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RESUMO

O objeto deste Projeto Integrado Multidisciplinar III tem como principal característica o
desenvolvimento dos conceitos estudados nas disciplinas Recursos Humanos na
Administração Publica, Contabilidade e Estatística Aplicada, aplicados a uma entidade do
governo, Os conceitos foram praticados na prefeitura municipal de Tefê, localizada no estado
de Amazonas, por meio de levantamento bibliográfico, pesquisa de campo e acesso ao portal
da transparência da própria prefeitura.

Palavras chave: Contabilidade, Estatística, Recursos Humanos.


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SUMÁRIO

1.Introdução
2. Recursos Humanos
2.1 Quadro de servidores
2.2 Área de Recursos
2.3 Organograma
2.4 Planejamento Estratégico
3. Contabilidade
3.1Análises
3.1.1.Análise Vertical
3.1.2.Análise Horizontal
3.2.Índices
3.2.1.Participação de Terceiros
3.2.2.Composição das exigibilidades
3.2.3.Grau de imobilização do patrimônio líquido
3.2.4.Liquidez geral
3.2.5.Liquidez imediata
4. Estatística Aplicada
4.1.Medidas de tendência central
4.1.1.Média Aritmética
4.1.2.Mediana
4.2.Medidas de dispersão
4.2.1.Amplitude total
4.2.2.Desvio médio absoluto
4.2.3.Variância
4.2.4.Desvio padrão
4.3.Coeficiente de variação
5.Considerações
6. Referências
ANEXO
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1. INTRODUÇÃO

O Projeto Integrado Multidisciplinar III tem a finalidade do desenvolvimento dos


conceitos estudados nas disciplinas Recursos Humanos na Administração Publica,
Contabilidade e Estatística Aplicada, aplicados a uma entidade, os quais foram praticados na
Prefeitura Municipal de Tefê localizada no Amazonas. O município tem uma área de
23.808km², uma população residente de 62444 habitantes com uma densidade demográfica
de 2,7 hab/km². Está localizado a uns 523km da capital, no médio curso do rio Amazonas, tem
como divisas os municípios de Tapaua, Uarini. A atividade principal é agropecuária, não
possui indústrias e o comércio é pouco expressivo.

O PIB per capita em 2015-a preços correntes é de R$13.221, o Valor do Rendimento


Médio Mensal dos domicílios na área rural é de R$406 e da área urbana é de R$1.446,85.1

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é 0,568, em 2010, situado


na faixa de Desenvolvimento Humano Baixa (IDHM entre 0,5 e 0,6). Entre 2000 e 2010, a
dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Longevidade seguida por Educação e por
Renda.2

A gestão da entidade e centralizada, todas as secretarias e/ou departamentos estão


ligadas diretamente ao gabinete do prefeito, muito comum em municípios pequenos onde em
cada área da administração há um responsável que está ligado diretamente ao chefe do
executivo. O quantitativo de funcionários em maio de 2014 estava formado por 166
servidores públicos.

A administração do setor recursos humanos é simplesmente operacional, realiza as


tarefas rotineiras como elaboração da folha de pagamentos, benefícios, férias, afastamentos,
licenças, folha de ponto, etc e carece de um plano de carreira, treinamentos regulares,
avaliação de desempenho,

No setor da contabilidade há um contador como responsável e que com uma pequena


equipe de pessoas realizam todas as tarefas relacionadas a essa área.

1 Fonte de dados IBGE www.cidades.ibge.gov.br


2 Fonte de dados Atlas no Desenvolvimento Humano no Brasil 2013
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2. RECURSOS HUMANOS

Segundo Idalberto Chiavenato, importante autor brasileiro de administração de


empresas e recursos humanos, “as organizações não funcionam sem pessoas e as pessoas não
vivem sem as organizações”, daí se desprende que as pessoas são um recurso fundamental
dentro de uma organização, dado que sem elas não seria viável o funcionamento das mesmas.
Portanto a gestão da área de recursos humanos é chave para cumprir a missão da entidade e
atingir seus objetivos.

