EMPRESARIAL
2021
Porto Alegre
São Paulo
2021
Revisão Ortográfica
Gabriela Koza
Impressão
Gráfica e Editora Copiart
ISBN: 978-65-993274-0-7
Inclui referências
CDU: 347
•7
8 • Silveiro Advogados
10 • Silveiro Advogados
2 CONTRATOS E M&A
12 • Silveiro Advogados
14 • Silveiro Advogados
16 • Silveiro Advogados
1
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros,
cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito
de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não
tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
2
REsp 1.321.614-SP, Rel. originário Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para
acórdão Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 16/12/2014, DJe 3/3/2015;
REsp 945.166-GO,DJe 28/2/2012; REsp 1689225 / SP, DJe 29/05/2019.
18 • Silveiro Advogados
20 • Silveiro Advogados
22 • Silveiro Advogados
24 • Silveiro Advogados
26 • Silveiro Advogados
28 • Silveiro Advogados
3
TJSP; Agravo de Instrumento 2152679-53.2020.8.26.0000; Relator (a): Hugo
Crepaldi; Órgão Julgador: 25ª Câmara de Direito Privado; Foro de Dracena -
3ª V.CÍVEL; Data do Julgamento: 28/07/2020; Data de Registro: 28/07/2020.
4
TJSP; Agravo de Instrumento 2191555-77.2020.8.26.0000; Relator (a): Gilber-
to dos Santos; Órgão Julgador: 11ª Câmara de Direito Privado; Foro de São Carlos -
3ª. Vara Cível; Data do Julgamento: 24/09/2020; Data de Registro: 24/09/2020;
– TJSP; Agravo de Instrumento 2197275-25.2020.8.26.0000; Relator (a): Adilson
de Araujo; Órgão Julgador: 31ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 25ª
Vara Cível; Data do Julgamento: 15/09/2020; Data de Registro: 15/09/2020 –
TJSP; Agravo de Instrumento 2178960-46.2020.8.26.0000; Relator (a): Francis-
co Loureiro; Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito Privado; Foro de Sorocaba - 3ª.
Vara Cível; Data do Julgamento: 02/09/2020; Data de Registro: 02/09/2020
– TJSP; Agravo de Instrumento 2179026-26.2020.8.26.0000; Relator (a): Walter
Exner; Órgão Julgador: 36ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 9ª Vara
Cível; Data do Julgamento: 26/08/2020; Data de Registro: 26/08/2020.
30 • Silveiro Advogados
5
“Todos querem apertar o botão vermelho do art. 393 do Código Civil para se
ejetar do contrato em razão da Covid-19, mas a pergunta que se faz é: Todos pos-
suem esse direito?”. In: Coronavírus e Responsabilidade Civil. Impactos Contratuais
e Extracontratuais. Coord. p/ Carlos Edison do Rêgo Monteiro Filho, Nelson Ro-
senvald e Roberta Densa. Indaiatuba-SP, Editora Foco, 2020, p. 207.
6
TJSP; Agravo de Instrumento 2190421-15.2020.8.26.0000; Relator (a): Cesar
Ciampolini; Órgão Julgador: 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial; Foro
de São José do Rio Preto - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 29/09/2020;
Data de Registro: 29/09/2020 – TJSP; Agravo de Instrumento 2138860-
49.2020.8.26.0000; Relator (a): Gilberto dos Santos; Órgão Julgador: 11ª Câmara
de Direito Privado; Foro Regional XI – Pinheiros - 4ª Vara Cível; Data do Julgamen-
to: 13/07/2020; Data de Registro: 13/07/2020);
7
TJSP; Agravo de Instrumento 2143425-56.2020.8.26.0000; Relator (a): Ana
de Lourdes Coutinho Silva da Fonseca; Órgão Julgador: 13ª Câmara de Direi-
to Privado; Foro de São José do Rio Preto - 2ª Vara Cível; Data do Julgamento:
03/08/2020; Data de Registro: 03/08/2020 – TJSP; Agravo de Instrumento
2152679-53.2020.8.26.0000; Relator (a): Hugo Crepaldi; Órgão Julgador: 25ª
Câmara de Direito Privado; Foro de Dracena - 3ª V.CÍVEL; Data do Julgamento:
28/07/2020; Data de Registro: 28/07/2020).
32 • Silveiro Advogados
8
TJSP; Agravo de Instrumento 2191104-52.2020.8.26.0000; Relator (a): Ar-
tur Marques; Órgão Julgador: 35ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional X
– Ipiranga - 2ª Vara Cível; Data do Julgamento: 21/09/2020; Data de Registro:
21/09/2020 – TJSP; Agravo de Instrumento 2172715-19.2020.8.26.0000; Relator
(a): Artur Marques; Órgão Julgador: 35ª Câmara de Direito Privado; Foro Cen-
tral Cível - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 31/08/2020; Data de Registro:
31/08/2020).
9
TJSP; Agravo de Instrumento 2116287-17.2020.8.26.0000; Relator (a): Grava
Brazil; Órgão Julgador: 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial; Foro Cen-
tral Cível - 13ª Vara Cível; Data do Julgamento: 30/07/2020; Data de Registro:
34 • Silveiro Advogados
7 CONCLUSÃO
36 • Silveiro Advogados
André Silveiro
Graduado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
(1983). Prêmio Incentivo IEE – Banco de Boston, 1º lugar – Instituto de Estudos
Empresariais (1994). Prêmio Asa Delta, do Instituto de Estudos Empresariais
(1994). Brasic Negotiation – Harvard Law School. Arbitration Special Fellowship
Course – The CIA – NAB/AAA/Stanford Law Scholl. Internacional Commercial
Training Arbitration Trainig Course – The Chartered Institute of Arbitration –
NAB/American Arbitration Associacion – NAB/American Arbitration Associa-
tion, Vancouver – Canadá. Curso de Contratos Internacional e Comércio Exte-
rior – Fundação Getúlio Vargas. Seminário – Cempetition and Entrepreneurship,
Foundation for Economic Education – NY – Prof. Israel Kirzner. Vice-Presidente do
INAMA/RS – Instituto Nacional de Mediação e Arbitragem – RS. Autor do livro
“Empresas Familiares: Raízes e soluções de conflitos”. Autor do livro “Turnaround:
Revigorando Empresas Familiares”. Membro do Conselho de Administração de
várias empresas.
38 •
1
We can never know the world ‘as-it-is’ in its real form. …the noumenal world may
exist, but it is completely unknowable through human sensation. (Immanuel Kant)
2
Para Lacan, a realidade é simbólico-imaginária, ou seja, é uma construção emi-
nentemente fantasística que, para cada sujeito, faz face ao real inominável. O real
é “o que é estritamente impensável”, é o impossível de ser simbolizado; o real é,
por excelência, o trauma, o que não é passível de ser assimilado pelo aparelho psí-
quico, o que não tem qualquer representação possível. Por isso, o real é também
aquilo que retorna ao mesmo lugar, já que o simbólico não consegue deslocá-lo, e
o ponto de não senso que ele implica se repete insistentemente enquanto radical
falta de sentido.
3
Stories don’t just mirror life; they shape it. (Michael Nichols)
4
I think it is pretty universally accepted now that perception is not passive, not
acting on a mind which is a tabula rasa; it is an active interaction between the
mind and the external world. (Hanna Segal)
5
We don’t see things as they are, we see them as we are. (Anais Nin)
6
Não vemos as coisas como elas são, mas como nos parecem. (Talmude)
7
Humans act in response to an internally constructed vision of the reality; …
senses allow us to perceive only part of the reality. Most of what happens passes
us by; (Kees Van der Heijden)
8
A fantasia é uma forma singular de cada sujeito lidar com o Real. É neste sen-
tido que Coutinho Jorge afirma que “[...] a fantasia constitui a realidade psíquica
para cada sujeito”, pois é ela que vai operar a mediação entre o Real e o sujeito,
interpondo-se como uma matriz psíquica, por meio da qual o desejo vai ser sus-
tentado na medida em que vai ser fixado ao sujeito pela ação dela.
