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Psicologia em Situações de Emergência – Teórico 1

Contextualização Histórico-Social

A psicologia das emergências e dos desastres é entendida


como uma área da psicologia geral que estuda “as diferentes
mudanças e os fenômenos pessoais presentes em um desastre, seja
natural ou provocado pelo homem, que resulta em grande numero de
mortos ou feridos que tendem a sofrer sequelas por toda a vida.”
Para Bruck, em 2009, área estuda “o comportamento das pessoas
nos acidentes e desastre desde uma ação preventiva até o pós
trauma.”
As primeiras pesquisas que se tem registro em relação à área,
tratavam-se acerca das guerras mundiais, mais precisamente sobre
o estresse pós-traumático que era conhecido nessa época como
fadiga de batalha, neurose de guerra ou flashbacks. O primeiro
estudo da história das emergências e desastres foi realizado pelo
suíço Edward Stierlin, um médico psiquiatra que teve um dos seus
trabalhos publicados em 1909, buscando compreender as emoções
das pessoas que vivenciavam um desastre. O trabalho foi
desenvolvido com familiares das vítimas de uma explosão nas minas
de carvão, na França. Incidente no qual mais de mil mineiros não
sobreviveram.

Apesar de ter ocorrido o estudo citado, foi através de Lidermann


que se teve um reconhecimento oficial da Psicologia de emergência
e desastres.
1944 – Liderman: avaliação das respostas psicológicas ocorridas em
um incêndio em Boston – EUA, que deixou 400 óbitos; nesse período,
o governo desenvolveu um auxilio para os sobreviventes.
1970 – Associação Brasileira de Psiquiatria lançou um manual:
“primeiros auxílios psicológicos em casos de catástrofes”, o que foi
um grande marco no âmbito da psicologia de emergência.
1985 – Cidade do México
Terremoto / Erupção do vulcão Nevado Del Ruiz na Colômbia
Desenvolveram-se programas de apoio psicológico para as vítimas.
2001 – Incêndio de Mesa Redonda
Foi criada a sociedade peruana de psicologia das emergências e dos
desastres, feitos diversos trabalhos com as famílias das vítimas.
2007 – Declaração dos princípios da nova rede latino americana de
psicologia em emergências e desastres.
Teve apoio de vários países, cujo foi incentivado o desenvolvimento
e apoio nessa área.

No Brasil
Pratica que vem ganhando um espaço a partir de congressos,
conferencias e seminários
Césio – 137: acidente que ocorreu em 1987, maior acidente
radioativo (exceto usinas), foi o primeiro registro do processo
histórico de inserção da psicologia no estudo, pesquisa e intervenção
nas emergências e desastres.
Os anos 200 foi marcado por uma serie de movimentos do conselho
federal de psicologia para o desenvolvimento da área de atuação em
emergências e desastres.

Termos:
Emergência: ocorre o colapso localizado que interfere com as
atividades em andamento de certas pessoas envolvidas (as vítimas)
e causa certa crise em outras pessoas.
Desastre: acontece uma ruptura ampla e quase completa de todos
os processos sociais, estrutura social e interações primarias e
secundárias, e uma ampla destruição de infraestrutura funcional.
Catástrofe: situação em que um fenômeno infeliz é improvisado,
afeta uma comunidade globalmente, incluindo seus sistemas de
respostas institucional. É a mais grave.

Importância dos órgãos de controle e fiscalização


Defesa civil é o conjunto de ações preventivas de socorro,
assistenciais e recuperativas, destinadas a evitar ou minimizar os
desastres, preservar a moral da população e restabelecer a
normalidade social.
Objetivo: redução de riscos e desastres
→ Prevenção
→ Mitigação
→ Preparação
→ Resposta (pré impacto, impacto e pós impacto)
→ Recuperação
A defesa civil tem como princípio uma atuação integrada (articulação
intersetorial)
→ Organização e direcionamento
As ações devem abranger os ciclos de gestão aprovada pela Lei n.
12.608 de 10 de abril de 2012, ou seja, as cinco fases propostas
pela política nacional de proteção e defesa civil.
A importância da psicologia nos desastres se da tanto durante o
desastre, quanto na recuperação pós trauma, e estão voltadas para
trabalhar os efeitos do fato, sobre a vida das vítimas, comunidade e
profissionais.
Meios:
→ Escuta
→ Entrevista de apoio
→ Psicoeducação
→ Orientação

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