Continuando com o autor, “recursos humanos é a área da organização que trata do


recrutamento, da seleção, do treinamento, do desenvolvimento, da manutenção, do controle e
da avaliação dos funcionários de uma empresa. Sendo assim, pode-se considerar que a
existência da área de Recursos Humanos está diretamente relacionada à melhora da
efetividade dos funcionários nas empresas, implicando na melhor efetividade organizacional.”

2.1 Quadro quantitativo de servidores

Todos os servidores pertencem à administração direta, não há administração indireta.


O pessoal ocupado na administração direta de acordo com o vínculo empregatício e nível de
educação está relacionado no seguinte quadro:

Fundamenta Ens.Medi Superio


Administração Direta Pós Total
l o r

CLT 156 30 25 1 212

Somente 0 5 6 3 14
Comissionados

Estagiários 0 10 4 0 14

Total 156 45 35 4 240

Fonte de dados: IBGE - MUNIC

Vemos que na entidade não tem funcionário estatutário, a maioria do pessoal, 89%,
são celetistas; 6% são estagiários e 5% somente comissionados. Vale aclarar que estes últimos
são ocupantes de cargo em comissão que não possuem cargo efetivo, tem como vínculo
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apenas o cargo comissionado que exercem. Segundo a relação de servidores do mês de maio
de 2014 existem 14 pessoas comissionadas em total,

2.2 Área de Recursos Humanos na entidade

Conforme o site da prefeitura3 as funções do Departamento de Pessoal são:


Serviço de Cadastro de Pessoal
Serviço de Previdência Social
Serviço de Segurança do Trabalho
Serviço de Controle dos Atos Funcionais
Serviço de Controle e Execução dos Pagamentos de Pessoal
Serviço de Confecção de Folha de Pagamento
Serviço de Controle de Frequência.

Note-se, como foi mencionado, a gestão no setor recursos humanos da entidade é


simplesmente operacional, só realiza as tarefas rotineiras como elaboração da folha de
pagamentos, benefícios, férias, afastamentos, licenças, folha de ponto, etc. Carece de uma
gestão moderna onde se possa encontrar um planejamento a nível operacional, ocupando-se
da melhora das tarefas burocráticas, processos eficazes, eficientes e econômicos; um
planejamento táctico, que providencie o levantamento das necessidades de treinamento de
pessoal, recrutamento, plano de carreira, análise das características dos cargos, se eles se
adequam às necessidades da entidade, avaliação de desempenho, etc; e por último um
planejamento estratégico onde se deveria estudar o plano estratégico da organização e
determinar a previsão de demanda futura ligada ao planejamento estratégico da organizacão.

2.3 Organograma

Segundo o organograma da entidade, representado abaixo, podemos ver que todas as


áreas se remetem ao gabinete do prefeito. O departamento de pessoal está incorporado, junto
com outros departamentos administrativos, à área de Administração e Finanças como mais um
setor estanco de dita área. Ele está constituído por dois funcionários responsáveis pela
execução das tarefas rotineiras do departamento, não há coordenador de recursos humanos e
depende de Administração e Finanças.

3 www.tefe.am.gov.br
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Portanto, não existe cuidado nenhum com uma gestão moderna dos recursos humanos,
perdendo-se dessa maneira o foco de uma verdadeira gestão na área de recursos humanos e
consequentemente obtendo baixa produtividade e desmotivação do pessoal.

ADM. E FINANÇAS
Dpto. Tributação

Dpto.
SAÚDE Tesouraria
Dpto. Pessoal

EDUCAÇÃO Dpto. Secretaria

Dpto. Licitação
ASSIST. SOCIAL
Dpto. Jurídico

GABINETE DO PREFEITO Dpto. Contabilidade


CULTUR
A
Dpto. Almoxarifado
CULTUR
Dpto. Junta Militar
A

CONSELHO TUTELAR

AGRICULT. - MEIO
AMB.

