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Gerenciamento da Rotina
Brasília-DF.
Elaboração
Atualização
Patrícia Duarte
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
QUALIDADE TOTAL.................................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 1
DEFINIÇÕES E EVOLUÇÃO HISTÓRICA....................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
AS DIMENSÕES DA QUALIDADE TOTAL...................................................................................... 18
CAPÍTULO 3
PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA QUALIDADE.................................................................................. 24
UNIDADE II
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL........................................................................................... 30
CAPÍTULO 1
IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS PARA MELHORIA DO SISTEMA DE GESTÃO
DA QUALIDADE....................................................................................................................... 30
UNIDADE III
GERENCIAMENTO DA ROTINA............................................................................................................... 38
CAPÍTULO 1
GERENCIAMENTO DA ROTINA E GERENCIAMENTO PELAS DIRETRIZES........................................ 38
CAPÍTULO 2
BENCHMARKING.................................................................................................................... 47
CAPÍTULO 3
O MÉTODO 5S........................................................................................................................ 55
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 74
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
No mundo contemporâneo, um dos grandes desafios das organizações é a incorporação
e a inovação da qualidade nos seus processos de trabalho, o que pode gerar um ambiente
organizacional de maior sustentabilidade e com maior valor agregado. Qualidade
tornou-se condição de sobrevivência para a organização e deixou de ser somente uma
vantagem comparativa. A concorrência é ampliada pelo processo de globalização em
todos os setores da economia e é fator altamente influente na organização, que origina
demandas constantes e cada vez mais intensas. Percebe-se assim que, para manterem-se
em um mercado cada vez mais globalizado e competitivo, as organizações precisam
investir no diferencial “qualidade”.
Percebe-se, nesse sentido, que a busca por novas e inovadoras práticas de trabalho é
fator decisivo para que a organização sobreviva e se mantenha competitiva no meio
em que atua. Nesse sentido, veremos que o benchmarking é um método de gestão que
auxilia as organizações a buscarem experiências bem-sucedidas de práticas de trabalho
com seus pares, de forma a implementá-las no seu gerenciamento da rotina, o que pode
melhorar significativamente seu desempenho.
7
Fatores como motivação dos colaboradores, arrumação, redução de desperdícios,
maior produtividade e o próprio termo “qualidade”, ganharam lugar de destaque entre
as organizações, e o gerenciamento da rotina fundamenta-se como prioridade em
mercados cada vez mais competitivos. E métodos de gestão simples (porém complexos
em sua essência), servem como auxiliares na obtenção da qualidade, como veremos
no caso do método de gestão 5S, cuja efetivação afeta diretamente o modo de agir e de
trabalhar das pessoas em suas ações cotidianas.
Aproveite essa oportunidade e, para seu maior rendimento, leia os textos indicados
em alguns capítulos deste Caderno de Estudos. Também está disponibilizada no final
deste documento, extensa bibliografia sobre o tema, a qual pode auxiliar sobremaneira
seus estudos sobre os tópicos abordados nesta disciplina. Além disso, busque outras
informações para aprofundar seus estudos, por meio de leituras e pesquisas a respeito
do tema qualidade!
Objetivos
»» Compreender o conceito de qualidade, gestão da qualidade total e seus
correlatos.
»» Conhecer o benchmarking.
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QUALIDADE TOTAL UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Definições e evolução histórica
O que é qualidade?
É difícil de definir o termo qualidade porque abrange muitos aspectos de uma só vez.
Por exemplo: um produto mais bonito e menos durável possui maior, igual ou menor
qualidade que um menos atraente, porém com maior durabilidade? Uma questão
básica a ser resolvida para possibilitar a implantação da gestão estratégica é traduzir
um conceito tão subjetivo com a qualidade.
