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JOGOS E

BRINCADEIRAS
ADAPTADOS
para crianças com limitações
físicas utilizando materiais
recicláveis e de baixo custo

EDUARDO HENRIQUE MONZATTO DE MATTOS e PATRÍCIA VIGÁRIO


Ilustrações: FELIPE MONZATTO
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Mattos, Eduardo Henrique Monzatto de


Jogos e brincadeiras adaptados para crianças com
limitações físicas utilizando materiais recicláveis e
de baixo custo [livro eletrônico] / Eduardo Henrique
Monzatto de Mattos, Patrícia Vigário ; ilustração
Felipe Monzatto. -- Rio de Janeiro : Gama Assessoria
Empresarial, 2021.
PDF

Bibliografia.
ISBN 978-65-993425-5-4

1. Atividades criativas 2. Brincadeiras


3. Crianças com deficiência 4. Educação física para
crianças com deficiência 5. Educação inclusiva
6. Jogos educativos 7. Jogos infantis - Educação
8. Reciclagem (Resíduos etc.) I. Vigário, Patrícia.
II. Monzatto, Felipe. III. Título.

21-63811 CDD-613.7087
Índices para catálogo sistemático:

1. Jogos e brincadeiras : Crianças com deficiência :


Educação física 613.7087

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427


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DEDICATÓRIAS

Aos meus pais pelo amor,


incentivo e grandes ensinamentos.

Aos meus filhos Felipe e Gustavo,


fontes inesgotáveis de força e inspiração.

E àqueles que, em algum momento da


minha vida, disseram: “Você não vai conseguir!”.

Eduardo Monzatto

Para Maria Clara Vigário Cardoso, por existir.


Patrícia Vigário
APRESENTAÇÃO

A
inclusão de crianças com deficiência nas aulas de educação
escolar e atividades físicas ainda é um desafio, incluindo
questões relacionadas à formação dos profissionais, precon-
ceito e a existência de materiais e espaços adequados.
A Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) para o
Desenvolvimento Sustentável preconiza a adoção de medidas e prá-
ticas transformadoras que proporcionem uma vida digna para todas
as populações, independente das características, no presente e no
futuro. O Brasil está entre os 191 países que adotaram a Agenda 2030
e que, portanto, se compromete em executar ações para o alcance
dos 17 objetivos (ODS) e 169 metas neles contidos (Plataforma Agen-
da 2030, 2017a).
O ODS número 4 tem como tema “Educação de qualidade”, que
prevê que a educação seja inclusiva, equitativa e de qualidade, e que
todos tenham oportunidade de aprendizagem em todas as fases da
vida. Como uma das metas, tem-se “Até 2030, substancialmente au-
mentar o contingente de professores qualificados” (Plataforma Agen-
da 2030, 2017b).
Dessa forma, o presente livro tem como objetivo apresentar suges-
tões de adaptações de jogos e brincadeiras para crianças com limi-
tações físicas utilizando materiais de baixo custo e materiais reciclá-
veis, que facilite a inclusão nas aulas de educação física escolar.
Sabemos que as possibilidades de adaptações são diversas, ou seja,
não se restringem às aqui apresentadas, e devem ir ao encontro das
necessidades apresentadas pelos elementos da turma, que também
podem ser diversas. Por isso, reconhecemos que mesmo adaptadas,
a aplicação de algumas atividades não pode não ser possível em de-
terminadas circunstâncias, exigindo novas adaptações.
A utilização de materiais recicláveis traz também a possibilidade
de se trabalhar questões essenciais para a formação do cidadão e a
promoção do desenvolvimento sustentável, incluindo: (a) descarte
adequado do lixo; (b) reciclagem; (c) redução da geração de resíduos
e (d) consciência social, econômica e ambiental, presentes no ODS
número 12 “Consumo e produção responsáveis” (Plataforma Agaen-
da 2030, 2017c).
Este livro é produto da Dissertação de Mestrado desenvolvida pelo
autor Eduardo Henrique Monzatto de Mattos, no Programa de Pós-
-graduação em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Au-
gusto Motta (PPGDL/ UNISUAM), sob orientação da também autora
professora Dra. Patrícia Vigário. A inspiração para todo o trabalho foi
o Gustavo, atualmente com 13 anos de idade, que possui o diagnós-
tico de Paralisia Cerebral. Gustavo é filho do Eduardo Monzatto e ir-
mão do Felipe Monzatto, responsável pelas ilustrações.
Esperamos que este livro seja um material de apoio para professo-
res de educação física e profissionais que lidam com crianças com
deficiência, de modo a facilitar e nortear a escolha e/ ou adaptação
das atividades de forma lúdica e inclusiva.
SUMÁRIO
6 1 Sempre Juntos
9 2 Aqui Não!
11 3 Handebol Adaptado
12 4 Congelou!
14 5 O Cão e a Raposa
16 6 Pegue O Pombo!
17 7 Pega-Pega Jardineiro
18 8 O Sapo no Garrafão
20 9 O Galo Ciscou
21 10 Eu Acho que Vi um Gatinho
22 11 Pega-Pega Pedrinha Rolou
23 12 Pega Bolinha
24 13 O Passeio do Bambolê
25 14 Todos os Bichos para Casa
27 15 Escravos de Jó
28 16 Vamos Passear no Bosque
29 17 Totó Humano
31 18 Eu, Atleta
33 19 Karatê Careta
34 20 Acerte o Alvo!