OBRAS

2.4 Planejamento Estratégico de Recursos Humanos

Segundo Chiavenato, exitem 3 níveis de atuação da área de recursos humanos:

Nível Operacional: trata apenas dos processos de recursos humanos. Neste sentido é
um órgão burocrático, reativo, centralizador e prestador de atividades especializadas sem
nenhuma conexão com a estratégia da empresa.

Nivel Tático: aqui o RH descentraliza e delega uma parcela de suas atividades para os
gerentes, que se tornam gestores de pessoas, para que possa atuar em nível tático na
organização, ou seja, o RH separa a responsabilidade de linha (funções básicas da
organização) da função staff (não executam as atividades diretas da organização, são funções
de apoio). Trata-se de uma mudança cultural onde o RH deixa de ser executor e passa a se
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tornar consultor. Aqui o RH desenvolve um planejamento tático no sentido de dotar os


gerentes de todas as condições para a gestão de pessoas eficaz e eficiente.

Nível Estratégico: neste nível, o RH passa a ser consultor estratégico, além de


consultor interno, para a direção da entidade no sentido de prover a organização das
competências necessárias para seu sucesso

Como já foi mencionado, a área RH funciona a nível operacional, não há coordenador


e dita área está incluída dentro de outro departamento, o de administração e finanças. Para
mudar essa situação e implantar um planejamento nos três níveis de atuação, como apontado
acima, situação atual pelo aquilo que a organização deseja no futuro. A partir dessa
reformulação poderá estabelecer-se um planejamento adequado na área de recursos humanos
que considere ao fator humano não como um recurso que a organização consome e sim como
um elemento que constitui um fator de competitividade.
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3.CONTABILIDADE

A contabilidade é, por definição, a ciência que estuda o desenvolvimento do


patrimônio da pessoa, seja física ou jurídica, seus resultados e reflexos, sua evolução, sua
gerência e seu futuro.(Contabilidade Básica, Aderbal Nicolas Muller).

Portanto, o objeto da contabilidade é o patrimônio da entidade, que é o conjunto de


bens, direitos e obrigações da entidade, também chamados componentes patrimoniais. Esses
componentes são apresentados em um demonstrativo contábil denominado balanço
patrimonial.

BALANÇO PATRIMONIAL

BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES

ou
BALANÇO PATRIMONIAL

PASSIVO EXIGÍVEL
ATIVO
(bens e direitos) PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O balanço patrimonial mostra a situação econômica e financeira da entidade em uma


determinada data. No ativo encontramos as contas que representam os bens e direitos que a
empresa possui, indica onde estão aplicados o total dos recursos. No passivo exigível e no
patrimônio líquido encontramos as contas que representam obrigações da empresa com
terceiros e com os proprietários respectivamente, indicam a origem dos recursos aplicados no
ativo, ou seja, como foi construído o ativo.

O total de recursos que uma empresa pode obter, seus administradores aplicam na
construção do Ativo (bens e direitos) da entidade, mas também aplicam em Despesas, dado
que a entidade não pode obter recursos por meio de Receitas sem esforço.

ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

3.1Análise Vertical e Horizontal


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Normalmente, apenas um balanço é insuficiente para uma análise, porque não permite
formular uma ideia da evolução da empresa no tempo. Por isso é importante analisar 2 ou 3
balanços consecutivos a fim de avaliar essa evolução.

Neste capítulo realizaremos uma análise vertical e horizontal com os balanços


patrimoniais de 2014 e 2015 da entidade, obtidos do próprio site da Prefeitura. Os mesmos
são uma ferramenta útil para detectar tendências.

3.1.1Analise Vertical
É um instrumento de análise da estrutura das demonstrações financeiras (balanço
patrimonial, DRE) de um determinado período, onde calcula-se o percentual de cada conta
em relação a um valor-base do mesmo ano, mostrando assim a relevância da conta na
estrutura da demonstração. Pode-se realizar com um balanço só.

