Você está na página 1de 46

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

0111000 – Trabalho de Conclusão de Curso de


Engenharia Agronômica

- Departamento de Zootecnia -

AVALIAÇÃO DO AUTOCONSUMO DE FENO REGULADO COM


CERCA ELÉTRICA COMO ESTRATÉGIA DE SUPLEMENTAÇÃO
DE BOVINOS NA ESTAÇÃO SECA DO ANO.

Julio Enrique Lurman Gill


Nº USP 7637761
E-mail: je.lurman@gmail.com
Professor orientador: Prof. Dr. Moacyr Corsi.

PIRACICABA
Estado de São Paulo – Brasil
Novembro, 2015
AGRADECIMENTOS

A meus pais, Gladys Carolina Gill de Lurman e Enrique Lurman Rolandi, pelo
apoio incondicional e carinho.

À Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), que mediante a


sua participação no Programa de Estudante-Convênio Graduação (PEC-G), me
permitiu estudar em uma das universidades mais prestigiadas do mundo.

Ao Professor Dr. Moacyr Corsi, pela oportunidade e orientação na realização


desse trabalho, exemplo de profissionalismo e caráter.

Aos funcionários e amigos da Fazenda Santa Marta, pelo espírito de colaboração.

Ao Sr. Cláudio Sabino Carvalho Filho, por possibilitar a utilização de animais e


estrutura da Fazenda Santa Marta com o objetivo de pesquisa.

A todos os integrantes do Projeto CAPIM, pelo tempo compartilhado junto, a


amizade e os conhecimentos adquiridos.

Aos grandes e eternos amigos, moradores e ex-moradores da República Disbwm.

A Andrés Adorno e Marcelo Griffith (in memoriam), pela amizade e as orientações


para estudar no exterior.

Ao meu colega e amigo Thales Facanali, valeu por tudo parceiro.

A Laís Bellodi pelo esforço e cooperação na escrita deste trabalho.

À Professora Dra. Renata Alcarde, que auxiliou as análises estatísticas do


trabalho.

A meus avós Julio César Gill Paleari e Elva Kriskovich, por todos os
ensinamentos, amizade e carinho.

Em especial à minha esposa, Paola Chaves, pelo amor, paciência e compreensão


durante todo esse tempo, me dando forças para seguir em frente e vencer todos
os obstáculos.

Meus sinceros agradecimentos.


SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................. 4

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4

REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................... 5

Consumo de alimentos – Conceitos básicos e equações .................................... 5

Estratégias para controlar o consumo e as perdas de feno. ................................ 8

Estruturas para o de fornecimento de feno .......................................................... 9

Objetivo.............................................................................................................. 15

MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 15

Localização ........................................................................................................ 15

Condução .......................................................................................................... 16

RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................. 28

Interferencia na produção de forragem na exigência do rebanho...................... 31

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 41

CONCLUSÕES ..................................................................................................... 41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 42

ANEXO .................................................................................................................. 46
RESUMO

A constante competição por área com a agricultura e outras atividades


agronômicas faz necessária a intensificação da pecuária de corte nacional. Como
a exploração animal a pasto se vê comprometida na estação seca do ano por
diversos fatores limitantes da produção, a suplementação destes é uma
ferramenta indispensável para a obtenção de índices zootécnicos produtivos. Com
isso o fornecimento de feno é uma das alternativas adotadas pelos pecuaristas,
porém caracteriza-se pela baixa eficiência de consumo quando fornecido
diretamente no campo. Tendo em vista tal situação, este trabalho visa avaliar
métodos de fornecimento de feno, avaliando o desperdiço de alimento de cada
um. Para isso foram avaliadas duas metodologias de fornecimento de feno,
fornecimento convencional (TC) e fornecimento de autoconsumo com cerca
elétrica (TE). Ao decorrer do estudo o tratamento TC foi o que obteve os piores
resultados quanto a desperdiço (±73,78%).

INTRODUÇÃO

A adoção de um sistema de produção de gado de corte em ciclo completo


que pretenda ser eficiente e competitivo requer a eliminação das fases negativas
do sistema. Isso permite que o animal de desenvolva satisfatoriamente durante o
ano todo. O objetivo é que os animais atinjam condições de abate como peso e/ou
terminação aptas para a reprodução, como também condições de desmama mais
precocemente.

Contudo, em ambientes tropicais, existe a sazonalidade no crescimento das


plantas forrageiras, o que compromete o sistema de produção continuo
anteriormente mencionado. Desse modo, ocorre concentração de produção na
época chuvosa (verão), e consequente déficit de forragem na época seca
(inverno), em detrimento dos fatores limitantes da produção neste período. Este
problema é assunto recorrente e exaustivamente debatido na busca de estratégias
que reduzam o impacto da queda na oferta de alimentos no período climático de
crescimento desfavorável.

Como alternativa para contornar a problemática do déficit de oferta, surge a


possibilidade de conservação de forragens, o que visa suprir a demanda dos
animais no período de disponibilidade reduzida das pastagens. Isso evita prejuízos
ao desempenho animal e aos parâmetros zootécnicos almejados. Entre as
técnicas de conservação de forragem se encontra a fenação. A mesma baseia-se
na conservação de forragens por desidratação, em que a planta é submetida ao
corte e secagem, reduzindo seu teor de umidade de valores entre 75 a 80% para
valores próximos a 15% após a desidratação (ANDRADE, 1999).

A estratégia de suplementação com feno tem sido explorada e estudada há


muito tempo. Porém, em função da logística e do custo de fornecimento do
mesmo em relação a sua eficiência de consumo, seu uso como suplemento em
animais não confinados é rara. A limitação ocorre principalmente em função dos
custos relacionados a infraestrutura, mão de obra e maquinário. Por sua vez,
fazendas que exploram o mérito genético dos animais (gado de elite), ou
propriedades intensivas de leite, acabam por justificar o custo desta
suplementação, por seu retorno agregado.

REVISÃO DA LITERATURA

Consumo de alimentos – Conceitos básicos e equações

O consumo voluntário é definido por Forbes (1995) como a quantidade de


alimento ingerido pelo animal ou grupo de animais em determinado tempo,
durante o qual ele ou eles têm livre acesso ao alimento. Geralmente, o consumo é
expresso em base de matéria seca (MS), e determina a quantidade de nutrientes
ingeridos.
Figura 1 – Relação entre ingestão de matéria seca (DM) e energia digestível (DE)
em função da digestibilidade da dieta. (Van Soest (1995);Conrad (1966);
Baumgardt (1970))

A figura 1 mostra a relação entre digestibilidade, ingestão de matéria seca


(IMS) e energia digestível (DE). Se destacam duas fases da regulação de
consumo. Na FASE I há aumento do consumo com o aumento da digestibilidade
dos alimentos até cerca de 67-68%, causada pelo aumento na taxa de saída do
alimento pelo rúmen. Esta fase está ligada à limitação do espaço ruminal e ao teor
de fibra em detergente neutro (FDN). O limite para o fim da FASE I é função de
inúmeras características fisiológicas, principalmente o potencial genético de
produção de leite ou de ganho de peso, bem como de características do alimento
como moagem, peletização, etc. Na FASE II aumentos de digestibilidade resultam
em menor IMS, porém a ingestão de energia se mantém constante. A segunda
fase está ligada à saciedade da demanda energética.
Todavia, o controle da ingestão é fruto de relações que incluem outros
fatores além da dieta, como comportamento e condições do meio ambiente
integrados pelo sistema nervoso central. A figura 2 apresenta mecanismos
envolvidos no controle da ingestão voluntária. O balanço de energia é governado
pela entrada de nutrientes digestíveis, produção, custo de trabalho de digestão e
metabolismo.