35 Considerações Finais
35 Referências Bibliográficas
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1 Sempre Juntos
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Giz branco ou pedaço de tijolo ou qualquer material que


permita a realização da marcação dos desenhos no chão;

• Objeto para lançamento (exemplos: tampa plástica,


pote plástico de iogurte cheio de areia ou terra
e vedado com fita crepe).

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

F az-se a marcação de quadrados/ retângulos no chão, recebendo


números de 1 a 10, mais o semicírculo (“céu”), de forma similar ao
“jogo de amarelinha” (também conhecido como “pular macaco”,
“maré” ou “sapata”) (Figura 1).

O s desenhos dos quadrados/ re-


tângulos deverão ser de tama-
nhos suficientes para permitir que
duas crianças os ocupem simultane-
amente e possibilite variações de
acordo com as características da
criança com deficiência.

O professor deverá dividir a turma


em duplas, que realizarão os mo-
vimentos de salto/ deslocamento si-
multaneamente, com as mãos dadas.
Se possível, é desejável que os dois
componentes da dupla apresentem
estatura e peso semelhantes para fa-
cilitar a realização da atividade. Se
uma das crianças da dupla for usuá-
ria de cadeira de rodas, uma possível

Figura 1
Marcação no chão para a atividade
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adaptação é a realização de um único toque na cadeira (impulso), de
modo que a cadeira pare no quadrado/ retângulo desejado.

A o longo de toda a atividade, o lançamento do objeto poderá ser


realizado de duas maneiras: (i) por um dos elementos da dupla,
conforme acordo prévio ou (ii) pelos dois elementos da dupla, si-
multaneamente. Neste caso, a dupla receberá uma bonificação a
ser definida pelo professor. A bonificação se justifica, pois, o lança-
mento em dupla é mais desafiador, além de estimular a cooperação
e a inclusão.

D e modo a facilitar a realização da atividade pela criança que apre-


senta limitações de movimento, o salto e a aterrisagem poderá
ser realizado com os dois pés, conforme ilustrado na Figura 2.

Q uando houver quadra-


do/ retângulo dobra-
dos (ou seja, os pares 3 e
4; 6 e 7; 9 e 10) cada crian-
ça da dupla saltará/ se des-
locará em um dos quadra-
dos (Figura 3).

Figura 2 – Aterrisagem com os dois pés


Q uando os quadrados/
retângulos ocupados
pelo objeto lançado forem
os dobrados (ou seja, os
pares 3 e 4; 6 e 7; 9 e 10),
as duas crianças da dupla
pularão no mesmo quadra-
do, ao lado daquele que es-
tiver ocupado. Conforme a
brincadeira original, não se
saltará dentro do quadra-
do/ retângulo que está ocu-
pado.

Figura 3 – Exemplo de quadrado/ retângulo dobrados.


Cada criança da dupla salta/ se desloca em um
dos quadrados/ retângulos
A o chegar ao semicírcu-
lo (“céu”), a dupla po-
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derá soltar as mãos, e, caso necessário, poderá se ajudar na execu-
ção do giro e consequente o retorno em direção ao ponto de início da
brincadeira. Da mesma forma, a dupla deverá saltar os quadrados/
retângulos na ordem numérica decrescente e, ao passar pelo quadra-
do/ retângulo marcado, resgatar o objeto.