A continuação, a Tabela apresenta as contas do Ativo dos Balanços Patrimoniais dos


anos 2014 e 2015 e o percentual de cada conta em relação ao Ativo Total, e logo a Tabela
seguinte exibe as contas do Passivo + Patrimônio Líquido de 2014 e 2015 e seus respectivos
percentuais quanto ao Passivo Total. Os valores estão expressos em R$ moeda corrente.

– BALANÇO PATRIMONIAL - ATIVO


ESPECIFICAÇÃO 2014 V% 2015 V%
ATIVO CIRCULANTE
354.309 11,83% 1.371.433 26,49%

CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA


353.950 11,82% 1.336.620 25,82%

CAIXA
10.489 894

BANCOS CONTA MOVIMENTO 343.461 1.335.726


DEMAIS CREDITOS E VALORES A CURTO PRAZO 34.449
ESTOQUES 358 363
ATIVO NÃO CIRCULANTE
2.640.153 88% 3.803.922 74%
CIRCULANTE
ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO 26.380
10.514
CREDITOS A LONGO PRAZO 9.634

DIVIDA ATIVA TRIBUTARIA 8.909


DIVIDA ATIVA NÃO TRIBUTARIA – CLIENTES 724
INVESTIMENTOS E APLICAÇÕES TEMPORARIAS A 20.364
16.746
LONGO PRAZO
IMOBILIZADO 2.609.274 87,13% 3.777.542 72,99%
BENS MOVEIS 2.193.577 73,25% 2.545.906 49,19%
BENS IMOVEIS 415.697 13,88% 1.231.635 23,79%
TOTAL ATIVO 2.994.462 100% 5.175.356 100%
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Fonte: Site da Prefeitura

Na tabela acima -Ativo-, podemos observar que a maior parte das aplicações dos
recursos encontram-se no Ativo Não Circulante, 88% em 2014 e 74% em 2015. A maioria das
aplicações dos recursos estão no Imobilizado com 87% em 2012 e quase 73% em 2015. A
conta relevante é a de Bens Móveis onde em 2014 participou com um 73,25% do ativo, já em
2015 a participação foi de 49,19%.

BALANÇO PATRIMONIAL - PASSIVO


ESPECIFICAÇÃO 2014 V% 2015 V%
PASSIVO CIRCULANTE
588.323 19,64% 272.170 5,25%

OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIARIAS E


ASSISTENCIAIS 123.246

FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A CURTO PRAZO


48.505

OBRIGAÇÕES FISCAIS A CURTO PRAZO


8.066

DEMAIS OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO


92.351

PASSIVO NÃO CIRCULANTE


306.156 10,22% 257.221 4,97%

OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIARIAS E


ASSISTENCIAIS 306.156 257.221

PESSOAL A PAGAR
216.923

PRECATORIOS DE PESSOAL 216.923


ENCARGOS SOCIAIS A PAGAR 40.298
INSS A PAGAR 40.298
TOTAL PASSIVO
894.480 29,87% 529.391 10,22%

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PATRIMÔNIO SOCIAL E CAPITAL SOCIAL


1.162.324 22,45%

RESULTADOS ACUMULADOS
3.483.640 67,31%

SUPERAVITS OU DEFICITS ACUMULADOS


2.545.981 49,19%

LUCROS E PREJUIZOS ACUMULADOS


937.658 18,11%

TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO


2.099.982 70,12% 4.645.964 89,77%

TOTAL PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.994.462


100,00% 5.175.356 100,00
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Fonte: Site da Prefeitura

Na Tabela acima -Passivo- mostra que a composição de recursos da entidade é


basicamente de capital próprio, com 70% em 2014 e quase 90% em 2015. Os recursos de
terceiros participam em 30% em 2014 e 10% em 2015 e sua distribuição tanto de curto prazo
como as de longo prazo diminuíram significativamente de 2014 a 2015, especialmente as de
curto prazo, o que deixa em uma situação mais confortável à entidade.