Fatores hormonais no sangue são fruto de respostas aos nutrientes


absorvidos, componentes que regulam a mobilização de energia de depósitos, em
caso de balanço negativo de energia. O sistema nervoso central (CNS) e
hormônios regulam a motilidade gastrintestinal e a passagem.

Figura 2 – Mecanismos envolvidos no controle da ingestão voluntária de MS.


(VAN SOEST,1995)

O entendimento destes conceitos é vital para o sucesso da instalação de


estruturas que possibilitem regular o autoconsumo de alimentos por parte dos
animais, seja por meio da limitação da quantidade dos alimentos ou tempo de
acesso, de modo que garanta suas exigências alimentares. Nestes casos, se
devem considerar as predições de IMS, exigências de mantença e de produção. O
modelo de predição de IMS sugerido a seguir corresponde ao NRC americano.

Equação para fêmeas em reprodução:

IMS (kg/d) =(PV0,75*(0.04997*Elm2 + 0,04631))/Elm  NRC, 1996

IMS (kg/d) = PV0,75*(0.1462*Elm - 0.0517*Elm2 - 0,0074)  NRC, 1984

Onde:

Elm = energia líquida de mantença em Mcal/kg MS do alimento.

PV= peso vivo do animal em kg.

Entende-se por exigência de energia de mantença a manutenção dos


processos vitais e atividade física mínima necessária à sobrevivência,ou seja,
exigências independentes das demandas para deposição de tecidos, secreção de
leite, execução de trabalho, deposição de tecidos, entre outros. Este conceito,
associado com perdas de calor do animal quando o mesmo não está em
crescimento ou lactação determina a exigência de energia liquida de mantença
(EELm), que é função do peso metabólico expressa em Mcal/PV 0,75 ou
kcal/PV0,75/dia, conforme pode ser observado na equação proposta anteriormente.
A prioridade da fisiologia do animal é suprir suas exigências de mantença. A
energia consumida acima da mantença pode, então, ser usada para crescimento
(RESENDE, et. al., 2006).

Estratégias para controlar o consumo e as perdas de feno.

O custo da suplementação com feno, em muitas situações, pode inviabilizar


economicamente esta estratégia. Com o preço dos insumos em aumento, espera-
se maiores preços para a aquisição destes. De modo geral, a gestão sobre a
eficiência de consumo de feno é freqüentemente esquecida e poucas alternativas
são sugeridas. Não há muito que possa ser feito pelos produtores para reduzir o
custo de aquisição/produção do feno. No entanto, existem medidas que podem ser
tomadas para se certificar da sua utilização mais eficiente, minimizando as perdas.

Estruturas para o de fornecimento de feno

Entre as estruturas mais utilizadas para o fornecimento de feno para o gado


se encontram as denominadas de “cônica” (cone), “anel” (ring), “berço” (cradle) e
“reboque” (trailer). As mesmas podem ser observadas na figura 3 A, B, C e D,
respectivamente. Estas são amplamente utilizadas, principalmente por pecuaristas
americanos. Apesar de possuírem os mesmos objetivos, as perdas encontradas
entre eles variam significativamente em função dos diferentes formatos.

A B

C D

Figura 3 - A-) Estrutura tipo “cônica” (cone); B-) Estrutura tipo “anel” (ring);

C-) Estrutura tipo “berço” (cradle); D-) Estrutura tipo “reboque” (trailer).
Com o intuito de avaliar o desempenho destes equipamentos, Dan Buskirk
da Michigan State University (MSU) Beef Cattle Teaching and Research Center
(BCTR) analisou a relação entre o formato do alimentador, o comportamento
animal e as perdas de cada um. Um grupo de 160 vacas prenhes, não lactantes,
com peso médio de 612 kg (± 78,2) provenientes do rebanho da MSU foram
utilizadas para avaliar a quantidade de perda de feno e os comportamentos
alimentares correspondentes aos diferentes alimentadores. Utilizaram-se fardos
cilíndricos de alfafa (Medicago sativa) e capim dactylis (Dactylis glomerata L.) que
foram pesados e amostrados antes de serem fornecidos. A avaliação do
comportamento animal foi por meio de câmaras de vídeo.

A porcentagem de matéria seca desperdiçada variou de 3,5 a 14,6% para


os diferentes alimentadores (tabela 1). As vacas que consumiram o feno na
estrutura tipo “berço” tiveram aproximadamente 3 vezes mais interações
agnósticas (cabeçadas e deslocamento) e quase 4 vezes maior frequência de
entradas e saídas ao alimentador quando comparadas com as vacas consumindo
nas outras estruturas. Perdas de alimento foram correlacionadas positivamente
com as interações agnósticas e entradas ao alimentador.
Tabela 1- Relação entre MS consumida e perdida diariamente utilizando quatro
estruturas diferentes.
Tipo de Estrutura

Desvio
Item Cone Anel Reboque Berço Padrão a
Peso Inicial (kg) 628,72 631,49 632,22 629,57 1,63
Escore Corporal Iniciale 5,8 5,9 5,9 5,8 0,02
Matéria Seca

Feno desaparecido diariof (kg/vaca) 11,97 b 12,16 b 13,9 c 12,88 b,c 0,41
Perdas Diarias de Feno (kg/vaca) 0,41 b 0,73 c 1,59 d 1,91 d 0,09
Perdas de Feno (%)g 3,5 b 6,1 b 11,4 c 14,6 c 0,8
Consumo diario de Fenoh (kg/vaca) 11,52 11,39 12,29 11,22 0,36
Consumo/vaca (%PV) 1,8 1,8 2 1,8 0,1
a
Erro padrão das médias dos mínimos quadrados.
b,c,d
Letras minúsculas diferentes indicam diferença significativa (P<0,05).
e
Escala de 1 a 9, em que 1=extremadamente magra e 9=obesa.
f
Feno fornecido menos o residual no fim de cada período.
g
Perdas de feno em relação ao feno desaparecido.
h
Feno desaparecido subtraindo-se as perdas.

Nas figuras 4 e 5, pode se observar as perdas de feno utilizando as


estruturas tipo berço e reboque respectivamente.
Figura 4 – Perdas de feno decorrentes da estrutura tipo berço.

Figura 5 – Perdas de feno decorrentes da estrutura tipo reboque.

O estudo em questão revelou que o desenho do alimentador é importante


para reduzir a quantidade de desperdiço relacionado a estruturas de fornecimento
de feno. Porém, vale a pena fazer uma analise da relação custo/beneficio da
aquisição de cada um destes. Isso permite verificar que o prejuízo derivado das
perdas de alimento compensa a compra de uma estrutura mais cara em função da
duração da suplementação ao longo do ano e o numero de animais a serem
suplementados.
Perante as limitações decorrentes das estruturas anteriormente discutidas
quanto a perdas e a inviabilidade de aplicação em grandes rebanhos, surge a
alternativa da utilização de cercas elétricas ao invés de grades metálicas ou ferro
como reguladores do autoconsumo. A utilização de cercas elétricas para impedir o
livre acesso dos animais às forragens suplementares vem sendo utilizada há
décadas. Porém existem poucos estudos e artigos científicos sobre esta. Este
pode ser considerado o principal motivo da sua escassa divulgação.

