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LEI No 

7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. O prazo para o ajuizamento da ação civil pública é de 5 anos, Sú mula 629-STJ: Quanto ao dano ambiental, é admitida a
aplicando-se, por analogia, o prazo da açã o popular, condenaçã o do réu à obrigaçã o de fazer ou à de nã o fazer
Disciplina a açã o civil pú blica de responsabilidade por danos considerando que as duas açõ es fazem parte do mesmo cumulada com a de indenizar. STJ. 1ª Seção. Aprovada em
causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de microssistema de tutela dos direitos difusos. 12/12/2018, DJe 17/12/2018.
valor artístico, estético, histó rico, turístico e paisagístico É também de 5 anos o prazo prescricional para ajuizamento da
(VETADO) e dá outras providências. execução individual em pedido de cumprimento de sentença Art. 4o Poderá ser ajuizada açã o cautelar para os fins desta
proferida em ACP. STJ. 2ª Seçã o. REsp 1273643-PR, Rel. Min. Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimô nio pú blico e
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Sidnei Beneti, julgado em 27/2/2013 (recurso repetitivo) (Info social, ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 515). de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou
Art. 1º  Regem-se pelas disposiçõ es desta Lei, sem prejuízo da aos bens e direitos de valor artístico, estético, histó rico, turístico
açã o popular, as açõ es de responsabilidade por danos morais e Exceçõ es: e paisagístico.
patrimoniais causados: a) ACP para exigir o ressarcimento de dano ao erá rio é Art. 5º Têm legitimidade para propor a açã o principal e a açã o
I – ao meio-ambiente; imprescritível (art. 37, § 5º, CF/88). cautelar:
II – ao consumidor; b) ACP em caso de danos ambientais também é imprescritível I - o Ministério Pú blico;
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histó rico, (Resp 1120117/AC). II - a Defensoria Pú blica;
turístico e paisagístico; III - a Uniã o, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV – a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. “A despeito de ser a ação civil pú blica, em razã o de suas IV - a autarquia, empresa pú blica, fundaçã o ou sociedade de
V – por infraçã o da ordem econô mica; finalidades sociais, preponderantemente condenató ria, economia mista;
VI – à ordem urbanística. implicando na obrigaçã o de fazer ou nã o fazer, esta Corte tem-na V - a associação que, concomitantemente:
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou admitido para defesa do erá rio.” (Agravo Regimental – AgRg no a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da
religiosos. Ag 517098 SP 2003/0061653-8 - Data da publicação 08.08.2015) lei civil;
VIII – ao patrimô nio pú blico e social. b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteçã o ao
Pará grafo ú nico.  Nã o será cabível açã o civil pú blica para patrimô nio pú blico e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à
Art. 2º As açõ es previstas nesta Lei serão propostas no foro
veicular pretensõ es que envolvam tributos, contribuiçõ es ordem econô mica, à livre concorrência, aos direitos de grupos
do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência
previdenciá rias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimô nio artístico, estético,
funcional para processar e julgar a causa.
ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiá rios histó rico, turístico e paisagístico.
podem ser individualmente determinados. Pará grafo ú nico. A propositura da açã o prevenirá a jurisdiçã o
do juízo para todas as açõ es posteriormente intentadas que
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. As agências reguladoras e as agências executivas, na
329 STJ. O Ministério Pú blico tem legitimidade para propor açã o qualidade de autarquias em regime especial, detêm legitimidade
civil pú blica em defesa do patrimô nio pú blico. ativa para a açã o civil pú blica.
Algumas leis que compõ em o microssistema processual coletivo
têm regras pró prias sobre competência territorial, a afastar,
643 STF. O Ministério Pú blico tem legitimidade para promover portanto, o padrã o estabelecido no art. 2º da Lei n. 7.347/85. As organizaçõ es sociais (OS) e as organizaçõ es da sociedade civil
açã o civil pú blica cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste Assim é o art. 209 do ECA, que fixa o local onde ocorreu ou de interesse pú blico (OSCIP), por nã o constarem no rol do art. 5º,
de mensalidades escolares. deva ocorrer a omissão violadora dos direitos e interesses não possuem legitimidade para ajuizamento de ação civil pú blica.
individuais, difusos e coletivos, como sendo o territorialmente
É cabível açã o civil pú blica proposta por Ministério Pú blico competente para as açõ es coletivas em tema de Infâ ncia e Lei nº 9.494/97, Art. 2º-A. A sentença civil prolatada em açã o de
Estadual para pleitear que Município proíba má quinas agrícolas e Juventude. Também o art. 80 do Estatuto do Idoso (Lei n. cará ter coletivo proposta por entidade associativa, na defesa dos
veículos pesados de trafegarem em perímetro urbano deste e 10.741/2003), que fixa o foro do domicílio do idoso como interesses e direitos dos seus associados, abrangerá apenas os
torne transitá vel o anel viá rio da regiã o. STJ. 2ª Turma. REsp sendo o competente para as açõ es coletivas tendentes a protegê- substituídos que tenham, na data da propositura da ação,
1294451-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 1/9/2016 lo. domicílio no âmbito da competência territorial do órgão
(Info 591). prolator.
