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Lurman TCC
Lurman TCC
- Departamento de Zootecnia -
PIRACICABA
Estado de São Paulo – Brasil
Novembro, 2015
AGRADECIMENTOS
A meus pais, Gladys Carolina Gill de Lurman e Enrique Lurman Rolandi, pelo
apoio incondicional e carinho.
A meus avós Julio César Gill Paleari e Elva Kriskovich, por todos os
ensinamentos, amizade e carinho.
RESUMO................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
Objetivo.............................................................................................................. 15
Localização ........................................................................................................ 15
Condução .......................................................................................................... 16
RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................. 28
CONCLUSÕES ..................................................................................................... 41
ANEXO .................................................................................................................. 46
RESUMO
INTRODUÇÃO
REVISÃO DA LITERATURA
Onde:
A B
C D
Figura 3 - A-) Estrutura tipo “cônica” (cone); B-) Estrutura tipo “anel” (ring);
C-) Estrutura tipo “berço” (cradle); D-) Estrutura tipo “reboque” (trailer).
Com o intuito de avaliar o desempenho destes equipamentos, Dan Buskirk
da Michigan State University (MSU) Beef Cattle Teaching and Research Center
(BCTR) analisou a relação entre o formato do alimentador, o comportamento
animal e as perdas de cada um. Um grupo de 160 vacas prenhes, não lactantes,
com peso médio de 612 kg (± 78,2) provenientes do rebanho da MSU foram
utilizadas para avaliar a quantidade de perda de feno e os comportamentos
alimentares correspondentes aos diferentes alimentadores. Utilizaram-se fardos
cilíndricos de alfafa (Medicago sativa) e capim dactylis (Dactylis glomerata L.) que
foram pesados e amostrados antes de serem fornecidos. A avaliação do
comportamento animal foi por meio de câmaras de vídeo.
Desvio
Item Cone Anel Reboque Berço Padrão a
Peso Inicial (kg) 628,72 631,49 632,22 629,57 1,63
Escore Corporal Iniciale 5,8 5,9 5,9 5,8 0,02
Matéria Seca
Feno desaparecido diariof (kg/vaca) 11,97 b 12,16 b 13,9 c 12,88 b,c 0,41
Perdas Diarias de Feno (kg/vaca) 0,41 b 0,73 c 1,59 d 1,91 d 0,09
Perdas de Feno (%)g 3,5 b 6,1 b 11,4 c 14,6 c 0,8
Consumo diario de Fenoh (kg/vaca) 11,52 11,39 12,29 11,22 0,36
Consumo/vaca (%PV) 1,8 1,8 2 1,8 0,1
a
Erro padrão das médias dos mínimos quadrados.
b,c,d
Letras minúsculas diferentes indicam diferença significativa (P<0,05).
e
Escala de 1 a 9, em que 1=extremadamente magra e 9=obesa.
f
Feno fornecido menos o residual no fim de cada período.
g
Perdas de feno em relação ao feno desaparecido.
h
Feno desaparecido subtraindo-se as perdas.
(Publiagro SC - Bolivia)
Objetivo
MATERIAL E MÉTODOS
Localização
350 mm
300 mm
250 mm
200 mm
150 mm ANO 2013
100 mm ANO 2014
50 mm ANO 2015
0 mm
Condução
Tratamentos / Módulos
Categoria
Animal TC1 TC2 TE1 TE2 TE3
(mod.18) (mod.24) (mod.25) (mod.2) (mod.3) Total
Novilhas 148 95 131 - - 374
Vacas 68 14 - 58 79 219
Rufiões 8 5 4 - - 17
Resultado em 100%
Análises Matéria Matéria
Original Seca
Umidade (%) 12,97 0
Matéria Seca Original (%) 87,03 100
Proteina Bruta (%) 11,35 13,04
Extrato Etéreo (%) 1,55 1,78
Cinzas (%) 6,75 7,76
Fibra em Detergente Ácido (%) 31,9 36,65
Fibra em Detergente Neutro (%) 59,62 68,5
Calcio (%) 0,44 0,5
Fósforo (%) 0,2 0,23
Carboidratos Não Fibrosos (%) 7,76 8,92
Energia Líquida Lactação (Mcal/kg) 1,17 1,34
Nutrientes Digestíveis Totais (%) 51,86 59,59
Agosto Setembro
Dia
Chuva (mm)
8 - 49
10 - 48
11 - 73
24 8 -
26 - 18
27 21 -
28 - 35
30 - 60
Total 29 mm 283 mm
A B
Figura 14 – A-) Novilhas do TE1 ; B-) Vacas e novilhas do TC1.
No dia 21/09/2015 foi feita a roçagem dos pastos com o intuito de diminuir a
altura do resíduo e estimular o perfilhamento das touceiras. Posteriormente se
procedeu à adubação com 100 kg de uréia (45% N). O material foi coletado acima
da altura do resíduo, independentemente da altura deste, simulando o pastejo
realizado pelos animais.