Possivelmente, mais avaliações foram feitas, porém não estão publicadas.


A seguir, nas figuras 6 e 7 pode se observar este sistema em prática.

Figura 6 – Cerca elétrica regulando o autoconsumo em silo tipo trincheira.

(Publiagro SC - Bolivia)

Figura 7 – Cerca elétrica regulando o autoconsumo em silo tipo trincheira.


(Propriedade particular – Argentina)
Ao analisar as figuras 6 e 7 pode se notar que, mesmo com a utilização da
mesma estratégia de contenção existe uma pequena variação nos suportes dos
fios elétricos. Esta pode variar na posição do animal no momento do consumo, o
que influencia no desempenho destes e na porcentagem de perdas de forragem.
Este sistema promete economizar recursos devido à menor demanda de
estruturas quando comparado às grades, além de reduzir o número de
maquinários e operadores necessários para a distribuição da ração, uma vez que
os próprios animais irão até o alimentador que lhes será fornecido. Porém, a
questão do manejo não pode ser negligenciada. A regulagem da cerca elétrica
para disponibilizar o consumo diário estimado do feno exigirá acompanhamento
constante do consumo animal. Isto permitirá corrigir eventuais erros, avaliar
perdas de feno e propor alternativas ou modificações na busca do sucesso do
sistema de autoconsumo.

Na figura 8, observa-se o sistema de autoconsumo de feno em Ohio na


década de 70. Espera-se que este possa ser implantado com certas modificações
quanto à estrutura da cerca, com utilização de suportes metálicos e isoladores
espetados diretamente nos fardos de feno. A ausência de mourões fixos agiliza a
instalação inicial e permite a regulação da porção do fardo que será consumida,
como também possibilita interromper o acesso em um determinado período.

Como desvantagem, pode se citar a menor resistência a possíveis


empurrões ou cabeçadas por parte dos animais, o que pode danificar a estrutura.
Portanto, não se deve descartar a possibilidade de implantar este sistema
utilizando uma cerca móvel, garantindo maior rigidez e agilidade de implantação e
regulagem.
Figura 8 - Cerca elétrica regulando o autoconsumo de feno – Estados Unidos.
(Acervo particular Prof. Dr. Moacyr Corsi)

Objetivo

O objetivo deste trabalho foi o de estudar recomendações técnicas para o


fornecimento de feno empregando diferentes metodologias para seu fornecimento,
através de avaliações do desperdiço da fonte suplementar de sistemas
convencionais comparadas ao uso de cercas elétricas como estruturas que
regulem o autoconsumo dos animais.

MATERIAL E MÉTODOS

Localização

O trabalho foi conduzido na fazenda Santa Marta, de propriedade de


Claudio Sabino Carvalho Filho e outros, situa-se na cidade de Naviraí – Mato
Grosso do Sul. A altitude local é de 330 metros, com coordenadas de 22°57'52.2"
de latitude sul e 54°04'08.5" de longitude oeste.

De acordo com a classificação de Köppen, o clima do município é do tipo


Cfa (temperado úmido com verão quente), onde a temperatura média do mês mais
quente é superior a 28°C e do mês mais frio é inferior a 12°C (KÖPPEN; GEIGER,
1928). As precipitações pluviais ocorrem com maior intensidade durante o verão.
Porém, nos últimos três anos, esse comportamento não esteja sendo observado,
conforme pode ser observado no gráfico 1.

350 mm
300 mm
250 mm
200 mm
150 mm ANO 2013
100 mm ANO 2014
50 mm ANO 2015
0 mm

Gráfico 1 – Dados pluviométricos coletados na propriedade.

Condução

O estudo se iniciou no dia 20/08/2015, com unidades experimentais de


parcelas de 120 m2, situadas nos corredores ou nas áreas de lazer dos pastos.

Os métodos de fornecimento de feno para os animais foram definidos como


Tratamento convencional (TC) e Tratamento de autoconsumo com cerca elétrica
(TE). Estes foram instalados no campo aleatoriamente em 5 localidades (módulos)
diferentes, conforme pode ser observado no mapa da fazenda (anexo A) . Os
fardos de feno utilizados neste estudo foram de Panicum maximum cv. Miagi.

Os animais do estudo faziam parte do rebanho da propriedade, sendo 219


vacas, 374 novilhas e 17 rufiões (machos esterilizados), com pesos médios de
517, 394 e 278 kg, respectivamente. A raça predominante do rebanho era o
Nelore. Os lotes utilizados em cada tratamento encontram-se detalhados por
categoria animal na tabela 2.

Tabela 2 – Composição do rebanho utilizado.

Tratamentos / Módulos
Categoria
Animal TC1 TC2 TE1 TE2 TE3
(mod.18) (mod.24) (mod.25) (mod.2) (mod.3) Total
Novilhas 148 95 131 - - 374
Vacas 68 14 - 58 79 219
Rufiões 8 5 4 - - 17

Uma análise de composição bromatológica do feno foi realizada antes do


início do fornecimento e os resultados se encontram na tabela 3.

Tabela 3 – Resultados da análise bromatológica do feno capim Miagi utilizado no


experimento.

Resultado em 100%
Análises Matéria Matéria
Original Seca
Umidade (%) 12,97 0
Matéria Seca Original (%) 87,03 100
Proteina Bruta (%) 11,35 13,04
Extrato Etéreo (%) 1,55 1,78
Cinzas (%) 6,75 7,76
Fibra em Detergente Ácido (%) 31,9 36,65
Fibra em Detergente Neutro (%) 59,62 68,5
Calcio (%) 0,44 0,5
Fósforo (%) 0,2 0,23
Carboidratos Não Fibrosos (%) 7,76 8,92
Energia Líquida Lactação (Mcal/kg) 1,17 1,34
Nutrientes Digestíveis Totais (%) 51,86 59,59

Os teores de umidade e matéria seca (MS) revelados na análise


encontram-se similares aos obtidos por Jones e Harris (1979). O teor de proteína
bruta foi superior ao obtido por Euclides et. al. (1993) e Zanine et. al. (2007),
provavelmente devido a certas práticas que poderiam ter sido realizadas na
forrageira anterior ao corte e armazenamento (adubação nitrogenada, idade de
corte, etc.) das quais não se possuía informação. Já os valores encontrados de
FDN, FDA e NDT se assemelham aos alcançados por Zanine et. al. (2007) e
Gomes et. al. (2006).

Além disto, os fardos foram mensurados e pesados para a determinação do


peso da matéria original (MO) com o auxilio de uma balança BC Controller 3.0
(tabela 4).

Tabela 4 – Peso da MO e dimensões de ambos tamanhos de fardos


utilizados no experimento.