9
UNIDADE I │ QUALIDADE TOTAL
Garvin (2002, pp. 48-55), lista cinco abordagens para uma definição mais precisa e
contextualizada de qualidade, a qual pode-se estender tanto para produtos quanto para
serviços: (Conforme Figura 1)
Transcendente Baseada no
Produto
QUALIDADE
Baseada no
Usuário Baseada no
Baseada na Valor
Produção
Fonte: Elaboração do próprio autor.
Cerqueira Neto (1993, p. 21) expõe interessante ponto de vista ao explicar que o presente
da qualidade teve início na década de 1900. Porém, bem mais recentemente, no início
da década de 1990, com o advento da preocupação com a melhoria contínua dos
processos gerenciais, o conceito de qualidade atrelou-se intimamente ao planejamento
estratégico da organização, passando a ser discutida na agenda estratégica do negócio,
12
QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE I
atentando não somente para a satisfação das necessidades dos clientes, mas também
para todos os processos organizacionais e também do próprio mercado no qual está
inserida, em busca da excelência do trabalho. Percebe-se, portanto, que, no contexto
histórico, qualidade é um conceito dinâmico.
A qualidade pode ser feita por inspeção quando se acredita que qualidade é algo que
se inspeciona, por meio de atividades como medir, examinar, ensaiar, verificar uma
ou mais características de um produto ou serviço e compará-las com os requisitos
especificados para determinada conformidade (CERQUEIRA NETO, 1993, p. 149). A
inspeção está inserida no processo de controle estatístico da qualidade que, por sua vez,
oferece metodologias, fundamentos e técnicas para medir estatisticamente a qualidade
na produção de produtos ou serviços.
Garvin (2002, p. 44) nos apresenta, de forma direta e objetiva, as etapas ou eras da qualidade.
13
UNIDADE I │ QUALIDADE TOTAL
Em entrevista exclusiva ao Sinergia, ele fala sobre qualidade total, gestão eficaz
e revela o segredo do método gerencial adotado por ele em grandes empresas
e governos.
14
QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE I
pela estabilidade dos processos. O método tem que ser ensinado às pessoas não
só por meio de aulas, mas também “pegando na mão e fazendo junto”.
Falconi: Nossa experiência nesta área nos mostrou que o setor público pode
ser tão eficiente quanto o privado. Nós todos somos seres humanos iguais
com as mesmas ambições, os mesmos sonhos. De uns dez anos para cá vem
aparecendo em nosso País uma nova geração de políticos que já perceberam o
valor do método e estão utilizando isto em benefício de seu povo.
Sinergia: Em seu mais novo livro O Verdadeiro Poder o senhor revela que os três
fatores fundamentais para a obtenção de resultados são: liderança, conhecimento
técnico e método. Em linhas gerais, em que consistem essas três frentes?
15
UNIDADE I │ QUALIDADE TOTAL
Falconi: Nem de longe. Vai levar tempo. Para que uma organização se volte
de fato para a qualidade total (como satisfação para os stakeholders: clientes,
acionistas, funcionários e vizinhos) é necessário que certo patamar de
conhecimento, cultura e disciplina seja alcançado. Não é fácil e esta é a luta da
maioria das empresas e organizações governamentais no Brasil. Por exemplo:
para você projetar um produto para o mercado (seja lá uma mercadoria ou um
serviço) a coisa certa é usar o método QFD (Quality Function Deployment). Ora,
se você não tem um sistema gerencial com uma excelente rotina operacional e
um corpo executivo que saiba trabalhar com metas (desde estabelecê-las até
garantir que foram atingidas) fica difícil. Em minha percepção ainda não existe
no Brasil uma empresa que esteja, toda ela, num patamar exemplar. Algumas
melhoram um pouquinho e acham que já está bom. Não persistem. Mas o
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QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE I
resumo geral, eu diria, é que estamos, no Brasil, num ritmo muito bom. Nossa
luta já soma 30 anos e os jovens de hoje sabem muito mais do que eu sabia há
dez anos. Eles são muitos e vão carregar esta missão com mais competência e em
número muito maior. Eles é que nos levarão à excelência em termos mundiais.