O resgate do objeto poderá ser feito de duas maneiras: (i) por um


dos elementos da dupla, conforme combinado previamente ou
(ii) pelos dois elementos da dupla, ao mesmo tempo. Neste caso, a
dupla receberá uma bonificação a ser definida pelo professor.

O incentivo do professor, monitor e demais crianças é um fator de-


terminante para tornar o jogo mais atrativo e motivante.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega (jogo realizado em
trio, ao invés de dupla).

O jogo é completado com sucesso quando a dupla termina o per-


curso: (a) sem tocar nas linhas dos quadrados/ retângulos du-
rante o salto/ deslocamento; (b) acerta o lançamento do objeto no
quadrado/retângulo previsto; (c) não pisa no quadrado/retângulo
marcado durante o salto/ deslocamento; e (d) apanha o objeto sem
tocar na linha ou sair do quadrado/ retângulo. Porém, a atividade po-
derá sofrer ajustes de acordo com possibilidades e/ou particularida-
des dos alunos.

C omo forma de variação, sugere-se também a substituição dos


números dos quadrados/ retângulos por animais, cores, países,
frutas, entre outros. Dessa forma, pode-se abordar conteúdos de ou-
tras matérias da estrutura curricular conferindo multidisciplinaridade
ao processo.
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2 Aqui Não!
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Corda de sisal, barbante ou rede de vôlei;


• Sacolas de mercado de plástico biodegradável;
• Duas cadeiras (caso não haja estrutura fixa para amarrar a
corda/ rede de vôlei).

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser


realizada em local
espaçoso que possibili-
te a movimentação das
crianças que estarão dis-
tribuídas sentadas no
chão.

C aso o local não tenha


estrutura fixa para
amarrar a corda/ rede de Figura 4 – Divisão da turma e
posicionamento para o início da atividade
vôlei, posicionar duas ca-
deiras alinhadas e afas-
tadas de modo que permita a amarração.

A s bolas serão confeccionadas com sacolas de plástico biodegra-


dável, cheias de ar.

A turma deverá ser dividida em duas equipes, distribuídas em lados


opostos da corda/ rede, conforme ilustrado na Figura 4.

A escolha da equipe que dará início ao jogo será definida no “par


ou ímpar”.

E m cada partida, o professor definirá o número de toques que as


equipes deverão dar na “bola” até o lançamento para o lado opos-
to. Uma das regras básicas é que todos os componentes da equipe
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deverão dar pelo menos um toque na “bola” antes de passá-la para o
lado oposto.

A segunda regra do jogo é que todos deverão permanecer senta-


dos, inclusive durante o deslocamento (que poderá ser feito com
o auxílio das mãos) (Figura 5).

A “bola” será colocada em jogo na linha de fundo do local onde a


atividade será realizada, por uma das crianças que dará o saque.
Destaca-se, porém, que antes de passar a “bola” para o lado oposto
todas as crianças da equipe deverão tê-la tocado.

A pontuação total do jogo deverá ser definida pelo professor tendo


como possíveis critérios: (a) a faixa etária da turma, (b) o núme-
ro de componentes das
equipes e (c) o grau de li-
mitação físico-motora das
crianças com deficiência.

S ugestões para marca-


ção de pontos: (a) cada
vez que a “bola” tocar o solo
ou (b) quando houver mais
de um toque consecutivo
pela mesma criança.

P ara aumentar o grau de


dificuldade da ativida-
de, sugere-se a inclusão de
Figura 5 – Deslocamento durante o jogo
com o auxílio das mãos
outras “bolas”, conforme
ilustrado na Figura 6. Nes-
se caso, as duas equipes
sacam ao mesmo tempo,
considerando-se os mes-
mos critérios para a mar-
cação dos pontos.

Figura 6 – Atividade com a inclusão


de mais de uma “bola”
| 11 |

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

V ence a equipe que alcançar primeiramente o número de pontos


estipulado.

3 Handebol Adaptado
MATERIAIS
NECESSÁRIOS

• Bola de meia.

DESENVOLVIMENTO
DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser reali-


zada em local espaçoso
que possibilite a movimenta-
Figura 7 – Deslocamento na posição de joelhos ção das crianças que estarão
distribuídas sentadas no chão
ou ajoelhadas.