Coleta
Tratamento
1 2 3
TC1 5,96 a 4,22 b 3,78 b
TC2 3,99 b 4,39 b -
TE1 3,25 b 7,95 a 5,96 a
Letras minúsculas representam diferença significativa (P>0,01).
Concluídos
Módulo N° 25 18 24
Tratamento (Tipo) (TE1) (TC1) (TC2)
Total de Animais (Quantidade) 135 199 114
Duração experimento (dias) 9 10 4,5
Média Espaçamento (m/animais) 0,3 0,22 0,37
Quantidade de Feno Fornecido (kg) 2202,40 4874,10 2340,05
Quantidade de Feno Desperdiçado(kg) 503,17 3536,63 1754,96
Perda de Feno Diaria (%) 2,54 7,26 16,67
Perda Diaria de Feno Coleta 1 (kg/animal) 0,048 1,138 0,664
Perda Diaria de Feno Coleta 2 (kg/animal) 0,354 1,755 5,626
Perda Diaria de Feno Coleta 3 (kg/animal) 2,120 2,471 -
Perda Diaria de Feno Média (kg/animal) 0,841 1,788 3,145
Perda de Feno Total (%) 22,85 72,56 75,00
Incompletos
Módulo N° 2 3
Tratamento (Tipo) TE2 TE3
Total de Animais (Quantidade) 58 79
Duração experimento (dias) 11 10
Média Espaçamento (m/animais) 0,51 0,2
Quantidade de Feno Fornecido (kg) 1927,10 1514,15
Quantidade de Feno Desperdiçado(kg) 62,50 156,00
Perda de Feno Diaria (%) 0,29 1,03
Perda Diaria de Feno Coleta 1 (kg/animal) 0,056 0,12
Perda Diaria de Feno Coleta 2 (kg/animal) 0,21 0,39
Perda Diaria de Feno Coleta 3 (kg/animal) - -
Perda Diaria de Feno Média (kg/animal) 0,133 0,252
Perda de Feno Total (%) 3,24 10,30
Quanto às plantas forrageiras dos piquetes dos TC2 e TE1, visualmente as
mesmas estavam com o crescimento limitado, moderadamente invadido por
espécies invasoras e com grande parte das suas estruturas lignificadas, em
consequência da época seca do ano.
Média
Composição Morfológica amostra (%): Teor M.S. (%): 34,91
Folha Tifton 15,60 Folha Tifton 1,78
Haste Tifton 32,41 Haste Tifton 2,59
Material Morto Tifton 33,68 Material morto Tifton 15,51
Folha Batatais 15,60 Folha Batatais 15,03
Piquete A B C D E F G H I J
Área Piquete
(ha) 3,01 2,85 2,85 2,82 2,85 3,10 3,12 3,12 3,12 2,13
Massa
Forragem
(KgMS/ha) 51,00 85,68 129,23 247,81 703,73 463,68 81,68 82,38 126,36 118,69
Massa
Forragem
(KgMS/piquete) 153,63 244,04 368,10 698,42 2003,25 1437,55 254,88 257,06 394,31 252,50
Demanda
Massa
Forragem
(kgMS/dia) 1315,94
Saldo
(kgMS/dia) -1162,32 -1071,90 -947,85 -617,53 687,30 121,61 -1061,06 -1058,88 -921,63 -1063,44
Piquete A B C D E F G H
M.V. Coletada (kg) 0,47 0,15 - 0,461 0,455 0,25 0,781 0,52
Pontos Coletados (N°) 8 8 - 8 8 8 7 8
2
Área Amostrada (m ) 4 4 - 4 4 4 3,5 4
P/ Det. De M.S. (kg) 0,1 0,15 - 0,1 0,1 0,25 0,1 0,1
P/ Análise Bromatológica (kg) 0,1 - - - - - 0,1 0,1
Peso M.S. (kg) 0,019 0,034 - 0,023 0,023 0,056 0,021 0,019
Teor de M.S. (%) 19 22,67 - 23 23 22,4 21 19
Oferta de Forragem (kg/ha) 223,25 85 - 265,075 261,625 140 468,6 247
Oferta de Forragem
(kg/Piquete) 1678,1 636,3 - 1837,5 1959,4 1053,4 3542,1 1696,9
Demanda de Forragem (kg) 923,03
Balanço (Oferta - Demanda) 755,0 -286,7 - 914,5 1036,4 130,4 2619,1 773,9
Resultado em 100%
Análises
Matéria Original Matéria Seca
Umidade (%) 78,42 0
Matéria Seca Original (%) 21,58 100
Proteina Bruta (%) 3,78 17,53
Extrato Etéreo (%) 0,66 3,05
Cinzas (%) 2,33 10,79
Fibra em Detergente Ácido (%) 6,4 29,64
Fibra em Detergente Neutro (%) 12,23 56,66
Calcio (%) 0,09 0,43
Fósforo (%) 0,09 0,4
Carboidratos Não Fibrosos (%) 2,58 11,97
Energia Líquida Lactação (Mcal/kg) 0,28 1,3
Energia Líquida Mantença (Mcal/kg) 0,27 1,25
Energia Liquida Ganho (Mcal/kg) 0,15 0,68
Nutrientes Digestíveis Totais (%) 12,51 57,95
Os teores protéicos alcançados são considerados de grande magnitude
para as gramíneas tropicais e estão bem acima daqueles obtidos por Heinemamm
et. al. (2004) e Mesquita & Neres (2008). Vários estudos (HEINEMAMM et. al.,
2004; QUADROS & BANDINELLI, 2005; SORIA, 2002) têm comprovado os
benefícios da adubação nitrogenada na produção de matéria seca, na proteína
bruta, na fibra em detergente neutro e ácido de gramíneas forrageiras tropicais.
