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QUESTÃO SUBJETIVA – UNIDADE 5 NTE

Orientações para resolução da questão:

1. A resposta deverá ter, no máximo, 30 linhas. Linhas excedentes serão desconsideradas. Portanto,
não serão corrigidas;

2. Produzir qualquer tipo de identificação ao elaborar a resposta acarretará nota ZERO. Portanto,
o aluno deverá incluir apenas os dados que se façam necessários para a resolução da questão.

QUESTÃO:

Observe as ementas de acórdãos proferidos pelo STJ, quando da apreciação de Habeas Corpus e de
Revisão Criminal.

AGRAVO REGIMENTAL. PEDIDO DE SUSPENSÃO. LIMINAR EM PROCEDIMENTO CRIMINAL.


NÃO CONHECIMENTO. DENEGAÇÃO DA ORDEM DE HABEAS CORPUS. UTILIZAÇÃO DA MEDIDA
COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. LESÃO A UM DOS BENS TUTELADOS. NÃO
DEMONSTRAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE ELEMENTOS HÁBEIS PARA INFIRMAÇÃO DOS FUNDAMENTOS
DA DECISÃO IMPUGNADA.

1. Não é cabível o pedido de suspensão de liminar em procedimentos criminais. Precedentes do


STJ.

2. A suspensão de liminar é medida excepcional de contracautela, cuja finalidade é evitar grave


lesão à ordem, à saúde, à segurança ou à economia públicas (Leis n. 8.038/1990, 8.437/1992,
9.494/1997 e 12.016/2009).

3. A parte não pode utilizar-se da suspensão como sucedâneo recursal. Se a questão suscitada é
eminentemente jurídica, a parte deve valer-se dos meios recursais colocados à sua disposição, e
não da estreita via deste instituto.

4. Agravo regimental improvido.

(AgRg na SLS 2.717/PB, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, CORTE ESPECIAL, julgado em
21/10/2020, DJe 26/11/2020)

AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. REVISÃO CRIMINAL NÃO CONHECIDA


NA ORIGEM. ART. 621, INC. I, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. ALEGAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA
DE PROVAS. TESE ANALISADA EM APELAÇÃO E EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE.
AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO ERRO DE JULGAMENTO. WRIT DO QUAL NÃO SE CONHECEU.
DECISÃO MANTIDA. INSURGÊNCIA DESPROVIDA.
1. O Tribunal de origem firmou a compreensão de ser incabível a análise do pedido revisional
por não se adequar às hipóteses trazidas pelo Art. 621 do Código de Processo Penal, enfatizando
que o pedido revisional se resumiria à alegada insuficiência de provas para a condenação, que
já havia sido analisada em apelação criminal e em embargos infringentes. Ressaltou, ainda, que
não houve a indicação precisa de “que consistiria o erro de julgamento incorrido em todos os
julgamentos anteriores, seja monocrático ou colegiado”.

2. O entendimento adotado pela instância precedente ao deixar de conhecer da ação por tal
fundamento se coaduna com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que
não se admite a utilização da revisão criminal como sucedâneo recursal.

3. Mantém-se a decisão singular que não conheceu do habeas corpus, por se afigurar
manifestamente incabível, e não concedeu a ordem de ofício, em razão da ausência de
constrangimento ilegal a ser sanado.

4. Agravo regimental desprovido.

(AgRg no HC 536.201/MS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 21/11/2019,
DJe 28/11/2019)

A partir desse julgados, é possível identificar que, apesar de o CPP dispor sobre o Habeas Corpus e a
Revisão Criminal no mesmo título dos “Recursos”, essas espécies de ações autônomas de impugnação,
assim como o Mandado de Segurança, não possuem natureza jurídica recursal. Tendo como base a
temática da presente Unidade, responda aos seguintes questionamentos:

a) Cláudio foi denunciado por feminicídio praticado em desfavor de sua ex-companheira Marina.
Revoltado com o ocorrido, Sr. Júlio, pai de Marina, requer ao Juízo da Vara do Júri da Comarca X para
ingressar como assistente da acusação. O Juízo, sob o argumento de que a acusação já está sendo
conduzida pelo Ministério Público, indefere o pleito. Na condição de advogado do Sr. Júlio, qual
a providência poderá ser adotada? Há prazo para agir? Qual o fundamento legal da peça? Qual
fundamento jurídico a ser utilizado na peça?

b) Policiais militares realizavam ronda noturna de rotina pelo bairro, sem nenhuma denúncia prévia,
quando identificaram Aline, que se encontrava de pé no portão da sua residência. Ao avistar os policiais,
Aline rapidamente correu para dentro de sua residência. Devido tal atitude, sem mandado judicial, sem
autorização de Aline, os policiais adentraram no imóvel e lá localizaram dois pinos de cocaína no bolso
da bermuda de Aline e, no interior de um pote de plástico, outros 30 pinos de cocaína. Aline foi presa
em flagrante por tráfico de drogas (Art. 33 da Lei nº 11.346/06). O Ministério Público ofereceu denúncia
contra Aline, oportunidade em que indicou como prova da materialidade do crime de tráfico apenas
aquela resultante da busca e apreensão realizada pelos policiais. A denúncia foi recebida. A defesa,
contudo, não se conforma. Qual a providência a ser adotada? Qual o fundamento legal da peça? Qual
o fundamento jurídico da peça?

c) Simone foi condenada pelo crime de roubo mediante o emprego de arma de fogo e concurso de
pessoas. A sentença proferida pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza transitou em
julgado e Simone começou a cumprir a pena imposta. A família de Simone procura o advogado dela
e apresenta nova prova de que Simone não se encontrava no local do fato. Qual providência poderá
ser adotada pelo advogado de Simone? Qual o fundamento legal da peça? Para qual juízo deverá ser
endereçada a peça?

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