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Thaise Novaes Glaser


Primeiros Socorros: Abordagem da Vítima
01 Primeiros Socorros - Abordagem da vítima.

PRIMEIROS SOCORROS: ABORDAGEM DA VÍTIMA


BIOSSEGURANÇA – CINEMÁTICA DO TRAUMA – FASES DO ATENDIMENTO INICIAL – SINAIS
VITAIS -
Professor: Thaise Novaes Glaser
Fisioterapeuta Ergonomista e Socorrista

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ABORDAGEM DA VÍTIMA

1. BIOSSEGURANÇA

Equipamento de Proteção Individual – EPI

Quando falamos que a primeira preocupação do socorrista deve ser a sua


própria segurança, devemos saber que este ítem inclui tanto a segurança oferecida
pelo ambiente, quanto a segurança pessoal com uso de Equipamento de
Proteção Individual – EPI.
A exposição do socorrista ao sangue e fluídos corporais das vítimas pode
ser muito perigosa e é uma porta de entrada para várias doenças. Os
equipamentos de proteção individual dos socorristas devem ser compostos no
mínimo de luvas, máscara e óculos.
As luvas devem ser colocadas para tocar a pele não íntegra da vítima, as
mucosas ou as àreas que estejam contaminadas com sangue ou outros fluidos
corporais. As máscaras são usadas para proteger as mucosas oral e nasal
especialmente quando há exposição à agentes infecciosos. Os óculos de proteção
devem ser utilizados sempre que houver a possibilidade de respingos de gotículas
de fluidos ou sangue.

2. CINEMÁTICA DO TRAUMA

Tendo em vista que o trauma é um problema mundial, além do tratamento


imediato, deve-se dar uma atenção à prevenção destes traumas e lesões. O
trauma muitas vezes é chamado de acidente, mas a definição correta de acidente
é:
“Acidente é um evento ocorrido por acaso ou oriundo de causas
desconhecidas” ou “um acontecimento desastroso por falta de
cuidado, atenção ou ignorância”. (PHTLS, 2011, p. 3)

Em vítimas de trauma os cuidados pré-hospitalares podem fazer a diferença


entre a vida e a morte. Este atendimento pode influenciar no tipo de sequela, na
recuperação e até mesmo na gravidade do trauma. Quanto mais rápido e eficaz for
este atendimento, mais chances a vítima tem de sobreviver ou minimizar sequelas.

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Para definir o trauma é importante saber que todas as causas do trauma


têm um fator em comum, que é a transferência de energia.

O trauma hoje é definido como um evento nocivo que


advém da liberação de formas específicas de energia ou
barreiras físicas ao fluxo normal de energia. Em geral, a
energia existe em cinco formas físicas: mecânica, química,
térmica, por irradiação ou elétrica. A energia mecânica é a
energia que um objeto contém quando está em movimento. A
energia química é a resultante da interação de uma substância
química com o tecido humano exposto. A energia térmica é a
energia associada a altas temperaturas e ao calor. A energia por
radiação consiste em qualquer onda eletromagnética que
trafegue em raios e não possui massa. A energia elétrica é
resultante da movimentação de elétrons entre dois pontos.
(PHTLS, 2011, p.19,20)

Diariamente o ser humano utiliza destas 5 formas de energia em diferentes


atividades. Neste caso pode-se dizer que a energia está sob controle e ela não
afeta o corpo nocivamente. A pessoa precisa conseguir manter a energia sob
controle, mas isso vai depender do desempenho e da exigência da tarefa, para que
a energia seja liberada de forma administrável e controlada.
No entanto, quando a dificuldade da tarefa de repente excede a capacidade
do indivíduo, ou quando o nível de desempenho do indivíduo está abaixo da
exigência da tarefa, ou ainda, quando estes fatores coincidem simultaneamente,
pode haver uma liberação descontrolada de energia, tendo o trauma como
consequência.
De acordo com o APHTLS 2011, se formos falar em doença, sabe-se que
existem 3 fatores que devem estar presentes e interagir simultaneamente para
que uma doença aconteça: um agente causador da doença, um hospedeiro
da doença (onde o agente possa residir) e um ambiente (onde o agente e o
hospedeiro possam interagir) e estes fatores formam a tríade
epidemiológica. Estudos revelam que a doença e o trauma se comportam de
modo similar. Ambos precisam dos 3 elementos desta tríade epidemiológica.

De forma resumida e comparativa, pode-se dizer que para que o trauma


ocorra é preciso de um hospedeiro (que é o ser humano), o agente do

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trauma (que é a energia) e o ambiente (local onde o ser humano e a


energia vão interagir).

O Dr Willian Haddon Jr. é considerado o pai da ciência de


prevenção ao trauma. Ao trabalhar com o conceito da tríade
epidemiológica, na metade da década de 1960, percebeu que um
trauma pode ser desdobrado em 3 fases temporais: Pré evento,
evento e pós evento. (PHTLS, 2011, p. 21)

A consequencia do acidente é o trauma gerado. O atendimento ao


trauma é dividido em 3 etapas: o pré evento (é a fase que envolve as
circustâncias e motivos que levaram à lesão traumática), o evento (é a fase
que envolve o momento do trauma real)e o pós evento (é a fase que
compreende o desfecho do evento traumático).

É na fase do pré-evento que entra a prevenção do trauma. A fase do


evento permite que as ações realizadas neste momento influenciem
diretamente no resultado final do atendimento ao trauma. Na fase do pós-
evento é que se conhecem as reais consequências do evento traumático.

Prevenção ao trauma

A prevenção na verdade pode ser considerada a solução de muitos


problemas consequentes do trauma. Prevenir, portanto, é ainda mais importante do
que tratar um trauma. Para que a prevenção seja eficaz é preciso que existam
programas de prevenção ao trauma que propiciem uma transformação no
conhecimento, na atitude e no comportamento das pessoas que podem estar
expostas a agentes causadores do trauma, sejam eles intencionais ou não
intencionais.

Análise Biomecânica do Trauma

O componente inicial para se obter o histórico de um trauma é a


avaliação dos eventos que ocorreram na “fase do evento”. Neste caso pode ser
estimada a energia que foi trocada e fazer uma suposição das condições
resultantes deste trauma.

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Quando o socorrista não compreende os mecanismos que estão


envolvidos em um trauma, muitas lesões podem passar despercebidas. Quando
se conhece os mecanismos de lesão, o nível de suspeita aumenta, já que o
padrão e local das lesões vão estar relacionados com o exame local da
ocorrência. Sendo assim, a integração dos princípios da cinemática do trauma à
avaliação da vítima é fundamental para que se descubra possíveis lesões
graves ou até mesmo fatais. As lesões que não foram suspeitadas e não foram
detectadas ou tratadas durante a cinemática do trauma na abordagem inicial,
contribuem de modo significativo para a morbidade e mortalidade resultantes do
trauma.

Avaliação da Cena

Quando o socorrista avalia a cena antes de iniciar qualquer procedimento,


ele está garantindo que a cena esteja segura para poder realizar um atendimento e
abordagem inicial.
A primeira preocupação do socorrista deve ser a sua própria segurança
Em segundo lugar, a segurança da vítima e em terceiro lugar, a segurança dos
demais presentes no local do trauma.
Depois de assegurar a segurança do local, é importante ser analisado o
mecanismo do trauma e quais forças/ energias provocaram as lesões traumáticas,
também é preciso verificar a quantidade de pessoas (vítimas) e a necessidade de
acionar serviços que possam ajudar no atendimento (mais ambulâncias,
bombeiros, companhia elétrica, polícia etc).

3. FASES DO ATENDIMENTO INICIAL

O primeiro objetivo em uma avaliação inicial é verificar a condição atual da


vítima. A abordagem inicial ou também chamada de abordagem primária vai ajudar
a definir as decisões de atendimento e transporte da vítima.

Ao fazer isso, é possível ter uma avaliação do estado geral da vítima, assim
como das condições basais do seu sistema respiratório, circulatório e neurológico.

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As condições que podem ameaçar a vida da vítima são identificadas nesta


abordagem, e as intervenções de urgência podem então ser aplicadas.

De acordo com PHTLS (2011), existem 5 etapas que envolvem esta


abordagem primária, e elas possuem uma ordem específica conforme a
prioridade de cada etapa:

A – Atendimento das vias aéreas e controle da coluna cervical


B - Ventilação
C - Circulação (hemorragia e perfusão)
D – Disfunção neurológica
E - Exposição e ambiente

Após a análise da cinemática do trauma e garantida a segurança do


socorrista (inclusive com uso de EPI´S), da vítima e dos demais presentes, e ainda,
após o acionamento dos serviços necessários, inicia-se então cada uma das 5
etapas da Abordagem primária ou Abordagem inicial:

Etapa A - Vias aéreas e controle da coluna cervical

Inicialmente é importante que o socorrista fale com a vítima, independente


do seu nível de consciência, informando seu nome, sua função e seu objetivo para
com o atendimento à vítima.
A via aérea da vítima é então checada, para garantir que esteja permeável,
ou seja, aberta e limpa, e que não exista perigo de obstrução de vias aéreas
causada por qualquer tipo de objeto ou até mesmo pelo relaxamento da língua (em
vítimas inconscientes).
A via aérea é fácil de ser avaliada em vítimas conscientes. Mas em vítimas
inconscientes, quando for constatada a obstrução de via aérea, esta deve ser
aberta, onde o socorrista utiliza de manobras até fazer a aplicação de um método
mecânico. Na vítima inconsciente a língua fica flácida e relaxada, caindo para trás
e obstruindo a hipofaringe. Uma vez que a língua está presa à mandíbula, esta
pode ser facilmente movimentada através de métodos manuais para remover este
tipo de obstrução.

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Há duas manobras principais para desobstrução de vias aéreas: Manobra


tração da mandíbula e Manobra elevação do mento.
A manobra tração da mandíbula é escolhida quando o doente é vítima de um
trauma físico e há suspeita de traumatismo craniano, cervical ou facial. Isso porque
nestes casos, a região da coluna cervical não pode ser mobilizada. Nesta manobra,
a mandíbula é empurrada anteriormente (tracionada), e para esta movimentação a
coluna se mantém em posição neutra.
A manobra elevação do mento ou chamada manobra modificada é utilizada
basicamente para vítimas de casos clínicos, ou seja, aquelas onde não há suspeita
de trauma e lesão cervical. Isto porque, durante esta manobra, o queixo e os
incisivos inferiores são apreendidos e elevados para erguer a mandíbula
anteriormente. Esta manobra permite a movimentação da coluna cervical
juntamente com a elevação da mandíbula.
Ambas as técnicas permitem (através da movimentação da mandíbula), que
a língua se movimente também sendo puxada para frente e abram a boca,
ajudando na desobstrução de via aérea causada pelo relaxamento da língua.
Caso tenha algum objeto obstruindo vias aéreas, podem ser utilizadas
técnicas de desobstrução: movimento de gancho dos dedos para retirar o objeto,
movimento de pinça dos dedos para retirar o objeto ou até mesmo o rolamento de
90º (em caso de líquidos).
A principal causa de obstrução de vias aéreas nas vítimas inconscientes é o
relaxamento da língua. As demais causas de obstrução em vitimas conscientes ou
inconscientes incluem: presença de corpo estranho, fraturas faciais, secreções ou
sangue na cavidade oral, restos de alimentos, aparelhos odontológicos, dentaduras
etc.
Para garantir a permeabilidade de vias aéreas nas inconscientes, após a
realização da manobra adequada para cada caso, deve-se fazer a colocação de
um método mecânico, chamado de cânula orofaríngea. No entanto este método só
é utilizado em vítimas inconscientes, pois após sua colocação, permite o
posicionamento correto da língua e garante a permeabilidade das vias aéreas.
Como não é considerado um método invasivo, a cânula pode ser colocada pelo
socorrista.
Controle da coluna cervical

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Sempre que tem- se uma vítima de trauma, deve ser suspeitado de lesões
na região da coluna cervical. Até que esta suspeita seja totalmente excluída, ou
seja, até que se tenha certeza de que não há lesão na coluna cervical e medula
espinhal, a vítima deve ser mantida com esta região imobilizada.
Portanto, enquanto se realiza a avaliação das vias aéreas deve-se também
manter a coluna cervical em posição neutra a fim de evitar lesões. Isso pode ser
feito mantendo a mão do socorrista posicionada na cabeça da vítima, sempre no
sentido gravitacional.

Etapa B – Ventilação /Respiração

Nesta avaliação da ventilação (entrada e saída de ar dos pulmões), o


objetivo é buscar saber se a vítima está ventilando. Caso esteja ventilando,
consequentemente sabemos que a respiração (troca gasosa de CO2 por O2)
também está acontecendo. O valor esperado de normalidade em um adulto é de 12
a 20 movimentos respiratórios por minuto.

É realizada então uma avaliação rápida, buscando: “ VER” a expansão e


movimentação da caixa torácica a fim de saber se esta é superficial ou profunda;
“OUVIR” possíveis ruídos a fim de saber se é ruidosa ou silenciosa e “SENTIR” a
temperatura da ventilação, se é fria ou quente.

Após a realização deste método, será possível caracterizar a ventilação/


respiração quanto a:
 Frequência: apneica (ausente), eupineica (normal), bradipneica ( lenta),
taquipneica (rápida);
 Caráter: superficial ou profunda;
 Rítmo: rítmica ou arrítmica;
 Ruídos: ruidosa ou silenciosa;
 Temperatura: quente ou fria.

Conforme o resultado encontrado nesta avaliação é que se administra oxigênio


para a vítima (12 a 15l/min).

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ETAPA C – Circulação

Ainda fazendo parte da abordagem inicial ou abordagem primária, o outro


passo após a “etapa A” (vias aéreas e controle cervical e “etapa B” (ventilação e
respiração), é a “etapa C” (circulação).
Neste momento da “etapa C”, onde a circulação sanguínea da vítima é
verificada, além de buscar a presença ou ausência de pulsação em pontos
específicos, é o momento ideal para se fazer também o controle de grandes
hemorragias, que podem certamente, afetar e comprometer o estado
hemodinâmico da vítima.
Neste item da abordagem inicial é avaliada a capacidade do organismo em
manter as funções do sistema circulatório, observando as características da
pulsação, o controle das grandes hemorragias e a perfusão periférica. Porém,
devido sua abrangência e complexidade, o controle das grandes hemorragias
merece um capítulo específico e detalhado para sua abordagem.
Pulso
Pulsação é o ciclo de expansão e relaxamento arterial. Corresponde às
variações de pressão sanguínea na artéria durante os batimentos cardíacos.
Inicialmente é verificada a presença de pulsação na vítima e para isso
existem artérias específicas superficiais para revelar quantas pulsações por minuto
esta vítima possui. A palpação é um excelente parâmetro para verificação do
sistema cardiocirculatório.
O pulso é avaliado pela presença, quantidade e regularidade. A
presença do pulso periférico palpável também fornece uma
estimativa da pressão arterial. Esta pressão verificação rápida
mostra se a vítima apresenta taquicardia, bradicardia ou ritmo
irregular. Também pode revelar informação sobre a pressão arterial
sistólica. Na avaliação primária, não é necessária a determinação
da frequência de pulso exata. Em vez disso, uma estimativa
aproximada é rapidamente obtida, e o exame prossegue para outras
avaliações preliminares. Se a vítima não possui pulso carotídeo ou
femoral, então está em parada cardiorrespiratória. (PHTLS,
2011,p.115)

O correto é utilizar do pulso carotídeo (onde passa a artéria carótida) para


verificar a pulsação em vítimas que estejam inconscientes. Se o pulso carotídeo
estiver presente, significa que a pressão arterial sistólica da vítima é de no mínimo
40mmHg. Já nas vítimas conscientes, pode-se utilizar o pulso radial (onde passa a
artéria radial). Se o pulso radial (ou também pode ser usado o pulso ulnar) estiver

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presente, significa que pressão arterial sistólica da vítima é de no mínimo 80mmHg.


Há indícios de que nas crianças, o melhor pulso para ser verificado é o braquial
(onde passa a artéria braquial).