Peso Médio MO Diâmetro Altura


Tamanho dos Fardos
(kg) (m)
Pequeno 137,65 1,1 1,25
Grande 443,1 1,25 1,45

Por questão operacional da fazenda, as parcelas foram estabelecidas e


avaliadas em períodos diferentes. Sendo assim, as datas de inicio e conclusão
dos tratamentos foram: TC1 (25/08/2015 – 03/09/2015), TC2 (15/09/2015 –
20/09/2015), TE1 (21/09/2015 – 29/09/2015), TE2 (18/09/2015 – 28/09/15) e
finalmente TE3 (19/08/2015 – 28/09/15).

O regime pluviométrico durante o período experimental pode ser observado


na tabela 5.
Tabela 5 – Regime pluviométrico de Agosto e Setembro de 2015.

Agosto Setembro
Dia
Chuva (mm)
8 - 49
10 - 48
11 - 73
24 8 -
26 - 18
27 21 -
28 - 35
30 - 60
Total 29 mm 283 mm

Para o estabelecimento dos tratamentos, os fardos de feno que se


encontravam empilhados no pátio da fábrica de rações foram transportados para o
campo (figura 9). Utilizaram-se três tipos de maquinários: uma pá carregadeira
Volvo modelo L60F, um trator John Deere modelo 6415 e um trator Ford modelo
4610, conforme a disponibilidade diária dos mesmos.

Figura 9 – Carregamento dos fardos de feno no pátio da fábrica de rações.


Nos tratamentos convencionais (TC1 e TC2), a carga de feno foi colocada
em lugar previamente delimitado, a fim de possibilitar o consumo direto por parte
dos animais (Figura 10).

Figura 10 – Fornecimento convencional de feno no campo, TC1.

Já a metodologia TE precisava do estabelecimento prévio de uma cerca


elétrica, a qual foi montada com os seguintes materiais:

 4 Mourões de madeira de 2,2 m. de comprimento 0,15 m. de diâmetro.


 6 vergalhões de ferro de 1,5 m. de comprimento.
 6 isoladores de plástico para vergalhão.
 8 isoladores de plástico tipo “carambola” ou “de canto”.
 1 manopla.
 4 metros de cabo galvanizado de 2,5 mm. com duplo revestimento e
tratamento contra raios ultra violeta (marca Speedrite).
 45 metros de arame ovalado de aço zincado de 3 x 2,4 mm. (17 x 15 PG).
A estrutura foi construída com o auxilio de duas cavadeiras, dois
adensadores de solo, uma marreta, dois alicates tipo “boiadeiro”, um medidor de
choque e uma trena. Enquanto o maquinário depositava ordenadamente os fardos
de feno, quatro pessoas instalavam simultaneamente a cerca. O processo
demorou cerca de 40 minutos (figura 11). A altura adotada entre o solo e a cerca
elétrica foi de 1,1 m.

Figura 11 – Estrutura de choque pronta para o consumo animal, TE1.

As quantidades de feno fornecidas e a eficiência de consumo animal


variaram conforme as taxas de lotação dos piquetes. Cada período experimental
variou entre 4,5 e 10 dias de duração. O feno foi fornecido à vontade, com livre
acesso para os animais durante as 24 horas ao dia. As sobras foram recolhidas,
ensacadas, identificadas e pesadas individualmente a cada 3 dias para a
determinação do alimento desperdiçado (figura 12 e 13).
Figura 12 – Primeira coleta do resíduo dos lados Oeste (acima) e Leste (abaixo), TE1.

Figura 13 - Pesagem dos sacos contendo o material desperdiçado.


As figuras abaixo mostram ambos os tratamentos em diferentes módulos. A
verificação do adequado funcionamento foi realizado 2 vezes por dia (figura 14).

A B
Figura 14 – A-) Novilhas do TE1 ; B-) Vacas e novilhas do TC1.

Nas coletas finais de cada tratamento, o material desperdiçado


remanescente no solo foi classificado em dois lados, conforme a orientação à
respeito do sol, e o meio correspondente à área ocupada diretamente pelos fardos
(figura 14). O desperdiço de ambos os lados era coletado em sua totalidade (figura
15). Já no meio, devido à grande quantidade desperdiçada, principalmente nos
TC, optou-se pela retirada de amostras representativas para a estimativa do
material remanescente no centro dos comedouros. Em média amostrou-se 45%
da superfície onde se encontravam os fardos com o uso de uma grade de ferro de
1 m2 (figura 16).
Lado Lado
“Sul” “Norte”
“Meio”

Figura 14 – Classificação do material remanescente do TC2

Figura 15 - Coleta final do TC2, sacos do material perdido no lado sul.


Figura 16 – Coleta, ensacado e identificação do desperdiço de um ponto amostral
com o auxilio de uma grade de ferro de área conhecida.

Medições no TE1 foram feitos a fim de se determinar as profundidades dos


bocados pelos animais, considerando a distância entre o centro do fardo
consumido e o fio de arame. Na tabela 6 a seguir encontram-se os valores
obtidos.
Tabela 6 – Profundidades de bocados mensurados, TE1.

Ponto Profundidade do bocado (m)


1 0,6
2 0,65
3 0,62
4 0,42
5 0,53
6 0,46
7 0,49
8 0,5
9 0,6
10 0,51
11 0,6
12 0,41
Média: 0,53

Foram realizadas duas coletas de massa de forragem ao longo do


experimento com uma grade retangular de ferro de 0,5 m², a qual foi colocada
aleatoriamente em distintos pontos dos piquetes para conseguir uma amostra
representativa. A primeira coleta foi realizada no dia 22/08/2015 no módulo 24,
correspondente ao TC2.

O pasto era constituído de Tifton 85 (Cynodon spp.) e encontrava-se


dividido em 8 piquetes de aproximadamente 2,9 ha/cada e uma taxa de lotação de
3,5 UA/ha. Esta coleta serviu como parâmetro para estimar o balanço da oferta de
forragem em geral naquela época do ano e como isso refletiu no elevado consumo
de feno.

Devido ao porte do Tifton somado ao fato de que este se encontrava


bastante passado, uma simulação de pastejo não foi possível. Para a coleta
adotou-se uma altura de corte e retirada de todo o material acima de 20 cm.
Posteriormente foi realizada a separação e pesagem por componente morfológico
para compensar super-estimações desta metodologia.
A segunda coleta foi realizada no dia 6/10/2015, período no qual a rebrota
intensa dos pastos limitou o consumo de feno por parte dos animais. O módulo 3,
correspondente ao TC3, contava com 58,8 ha de Capim Mombaça (Panicum
maximum cv. Mombaça), dividido em 8 piquetes de aproximadamente 7,36
ha/cada e taxa de lotação de 1,66 UA/ha.

No dia 21/09/2015 foi feita a roçagem dos pastos com o intuito de diminuir a
altura do resíduo e estimular o perfilhamento das touceiras. Posteriormente se
procedeu à adubação com 100 kg de uréia (45% N). O material foi coletado acima
da altura do resíduo, independentemente da altura deste, simulando o pastejo
realizado pelos animais.

Após o corte das sub-amostras, as mesmas foram depositadas em um saco


plástico. Em seguida, foram pesadas com uma balança de precisão que foi
transportada até o campo para a obtenção do peso da MO. Separou-se uma parte
da MO para posterior determinação da MS com a ajuda de um secador de
forrageiras. Além disto, 3 sub-amostras de forragem foram derivadas para análise
bromatológica no laboratório Labtron na cidade de Campo Grande – MS.