Tenho fé e esperança nos jovens.
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CAPÍTULO 2
As dimensões da qualidade total
Garvin percebeu que a qualidade deveria ser pensada como uma combinação
de várias categorias, às quais ele deu o nome de “dimensões de qualidade”.
Dentro de cada uma destas categorias os produtos podem ser comparados
objetivamente e assim pode-se avaliar a qualidade total destes. (QUEIROZ, 1995)
18
QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE I
›› a manutenção é cara;
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UNIDADE I │ QUALIDADE TOTAL
Neste caso, é entendida como sendo o uso que se consegue de um produto antes de
ele se quebrar ou de um serviço antes de se tornar dispensável e a substituição ser
considerada preferível aos constantes reparos ou trocas de prestadores dos serviços.
Aqui, mais uma vez, percebe-se a associação da dimensão da confiabilidade, agora com
a dimensão da durabilidade.
Os dados de durabilidade devem ser interpretados com cuidado, pois o aumento da vida
útil do produto ou da continuidade prolongada da prestação dos serviços pode não ser
devido a aperfeiçoamentos técnicos, ou ao uso de materiais de maior durabilidade ou à
aplicação de maior qualidade nos serviços prestados, e sim, por exemplo, ao modo como
o produto foi utilizado ou o serviço foi julgado pelos contratantes, ou até mesmo, porque
simplesmente houve uma mudança na economia ou no meio-ambiente, forçando novas
regras para o oferecimento de produtos e serviços. Garvin (2002, p. 68) apresenta que
a durabilidade é uma área potencialmente fértil para maior diferenciação da qualidade.
21
UNIDADE I │ QUALIDADE TOTAL
Para a maioria dos especialistas nem sempre o cliente tem razão, pelos seguintes
motivos:
22
QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE I
<www.rosivalfagundes.com.br>.
E-mail: rosival.fagundes@ba.sebrae.com.br
23
CAPÍTULO 3
Princípios de gestão da qualidade
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QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE I
Entrada Saída
Fonte: Barszcz, n.d. (Adaptado)
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UNIDADE I │ QUALIDADE TOTAL
E R
R
E S E S
Processo A Processo B
E E R
C R
E S E S
Processo C Processo D
C E C
E: Entrada
S: Saída
R: Recursos
C: Controles
Neste princípio foi falado sobre eficiência e eficácia, você sabe o significado
desses dois conceitos e sabe diferenciá-los?
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QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE I
Por exemplo, se uma fábrica tiver como objetivo produzir quinhentas mesas
por dia é relativamente simples avaliar se é ou não eficaz na consecução deste
objetivo: no final de cada dia, teríamos de contar o número de mesas produzidas
e verificar se atingem as quinhentas unidades. Se sim, a fábrica é eficaz. Se não,
é ineficaz.
Por outro lado, a gestão não pode perder de vista o atingimento dos seus
objetivos (a eficácia). De nada serve ser eficiente se não se é eficaz. No nosso
exemplo, se a empresa for eficiente a produzir apenas cinquenta mesas por dia,
os seus objetivos de produção ficarão aquém do esperado.
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UNIDADE I │ QUALIDADE TOTAL
A liderança objetivando melhorar cada vez mais seus trabalhos adota este
princípio no seu dia a dia. Grandes empresas utilizam este processo para
incentivar a participação de todos os colaboradores no crescimento da empresa
e também pessoalmente.
A melhoria deve ser registrada após ser comprovada sua eficiência ou eficácia
pelo idealizador ou equipe de trabalho envolvida a fim de se buscar novas
possibilidades de aplicação/inovação.
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QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE I
o atleta Ben Johnson saberia que melhorou seu tempo se não o cronometrasse
regularmente? ”, compara Marcio Krug, diretor de negócios para a América Latina
da Gartner.
O que nos causa problemas não é o que nós não sabemos, é o que sabemos
que não é como está.