(aenfermagem, 2015) (szpilman, 2015)


Através da palpação do pulso, o socorrista é capaz de avaliar a frequência, o
ritmo e o volume circulatório. O valor esperado em um adulto (valor de
normalidade) é uma frequência cardíaca de 60 a 100 batimentos por minuto:
Frequência cardíaca: normocardia (circulação normal), bradicardia (abaixo
do valor de normalidade), taquicardia (acima do valor de normalidade) e ausente.
 Ritmo: rítmico ou arrítmico
 Volume: cheio/forte e fino/fraco

Perfusão periférica

A perfusão periférica (tempo de enchimento capilar) apresenta indícios


essenciais para o acompanhamento da situação hemodinâmica da vítima. É
definida como a oxigenação periférica dos tecidos que deve apresentar-se
normocorada em tempo menor que 2 segundos após a compressão da
extremidade. Quando o tempo de enchimento capilar é maior que 2 segundos, isso
indica que os leitos capilares não receberam perfusão adequada.
Outro fator que pode ser acompanhado é a umidade da pele. A pele seca
indica boa perfusão. A pele úmida está associada a choque e a perfusão diminuída.
A temperatura também pode mostrar perfusão diminuída quando a pele está com
temperatura fria. A temperatura normal é morna ao toque. Nem quente, nem fria.

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Quanto à coloração da pele, uma perfusão adequada irá produzir coloração rosada
na pele, já que a pele é pálida quando o sangue é desviado de alguma área.
Coloração pálida está associada a uma perfusão deficiente. Coloração azulada é
indicativa de oxigenação incompleta, causada pela falta de sangue ou oxigênio
naquela região do corpo. As mudanças de coloração acontecem inicialmente nos
lábios, nas gengivas e extremidades dos dedos.
Hemorragia

É neste momento da avaliação primária que devem ser identificadas e


tratadas as hemorragias. O controle da hemorragia é verificado nesta “etapa C” da
abordagem inicial porque, se uma grande hemorragia não for controlada de
imediato, o potencial de mortes do doente aumenta consideravelmente.
O controle da hemorragia é prioritário, pois cada hemácia é
importante. O rápido controle da perda sanguínea é um dos
objetivos mais importantes no atendimento de um doente
traumatizado. A avaliação primária só pode prosseguir após o
controle da hemorragia. (PHTLS, 2011,p.114)

Etapa D – Estado Neurológico

A etapa que corresponde à avaliação do estado neurológico, ou as


disfunções neurológicas, é a “etapa D”. Após as etapas A,B e C, é o momento de
fazer a avaliação da função cerebral, com o objetivo de determinar o nível de
consciência da vítima.
A escala de coma de Glasgow é uma ferramenta utilizada para determinar o
nível de consciência. É um método simples e rápido para determinar a
função cerebral e é preditivo da sobrevida do doente, especialmente a
melhor resposta motora. A escala de coma de Glasgow é dividida em três
sessões: 1 – Abertura ocular; 2- melhor resposta verbal; 3- melhor resposta
motora. Pontua-se o doente em um escore de acordo com a melhor
resposta para cada componente. (PHTLS, 2011,p.116)
Para descobrir os escores e avaliar as respostas, são realizadas algumas
perguntas ou comandos para a vítima, e conforme ela reagir, compara-se a
resposta (seja ocular, verbal ou motora) com a escala de Glasgow.
De maneira geral, para se avaliar o estimulo ocular pode ser feito o
comando: “-Abra os olhos”. Para se avaliar a melhor resposta verbal pode ser feita
a seguinte pergunta: “- O que aconteceu?”. Para se avaliar a melhor resposta

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motora, pode ser feito o comando: “-Aperte minha mão” ou “-Faça positivo com os
dedos”.

Tabela da Escala de Glasgow:

(Ebah, 2015)
Posteriormente somam-se as três respostas encontradas, sabendo que o
maior escore que se pode obter na escala de Glasgow é 15, que sugere uma vítima
sem dano neurológico. O menor escore encontrado é 3, que em geral, significa um
péssimo prognóstico. Um escore de 3 a 8 indica lesão grave; de 9 a 12 indica lesão
moderada; de 13 a 15 indica lesão leve ou mínima.

Análise das pupilas


A observação da resposta pupilar é muito importante na avaliação do estado
neurológico, podendo ser inclusive, um fator indicativo de lesão neurológica na
vítima. Quando a pupila é analisada, deve-se buscar a igualdade da resposta e o
tamanho da mesma. As pupilas apresentam reação à luz através da dilatação e
contração pupilar.
As pupilas podem ser encontradas das seguintes maneiras:

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 Pupilas isocóricas (normais, iguais)


 Pupilas em midríase (aumentadas)
 Pupilas em miose (diminuídas)
 Pupilas anisocóricas (desiguais)

(bombeirosvaldo, 2013)
A presença de pupilas assimétricas sugere sempre a suspeita de lesão
cerebral.

Etapa E - Exposição e Ambiente

A última etapa da avaliação inicial corresponde à exposição (“etapa E”), em


que são retiradas as roupas da vítima onde há suspeita de lesão, indicada pelos
sinais e sintomas ou pela cinemática do trauma.
Em caso de sangramentos ou hemorragias, por exemplo, a roupa pode
absorver o sangramento e estes podem passar despercebidos. Lesões
potencialmente letais podem passar despercebidas se o doente não for totalmente
examinado.
Principalmente quando se estiver em ambiente externo, somente as partes
necessárias da vítima devem ser expostas.

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4. SINAIS VITAIS

Os sinais vitais refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das


interações entre os sistemas do organismo e são, portanto, um grande referencial
para conhecer o estado clínico da vítima.
Os sinais vitais revelam o funcionamento de quatro funções básicas do
corpo: Pulso (frequência cardíaca), Respiração (frequência respiratória), Pressão
arterial e Temperatura.

Pressão arterial

A pressão arterial é a força exercida pelo sangue no interior das artérias.


Quando a pressão sanguínea é aferida, obtém-se uma pressão sistólica e uma
pressão diastólica.
A pressão sistólica, ou pressão no sistema arterial quando o coração contrai
é maior que a diastólica, que é a pressão no sistema arterial quando o coração
relaxa e se enche de sangue. Fatores como idade, exercício e atividades físicas,
emoções, temperatura corporal, dores, drogas e volume de sangue podem afetar
diretamente o resultado da pressão arterial.
O valor limítrofe da pressão arterial, seja durante a sístole ou diástole, é:
130-139 mmHg/ 85-89 mmHg, respectivamente.
Em relação à terminologia, tem-se:
• NORMOTENSO: Quem tem pressão normal.

• HIPERTENSO: Pressão arterial >140x90mmHg.

• HIPOTENSO: Pressão <100x60mmHg.

Pulso

O pulso é uma sensação ondular que pode ser palpada em uma das artérias
periféricas, utilizando a ponta dos dedos. O valor de pulsação esperado em um
adulto é de 60 a 100 bpm (batimentos por minuto).

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Fatores como idade, exercício e atividades físicas, emoções, temperatura


corporal, dores, drogas e volume de sangue podem afetar diretamente o resultado
da pulsação arterial.
Em relação à terminologia, tem-se:
• NORMOCARDIA: frequência de pulsação dentro dos valores de
normalidade.
• TAQUICARDIA: frequência de pulsação dos adultos > 100bpm.
• BRADICARDIA: frequência de pulsação dos adultos < 60bpm.

Respiração

Respiração é o termo que se refere à troca de oxigênio e de gás carbônico.


Se o ar está entrando (inspiração) e saindo (expiração) dos pulmões, podemos
dizer que a pessoa está ventilando.
Frequência respiratória é a quantidade de vezes que o ar entra e sai dos
pulmões por minuto. A frequência respiratória esperada em adultos é de 12 a 20
movimentos respiratórios por minuto.
Fatores como idade, exercício e atividades físicas, emoções, temperatura
corporal, dores, drogas e volume de sangue podem afetar diretamente o resultado
da frequência respiratória.
Em relação à terminologia, tem-se:
• EUPNEIA: frequência respiratória em adultos dentro do valor de
normalidade.
• TAQUIPNEIA: frequência respiratória em adultos >20 por minuto.
• BRADPNEIA: frequência respiratória em adultos < 12 por minuto.
• APNEIA: Ausência de respiração.

Temperatura

Temperatura refere-se à produção e a perda de calor do corpo. A idade, os


exercícios e atividade física podem alterar os valores da temperatura corporal.

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O controle da temperatura é chamado de termorregulação e é o mecanismo


que mantém o organismo na temperatura adequada. Em humanos, a temperatura
corporal média é de 36.8 °C, embora ela varie entre indivíduos e durante o dia.
Em relação à terminologia, tem-se:
• NORMOTERMIA OU EUTERMIA: temperatura dentro dos valores de
normalidade.
• HIPOTERMIA: temperatura corporal < 35º.
• HIPERTERMIA: temperatura corporal > 40º.

Entre as causas da hipertermia, tem-se a exposição do indivíduo a ambientes


com temperatura elevada, fatores que interfiram no mecanismo de perda de calor,
prática excessiva de atividade física, desidratação, intoxicações diversas, drogas,
agentes patológicos etc.
Entre os sintomas da hipertermia, cita-se o suor intenso, rubor, confusão
Mental, câimbras, náuseas, vômitos, aumento da frequência cardíaca, ansiedade,
perda de coordenação etc.
Entre as causas da hipotermia, encontram-se as situações em que o individuo
seja exposto intensamente à temperatura fria, como por exemplo, ambientes frios,
exposição a chuvas e ventos etc.
Entre os sintomas da hipotermia, citam-se os tremores, esfriamento das mãos
e pés, cianose nas extremidades, dormência nos membros, pouca energia,
dificuldade em respirar, pulsação lenta, inchaço na face, perda de controle da
bexiga etc.

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Primeiros Socorros: Emergencias Cardiovasculares
02 Primeiros Socorros - Emergências cardiovasculares.

PRIMEIROS SOCORROS: EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES


ANGINA DE PEITO - INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO - PARADA RESPIRATÓRIA – PARADA
CARDIORESPIRATÓRIA – RESSUSCITAÇÃO CARDIO PULMONAR
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Fisioterapeuta Ergonomista e Socorrista

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Primeiros Socorros: Emergencias Cardiovasculares

EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES

1. ANGINA DE PEITO

Quando uma pessoa está exposta a situações de estresse emocional ou


esforço físico, existe uma demanda maior no fluxo de sangue para as artérias
coronárias, a fim de suprir as necessidades do músculo do coração. Quando as
artérias coronárias apresentam estreitamento provocado pela presença de
aterosclerose, elas não são capazes de suprir o aumento da demanda de sangue
pelo músculo cardíaco. Assim, com o miocárdio privado de receber oxigenação, a
vítima pode sentir dor no peito, que é chamada de angina de peito.
Os sinais e sintomas da angina de peito envolvem principalmente a dor
retroesternal ou precordial (atrás do osso esterno). Esta dor pode ter como causas
o estresse, exercícios físicos, refeições volumosas ou exposição a temperaturas
muito frias. Esta dor pode também se irradiar para os membros superiores,
pescoço e mandíbula, mas raramente ultrapassa o tempo de 5 minutos. A dor
tende a desaparecer ao colocar a vítima em repouso ou ao fazer uso de
vasodilatador sublingual.
O atendimento imediato envolve inicialmente acalmar a vítima, deixando-a
em uma posição confortável, fazendo repouso. As informações do ocorrido, assim
como os sinais e sintomas apresentados devem ser repassados ao médico.
A Angina e o IAM possuem praticamente os mesmos sinais e sintomas. O
maior fator que ajudará na sua diferenciação é o tempo de duração dos sinais e
sintomas:

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2. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO - IAM

O miocárdio é o músculo do coração. Quando ocorre o IAM, significa que


aconteceu uma necrose (morte) de determinada parte do miocárdio, devido à falta
de oxigênio irrigando esta região. Esta necrose pode acontecer tanto por
estreitamento como por uma oclusão da artéria coronária que supre determinada
área do miocárdio. As mortes súbitas são causadas principalmente pelo IAM.

(http://images.slideplayer.com.br/7/1718053/slides/slide_13.jpg)

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Os primeiros socorros são muito importantes nos casos de IAM, pois a


massagem cardíaca iniciada imediatamente e realizada de forma eficaz pode
reverter este quadro, ou no mínimo, manter um pouco as funções do coração até
que chegue a ajuda especializada com os equipamentos necessários.
A presença de placas de gordura na artéria é chamada de aterosclerose, e
esta é a principal causa de IAM. A aterosclerose das coronárias pode ser
desencadeada por esforço físico, situação de estresse, fadiga, ou até mesmo no
repouso. Alguns tipos de drogas também podem influenciar na ocorrência de IAM.
O IAM provoca a alteração do ritmo cardíaco, e esta é uma das suas maiores
complicações.

(http://www.bancodesaude.com.br/sites/default/files/img/conteudo/texto/infarto-
coracao(1).jpg)
A vítima que está sofrendo um IAM pode apresentar dor no tórax de forte
intensidade, que dura de 30 minutos até algumas horas, podendo irradiar-se para
os membros superiores, pescoço, mandíbula, e normalmente os sintomas não são
aliviados com o repouso. Outros sinais e sintomas incluem a falta de ar, suor,
náusea, vômito e alteração no ritmo cardíaco.
O tratamento imediato, após a constatação dos sinais e sintomas, envolve
verificar a permeabilidade de vias aéreas, tranquilizar a vítima, manter a vítima em
posição de repouso e confortável, monitorar os batimentos cardíacos e estar atento
aos sinais vitais caso seja necessário iniciar manobras de ressuscitação
cardiopulmonar (RCP).

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3. PARADA RESPIRATÓRIA E PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

Caso o objeto de obstrução de vias aéreas não seja retirado, é possível que
a vítima evolua de quadro para uma parada respiratória e posteriormente para uma
parada cardiorespiratória. Neste momento a vítima vai perder a consciência e deve
ser cuidadosamente posicionada para que se inicie o Suporte Básico de Vida.

A parada respiratória é basicamente a ausência de respiração/ventilação.


Ela pode ser isolada ou acompanhada de parada cardíaca (e daí se origina a
parada cardiorrespiratória).

A parada cardíaca é caracterizada pela ausência dos batimentos cardíacos,


que faz com que o sangue não seja mais bombeado para todo o organismo, e leva
à falta de oxigenação nos tecidos.

A parada cardiorrespiratória ocorre de maneira brusca e é caracterizada pela


inconsciência, ausência da circulação sistêmica e ausência da ventilação/
respiração.

4. RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR

Massagem Cardíaca

A massagem cardíaca permite que o sangue circule pelo corpo, levando


algum oxigênio aos órgãos, enquanto a pessoa não é atendida por médicos com
equipamentos específicos.

As compressões torácicas realizadas através da massagem cardíaca


ajudam o sangue a circular porque elevam a pressão na cavidade torácica, fazendo
o coração bombear e também porque fornecem compressão direta no próprio
coração. Esta medida é muito importante durante os primeiros socorros, pois pode
evitar lesões cerebrais, já que a cada 1 minuto em parada cardiorrespiratória, a
vítima pode perder até 10% da sua capacidade vital.

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Existem atualizações constantes na área da saúde, e se tratando de um


ponto tão importante que é a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) através da
massagem cardíaca, deve-se saber que há também modificações nas diretrizes de
suporte básico de vida.

A American Heart Association (AHA) apresentou em 2015 as novas diretrizes para


RCP, e as modificações visam:

 SIMPLIFICAR o treinamento de socorristas leigos

 ENFATIZAR a necessidade de aplicação das compressões torácicas


o quanto antes em vítimas de PCR

 QUALIFICAR as técnicas de RCP, buscando eficiência

Diante disso, socorristas leigos, ou as pessoas que não tem treinamento


específico para realizar uma RCP, não devem realizar as insulflações (respiração
boca-a-boca). É importante enfatizar que as compressões torácicas realizadas com
eficiência já podem ajudar a favorecer o quadro da vítima. A parte de ventilação
artificial deve entrar com auxílio de socorristas da área da saúde treinados e
qualificados para tal procedimento.

De acordo com a AHA, a ordem de prioridade é neste momento, C-A-B,


onde cuida-se primeiro das compressões, depois das vias aéreas e por último da
respiração.

Após a constatação de parada cardiorrespiratória, inicia-se a Ressuscitação


cardiopulmonar (RCP).

Para a realização de RCP em adultos e jovens:

1) Chame ajuda/ serviços de urgência e emergência

2) Para as compressões torácicas externas, a vítima deve estar deitada de costas,


sobre superfície firme e plana.

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3) Ajoelhe-se perto dos ombros da vítima, a distância entre seus joelhos deve ser a
mesma que entre seus ombros.