Segundo Corsi (1984), a adubação nitrogenada pode reduzir a porcentagem de
FDN das plantas por estimular o crescimento de tecidos novos, que possuem
menores teores de carboidratos estruturais na matéria seca e maiores teores de
carboidratos não estruturais, considerados componentes de reserva de gramíneas
forrageiras. Observaram-se valores elevados de FDA, característico de forrageiras
tropicais, ligeiramente superiores aos teores obtidos com Panicum maximum cv.
Mombaça sob lotação intermitente por Cândido et. al. (2005). O resultado de NDT
calculado foi semelhante ao obtido por Aguiar et. al. (2006), avaliando a espécie
forrageira em questão nas diferentes épocas do ano em pastagens intensivas.
Análise de custos
Para a estimação dos custos simulou-se que cada metodologia foi realizada
nos 5 módulos, evitando interferências nos resultados devido a utilização distinta
dos dois tratores nos diferentes módulos. O resultado final foi a redução de 8,45%
(583,85 R$) do custo total utilizando o TE.
Tabela 14 – Custos estimativos de cada metodologia.
8000,00
7000,00
6000,00
5000,00
4000,00
3000,00 "Sem Estrutura"
1000,00
0,00
Na tabela 15, observa-se que se bem os fardos de feno são adquiridos por
uma quantidade relativa de R$/tonMO, o preço aumenta quando é corrigida com a
eficiência de consumo de cada metodologia. Este é praticamente o único custo
variável que pode mudar com boas práticas por parte do pecuarista, e na maioria
das vezes acaba sendo negligenciado. Estimou-se uma redução de
aproximadamente 30% do preço ajustado de R$/ton e do custo final (147,13 R$ e
1891,86 R$, respectivamente).
Salário Eficiencia do
Médio Consumo animal
Funcionarios Mensal Tempo Instalação Instalações Custo (%) Custo Total
(h/com (h/sem (R$/sem (R$/com Sem Com
(Qtd.) (R$/mês) estrutura) estrutura) (Qtd.) estrutura) estrutura) Estrutura Estrutura R$
Valor Unidade
Item Dimensões Quantidade Descrição (R$) Custo (R$)
2,2 m. (compr.) x
Mourão de madeira 0,15m. (diâmetro) 4 Unidades 40 160,00
Vergalhão de ferro 1,5 m (compr.) 6 Unidades 8 48,00
Isolador plástico para
vergalhão. - 6 Unidades 2 12,00
Isoladores plástico
tipo “carambola” - 8 Unidades 1,69 13,52
Manopla - 1 Unidades 1,5 1,50
Cabo galvanizado
com 2,5 mm. de
duplo revestimento diametro 4 metros 460 26,29
Arame ovalado de 3 x 2,4 mm.
aço zincado (17x15 PG) 45 metros 230 10,35
Total: 271,66
.
20.000,00
18.000,00
16.000,00
14.000,00
12.000,00
(R$)
10.000,00
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
0,00
3 6 9 12 15 18 21
Módulos Suplementados (Qtd.)
CONCLUSÕES
FORBES, J.M. Voluntary food intake and diet selection in farm animals.
Wallingford: CAB International, 1995. 532p.
JONES, L., HARRIS, C.E. 1979. Plant and swath limits to drying. Forage
conservation in the 80’s. Occasional synposium. 11. Brit. Grassl. Soc., London. p.
53-60.
KÖPPEN, W.; GEIGER, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perthes. 1928.
Wall-map 150cmx200cm.
ZANINE, A. M.; SANTOS, E. M.; FERREIRA, D.J. et. al. Efeito de níveis de uréia
sobre o valor nutricional do feno de capim-tanzânia. Semina: Ciências Agrárias,
Londrina, v. 28, n. 2, p.333-340,2007.
ANEXO