9
Os processos perceptivos e cognitivos não são “neutros”, mas dependem do
sistema de interesses que temos em relação ao mundo. (V. Safatle)
40 • Silveiro Advogados
10
Joseph Badaracco.
11
Luiz Rohden.
42 • Silveiro Advogados
12
Quando duas pessoas ficam receando falar dos sentimentos ou da realidade
que percebem, ocorre um afastamento. Quando podem manifestar seus senti-
mentos abertamente, ocorre uma aproximação entre elas.
13
Aos poucos, vamos aprendendo a tratar a presença das diferenças entre nós
como uma oportunidade de aprendizagem, ao invés de uma ameaça ou de um
sinal de conflito.
44 • Silveiro Advogados
2 REATIVIDADE EMOCIONAL
46 • Silveiro Advogados
14
Não se pretende obter o inviável comando das emoções, mas tão somente
cotejá-las com a função do pensamento em busca de um melhor balanceamento
interior.
15
Emotions that are not experienced directly are expressed indirectly and harm-
fully. When our emotions are expressed in a direct and healthy manner, we are
less emotionally reactive. Emotional reactivity is a type of emotional response —
but a distorted, dysfunctional one that is very different than the healthy expres-
sion of emotions. (Jim Piekarski)
16
Corresponde ao conceito Kleiniano da posição esquizoparanoide (primeiro
ponto de apoio do bebê na esfera psicológica). Essa posição envolve, segundo
Ogden, uma forma de organização da experiência de natureza predominante-
mente não reflexiva (isto é, a experiência do self que tem poucas características
de “Eu-dade”). Pensamentos e sentimentos não são criações pessoais; eles são
eventos que acontecem. O sujeito não interpreta suas experiências; ele reage a
elas com um alto grau de automaticidade.
17
This is particularly true when a person is interacting with a loved one and has a
history of emotional reactivity with that person. (idem)
48 • Silveiro Advogados
18
Vide o ensaio do autor, “Gerenciando a equipe interna”.
19
Somos responsáveis por nossos sentimentos (que derivam de nossas próprias
escolhas, interpretações e expectativas), bem como pelos nossos pensamentos
e ações, mas não devemos assumir responsabilidade pelos pensamentos, senti-
mentos ou ações de outros.
20
Externalizing is the act of blaming our problems on the environment or on
others. It puts us in a position of attempting to change what we cannot change
rather than what we can. This stance leads us to feel victimized. Blaming the
outside world gives responsibility for our emotional problems to others, but it is
essential that we take responsibility for the part of the problem that is ours. To feel
like a victim when we are not undercuts our power. Seeing ourselves as victims
increases our emotional reactivity. Two common manifestations of feeling like a
victim are resentment and self-pity – attitudes that lead to emotional reactivity.
When we hold a resentment, we believe that our problems stem from what others
have done to us. With self-pity our object of resentment is more generalized. We
feel fate or life in general has let us down. Both attitudes are dead ends. They make
it impossible for us to feel empowered and to make the changes in our lives that
will make us feel happier. (Jim Piekarski)
50 • Silveiro Advogados
21
The key here is that the other person is not responsible for our limits; we are.
(Henry Cloud and John Townsend, “Boundaries: when to say yes, how to say no”).
22
Leader, Darian. O que é loucura?, Zahar. Edição do Kindle; “A ausência de dúvida
é o mais claro indicador isolado da presença de uma psicose. Essa certeza pode
assumir a forma de uma convicção absoluta de alguma verdade, seja de um delí-
rio…, seja de uma teoria científica ou um dogma religioso”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
52 • Silveiro Advogados
Cassiano Menke
Advogado, sócio coordenador da área tributária do escritório Silveiro Advogados,
Doutor e Mestre em Direito Tributário pela UFRGS, professor do curso de espe-
cialização em Direito Tributário da PUCRS/IET, professor de Direito Tributário da
Fundação do Ministério Público – FMP e da Associação dos Juízes do Rio Grande
do Sul – AJURIS, professor de Direito Financeiro e Fiscal da Escola dos juízes fede-
rais do RS – ESMAFE, consultor de Direito Tributário da Fundação Getúlio Vargas
– FGV/Rio de Janeiro, membro da Comissão de Direito Tributário da OAB/RS.
54 •
1 INTRODUÇÃO
1
Mitidiero distingue e compara dois modelos de cortes de vértice da organi-
zação judiciária, a Corte Superior e a Corte Suprema. Sobre o perfil e estrutura
destes modelos: Cortes Superiores e Cortes Supremas. Do controle à interpretação,
da Jurisprudência ao Precedente. São Paulo: RT, 2013.
2
Até o envio deste artigo para publicação, os Embargos de Declaração opos-
tos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional no Recurso Extraordinário
nº 574.706 ainda estavam pendentes de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
56 • Silveiro Advogados
3
Instrução Normativa RFB n° 1911/2019, publicada no Diário Oficial da União
em 15 de outubro de 2019, e Solução de Consulta interna COSIT nº 13, de 18 de
outubro de 2018.
4
Sobre a distinção entre doutrina (discurso prescritivo) e teoria (discurso descri-
tivo) da interpretação: ÁVILA, Humberto. Constituição, liberdade e interpretação.
São Paulo: Malheiros, 2019, pp. 33 e ss.
5
Com base no tipo da atividade desempenhada pelo intérprete é possível distin-
guir, em linhas gerais, duas diferentes teorias sobre a interpretação: a teoria cog-
nitivista ou formalista da interpretação e, de outro lado, a teoria cética, não cog-
nitivista ou antiformalista da interpretação. Se a atividade do intérprete consistir
apenas em atos de conhecimento para o descobrimento do significado intrínseco
e inequívoco do texto normativo, estaremos diante da primeira teoria. Já, por outro
lado, se a atividade do intérprete também envolver atos de vontade para a escolha
de um significado, dentre os vários possíveis que um texto normativo pode apre-
sentar, estaremos diante da segunda teoria. Nesse sentido, Humberto Ávila:“O
tipo de interpretação identifica a atividade desempenhada pelo intérprete (se
descrição, decisão ou criação) e a teoria da interpretação esclarece o estatuto
lógico da referida atividade (se conhecimento, vontade ou ambos)”. In: “Função
da Ciência do Direito Tributário: do formalismo epistemológico ao estruturalismo
argumentativo”. Revista Direito Tributário Atual. São Paulo: Dialética, 2013. n. 29. p.
183-184). Sobre as teorias da interpretação: TARELLO, Giovanni. L’Interpretazione
della legge. Milano: Giuffrè, 1980; GUASTINI, Riccardo. Interpretare e argomentare.
Milano: Giuffrè, 2011; CHIASSONI, Pierluigi. Tecnica dell’interpretazione giuridica.
Bologna: Il Mulino, 2007.
58 • Silveiro Advogados
6
É importante esclarecer que a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal
em sede de Recurso Extraordinário, com repercussão geral reconhecida, possui
eficácia vinculante, nos termos do artigo 927 de Código de Processo Civil. Segundo
este dispositivo, as razões de decidir (ratio decidendi) contidas neste Acórdão se-
rão vinculantes para os casos que tratam do mesmo tema. Ou seja, em que pese
o julgamento tenha como resultado a ementização do tema decidido por meio de
uma ‘tese fixada’, esta nada mais é do que uma síntese do precedente, que está
contido no fundamento do Acórdão emitido pelo Supremo Tribunal Federal. Nes-
se sentido: MITIDIERO, Daniel. “Fundamentação e precedente – Dois discursos a
partir da decisão judicial”. REPRO, vol. 206, 2012, p. 61-77.