4) As mãos devem ficar sobre a extremidade inferior do esterno. Para esta posição,
trace uma linha imaginária entre os mamilos, o ponto médio localiza-se no exato
local que sua mão deverá posicionar-se para as compressões torácicas.

5) Coloque o “calcanhar da mão” no esterno com a outra mão por cima, com os
dedos de ambas as mãos apontando na direção oposta à sua. Entrelace os dedos
ou estenda-os, mantendo-os afastados do tórax da vítima.

6) Mantenha os cotovelos estendidos e use a alavanca do tronco para realizar as


compressões no osso esterno.

De acordo com as novas diretrizes da AHA, é importante que durante a massagem


cardíaca:

 Compressões 30:2 (mas para leigos usa-se somente os ciclos de 30


compressões que vão gerar aproximadamente 100 movimentos por minuto)
 Permitir o retorno do tórax após a compressão

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 Frequência de 100 a 120 movimentos por minuto


 Cuidar com as interrupções entre as massagens
 A profundidade das compressões deve ser de 5 cm nos adultos.

Na massagem cardíaca para jovens e crianças, devem ser observadas as


seguintes particularidades:

 PROFUNDIDADE: no mínimo 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax –


cerca de 2 polegadas (5cm)

 POSICIONAMENTO DA MÃO: 2 mãos ou 1 mão (OPCIONAL para crianças


muito pequenas) sobre a metade inferior do osso esterno

 FREQUÊNCIA: 100 a 120 compressões por minuto

Na massagem cardíaca para bebês até 1 ano, devem ser observadas as seguintes
particularidades:

 PROFUNDIDADE: no mínimo 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax –


cerca de 1,5 polegadas (4cm)

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 POSICIONAMENTO DA MÃO: dois dedos no centro do tórax, logo abaixo da


linha mamilar OU dois polegares no centro do tórax, logo abaixo da linha
mamilar

 FREQUÊNCIA: 100 a 120 compressões por minuto

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03 Primeiros Socorros - Emergências Clínicas - Parte I. Primeiros Socorros: Emergencias Clínicas 1

PRIMEIROS SOCORROS: EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 1


ASFIXIA – ENGASGAMENTO – AFOGAMENTO – EXPOSIÇÃO AO CALOR E FRIO – DESMAIO –
CRISE CONVULSIVA – CRISE DE HIPOGLICEMIA – CRISE DE ASMA - ALCOOLISMO
Professor: Thaise Novaes Glaser
Fisioterapeuta Ergonomista e Socorrista

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EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 1

1. ASFIXIA (SUFOCAÇÃO)

A sufocação pode vir a acontecer quando se falta ar para os pulmões devido


a algum bloqueio nas vias respiratórias. Basicamente é a obstrução das vias
aéreas, e pode ter várias causas. Em crianças, sufocação é a causa mais comum
de óbitos de 0 a 1 ano de idade. Devido às suas consequências que impedem que
o ar chegue aos pulmões e alvéolos, a sufocação é chamada também de asfixia.

Quando o organismo funciona normalmente, o tempo todo acontecem trocas


gasosas, onde através da ventilação, o corpo pega o oxigênio do ambiente e
elimina o gás carbônico. Essa troca do oxigênio pelo gás carbônico acontece
dentro dos alvéolos pulmonares. Nos casos de asfixia (ou sufocação)
esta síndrome causada pela insuficiência de oxigenação do organismo, quando
acontece por tempo prolongado, pode levar à morte do indivíduo devido a
insuficiência ou ausência de oxigenação.

Sufocamento: s.f. Ato ou efeito de sufocar; dificuldade ou perda da


respiração; sufocamento, asfixia, estrangulamento. (Dicionálio Online de
Português, 2015)

Esta privação de oxigênio pode acontecer de forma completa ou incompleta,


rápida ou lenta, externa ou interna e pode ter como causa tanto a falta de oxigênio
no ambiente (ambientes pequenos ou fechados sem oxigênio, por exemplo) como
por obstrução mecânica das vias respiratórias (nos casos de engasgamento, por
exemplo) ou por impossibilidade de realizar a inspiração ou a expiração (casos de
alergias ou edema de glote, por exemplo).

2. ENGASGAMENTO

Na definição da medicina, o engasgo é também denominado de obstrução


de vias áereas por corpo estranho (e definido pela sigla OVACE), sendo

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caracterizado pelo bloqueio parcial ou completo das vias aéreas que impede a
ventilação /respiração normal do indivíduo.

O engasgo é considerado uma emergência médica, pois em casos severos,


pode levar a pessoa à morte por asfixia ou deixá-la inconsciente por um tempo. É
muito importante, que nestas situações o socorro venha a agir de forma rápida e
precisa para evitar complicações.

A deglutição é o processo de condução dos alimentos, líquidos e a saliva da


boca para o esôfago, até chegar ao estômago. Popularmente é chamada do ato de
“engolir”. As fases da deglutição são chamadas de fase oral (fase voluntária),
faríngea (fase reflexa) e esofágica (após contração do esfíncter esofágico).

A cavidade oral, a orofaringe e a hipofaringe são passagens comuns tanto


do aparelho digestório quanto do aparelho respiratório. Durante a inspiração e
expiração, a epiglote se eleva abrindo a laringe para a passagem de ar, enquanto
que, durante a deglutição a epiglote se abaixa e fecha a laringe, direcionando os
alimentos para o esôfago. É exatamente nestes momentos da deglutição que
acontecem muitos casos de engasgamento e consequentemente, asfixia.

Entre as principais causas de engasgamento, citam-se as comidas, líquidos


(especialmente leite para os bebês) e pequenos objetos. Após o engasgamento, a
vítima pode apresentar alguns sinais e sintomas característicos da asfixia
(insuficiência da respiração).

Nos bebês engasgados pode ser observado dificuldade para respirar, choro
fraco, tosse fraca e cianose (coloração azulada ou roxa). Já nas crianças maiores,
jovens e adultos engasgados, pode ser observado um ataque de tosse, sinais de
pânico (agitando as mãos), não consegue falar e principalmente, agarra-se à
garganta (sinal universal de engasgo).

Manobras de desobstrução

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Os primeiros socorros em caso de engasgamento devem ser iniciados o


mais rápido possível, para tentar desobstruir as vias aéreas e permitir que a vítima
volte a ter uma ventilação normal, evitando as complicações da asfixia.

(Acervo pessoal)

É imprescindível que seja chamado ajuda através dos serviços de urgência e


emergência. Mesmo que as manobras ajudem na desobstrução, os serviços
necessários devem ser acionados para que a vítima passe por um atendimento e
avaliação. E se por algum motivo o quadro da vítima piorar, sabe-se que os
serviços especializados estão a caminho e podem chegar a qualquer momento
para assumir a situação e garantir a sobrevida da vítima.

Imediatamente após a identificação e observação dos fatores relacionados


ao engasgamento, deve-se saber que as primeiras medidas a serem tomadas
envolvem manobras de desobstrução de vias aéreas. A manobra utilizada para
vítimas conscientes ou inconscientes chama-se Heimlich, e é aplicada de forma
diferenciada para Adultos, crianças, bebês, gestantes e pessoas obesas.

Para desobstruir vias aéreas de Adultos, jovens e crianças:

1) Posicione-se por trás da vítima

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2) Junte suas mãos em volta da cintura da vítima. Feche uma das mãos e
posicione-a de forma central logo abaixo das costelas.
3) Faça compressões de baixo para cima, inclinando também o tronco da
vítima para tentar eliminar o objeto de obstrução

(SBP,2015)

Para desobstruir vias aéreas de bebês (aproximadamente até 1 ano de idade):

1) Vire o bebê de costas para você, incline a cabeça dele um pouco para
baixo e sempre apoiando na sua coxa
2) Bata entre as escápulas utilizando a parte do “calcanhar” da mão.
Realize este ato por 5 vezes para desobstruir as vias aéreas.
3) Caso o bebê permaneça engasgado, vire a criança de frente para você e
realize 5 compressões torácicas utilizando 2 dedos.

(
educaçãoprénatal, 2015)

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Estas manobras de desobstrução devem ser realizadas constantemente, até


que a vítima desengasgue, ou até que ela evolua para parada respiratória ou até
mesmo cardiorrespiratória. Se houver inconsciência e ausência de pulso
(batimentos cardíacos), devem ser iniciados os primeiros socorros focando na
ressuscitação cardiopulmonar (massagem cardíaca realizada por leigos).

3. EXPOSIÇÃO AO CALOR E FRIO

A hipotermia é uma perigosa queda na temperatura do corpo. É mais


comum no Inverno devido à exposição excessiva a temperatura fria. Outras causas
incluem medicamentos, trauma, diabetes, ou abuso de drogas.
Os sintomas incluem tremores, respiração superficial, perda de memória,
cansaço, pulso fraco, baixo consumo de energia e muito mais

Hipotermia na maioria das vezes ocorre devido a exposição prolongada ao


frio. Roupa inadequada para as condições podem não proporcionar isolamento
suficiente para o corpo para evitar a perda de calor. Imersão em água acelera
hipotermia, e apenas a poucos minutos em água fria pode ser fatal.
O corpo mantém uma temperatura relativamente estável em que a produção
de calor é em relação a perda de calor. Normalmente, a temperatura central do
corpo (quando medida retalmente) é 98,6 graus F ou 37 ° C. Quando o ambiente
exterior fica muito frio ou de produção de calor do corpo diminui, ocorre a
hipotermia (hipo = menos hipotermia + = temperatura).Hipotermia é definida
como com uma temperatura corporal inferior a 95 º C ou 35 º C.

A temperatura do corpo é controlada na parte do cérebro chamada


hipotálamo , que é responsável pelo reconhecimento das alterações na
temperatura do corpo e de responder apropriadamente. O corpo produz calor
através das metabólicas processos nas células que suportam funções vitais do
corpo. A maior parte do calor é perdido na superfície da pele, por convecção,
condução, radiação e evaporação. Se o ambiente fica mais frio, o corpo pode ter de
gerar mais calor por tremores (aumento da atividade do músculo que promove a

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formação de calor). Mas, se a perda de calor é maior do que a capacidade do


corpo para fazer mais, em seguida, a temperatura central do corpo vai cair.

À medida que a temperatura desce, o corpo desvia sangue para fora da pele
e a exposição aos elementos. O fluxo sanguíneo é aumentado para os órgãos
vitais do corpo, incluindo o coração , pulmões , rins e cérebro. O coração eo
cérebro são mais sensíveis ao frio, ea atividade elétrica nesses órgãos diminui em
resposta ao frio. Se a temperatura do corpo continua a diminuir, os órgãos
começam a falhar, e eventualmente a morte ocorrerá.

O cuidado com o paciente com hipotermia começa quando a pessoa for


encontrada.

Primeiros socorros em hipertermia:

O paciente deve ser retirado do meio frio e colocado num abrigo quente
longe do vento. Roupa molhada deve ser removido e substituído por uma cobertura
quente, seco, incluindo cobertura para a cabeça.

Serviços médicos de emergência deve ser ativado (ligue para o 911 se


disponível) o mais breve possível.

A respiração do paciente deve ser monitorado e, se ela se torna


perigosamente lento ou pára, CPR deve ser iniciado.

Manuseio brusco ou espasmos do paciente deve ser minimizado se a


pessoa está letárgica ou inconsciente. Isto pode causar um coração irritável de
desenvolver alterações eléctricas, tais como fibrilação ventricular.

O reaquecimento deve ser iniciado pela aplicação de compressas quentes


ao peito , pescoço e virilha. A água quente não deve ser utilizado. Uma vez que
podem ser associados queimaduras , fogo direto não deve ser aplicada ao corpo.
Em vez disso, cobertores quentes e corpo para o contato do corpo pode ser
necessária como medida de primeiros socorros.

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A gravidade da hipotermia e estado mental do paciente e a capacidade de


funcionar irá determinar o que é necessário tratamento adicional. Reaquecimento
passivo com roupas quentes em um ambiente quente pode ser tudo o que é
necessário para uma pessoa consciente que está tremendo.

A hipertermia, que é a elevação da temperatura do corpo, ocorre quando


o organismo produz ou absorve mais calor do que consegue dissipar. Constitui
uma emergência médica que requer tratamento imediato para evitar complicações,
inclusive a morte.
A hipertermia difere da febre no fato de que nela o mecanismo de ajuste da
temperatura do corpo permanece inalterado, ao contrário do que ocorre na febre. A
temperatura humana normal, medida nas axilas, é de 36,5° C. Temperaturas
corporais mais altas, mas inferiores a 40 °C em geral não representam risco de
morte. Em casos em que a temperatura corporal eleva-se a patamares superiores a
40 °C, podem-se detectar convulsões e se a temperatura exceder 43 °C, o quadro
pode levar à morte.

4. AFOGAMENTO

Texto por: Manual do Curso de Emergências Aquáticas Sociedade Brasileira de


Salvamento Aquático – Dr David Szpilman

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DEFINIÇÃO DE AFOGAMENTO:
É a aspiração de líquido causada por submersão ou imersão. O termo aspiração
refere-se à entrada de líquido nas vias aéreas (traquéia, brônquios ou pulmões), e
não deve ser confundido com ―engolir água‖.

MECANISMOS DA LESÃO NO AFOGAMENTO

No afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas


vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) - gás carbônico (CO2) de duas
formas principais:
1. Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de
líquido, nos casos de submersão súbita e/ou;
2. Pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos. Estes dois mecanismos de
lesão provocam a diminuição ou abolição da passagem do O2 para a circulação e
do CO2 para o meio externo, e serão maiores ou menores de acordo com a
quantidade e a velocidade em que o líquido foi aspirado.
Se o quadro de afogamento não for interrompido, esta redução de oxigênio levará a
parada respiratória que conseqüentemente em segundos ou poucos minutos
provocará a parada cardíaca. Há alguns anos, pensava-se que os diferentes tipos
de água produziam quadros de afogamento diferentes. Hoje, sabemos que os
afogamentos de água doce, mar ou salobra não necessitam de qualquer
tratamento diferenciado entre si e possuem o memos prognóstico.

O SUPORTE BÁSICO DE VIDA DENTRO DA ÁGUA

Em vítimas inconscientes, a checagem da ventilação e se necessário a


realização do bocaa-boca ainda dentro da água, aumenta a sobrevida sem
seqüelas em 3 vezes. O socorrista deve saber realizar os primeiros socorros ainda
dentro da água. Com a estimativa de que o tempo de retorno à área seca pode ser
de 3 a 10 vezes maior do que o tempo para atingir a vítima, o conhecimento técnico
do suporte básico de vida ainda dentro da água, encurta o tempo de hipoxemia
(baixa do oxigênio no sangue) restaurando mais precocemente a ventilação e a

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oxigenação desta vítima. A preciosa economia destes minutos pode ser a diferença
entre a vida e a morte do afogado.
****As diretrizes em suporte básico de vida da American Heart Association
devem ser consideradas para socorristas leigos e não leigos

5. DESMAIO

Desmaio
O desmaio é conhecido no meio médico como síncope, sendo caracterizado
por qualquer tipo de perda de consciência de curta duração, que não precise de
manobras de reanimação específicas. No desmaio, ocorre uma diminuição da
atividade cerebral, que é basicamente a causa deste acontecimento.
Existem diferentes tipos de causas que geram o desmaio ou síncope. A
síncope vasogênica é a mais comum e frequente, tendo como característica a
queda brusca da pressão arterial, podendo ser causada por fatores emocionais,
dores, esforços físicos, calor excessivo etc. Este tipo de síncope normalmente
ocorre quando a pessoa está em pé. Os sinais e sintomas incluem palidez, frio,
tontura, visão embaraçada e a súbita perda de consciência.
O atendimento imediato envolve manter a vítima deitada, se possível com a
cabeça mais baixa do que o corpo. Os membros inferiores podem ser elevados por
aproximadamente 20 cm. O local em que a vítima se encontra deve estar fresco e
ventilado. As roupas que forem apertadas podem ser afrouxadas. Não precisa dar
nada para comer ou beber para a vítima. Quando a vítima se recuperar, é
importante mantê-la deitada ainda por alguns instantes e informar-se sobre sua
história para que as informações possam ser repassadas ao médico.