A turma deverá ser dividida em duas equipes, posicionadas em la-


dos opostos no local onde a atividade será desenvolvida.

A escolha da equipe que dará início ao jogo será definida no “par


ou ímpar”.

U ma das regras básicas é que todos os componentes das equi-


pes deverão se deslocar de joelhos (Figura 7) ou na posição
sentada com o auxílio das mãos, de acordo com o critério estabe-
lecido previamente pelo professor. Somente o goleiro poderá ficar
na posição de pé.
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A bola deverá passar, obrigatoriamente, por todos os componentes


de cada equipe antes de ser arremessada ao gol.

C ada participante poderá se deslocar o equivalente a três passos


tendo a posse da bola e logo em seguida deverá arremessá-la ao
gol ou passá-la a outro componente da equipe. Caso esta regra não
seja respeitada será marcada uma infração e a bola passará para a
equipe adversária.

A criança selecionada para ocupar o gol poderá ficar na posição de


pé ou em outra posição definida previamente pelo professor.

A pontuação total do jogo deverá ser definida pelo professor tendo


como possíveis critérios: (a) a faixa etária da turma, (b) o núme-
ro de componentes das equipes e (c) o grau de limitação físico-mo-
tora das crianças com deficiência. Alternativamente, pode-se definir
o tempo do jogo e a equipe que marcar mais gols será a vencedora.

P ara aumentar o grau de dificuldade da atividade, sugere-se a in-


clusão de outra bola. Nesse caso, as duas equipes iniciam o jogo
ao mesmo tempo, considerando-se os mesmos critérios para a mar-
cação dos pontos.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

4 Congelou!
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Giz branco ou pedaço de tijolo ou qualquer material que


permita a realização da marcação dos desenhos no chão;

• Bola de meia.
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DESENVOLVIMENTO
DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser reali-


zada em local espaçoso
que possibilite a movimenta-
ção das crianças que estarão
distribuídas sentadas no chão.
O local será dividido em duas
partes iguais por meio de uma
linha.
Figura 8 – Posição de deslocamento na posição
sentada com o apoio das mãos

A turma deverá ser dividida


em duas equipes, posicio-
nadas em lados opostos no
local onde a atividade será de-
senvolvida.

A escolha da equipe que


dará início ao jogo será de-
finida no “par ou ímpar”.

O objetivo do jogo é “conge-


lar” o maior número de
oponentes possível, por meio
Figura 9 – Arremesso da bola na posição ajoelhada
do arremesso da bola.

U ma das regras básicas é que todos os componentes das equipes


deverão se deslocar para fugir da bola na posição sentada com
o auxílio das mãos (Figura 8) ou ajoelhados, de acordo com o critério
estabelecido previamente pelo professor.

O arremesso da bola poderá ser feito na posição ajoelhada (Figura


9) ou sentada, de acordo com o critério estabelecido previamen-
te pelo professor.

A s crianças que forem “congeladas” deverão se deslocar para uma


área localizada ao fundo do espaço da equipe adversária (“Pólo
Norte”) e auxiliarão no “congelamento” dos demais participantes da
| 14 |
equipe adversária. O des-
locamento poderá ser feito
na posição de joelhos, sen-
tada com o auxílio das
mãos ou engatinhando (Fi-
gura 10).

O s participantes “con-
gelados” não poderão
sair da área “Pólo Norte”
até o término da partida.
Figura 10 – Deslocamento para o fundo

P
do espaço da equipe adversária ara aumentar o grau de di-
ficuldade da atividade, su-
gere-se a inclusão de outra bola, dependendo das características
dos participantes.

V ence a equipe que conseguir congelar o maior número de com-


ponentes da equipe adversária.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

5 O Cão e a Raposa
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso que possibilite


a movimentação das crianças.

O professor sorteará duas crianças para darem início à atividade


(uma será o “cão” e a outra será a “raposa”) e as demais serão di-
vididas em duplas, sentadas no chão, uma atrás da outra com o espa-
ço aproximadamente de 1 metro (formarão as “tocas”) (Figura 11).
| 15 |

O aluno sorteado para


ser o “cão” deverá
tentar pegar o aluno sor-
teado para ser a “raposa”.
O deslocamento poderá
ser feito ajoelhado, sen-
tado com apoio das mãos
no chão ou engatinhando
(Figura 12).