3.1.2Analise Horizontal
É outro instrumento de análise que mede a evolução da conta entre dois ou mais
exercícios. Precisa-se de no mínimo de duas demonstrações financeiras (balanço patrimonial,
DRE) de períodos diferentes, onde calcula-se a variação percentual de cada conta em relação
a um valor-base do período anterior, podendo assim ver a evolução no tempo das contas
patrimoniais e poder determinar tendências.

A continuação, a Tabela apresenta as contas do Ativo dos Balanços Patrimoniais dos


anos 2014 e 2015 e a variação percentual de cada conta em relação ao exercício do ano 2014
(ano-base), a Tabela 4 exibe as contas do Passivo + Patrimônio Líquido de 2014 e 2015 e suas
respectivas variações percentuais.

Os valores estão expressos em moeda corrente, porém para uma análise mais apurada
se deveria er em conta o efeito inflacionário e assim trabalhar com uma mesma moeda.

BALANÇO PATRIMONIAL - ATIVO


ESPECIFICAÇÃO 2014 V% 2015 V%
ATIVO CIRCULANTE
354.309 100 1.371.433 387

CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA


353.950 100 1.336.620 377

CAIXA
10.489 100 894 8

BANCOS CONTA MOVIMENTO 343.461 100 1.335.726 388


DEMAIS CREDITOS E VALORES A CURTO PRAZO 34.449
ESTOQUES 358 363
ATIVO NÃO CIRCULANTE
2.640.153 100 3.803.922 144
CIRCULANTE
ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO 30.878 100 26.380 85
10.514
CREDITOS A LONGO PRAZO 100 9.634 91

INVESTIMENTOS E APLICAÇÕES TEMPORARIAS A 20.364


100 16.746 82
LONGO PRAZO
IMOBILIZADO 2.609.274 100 3.777.542 144
13

BENS MOVEIS 2.193.577 100 2.545.906 116


BENS IMOVEIS 415.697 100 1.231.635 296
TOTAL ATIVO 2.994.462 100 5.175.356 172
Fonte: Site da Prefeitura

O ativo teve um crescimento de 72% de um ano a outro, Dentro das contas do ativo o
grupo que teve um crescimento expressivo foi o Ativo Circulante que passou de R$354.309
em 2014 a R$1.371.433, cresceu um 387%, e dentro dele podemos ver que esse acréscimo
principalmente se deu na conta Bancos. Na conta caixa houve uma diminuição muito boa em
porcentagem.

No grupo do ativo não circulante também houve um aumento de 44% de 2014 a 2015,
não foi tão expressivo como no grupo do ativo circulante. O destaque é a conta de bens
imóveis que teve um aumento de quase o triplo. Por outro lado, houve uma diminuição, leve,
dos direitos a longo prazo.