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(http://cdn1.mundodastribos.com/506993-Como-acordar-uma-pessoa-desmaiada0101.jpg)

6. CRISE CONVULSIVA

Convulsões
A convulsão é basicamente uma desordem cerebral. Por um breve período
de tempo o cérebro deixa de funcionar de forma normal e passa a enviar estímulos
desordenados para todo o corpo, iniciando assim as crises convulsivas.
As causas das convulsões podem ser diversas. Nas crianças, por exemplo,
elas são mais comuns, por uma maior vulnerabilidade de se adquirir infecções do
sistema nervoso central como a meningite, por exemplo. As doenças como
sarampo, varicela e caxumba podem ter a convulsão como complicação, além das
convulsões causadas por trauma crânio encefálico decorrentes de quedas ou
outros tipos de acidentes.
Para os adultos, além das convulsões geradas por traumatismos cranianos,
é comum ter como causa o uso abusivo de drogas e de bebidas alcoólicas,
infecções, parasitoses e tumores cerebrais.
O termo epilepsia é utilizado quando a vítima apresenta crises convulsivas
repetidas ao longo de sua vida.
Quando uma crise convulsiva está iniciando, a vítima dá um grito e em
seguida tem a perda súbita de consciência e enrijecimento da musculatura do
corpo com movimentos tipo abalos dos membros, cabeça e face.
Durante uma crise a vítima pode se ferir caso tenha sofrido uma queda,
podendo ainda, morder a língua ou ter perda de urina. Em média uma convulsão
dura de 3 a 5 minutos e, após este período, a vítima fica inconsciente por um

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tempo e pode apresentar vomito, confusão mental e dor de cabeça quando a


consciência vai sendo retomada.
O tratamento imediato envolve acalmar a vítima, afrouxar roupas que
estejam apertadas (colarinho, gravata), deixando o pescoço livre. Após a crise, a
vítima vai retomando a consciência sozinha. Este processo não deve ser acelerado
tentando dar água para vitima beber ou tentando fazê-la voltar a si de qualquer
outra forma. Durante a crise apenas devem ser retirados os objetos que possam
machucar a vítima e proteger sua cabeça. A vítima nunca deve ser segurada para
tentar mantê-la quieta ou cessar a crise. Após a crise, a abordagem inicial é feita
normalmente, acompanhando os sinais vitais da vítima.

7. CRISE DE HIPOGLICEMIA

Hipoglicemia é o termo médico usado quando há uma redução dos níveis de


glicose (açúcar) no sangue. Como a glicose é a principal fonte de energia do
organismo, a ocorrência de hipoglicemia produz sinais e sintomas típicos, tais
como fraqueza, suores, tremores e outros, que só desaparecem se o nível
sanguíneo de glicose for corrigido.

Embora a maioria dos casos de hipoglicemia ocorra como efeito colateral do


tratamento do diabetes, ela também pode surgir em pacientes não diabéticos.

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Entre os sinais e sintomas mais comuns, podemos citar:

– Suores.
– Tremores.
– Nervosismo.
– Calor.
– Fome.
– Taquicardia (coração acelerado).
– Dormência nos lábios ou membros.
– Dor de cabeça.

Nos pacientes conscientes e com sintomas leves, a hipoglicemia pode ser


facilmente revertida com a ingestão de 15 a 20 gramas de glicose. Esta quantidade
pode ser obtida através de um copo de suco ou refrigerante não dietético, 1 colher
de sopa de mel ou açúcar, uma fatia de torrada, 4 bolachas, ou uma porção de
qualquer alimento rico em carboidratos. Já existem à venda pastilhas especiais
para diabetes, contendo cerca de 5 gramas de glicose cada. Os pacientes
diabéticos em uso de insulina são orientados a ter essas pastilhas sempre à mão
para casos de hipoglicemia que surjam ao longo do dia.

É importante frisar que, quando surgir uma hipoglicemia, não adianta comer
exageradamente, pois isso, além de não corrigir mais rapidamente a glicemia,
ainda pode levar a um quadro de hiperglicemia. O certo é ingerir 15 a 20 gramas de
glicose e esperar 15 minutos. Se a hipoglicemia persistir, uma nova dose de glicose
pode ser ingerida. Se após 3 doses a hipoglicemia não ceder, o paciente deve
procurar atendimento médico. O indivíduo com hipoglicemia não deve, em hipótese
nenhuma, conduzir veículos. Alguém precisa levá-lo ao hospital.

8. CRISE DE ASMA

Durante uma crise de asma surgem sintomas preocupantes, como lábios


roxos, chiado no peito e intensa dificuldade para respirar. Dessa forma, a pessoa
que está sofrendo a crise pode ficar muito preocupada, agravando os sintomas.

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Assim, para fazer os primeiros socorros adequados nestes casos é


recomendado que:
1. Acalme a pessoa que está com a crise de asma e ajude-a a sentar-
se numa posição confortável;
2. Peça para que a pessoa se incline ligeiramente para a frente,
colocando os cotovelos repousados nas costas de uma cadeira, se possível,
para facilitar a respiração;
3. Verifique se a pessoa possui algum remédio para asma, ou
bombinha, e dê-lhe o medicamento;
4. Chame uma ambulância rapidamente, caso a pessoa deixe de
respirar ou não possua uma bombinha por perto.
Nos casos em que não existe uma bombinha de asma por perto, é
aconselhado ficar parado na mesma posição até à chegada da ajuda médica, para
que o corpo não gaste rapidamente o pouco oxigênio que está entrando nos
pulmões.

9. ALCOOLISMO

O álcool só entra em contato com a corrente sanguínea Eentre 15 e 60 min


após ser ingerido. É ao chegar ao intestino delgado que ele é enviado para o
sangue e através dele é distribuído nos tecidos corporais que possuem a mais
alta concentração de água. Dentre esses tecidos estão o cérebro, o fígado, o
coração e os rins.

Por isso algumas bebidas causam incontinência urinária. O fígado absorve


90% do álcool tentando elimina-lo. O problema é que a cada uma hora, o fígado
elimina a quantidade de álcool equivalente a uma lata de cerveja. Muito pouco
quando a pessoa está bebendo de forma contínua. Ao chegar ao cérebro, a
bebida começa a afetar o sistema nervoso, e aí inicia o processo do coma
alcoólico.

O álcool que chega ao cérebro estimula os neurônios a liberarem uma


dose extra de serotonina, o hormônio neurotransmissor que leva entre as
células as sensações de prazer e regula o humor e a ansiedade. É por isso

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Primeiros Socorros: Emergencias Clínicas 1

que, quando começam a beber, as pessoas costumam ficar mais alegres,


animadas e desinibidas.

O problema é quando a pessoa continua bebendo. Nesses casos, outros


neurotransmissores começam a ser afetados e, como consequência, outros
sentidos também. A partir desse ponto, o coma alcoólico é uma questão de
tempo se a pessoa não parar de beber. Cada vez os neurônios trabalharão
menos, ela perderá a sensibilidade corporal e a capacidade de discernimento.
Com os neurônios funcionando em baixíssima velocidade, a pessoa entra em
um estado de sonolência, e depois vem a inconsciência - e o coma.

O primeiro passo para socorrer uma vítima do coma alcoólico é chamar o


serviço de emergência. Só eles têm a formação, as instruções e o equipamento
necessário para cuidar corretamente da pessoa.
Transporte a vítima para um local aberto e arejado, onde não haja aglomeração
de pessoas. Monitore seus sinais vitais, para garantir que nada de mais grave
tenha acontecido. Controle a respiração, os batimentos cardíacos e a
temperatura corporal.
Vire a pessoa de lado. Assim, mesmo que ela vomite ou convulsione, não se
engasgará. Mantenha a vítima aquecida com casacos e cobertores.

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04 Primeiros Socorros - Emergências Clínicas - Parte II. Primeiros Socorros: Emergencias Clínicas 2

PRIMEIROS SOCORROS: EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 2


CHOQUE ELÉTRICO- ENVENENAMENTOS E INTOXICAÇÕES- ATAQUE DE ANIMAIS (PICADAS
E MORDIDAS)- ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS-TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Professor: Thaise Novaes Glaser
Fisioterapeuta Ergonomista e Socorrista

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Primeiros Socorros: Emergencias Clínicas 2

EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 2

1. CHOQUE ELÉTRICO

A corrente elétrica pode fluir entre dois pontos quando existe uma diferença
de potencial elétrico (voltagem ou tensão), onde um deles está mais carregado de
energia elétrica do que o outro. Quando a corrente elétrica passa por materiais
condutores, ela flui com maior facilidade no caminho em que se completa o circuito.
Esta corrente pode ser interrompida quando um material não condutor (isolante)
afeta este fluxo.
Os condutores da eletricidade são a água, a maioria dos metais e os seres
vivos. Nos seres vivos a condutividade pode variar de tecido para tecido e quanto
maior o teor de água tecidual, maior o fluxo de eletricidade. Portanto, a
condutividade é maior no sangue, nos músculos e nervos do que nos ossos e na
pele.
Os isolantes de eletricidade são o ar seco, a madeira seca e os plásticos. A
terra sempre possui carga elétrica nula em relação a qualquer fonte de energia
elétrica funcionando, portanto, como um grande receptor de energia elétrica. As
fontes de eletricidade tendem a se descarregar na terra. Já, a terra molhada, acaba
funcionando como um condutor.
Quando acontece uma morte devido à descarga elétrica acidental,
chamamos de eletroplessão. Já a palavra eletrocussão se refere ao ato de matar
alguém intencionalmente por meio de choque elétrico.
Os efeitos que a corrente elétrica pode trazer sobre o organismo variam
conforme alguns fatores como a condutividade, a intensidade da corrente, o circuito
percorrido pelo corpo e a duração desta corrente.
A corrente elétrica sobre o organismo pode causar queimaduras (na entrada
e saída da corrente e também em todo o trajeto que ela percorre provocando
necrose dos tecidos), fibrilação ventricular (por lesão cardíaca direta), parada
cardiorrespiratória (por lesão nos centros vitais do bulbo do tronco enc efálico) e até
fraturas (quando o choque gera espasmos musculares severos, quedas ou
colisões).

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No atendimento é importante que a vítima não seja tocada enquanto o circuito


não tiver sido interrompido. A chave geral dos ambientes domiciliares e industriais
deve ser desligada. A abordagem inicial deve ser realizada e a ajuda especializada
deve ser acionada. O socorrista deve estar atento aos sinais vitais da vítima e à
possível necessidade de se fazer massagem cardíaca para os casos de ausência
de pulso carotídeo.

2. ENVENENAMENTOS E INTOXICAÇÕES

Na maioria das vezes o envenenamento tem causa acidental, mas também


pode ser usado como tentativa de suicídio e causa diversos danos ao organismo.
Quando uma pessoa é vítima de envenenamento, é importante que se identifique o
tipo de substância para que o tratamento seja realizado de forma correta. Não
existem muitos antídotos específicos para cada tipo de envenenamento, e por isso
é tão importante conhecer as substancias envolvidas.

Os venenos podem chegar ao organismo de várias formas. Podem ser


ingeridos (como nos casos de medicamentos, derivados do petróleo, substancias
químicas industriais, agrotóxicos, alimentos contaminados etc.); inalados (no caso
de gases e poeiras tóxicas); absorvidos (inseticidas, agrotóxicos, substancias
químicas que penetrem pela pele ou pelas mucosas) ou injetados (drogas
injetadas com seringa/agulha, picadas de aranha ou escorpião).

Quando o atendimento ao envenenado iniciar, é importante garantir a


segurança do socorrista e da vítima, procurando identificar a via de administração e
o veneno em questão. Após a realização da abordagem inicial ou primária, a vítima
deve ser removida do fator de risco imediatamente para reduzir a exposição ao
veneno.

Para as vítimas que se encontram conscientes e alertas após a ingestão do


veneno, pode ser dado de 3 a 4 copos de água para beber e tentar diluir o veneno.
Para alguns casos específicos, se a ingestão ocorreu há menos de 4 horas, pode
ser induzido o vômito. Esta indução não pode ser realizada para os casos de

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envenenamento por derivados do petróleo (gasolina, querosene), por substâncias


corrosivas e também quando a vítima está sonolenta ou inconsciente.

Usa-se muito o xarope de ipeca que é bastante eficaz para a indução do vômito,
embora não deva ser utilizado em pessoas cardiopatas, crianças menores de 2
anos e gestantes. O transporte desta vítima deve ser feito em decúbito lateral, para
que não tenha risco de aspirar o vômito se este vier a acontecer durante o
transporte.

O socorrista deve estar atento às evoluções dos diferentes quadros que podem
ser apresentados por uma vítima de envenenamento. Olhando sempre as vias
aéreas, a respiração, a frequência cardíaca, a temperatura e estando preparado
para os casos mais graves em que é necessário iniciar a ressuscitação
cardiopulmonar.

3. ATAQUE DE ANIMAIS

Animais raivosos

As doenças mais comuns que podem ser transmitidas pelo cães e gatos
são o tétano e a raiva. As mordidas dos gatos são ainda, as mais propensas de se
adquirir infecções. Há outros mamíferos raivosos como ratos e macacos que
também podem provocar infecções.

O mais importante no tratamento imediato às mordidas de animais, é buscar


que o risco de complicações infecciosas seja reduzido.

Comumente os cães e gatos quando atacam, mordem os braços, pernas e


rostos das pessoas.

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(http://www.melhoramiga.com.br/wp-content/uploads/2012/08/cachorro-raivoso.jpg)

A principal forma de cuidado com estes ataques e mordidas de cães e gatos,


é a prevenção. Os animais domésticos devem estar com as vacinas em dia, sendo
levados para passear na coleira. Quando não se conhece o cão ou gato, é melhor
que não fique mexendo com o animal ou acariciando o animal desconhecido,
principalmente quando há crianças envolvidas.

Raiva

Quando se trata de uma mordida de animal, sempre há uma maior


preocupação. A tão famosa e conhecida: Raiva. A raiva pode ser uma doença
silenciosa que ataca o organismo antes mesmo de os sinais externos aparecerem.
É uma doença viral que acomete diretamente o sistema nervoso.

A raiva pode acometer não somente os cães, mas diversos animais como
cavalos, morcegos e inclusive alguns animais peçonhentos. Porém, a classe mais
responsável pela transmissão da raiva em seres humanos ainda são os animais
domésticos. As vacinas são o principal fator, pois atuam diretamente na prevenção.

Os sintomas mais comuns e conhecidos da raiva nos animais domésticos


envolvem:
 Muita baba;

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 Saliva escorrendo pelos cantos da boca;


 Agressividade do animal;
 Medo de outros animais;
 Medo do dono;
 Paralisia de alguns músculos do rosto.

É importante lembrar que mesmo quando os animais não demonstram


quaisquer destes sintomas de raiva, ainda assim, eles podem estar
contaminados. Por precaução, tanto a pessoa que foi mordida, como o
animal devem ser observados por 10 dias.
Isso por que, raramente a raiva é transmitida para seres humanos. Mas
quando isso acontece, pode levar à morte devido á infecção.

Primeiros socorros

A área onde foi levada a mordida, deve ser muito bem lavada com água em
abundância e sabão imediatamente após a mordida. O soro fisiológico também
pode ser utilizado para realizar esta lavagem. Pode deixar a água escorrer na
região por alguns minutos.
Em caso de hemorragias associadas, estas podem ser estancadas com uso
de um pano esterilizado e limpo fazendo pressão sobre a área. Posteriormente o
membro afetado deve ser imobilizado e elevado. A vítima deve ser encaminhada
para um atendimento médico imediatamente, a fim de tentar reduzir os riscos de se
adquirir alguma doença.

Animais peçonhentos
Os animais peçonhentos são aqueles que produzem glândula de
veneno que se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões, por onde o
veneno passa ativamente e tem a possibilidade de injeta-lo em sua presa ou
predador. Ex: serpentes, aranhas, escorpiões e arraias.
Os animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não
possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões), provocando envenenamento
por contato (lagarta), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu).

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No Brasil, os principais animais peçonhentos causadores de acidentes


envolvem algumas espécies de serpentes, aranhas, escorpiões, larva da mariposa,
abelhas, formigas, vespas, besouros, lacraias, águas vivas, entre outros. Mesmo
com tanta diversidade de animais peçonhentos, existem aqueles que são de maior
interesse em saúde pública.
Aranha

(http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/animais-
peconhentos-aranha)

Araneísmo é o nome atribuído aos acidentes com aranhas. Quase todas


as aranhas, com exceção de duas famílias, produzem e armazenam secreção nas
suas glândulas de veneno.