A s “tocas” servirão de Figura 11 – Disposição das crianças


para o início da atividade
“abrigos” para a “ra-
posa”, ou seja, ao adentrá-
-las não poderá ser pego
pelo “cão”. A ‘raposa” po-
derá permanecer na toca
por apenas cinco segun-
dos e após esse tempo a
sua saída será obrigatória.
Além disso, a “raposa” só
poderá usar as “tocas” três
vezes.

C
Figura 12 – “Cão” engatinhando atrás da “raposa”
aso a “raposa” seja
pega, a dupla passará
a ser uma “toca” e novos participantes serão sorteados para serem o
“cão” e o “raposa”.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.
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6 Pegue o Pombo!
MATERIAIS
NECESSÁRIOS

• Giz branco ou pedaço de tijolo ou qualquer material que


permita a realização da marcação dos desenhos no chão;

• Dois objetos que simbolizem o “pombo” (exemplos: garra-


fa PET, lata de óleo, caixa de papelão).

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso que possibili-


te a movimentação das crianças. O espaço será dividido em
duas partes iguais, com a colocação de um “pombo” de cada lado
(Figura 13).

A turma deverá ser dividida em duas equipes. O objetivo da ativida-


de será apanhar o “pombo” da equipe adversária.

O professor dará início à atividade com a seguinte frase: “peguem


o pombo! ”. Em seguida, crianças deverão se deslocar em dire-
ção ao espaço da equipe opos-
ta, de acordo com os critérios
definidos previamente (por
exemplo: ajoelhados, sentados
com o apoio das mãos, engati-
nhando, entre outros).

D urante a atividade, as crian-


ças deverão se organizar
para apanhar o “pombo” da equi-
pe adversária e, ao mesmo tem-
po, proteger o “pombo” da sua
Figura 13 – Organização do espaço para
o início da atividade, com objeto ou bandeira
que simbolize o “pombo”
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equipe. Como forma de proteção, as crianças poderão “prender” os
oponentes por meio de um toque.

A criança que for “presa” no espaço da equipe adversária por um


oponente deverá ficar parada no mesmo lugar em que foi “presa”,
até que um companheiro da sua equipe venha “libertá-la”.

A equipe que conseguir capturar o “pombo” adversário será a ven-


cedora.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.

7 Pega-pega
Jardineiro
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso que possibilite


a movimentação das crianças e o professor sorteará uma crian-
ça para dar início à atividade, que será o “jardineiro”.

O “jardineiro” deverá ir ao encontro dos demais colegas que ao se-


rem tocados, deverão deitar no chão, virando “raízes”. O deslo-
camento poderá ser feito ajoelhado, engatinhando, sentando com
apoio das mãos no chão ou na posição de pé, dependendo das ca-
racterísticas dos alunos da turma e limitações físico-motoras apre-
sentadas. No caso de crianças usuárias de cadeira de rodas, ao invés
de deitarem no chão ao serem pegas pelo “jardineiro”, estas deverão
colocar os braços relaxados fora do apoio da cadeira de rodas.
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N a segunda passagem,
a criança que for pega
deverá ficar na posição
sentada, com os braços
esticados para cima, vi-
rando “tronco”. Por fim, na
terceira passagem, a crian-
ça que for pega deverá fi-
car parada na posição de
pé (ou sentada, dependen-
do a limitação físico-mo-
tora) com os braços aber-
Figura 14 – Posição de “árvore” tos, virando uma “árvore”
(Figura 14).

A atividade termina quando todas as crianças forem pegas, ou ao


término do tempo estipulado. Em seguida, o professor deverá
sortear um novo “jardineiro” para a nova passagem.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência. Para aumentar o nível de difi-
culdade sugere-se a presença de mais de um “jardineiro”.

8 O Sapo
no Garrafão
MATERIAIS NECESSÁRIOS

G iz branco ou pedaço de tijolo ou qualquer material que permita a


realização da marcação dos desenhos no chão.
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DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser rea-


lizada em local espaço-
so que possibilite a movimen-
tação das crianças e o
professor sorteará uma crian-
ça para ser a pegadora e dar
início à atividade.

O professor fará um dese-


nho no chão similar a um
“garrafão”, com aberturas nas
Figura 15 – Ilustração do “garrafão”

duas extremidades de tama-


nho que permita a passagem das crianças (Figura 15).

A atividade terá início ao apito do professor. Inicialmente, o pega-


dor estará dentro do garrafão e as demais crianças, fora.