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SISTEMA DE GESTÃO DA UNIDADE II
QUALIDADE TOTAL
CAPÍTULO 1
Importância da utilização de
ferramentas para melhoria do sistema
de gestão da qualidade
O todo é maior que as partes. Com esta célebre frase do filósofo grego Aristóteles (384 -
322 a.C), iniciamos as discussões desta unidade. Primeiramente, precisamos entender
o que é um sistema. Sistema remete à ideia de totalidade, de organização. Sendo assim,
um sistema pode ser considerado o relacionamento organizado e em funcionamento
entre vários componentes, variáveis ou unidades que formam um todo final.
D’ascenção (2007) explica que sistema é “um conjunto organizado e complexo, uma
reunião ou combinação de coisas ou partes, inter-relacionadas e interdependentes, que
formam uma unidade, visando à realização de um objetivo ou conjunto de objetivos”.
Segundo a definição clássica de Bertalanffy (2008), um sistema é o conjunto de
elementos em constante interação. Nesse sentido, Feigenbaum (1994, p. 105) explica
que um sistema de qualidade seria a combinação da estrutura operacional de trabalho
de toda a organização, documentada em procedimentos gerenciais e técnicos, para
direcionamento de ações coordenadas que assegurem a satisfação quanto à qualidade.
Percebemos então que, no âmbito dos sistemas de gestão da qualidade total, qualidade
pode ser considerada uma estratégia de gestão para ganhos de competitividade e
inovação tecnológica para a organização.
na estratégia central da organização e pode ser considerado um dos meios para atingi-la.
Lembramos que o posicionamento competitivo, necessário para que os objetivos
estabelecidos quando da definição da estratégia central sejam atingidos, não exige
necessariamente um novo produto ou serviço, mas sim, uma nova forma de ofertar esse
produto ou serviço. Percebe-se, nesse contexto, que a questão da qualidade é essencial
e indiscutível para este fim.
Segundo a ABNT (ABNT NBR ISO 9001:2000), “convém que a adoção de um sistema de
gestão da qualidade seja uma decisão estratégica de uma organização”. O desenvolvimento
e a implementação, bem como a manutenção e a melhoria de um sistema de gestão da
qualidade deve seguir algumas etapas, capazes de gerar confiança na capacidade dos
processos e na qualidade de seus produtos, além de fornecer base para melhoria contínua
e sucesso da organização (ABNT NBR ISO 9000:2005, p. 2). Essas etapas são:
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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
O aprendizado da gestão
Sistema de Gestão
Vicente Falconi Campos
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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE II
Se a nova técnica for melhor, então ela é adotada, se não, dispensada. O objetivo
de um gestor é construir e melhorar continuamente seu Sistema de Gestão.
Sendo assim, por não serem o foco de estudo desta disciplina, recomenda-se leituras
complementares para aprofundar mais sobre as técnicas destacadas e conhecer outras
não mencionadas neste material.
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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL │ UNIDADE II
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GERENCIAMENTO UNIDADE III
DA ROTINA
CAPÍTULO 1
Gerenciamento da rotina e
gerenciamento pelas diretrizes
38
GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
Ressalta-se que o ciclo PDCA (do inglês, Plan, Do, Check, Act, ou seja, planejar,
executar, verificar e agir corretivamente), é um método gerencial que tem por objetivo
a manutenção e a melhoria contínua dos processos e está intimamente ligado em todo o
escopo da qualidade. Corroboram esse entendimento Marshall Junior et al. (2006, p. 88),
ao explicarem que “o ciclo PDCA é um método gerencial para a promoção da melhoria
contínua e reflete, em suas quatro fases, a base da filosofia do melhoramento contínuo”.
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UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Continuam explicando que praticando as quatro fases do ciclo PDCA, “de forma cíclica e
ininterrupta, acaba-se por promover a melhoria contínua e sistemática na organização,
consolidando a padronização de práticas”. Nesse sentido, Campos (1994, p. 23) afirma
que o GRD é baseado no método e no humanismo e centrado no controle da qualidade
(Figura 6).