60 • Silveiro Advogados
7
Aqui não desconsideramos toda a discussão doutrinária sobre a natureza da
coisa julgada, se autoridade ou eficácia, tal como historicamente foi estudada. Con-
tudo, entendemos que o mais adequado é tratá-la como efeito. Sobre a discussão
entre autoridade e eficácia, vide: BARBOSA MOREIRA, José Carlos. “Ainda e sem-
pre a coisa julgada”. In: Direito processual civil. Rio de Janeiro, Borsói, 1971. “Coisa
julgada e declaração”. In: Temas de direito processual – 1.ª série. São Paulo, Saraiva,
1977. “Eficácia da sentença e autoridade da coisa julgada”. In: Ajuris/28. Porto
Alegre, s/e, 1983. “Conteúdo e efeitos da sentença: variações sobre o tema”. In:
Revista brasileira de direito processual/46. Rio de Janeiro, Forense, 1946. BAPTISTA
DA SILVA, Ovídio A. “Eficácia da sentença e coisa julgada”. In: Sentença e coisa
julgada. 2.ª ed., Porto Alegre, Fabris, 1988. “Conteúdo da sentença e coisa jul-
gada”. In Revista brasileira de direito processual/46. Rio de Janeiro, Forense, 1985.
LIEBMAN, Enrico Tullio. Efficacia ed autorità della sentenza. Reimpressão. Milão,
Giuffrè, 1962. “Effetti della sentenza e cosa giudicata”. In: Rivista di diritto proces-
suale/34. Pádua, Cedam, 1979. “Sentenza e coisa giudicata: recenti polemiche”. In:
Rivista di diritto processuale/35. Pádua, Cedam, 1980.
8
DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria. Curso
de Direito Processual Civil – V. 2. 15ª ed. Salvador: Juspodivm, 2020, pp. 639 e ss.
9
Em realidade, nos últimos anos se esculpiu uma verdadeira comunidade cientí-
fica ítalo-ibero-americana que discute lições de teoria filosofia do direito, a partir
das ideias de Bobbio, Bulygun e Kelsen, conforme aponta Jordi Bentrán na obra:
BELTRÁN, Jordi Ferrer; RATTI, Giovanni B. El Realismo jurídico genovés. Madrid:
Marcial Pons, 2011. São expoentes do Realismo genovês: Giovanni Tarello, Riccar-
do Guastini, Mauro Barberis, Pierluigi Chiassoni, Paolo Comanducci, Susanna Po-
zzolo, Giovanni Battista Ratti e Giovanni Damele. A este respeito, ver: BARBERIS,
62 • Silveiro Advogados
Mauro. “Genoa’s realism: a guide for the perplexed”. Revista Brasileira de Filosofia.
Ano 62, vol. 240, jan-jun/2013. p. 13-25.
10
CHIASSONI, Pierluigi. Tecnica dell’interpretazione giuridica. Bologna: Il Mulino,
2007. p. 51. GUASTINI, Riccardo. Interpretare e argomentare. p. 45 e ss; MITIDIE-
RO, Daniel. Cortes superiores e cortes supremas. Do controle à interpretação, da
jurisprudência ao precedente. p. 55.
11
Sobre a necessidade de se levar em conta o contexto para interpretação: BARBE-
RIS, Mauro. “Pluralismo argomentativo. Sull’argomentazione dell’interpretazione”.
Etica & Politica/Ethics & Politics, 2006, 1.
64 • Silveiro Advogados
12
DERZI, Misabel de Abreu Machado. Modificações da jurisprudência: proteção da
confiança, boa-fé objetiva e irretroatividade como limitações constitucionais ao
poder judicial de tributar. São Paulo: Noeses, 2009, p. 266 e p. 587.
13
Ibid., p. 587.
14
MITIDIERO, Daniel. Cortes Superiores e Cortes Supremas: do controle à interpre-
tação, da jurisprudência ao precedente. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.
op. cit., p. 102 e ss.
66 • Silveiro Advogados
15
MACCORMICK, Neil. Legal Reasoning and Legal Theory (1978). Oxford: Oxford
University, 2003, p. 215; MITIDIERO, Daniel. Cortes Superiores e Cortes Supremas:
do controle à interpretação, da jurisprudência ao precedente. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2013, op. cit., p. 104.
16
GUASTINI, Riccardo. Interpretare e argomentare. Milano: Giuffrè, 2011, p. 264; Vide,
também: DERZI, Misabel de Abreu Machado. Modificações da jurisprudência: proteção
da confiança, boa-fé objetiva e irretroatividade como limitações constitucionais ao
poder judicial de tributar. São Paulo: Noeses, 2009, p. 257-258, p. 290-291.
17
PECZENIK, Aleksander. On law and reason. 2. ed. Springer, 2008, p. 273;
SCHAUER, 2009, pos. 2149 e 2150 de 3538.
18
SCHAUER, Frederich. Thinking like a lawyer: a new introduction to legal reasoning.
Cambridge: Harvard University. eBook Kindle Edition 2009, pos. 2166 de 3538.
Segundo Schauer: “It is an important consequence of the generality of reasons that
a person (or a court) who gives a reason for a decision is typically committed to that
reason on future occasions. […] And thus, when in law a court gives a reason for a
decision, it is expected to follow that reason in subsequent cases falling within the
scope of the reason articulated by the court on the first occasion”.
19
Sobre a força normativa dos precedentes, vide: MARINONI, Luiz Guilherme. Pre-
cedentes obrigatórios. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011, p. 120 et seq.
20
Ibid., p. 141 et seq.
21
MITIDIERO, 2013, p. 103.
68 • Silveiro Advogados
22
ÁVILA, Humberto. Teoria da segurança jurídica. 3. ed. São Paulo: Malheiros,
2014, p. 498; Nesse sentido: MENKE, Cassiano. Revista de Estudos Tributários e
Aduaneiros do III Seminário do CARF./Brasil. Ministério da Fazenda. CARF. Coor-
denação de Marcus Lívio Gomes e Francisco Marconi de Oliveira. Brasília: CNC,
2018, pp. 67-105, p. 93.
23
DERZI, Misabel de Abreu Machado. Modificações da jurisprudência: proteção
da confiança, boa-fé objetiva e irretroatividade como limitações constitucionais
ao poder judicial de tributar. São Paulo: Noeses, 2009, p. 279.
70 • Silveiro Advogados
72 • Silveiro Advogados
74 • Silveiro Advogados
24
RE 954.262/RS, Relator Min. Gilmar Mendes, julgado em 20/08/2018, publi-
cado em 23/08/2018;
76 • Silveiro Advogados
78 • Silveiro Advogados
80 • Silveiro Advogados
82 • Silveiro Advogados
4 CONCLUSÃO
84 • Silveiro Advogados
86 •
88 • Silveiro Advogados
90 • Silveiro Advogados
92 • Silveiro Advogados
94 • Silveiro Advogados
96 • Silveiro Advogados
Nikolai Rebelo
Admitido como Advogado em nova Iorque Estados Unidos – NY BAR. Mestre
em Direito (Master of Laws) na University of California Berkley – School of Law
– EUA (2016). Pós-Graduado em Direito Empresarial na Pontifícia Universidade
Católica – PUCRS (2011). Graduado na Pontifícia Universidade Católica – PUCRS
(2008). Professor convidado de Programas de Pós-graduação e Graduação em
matérias de Direito Societário, Direito Empresarial e Arbitragem. Autor dos livros:
“Os deveres fiduciários dos Administradores de S.A. em operações de Fusões e
Aquisições” e “A sociedade empresária e a captação de recursos de Private Equity
e Venture Capital” – Estudo interdisciplinar do financiamento empresarial”. Autor
de diversos artigos acadêmicos nas áreas de direito societário e arbitragem.