A s crianças, com o tipo de deslocamento combinado previamente


com o professor (por exemplo: engatinhando, rolando, sentadas
com apoio das mãos) deverão entrar e sair do garrafão pelas abertu-
ras nas extremidades, enquanto o pegador deverá tentar pegá-las.

O pegador somente poderá usar a área interna do garrafão e todas


as crianças deverão obrigatoriamente passar pela área interna.

A criança que for pega passará a ser o novo pegador. Caso haja ne-
cessidade, a criança com deficiência poderá ser auxiliada pelo
professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.
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9 O Galo Ciscou
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Giz branco ou pedaço de ti-


jolo ou qualquer material que
permita a realização da mar-
cação dos desenhos no chão.

DESENVOLVIMENTO
DA ATIVIDADE
Figura 16 – “Galo” indo ao encontro
das “minhocas”

A atividade deverá ser rea-


lizada em local espaço-
so que possibilite a movimentação das crianças e o professor sorteará
uma criança para dar início à atividade, que será o “galo”.

O “galo” deverá ir ao encontro das demais crianças que se deslo-


carão pelo chão como “minhocas”, conforme Figura 16 (no início
da atividade afastados por cerca de dois metros). O “galo” poderá se
deslocar de joelhos, engatinhando ou sentado com apoio das mãos
e as “minhocas” poderão se deslocar rolando ou da forma mais con-
veniente, desde que seja no chão.

Q uando forem pegas, as “minhocas” deverão se deslocar para o


“ninho dos pintinhos”, uma área desenhada pelo professor, pa-
gando uma prenda (por exemplo, emitir sons específicos, soletrar
palavras).

A pós todas as “minhocas” serem pegas ou o tempo estimado para


a atividade terminar, o professor deverá sortear um novo “galo”
para reiniciar a atividade.

C aso o tempo estimado para a atividade termine e o “galo” não te-


nha conseguido pegar nenhuma “minhoca”, este também deverá
se deslocar para o “ninho dos pintinhos” pagando a prenda.
| 21 |

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.

10 Eu Acho que
Vi um Gatinho
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso. As crianças


deverão estar deitadas (ou sentadas) no chão formando um cír-
culo e o professor sorteará uma criança para se posicionar no centro,
o “espião” (Figura 17).

O “espião” cantará uma música batendo palmas e as demais crian-


ças deverão se movimentar. Quando o “espião” falar “eu acho
que vi um gatinho”, todos deverão ficar parados na posição em que
estavam.

O “espião” passará
pelas demais crian-
ças observando se há
alguma movimentação.
Será permitido o uso de
caretas, a realização de
movimentos engraça-
dos ou outras estraté-
gias que induzam à mo-
vimentaçãodascrianças
que estão paradas.

Figura 17 – Posição inicial da atividade,


com as crianças deitadas
| 22 |

C aso seja percebida a movimentação, o “espião” apontará e falará:


“gatinho!”. O “gatinho”, então, deverá dar uma volta ao redor do
círculo imitando um gato. Em seguida o professor deverá sortear um
novo “espião” para reiniciar a brincadeira.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.

11 Pega-Pega
Pedrinha Rolou
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso que possibilite


a movimentação das crianças e o professor sorteará uma crian-
ça para dar início à atividade, que será o “pegador”.

O “pegador” deverá ir ao encontro das demais crianças. O desloca-


mento poderá ser feito engatinhando, ajoelhado, rolando, senta-
do com o apoio das mãos, ou da maneira mais conveniente de acor-
do com as características da
turma e deficiência.

A o serem pegas, as crian-


ças deverão se posicio-
nar imitando uma “pedrinha”
(por exemplo, agachado,
sentado) (Figura 18), fican-
do na posição até que outra
criança venha “salvá-la”.

Figura 18 – Exemplo de posição de “pedrinha”


| 23 |

O salvamento poderá ser


feito passando as per-
nas por cima da “pedrinha”
(Figura 19) ou utilizando ou-
tro critério definido previa-
mente pelo professor. Uma
vez salva, a criança voltará
a fugir do “pegador”.

A pós o tempo estipulado


para a realização da ati-
vidade ou quando todas as
Figura 19 – Exemplo de
“salvamento” da pedrinha
crianças virarem “pedri-
nhas” o professor deverá sortear um novo “pegador”.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.