O período de ocupação de cada piquete variou de 1 a 2 dias e a eficiência


de pastejo considerada foi de 70%.

O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, com três tratamentos.


Os dados foram analisados utilizando-se o pacote estatístico SAS®. A análise de
variância, em caso de diferença significativa, procedeu-se com o teste de
comparação de médias, teste de Tukey, com nível de significância de 1%.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
FENO DESPERDIÇADO

A análise de variância referente às coletas (peso médio dos sacos de


desperdiço coletados) por tratamento mostrou respostas significativas (P>0,01)
tanto para tratamento quanto para coleta e a interação entre eles. Desta forma, foi
feito o desdobramento para as duas variáveis, aplicando o teste de médias como
mostra a tabela 7.

Tabela 7 – Efeito de tratamento dentro cada coleta.

Coleta
Tratamento
1 2 3
TC1 5,96 a 4,22 b 3,78 b
TC2 3,99 b 4,39 b -
TE1 3,25 b 7,95 a 5,96 a
Letras minúsculas representam diferença significativa (P>0,01).

A tabela 7 mostra que ao longo das coletas realizadas no período de


consumo, desde a primeira até a última avaliação, o tratamento com choque (TE1)
obteve sacos de maior peso nas duas ultimas coletas. Isto ocorreu de forma
invertida no tratamento convencional (TC1), onde os sacos de peso mais elevado
se encontraram na primeira coleta. Pela sua vez no tratamento convencional
(TC2) não houve variação significativa dentro das coletas.

Conforme esperado, o desperdiço de feno com uma estrutura que regule o


autoconsumo foi significativamente menor. Podemos observar na tabela 8, os
resultados obtidos com os tratamentos convencionais (TC1 e TC2) nos módulos
18 e 24, e o atingido no módulo 25 (TE1) com o uso de cerca elétrica. Na tabela
9 são apresentados os resultados dos módulos 2 e 3 (TC2 e TC3,
respectivamente), ambos utilizando cerca de choque. Porém não foram avaliados
até o final do consumo por falta deste por parte dos animais.
Tabela 8 – Porcentagem de perdas de feno calculadas para os diferentes
tratamentos.

Concluídos
Módulo N° 25 18 24
Tratamento (Tipo) (TE1) (TC1) (TC2)
Total de Animais (Quantidade) 135 199 114
Duração experimento (dias) 9 10 4,5
Média Espaçamento (m/animais) 0,3 0,22 0,37
Quantidade de Feno Fornecido (kg) 2202,40 4874,10 2340,05
Quantidade de Feno Desperdiçado(kg) 503,17 3536,63 1754,96
Perda de Feno Diaria (%) 2,54 7,26 16,67
Perda Diaria de Feno Coleta 1 (kg/animal) 0,048 1,138 0,664
Perda Diaria de Feno Coleta 2 (kg/animal) 0,354 1,755 5,626
Perda Diaria de Feno Coleta 3 (kg/animal) 2,120 2,471 -
Perda Diaria de Feno Média (kg/animal) 0,841 1,788 3,145
Perda de Feno Total (%) 22,85 72,56 75,00

Tabela 9 – Porcentagem de feno desperdiçado com as estruturas de autoconsumo


instaladas nos módulos 2 e 3.

Incompletos
Módulo N° 2 3
Tratamento (Tipo) TE2 TE3
Total de Animais (Quantidade) 58 79
Duração experimento (dias) 11 10
Média Espaçamento (m/animais) 0,51 0,2
Quantidade de Feno Fornecido (kg) 1927,10 1514,15
Quantidade de Feno Desperdiçado(kg) 62,50 156,00
Perda de Feno Diaria (%) 0,29 1,03
Perda Diaria de Feno Coleta 1 (kg/animal) 0,056 0,12
Perda Diaria de Feno Coleta 2 (kg/animal) 0,21 0,39
Perda Diaria de Feno Coleta 3 (kg/animal) - -
Perda Diaria de Feno Média (kg/animal) 0,133 0,252
Perda de Feno Total (%) 3,24 10,30
Quanto às plantas forrageiras dos piquetes dos TC2 e TE1, visualmente as
mesmas estavam com o crescimento limitado, moderadamente invadido por
espécies invasoras e com grande parte das suas estruturas lignificadas, em
consequência da época seca do ano.

A seguir, nas tabelas 10 e 11, pode-se observar o levantamento dos


componentes morfológicos, teor de MS e oferta de forragem.

Tabela 10 – Valores médios dos componentes morfológicos e teor de MS.

Média
Composição Morfológica amostra (%): Teor M.S. (%): 34,91
Folha Tifton 15,60 Folha Tifton 1,78
Haste Tifton 32,41 Haste Tifton 2,59
Material Morto Tifton 33,68 Material morto Tifton 15,51
Folha Batatais 15,60 Folha Batatais 15,03

A tabela 10 evidencia a baixa qualidade da forragem do módulo 24,


correspondente ao TC2. Quanto à morfologia da forrageira, observa-se uma
relação folha:haste de quase 1:2. Isto pode reduzir o teor de proteína bruta da
planta, devido à maior concentração deste nutriente nas folhas (GOMIDE, 1976).
Por outro lado, o teor de MS calculado se assemelha ao obtido por Aguiar et. al.
(2006), para o capim Tifton 85 nas estações da primavera e inverno.

Pastos associados com altas proporções de colmos e de material morto


tendem a afetar o tamanho do bocado, a menor e a mais simples unidade que
compõe o consumo. De maneira geral, quando o tamanho (massa) do bocado é
reduzido, o animal tende a aumentar a taxa de bocados (número de bocados
realizados por unidade de tempo) para manter a taxa de consumo (kg MS por
animal por unidade de tempo) (CARVALHO, et. al., 2001).

Se o aumento em taxa de bocados não é suficiente para compensar a


redução em tamanho do bocado, a taxa de consumo diminui e o animal aumenta o
tempo de pastejo como forma de tentar manter o consumo. Isso demonstra que se
a forma como o pasto é oferecido aos animais não é a adequada, além de não
ingerirem a quantidade de alimento necessária, eles tem que trabalhar mais para
colher a forragem. O resultado é o aumento dos os custos de manutenção e suas
exigências nutricionais, e consequentemente menor desempenho.

Interferência na produção de forragem na exigência do rebanho

Analisando a tabela 11, podemos concluir que houve um grande déficit na


oferta de forragem no piquete, não suportando as 3,5 UA/ha atuais. Cabe
destacar, que das 114 cabeças existentes no rebanho, 95 correspondiam a vacas
receptoras de embrião.

O sucesso da transferência de embriões, que seria realizada na estação de


monta, depende diretamente da condição corporal (CC) adequada. A CC é uma
ferramenta útil para predizer o desempenho reprodutivo, tanto na manifestação de
cio no pós-parto, quanto na taxa de prenhes no final da temporada reprodutiva
(Moraes, 2002).