Figura 6. Mentalidade no gerenciamento da rotina.
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GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
Mas ora, quando se contrata um novo colaborador, não é lógico que toda a sua
jornada de trabalho será revertida em benefícios para o negócio? A resposta
é sim, afinal a única razão de contratarmos alguém está na importância do
resultado de seu trabalho.
Então por onde começar? Primeiro, reúna os supervisores e identifique quais são
as atividades chaves diárias de cada cargo, comece com os cargos operacionais,
que afetam diretamente a qualidade do produto vendido ou serviço prestado.
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UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Com base nas atividades chaves, conversas com os supervisores e dados coletados
nas entrevistas, elabore um checklist de atividades diárias sequenciadas, com
informações básicas para identificar o colaborador e a tarefa e também com um
horário previsto para início de cada atividade, como ilustrado no exemplo do
Quadro 3.
Fonte: <http://revistaonrn.com.br/gerenciamento-da-rotina-e-o-ciclo-pdca/>
42
GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
Nesse documento será descrito o passo a passo para a realização de uma atividade
chave diária, recursos necessários, resultados esperados, ações corretivas, entre
outros detalhes que podem ser inseridos para garantir que o procedimento seja
plenamente compreendido pelo leitor.
Após a adoção dessas ferramentas, três perguntas muito importantes para uma
boa operação não ficam sem respostas: “Como fazer?”, “Quem deve fazer?” e
“Como deve ser feito?”, reduzindo inclusive a curva de aprendizado dos novos
colaboradores.
O Ciclo PDCA, do inglês Plan, Do, Check e Act, identifica e cria um roteiro para
solução de pontos de melhoria em 4 fases, são elas: planejar, fazer, checar e
melhorar. Esse roteiro deve ser repetido quantas vezes forem necessárias até que
o ponto crítico do trabalho diário seja solucionado e a qualidade do processo
esteja garantida. O Quadro 4 apresenta o roteiro para o ciclo do PDCA.
Identificar o problema;
Reconhecer as características do problema
P
Descobrir as causas principais
Elaborar um plano de ação
Elaborar o plano de ação
D
Confirmar a efetividade de ação corretiva
Fonte: <http://revistaonrn.com.br/gerenciamento-da-rotina-e-o-ciclo-pdca/>
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UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Campos (2004c, p. 32) apresenta que o GPD é um sistema de gestão voltado para se
atingir metas organizacionais que não podem ser atingidas pelo gerenciamento da
rotina, visando solucionar problemas difíceis e crônicos da organização, relativos a seus
temas prioritários. Dessa forma, conduz o estabelecimento e a execução do plano anual
de melhorias da organização.
44
GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
45
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Por isso o perfil das pessoas deve ser avaliado, para que não venham desestimular a
capacidade criativa, já que estas ficam mais tempo olhando para os indicadores do que
desenvolvendo suas funções, que agregam valor e naturalmente alcançando as metas
propostas.
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CAPÍTULO 2
Benchmarking
Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem batalhas sem perigo de
derrota. Para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as
chances para a vitória ou para a derrota serão iguais. Aquele que não conhece
nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas.
Marshall Junior et al. (2006, p. 144) esclarecem que, por ser um processo sistemático,
o benchmarking necessita fazer o uso de uma metodologia de trabalho, ou seja, não é
apenas fazer uma visita a uma organização, a fim de trocar informações.
47
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Benxi o quê?
Emanuel Edwan de Lima
Outro dia conversando com meu amigo Zé Geraldo, ele me contou o que ele
fez para conquistar sua amada. Ela gostava de novelas e era fã de um ator
muito famoso, tinha pôsteres dele no quarto e tudo mais. O Zé ao descobrir isto
começou a assistir à novela para examinar a maneira como o galã se vestia, seu
penteado, seu modo de se expressar e então partiu para o ataque. Mudou seu
visual, aprendeu as falas e começou a cortejar (naquele tempo não tinha essa de
ficar!) sua amada. E não é que deu certo? O Zé conseguiu seu objetivo.