489 STJ. Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Pará grafo ú nico. Nas açõ es coletivas propostas contra a Uniã o, os
Justiça Federal as açõ es civis pú blicas propostas nesta e na Justiça Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas autarquias e
estadual. fundaçõ es, a petiçã o inicial deverá obrigatoriamente estar
instruída com a ata da assembleia da entidade associativa que a
autorizou, acompanhada da relaçã o nominal dos seus associados
Art. 3º A açã o civil poderá ter por objeto a condenação em e indicaçã o dos respectivos endereços.
dinheiro ou o cumprimento de obrigaçã o de fazer ou nã o fazer.
O Ministério Pú blico Federal, em razão do relevante interesse § 1º O Ministério Pú blico, se nã o intervier no processo como a lei nã o proíbe. STF. Plená rio. ADPF 165/DF, Rel. Min. Ricardo
social da matéria, tem legitimidade para propor ação civil pú blica parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei. Lewandowski, julgado em 1º/3/2018 (Info 892).
em defesa de direito individual homogêneo de mutuá rios do SFH. § 2º Fica facultado ao Poder Pú blico e a outras associaçõ es
(AgRg no REsp 800.657/SP, Rel. Ministro JOÃ O OTÁ VIO DE legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor pú blico deverá
NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 05/11/2009, DJe litisconsortes de qualquer das partes. provocar a iniciativa do Ministério Pú blico, ministrando-lhe
16/11/2009) informaçõ es sobre fatos que constituam objeto da ação civil e
§ 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da ação indicando-lhe os elementos de convicçã o.
O Ministério Pú blico é parte legítima para ajuizamento de açã o por associaçã o legitimada, o Ministério Pú blico ou outro Art. 7º Se, no exercício de suas funçõ es, os juízes e tribunais
civil pú blica que vise o fornecimento de remédios a portadores de legitimado assumirá a titularidade ativa. tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura
certa doença. STF. Plená rio. RE 605533/MG, Rel. Min. Marco da açã o civil, remeterã o peças ao Ministério Pú blico para as
Aurélio, julgado em 15/8/2018 (repercussã o geral) (Info 911). Caso ocorra dissoluçã o da associação que ajuizou ação civil providências cabíveis.
pú blica, nã o é possível sua substituição no polo ativo por outra Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer
O Ministério Pú blico é parte legítima para pleitear tratamento associaçã o, ainda que os interesses discutidos na ação coletiva às autoridades competentes as certidões e informações que
médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saú de sejam comuns a ambas. STJ. 3ª Turma. REsp 1.405.697-MG, Rel. julgar necessá rias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze)
propostas contra os entes federativos, mesmo quando se tratar Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 17/9/2015 (Info 570) dias.
de feitos contendo beneficiá rios individualizados, porque se
refere a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Admite-se emenda à inicial de açã o civil pú blica, em face da
§ 4º O requisito da pré-constituiçã o poderá ser dispensado
Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgâ nica Nacional do Ministério Pú blico). existência de pedido genérico, ainda que já tenha sido
pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
STJ. 1ª Seçã o. REsp 1.682.836-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado apresentada a contestaçã o. STJ. 4ª Turma. REsp 1.279.586-PR,
dimensã o ou característica do dano, ou pela relevâ ncia do bem
em 25/04/2018 (recurso repetitivo) (Info 624). Rel. Min. Luis Felipe Salomã o, julgado em 03/10/2017 (Info 615)
jurídico a ser protegido.
§ 5º Admitir-se-á o litisconsó rcio facultativo entre os
Município tem legitimidade ad causam para ajuizar açã o civil Ministérios Pú blicos da Uniã o, do Distrito Federal e dos Estados § 1º O Ministério Pú blico poderá instaurar, sob sua
pú blica em defesa de direitos consumeristas questionando a na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer organismo
cobrança de tarifas bancá rias. Em relaçã o ao Ministério Pú blico e pú blico ou particular, certidões, informações, exames ou
aos entes políticos, que têm como finalidades institucionais a perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a
Em açã o civil pú blica, a formaçã o de litisconsó rcio ativo
proteçã o de valores fundamentais, como a defesa coletiva dos 10 (dez) dias ú teis.
facultativo entre o Ministério Pú blico Estadual e o Federal
consumidores, nã o se exige pertinência temá tica e
depende da demonstraçã o de alguma razão específica que
representatividade adequada. STJ. 3ª Turma. REsp 1.509.586-SC,
justifique a presença de ambos na lide. STJ. 3ª Turma. REsp Requerimento de documentos pelos 15 dias
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2018 (Info 626).