A pesar de muito comuns, os acidentes causados por aranhas, em sua


maioria, não apresentam repercussão clínica.

Os gêneros de maior importância em saúde pública no Brasil são:

 Aranha-marrom:
o É a maior causadora de acidentes;
o Não é agressiva;
o Normalmente pica quando comprimida contra o corpo;
o Tem 1cm de corpo e até 3cm de comprimento total;
o Hábitos noturnos;

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o Constrói teia irregular como “algodão esfiapado”;


o Esconde-se em ambientes com pouca iluminação e movimentação.

o A lesão cutânea surge horas após a picada

o Apresenta eritema e edema, evoluindo com dor, equimose, palidez e


necrose.

o Mais raramente, pode haver hemólise intravascular e insuficiência


renal aguda.

o Tratamento é feito com os soros antiloxoscélico (SALox) ou o soro


antiaracnídico (Tityus, Phoneutria eLoxosceles - SAA).

 Aranha Armadeira;

o Muito agressiva;
o Assume posição de defesa saltando até 40 cm de distância;
o O corpo pode ter 4 cm, com 15 cm de envergadura;
o São aranhas caçadoras;
o Atividade noturna;

o Abriga-se sob troncos e folhas, vasos, entulhos, materiais para


construção etc.

o Os sintomas locais incluem dor imediata, edema discreto, parestesia e


sudorese, cujo tratamento é sintomático.

o O quadro sistêmico é raro, presente em crianças com idade inferior a


sete anos, com instabilidade hemodinâmica, edema pulmonar agudo
e choque.

o O tratamento envolve o soro antiaracnídico


(Tityus,Phoneutria e Loxosceles - SAA).

 Viúva-negra:

o Não é agressiva;

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o Pode ter 2 a 3cm;

o Tem atividade noturna;

o Faz teia irregular em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletas


de chuva ou sob pedras;

o É encontrada em ambientes sombreados;

o Os sintomas envolvem dor local imediata progressiva, sudorese,


hipertensão arterial, taquicardia, contraturas musculares, bradicardia
e choque;

o Não há soro específico disponível.

Os acidentes causados por outras aranhas também podem ser comuns,


porém sem relevância em saúde pública. Nem todos os casos de araneísmo
requerem soroterapia.

Primeiros socorros

Em casos de acidentes com aranhas, os primeiros socorros envolvem


lavar o local da picada com água e sabão. Não é recomendado fazer torniquete
ou garrote, furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida. As
aplicações de folhas, pó de café ou terra também não são indicadas para não
provocar infecções.

A vítima deve ser levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo


para que possa receber o tratamento adequado em tempo e para que seja
verificada a necessidade de administração de soro específico.

Escorpiões

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(http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/animais-
peconhentos-escorpioes)

O acidente com escorpião é chamado de escorpiônico ou escorpionismo,


sendo definido como o quadro de envenenamento provocado pela inoculação de
veneno através de aparelho inoculador (ferrão) dos escorpiões.

A melhor forma de se evitar o aparecimento de escorpiões é evitar o


acúmulo de detritos no terreno, principalmente aqueles que possam atrair baratas.

O crescimento desordenado das cidades muitas vezes não é acompanhado


por uma infraestrutura de saneamento, resultando em acúmulo de lixo e
proliferação de baratas. As baratas acabam atraindo escorpiões para dentro das
residências e indústrias, que procuram abrigo e alimentos.

Os escorpiões importantes no Brasil para a saúde pública são os


representantes do gênero Tityus, com várias espécies descritas, sendo as
principais:

 escorpião-amarelo;

 escorpião-marrom;

 escorpião-amarelo-do-nordeste;

 escorpião-preto-da-amazônia.

Quando uma pessoa leva picada de escorpião, esta picada pode gerar dor
local imediatamente e a intensidade da dor é variável, podendo irradiar até a raiz
dos membros. Ainda, alguns quadros neurológicos podem aparecer. Nas crianças
as manifestações dos sintomas podem ser um pouco mais graves, com náuseas,
vômitos, alteração na pressão, e até falta de ar.

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A dificuldade está em não existir exames laboratoriais específicos para a


confirmação do diagnóstico.
Primeiros socorros

Em casos de acidentes com escorpiões, os primeiros socorros


envolvem lavar o local da picada com água e sabão. Não é recomendado fazer
torniquete ou garrote, furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da
ferida. As aplicações de folhas, pó de café ou terra também não são indicadas para
não provocar infecções.

A vítima deve ser levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo


para que possa receber o tratamento adequado em tempo e para que seja
verificada a necessidade de administração de soro específico.

Serpentes

(http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/animais-
peconhentos-serpentes)

O quadro de envenenamento decorrente da inoculação de toxinas através


do aparelho inoculador (presas) de serpentes é chamado de acidente ofídico ou
ofidismo.

No Brasil, as serpentes peçonhentas de interesse em saúde pública são


representadas por quatro gêneros da Família Viperidae:

 Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, combóia)

o Causam a grande maioria dos acidentes ofídicos no Brasil

 Crotalus (cascavel)

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 Lachesis (surucucu-pico-de-jaca)

 Micrurus e Leptomicrurus(coral-verdadeira).

Nem toda picada leva ao envenenamento. O envenenamento por serpente


acontece quando ela consegue injetar o conteúdo de suas glândulas venenosas.

Há muitas espécies de serpentes que não possuem presas ou, quando


presentes, estão localizadas na porção posterior da boca, o que dificulta a injeção
de veneno ou toxina.

Os sinais e sintomas após o envenenamento ofídico dependem do tipo e


quantidade de veneno inoculado, uma vez que os efeitos podem ser locais ou
sistêmicos.

Para saber se uma serpente é peçonhenta, observam-se 3 aspectos:

 Presença de fosseta loreal (órgão termo-sensorial entre o olho e a


narina);

(http://images.slideplayer.com.br/2/355240/slides/slide_18.jpg)

 Presença de guizo ou chocalho no final da cauda;


 Presença de anéis coloridos (vermelho, preto, branco ou amarelo).

Algumas características também podem distinguir as serpentes venenosas, das


não venenosas:

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(http://files.trilhascaatinga.webnode.com.br/200012749-5f4ca5fca4/cobra-1.jpg)

Primeiros socorros

Quando se faz um atendimento imediato inadequado, podem ser gerados


fatores de risco e complicações, como no caso de uso de torniquete, incisão,
sucção, aplicar substancias na pele. Estas medidas não são indicadas.

O tempo decorrido entre acidente e a soroterapia é o fator prognóstico mais


importante e, em geral, correlaciona-se com a gravidade. O único tratamento
específico é o soro. Se possível, o animal deve ser levado com a vítima para o
hospital, para que a sorologia seja administrada de forma específica e
correta.

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No primeiro momento, o local da picada deve ser lavado com água e


sabão. A vítima deve ser mantida calma e imóvel. Pode ser oferecido água ou
chá para a vítima.

4. ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS

Catástrofes

A Organização Mundial de Saúde define catástrofe como um fenômeno


ecológico súbito de magnitude suficiente para que se necessite de ajuda externa.
Para o atendimento pré-hospitalar, catástrofe é uma situação em que as
necessidades de atendimento acabam excedendo os recursos materiais e
humanos disponíveis havendo, portanto, a necessidade de medidas extraordinárias
para se manter a qualidade mínima de atendimento.

Quando ocorrem as catástrofes existe um desequilíbrio entre os recursos


disponíveis e os prescindíveis para o atendimento, de modo que quanto maior for
esse desequilíbrio, mais sérias serão as consequências às vítimas do evento.

As catástrofes podem ser naturais, ou provocadas pelo homem. Como


exemplo de catástrofes naturais cita-se por exemplo, as enchentes.

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http://i0.statig.com.br/bancodeimagens/8m/88/eq/8m88equt01a2sf4kq30u72
7lu.jpg

Já, as catástrofes provocadas pelo homem envolvem acidentes com trens,


explosões, incêndios com materiais tóxicos ou radioativos, guerras etc

http://2.bp.blogspot.com/_cV_GK1FAro4/TSnvdnJQ4dI/AAAAAAAAAH8/JNR
RUrke0pE/s1600/DSC06022.JPG

Acidentes com Múltiplas Vítimas

Os acidentes que apresentam desequilíbrio entre os recursos disponíveis e


as necessidades para atendimento, e que, apesar disso, podem ser atendidos com
eficiência desde que se adote a doutrina operacional protocolada, são chamados
de acidentes com múltiplas vítimas. Este tipo de acidente é assim nomeado
quando envolve eventos súbitos com mais de 5 vítimas graves

Frequentemente os serviços de atendimento pré-hospitalar se deparam com


o atendimento a múltiplas vítimas e é um desafio devido a incapacidade dos
serviços para lidar com estes tipos de acidentes.

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Em um acidente com poucas vítimas, o melhor atendimento é oferecido para


a vítima mais grave. Nos acidentes com mais de 5 vítimas, este conceito é
substituído pelo melhor atendimento para o maior número possível de vítimas no
momento que elas mais precisam e no menor tempo possível. Para isso, 3
princípios básicos do atendimento são fundamentais: a triagem, o tratamento e o
transporte da vítima.

Em um primeiro momento, é delimitada a extensão do acidente,


estabelecendo o controle total do local. Isso é feito para que não ocorram novos
acidentes e para que o tratamento e transporte para o hospital mais próximo sejam
realizados de forma correta.

(medicina de
desastres)

Diante das dificuldades geradas pelo desequilíbrio momentâneo dos


recursos disponíveis, o atendimento prioriza empregar todos os esforços para o
maior número de vítimas. Neste sentido, é realizada uma triagem, que envolve o
atendimento classificando as vítimas em graus de prioridade.

Triagem

A triagem consiste numa avaliação rápida das condições clinicas das


vítimas para estabelecer prioridades de tratamento médico.

A triagem é uma tática que determina prioridades de ação que,


quando bem utilizada, determina sucesso na diminuição da mortalidade e

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morbidade das vítimas de acidentes coletivos. A triagem é dinâmica e


repetida, pois as vítimas podem evoluir para melhor ou pior estado de
saúde. A triagem consiste de ações simples e rápidas, gastando no máximo
de 60 a 90 segundos por vítima. Com a chegada do médico do SIATE ao
local, o profissional socorrista ou bombeiro repassa todo o histórico do
atendimento a ele, que assumirá a coordenação médica da situação, dando
continuidade à triagem e organização das demais ações de natureza
médica no local do sinistro, simultaneamente o Comandante da Área
desenvolverá as atividades gerenciais e o Coordenador Operacional
desenvolverá as atividades de salvamento. (Manual SIATE)

5. TRANSPORTE DE VÍTIMAS

START

A tática de triagem adotada pelo SIATE, obedece a técnica denominado START


(simples triagem e rápido tratamento) . É um método simples que envolve a
realização da avaliação da respiração, circulação e nível de consciência, dividindo
as vítimas em quatro prioridades e utiliza cartões coloridos (vermelho, amarelo,
verde e preto) para definir cada uma das prioridades.

(acervo pessoal,2010)

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De acordo com o Manual do SIATE, a Prioridade de Atendimento às Vítimas


obedece a seguinte ordem:

1) Cartão Vermelho - Vítimas que apresentam risco imediato de vida;


apresentam respiração somente após manobras de abertura de vias aéreas
ou a respiração está maior que 30 movimentos respiratórios por minuto;
necessitam de algum tratamento médico antes de um transporte rápido ao
hospital; necessitam ser transportadas rapidamente ao hospital para cirurgia.
São paciente com:
● Amputações.
● Lesões arteriais;
● Hemorragia Severa;
● Lesões por inalação;
● Queimaduras em face;
● Lesão de face e olhos;
● Lesões intra-abdominais;
● Insuficiência Respiratória;
● Pneumotórax Hipertensivo
● Lesões extensas de partes moles;
● Queimaduras de 2º grau maior que 20% a 40%, ou de 3º grau maior que
10 a 30%.

2) Cartão Amarelo - Vítimas que não apresentam risco de vida imediato;


necessitam de algum tipo de tratamento no local enquanto aguardam transporte ao
hospital. São os pacientes com:
● Fraturas;
● TCE leve, moderado;
● Queimaduras menores;
● Traumatismos abdominais e torácicos;
● Ferimentos com sangramento que necessitam suturas.

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3) Cartão Verde - Vítimas com capacidade para andar; não necessitam de


tratamento médico ou transporte imediato, possuem lesões sem risco de vida. São
os pacientes com:
● contusões;
● hematomas, escoriações e pequenos ferimentos.

4) Prioridade Preto - Vítimas em óbito ou que não tenham chance de


sobreviver; não respiram, mesmo após manobras simples de abertura da via aérea.
São os pacientes:
● em óbito;
● múltiplos traumas graves;
● queimaduras de 2 e 3 grau extensas.

(Sequência de atendimento da triagem - Manual do SIATE, p.7)

Após a triagem, as vítimas são encaminhadas para os locais com as cores


respectivas do resultado desta triagem para que sejam transportadas conforme o
grau de prioridade e recebam o tratamento adequado.

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(medicina de desastres)

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05 Primeiros Socorros - Ferimentos e Hemorragias. Prof. Thaise Novaes Glaser
Primeiros Socorros: Ferimentos e hemorragias

PRIMEIROS SOCORROS: FERIMENTOS E HEMORRAGIAS


FERIDAS; HEMORRAGIAS INTERNAS; HEMORRAGIAS EXTERNAS; TRAUMA POR ARMA BRANCA;
TRAUMA POR ARMA DE FOGO; TÉCNICAS DE CONTENÇÃO DE HEMORRAGIA; QUEIMADURAS;
AMPUTAÇÃO
Professor: Thaise Novaes Glaser
Fisioterapeuta Ergonomista e Socorrista

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Primeiros Socorros: Ferimentos e hemorragias

FERIMENTOS E HEMORRAGIAS

1. FERIMENTOS

Ferimento é qualquer tipo de lesão em tecido do corpo humano, como


consequência de um trauma. A pele é o maior órgão do corpo humano e é também
o órgão mais exposto para sofrer ferimentos, pois reveste toda a superfície externa
do organismo.
Quando se perde a integridade da pele, existe o risco de sangramento e
entrada para infecções. Uma vez que a pele é agredida, abre-se portas para
lesões de tecidos adjacentes como músculos, nervos e vasos sanguíneos.

Classificação dos Ferimentos

Os ferimentos podem ser classificados em fechados (chamados também de


contusão) e abertos.
Fechados
Os ferimentos fechados são aqueles em que aconteceu um trauma, mas não
houve o rompimento da integridade da pele. São exemplos de ferimentos fechados:
 Edema: quando a pele é elevada (inchaço) com alteração da sua coloração
na área do impacto.

 Hematoma: quando ocorre um extravasamento de sangue entre os tecidos


subcutâneos, com aumento de volume pela ruptura de vasos superficiais.

 Equimose: extravasamento de sangue no tecido subcutâneo, consequente à


ruptura dos capilares, mas sem aumento de volume. De um modo geral,
conforme o passar dos dias, verifica-se a alteração da coloração, indo do
vermelho violáceo nos primeiros dias, até a coloração verde e amarela, após
10 dias aproximadamente.

Abertos

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Primeiros Socorros: Ferimentos e hemorragias

Os ferimentos abertos são aqueles caracterizados pelo rompimento da


integridade da pele após o trauma recebido, expondo os tecidos internos e
geralmente acompanhados de sangramento externo.
Existem basicamente 2 fatores que favorecem um ferimento aberto. Pode ser
causado por um fator externo (quando a pele é atingida por um agente externo) ou
por um fator interno (quando a extremidade de um osso fraturado se desloca e
perfura a pele, rompendo-a).
Para cada tipo de ferimento, existe uma classificação caracterizada conforme
sua profundidade, complexidade, contaminação e a natureza do agente agressor,
conforme a tabela abaixo:
PROFUNDIDADE
SUPERFICIAIS: PROFUNDAS:
 Envolvem pele, tecido  Atingem estruturas profundas ou
subcutâneo e músculo. nobres como nervos, tendões,
vasos calibrosos, ossos e vísceras.

COMPLEXIDADE
SIMPLES: COMPLEXOS:
 Sem perda tecidual,  Há perda tecidual. Ex:
contaminação ou corpo estranho. esmagamentos, queimadura,
avulsão, implantação de corpo
estranho etc.