– Ao ver que havia mexido com os brios do Zé, tive que pedir
desculpas e lhe explicar o que era o tal de benchmarking.
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GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
49
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
O processo de benchmarking não pode ser visto como um projeto com começo,
meio e fim, mas sim como uma prática que deve ser incorporada à organização
com a finalidade de se buscar constantemente a competitividade e a melhoria
da performance da organização.
50
GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
Campos (1994, p. 103) afirma também que várias são as fontes que podem gerar os
dados para estas comparações em benchmarking: visitas aos concorrentes, fabricantes
de equipamentos, literatura técnica, organizações mundiais de um mesmo segmento,
congressos, feiras, distribuidores, fornecedores etc.
Watson (1994, pp. 53-56) apresenta-nos os quatro princípios que devem ser seguidos
na execução do benchmarking, visando uma conduta ética no processo:
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UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
»» identificar o tema;
52
GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
53
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Fonte: <http://www.ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?canal=11&canallocal=41&canalsub2
=132&id=117> Acesso em: 16/3/2009.
54
CAPÍTULO 3
O método 5S
»» 2o S: Senso de organização/arrumação(Seiton).
Como conceito, explicam Marshall Junior et al. (2006, p. 116), que “é uma filosofia
voltada para a mobilização dos colaboradores, por meio da implementação de mudanças
no ambiente de trabalho, incluindo eliminação de desperdícios, arrumação de salas
e limpeza”. Complementando, Campos (1994, pp. 25 -26) explica que o 5S pertence
a todas as pessoas e sua implantação é uma boa maneira de iniciar e potencializar
o melhoramento do gerenciamento da rotina da organização, com a promoção do
“aculturamento” das pessoas a um ambiente de economia, organização, limpeza,
higiene e disciplina, fatores essenciais à elevada produtividade.
55
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Marshall Junior et al. (2006, pp. 115 - 119) explicam que o 5S é oriundo do Japão
pós-Segunda Guerra Mundial, mais efetivamente na da década de 1960, como parte
do esforço empreendido para reconstruir aquele país e que a filosofia embutida
nesse método de gestão induz a quebra de antigos paradigmas, como “não vou jogar
isso fora, porque um dia posso precisar” ou “vou deixar empilhado, mas amanhã
eu arrumo”. Seguem explicando que o housekeeping é uma versão do 5S que visa
atingir resultados mais rápidos, com a implantação apenas dos três primeiros “S”,
que são mais objetivos, proporcionando resultados de melhor mensuração num
tempo menor.
De maneira geral, Vanni (2007, pp. 4-5), destaca como vantagens da implementação do
5S os seguintes benefícios:
»» combate à burocracia;
»» redução de custos;
»» aumento da segurança;
Nesse mesmo contexto, Marshall Junior et al. (2006, p. 119), listam como resultados
esperados da implementação do 5S:
»» melhoria do layout;
57
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Observa-se que muitos pontos listados por esses autores são comuns e, analisando-se
cada um deles, percebe-se claramente que a aplicação do 5S é a base para se atingir a
qualidade de produtos, serviços e processos de trabalho nas organizações, refletindo
diretamente no modo de agir, pensar e trabalhar das pessoas, ou seja, há uma dupla
e simultânea aplicabilidade do 5S. Vanni (2007, p. 3) ainda afirma que essa “dupla
aplicabilidade se dá pelo fato de que os benefícios do programa coincidem com os
objetivos da educação em geral: formar cidadãos saudáveis e responsáveis, capazes de
dar continuidade ao seu autodesenvolvimento”.
A seguir, vamos analisar melhor cada um dos 5S, verificando questões sobre sua
implantação, importância e benefícios específicos de cada um deles.
58
GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
Tudo o que você guarda é realmente necessário? Você realmente precisa de tudo
o que guarda?
»» eliminação do desperdício;
»» redução de custos.