1.254.428-MG, Rel. Min. João Otá vio de Noronha, julgado em legitimados
2/6/2016 (Info 585). Requisiçã o de documentos pelo MP 10 dias ú teis
A Defensoria Pú blica tem legitimidade para propor ação civil
pú blica em defesa de interesses individuais homogêneos de § 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá
§ 6º Os ó rgã os pú blicos legitimados poderão tomar dos
consumidores idosos que tiveram plano de saú de reajustado em ser negada certidão ou informação, hipó tese em que a açã o
interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às
razã o da mudança de faixa etá ria, ainda que os titulares nã o poderá ser proposta desacompanhada daqueles documentos,
exigências legais, mediante cominaçõ es, que terá eficácia de título
sejam carentes de recursos econô micos. A atuaçã o primordial da cabendo ao juiz requisitá -los.
executivo extrajudicial. 
Defensoria Pú blica, sem dú vida, é a assistência jurídica e a defesa Art. 9º Se o ó rgã o do Ministério Pú blico, esgotadas todas as
dos necessitados econô micos. Entretanto, também exerce suas diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a
atividades em auxílio a necessitados jurídicos, nã o A associaçã o privada autora de uma açã o civil pú blica pode fazer
propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos
necessariamente carentes de recursos econô micos. A expressã o transaçã o com o réu e pedir a extinçã o do processo, nos termos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o
"necessitados" prevista no art. 134, caput, da CF/88, que qualifica do art. 487, III, “b”, do CPC. O art. 5º, § 6º da Lei nº 7.347/85 (Lei
fundamentadamente.
e orienta a atuação da Defensoria Pú blica, deve ser entendida, no da Ação Civil Pú blica) prevê que os ó rgã os pú blicos podem fazer § 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informaçã o
campo da Açã o Civil Pú blica, em sentido amplo. Assim, a acordos nas açõ es civis pú blicas em curso, nã o mencionando as
arquivadas serã o remetidos, sob pena de se incorrer em falta
Defensoria pode atuar tanto em favor dos carentes de associaçõ es privadas. Apesar disso, a ausência de disposiçã o grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do
recursos financeiros como também em prol do necessitado normativa expressa no que concerne a associaçõ es privadas nã o
Ministério Pú blico.
organizacional (que são os “hipervulnerá veis”). STJ. Corte afasta a viabilidade do acordo. Isso porque a existência de § 2º Até que, em sessã o do Conselho Superior do Ministério
Especial. EREsp 1.192.577-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em previsã o explícita unicamente quanto aos entes pú blicos diz
Pú blico, seja homologada ou rejeitada a promoçã o de
21/10/2015 (Info 573) respeito ao fato de que somente podem fazer o que a lei arquivamento, poderã o as associaçõ es legitimadas apresentar
determina, ao passo que aos entes privados é dado fazer tudo que
razõ es escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do
inquérito ou anexados à s peças de informaçã o.
§ 3º A promoçã o de arquivamento será submetida a exame e décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e
deliberaçã o do Conselho Superior do Ministério Pú blico, danos.
conforme dispuser o seu Regimento. Art. 13. Havendo condenaçã o em dinheiro, a indenizaçã o pelo Art. 18. Nas açõ es de que trata esta lei, nã o haverá
§ 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoçã o dano causado reverterá a um fundo gerido por um Conselho adiantamento de custas, emolumentos, honorá rios periciais e
de arquivamento, designará , desde logo, outro ó rgã o do Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarã o quaisquer outras despesas, nem condenaçã o da associação
Ministério Pú blico para o ajuizamento da açã o. necessariamente o Ministério Pú blico e representantes da autora, salvo comprovada má -fé, em honorá rios de advogado,
Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusã o de 1 comunidade, sendo seus recursos destinados à reconstituiçã o dos custas e despesas processuais.
(um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) bens lesados.
