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Fichamento Livro Identidade Vs Alteridade
Fichamento Livro Identidade Vs Alteridade
JEQUIÉ
2021
INTRODUÇÃO
O objetivo desse texto é se questionar sobre a identidade e suas implicações éticas que são
abordados pelo debate sobre os Direitos Humanos. E também falar sobre as grandes questões que
Emmanuel Levinas defende como a construção da subjetividade e do sentido ético da alteridade
diante da totalidade, que por muitos discursos acabam colaborando com um mesmo núcleo
paradigmático do qual se tem todas as disputas e conflitos.
Observando que alguns grupos de pessoas ainda passam por violências baseadas
simplesmente por sua cor, raça, credo, orientação sexual, gênero e etc. Essas violências são
impostas por identidades a eles projetadas, pelos quais são eliminados em seus próprios direitos.
A identidade nos remete a uma grande problemática referente aos conceitos fundamentais
da filosofia onde nos coloca diante da questão do ser. Com isso estamos frente ao tema de maior
importância de toda filosofia ocidental que é sobre o racionalismo e o empirismo, que são os
questionamentos sobre se a identidade é algo que se descobre – a priori – ou algo que se inventa
– a posteriori.
Para Platão a identidade é algo que se descobri a priori, contendo três tipos de almas
distintas, as almas de bronze, as almas de prata, e por fim as de ouro, deixando claro que no seu
pensamento quem nasce em alma de prata, nunca se tonará uma alma de ouro, pois já nasceu
preestabelecido nele, é da sua natureza. E foi com esse pensamento de identidades que surgiram
diversos discursos que fundamentam as exclusões.
Tanto que Aristóteles na Grécia Antiga dizia que haviam pessoas que olhando por sua
natureza isso as discriminavam que eram escravas. Como também na cultura ocidental que
defendeu por muito tempo de que por natureza a mulher era mais afetuosa, más não tinha
disposição para racionalidade.
Surge aí o problema pois nem tudo pode ser reduzido ao fenômeno que se apresenta para
estudo da ciência. A ideia de identidade humana no sentido ocidental tradicional foi construída
de maneira excludente, fazendo com que na medida em que o sujeito maior de direitos humanos
seja o homem racional, branco e europeu isso se tornou um meio de excluir o outro. Desta forma
enquanto a Europa moderna se desenvolvia nos seus discursos dos direitos humanos, a escravidão
africana, os Índios eram exterminados e esses atos eram tidos como justificáveis pela razão de que
esses seres eram tidos como distintos da humanidade plena.
Analisando todo o texto podemos dizer que ele se discute saber a identidade, porém
atendendo a parte de identidade como Direitos Humanos que guarda uma estreita relação com o
princípio da dignidade da pessoa humana. Levinas criticou todo o sentido da totalização e dedicou
a sua vida aos estudos da ética e da alteridade que é um questionamento crítico racional e sólido
dentro da filosofia da totalidade que são identidades com fundamentos.
1. A problemática da razão que rege a identidade
Neste texto nos deparamos com uma dúvida de que o outro é impossível de ser conhecido
totalmente ou é possível que se tenha uma ideia de que há realmente um outro? Com isso temos
um conceito de Rosto.
Quando falamos em Rosto nos vem a relação de face na qual as pessoas tem umas com as
outras, más para Levinas não seria exatamente isso, e sim o confronto do Eu com as necessidades
dos outros seres humanos, não querendo dizer que o rosto revelaria o outro, más o Rosto do outro
“dá sinais” de sua existência, deixando pistas destes. Levinas o chamou assim de “presença
ausente” pois o Rosto está para os sentidos físicos, e não só ao que esses sentidos podem obter,
tendo assim que o conceito de Rosto não se limita a aparência.
O Rosto não quer dizer que seja a identidade d o outro. Ele está longe em sua alteridade,
com isso “matar” o outro é impor a ele uma identidade. Este conceito de Rosto Levinasiano é o
mais difícil de se entender, como também é o mais importante pois sem ele não teríamos como
revelar a razão e ética da alteridade.