CONTAMINAÇÃO
LIMPO: CONTAMINADO:
 Sem presença de sujidade.  Presença de detritos, corpo
estranho etc.

NATUREZA DO AGENTE AGRESSOR


AGENTES FÍSICOS AGENTES QUÍMICOS:
 Mecânico, elétrico, irradiante,  Lesão por agentes químicos
térmico. (cáusticos e álcalis).

(Trauma- APH, 2007, p. 214)


Os ferimentos abertos são chamados também de feridas, e podem resultar
de traumas de alta ou baixa energia, conforme a superfície de contato do agente
mecânico causador da ferida.

Tipos de feridas (ferimentos abertos):

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Primeiros Socorros: Ferimentos e hemorragias

 Escoriações: são produzidas pelo atrito de uma superfície áspera e dura


contra a pele. Somente a pele é atingida e frequentemente apresenta
partículas de corpo estranho como cinza, graxa ou terra. A profundidade da
escoriação vai depender da pressão e aspereza da superfície.

 Feridas incisivas ou cortantes: são produzidas pela ação dos agentes


cortantes ou afiados que penetram na pele e produzem uma ferida linear,
com bordas regulares e pouco traumatizadas. Tipicamente são causadas
por objetos como: bisturi, faca, navalha, estilete etc. Os objetos não típicos
inseridos nesta classificação são: folha de papel, capim, linha etc.

 Feridas corto - contusas: são produzidas por objetos com superfície romba
(um instrumento cortante que não é muito afiado), que rompe a integridade
da pele, mas produz feridas com bordas irregulares e traumatizadas. Os
instrumentos característicos são: machado, facões sem fio, guilhotina, rodas
de trem etc.

 Feridas perfurantes: são produzidas por objetos geralmente finos e


pontiagudos, sendo capaz de perfurar a pele a os tecidos adjacentes,
produzindo lesão cutânea puntiforme ou linear de bordas regulares ou não.
Os objetos agressores que causam as feridas perfurantes são classificados
conforme seu calibre: agulha, espinho, alfinete, prego (pequeno calibre) ou
ferro de construção com ponta, picador de gelo (grande calibre). Estas
feridas ainda podem ser divididas em:

o Perfurocortante

o Perfurocontusa

 Ferimento por arma de fogo (hoje em dia chamado de trauma por arma de
fogo – TAF): são feridas perfurocontusas, podendo ou não ser penetrantes
e/ou transfixantes. Geralmente são graves. O grau de lesão no tecido vai
depender da energia com que é disparado o projétil. Possuem um orifício de
entrada, e podem ou não, ter um orifício de saída.

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Primeiros Socorros: Ferimentos e hemorragias

 Ferida penetrante: quando o agente mecânico ou objeto atinge uma


cavidade natural do organismo. Seu formato externo pode ser variável,
geralmente linear e puntiforme.

 Ferida transfixante: quando o agente mecânico ou objeto é capaz de


penetrar e atravessar os tecidos ou algum órgão em toda a sua extensão,
entrando por um lado e saindo pelo outro lado da superfície.

 Avulsão ou amputação: é a lesão na qual os membros ou partes dos


membros são arrancados ou cortados.

 Laceração: ocorre quando existe uma pressão ou tração sobre o tecido


causando lesões irregulares. Geralmente atinge planos mais profundos com
dilaceração dos tecidos.

 Esmagamento: produzido por grandes estruturas, com compressão e


distorção dos planos anatômicos. Existe destruição dos tecidos com
laceração de partes moles e fraturas ósseas.

Conduta frente aos ferimentos


Na “etapa C” da abordagem inicial ou avaliação inicial é que devem ser
tomadas atitudes frente aos ferimentos da vítima, em especial aqueles ferimentos
que são acompanhados de hemorragia importante.
Deve ser feita uma avaliação do ferimento, identificando-se a natureza da
agressão, a força do agente causador e a própria cinemática do trauma.
A maior preocupação em realizar um atendimento rápido junto aos
ferimentos, é evitar a contaminação que pode entrar através destes ferimentos, em
especial os que são abertos, onde há rompimento da integridade da pele.
Deve ser realizada a limpeza dos ferimentos para remoção dos corpos
estranhos livres e detritos utilizando gaze estéril embebida em soro fisiológico para
remoção delicada destes detritos. Papéis, guardanapos, lenços de papel e
algodões não são indicados, pois podem soltar fragmentos que se aderem à ferida
e podem causar infecção.
Objetos que estejam empalados (fincados ou presos) à vítima, nunca devem
ser removidos. Antes, devem ser imobilizados no local para que permaneçam fixos

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durante o transporte. Estes objetos somente podem ser removidos por equipe
médica especializada. Esta fixação pode ser feita com bandagem estéril.
Os sangramentos dos ferimentos devem ser controlados com compressão
(colocando-se gaze estéril sobre o ferimento após sua limpeza e prendendo com
bandagens ou ataduras) e com elevação do membro.

2. HEMORRAGIAS

Hemorragia é o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos a partir da


ruptura de suas paredes.
Uma situação hemorrágica deve ser tratada imediatamente, visto que a
hemorragia severa impede a distribuição de oxigênio aos tecidos em consequência
da perda de volume, o que coloca a vida da vítima em risco.

Classificação das hemorragias

As hemorragias podem ser divididas em internas e externas.


As hemorragias internas não são visíveis porque extravasam para o interior
do próprio corpo. Normalmente envolvem os órgãos intra-abdominais e ao expor a
vítima, pode ser visualizado edema acompanhado de mudança na coloração da
pele. Neste primeiro momento da abordagem inicial, não há muito o que o
socorrista possa fazer para tratar a hemorragia interna. Mas é indispensável sua
identificação, para que a vítima seja encaminhada o mais rápido possível para o
atendimento especializado.
As hemorragias externas são visíveis porque extravasam para o meio
ambiente. Existem 3 tipos de hemorragias externas a serem identificadas e
devidamente tratadas: hemorragia capilar, hemorragia venosa e hemorragia
arterial.
A hemorragia capilar é causada por escoriações que lesionam os capilares
logo abaixo da superfície da pele. A hemorragia capilar é facilmente controlada,
tende a cessar rapidamente, não representando grandes riscos.
A hemorragia venosa provém de rompimentos e lesões nas veias. Tem uma
coloração vermelho-escuro em fluxo continuo sob baixa pressão. Geralmente é

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controlada diante de uma pressão no local e não ameaça a vida da vítima, a não
ser que a lesão seja grave (veias de grosso calibre) ou que a hemorragia não
possa ser controlada.
A hemorragia arterial provém de rompimentos e lesões nas artérias. É a
hemorragia mais frequente e também mais perigosa e difícil de ser tratada. Sua
característica é um sangue vermelho vivo que sai em jato da ferida. Mesmo que
seja uma ferida pequena, quando a artéria está comprometida, sempre há chance
de ameaçar a vida da vítima.
Para determinar a gravidade de uma hemorragia, considera-se:
 Volume de sangue perdido;

 Calibre do vaso rompido;

 Tipo do vaso sanguíneo lesado;

 Velocidade da perda de sangue.

Controle das hemorragias


De maneira geral, as hemorragias externas podem ser controladas
principalmente ao se fazer uma pressão direta sobre o local de sangramento –
aplica-se uma pressão no local da hemorragia, com uma compressa estéril sobre a
lesão.
Posteriormente pode ser feita a elevação do membro – a ferida fica acima do
nível do coração e a gravidade ajuda a diminuir o fluxo de sangue para aquela
região.
Para diminuir também o fluxo sanguíneo para a região da lesão, pode ser feita
uma pressão no ponto de pulso (na artéria principal que leve sangue para a
região da hemorragia) e aplicação de gelo no local.
O tão conhecido método de torniquete somente deve ser usado em último
caso, quando todas as alternativas já foram tentadas e não resolveram a
hemorragia. O torniquete pode ser perigoso porque interrompe todo e qualquer
fluxo sanguíneo para a região. Portanto, as maiores indicações estão nos casos de
arrancamentos (amputações) dos membros.
Em resumo, os passos para controle das hemorragias são:
1) Pressão no local de sangramento;

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2) Elevação do membro;

3) Pressão no ponto de pulso;

4) Aplicação de gelo;

5) Torniquete (em ÚLTIMO caso), quando os passos anteriores não


controlaram a hemorragia.

3. AMPUTAÇÕES

Amputações/avulsões – controle da hemorragia

Os cuidados especiais estão nas amputações/avulsões. Os cuidados


requerem, além do controle dos sangramentos, todo o esforço necessário para
preservar a área amputada.

O controle do sangramento pode ser feito com pressão sobre o sangramento


com bandagem adequada ou torniquete (indicado somente para os casos
extremos, em amputações de membros maiores).

O cuidado com a parte arrancada do corpo (por exemplo, um dedo) envolve:


pegar o dedo amputado, envolver o dedo em gaze estéril embebida em soro
fisiológico, colocar em um saco plástico e posteriormente colocar em outro
recipiente que contenha gelo.

A função do gelo aqui, será manter a refrigeração, mas nunca a ponto de


provocar congelamento do membro! O membro amputado deve ser enviado junto
com a vítima para o hospital.

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4. QUEIMADURAS

Definição
As queimaduras são lesões muito frequentes que podem ser muito severas
e produzir grande sofrimento físico e psicológico, devido às sequelas que pode
deixar. Conforme o grau e extensão das queimaduras, o tratamento pode durar de
meses a anos, envolvendo enxertos e cirurgias de reparação. Pessoas de todas as
faixas etárias estão sujeitas a se envolver em acidentes com queimaduras, sendo
as crianças as vítimas mais frequentes.
A pele é o maior órgão do corpo humano, composta por 3 camadas
principais: derme (camada mais interna) e epiderme (mais externa) e hipoderme
(mais profunda) e uma de suas principais funções é revestir todo o organismo,
fazendo uma camada de proteção contra elementos ambientais. Neste sentido, a
pele funciona como uma barreira protetora contra agentes físicos, químicos e
biológicos.

(http://www.peleemdia.com.br/wp-content/uploads/2012/11/camadas.png)

A pele é responsável ainda, pela regulação da temperatura corporal,


realizada a partir da vasodilatação ou vasoconstrição dos vasos da derme e
através da sudorese também.

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As terminações nervosas da derme captam e transmitem informações da


temperatura ambiental para o sistema nervoso central, assim como as informações
táteis e os estímulos dolorosos.

Classificação
As queimaduras podem ser classificadas conforme sua causa,
profundidade, extensão corpórea queimada, localização da queimadura e sua
gravidade.
Em relação às causas de queimaduras, elas podem ser:
 Térmicas: São as causas mais comuns e geradas pelo calor. Os agentes
térmicos deste tipo de queimadura podem estar na forma de gases, líquidos
ou sólidos quentes;

(Acervo pessoal, 2010)

 Químicas: São queimaduras que podem ser bastante graves. Causadas por
tipos de ácidos e precisam de um atendimento imediato adequado para que
o manejo adequado evite o agravamento da queimadura.

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(http://hypescience.com/wp-content/uploads/2010/10/queimaduraquimica.jpg)

 Elétricas: As queimaduras elétricas fazem um trajeto de corrente elétrica


através do organismo.

(http://3.bp.blogspot.com/-
VBuxdzfRNGo/UzukbmpmCYI/AAAAAAAACx4/WR9XN4l3I54/s1600/54298.jpg)

 Radiação: As queimaduras mais comuns causadas pela radiação são


geradas por raios ultravioletas (UV), que são as queimaduras solares.
Geralmente estas queimaduras são superficiais e de pouca gravidade.

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(http://imguol.com/c/entretenimento/2013/12/26/album-perrengues-na-praia-com-criancas-
1388069415048_950x500.jpg)
As queimaduras (principalmente as térmicas) podem ser classificadas ainda,
conforme a profundidade da lesão. Esta classificação é importante inclusive para
dar um direcionamento ao tratamento imediato. As queimaduras, quanto à sua
profundidade, podem ser classificadas como:
 Primeiro grau: São superficiais e tem como exemplo as queimaduras
solares. Estas queimaduras atingem a epiderme. A pele fica vermelha e
quente, podendo apresentar algum edema. A dor pode ser leva até
moderada.
 Segundo grau: São queimaduras de espessura parcial e atingem a derme e
epiderme, produzindo uma dor severa. A pele fica vermelha com presença
de bolhas e as lesões têm a aparência de ser mais úmidas.
 Terceiro grau: são queimaduras de espessura total que atingem a espessura
da pele e chegam ao tecido subcutâneo. As lesões têm uma aparência seca,
esbranquiçada, com aspecto de couro. Podem ser também pretas, com
aspecto carbonizado. Estas queimaduras tem por característica a destruição
das terminações nervosas, e por isso, tendem a não ser dolorosas. No
entanto, as áreas ao redor da lesão de terceiro grau tendem a apresentar
também queimaduras menos profundas, de segundo grau, que podem ser
bem dolorosas.

(http://fuiacampar.com.br/public/img/post/a642339306639b25b9e05b2422bd8d3a.jpg)

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(http://3.bp.blogspot.com/-T5thyrdkrig/UcZVLtD9_QI/AAAAAAAAANw/hwAo1_iijbQ/s1600/grau-de-
queimadura-3.jpg)

Algumas literaturas trazem ainda, a classificação de um 4º grau de queimadura.


A queimadura de quarto grau acomete não somente as camadas da pele, mas
também o tecido adiposo, os músculos, os ossos e até mesmo os órgãos internos:

(Acervo pessoal, 2010)

GRAVIDADE DA QUEIMADURA E TRATAMENTO IMEDIATO – PARTE II

A área da superfície corporal queimada, ou extensão da queimadura, é


importante ser avaliada para que seja determinada a gravidade da lesão, e para
que o tratamento imediato seja direcionado da melhor forma. A determinação da
porcentagem de superfície corporal queimada pode ser feita com a chamada “regra
dos nove”, que calcula a extensão das queimaduras.
Nos adultos, cada membro superior corresponde a 9% da área da superfície
corporal; a parte ventral e dorsal do tronco corresponde a 18% cada; cada

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membro inferior a 18%; a cabeça a 9% e a área genital a 1%. As crianças


pequenas, abaixo dos 3 anos de idade, apresentam, proporcionalmente
uma cabeça maior do que a dos adultos; assim, a cabeça passa a
corresponder a 18% da área da superfície corporal e cada membro inferior a
13,5%. Para a avaliação de queimaduras menores, pode-se utilizar como
medida a palma da mão da vítima, que corresponde a aproximadamente 1%
da área da superfície corporal. (TRAUMA – Atendimento pré hospitalar,
2007, p.446-447)

(TRAUMA – atendimento pré hospitalar, 2007, p. 447)

As queimaduras podem ter sua gravidade variável conforme a localização


da lesão. Algumas áreas, como as mãos, a face, os pés e as genitais ou também
as queimaduras em vias aéreas, são consideradas mais críticas e graves.
EXTENSÃO DAS QUEIMADURAS
PARTES DO CORPO ADULTOS CRIANÇAS
CABEÇA 9% 18%
BRAÇO 18% 18%
TRONCO (FRENTE) 18% 18%
TRONCO (COSTAS) 18% 18%
GENITÁLIA 1% 1%
PERNAS 36% 27%
TOTAL 100% 100%
(TRAUMA – atendimento pré hospitalar, 2007, p. 447)

Tratando-se da gravidade, as queimaduras podem ser classificadas como


críticas, moderadas e leves. Existem alguns fatores a serem considerados para
determinar a gravidade das queimaduras:
 Profundidade da queimadura;

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 Extensão da superfície corporal queimada (pela regra dos nove);


 Quais áreas críticas estão envolvidas (mãos, pés, face, genitais, vias
respiratórias);
 Idade da vítima (as crianças e os idosos apresentam risco maior);
 Presença de lesão de vias aéreas;
 Presença de outros traumatismos associados;
 Pré-existência de doenças como diabetes, insuficiência renal etc.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GRAVIDADE


QUEIMADURAS CRÍTICAS
 Segundo grau, maiores que 25% da superfície corporal
 Terceiro grau, maiores que 10% da superfície corporal
 Terceiro grau, envolvendo face, mãos, pés, genitais e outras partes moles
 Queimaduras das vias aéreas ou lesão respiratória por inalação
 Queimaduras elétricas
 Vítimas idosas ou com doenças graves preexistentes
QUEIMADURAS MODERADAS
 Segundo grau, de 15% a 25% da superfície corporal
 Terceiro grau, de 2% a 10% da superfície corporal
QUEIMADURAS LEVES
 Segundo grau, menores que 15% da superfície corporal
(TRAUMA – atendimento pré hospitalar, 2007, p. 449)

Tratamento imediato ao queimado


Em primeiro lugar, deve estar garantida a segurança do socorrista e sua
equipe em ambientes hostis.
Na sequência, deve ser feita a interrupção do processo da queimadura,
extinguindo as chamas que estejam na roupa da vítima, removendo a vítima do
ambiente hostil e removendo as roupas que não estejam grudadas em seu corpo.
As etapas A, B, C, D e E são importantes no processo de atendimento ao
queimado, pois suas funções vitais devem ser constantemente avaliadas e
acompanhadas. Em relação aos cuidados com a área queimada, os curativos
devem ser realizados após se completar a abordagem inicial da vítima pelo A, B,
C,D e E.
Os curativos têm por objetivo diminuir a dor, a contaminação e evitar a perda
de calor. O curativo deve ser corretamente utilizado para auxiliar na diminuição das
dores severas. Em lesões pequenas podem ser utilizados curativos úmidos com
soro fisiológico frio.