1 INTRODUÇÃO
• 97
1
Usaremos o termo empresa em sentido amplo, e não no sentido jurídico estrito
extraído na interpretação doutrinária do Código Civil (art. 966).
98 • Silveiro Advogados
2
Tribunal de Justiça de São Paulo. Acórdão do Julgamento da Apelação Nº:
1006988-64.2018.8.26.0624 – jugado em 31 de outubro de 2019.
7 CONCLUSÃO
1 INTRODUÇÃO
1
Cadastro formado por empresas e outras organizações formalmente consti-
tuídas, registradas no CNPJ, cuja atualização é realizada a partir das pesquisas
• 117
5
Nas sociedades divididas em quotas, a quota social é a unidade representativa
de uma fração do capital social, correspondendo a uma posição de direitos e de-
veres perante a sociedade (BORBA, José Edwaldo Tavares. Direito societário. 14.
ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 44)
6
Que instituiu a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica.
7
Nas sociedades divididas em ações, a ação consiste em um valor mobiliário
representativo de unidade do capital social (COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de di-
reito comercial: direito de empresa. 28. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, p. 183).
8
Tal é possível inclusive no que diz respeito à composição da legítima, na medida
em que o Código Civil determina a igualdade quantitativa da legítima (valor do
patrimônio) e não qualitativa (espécie de patrimônio).
9
ROSSI, Alexandre Alves; SILVA, Fabio Pereira da. Holding familiar: visão jurídica
do planejamento societário, sucessório e tributário. São Paulo: Trevisan, 2015. E-
book, p. 34.
10
Art. 1.786 do Código Civil.
11
A questão ainda não está pacificada.
12
Art. 1.789 do Código Civil.
13
Consoante previsão do art. 2.014 do Código Civil.
14
MAMEDE, Eduarda Cotta; MAMEDE, Gladston. Holding familiar e suas vanta-
gens: planejamento jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 11ª.
ed. – São Paulo: Atlas, 2019, p. 98.
15
DIAS, Maria Berenice. Manual das sucessões. 3. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2013, p. 291.
16
Art. 1.911 do Código Civil. Trata-se de cláusula bastante utilizada em planeja-
mentos sucessórios envolvendo a constituição de holding familiar, na medida em
que obstaculiza o ingresso de terceiros na sociedade. No entanto, em se tratando
especificamente de sociedade por ações, pode-se entender que a instituição de
tal cláusula contraria a regra do art. 36 da Lei 6.404/1976, segundo a qual não se
pode limitar por completo a negociação de ações.
17
DIAS. Manual das sucessões. op. cit., p. 292.
18
Ibid., p. 293. Vale lembrar que o único regime de bens em que o patrimônio
recebido por herança é comunicável é o da comunhão universal dos bens.
19
Art. 1.848 do Código Civil. Cabe a ressalva de que não foi atribuído pelo le-
gislador o conceito de justa causa para tal fim. A doutrina vem entendendo que
20
O direito sucessório brasileiro rege-se pelo Princípio da Saisine, derivado do
direito francês, segundo o qual, com o evento morte, a herança transmite-se, des-
de logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
21
REsp 537.611/MA, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, jul-
gado em 05/08/2004, DJ 23/08/2004, p. 230.
22
Há três exceções a esta regra. A primeira é se o contrato social dispuser di-
ferentemente, estabelecendo, por exemplo, que a decisão do ingresso ou não na
sociedade cabe aos herdeiros. A segunda é se os sócios remanescentes optarem
pela dissolução total da sociedade, com o encerramento das atividades. A terceira
é se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido,
ocasião em que um ou mais herdeiros ingressarão na sociedade.
23
Os haveres são o quantum devido pela sociedade ao sócio falecido correspon-
dente à quota deste em relação ao capital social. Para mais detalhes, cf. COELHO,
Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito de empresa. 28 ed. rev., atual. e
ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 171-172.
24
Art. 1.791 do Código Civil. Cf. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil, v. 7: direito
das sucessões. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 37.
25
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 7: direito das suces-
sões. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2016., p. 51-52.
26
FREITAS, Douglas Phillips. “Partilha e sucessão das quotas empresariais”. In:
FREITAS, Douglas Phillips (Coord.); BARBOSA, Eduardo Lemos (Coord.). Direito
de família nas questões empresariais. Florianópolis: Voxlagem, 2012, p. 97.
3.5 Custos
27
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Direito civil: sucessões. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014,
p. 63.
28
GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da. Direito civil: sucessões. 2. ed. São Pau-
lo: Atlas, 2008, p. 245.
29
Há também imposto de renda sobre ganho de capital, no caso de a transmissão
de algum bem se dar por um valor superior ao que constava na Declaração de
Imposto de Renda do de cujus.
30
Além disso, haverá custos de honorários do advogado, cuja participação é
obrigatória.
31
No Estado de São Paulo, Projeto de Lei nº 250/2000. No Estado do Rio Grande
do Sul, Projetos de Lei nº 184/2020, 185/2020 e 186/2020.
32
O referido projeto de lei pretende estabelecer que “a base de cálculo será o valor
do patrimônio líquido, apurado nos termos do artigo 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de ja-
neiro de 2002 (Código Civil), ajustado pela reavaliação dos ativos e passivos, incluindo-
-se a atualização dos ativos ao valor de mercado na data do fato gerador”. Para mais
detalhes, cf. SALLABERRY, Fernando Moraes. ITCMD – Imposto sobre heranças e
doações: comentários à legislação paultis, jurisprudência judicial e administrati-
va, respostas a consultas e súmulas – TOMO V, pg. 411.
33
Instrução Normativa DRP nº 45/98.
34
Pontua-se que, no caso de a sociedade cujas quotas estão sendo inventariadas
se tratar de uma holding de participação, a base de cálculo é apurada a partir da
equivalência patrimonial da sociedade operacional, pelos mesmos critérios refe-
ridos acima.
35
Apelação Cível nº 70084410463, 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul.
36
A colação de bens consiste no dever dos herdeiros dos descendentes e cônju-
ges de trazer ao inventário os bens a eles já doados em vida pelo de cujus, estando
prevista no art. 2.002 e seguintes do Código Civil.
37
Art. 548 do Código Civil.
38
Nos casos previstos no art. 557 do Código Civil.
39
De acordo com o art. 549 do Código Civil, é nula a doação quanto à parte que ex-
ceder à que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
40
Arts. 544, 2.002, 2.005 e 2.006 do Código Civil.
41
A consequência da aplicação da pena de sonegados é a de que, aquele que
omitiu a existência de um bem já recebido a título de doação pelo de cujus, perderá
o direito de herança sobre o referido bem (art. 1.992 do Código Civil).
42
Art. 547 do Código Civil.
43
BAGNOLI, Martha Gallardo Sala. Holding imobiliária como planejamento suces-
sório. São Paulo: Quartirer Latin, 2016, p. 51.
44
Mormente em se tratando de sociedade anônima, pelo que prevê a Lei da S.A.
em seu art. 114, ao estabelecer que “o direito de voto da ação gravada com usufruto,
se não for regulado no ato de constituição do gravame, somente poderá ser exercido
mediante prévio acordo entre o proprietário e o usufrutuário”.
45
ROSSI, Alexandre Alves; SILVA, Fabio Pereira da. Holding familiar: visão jurídica
do planejamento societário, sucessório e tributário. São Paulo: Trevisan, 2015. E-
book, p. 159.
46
BAGNOLI, Martha Gallardo Sala. Holding imobiliária como planejamento suces-
sório. São Paulo: Quartirer Latin, 2016, p. 57.
47
De acordo com o art. 9º da Lei 10.705/2000, a base de cálculo do imposto
será equivalente a um terço do valor do bem, na instituição do usufruto, por ato
não oneroso, e a dois terços do valor do bem, na transmissão não onerosa da
nua-propriedade.