O Rosto do outro vem ao encontro do Eu e diz “não matarás” essa relação direta é
realmente ética. Está percepção pura e simples da intencionalidade que se caminha a adequação
se fazendo com que se o outro mim olha tenho por ele uma responsabilidade mesmo sem ter que
assumir essa responsabilidade a seu respeito. Este é o chamamento ético do Rosto é o sentimento
que temos de atendermos a uma dificuldade do outro, mesmo que esse outro seja uma pessoa
estranha.
Está relação com o Rosto vem até a mim e me torna responsável por ele, mesmo não
querendo, por esse motivo nos sentimos obrigados a socorrer o outro. O Rosto do outro anseia
para não o matar que quer dizer não o oprimir, desrespeitar e até mesmo ignorar a sua dor. Esse
ato impensado de socorrer o outro de imediato sem questionar o ser, Levinas chama de amor.
Segundo Levinas diante da alteridade, do Rosto do outro, a atitude humana deve ser um
“Eis-me aqui” no qual se resume em responder por tudo e por todos, ele chamou esse ato de
assimetria fundamental. No qual, eu e o outro não estamos em “grau de paridade” pois o outro me
toma e me faz responsável por ele, mesmo que eu não queira, o Rosto do outro fica sempre como
uma ordem que impõe ao eu, diante do outro, uma responsabilidade gratuita como se eu fosse
escolhido e único.
A relação com o outro não se deve do que o outro possa fazer futuramente por você e sim
pela ética do não esperar nada em troca, porque se fosse ao contrário poderia ser justificável poder
escolher entre socorrer o outro ou não, com isso Levinas diz que se eu sou responsável pelo outro
independente do que o outro responda, na pratica, em relação a mim, essa situação ele chamou de
“Refém” que diz eu sou refém do outro. Deparando-me com a necessidade do outro, isso quer
dizer diante do Rosto do outro eu não poderia e não teria o direito, de negar-lhe ajuda. Levinas
também defende a “bondade desinteressada” onde não se pode esperar reciprocidade, tem que se
fazer o bem sem esperar nada em troca. No qual para Levinas a condição de Refém é fundamental
porque através dela que pode existir no mundo piedade, compreensão, perdão e proximidade que
são fatores indispensáveis para se viver em sociedade e em paz.
Levinas portanto era questionado se sua exigência de um agir sem esperar retorno, não
seria uma “exigência louca para si”. E então ele responde: É louca sim, e ela não pode dispensar
a justiça porque minha relação com outros homens não é a relação com um homem só. Há sempre
o terceiro, o quarto... Porque, de fato, somos uma sociedad e múltipla em que, na relação
fundamental com outrem, se superpõe todo o saber da justiça, que é indispensável. Ele fala da
responsabilidade a qual não está relacionada também com culpa, pois essa culpa não depende da
minha ação ou omissão, porque a responsabilidade já é minha, é muito importante essa
reponsabilidade sem culpabilidade.
De acordo com o pensamento filosófico tradicional podemos afirmar que o bem é um sentido
ontológico positivo que está ligado diretamente a lógica do ser. Não esquecendo que o mal existe
a partir do momento que nos afastamos da excelência, de perfeição.
Para Levinas o mal é o “não despertar para o outro”. Sendo que ele não compreendeu os
sentidos de bem e mal, Levinas burlou a ordem dos sentidos de bem e mal em seu pensamento no
qual tomou outra perspectiva, já a filosofia tradicional teve sua compreensão a partir da lógica da
totalidade.
Com a sua perspectiva, Levinas diz que a alteridade é o sentido que se liga à ordem da
infinitude enquanto identidade é um sentido ligado à ordem da totalidade sendo assim o bem é
“despertar para o sentido de alteridade”, enquanto o mais é “Sopitar para a alteridade”. Deste modo
quando se nega ao outro é o primeiro passo para violência.