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Primeiros Socorros: Ferimentos e hemorragias

Quando houver presença de bolhas, estas não devem ser rompidas ou


estouradas. Este procedimento deve ser realizado no hospital, por profissionais
experientes. Os curativos devem ser espessos e firmes, mas não apertados.
A presença de proteínas osmoticamente ativas no fluido contido no interior
das bolhas atrai mais líquidos para este espaço, levando ao crescimento da
lesão. A medida que a bolha cresce, pressiona o tecido lesionado leito da
ferida, aumentando a dor sentida pelo doente. Muitos pensam que a pele da
bolha age como um curativo e impede a contaminação do ferimento. Porém,
esta pele não é normal, e não pode atuar como barreira protetora. (PHTLS,
2011, p. 358)

Já as queimaduras de terceiro grau, não devem ser cobertas por curativos


úmidos porque são indolores. O uso de soro fisiológico é recomendado para evitar
a contaminação da ferida, mas na ausência, pode-se utilizar água limpa.
Nas queimaduras extensas, o uso de curativos úmidos pode levar à
hipotermia, porque a pele queimada perde a capacidade de auxiliar na regulação
da temperatura corporal e a vítima fica mais susceptível à perda de calor; quando
usados, não devem cobrir mais que 10% da superfície corporal.
Quando a queimadura tem uma extensão muito grande, o mais indicado
ainda é cobrir a vitima com lençóis limpos secos, em vez de se tentar realizar
grandes curativos. Na ocorrência de hemorragias associadas, usam-se curativos
compressivos habituais.
As queimaduras químicas têm algumas particularidades em seu tratamento.
Os agentes químicos penetram profundamente nos tecidos e o uso de compressas
umedecidas pode fazer o agente químico reagir, aquecer e queimar ainda mais a
região. Em casos de agentes líquidos, basta irrigar a região com água corrente em
abundância. Em casos de agentes em pó, estes podem ser removidos com pano
limpo e seco.

(http://www.velhosamigos.com.br/imagens/DicasSaudeBeleza/queimaduras.jpg)

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Primeiros Socorros: Ferimentos e hemorragias

Um cuidado importante a ser tomado com grandes queimados é a


hipotermia, ou seja, o resfriamento generalizado do organismo, que ocorre pela
exposição a temperaturas baixas. A manta térmica é indicada neste caso, para
tentar manter a temperatura corporal evitando a eliminação de calor.

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06 Primeiros Socorros - Emergências Obstétricas Prof. Thaise Novaes Glaser
Primeiros Socorros: Trabalho de parto

PRIMEIROS SOCORROS: TRABALHO DE PARTO


TRABALHO DE PARTO; FASES DO PARTO; PRIMEIROS CUIDADOS COM O BEBÊ; ABORTO
Professor: Thaise Novaes Glaser
Fisioterapeuta Ergonomista e Socorrista

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Primeiros Socorros: Trabalho de parto

TRABALHO DE PARTO

1. FASES DO TRABALHO DE PARTO

O trabalho de parto se divide em três estágios. No primeiro estágio,


acontecem as contrações que levam à dilatação do colo do útero. O segundo
estágio é o de expulsão e o terceiro estágio é a saída da placenta, depois que o
bebê nasce.

Primeiro estágio - DILATAÇÃO

A fase inicial também é chamada de pré-trabalho de parto. Nesta fase o


útero começa a se contrair em intervalos regulares com contrações cada vez mais
dolorosas. As contrações iniciais acontecem a cada cinco minutos ou mais e são
curtas, durando entre 30 e 40 segundos.

Cada mulher tem seu próprio ritmo de trabalho de parto. Algumas nem
percebem as primeiras contrações e já dilataram vários centímetros quando se dão
conta. À medida que o colo do útero começa a dilatar, sua posição na pelve muda,
e ele avança. Também fica mais flexível e fino. A mulher estará em trabalho de
parto ativo quando seu colo do útero tiver dilatado de 3 a 4 centímetros.

As contrações vão ficando mais fortes e mais frequentes, e talvez mais


longas. Elas podem chegar a intervalos de três a quatro minutos, e durar de 60 a
90 segundos. As contrações da fase ativa abrem o colo do útero mais
rapidamente, mas ainda faltam muitas horas para que a dilatação esteja
completa. Ocasionalmente, o parto é precedido da ruptura do saco amniótico.

Neste momento o socorrista deve:


 Chamar ajuda de serviços especializados;
 Lavar as mãos e colocar luvas;

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Primeiros Socorros: Trabalho de parto

 Deitar a parturiente sobre lençóis limpos;


 Remover as roupas necessárias, sem expor a parturiente;
 Colocar a parturiente em posição ginecológica (com as pernas fletidas);
 Usar água e sabão para fazer assepsia da região genital e coxas da
parturiente.

(http://www.bombeirosemergencia.com.br/partodeurgencia.html)

A Dilatação compreende dois estágios, o primeiro ou também chamado latente que


corresponde a maior parte do trabalho de parto, e o segundo (ativo), que é a fase
efetiva de pleno trabalho de parto.

(http://gravidaseantenadas.blogspot.com.br/2013/10/trabalho-de-parto-chegou-hora.html)

ESTÁGIOS 2 E 3 DE TRABALHO DE PARTO – PARTE II

Segundo estágio - EXPULSÃO

É nesse estágio que o útero empurra o bebê pela vagina, ou pelo canal de

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Primeiros Socorros: Trabalho de parto

parto. Quando as contrações voltam, a mulher sente a pressão da cabeça do bebê


entre suas pernas.

A cada contração, quando ela fizer força, ele vai descer mais um pouco na
sua bacia, mas, quando a contração acabar, ele vai recuar. A cabeça começará a
sair, e a mulher pode parar de fazer força. Assim, o bebê nasce mais devagar, e
diminui o risco de ter lacerações no períneo, a área entre a vagina e o ânus.

Neste momento o socorrista deve:

 Orientar a parturiente a respirar fundo e fazer força durante as contrações,


como se estivesse evacuando, deixando-a descansar no período de
intervalo das contrações;
 Durante a expulsão, amparar a cabeça do bebê com uma das mãos,
evitando que ela saia com violência e com a polpa dos dedos indicador e
médio da outra mão abaixar levemente a parte posterior da vagina;
 Caso o cordão umbilical esteja envolvendo o pescoço do bebê, afrouxá-lo,
removendo-o no sentido da nuca para o abdome do bebê.

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Primeiros Socorros: Trabalho de parto

(http://janninemelo.blogspot.com.br/)

 Limpar o rosto do bebê com um pano limpo;


 Com as duas mãos em forma de "V", pegar a cabeça na mandíbula e atrás
da base do crânio, tomando o cuidado de não pressionar o pescoço do
bebê;
 Forçar a cabeça suavemente para baixo até passar o ombro superior e
depois para cima, até passar o outro ombro;
 Segurar firmemente o bebê, evitando que ele caia;
 Limpar as vias aéreas e a cabeça;
 Estimular o bebê passando os dedos suavemente nas costas;
 Envolver o bebê com panos limpos inclusive a cabeça, mantendo-o aquecido
e mantê-lo no mesmo nível que o corpo da mãe;
 Manter observação constante do padrão respiratório do bebê;

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Primeiros Socorros: Trabalho de parto

 Caso não possua os clamps para o cordão, pode ser utilizado um barbante
limpo. Colocar os clamps ou barbantes amarrados no cordão umbilical. O
primeiro a 4 dedos (mais ou menos 8 cm) do abdome do bebê e o
segundo a 2 dedos (mais ou menos 4 cm ) do primeiro clamp ou
barbante;
 Cortar o cordão entre os dois clamps ou barbantes, com bisturi ou tesoura
estéril.

(http://www.bombeirosemergencia.com.br/partodeurgencia.html)

Terceiro estágio – DEQUITAÇÃO (Placentário)

Depois que o bebê nasce, as contrações voltam depois de alguns minutos,


mas com muito menos intensidade. Elas fazem com que a placenta se desprenda
da parede uterina e caia na parte baixa do útero. Ocorre entre 5 a 30 minutos após
o término do período expulsivo.

Ocorre pelas contrações uterinas que diminuem o volume do útero e,


consequentemente, aumentam a espessura da parede muscular: com esta
redução, a placenta se descola, pois não possui elasticidade.

A placenta, que sustentou o bebê durante toda a gestação, sai pela vagina
junto com a bolsa de líquido amniótico vazia.

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Primeiros Socorros: Trabalho de parto

Neste momento o socorrista deve:

 Aguardar a saída espontânea da placenta. Nunca tentar puxá-la;


 Após a saída da placenta, verificar se saiu inteira e acondicioná-la em saco
plástico;
 Verificar novamente os sinais vitais (da mãe e do bebê);
 Manter a mãe em repouso;
 Transportar para o hospital a mãe, o bebê e a placenta. Caso a mãe seja
hipertensa, diabética, cardiopata, a apresentação do feto não seja cef álica
(pélvica, membros), apresente hemorragia vaginal, prolapso de cordão,
líquido amniótico esverdeado; transportar imediatamente ao hospital em
decúbito lateral esquerdo.

(http://www.notapositiva.com/pt/apntestbs/biologia/imagens/12_reproducao_humana_30_d.j
pg)

2. ABORTO

O aborto é a interrupção de uma gravidez. É a expulsão de um embrião ou


de um feto antes do final do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extra-
uterinas.

O aborto pode ser espontâneo ou induzido. São várias as causas e os


motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida, quer
espontaneamente, quer por indução.

O aborto pode ser induzido medicamente com o recurso a um agente


farmacológico, ou realizado por técnicas cirúrgicas, como a aspiração, dilatação e

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curetagem.

Quando realizado precocemente por médicos experientes e com as


condições necessárias, o aborto induzido apresenta elevados índices de segurança

Tipos de Aborto

Aborto Espontâneo

Surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por


vontade da mulher. Pode acontecer por vários factores biológicos,
psicológicos e sociais que contribuem para que esta situação se
verifique.

Aborto Induzido

O aborto induzido é um procedimento usado para interromper


uma gravidez. Pode acontecer quando existem malformações
congénitas, quando a gravidez resulta de um crime contra a liberdade
e autodeterminação sexual, quando a gravidez coloca em perigo a vida
e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por opção
da mulher. É legal quando a interrupção da gravidez é realizada de
acordo com a legislação em vigor. Quando feito precocemente por
médicos experientes e em condições adequadas apresenta um
elevadíssimo nível de segurança.

Aborto Ilegal

O aborto ilegal é a interrupção duma gravidez quando os


motivos apresentados não se encontram enquadrados na legislação
em vigor ou quando é feito em locais que não estão oficialmente

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reconhecidos para o efeito. O aborto ilegal e inseguro constitui uma


importante causa de mortalidade e de morbilidade maternas. O aborto
clandestino é um problema de saúde pública.

Complicacões do aborto

Embora o aborto, realizado adequadamente, não implique risco


para a saúde até às 10 semanas, o perigo aumenta progressivamente
para além desse tempo. Quanto mais cedo for realizado, menores são
os riscos existentes.

Entre as complicações do aborto destacam-se as hemorragias,


as infecções e evacuações incompletas, e, no caso de aborto cirúrgico,
as lacerações cervicais e perfurações uterinas. Estas complicações,
muito raras no aborto precoce, surgem com maior frequência no aborto
mais tardio.

Se nos dias seguintes à intervenção a mulher tiver febre, com


temperatura superior a 38ºC, perdas importantes de sangue, fortes
dores abdominais ou mal-estar geral acentuado,deve contatar
rapidamente o estabelecimento de saúde onde decorreu a intervenção.

Todos os estabelecimentos que prestam este serviço têm de


estar equipados de forma a reconhecer as complicações do aborto,
com pessoal treinado quer para lidar com elas, quer para referenc iar
adequadamente as mulheres para cuidados imediatos.

Não há evidência de que um aborto sem complicações tenha


implicações na fertilidade da mulher, provoque resultados adversos em
gravidezes subsequentes ou afecte a sua saúde mental.

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07 Primeiros Socorros - Emergências Ortopédicas

PRIMEIROS SOCORROS: EMERGENCIAS ORTOPÉDICAS


FRATURAS – ENTORSES – LUXAÇÃO - CONTUSÃO
Professor: Thaise Novaes Glaser
Fisioterapeuta Ergonomista e Socorrista

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EMERGÊNCIAS ORTOPÉDICAS

1. CONTUSÃO

Trauma músculo esquelético


A lesão musculoesquelética é comum em vítimas de trauma e pode
apresentar risco imediato de vida. Já o trauma esquelético, pode ser fatal quando
produz sangramento grave, seja interno ou externo. É importante, portanto, que
diante do trauma, seja buscado reconhecer as lesões musculoesqueléticas que
venham a ser potencialmente fatais.
Para isso, é necessário que se tenha noções de anatomia e fisiologia do
corpo humano. Quando conhecemos as estruturas ósseas, musculares, os órgãos
etc., sabemos o que pode acontecer quando uma transferência de energia é
gerada em determinada parte do corpo.
O conhecimento dos mecanismos de lesão permite um diagnóstico mais
preciso ou pelo menos a suspeita de lesões mais específicas. Quando nos
deparamos com uma vítima de trauma, independente de suas causas, os
mecanismos que produziram os ferimentos devem ser criteriosamente estudados.
É muito importante saber identificar e reconhecer os principais problemas
nos traumas de extremidades causados pela liberação de energia que gerou o
trauma, que requerem atendimento pré-hospitalar. Nunca se diagnostica aquilo que
não se conhece.

Politraumatizado
Politraumatizado é o paciente que sofre inúmeras lesões traumáticas,
onde existe a ação imprevista de forças externas de alta energia, que altera
simultaneamente funções em múltiplos órgãos ou sistemas com potencialidade
letal.
Os traumas de grande cobertura muscular podem mascarar algumas lesões.
Por isso é tão importante que, além de conhecer o mecanismo de trauma, a vítima
seja reavaliada e reexaminada pelos serviços especializados da cabeça aos pés,

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para evitar que outras lesões sejam descobertas dias após o trauma e prejudiquem
o paciente.
Contusão
A contusão é definida como uma lesão traumática aguda de forte impacto na
superfície do corpo, sem provocar o rompimento da integridade da pele sendo,
portanto, considerada uma lesão traumática em que a pele resiste ao choque de
um agente mecânico.
Pode causar uma lesão nos tecidos moles da superfície, nos músculos ou
em cápsulas ou ligamentos articulares, provocando principalmente equimose, dor e
edema local. Algumas vezes a lesão é profunda, acompanhada de lesão adjacente,
o que torna difícil determinar a sua extensão.
Fisiologicamente, o agente mecânico lesiona o tecido no ponto de impac to,
fazendo com que se rompam os pequenos vasos e o sangue liberado se infiltre
próximo à pele, gerando equimose e hematoma. A inflamação também pode
acontecer e gerar edema local, além da dor.
Existem três tipos de lesões que são consideradas contusões:
 Subcutânea – hematoma sob a pele;

(Acervo pessoal,2000)
 Intramuscular – hematoma dentro da musculatura;

(Acervo pessoal, 2000)

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 Periosteal – contusão óssea. É a mais grave e dolorosa.