Segundo STROUD E HASLER (2006), fêmeas com CC intermediários 2 e 3 (em


uma escala de 5) apresentam melhores resultados de prenhes. Quando a dieta
apresenta uma baixa qualidade de nutrientes e as receptoras de embrião passam
por um período de subnutrição, ocorrem problemas que podem ser severamente
relacionados à baixa ou a variação da fertilidade observada em programas de
transferência de embriões. A produção hormonal fica comprometida, pois a
subnutrição pode influenciar a atividade ovariana (FERREIRA, 1993).
Tabela 11 – Balanço entre oferta de forragem e demanda do mesmo por parte do
rebanho.

Piquete A B C D E F G H I J
Área Piquete
(ha) 3,01 2,85 2,85 2,82 2,85 3,10 3,12 3,12 3,12 2,13
Massa
Forragem
(KgMS/ha) 51,00 85,68 129,23 247,81 703,73 463,68 81,68 82,38 126,36 118,69
Massa
Forragem
(KgMS/piquete) 153,63 244,04 368,10 698,42 2003,25 1437,55 254,88 257,06 394,31 252,50
Demanda
Massa
Forragem
(kgMS/dia) 1315,94
Saldo
(kgMS/dia) -1162,32 -1071,90 -947,85 -617,53 687,30 121,61 -1061,06 -1058,88 -921,63 -1063,44

No fim do mês de setembro, a intensidade da rebrota do pasto e a


qualidade da forragem foram aspectos notórios, o que repercutiu diretamente na
frequência do consumo de feno por parte dos animais, o qual passou a ser quase
nulo.

Para estimar a oferta de forragem que interferiu no consumo do feno, se


procedeu a coleta da massa de forragem dos piquetes do modulo 3 (TE3) no dia
6/10/2015. Os resultados desta coleta podem ser observados nas tabelas 12 e 13.
Tabela 12 – Coleta da massa de forragem do capim Mombaça do módulo 3.

Piquete A B C D E F G H
M.V. Coletada (kg) 0,47 0,15 - 0,461 0,455 0,25 0,781 0,52
Pontos Coletados (N°) 8 8 - 8 8 8 7 8
2
Área Amostrada (m ) 4 4 - 4 4 4 3,5 4
P/ Det. De M.S. (kg) 0,1 0,15 - 0,1 0,1 0,25 0,1 0,1
P/ Análise Bromatológica (kg) 0,1 - - - - - 0,1 0,1
Peso M.S. (kg) 0,019 0,034 - 0,023 0,023 0,056 0,021 0,019
Teor de M.S. (%) 19 22,67 - 23 23 22,4 21 19
Oferta de Forragem (kg/ha) 223,25 85 - 265,075 261,625 140 468,6 247
Oferta de Forragem
(kg/Piquete) 1678,1 636,3 - 1837,5 1959,4 1053,4 3542,1 1696,9
Demanda de Forragem (kg) 923,03
Balanço (Oferta - Demanda) 755,0 -286,7 - 914,5 1036,4 130,4 2619,1 773,9

Tabela 13 – Resultados da análise bromatológica de capim Mombaça coletado no


Modulo 3.

Resultado em 100%
Análises
Matéria Original Matéria Seca
Umidade (%) 78,42 0
Matéria Seca Original (%) 21,58 100
Proteina Bruta (%) 3,78 17,53
Extrato Etéreo (%) 0,66 3,05
Cinzas (%) 2,33 10,79
Fibra em Detergente Ácido (%) 6,4 29,64
Fibra em Detergente Neutro (%) 12,23 56,66
Calcio (%) 0,09 0,43
Fósforo (%) 0,09 0,4
Carboidratos Não Fibrosos (%) 2,58 11,97
Energia Líquida Lactação (Mcal/kg) 0,28 1,3
Energia Líquida Mantença (Mcal/kg) 0,27 1,25
Energia Liquida Ganho (Mcal/kg) 0,15 0,68
Nutrientes Digestíveis Totais (%) 12,51 57,95
Os teores protéicos alcançados são considerados de grande magnitude
para as gramíneas tropicais e estão bem acima daqueles obtidos por Heinemamm
et. al. (2004) e Mesquita & Neres (2008). Vários estudos (HEINEMAMM et. al.,
2004; QUADROS & BANDINELLI, 2005; SORIA, 2002) têm comprovado os
benefícios da adubação nitrogenada na produção de matéria seca, na proteína
bruta, na fibra em detergente neutro e ácido de gramíneas forrageiras tropicais.
Segundo Corsi (1984), a adubação nitrogenada pode reduzir a porcentagem de
FDN das plantas por estimular o crescimento de tecidos novos, que possuem
menores teores de carboidratos estruturais na matéria seca e maiores teores de
carboidratos não estruturais, considerados componentes de reserva de gramíneas
forrageiras. Observaram-se valores elevados de FDA, característico de forrageiras
tropicais, ligeiramente superiores aos teores obtidos com Panicum maximum cv.
Mombaça sob lotação intermitente por Cândido et. al. (2005). O resultado de NDT
calculado foi semelhante ao obtido por Aguiar et. al. (2006), avaliando a espécie
forrageira em questão nas diferentes épocas do ano em pastagens intensivas.

Análise de custos

Cálculos correspondentes para verificar a viabilidade técnica da


suplementação com feno a campo foram realizados para ambos os tratamentos.
Os resultados se encontram na tabela 14.

Para a estimação dos custos simulou-se que cada metodologia foi realizada
nos 5 módulos, evitando interferências nos resultados devido a utilização distinta
dos dois tratores nos diferentes módulos. O resultado final foi a redução de 8,45%
(583,85 R$) do custo total utilizando o TE.
Tabela 14 – Custos estimativos de cada metodologia.

Item Custo (R$)


Descrição
Sem Estrutura Com Estrutura
A Feno (R$) 6454,97 4563,11
B Transporte (R$) 259,82 183,67
C Mão de Obra (R$) 197,48 223,36
D Instalações (R$) - 1358,28
Total 6912,27 6328,42

A representação gráfica dos resultados obtidos na tabela acima podem ser


observados nos gráficos 2 e 3, nos quais evidencia-se o impacto significativo do
custo do feno adquirido, em comparação aos outros fatores.

8000,00
7000,00
6000,00
5000,00
4000,00
3000,00 "Sem Estrutura"

2000,00 "Com Estrutura"

1000,00
0,00

Gráfico 2 – Custos totais em reais para ambas as metodologias.


Custos (%)
100,00
90,00
80,00
70,00
60,00
50,00 "Sem Estrutura"
40,00 "Com Estrutura"
30,00
20,00
10,00
0,00
Feno Transporte Mão de Obra Estrutura

Gráfico 3 – Custos em porcentagem para ambas as metodologias.

Na tabela 15, observa-se que se bem os fardos de feno são adquiridos por
uma quantidade relativa de R$/tonMO, o preço aumenta quando é corrigida com a
eficiência de consumo de cada metodologia. Este é praticamente o único custo
variável que pode mudar com boas práticas por parte do pecuarista, e na maioria
das vezes acaba sendo negligenciado. Estimou-se uma redução de
aproximadamente 30% do preço ajustado de R$/ton e do custo final (147,13 R$ e
1891,86 R$, respectivamente).

Nas tabelas 15, 16-A, 16-B, 17 e 18, detalham-se os componentes da


Tabela 13 discutida anteriormente.