A cast iron case does not exist. All conflicts involve downsides.
The main one is the risk of losing. And that’s not just losing the
case on its substance. What about loss of face, reputation, money,
gain, position, opportunity and of course the costs and wasted
time? Many victories. . . are Pyrrhic, not least because the world
has inevitably moved on since the dispute arose and the judicial
outcome [is] . . . academic.1
1
LEATHES, Micheal, Leadership – “Key to profitable dispute management”
(unpublished draft 2004), apud STIPANOWICH, Thomas J., NELSON, Nancy.
Commercial mediation in Europe: Better solutions for business. CPR Institute for
Dispute Resolution: 2004.
• 141
2
Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/conteudo/arqui-
vo/2019/08/justica_em_numeros20190919.pdf. Acesso em: 30/08/2020.
3
Reflexões como esta foram trazidas em variadas publicações. Ver: https://www.
correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2020/07/06/internas_econo-
mia,869666/covid-19-abarrota-a-justica-e-tsunami-de-acoes-e-esperado-pos-
-pandem.shtml; https://www.migalhas.com.br/depeso/323691/impacto-do-co-
vid-19-no-judiciario-de-sao-paulo
4
GRINOVER, Ada Pellegrini. “Conciliação e juizados de pequenas causas”. In:
Watanabe, Kazuo (coord.), Juizado especial de pequenas causas, Revista dos Tri-
6
Acerca de tal imposição, muitos são os doutrinadores que a veem como um
avanço dos métodos compositivos e uma forma de disseminação destes. Há, en-
tretanto, posições contrárias, tais como a do Prof. Carlos Alberto de Salles (Nos
braços do Leviatã: os caminhos da consensualidade e o Judiciário Brasileiro. RJLB,
ano 4, n. 3. Lisboa: FDUL, 2018).
2 MEDIAÇÃO EMPRESARIAL
7
FALECK, Diego. “Mediação empresarial: introdução e aspectos práticos”. Revis-
ta de arbitragem e mediação, Vol. 42/2014, p. 263-278, jul-set, 2014. p. 263.
8
STF, SE nº 5206 – Espanha, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 12.12.2001.
9
ALVES DA SILVA, Paulo Eduardo. “Resolução de disputas: métodos adequados para
resultados possíveis e métodos possíveis para resultados adequados”. In: SALLES,
Carlos Alberto de; LOPES LORENCINI, Marco Antônio Garcia; ALVES DA SILVA, Pau-
lo Eduardo (coord.). Negociação, mediação, conciliação e arbitragem: curso de métodos
adequados de resolução de conflitos. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. p. 21.
10
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/Lei/L13140.htm#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20
media%C3%A7%C3%A3o%20entre,o%20%C2%A7%202%C2%BA%20
do%20art.
11
COELHO, Eleonora. “Desenvolvimento da cultura dos métodos adequados de
solução de conflitos: uma urgência para o Brasil”. In: ROCHA, Caio Cesar Vieira;
14
FALECK, Diego. “Mediação empresarial: introdução e aspectos práticos”. Re-
vista de Arbitragem e Mediação, Vol. 42/2014, p. 263-278, jul-set, 2014. p. 263.
15
SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio. Manual de arbitragem: mediação e concilia-
ção. 8. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense, 2018. P. 298?
16
FALECK, Diego. “Mediação empresarial: introdução e aspectos práticos”. Re-
vista de Arbitragem e Mediação, Vol. 42/2014, p. 263-278, jul-set, 2014. p. 274.
17
STIPANOWICH, Thomas J., NELSON, Nancy. Commercial mediation in Europe:
better solutions for business. CPR Institute for Dispute Resolution: 2004.
18
Disponível em: https://www.migalhas.com.br/quentes/299336/arbitragem-
-demora-em-media-1-ano-e-9-meses-para-solucionar-conflitos-no-brasil.
Câmara de
Centro de
Conciliação, Câmara de
arbitragem e
Mediação e Comércio
mediação da
Arbitragem Internacional
CCBC
Ciesp/Fiesp
2012 4 1 21
2013 3 6 32
Número de
requerimentos 2014 9 4 25
de mediação 2015 2 2 16
por ano
2016 16 3 32
2017 9 6 30
2012 R$ 8.567.426,15 R$ 1.209.776,19 US$ 45.699.310,00
2013 R$ 11.735.575,30 R$ 3.512.060,38 US$ 14.422.780,00
Média 2014 R$ 13.970.961,62 R$ 1.107.844,67 US$ 94.212.746,00
de valor
envolvido 2015 R$ 29.929.401,85 R$ 500.000,00 US$ 22.148.729,00
2016 R$ 96.068.655,03 R$ 125.515.851,77 US$ $45.699.310,00
2017 R$ 327.664.459,83 R$ 35.631.090,48 -
Média de
4 meses e meio 1 mês e 6 dias 3 meses e meio
duração do
(2012-2017) (2012-2017) (2013-2016)
procedimento
19
Disponível em: https://www.aasp.org.br/em-pauta/mediacao-empresarial-
-em-numeros-onde-estamos-e-para-onde-vamos/
20
Disponível em: https://ccbc.org.br/cam-ccbc-centro-arbitragem-mediacao/
mediacao-estatisticas/
21
FALECK, Diego. “Mediação empresarial: introdução e aspectos práticos”. Re-
vista de arbitragem e mediação, Vol. 42/2014, p. 263-278, jul-set, 2014. p. 264.
22
https://www.jota.info/tributos-e-empresas/tributario/empresas-recorrem-a-
-mediacao-e-arbitragem-para-resolver-conflitos-ligados-a-covid-19-27072020
23
Id.
24
https://cacb.org.br/cbmae-facilita-uso-de-ferramenta-de-resolucao-de-con-
flitos-durante-pandemia/
25
Disponível em: https://ccbc.org.br/cam-ccbc-centro-arbitragem-mediacao/
ra-39-2020-covid-19/
26
Resoluções 08/20, 9/20 e 10/20, todas disponíveis em http://camarb.com.br/
arbitragem/resolucoes-administrativas/.
27
https://www.jota.info/tributos-e-empresas/mercado/pandemia-acelera-digi-
talizacao-de-arbitragens-que-quase-nao-tiveram-suspensoes-13072020
28
ENGHOLM CARDOSO, Marcel. Arbitragem e financiamento por terceiros. São
Paulo: Almedina, 2020, p. 45.
29
DOS SANTOS, Carolina. Third-Party funding: a wolf in sheep’s clothing? 35 Asa
Bulletin, v. 35, n. 4, p. 218-936, dec. 2017, p. 918.
30
A partir de dois estudos realizados com os usuários da arbitragem comercial
internacional pela School of International Arbitration da Queen Mary School of
London, intitulados “Improvements and innovations in international arbitration”
e “The evolution of international arbitration”, chegou-se à conclusão de que, a
partir da visão dos entrevistados, o ponto negativo da arbitragem mais frequen-
temente levantado são os custos. (Cf. QMUL. School of international Arbitration.
2015 International Arbitration Survey: Improvements and Innovations in Inter-
national Arbitration. 2015. Disponível em: http://www.arbitration.qmul.ac.uk/
media/arbitration/docs/2015_International_Arbitration_Survey.pdf. Acesso em:
17 nov. 2019.; QMUL. School of international Arbitration. 2018 International Ar-
bitration Survey: The Evolution of International Arbitration. 2018. Disponível em:
http://www.arbitration.qmul.ac.uk/media/arbitration/docs/2018-International-
-Arbitration-Survey---TheEvolution-of-International-Arbitration-(2).PDF. Acesso
em: 17 nov. 2019.
31
CREMADES, Bernardo M. Concluding Remarks. Third-Party Funding in Inter-
national Arbitration. Dossiers of the ICC Institute of World Business Law, v. 10, p.
153-156, 2013.