– BALANÇO PATRIMONIAL - PASSIVO


ESPECIFICAÇÃO 2014 V% 2015 V%
PASSIVO CIRCULANTE
588.323 100 272.170 46

OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIARIAS E


ASSISTENCIAIS 123.246

FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A CURTO PRAZO


48.505

OBRIGAÇÕES FISCAIS A CURTO PRAZO


8.066

DEMAIS OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO


92.351

PASSIVO NÃO CIRCULANTE


306.156 100 257.221 84

OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIARIAS E


ASSISTENCIAIS 306.156 257.221

PESSOAL A PAGAR
216.923

PRECATORIOS DE PESSOAL 216.923


ENCARGOS SOCIAIS A PAGAR 40.298
INSS A PAGAR 40.298
TOTAL PASSIVO
894.480 100 529.391 59

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
14

PATRIMÔNIO SOCIAL E CAPITAL SOCIAL


1.162.324

RESULTADOS ACUMULADOS
3.483.640

SUPERAVITS OU DEFICITS ACUMULADOS


2.545.981

LUCROS E PREJUIZOS ACUMULADOS


937.658

TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO


2.099.982 100 4.645.964 221

TOTAL PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.994.462


100 5.175.356 172

Fonte: Site da Prefeitura


O

Na tabela acima, vemos que tanto as obrigações de curto prazo como as de longo
prazo diminuíram, o passivo circulante teve um decréscimo de 54% e o passivo não circulante
de 16%, sendo que a soma de ambos (PC+PNC) deu uma queda de 41%, evolução muito boa
para a entidade, especialmente nas obrigações de curto prazo que dá mais tranquilidade. Por
sua vez, o patrimônio líquido apresentou um crescimento de 121%.
15

3.2.Índices
A análise das demonstrações contábeis por meio de índices procura estabelecer uma
relação entre os diversos grupos de contas que compõem o balanço patrimonial e a
demonstração de resultados.

Para nossa análise utilizaremos o balanço patrimonial da entidade dos anos 2014 e
2013, já expostos em capítulos anteriores, onde calcularemos indicadores que servirão de
suporte para a avaliação da situação econômica e financeira da entidade.

3.2.1.Participação de Terceiros
Representa o percentual de capital de terceiros (PC+PELP) em relação ao patrimônio
líquido.

i = (PC+ PELP)/PLx100
em 2012 ==> i = 42,49%
em 2013 ==> i = 11,39%
Em 2014 o índice é bom, porque para cada R$0,42 de dívida tem R$ 1,00 de capital
próprio; e melhorou em 2015, porque diminui para 11,39%. Quanto menor o índice, melhor.

3.2.2.Composição das exigibilidades


Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a curto prazo.

'i = PC/(PC+PNC)x100
em 2012 ==> i = 65,77%
em 2013 ==> i = 51,41%

Da dívida total, em 2014, 65,77% era de curto prazo e em 2015 diminuiu para 51,41%,
ou seja, que de um ano a outro melhorou a posição a respeito das dívidas de curto prazo.

3.2.3.Grau de imobilização do patrimônio líquido.


Indica qual porcentagem do patrimônio líquido ou dos recursos próprios está investida
no ativo permanente.

'i = (investimentos+imobilizado+intangíveis)/PLx100
em 2012 ==> i = 144%
em 2013 ==> i = 81%
16

Ao diminuir o valor do índice de 2014 a 2015,indica uma melhora dado que aumentou
a quantidade de recursos para serem aplicados ao giro do próprio negócio.

3.2.4. Liquidez geral


Os índices de liquidez mostram a capacidade da entidade de pagar suas dívidas. O
índice de liquidez geral indica quanto a entidade possui em dinheiro, bens e direitos
realizáveis a curto e longo prazo para fazer frente a suas dívidas totais.

'i = (AC+ARLP) / (PC+PNC)


em 2012 ==> i = 0,43
em 2013 ==> i = 2,64

Do ano 2014 a 2015 houve uma melhoria, ao aumentar o valor do índice, a entidade
está numa melhor situação para fazer frente as dívidas.

3.2.5. Liquidez imediata.


Mede a relação entre as disponibilidades imediatas e as exigibilidades de curto prazo.

'i = disponibilidades/PC
em 2012 ==> i = 0,60
em 2013 ==> i = 5,03

Em 2014 a situação não era satisfatória dado que os valores disponíveis em caixa,
bancos não eram o suficiente para fazer frente as obrigações de curto prazo, porém houve uma
melhora significativa em 2015 deixando a entidade numa situação muito mais confortável.
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4.ESTATÍSTICA
Analisaremos com ferramentas estatísticas, as remunerações dos funcionários da
entidade em estudo, mostrando a utilidade dos dados estatísticos.

A população de estudo será o quadro de servidores e suas remunerações. Observa-se


que a quantidade de funcionários é de 240, ou seja, n = 240 pessoas/remunerações.