12 Pega Bolinha
MATERIAIS NECESSÁRIOS:

• Bola de meia.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso. As crianças fi-


carão sentadas no chão divididas em duplas, inicialmente com
as mãos para trás e o professor colocará uma bola à frente de cada
dupla (Figura 20).
| 24 |

O professor solicitará que


as crianças toquem di-
ferentes partes do corpo
(por exemplo: nariz, ombro,
boca, joelho) com as mãos.
Ao falar “bolinha” as crian-
ças deverão rapidamente
tentar pegar a bola, antes do
outro elemento da dupla.

Figura 20 – Posicionamento
V ence o elemento da du-
pla que conseguir pe-
gar a bola o maior número
para o início da atividade
de vezes.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.

13 O Passeio
do Bambolê
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Bambolê (pode ser confeccionado com mangueira de água).

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

O professor deverá solicitar que as crianças deem as mãos, for-


mando um círculo.
| 25 |

S erá colocado um bambolê entre as mãos de duas crianças, que


deverá ser passado por cada criança do círculo, sem soltar as
mãos (Figura 21).

O incentivo ao trabalho coletivo e a sugestão de estratégias para a


passagem do bambolê são de fundamental importância para o
bom andamento da atividade.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações pode-


rão ser feitas de acordo
com as características da tur-
ma e da deficiência, incluindo
mudança e posição (por exem-
plo: sentada, ajoelhada) e o
aumento do número de bam-
bolês.

Figura 21 – Passagem do bambolê


pelas crianças de mãos dadas

14 Todos
os Bichos para Casa
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso que possibilite


a movimentação das crianças. O professor dividirá parte da tur-
ma em duplas, que encostarão as mãos no alto formando uma “casi-
nha” (Figura 22). A “casinha” poderá ser organizada na posição de pé,
sentada ou na posição mais conveniente que permita a participação
de todos os alunos da turma.
| 26 |

O número de “casinhas” de-


verá ser menor que o núme-
ro de crianças sem “casinha”.

O professor deverá dar dois


principais comandos: “To-
dos para as suas casinhas” “To-
dos viram ... (nome de um ani-
mal)”
Figura 22 – Formação da “casinha”

A o primeiro comando, as
crianças que estão fora das
“casinhas” deverão se deslocar em direção à “casinha” mais próxima
e tentar entrar. O deslocamento poderá ser feito na posição de pé,
engatinhando, rolando, ajoelhado ou na posição mais conveniente
para que todos consigam participar.

A o segundo comando, as crianças que estão dentro e fora das “ca-


sinhas” deverão imitar o animal escolhido pelo professor.

A o ouvir mais uma vez o comando “todos para a sua casinha”, as


crianças deverão novamente se deslocar, porém, dessa vez, imi-
tando o animal escolhido anteriormente pelo professor. As crianças
que estão dentro deverão buscar outra “casinha” e as que estão fora
deverão tentar entrar em uma “casinha”.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as carac-


terísticas da turma e da deficiência, incluindo mudança e posi-
ção (por exemplo: sentada, ajoelhada) e o aumento do número de
bambolês.
| 27 |

15 Escravos de Jó
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Latas de alumínio, caixas, garrafas PET,


rolo de papel, entre outros.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso. As crianças da-


rão as mãos para formarem um círculo e em seguida sentarão no
chão (Figura 23). Cada criança estará segurando um objeto.

A atividade acontecerá com a as crianças cantando a cantiga “Es-


cravos de Jó”:

“Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, põe
Deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue-zigue-zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue-zigue-zá”
Compositor: Domínio público
Figura 23 – Posicionamento inicial
para a atividade

A iniciar a música, as crianças


deverão passar os objetos para a criança que está ao seu lado,
no sentido horário. Na palavra “tira”, as crianças deverão colocar o
objeto no alto, na palavra “põe” deverão colocar o objeto no chão e
no “deixa ficar” deverão tirar as mãos do objeto.

N o verso “guerreiros com guerreiros” as crianças voltarão a passar


os objetos no sentido horário e no verso “fazem zigue-zigue-zá”,
farão o movimento de ida e volta, só passando a lata à frente no “zá”.
| 28 |

S ugere-se repetir a cantiga com movimentos que estimulem a cria-


tividade e explore novas dinâmicas: inverter o sentido; bater os
objetos para marcar o tempo da música; não fazer barulho com o ob-
jeto ao colocá-lo no chão, entre outros.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.