32
DERAINS, Yves. Foreword. Third-Party Funding in International Arbitration.
Dossiers of the ICC Institute of World Business Law, v. 10, p. 5-6, 2013.
33
BERALDO, Leonardo de Faria. Curso de arbitragem. São Paulo: Atlas, 2014. p. 145.
34
SARAIVA, Mariana de Souza. O financiamento de terceiros na arbitragem e o
acesso à justiça. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2019. p. 77.
35
BERGER, Renato. “Financiamento de arbitragens em litígios societários”. In:
YARSHELL, Flávio Luiz; PEREIRA, Guilherme Setoguti J. (org.). Processo Societário
III. São Paulo: Quartier Latin, 2018. p. 649.
36
VIVEIROS, Leonardo. “Novas perspectivas sobre a prática da arbitragem”.
[Entrevista cedida a] INOVARB. INOVARB, [s.d.]. Disponível em: https://www.
amcham.com.br/o-que-fazemos/arbitragem-emediacao/inovart-area-de-arti-
gos-e-publicacoes-da-inovarb.
37
BERGER, Renato. “Financiamento de arbitragens em litígios societários”. In:
YARSHELL, Flávio Luiz; PEREIRA, Guilherme Setoguti J. (org.). Processo Societário
III. São Paulo: Quartier Latin, 2018. p. 651.
38
BACELO, Joice. “Fundos nacionais e estrangeiros decidem apostar em arbitra-
gem”. Valor Econômico, 20 out. 2019. Disponível em: valor.globo.com/legislacao/
noticia/2019/10/20/fundos-nacionais-e-estrangeiros-decidem-apostar-emar-
bitragem.ghtml.
39
Conforme o Prof. Arnoldo Wald: “A direção do processo pode ter uma interfe-
rência maior ou menor do financiador, que pode nomear o advogado que vai fun-
cionar no caso, ou aceita o indicado pelo financiado, estabelecendo-se neste caso,
em geral, um modus vivendi para a colaboração entre o causídico que representa a
parte no processo e o advogado do financiador, embora também possa não haver
qualquer ingerência por parte da empresa financiadora.” (WALD, Arnoldo. “Al-
guns aspectos positivos e negativos do financiamento da arbitragem”. Revista de
arbitragem e mediação, v. 49, [s.p.], abr./jun. 2016. p. 36.)
40
https://www.lex-finance.com/BR/#about-us
4 CONCLUSÃO
Rafael Brunati
Especialista em Direito Societário (LL.M) pelo Instituto de Ensino e Pesquisa –
INSPER (2019). Graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie
(2016).
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
1
Disponível em: <https://istoe.com.br/suzano-confirma-conclusao-de-fusao-
-com-a-fibria/>. Acesso em: 09 de setembro de 2020.
• 167
2
Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/decisoes/2018/20180904_
R1/20180904_D1150.html>. Acesso em: 09 de setembro de 2020.
3
Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/decisoes/2018/20180904_
R1/20180904_D1150.html>. Acesso em: 09 de setembro de 2020.
4
Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/decisoes/ane-
xos/2018/20180904/1150__Voto_DGB.pdf>. Acesso em 09 de setembro de
2020.
5
FLAKS, Luís Loria. “Aspectos societários do resgate de ações”. Revista de direito
mercantil, industrial, econômico e financeiro. São Paulo, v.123, jul-set, 2001.
6
COMPARATO, Fábio Konder. “Funções e disfunções do resgate acionário”. Re-
vista de direito mercantil, industrial, econômico e financeiro. São Paulo. vol. 73, jan./
mar. 1989.
7
LIMA, Osmar Brina Corrêa. “Resgate de ações de sociedade anônima”. Revista
de direito mercantil, industrial, econômico e financeiro. São Paulo: RT. vol. 68, out./
dez. 1987.
8
Art. 223, § 3º. “Se a incorporação, fusão ou cisão envolverem companhia aber-
ta, as sociedades que a sucederem serão também abertas, devendo obter o res-
pectivo registro e, se for o caso, promover a admissão de negociação das novas
ações no mercado secundário, no prazo máximo de cento e vinte dias, contados
da data da assembleia geral que aprovou a operação, observando as normas per-
tinentes baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários.”
9
“art. 44, § 4º. O resgate e a amortização que não abrangerem a totalidade
das ações de uma mesma classe serão feitos mediante sorteio; sorteadas
ações custodiadas nos termos do artigo 41, a instituição financeira especificará,
mediante rateio, as resgatadas ou amortizadas, se outra forma não estiver
prevista no contrato de custódia.”
3 RESGATE DE AÇÕES
10
Disponível em: <http://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=juris_
cvm_wi&pagfis=4789>. Acesso em 09 de setembro de 2020.
11
ISRAELS, Carlos L. “Corporate practice.” Apud LAMY FILHO, Alfredo & PEDREI-
RA, José Luiz Bulhões. A Lei das S.A. Rio de Janeiro: Renovar, 1992. p. 156.
12
PEIXOTO, Carlos Fulgêncio da Cunha. Sociedades por ações. São Paulo: Saraiva,
1972. v. 1. p. 184.
13
LAMY FILHO, Alfredo & PEDREIRA, José Luiz Bulhões (org). Direito das compa-
nhias. Rio de Janeiro: Forense, 2009. p. 1.994.
14
Conforme estabelece o princípio da legalidade, expresso no art. 5º, II, da Cons-
tituição Federal de 1988 (“CF”), in verbis: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estran-
geiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualda-
de, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em vir-
tude de lei”.
15
Em especial conforme determinado no art. 136, incisos II e IV, da LSA.
16
Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/decisoes/2012/20120216_R1.html>.
Acesso em 09 de setembro de 2020.
17
Conforme explicado por Danilo Borges dos Santos Araújo, in verbis: “Pode-se
aliás considerar que, historicamente, foi a Supreme Court of Pennsylvania quem,
pela primeira vez, no julgamento do caso Lauman v. Lebanon Valley R.R., 30 Pa.
42, 49, 72 Am. Dec. 685 (1858), concedeu um ‘appraisal remedy’ para um acio-
nista descontente com uma operação de ‘merger’, mesmo sem que tal remédio
estivesse previsto em lei.
Ocorreu que, tendo a legislatura da Commonwealth of Pennsylvania autorizado
uma “merger” entre duas ferrovias, um acionista dissidente procurou a proibição
do negócio. O tribunal entendeu que, se o acionista dissidente fosse forçado a
aceitar de outra companhia, a lei o estaria inconstitucionalmente prejudicando.
Esforçando-se, ao mesmo tempo, para manter a ‘merger’, o tribunal alegou que
a legislatura pretendia ter oferecido ao dissidente um ‘appraisal remedy’, mas que
houvera se esquecido de fazê-lo. O tribunal, então, proibiu o prosseguimento da
‘merger’ até que uma garantia fosse concedida ao acionista dissidente de que a ele
seria pago o valor de sua participação acionária, após a devida avaliação. O dissi-
dente foi pago em dinheiro e a ‘merger’ prosseguiu, e tudo isso sem qualquer pre-
visão em lei.” (ARAUJO, Danilo Borges dos Santos Gomes de. “A ‘De Facto Merger
Doctrine’ (Doutrina da Fusão de Fato)”, In Walfrido Jorge Warde Jr. (coordenador),
Fusão, cisão, incorporação e temas correlatos, São Paulo, 2009, p. 188/189.).
18
ARAUJO, Danilo Borges dos Santos Gomes de. “A ‘De Facto Merger Doctrine’
(Doutrina da Fusão de Fato)”. In: Walfrido Jorge Warde Jr. (coordenador), Fusão,
cisão, incorporação e temas correlatos, São Paulo, 2009, p. 194.
19
GILSON, Ronald J.; BLACK, Bernard S. The Law and Finance of Corporate Acquisi-
tions. 2nd ed. Westbury, NY, 1995. p. 673.