Tabela 15 – Custo final do feno utilizado experimentalmente, extrapolando os 5


módulos para ambas metodologias.

Eficiência de Consumo Preço Ajustado Custo Final


Quantidade
Preço Com Sem Com Sem Com Sem
Fornecida
Estrutura Estrutura Estrutura Estrutura Estrutura Estrutura
R$/tonMO % R$/ton ton R$
288,89 22,85 73,78 354,90 502,03 12,86 4563,11 6454,97
A seguir, na tabela 16-A se encontra o cálculo do custo de hora máquina
utilizados. Utilizaram-se formulas e metodologias propostas pela ASAE (1998a) e
os custos e taxas da própria fazenda. Os horários de trabalho e as distâncias
percorridas até cada módulo foram levantadas no momento da instalação de cada
tratamento.

Tabela 16-A – Cálculo do Custo horário (R$/h) dos tratores utilizados no


experimento.

Trator Unidades John Deere Ford


Modelo 6415 4610
Potência KW 79,5 47
Valor Inicial R$ 160.000,0 79057,3
Valor Final % 30 30
Vida Útil Anual Ano 8 8
Vida Útil em Horas Horas 12000 12000
Juros (ano) 7,5 7,5
Alojamento, Seguros e Taxas (ano) % 1,5 1,5
Fator de Reparo e Manutenção 60 60
Depreciação Anual 14000,0 6917,5
Juros Anuais 7800,0 3854,0
Alojamento, Seguros e Taxas R$/ano
anuais 2400,0 1185,9
Custo Fixo Anual 24200,0 11957,4
Custo Fixo Hora 16,1 8,0
Custo do Combustível 36,6 21,7
R$/hora
Custo de reparos e manutenção 8,0 4,0
Custo Horário 60,8 33,6
Utilização no Experimento Horas 1,95 0,92
Custo Relativo R$ 118,72 30,79
*Fator de consumo de combustível 0,16 L/(KW/h)
**Preço do Litro de Diesel 2,88 R$/L

Tabela 15-B – Custo horário das máquinas conforme a eficiência de consumo.

Sem Estrutura Com Estrutura


Eficiencia do Consumo animal (%) 73,78 22,85
Custo Total (R$) 259,82 183,67
Na tabela 16-B, calculou-se o custo hora máquina total com base na
eficiência de consumo por parte dos animais. Isto é devido a que quanto maior o
desperdiço menor será a duração da carga transportada até o campo e,
consequentemente, maior será o número de transbordos a serem realizados ao
longo da estação seca do ano. Nota-se que com a redução do desperdiço, o custo
horário dos tratores foi de aproximadamente 30% (R$ 76,15) menor para a
metodologia com cerca elétrica.

Determinou-se também o custo relacionado à mão de obra, utilizando-se


um salário médio dos funcionários da propriedade, a quantidade de pessoas que
instalaram as estruturas e o tempo demorado. Apesar de a estrutura de auto-
consumo ser instalada uma única vez, incluiu-se novamente a eficiência de
consumo, devido a maior porcentagem de perdas do método convencional, que
exigiria mais transbordos de feno por parte dos funcionários, conforme detalhado
na tabela 17. Segundo os dados levantados, houve uma redução de 11,6% (25,88
R$) do custo da mão de obra mediante a utilização da estrutura de choque.

Tabela 17 – Custo da mão de obra para cada método de fornecimento.

Salário Eficiencia do
Médio Consumo animal
Funcionarios Mensal Tempo Instalação Instalações Custo (%) Custo Total
(h/com (h/sem (R$/sem (R$/com Sem Com
(Qtd.) (R$/mês) estrutura) estrutura) (Qtd.) estrutura) estrutura) Estrutura Estrutura R$

3 1500 1,60 1,00 5 113,64 181,82 73,78 22,85 223,36 197,48

Foi estudado o custo da instalação de cada tratamento com cerca elétrica,


conforme a Tabela 18. O fator de reparos e manutenção não foi levado em
consideração, pois depende diretamente da qualidade dos materiais utilizados e o
comportamento animal. Cabe destacar que a fonte de eletricidade para a oferta de
feno vinha da cerca elétrica já existente na divisória dos piquetes.
Tabela 18 – Custo da estrutura de cerca elétrica como estrutura de auto-consumo
de feno.

Valor Unidade
Item Dimensões Quantidade Descrição (R$) Custo (R$)
2,2 m. (compr.) x
Mourão de madeira 0,15m. (diâmetro) 4 Unidades 40 160,00
Vergalhão de ferro 1,5 m (compr.) 6 Unidades 8 48,00
Isolador plástico para
vergalhão. - 6 Unidades 2 12,00
Isoladores plástico
tipo “carambola” - 8 Unidades 1,69 13,52
Manopla - 1 Unidades 1,5 1,50
Cabo galvanizado
com 2,5 mm. de
duplo revestimento diametro 4 metros 460 26,29
Arame ovalado de 3 x 2,4 mm.
aço zincado (17x15 PG) 45 metros 230 10,35
Total: 271,66
.

Baseado nos dados obtidos estimou-se um custo de aproximadamente


R$583,03 a mais para o fornecimento convencional, considerando-se as 12,86
toneladas empregadas no experimento. Deste modo, há um custo superior de R$
45,34 por tonelada fornecida convencionalmente em comparação ao tratamento
com choque.

Segundo dados levantados na fazenda, esta fornecia feno em média para


15 dos 21 módulos existentes (71% do total), fazendo pelo menos 8 transbordos
de 2,57 toneladas para cada um destes ao longo da época da seca.

Comparando os tratamentos testados, estimou-se que a utilização o método


TE durante o período de déficit forrageiro dos pastos poderia diminuir o custo em
cerca de R$13.984,35.
Com dados levantados anteriormente realizou-se uma aproximação da
economia que poderia ser atingida conforme a quantidade de módulos
suplementados com esta estratégia (gráfico 4). Nota-se o crescimento diretamente
proporcional da economia de custos conforme aumenta o total de módulos
suplementados.

20.000,00
18.000,00
16.000,00
14.000,00
12.000,00
(R$)

10.000,00
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
0,00
3 6 9 12 15 18 21
Módulos Suplementados (Qtd.)

Gráfico 4 – Economia estimada mediante a utilização da metodologia TE em


detrimento da TC.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONCLUSÕES

Os animais foram capazes de consumir por baixo da cerca elétrica de 1,1m


de altura em média uma profundidade de 0,53 m.

O consumo de feno a campo foi significativo no período de déficit forrageiro


(média de -709,57 kgMS/piquete/dia) e baixa qualidade dos pastos. O mesmo
cessou no momento em que começou a haver oferta de forragem (média de 848,9
kgMS/piquete/dia) e pastos de boa qualidade.

Em média, o desperdiço obtido com o método convencional foi de 73,78%,


e 22,85% com o método regulado com cerca elétrica.

O custo do feno adquirido, ajustado à sua eficiência de aproveitamento


representa aproximadamente 93% e 72% do custo total para os métodos de
fornecimento convencional e com cerca elétrica, respectivamente.

O custo da suplementação volumosa com feno a campo pode ser reduzida


em torno de 8,43% mediante a utilização de cercas elétricas como estrutura que
regule o autoconsumo dos animais, em detrimento ao método de fornecimento
sem estrutura.