Dentro da lógica totalizadora, a das identidades, a alteridade é o desconhecimento
assustador, por não ser algo de dominação plena é tipo como o mal a ser combatido. Seguindo por
esse pensamento a lógica da identidade gera violência.
O conceito que a razão totalizadora criou com ideia de mal é tudo aquilo que se afasta da
noção de excelência, de virtude. Já para o pensamento ocidental tradicional algo é mal tanto quanto
se afaste da perfeição. E o bom é tanto quanto dela se aproxime.
Estes modelos são ditados pelas classes dominantes e aqueles que não seguirem sofrerão
violência e opressão.
A identidade está na aparência, ou na ideia, más para Levinas essas não podem ditar a
identidade do outro, pois os mesmos são vias da totalização e o outro da infinitude. Então Levinas
nos diz que o bem é saber se curvar a esta infinitude enquanto o mal é força-la a totalização, com
isso podemos dizer que “toda identidade é um mal”.
Toda identidade é violentadora da alteridade, uma vez que totaliza aquilo que é infinitude.
Temos dois tipos de identidade construídas, uma que é a identidade socialmente imposta e uma
identidade pessoalmente escolhida.
Seguindo este contexto, todos nós temos o direito de escolher nossas identidades, no entanto
como o conceito de liberdade também a identidade pessoal tem que passar pelo crivo da ética. Pois
esta identidade que o indivíduo busca e aceita/escolhe para si é claramente um direito ligado à sua
liberdade individual. Não esquecendo que também existe o modo como os outros nos identificam
nos cercando de expectativas e por várias vezes com limitações e sanções a quem não atender às
tais expectativas.
Esta é a chamada violência da identidade a qual não escolhi, e sim pelas circunstâncias
sociais me impuseram.
Essa ideia de ética da alteridade nos leva ao pensamento ocidental que é a questão da
liberdade. Se somos obrigados a socorrer o outro, qual o sentido dessa “liberdade”.
Seguindo ainda pelo pensamento ocidental temos vários questionamentos todos
relacionados a liberdade como “o que é liberdade”, “O ser humano é livre ou não”, entre outros.
No pensamento ocidental existe três entendimentos sobre o sentido da liberdade. O
primeiro que ser livre é não ter qualquer limite, o segundo ser livre é autodeterminação, tendo
algumas ressalvas relacionadas à totalidade a qual o ser humano pertence, com as leis naturais, o
Estado e etc. Ficando a liberdade como uma necessidade. O terceiro é a liberdade de escolha
mesmo que seja condicionada a alguns requisitos.
Analisando as três situações ficamos com a terceira onde cada pessoa tem seu direito de
escolha, isso já foi ilustrado desde Platão.
No início da idade moderna, com o Iluminismo a liberdade já foi tratada de uma forma
mais humanista, como uma liberdade individualista, onde todo ser humano tinha liberdade para
possuir, acumular e trocar sem intervenções propriedades que adquirir sem violência, sem má-fé/e
ou a partir do seu trabalho.
Ainda assim Levinas tem um pensamento crítico sobre o entendimento tradicional da
liberdade, ele diz que a liberdade não é só uma dimensão de individualidade, más responde a um
sentido de intersubjetividade. Esse pensamento levinasiano se refere ao sentido de liberdade que
não se preocupa com a liberdade do outro, que tem como suposta “liberdade de eliminar o outro”,
sendo assim o sentido da liberdade é posterior ao de responsabilidade ética”.
Existe, vários exemplos a serem observados, como a de alguns grupos de pessoas que
tornam outras tão desiguais, que distorcem ao pleno exercício da liberdade, fazendo que a ideia de
individualidade acima de qualquer outra coisa, seja egoísta, pois se mostra completamente
indiferente ao outro.