21
BINGLER, C. S.; ROHRBACHER, B. “Form or substance? The past, present, and
future of the doctrine of independent legal significance”. The business Lawyer, Chi-
cago, IL. V. 63. 2008. p. 1/24. Apud ARAUJO, Danilo Borges dos Santos Gomes
de. Op. Cit., p. 209/210.
22
LIMA, Osmar Brina Corrêa. Incorporação de Empresas. Belo Horizonte: Del Rey,
1993. p. 27/34.
23
MEMO/SRE/GER-1/Nº 214/2008. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/
export/sites/cvm/noticias/anexos/2008/20081006-1-memo-sre.pdf>. Acesso
em: 09 de setembro de 2020.
6 CONCLUSÃO
24
(i) incorporação da Company S.A. pela Brascan Residential Properties S.A. em
2008; (ii) incorporação da Datasul S.A. pela TOTVS S.A. em 2008; (iii) incor-
poração da Bovespa Holding S.A. pela Bolsa de Mercadorias & Futuros – BM&F
em 2008; (iv) incorporação da Bematech S.A. pela TOTVS S.A. em 2015; e (v)
incorporação da Cetip S.A. pela BM&F Bovespa – Bolsa de Valores, Mercadorias
e Futuros em 2016.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rodrigo Azevedo
Integrante da primeira geração de advogados especializados em Internet Law e
Proteção de Dados, Rodrigo Azevedo há mais de duas décadas lidera a área de
Propriedade Intelectual e Direito Digital da Silveiro Advogados. Reiteradamen-
te reconhecido como referência no Brasil e na América Latina por publicações
como Chambers & Partners, Legal 500 e Leaders League, Azevedo foi o primeiro
advogado atuante no Brasil a ter a sua prática em proteção de dados certificada
– com distinção – pelo European Institute of Public Administration – EIPA, em
Maastricht, an Holanda. Além disso, possui formação profissional e acadêmica
internacional, passando por Estados Unidos (Gestão de Crises no Massachussets
Institute of technology – MIT; Propriedade Intelectual na Franklin Pierce Law Cen-
tre); Itália (LL.M. em Propriedade Intelectual, com láurea, na Universidade de Tu-
rim); Suíça (onde atuou junto à Organização Mundial da Propriedade Intelectual);
e Argentina (Direito Autoral na Universidade de Buenos Aires). No Brasil, ainda
possui especialização em Direito Internacional, pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, e em Direito Econômico e Empresarial, pela Fundação Getúlio
Vargas. Atualmente, Azevedo coordena mais de 50 projetos de adequação à Lei
Geral de Proteção de Dados em grandes empresas brasileiras e multinacionais.
• 195
1
https://www.weforum.org/reports/the-global-risks-report-2020, acessado
em 18/10/2020.
2
FRAZÃO, Ana. “Objetivos e alcance da Lei Geral de Proteção de Dados”. Em
FRAZÃO, Ana. TEPEDINO, Gustavo. DONATO, Milena. Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais e suas repercussões no direito brasileiro. 1ª Edição. São Paulo. Revista
dos Tribunais.
3
Conforme lecionam Frazão, Oliva e Abilio (2019), “a implementação de boas
práticas no tratamento de dados pessoais possui estrondoso potencial para auxi-
liar no atendimento aos comandos gerais da lei de acordo com as particularidades
de determinados agentes econômicos (...)”. Em FRAZÃO, Ana; OLIVA, Milena;
ABILIO, Viviane. “Compliance de dados pessoais”. Em FRAZÃO, Ana; TEPEDINO,
Gustavo; DONATO, Milena. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e suas repercus-
sões no direito brasileiro. 1ª Edição. São Paulo. Revista dos Tribunais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fonte: https://datenschutz-hamburg.de/pressemitteilungen/
2020/10/2020-10-01-h-m-verfahren# (Acesso em out/2020)
Ricardo Fortes
Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
– PUCRS (1999), tem cursos de especialização na Fundação Getúlio Vargas em
Direito da Economia e da Empresa, e no INSPER em Recuperação Judicial de Em-
presas. Foi Vice-Presidente jurídico da ADVB/RS (biênio 2004 – 2005).
• 211
1 INTRODUÇÃO
1
HISRICH, Robert D., PETERS; Michael P. Empreendedorismo. 5 ed. Porto Alegre:
Bookman, 2004.
2
Art. 1.052 do Código Civil: “Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada só-
cio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela inte-
gralização do capital social”.
3
Art. 1º da Lei das Sociedades por Ações (nº 6.404/76): “A companhia ou so-
ciedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou
acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas”.
4
Em nosso Direito, a responsabilidade dos sócios frente às obrigações da so-
ciedade é subsidiária (art. 1.024 do Código Civil). E nos tipos de sociedade com
responsabilidade limitada, essa responsabilidade subsidiária se dá apenas até o
limite do capital já aportado na sociedade.
5
COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de direito comercial. Volume 2, 5ª edição rev. e
atual. de acordo com o novo Código Civil e alterações da LSA – São Paulo: Saraiva.
2002. pp. 15-16.
6
REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. Vol 1. 29ª ed. São Paulo: Saraiva,
2012, p. 130.
7
“RECURSO ESPECIAL. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.
CPC/2015. PROCEDIMENTO PARA DECLARAÇÃO. REQUISITOS PARA A INS-
TAURAÇÃO. OBSERVÂNCIA DAS REGRAS DE DIREITO MATERIAL. DESCONSI-
DERAÇÃO COM BASE NO ART. 50 DO CC/2002. ABUSO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA. DESVIO DE FINALIDADE. CONFUSÃO PATRIMONIAL. INSOLVÊN-
8
“Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de
uma pessoa, dotadas de valor econômico”.
“Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do de-
vedor”.
9
MAMEDE, Gladston. Falência e recuperação de empresas, 10ª edição – São
Paulo: Atlas, 2019. pp. 4-5.
10
“Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida
materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse
o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia
à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recu-
peração judicial:
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso
ou fraudulento para realizar pagamentos;
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pa-
gamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da to-
talidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de
todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de bur-
lar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar
com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes
para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu
domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de re-
cuperação judicial”.
11
COELHO, Fabio Ulhoa. Comentários à Lei de Falências e de Recuperação de Em-
presas. 11ª edição, rev., atual. e ampl. São Paulo. Revista dos Tribunais. 2016. p. 351.
12
É farto o posicionamento jurisprudencial em inadmitir o uso do pedido de fa-
lência como meio de cobrança, valendo destacar o célebre julgamento do Superior
Tribunal de Justiça de relatoria do ex-Ministro Ruy Rosado de Aguiar: “FALÊNCIA.
Cobrança. Incompatibilidade. O processo de falência não deve ser desvirtuado
para servir de instrumento de coação para a cobrança de dívidas. Considerando
os graves resultados que decorrem da quebra da empresa, o seu requerimento
merece ser examinado com rigor formal, e afastado sempre que a pretensão do
credor seja tão somente a satisfação do seu crédito. Propósito que se caracteri-
zou pelo requerimento de envio dos autos à Contadoria, para apurar o valor do
débito, pelo posterior recebimento daquela quantia, acompanhado de pedido de
desistência da ação. Recurso conhecido e provido”. (REsp 136.565/RS, Rel. Minis-
tro RUY ROSADO DE AGUIAR, QUARTA TURMA, julgado em 23/02/1999, DJ
14/06/1999, p. 198)
13
PERIN JUNIOR, Ecio. Curso de Direito Falimentar e Recuperação de Empresas.
4ª edição. São Paulo. Saraiva. 2011. p. 68.
3 DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
14
Art. 134, § 3º, do Código de Processo Civil.
