria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no §
6o do art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no §
8o art. 477 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (não
impede de observar o prazo do pagamento das verbas recisórias em 10 dias
a contar da extinção do contrato, no caso de não efetuar o pagamento o
empregado paga uma multa no valor de uma remuneração)
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Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz


analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá
sentença. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o
prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do
trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
*Empregado e empregador fora da justiça fazem o acordo por meio de uma
petição que pedirá a homologação – petição conjunta (uma única petição de
acordo tanto para o empregado quanto para o empregador) – existe uma
obrigatoriedade no processo – tanto empregado quanto empregador deverão
estar representados por advogado - não se admite o juris postulandi - não pode
ser um único advogado para ambas as partes – empregado se desejar pode ser
representado pelo advogado do sindicato.
*Petição conjunta será distribuída - o juiz da distribuição no prazo de 15 dias ele
analisa o acordo – quando ele fizer a análise ele pode: designar audiência se ele
entender que a audiência é necessária e posteriormente será proferida a
sentença ou ainda pode entender que não existe necessidade de audiência e
profere diretamente a sentença. Na homologação extrajudicial a decisão judicial
proferida é uma sentença, que tem como natureza jurídica uma sentença (se o
juiz homologa é sentença, se o juiz não homologa é sentença) – em face de
sentença cabe o RECURSO ORDINÁRIO.
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HOMOLOGOU O ACORDO – NÃO CABE


RECURSO.
OBS.: SE QUISER IMPUNAR O RESULTADO –
AÇÃO RECIÓRIA.
SÚMULA 259 TST - Súmula nº 259 do TST

TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO RESCISÓRIA


(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Só por ação rescisória é impugnável o termo de
conciliação previsto no parágrafo único do art. 831
da CLT.

SENTENÇA

NÃO HOMOLOGOU O ACORDO – recurso cabível


– recurso ordinário – prazo de 08 dias
Súmula nº 418 do TST
MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO
À HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO (nova redação
em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017
- DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017
A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e
certo tutelável pela via do mandado de segurança.
*Homologação de acordo constitui uma faculdade do juiz – a súmula 418 não se
aplica na jurisdição voluntária, se aplica somente na jurisdição contenciosa.
*Da extinção do contrato se tem dois anos para ajuizar a ação – quando ajuizada
a ação somente pode ser cobrado o crédito dos últimos 05 anos.
Ex.: Ana saiu da empresa, da extinção do contrato ela tem 02 anos para ajuizar a
ação – Ana e a empresa fizeram um acordo extrajudicialmente – fizeram uma
petição conjunta – a petição foi distribuída – o juiz ao fazer a análise não
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homologou – quando do ajuizamento da ação o prazo ficou suspenso – quando o


prazo voltar a correr na suspensão ele não volta por inteiro e sim pelo que faltava
– o prazo volta a fluir a partir do primeiro dia útil depois do trânsito em julgado =
PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA.
3. Heterocomposição - terceiro vai solucionar o conflito
*Poder Judiciário para solucionar o conflito e a via arbitral.
*A reforma trabalhista trouxe a possibilidade de submeter a demanda a arbitragem –
não são todos os dissídios individuais que poderão ser submetidos a arbitragem.
Art. 507-A CLT. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja
superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime
Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de
arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância
expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de
1996. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (empregados que recebem mais de
duas vezes o limite geral de previdência eles podem no contrato de trabalho
colocar uma cláusula compromissória em que eles se comprometerão que se
eventualmente tiver um litígio submeter essa demanda não na justiça do
trabalho, mas na câmara de arbitragem) (a cláusula somente poderá estar no
contrato se for iniciativa do empregado ou se tiver seu consentimento
expresso)
*OBS.: A ARBITRAGEM ANTES DA REFORMA TRABALHISTA SOMENTE
PODERIA OCORRER NOS DISSÍDIOS COLETIVOS.
*Dissídios individuais que podem ser submetidos a apreciação da arbitragem
somente para empregados hiperssuficientes.

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