Obrigaçõ es Reajustá veis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o § 1º Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro A jurisprudência pacificada dessa Corte é no sentido de que a
retardamento ou a omissã o de dados técnicos indispensá veis à ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, em conta isençã o de custas e de despesas processuais previstas no art. 18
propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério com correçã o monetá ria. da Lei n. 7.347/85 é dirigido apenas ao autor da açã o civil
Pú blico. § 2º Havendo acordo ou condenação com fundamento em pú blica, “nã o estando o réu daquela espécie de demanda isento
dano causado por ato de discriminaçã o étnica nos termos do do pagamento das custas e despesas processuais”. (STJ)
O crime consiste na conduta da pessoa que recebeu uma disposto no art. 1o desta Lei, a prestaçã o em dinheiro reverterá
requisiçã o do MP que exigia determinado documento e/ou diretamente ao fundo de que trata o caput e será utilizada para Art. 19. Aplica-se à açã o civil pú blica, prevista nesta Lei, o
informação e o destinatá rio, em vez de cumpri-la, recusa, retarda açõ es de promoçã o da igualdade étnica, conforme definiçã o do Có digo de Processo Civil, aprovado pela Lei nº 5.869, de 11 de
ou se omite. O STJ entende que se as informaçõ es requisitadas Conselho Nacional de Promoçã o da Igualdade Racial, na hipó tese janeiro de 1973, naquilo em que nã o contrarie suas disposiçõ es.
pelo MP nã o forem INDISPENSÁ VEIS à propositura da ACP, nã o de extensã o nacional, ou dos Conselhos de Promoçã o de
haverá crime. Ex.: o MP instaurou IC e requisitou determinadas Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei será
Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipó teses de danos com
informaçõ es do Secretá rio de Saú de. Este prestou as informaçõ es regulamentado pelo Poder Executivo no prazo de 90 (noventa)
extensã o regional ou local, respectivamente. 
fora do prazo assinalado, de forma que houve retardamento. Em dias.
Art. 14. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos,
tese, o agente pú blico teria praticado o crime do art. 10. Ocorre Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos,
para evitar dano irrepará vel à parte.
que, apó s receber as informaçõ es, o MP decidiu arquivar o IC por coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do
entender que nã o houve qualquer violaçã o a direitos Título III da lei que instituiu o Có digo de Defesa do Consumidor.
Art. 15. Decorridos 60 (sessenta) dias do trâ nsito em julgado Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
transindividuais. Por via de consequência, nã o existiu o crime do
da sentença condenató ria, sem que a associação autora lhe Art. 23. Revogam-se as disposiçõ es em contrá rio.
art. 10, já que as informaçõ es retardadas nã o eram
promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Pú blico, Brasília, em 24 de julho de 1985; 164º da Independência e
indispensá veis à propositura de ACP. STJ. 5ª Turma. HC 303856-
facultada igual iniciativa aos demais legitimados. 97º da Repú blica.
RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 7/4/2015 (Info 560).

Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos
obrigaçã o de fazer ou nã o fazer, o juiz determinará o limites da competência territorial do ó rgã o prolator, exceto se o
cumprimento da prestaçã o da atividade devida ou a cessação da pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas,
atividade nociva, sob pena de execuçã o específica, ou de hipó tese em que qualquer legitimado poderá intentar outra açã o
cominaçã o de multa diá ria (astreintes), se esta for suficiente ou com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. (princípio
compatível, independentemente de requerimento do autor. da primazia do conhecimento do mérito do processo coletivo)
(princípio da reparação integral do dano)
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem No STJ, no julgamento do recurso especial repetitivo
justificação prévia, em decisã o sujeita a agravo. (representativo de controvérsia) n.º 1.243.887/PR, Rel. Min. Luís
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito pú blico Felipe Salomã o, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça,
interessada, e para evitar grave lesã o à ordem, à saú de, à ao analisar a regra prevista no art. 16 da Lei n.º 7.347/85,
segurança e à economia pú blica, poderá o Presidente do Tribunal primeira parte, consignou ser indevido limitar,
a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender aprioristicamente, a eficácia de decisões proferidas em ações
a execuçã o da liminar, em decisã o fundamentada, da qual caberá civis públicas coletivas ao território da competência do
agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) órgão judicante (EREsp 1.134.957/SP, Relatora Ministra Laurita
dias a partir da publicaçã o do ato. Vaz, Corte Especial, julgado em 24/10/2016, DJe 30/11/2016).
§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu
apó s o trâ nsito em julgado da decisã o favorá vel ao autor, mas Art. 17. Em caso de litigâ ncia de má -fé, a associaçã o autora e
será devida desde o dia em que se houver configurado o os diretores responsá veis pela propositura da ação serã o
descumprimento. solidariamente condenados em honorá rios advocatícios e ao

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