As Contusões podem durar de dias a meses, dependendo da sua gravidade


de tratamento.
O atendimento imediato após um episódio de contusão, envolve a aplicação
de gelo no local da contusão para redução de edema, manter a área contundida
em um nível acima do coração sempre que possível e repouso para não
sobrecarregar a musculatura na região da contusão.
Distensão
O termo “distensão” tem uma utilização errônea para substituir ruptura,
quando, na realidade, assemelha-se linguisticamente a estiramento, que é a lesão
menos grave.
A distensão muscular, chamada também de estiramento muscular, ocorre
quando um músculo ou um tendão (que prende músculo ao osso) é esticado
além de seu limite ou submetido a um esforço, gerando a ruptura de algumas ou
muitas fibras musculares, assim como dos vasos sanguíneos envolvidos que as
irrigam dando origem a um hematoma acompanhado de inflamação local.

(Fonte:http://www.crespilates.com.br/wordpress/wp-
content/uploads/2013/06/DISTEN1.jpg)

Este tipo de lesão costuma ocorrer quando os músculos encontram-se sob


esforço ou tensão. Ocorre por exemplo, quando uma pessoa está praticando um
esporte ou levantando peso.

A distensão muscular pode ser prevenida mantendo-se o músculo


devidamente fortalecido e alongado constantemente. No entanto, deve-se tomar
cuidado até mesmo com alongamentos musculares, pois, quando o alongamento

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vai além do limite corporal pré-estabelecido, ou com a musculatura forçada, a


distensão pode ser gerada e trazer como consequência até mesmo o rompimento
do músculo.

Existem basicamente 2 tipos de distensão muscular, caracterizados


conforme sua forma de acontecimento: distensão aguda e crônica.

A distensão aguda acontece de forma repentina, quando os tendões e os


músculos são solicitados a fazer uma contração de forte intensidade. Nas
distensões agudas, pode-se perceber pontadas e dificuldade de movimentação do
músculo comprometido.

A distensão crônica surge em consequência da repetitividade de algum


movimento, ou movimentos prolongados, que solicitam sempre os mesmos
músculos. As distensões crônicas costumam ser mais fracas.

Alguns fatores (individuais) de risco podem aumentar a chance de sofrer


distensões musculares, como por exemplo:

• Falta de condicionamento físico;


• Falta de utilização da técnica adequada para a realização de algum
tipo de exercício;
• Falta de aquecimento antes de praticar exercícios físicos;
• Cansaço extremo; e
• Excesso de peso corporal.

A distensão muscular pode variar de acordo com a sua gravidade, podendo ser
classificadas em:

 Grau 1 (leve) – é o tipo mais frequente. Apresenta o rompimento de


algumas fibras musculares. Há presença de dor localizada e rigidez durante
o movimento. A dor tende a aparecer durante a contração, mas desaparece
no repouso. Dura poucos dias.

 Grau 2 (moderada) – Presença de pequenas lacerações musculares.


Ocorre quando há um rompimento parcial do músculo ou de uma grande
quantidade de fibras. Durante o exercício, há uma sensação de fisgada ou

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de algo rasgando. Não é possível continuar a atividade em decorrência da


dor extrema causada. O inchaço e a dor são mais intensos. Dura de uma a
três semanas.

 Grau 3 (grave) - é o tipo mais raro de acontecer, e também a mais grave e


dolorosa forma de distensão. O músculo fica lacerado ou sofre ruptura
completa. Pode ter hematoma visível, edema e calor em volta do músculo,
com a possibilidade de perda da função onde houve a lesão. Geralmente
requer intervenção cirúrgica.

A imagem abaixo demonstra bem o mecanismo da distensão nos 3 graus,


quando o músculo excede seu comprimento máximo causando rompimento das
fibras:

Os cuidados imediatos com a distensão muscular envolvem repouso do


membro afetado, aplicação de gelo envolto em uma toalha, por aproximadamente
20 minutos e imobilização com elevação do membro. O gelo provoca a
vasoconstrição local e o frio diminui a sensibilidade à dor, o inchaço, o
sangramento interno e o processo inflamatório. A aplicação de gelo pode ser
repetida a cada duas horas até que desapareçam os sintomas. A imobilização do

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membro pode ser feita utilizando uma faixa para comprimir a área e evitar que o
edema e o hematoma aumentem.

2. ENTORSE

Entorse (ou torção) é uma lesão traumática que ocorre quando se ultrapassa
o limite normal de movimento de uma articulação, com alongamento, arrancamento
ou ruptura dos ligamentos e demais estruturas que sustentam a articulação, mas
sem provocar o deslocamento das estruturas ósseas articulares.
A entorse pode vir acompanhada de distensão dos ligamentos costumando
provocar o rompimento parcial ou completo deles, e muitas vezes associada a
lesões na capsula fibrosa que reveste a articulação. Os ligamentos (prendem
ossos nos ossos) são fortes faixas de tecido que conectam os ossos das
articulações e uma de suas funções é restringir o movimento da articulação.
A classificação da entorse é dividida em graus I, II ou III, conforme sua
gravidade:

• Entorse grau I – Leve distensão ou ruptura do ligamento. Pouca ou nenhuma


perda funcional. Dor, com dano mínimo ao ligamento. O tornozelo ainda pode
aguentar um pouco de peso.

• Entorse grau II – Ruptura parcial do ligamento. Porção maior do ligamento


danificada, que gera uma leve frouxidão e instabilidade da articulação. Suportar o
peso do corpo é muito doloroso.

• Entorse grau III - Ruptura completa do ligamento, fazendo com que a articulação
fique bastante instável. Há perda de movimento e das funções articulares. Dor
severa e inchaço grave.

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(Fonte:https://runningshoes77.wordpress.com/2015/08/20/entorse-do-tornozelo/)

Apesar de poderem acometer qualquer articulação, a sua localização mais


frequente é na articulação do tornozelo, sendo originado de movimentos bruscos
ou pelo mau posicionamento do pé que force a articulação a um movimento para o
qual ela não está preparada.

Essas entorses podem acontecer em 3 formas principais de movimentos: em


inversão (quando a sola do pé é voltada para dentro), eversão (quando a sola
do pé é voltada para fora) e rotação (quando gira em seu próprio eixo). Na
maioria das entorses, o pé vira com a sola posicionada para dentro ou para baixo
(inversão), causando uma lesão na parte externa do tornozelo, que recebeu toda a
tensão ao tentar suportar o impacto.

(Fonte:https://runningshoes77.wordpress.com/2015/08/20/entorse-do-tornozelo/)

Se falarmos especificamente na entorse de tornozelo, por ser a mais


comum, o mecanismo de trauma se dá em 2 formas principais: “torcer o pé” ou dar
“passo em falso”. Já as entorses de joelhos e dedos geralmente são relacionadas a
acidentes desportivos.

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Os sinais e sintomas envolvem dor intensa ao redor da articulação (que


surge imediatamente após a lesão e aumenta de intensidade conforme contato),
edema, dificuldade na movimentação com limitação funcional e pode haver
hematomas provocados pelas lesões vasculares e pelas hemorragias que ocorrem
ao nível dos ligamentos.
O atendimento imediato envolve manter a articulação lesionada em repouso,
se possível suspensa, com aplicação de gelo ou compressas frias no local e
imobilização da articulação atingida. Compressas quentes não são indicadas.

3. FRATURAS

Fraturas podem acontecer após um trauma, provocando a


descontinuidade dos ossos. É uma lesão óssea de origem traumática,
produzida por trauma direto ou indireto. O conjunto de fragmentos ósseos
produzidos pela fratura e os tecidos lesados em torno da lesão é denominado
foco de fratura. O osso é o único tecido do nosso organismo que cicatriza com
o mesmo tecido anterior à lesão.
As fraturas podem ser classificadas conforme o tipo da perda de
continuidade do osso. Podem ser múltiplas, por encurtamento ou torção,
completa ou incompleta, fraturas de impacto, oblíquas, fechadas ou abertas e
até mesmo fraturas por fadiga. A imagem abaixo mostra os tipos de fraturas
mais comuns:

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(Http://3.bp.blogspot.com/-
xEZK0hoyWE/TxYBDexYPCI/AAAAAAAAAB8/Qui0ZP5Nsi8/s1600/imagem4.bmp)
Conforme a presença de lesões associadas, as fraturas podem ser simples
ou complicadas. As fraturas simples são aquelas que apresentam uma lesão única,
sem evidência de lesão associada. As fraturas complicadas estão acompanhadas
de lesões locais associadas, afetando tendões, ligamentos, nervos, vasos
sanguíneos etc.
De maneira geral, as fraturas podem ser classificadas como fechadas ou
abertas (expostas). Nas fraturas fechadas, não há rompimento da integridade da
pele. Neste caso, a pele não é perfurada pelas extremidades ósseas, diferente das
fraturas expostas, onde há rompimento da integridade da pele.

(Http://fuiacampar.com.br/public/img/post/e94c2f5302c18fac1771b754e330408b.jpg)

Fraturas fechadas

Nas fraturas fechadas, o foco de fratura está protegido por partes moles
e com a pele íntegra. Fraturas fechadas são aquelas onde o osso foi quebrado,
mas não há feridas associadas.
Quando este tipo de fratura é identificado, é importante avaliar o pulso,
coloração da pele e função motora e sensitiva do membro atingido, para que se
conheça o grau de comprometimento e importância desta fratura.

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A movimentação inadequada (manipulação não cuidadosa do membro


fraturado) ou a imobilização inadequada podem converter uma fratura fechada em
uma fratura aberta.

Fraturas abertas

Fraturas abertas, ou expostas, podem ser facilmente identificadas e


localizadas em uma vítima de trauma.
As fraturas abertas geralmente ocorrem quando uma extremidade óssea
pontiaguda rompe a integridade da pele, ou quando a lesão lacera a pele e a
musculatura até a região da fratura.
Neste tipo de fratura, o foco de fratura está em contato com o m eio
externo, podendo o osso estar exteriorizado ou não. Nestes casos, a pele será
sempre lesada e o grau de lesão das partes moles permite classificar as
fraturas abertas.

(http://images.slideplayer.com.br/7/1717789/slides/slide_15.jpg)

A importância da fratura aberta está no risco de contaminação. Quando o


osso perfura a pele, sua extremidade pode ser contaminada por bactérias cutâneas
ou provenientes do ambiente. Isso pode levar a uma complicação grave que é a
infecção óssea, que pode afetar e interferir na cicatrização da fratura. Qualquer
ferimento aberto que seja encontrado próximo ao local da fratura precisa ser
considerado como fratura aberta e tratado como fratura aberta.

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Devido à comunicação do foco de fratura com o meio externo, as fraturas


expostas são sempre contaminadas, variando apenas o grau de contaminação,
podendo causar osteomielite (infecção óssea), que retarda ou impede a
consolidação óssea; em casos extr emos, causa a perda do membro lesado. Em
casos mais graves, a infecção dissemina-se pelo organismo (septicemia) e, em
pacientes debilitados, leva a óbito. A fratura exposta é uma situação de
urgência.

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas incluem sensibilidade, deformidade, hematomas,


edema e crepitação (presença de fragmentos ósseos). Nas fraturas fechadas,
para algumas vítimas, a sensibilidade é o único sinal encontrado para
caracterizar este tipo de fratura.
Entre os sinais e sintomas apresentados, os mais presentes e comumente
encontrados após uma fratura são:

 Dor: Devido ao trauma localizado, a dor no local da fratura é evidente e


varia muito de uma vítima para outra, podendo ser aliviada por manobras
de tração, alinhamento e imobilização.
 Edema: Devido ao trauma, pode ocorrer uma lesão dos tecidos vizinhos
à fratura, produzindo sangramento local, podendo ser identificado através
do aumento de volume, que posteriormente gera um edema localizado.
Em algumas fraturas, de fêmur e pelve, por exemplo, o sangramento
pode causar choque hipovolêmico.
 Deformidade: Ao se comparar o membro lesado com o membro que não
foi afetado, percebe-se que o segmento fraturado apresenta angulações,
rotações e encurtamentos evidentes à simples observação da vítima.
 Dificuldade ou ausência de movimentação: A fratura impede ou
dificulta os movimentos, devido à dor e à alteração musculoesquelética.
 Crepitação óssea: Presença de fragmentos ósseos que pode ser
audível e palpável no local do trauma. Não deve ser reproduzida
Intencionalmente, porque provoca dor e aumenta a lesão entre os tecidos

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vizinhos à fratura.As fraturas abertas possuem ainda, presença de


ferimento próximo à fratura.

Tratamento imediato

É importante que a vítima não seja movimentada até que a fratura fechada
tenha sido alinhada, tracionada e imobilizada adequadamente. A tração da fratura
fechada em ossos longos é importante, pois ajuda no controle de dor e
sangramento, mas deve ser feita, de preferência, por profissionais de urgência e
emergência.
As fraturas abertas ou expostas nunca devem ser tracionadas. Nestes
casos, deve ser feito o controle de sangramento e o ferimento deve ser protegido,
sendo ocluído com curativos estéreis e bandagens antes da imobilização.
A imobilização do membro pode ser feita utilizando bandagens e talas
de papelão. É importante que a fixação das bandagens seja sempre acima e
abaixo das articulações que envolvem o osso fraturado.
O principal objetivo do tratamento imediato é não provocar o agravo das
lesões já existentes.

(http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/image022.jpg)

4. LUXAÇÃO

Luxação é o deslocamento repentino das extremidades dos ossos que


compõem uma articulação, ou seja, um osso se separa do outro e não há mais

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meios de contato entre eles, o que pode provocar lesões nas estruturas que
compõem uma articulação.

Com este deslocamento de superfícies articulares, são modificadas as


relações naturais de uma articulação. Nas articulações existe uma congruência
articular entre as superfícies ósseas em contato. Estas são recobertas por
cartilagem articular e mantidas por uma cápsula articular reforçada por ligamentos.
Os traumas indiretos, normalmente produzidos por quedas com apoio nas
extremidades, fazem com que essas superfícies articulares saiam de sua posição
após o impacto, produzindo perda da congruência articular, prejudicando a função
da articulação correspondente.
Este deslocamento pode ser completo ou parcial e não há presença de
rachadura ou quebra no osso, como seria nos casos de fraturas. Em alguns casos
mais graves, luxação e fratura podem estar presentes em um mesmo osso,
oriundos do mesmo mecanismo de trauma.

As articulações que mais comumente apresentam luxações, são aquelas


mais móveis e propensas de sofrer algum tipo de trauma. Podem ser provocadas
pelo impacto gerado em quedas, fortes batidas, ou até mesmo fraqueza muscular.
Mas independente dos mecanismos de lesão as articulações mais ac ometidas são
as dos ombros, quadril, joelhos, cotovelos, punho e dedos das mãos.

Sinais e Sintomas

Entre os sintomas, o principal é a dor. Deformidade, dificuldade ou


impossibilidade de movimentação, edema e hematomas também podem estar
presentes.

 Dor: Geralmente a dor é intensa devido à compressão de estruturas locais;


 Deformidade do membro: É um sinal evidente verificado durante a
inspeção da vítima e pode ser comparada com o lado oposto, no membro
não afetado;

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 Impotência funcional: Por causa da perda da congruência da articulação


com o osso, existe perda completa da função articular, e qualquer tentativa
de mobilidade é extremamente dolorosa.
 Palidez local: causada pela compressão do osso luxado sob a pele.
 Edema: Tardio varia com o grau de deformidade e a articulação luxada.
 Encurtamento ou alongamento da musculatura: Podem ocorrer devido à
deformidade da articulação luxada.

Tratamento imediato

Os primeiros socorros para as luxações devem envolver a imobilização da


luxação na posição em que a deformidade foi encontrada, utilizando talas e
bandagens. Neste caso, o conforto da vítima deve ser a prioridade.
O membro luxado não deve ser movimentado e nunca se deve tentar
reposicionar ou alinhar uma luxação, pois manobras inadequadas e intempestivas
podem agravar a lesão já existente e produzir dano adicional aos tecidos vizinhos,
inclusive com a possibilidade de provocar fraturas.
Movimentações e manobras das luxações devem ser realizadas apenas
pelos médicos.

REFERÊNCIAS

NAEMT. Atendimento Pré-hospitalar ao Traumatizado – Phtls. 7ª ed: Elsevier,


2012
OLIVEIRA, et all. TRAUMA: Atendimento pré-hospitalar – 2.ed. – São Paulo:
Atheneu, 2007.

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