Depois de separar o que é realmente necessário e útil e descartar o que não é agora
é chegada a vez de verificar se esses “elementos essenciais” estão guardados em seus
devidos lugares. Cada coisa em seu lugar! Entre as vantagens da aplicação desse senso,
está o fato de que as coisas, devidamente armazenadas, serão facilmente encontradas e,
além disso, a poluição visual do seu ambiente será menor, o que auxilia sobremaneira
no processo de redução do estresse.
No seu dia a dia, tudo que você utiliza está no seu devido lugar? Você encontra o
que precisa para desenvolver suas atividades facilmente ou a procura é motivo
de chateação e estresse?
»» impressiona o cliente;
59
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
»» economia de tempo;
Tudo o que você guarda ou utiliza e que julga ser realmente necessário está
devidamente organizado e limpo?
O ato de “não sujar” talvez seja mais importante que o ato de limpar.
»» prevenção de acidentes;
Esse senso diz respeito à otimização de condições favoráveis à saúde física e mental
do indivíduo, de forma a garantir que o ambiente em que atua não seja agressivo.
Do ponto de vista físico, almeja que o ambiente comum esteja livre de condições
sanitárias ruins, ou seja, sanitários, lavatórios, bebedouros, cozinhas etc. devem
proporcionar condições favoráveis à saúde física de todos que as utilizam. Do ponto
de vista da saúde mental, almeja proporcionar um ambiente de respeito mútuo, ético
60
GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
Por tudo o que foi visto anteriormente, podemos dizer que o 5S é um processo de
aprendizado contínuo e que exige disciplina. Você já deve ter ouvido a frase “o hábito
faz o monge”, ou seja, na aplicação do senso de disciplina, quanto mais você praticar,
mais comum ficará sua aplicação e a dos outros sensos também.
Vanni (2007, p. 10) nos explica bem que a “autodisciplina é desenvolver o hábito de
conservar as melhorias obtidas, visando sempre a novos desafios. Para que isso ocorra,
é preciso cumprir as normas, procedimentos e regulamentos estabelecidos mesmo que
estes sejam verbais”. Além disso, a autora destaca que outro fator importante no senso
de autodisciplina é desenvolver o autocontrole, que diz ser o “contar sempre até dez”,
ter paciência, ser persistente na busca de seus sonhos, anseios e aspirações, respeitar o
espaço e a vontade alheios.
Você acha que tem autodisciplina? Nas suas atividades de rotina, você é
disciplinado?
61
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Todos sabemos por experiência própria que o modo como nos sentimos
fisicamente e mentalmente, afeta e influência nossa produtividade. Entretanto,
percebemos que, não só através de grandes programas de qualidade de vida
no trabalho é que desenvolveremos a nossa autoestima e autorrealização
profissional. Ações simples, como proporcionar um ambiente limpo e agradável,
62
GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
Por tudo isso, é que somos levados a acreditar que a integração de fatores
geradores da qualidade de vida para as pessoas seja o grande desafio para
as organizações que priorizam a sua responsabilidade social e acreditam
na valorização de seus colaboradores, muito mais que a busca desenfreada
pela qualidade na competitividade do mercado, uma vez que, possuindo
colaboradores dentro de um ambiente organizacional que ofereça qualidade de
vida consequentemente os resultados satisfatórios serão muito mais favoráveis
de prosperar.
Era uma vez uma pequena comunidade onde quase todos os seus habitantes
eram organizados em seus afazeres, no trabalho e em casa, tinham hábitos
saudáveis de limpeza e higiene, cuidavam de sua saúde e de sua educação,
zelavam pela boa ordem e preservação do meio ambiente, esmeravam-se em
evitar desperdícios; o ambiente era favorável para o desenvolvimento de qualquer
projeto, estimulando o trabalho em equipe para melhorar o desempenho das
organizações, do setor público e a qualidade de vida da população. Em pouco
tempo foram notáveis as transformações ocorridas no comportamento, nas
ações e nas atitudes de muitos dos membros dessa comunidade. Em sua maioria,
cada um era exemplo de CIDADÃO responsável.