4.1. Medidas de tendência central

Em um conjunto de dados, geralmente buscam-se medidas que possam ser usadas para
indicar um valor que represente melhor aquele conjunto de dados. Há dois tipos de medidas
numéricas utilizadas para descrever um conjunto de dados: as medidas de tendência central -
a média, a mediana e a moda- , e as medidas de dispersão- a amplitude total, o desvio padrão,
a variância e o coeficiente de variação-.

4.1.1. Média Aritmética

É uma medida de tendência central, sendo a média aritmética das observações, ou


seja, a soma total das remunerações dividido pelo número de servidores.

A média aritmética é uma boa medida de tendência central, porém o valor pode ser
afetado pela existência de alguns valores extremos no conjunto de dados.

4.1.2. Mediana
O valor da mediana divide um conjunto de dados em duas partes iguais, ou seja, a
metade dos valores estudados de nossa população será menor que a da mediana e a outra
metade, maior.

Primeiro temos que organizar o conjunto de dados em um rol em ordem crescente e


logo vamos a calcular qual é a posição da mediana nesse rol:
18

==> posição 120 => 1.573,53


==> posição 121 => 1.573,56

O valor da mediana das remunerações é de R$1.573,545.

O calculo da mediana está baseado em uma sequência ordenada das observações, a


existência de alguns valores extremos não afetará o seu valor. Pode ser uma medida de
tendência central muito mais desejável que a média aritmética.

4.2 Medidas de dispersão


Calculada as medidas de tendência central, devemos conhecer o grau de dispersão. As
medidas de dispersão indicam o quanto os dados se apresentam dispersos em torno da
tendência central. Quanto menor a variabilidade mais confiáveis será a nossa informação. As
mais utilizadas são: amplitude total, desvio padrão, variância e coeficiente de variação.

4.2.1 Cálculo da Amplitude Total


É o intervalo dado pela diferença entre o maior e o menor valor dos dados observados.
Ela é fácil para calcular, só considera dois valores do conjunto a estudar e pode não ser uma
medida confiável.

4.2.2.Desvio Médio Absoluto


É uma média dos valores absolutos das diferenças entre cada observação e a média da
população. Tem a média aritmética como ponto de referência e é pouco sensível aos efeitos
das observações extremas do conjunto estudado.
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4.2.3.Cálculo da Variância
Outra medida de dispersão estatística.

4.2.4.Cálculo do desvio padrão


A variância e o desvio padrão não são medidas de dispersão distintas, dado que o
desvio padrão não pode se calcular a menos que se conheça a variância. Prefere-se usar o
desvio padrão porque se expressa nas mesmas unidades que as das observações.

4.3 Calculo do coeficiente de variação


Utiliza-se para indicar se o desvio padrão é grande ou pequeno em relação à média
aritmética, determinando em porcentagem o quanto houve de desvio em relação à média.

O coeficiente de variação é grande. Existe uma variabilidade de 57,75% dos dados em


relação à média, isso porque no conjunto de valores estudados há valores extremos, daí que
podemos considerar que a mediana é uma medida mais desejável que a média.
20

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A entidade analisada, como foi mencionado, a área de RH funciona a nível
operacional, não há um coordenador e está incluída dentro do departamento de administração
e finanças. Deveria trocar-se a visão organizacional, dando mais importância ao setor de RH e
a partir dessa reformulação da visão organizacional podemos estabelecer um planejamento
adequado na área de recursos humanos onde se considere ao fator humano não como um
recurso que a organização consome e sim como um elemento que constitui um fator de
competitividade.

Deve começar colocando um gestor de RH independente da área de Administração e, a


partir daí, começar a implantar um planejamento tático, dando treinamento para capacitar e
atualizar os servidores, avaliação de desempenho, etc, desse modo melhorando o perfil
competitivo dos servidores e consequentemente os resultados da entidade

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