Levinas questiona sobre o conceito de liberdade dizendo “justificar a liberdade é torna-la
justa” e defende que da responsabilidade assimétrica se segue que ninguém é livre para ser
indiferente ao outro.
Após o iluminismo o pensamento ocidental tradicional entend eu a liberdade como ausência
de qualquer submissão e de servidão aos governos e as pessoas. Sendo que o sentido de liberdade
desse movimento social burguês e europeu foi o iluminismo de liberdade econômica e político,
que se deu sentido a ideia de “Condição humana”. Todas essas ideias de liberdade como condição
humana também é o questionamento nos tempos atuais de crise onde se coloca em dúvida se essa
ideia de liberdade é um sentido absoluto incontestável.
Por esse motivo que levinas diz que a liberdade precisa ser justificada, apoiada na ética da
alteridade. É imatura – e até arcaica – a ideia de liberdade não pautada na responsabilidade uma
liberdade absoluta, justificada por si própria. Com isso não podemos dizer que o ser humano é
livre para agir de maneira positiva ou negativa frente ao problema do outro, pois renunciar a
responsabilidade seria simplesmente agir segundo a prática do mal.
4. A identidade e os Direitos Humanos
Todos nós temos o direito de sermos livres de descriminação de qualquer espécie, isso quer
dizer não sermos reduzidos ou aumentados por qualquer razão identitária.
A declaração Universal dos Direitos Humanos tem no seu artigo segundo esse direito
explícito acerca da não descriminação. Eles defendem que o ser humano tem o direito de escolher
sua própria identidade de ordem estritamente pessoal. Pois no conceito existe dois tipos de
identidades que é a identidade socialmente imposta e a identidade pessoalmente escolhida, na qual
essa identidade imposta pela sociedade se torna uma forma de violência que será sempre um mal.
Já a identidade que a pessoa escolhe é um direito ligado à sua liberdade individual, que chamamos
de princípio da dignidade humana.
Todo o direito sobre a identidade pessoal se trata de um direito que se segue como um
desdobramento do exercício da liberdade – más precisamente das liberdades individuais. Desta
forma o pensamento de Levinas acerca do exercício da liberdade pode se dizer o mesmo com
relação ao pleno exercício das identidades pessoais.
A sociedade constrói as identidades seja elas culturais, religiosas, nacionais, de gênero, de
raça entre outras possibilidades pelas quais iremos pleitear por direitos, por isso fazemos uma
crítica a identidade não buscamos negar as ações com todo esse esforço de demandas dos grupos
socialmente oprimidas que buscam reconhecimento de lesões aos seus direitos.
Tínhamos que repensar a forma de construir essas identidades, para que consigamos acabar
com a violência das identidades às alteridades. Pois ainda encontramos d iscursos de eliminação
até nos grupos que buscam direitos fundamentais.
A cultura totalizadora tradicional teve medo da alteridade, pois afinal, a alteridade é o
desconhecimento e isso dá medo. O medo do outro é a razão que dá abertura às diversas formas
de ódio exercidas por motivo de fobias, transfobias, homofobias, xenofobia, todos modos que vão
contra à alteridade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todo o exposto com relação aos direitos humanos e fundamentais, à identidade,
à alteridade e à cultura, o momento é de reflexão, para poder visualizar-se um caminho que seja
de diálogo entre as mais diversas culturas, o que implica a aceitação da diversidade e a
compreensão da humanidade do ser. Tanto a identidade individual quanto a ideia de alteridade e
cultura sofrem mudanças constantes, variando consideravelmente seus conceitos e concepções
nesse novo modelo de mundo.
O interessante neste momento de fragilidade da vida humana é que o indivíduo entenda
seu papel no mundo, como parte integrante de um todo e não como dono do mesmo e nisso o
direito tem um papel fundamental – de auxiliar na concretização da cidadania étnica para o
desenvolvimento do direito destas populações que pode e deve ser favorecido pela abertura
efetivamente democrática e participativa para que estas minorias sociais desenvolvam estruturas
necessárias para a organização e abertura da esfera pública de direitos.