63
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Seus fundamentos são de fácil alcance, embora requeiram esforço para serem
incorporados e transformados em hábitos. São os 5 “Sensos”: Utilização,
Ordenação, Limpeza, Saúde e Autodisciplina.
Maior atenção para a Saúde, física e mental, traz repercussão favorável para
o desempenho profissional e pessoal, melhorando também a autoestima.
Estimula a promoção da “saúde”, com redução de custos e despesas para
atendimento a futuros “pacientes”, desperta ou encoraja talentos (profissionais,
artísticos, culturais etc.), com incalculáveis benefícios para a sociedade e para
o País.
64
GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
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GERENCIAMENTO DA ROTINA │ UNIDADE III
Introdução
Fazendo uma análise dos dias atuais, percebe-se que nunca se falou tanto em
Qualidade e Produtividade. Por que isso esta ocorrendo? é uma pergunta que a
grande parte dos profissionais, mesmo que inconscientemente, fazem.
67
UNIDADE III │ GERENCIAMENTO DA ROTINA
Com a informação o cliente passou a ficar muito mais conhecedor de seus desejos
e mais exigente, como também as empresas descobriram mais rapidamente
o que seus concorrentes estão fazendo de melhor. Daí, a busca contínua de
uma melhor qualidade, maior produtividade menores custos, para alcançar um
importante objetivo: a Competitividade.
Pesquisa bibliográfica
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E o que significa qualidade? Podemos ver em algumas frases ditas por clientes
que a palavra qualidade para cada pessoa tem um significado. O que pode ser
oferecido em termos de qualidade a um cliente, ao outro que momentos depois
procura tua empresa, deixa de ser considerado qualidade.
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Análise pessoal
Não faz muito tempo imperava o conceito clássico sobre a alta administração ou
gerência: a obtenção de resultados por meio das pessoas. Contudo, hoje, houve
uma alteração no papel dos gerentes ou executivos. Baseia-se na premissa de
que o exercício de uma liderança eficaz deve permitir às pessoas a obtenção
de resultados satisfatórios, com um custo mínimo, em relação a padrões de
qualidade de processos, produtos e serviços direcionados à satisfação contínua
do cliente. Portanto, eles passaram a ser meio e não mais um fim em si mesmo.
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Conclusões
Não há modelo ideal ou padrão, o que existe são modelos que se adaptam
as necessidades da organização e ao mesmo tempo estão alinhados com
seus aspectos culturais. É preciso que o nível gerencial esteja capacitado para
identificar o melhor caminho para a busca da melhoria dos processos e produtos.
Com a Gestão Participativa a melhoria da qualidade e da produtividade serão
alvos possíveis de serem alcançados. E ficam algumas dicas a serem aplicadas de
acordo com a discussão anterior.
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Bibliografia
BORGES, André. Gestão pela qualidade, artigo publicado no SYXT, pp. 6-54, -
Agosto, 2006.
CUNHA, Miguel Pina; CUNHA João Vieira da. DAHAB, Sônia. Gestão da Qualidade:
uma abordagem Dialética. REAC, edição especial, 2001 pp. 197-215.
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Referências
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_____. Gerenciamento pelas diretrizes. 4. ed., Nova Lima: INDG, 2004c, 300 p.
GODOY, Maria Helena Padua Coelho de; MATOS, Kristiano Kessler. Trabalhando
com o 5S. Nova Lima: INDG, 2004, 40 p.
MARSHALL JUNIOR, Isnard et al. Gestão da qualidade. 8. ed. Rio de Janeiro: FGV,
2006. 196 p.
OLIVEIRA, Marco Antônio Lima de. Documentação para sistemas de gestão. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 2005, 96 p.
QUEIROZ, E.K.R. DE. Qualidade segundo Garvin. São Paulo: Annablume, 1995.
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REFERÊNCIAS
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