O método de auto-consumo de feno testado apresentou-se como uma


operação técnica, prática e economicamente viável.

Trabalhos sobre métodos de fornecimento de feno são necessários para


ampliar a massa crítica de informações sobre esse assunto, sendo tais escassos
na literatura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR A. de P.A.; DRUMOND, L.C.D.; MORAES NETO, A.R.; PAIXÃO, J.B.;


RESENDE, J.R.; BORGES, L.F.C.; MELO JUNIOR, L.A.; SILVA, V.F.; APONTE,
J.E.E. 2006. Composição química e taxa de acúmulo dos capins Mombaça,
Tanzânia-1 (“Panicum maximum” jacq. cv. Mombaça e Tanzânia-1) e Tifton 85
(“Cynodon dactylon” x “Cynodon nlemfuensis” cv. Tifton 68) em pastagens
intensivas. Revista FAZU, n. 3 p., 15-19.

AMERICAN SOCIETY OF AGRICULTURAL ENGINEERIG. ASAE Standards.


St. Joseph, Agricultural management data ASAE EP496.2.1998a, p.354-359.

ANDRADE, J.B. Produção de Feno. Nova Odessa: Instituto de Zootecnia, 1999.


34p. (Boletim Técnico, 44).

BAUMGARDT, B. R. 1970. Regulation of feed intake and energy balance. Pages


235-253 in A. T. Phillipson, ed. Physiology of digestion and metabolism in the
ruminant. Oriel. Newcastleupon-Tyne, England.

BUSKIRK, D.D., A.J. ZANELLA, T.M.HARRIGAN, J.L. VAN LENTE, L.M.


GNAGEY, AND M.J. KAERCHER. 2003. Large round bale feeder design affects
hay utilization and beef cow behavior. J. Anim. Sci. 81:109-115.

CÂNDIDO, M.J.D.; ALEXANDRINO, E.; GOMIDE, C.A.M.; GOMIDE, J.A.;


PEREIRA, W.E. 2005. Rest period, forage nutritive value and steers performance
on Panicum maximum cv. Mombaça pasture under intermitente stocking. Revista
Brasileira de Zootecnia 34: 1459-1467.
CARVALHO, P.C.F.; RIBEIRO FILHO, H.M.N.; POLI, C.H.E.C.; MORAES, A.;
DELAGARDE, R. Importância da estrutura da pastagem na ingestão e seleção de
dietas pelo animal em pastejo. In: PEDREIRA, C.G.S.e DA SILVA, S.C. (Ed.) A
Produção Animal na Visão dos Brasileiros, Piracicaba: FEALQ, 2001. p.853-871.

CONRAD, H.R. 1966. Symposium on factors influencing the voluntary intake of


herbage by ruminants: physiological and physical factors limiting feed intake. J.
Anim. Sci., 25(1):227-35.

CORSI, M. Effects of nitrogen rates and harvesting intervals on dry matter


production, tillering and quality of the tropical grass Panicummaximum, JACQ.
1984. 125f. Thesis (Doctor of Philosophy) The Ohio State University, Ohio, 1984.

EUCLIDES, V.P.B.; MACEDO, M.C.M.; VIEIRA, A.; OLIVEIRA, M.P. Evaluation


of Panicum maximum cultivars under grazing. In: INTERNATIONAL GRASSLAND
CONGRESS, 17., 1993, Palmerston North. Proceedings... Palmerston North: New
Zealand Grassland Association, 1993a. p.1999-2000.

FERREIRA, A. M. Nutrição e atividade ovariana em bovinos: uma revisão.


Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 28, n. 9, p. 1077-1093, 1993.

FORBES, J.M. Voluntary food intake and diet selection in farm animals.
Wallingford: CAB International, 1995. 532p.

GOMES, S. P., et al. Consumo, digestibilidade e produção microbiana em novilhos


alimentados com diferentes volumosos, com e sem suplementação. Arq. Bras.
Med. Vet. Zootec. 58.5 (2006): 884-892.
GOMIDE, J.A. Composição mineral de gramíneas e leguminosas forrageiras
tropicais. In: SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO SOBRE PESQUISA EM
NUTRIÇÃO MINERAL DE RUMINANTES EM PASTAGENS, 1, 1976, Belo
Horizonte. Anais... Belo Horizonte: EPAMIG, 1976. p.20-33.

HEINEMANN, A. B. et al. Rendimento forrageiro e composição bromatológica de


cultivares de Panicum maximum cultivadas sob duas doses de nitrogênio e
potássio. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA,
41. Campo Grande, 2004. Anais... Campo Grande: SBZ, 2004.

JONES, L., HARRIS, C.E. 1979. Plant and swath limits to drying. Forage
conservation in the 80’s. Occasional synposium. 11. Brit. Grassl. Soc., London. p.
53-60.

KÖPPEN, W.; GEIGER, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perthes. 1928.
Wall-map 150cmx200cm.

MESQUITA E.E.; NERES M.A. Morfogênese e composição bromatológica de


cultivares de Panicum maximumem função da adubação nitrogenada. Revista
Brasileira de Saúde e Produção Animal, An., v.9, n.2, p. 201-209, 2008.

MORAES, J. C. F. Controle da reprodução em gado de corte. Anais do primeiro


simpósio de reprodução bovina. Porto Alegre, RS. EMBRAPA, Pecuária Sul.
CPPSul. Bagé, RS. 2002.

NUTRIENT REQUIREMENTS OF BEEF CATTLE, Seventh Edition, 1996.

NUTRIENT REQUIREMENTS OF BEEF CATTLE, Sixth Edition, 1984.


QUADROS, F.L.F.; BANDINELLI, D.G. Efeitos da adubação nitrogenada e de
sistemas de manejo sobre a morfogênese de Lolium multiflorum Lam, e Paspalum
urvillei Steud, em ambiente de várzea. Revista Brasileira de Zootecnia,v.34, n.1,
p.44- 53, 2005.

RESENDE, K.T.; TEIXEIRA, I.A.M.A.; FERNANDES, M.H.M.R. Metabolismo de


energia. In: Nutrição de Ruminantes, 1, ed, Jaboticabal: Telma Teresinha
Berchielli, Alexandere Vaz Pires e Simone Gisele de Oliveira, 2006, cap 11, p.
311- 332, 2006.

SORIA, L.G. Produtividade do capim Tanzânia-1 (Panicum maximum ) Jacq. em


função da lâmina de irrigação e da adubação nitrogenada. 2002. 170f. Tese
(Mestrado em irrigação e drenagem) - Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, Universidade de São Paulo, São Paulo.

STROUD, B.; HASLER, J. F. Dissecting why superovulation and embryo transfer


usually work on some farms but not on other. Theriogenology, v. 65, n. 1, p. 65-
76, 2006.

VAN SOEST. 1995. Nutritional Ecology of the Ruminant.

ZANINE, A. M.; SANTOS, E. M.; FERREIRA, D.J. et. al. Efeito de níveis de uréia
sobre o valor nutricional do feno de capim-tanzânia. Semina: Ciências Agrárias,
Londrina, v. 28, n. 2, p.333-340,2007.
ANEXO

Você também pode gostar