Em outras palavras, é preciso fornecer razões que permitam colocar os diferentes saberes
em debate, ouvir os argumentos, repensar as próprias razões e delas extrair elementos que possam
contribuir para reduzir as diferenças.
Referências
BAUMN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. Tradução: Marcus
Penchel.
____. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. Tradução: Carlos Alberto Medeiros.
BUTLER, Judith. A Filósofa que Rejeita Classificações. São Paulo: 2013. Cult, São Paulo, n. 06,
ano 19, p.46-50, 14 jan. 2016. Entrevista concedida a Carla Rodrigues. Tradução: Cadu Ortolan.
CASTRO, Fabio Caprio Leite de. O Outro e a Justiça. Do eudaimonismo à ética da alteridade. In:
SAYÃO, Sandro Cozza (Org.). Levinas: Entre Nós. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2013. P.
167-202.
CARRARA, O zanan Vicente. A Responsabilidade Ética em Jonas e Levinas. In: SAYÃO, Sandro
Cozza (Org.). Levinas: Entre Nós. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2013. P. 225-236.
CHALIER, Catherine, Levinas: a utopia do humano. Lisboa – Portugal: Instituto Piaget, 1993.
LEVINAS, Emmanuel. Entre Nós: ensaios sobre a alteridade. 5. ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2010.
Tradução de Pergentino Pivatto (coordenador), Evaldo Antônio Kuiava, José Nedel, Luis Wagner
e Marcelo Luiz Pelizzoli.
______. Ética e Infinito. Lisboa – Portugal: Edições 70, 1982. Tradução: João Gama.
______. Totalidade e Infinito. Lisboa – Portugal: Edições 70,1980. Tradução: José Pinto Ribeiro.
PLATÃO. A República. 2. ed. São Paulo: Edipro, 2012. Tradução, textos complementares e notas:
Edson Bini.
POIRIÉ, François. Emmanuel Levinas: Ensaio e Entrevistas. São Paulo: Perspectiva, 2007.
Tradução J. Guinsburg, Mario Honorio de Godoy e Thiago Blumenthal - [Debates; 309 / dirigida
por J. Guinsburg].
SEN, Amartya. Identidade e Violência: A ilusão de destino. São Paulo: Iluminuras; Itaú Cultural,
2015. Tradução: José Antônio Arantes; Coleção: Os Livros do Observatório.
TODOROV, Tzvetan. Os inimigos íntimos da democracia. São Paulo: Companhia das Letras,
2012. Tradução: Joana Angélica D’avila Melo.
Relação entre Direitos Humanos e o Livro
O livro aborda algumas reflexões sobre a relação entre direitos humanos e fundamentais,
identidade, alteridade e cultura nas sociedades contemporâneas. Procura por meio dessas
categorias refletir sobre o processo de globalização e das inúmeras facetas e complexidades vindas
de um processo incerto, ambíguo, marcado por incertezas sociais, econômicas, culturais e
existenciais.
Ganha destaque nesta abordagem a questão da identidade, da alteridade, cultura e direito,
sendo que em tempos de globalização as identidades surgem com novas roupagens, num processo
de amplas mudanças, impossibilitando, assim, uma visão única sobre essa temática. Centrado na
questão da identidade cultural, o trabalho reflete sobre a necessidade de se trabalhar as diferenças,
estimulando a integração e a mudança da forma de pensar e de ver a vida, rompendo com o
pensamento padronizado e introduzindo a necessidade de compreensão da alteridade diante de
contextos e realidades complexas.
Trabalhar com a noção de conhecimento confiável, confrontando modelos explicativos,
pode contribuir para tornar o professor mais aberto e receptivo à pluralidade de saberes e,
inclusive, levá-lo a compreender melhor porque muitos alunos têm grandes dificuldades em
aprender o que parece simples e óbvio.