15
“PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE FALÊNCIA.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDA-
DE. NÃO OCORRÊNCIA. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDI-
CA. INVIABILIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 50 DO CC/02. APLICAÇÃO DA
TEORIA MAIOR DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. AL-
CANCE DO SÓCIO MAJORITÁRIO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DO
16
REsp 1729554/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 08/05/2018, DJe 06/06/2018.
17
“Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração
da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei nº 13.105, de 16 de
março de 2015 – Código de Processo Civil.
§ 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente:
I – na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1º do art. 893
desta Consolidação;
II – na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia
do juízo;
III – cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado origi-
nariamente no tribunal.
19
ARR nº 7122320125090671, Relator: Walmir Oliveira da Costa, Data de Jul-
gamento: 27/02/2019, 1ª Turma do TST, Data de Publicação: DEJT 01/03/2019.
20
“Art. 6°. Aplica-se ao Processo do Trabalho o incidente de desconsideração da
personalidade jurídica regulado no Código de Processo Civil (arts. 133 a 137), asse-
gurada a iniciativa também do juiz do trabalho na fase de execução (CLT, art. 878).”
21
Agravo de Instrumento nº 2246501-33.2019.8.26.0000; Rel. Des. Rezende
Silveira; 15ª Câmara de Direito Público do TJSP; data do julgamento: 14/11/2019.
22
REsp nº 1.786.311/ PR, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TUR-
MA, julgado em 09/05/2019, DJe 14/05/2019.
23
“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obri-
gação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos
em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curate-
lados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo
concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos de-
vidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades,
às de caráter moratório”.
24
“(...) 2. A atribuição, por lei, de responsabilidade tributária pessoal a terceiros,
como no caso dos sócios-gerentes, autoriza o pedido de redirecionamento de
execução fiscal ajuizada contra a sociedade empresária inadimplente, sendo des-
necessário o incidente de desconsideração da personalidade jurídica estabelecido
pelo art. 134 do CPC/2015. 3. Hipótese em que o TRF da 4ª Região decidiu pela
desnecessidade do incidente de desconsideração, com menção aos arts. 134 e 135
do CTN, inaplicáveis ao caso, e sem aferir a atribuição de responsabilidade pela
legislação invocada pela Fazenda Nacional, que requereu a desconsideração da
personalidade da pessoa jurídica para alcançar outra, integrante do mesmo grupo
econômico. 4. Necessidade de cassação do acórdão recorrido para que o Tribunal
Regional Federal julgue novamente o agravo de instrumento, com atenção aos
argumentos invocados pela Fazenda Nacional e à natureza e à origem do débito
cobrado. 5. Agravo conhecido. Recurso especial provido. (AREsp 1.173.201/SC,
Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/02/2019,
DJe 01/03/2019)
25
“(...) 1. Nos termos da jurisprudência desta Corte, “não configura conflito
positivo de competência a apreensão, pela Justiça Especializada, por aplicação
da teoria da desconsideração da personalidade jurídica (disregard doctrine), de
bens de sócio da sociedade em recuperação ou de outra sociedade do mesmo
grupo econômico, porquanto essas medidas não implicam a constrição de bens
vinculados ao cumprimento do plano de reorganização da sociedade empresária,
tampouco interferem em atos de competência do juízo da recuperação” (AgRg
no CC 121.487/MT, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
27/06/2012, DJe 01/08/2012). (...)” (AgInt nos EDcl no CC 143.924/MT, Rel.
Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
25/10/2017, DJe 31/10/2017)
26
SACRAMONE, Marcelo Barbosa. Comentários completos à Lei de Recupe-
ração de Empresas e Falências, Vol. III. Coord. COSTA, Daniel Cárnio. Ed. Juruá,
2015, p. 205.
27
Art. 6º do Decreto Lei nº 7.661/45: “A responsabilidade solidária dos diretores
das sociedades anônimas e dos gerentes das sociedades por cotas de responsa-
bilidade limitada, estabelecida nas respectivas leis; a dos sócios comanditários
(Código Comercial, art. 314), e a do sócio oculto (Código Comercial, art. 305),
serão apuradas, e tornar-se-ão efetivas, mediante processo ordinário, no juízo da
falência, aplicando-se ao caso o disposto no art. 50, § 1°.
Parágrafo único. O juiz, a requerimento do síndico, pode ordenar o sequestro de
bens que bastem para efetivar a responsabilidade”. (revogado)
28
ABRÃO, Carlos Henrique. Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e
Falência / coordenadores Carlos Henrique Abrão e Paulo F. C. Salles de Toledo. 6ª
ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva 2016, p. 327.
29
“Art. 1.080. As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada
a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram.”
30
“Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas fun-
ções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar
na administração de seus próprios negócios”.
31
“Art. 117. O acionista controlador responde pelos danos causados por atos pra-
ticados com abuso de poder.
§ 1º São modalidades de exercício abusivo de poder:
a) orientar a companhia para fim estranho ao objeto social ou lesivo ao interes-
se nacional, ou levá-la a favorecer outra sociedade, brasileira ou estrangeira, em
prejuízo da participação dos acionistas minoritários nos lucros ou no acervo da
companhia, ou da economia nacional;
b) promover a liquidação de companhia próspera, ou a transformação, incorpo-
ração, fusão ou cisão da companhia, com o fim de obter, para si ou para outrem,
vantagem indevida, em prejuízo dos demais acionistas, dos que trabalham na em-
presa ou dos investidores em valores mobiliários emitidos pela companhia;
c) promover alteração estatutária, emissão de valores mobiliários ou adoção de
políticas ou decisões que não tenham por fim o interesse da companhia e visem
a causar prejuízo a acionistas minoritários, aos que trabalham na empresa ou aos
investidores em valores mobiliários emitidos pela companhia;
d) eleger administrador ou fiscal que sabe inapto, moral ou tecnicamente;
e) induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal a praticar ato ilegal, ou, des-
cumprindo seus deveres definidos nesta Lei e no estatuto, promover, contra o in-
teresse da companhia, sua ratificação pela assembleia geral;
f) contratar com a companhia, diretamente ou através de outrem, ou de socieda-
de na qual tenha interesse, em condições de favorecimento ou não equitativas;
g) aprovar ou fazer aprovar contas irregulares de administradores, por favoreci-
mento pessoal, ou deixar de apurar denúncia que saiba ou devesse saber proce-
dente, ou que justifique fundada suspeita de irregularidade.
h) subscrever ações, para os fins do disposto no art. 170, com a realização em
bens estranhos ao objeto social da companhia.
§ 2º No caso da alínea e do § 1º, o administrador ou fiscal que praticar o ato ilegal
responde solidariamente com o acionista controlador.
§ 3º O acionista controlador que exerce cargo de administrador ou fiscal tem tam-
bém os deveres e responsabilidades próprios do cargo.”
32
“Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus
herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos
após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas
posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação”.
33
“O Renajud é um sistema on-line de restrição judicial de veículos criado pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que interliga o Judiciário ao Departamento
Nacional de Trânsito (Denatran).
A ferramenta eletrônica permite consultas e envio, em tempo real, à base de da-
dos do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), de ordens judi-
ciais de restrições de veículos — inclusive registro de penhora — de pessoas con-
denadas em ações judiciais”. (fonte https://www.cnj.jus.br/sistemas/renajud-4/)
34
“(...) o Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (SisbaJud), nova pla-
taforma eletrônica para rastreamento e bloqueio de ativos de devedores com
dívidas reconhecidas pela Justiça. Com novas funcionalidades para dar maior ce-
leridade no cumprimento das decisões judiciais, o SisbaJud foi desenvolvido pelo
CNJ em parceria com o Banco Central e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacio-
nal (PGFN) e irá substituir o BacenJud, em operação desde 2005. (fonte https://
www.cnj.jus.br/sisbajud-melhorar-efetividade-da-execucao-judicial/)