16 Vamos Passear
no Bosque
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Bambolês (podem ser confeccionado com mangueira de


água)
• Garrafas PET
• Jornal
• Latas
• Caixas

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso que possibilite


a movimentação das crianças.

A s crianças representarão os personagens “João” e “Maria”, do


conto infantil “João e Maria”, perdidos na floresta. No percurso
as crianças deverão passar por vários obstáculos, formando um
circuito.
| 29 |

O s obstáculos serão criados


o auxílio dos materiais, in-
cluindo: deslocamento em zi-
guezague pelas garrafas PET,
passar pelos bambolês, saltar
pelas escadas feitas de jornal,
entre outros (Figura 24). Os obs-
táculos irão variar de acordo com
as características da turma, limi-
Figura 24 – Passagem pela escada tações físicas apresentadas pe-
construída por jornal las crianças e espaço disponível
para a realização da atividade.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.

17 Totó Humano
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Giz branco ou pedaço de tijolo ou qualquer material que


permita a realização da marcação dos desenhos no chão;
• Garrafas PET cheia de areia ou terra;
• Bolas de meia.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso. A turma será


dividida em duas equipes e as crianças serão distribuídas senta-
das em círculos desenhados, no chão dispostos em fileiras seme-
lhante ao jogo de totó (Figura 25).
| 30 |

A s crianças deverão permanecer de mãos dadas durante toda a


atividade, nas respectivas fileiras. Caso as mãos sejam soltas
em algum momento será dado um ponto para a equipe adversária.

S ugere-se a utilização de 2 garrafas PET, para formar as “traves”


de ambos os lados da quadra ou local de jogo, caso essas não
estejam disponíveis.

O professor jogará a bola ao alto para dar início à atividade e sem-


pre que a bola sair pelas linhas laterais ou de fundo.

A s crianças deverão tentar fazer o gol utilizando qualquer parte do


corpo exceto as mãos, e sem sair do círculo. Aquelas que ocupa-
rem a posição dos goleiros poderão utilizar ou não as mãos para a
defesa, conforme critério definido pelo professor.

P ara aumentar o nível de dificuldade e conferir maior dinamismo,


sugere-se o aumento do número de bolas ao longo da atividade.

V ence a equipe que fizer o maior número de gols.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações
poderão ser feitas
de acordo com as ca-
racterísticas da turma
e da deficiência.

Figura 25 – Sugestão de organização espacial


para a realização da atividade
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18 Eu, Atleta
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Garrafas PET
• Potes plásticos de iogurte, cheios de areia ou terra e veda-
dos com fita crepe
• Latas
• Caixas de papelão
• Jornal
• Bola de meia
• Fita crepe ou durex
• Anéis de lata de alumínio

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso que possibilite


a movimentação das crianças.

A s crianças serão “atletas” dos esportes esgrima, arremesso de


peso e boliche, todos adaptados.

E sgrima: Os floretes (espadas) serão confeccionados com folhas


de jornal pelas próprias crianças. A folha de jornal deverá ser en-
rolada de forma fina (como um canudo) e colada com fita crepe. Para
maior firmeza, sugere-se a utilização de duas folhas. Sugere-se a con-
fecção de cinco floretes por criança.

A s crianças serão divididas em duplas. Cada elemento deverá, ao


mesmo tempo, tentar encostar o florete no tronco do adversário
e se defender apanhando o florete do adversário. A atividade poderá
ser realizada na posição sentada, ajoelhada ou em outra posição de-
terminada pelo professor.

V ence o elemento da dupla que conseguir apanhar o maior núme-


ro de floretes do adversário.
| 32 |

A rremesso de peso: O professor colocará as caixas de papelão a


uma determinada distância das crianças, que estarão organiza-
das em colunas de acordo com o número de caixas disponíveis.

A s crianças deverão arremessar os potes de iogurte cheios de


areia/ terra em direção às caixas, tentando acertá-las.

O s arremessos poderão ser feitos na posição sentada, ajoelhada,


de pé, com uma das mãos, com as duas mãos ou de acordo com
outros critérios definidos pelo professor.

V ence a coluna que conseguir o maior número de acertos.

B oliche: O professor colocará as garrafas PET organizadas em blo-


cos (formação 4-3-2-1) a uma determinada distância das crian-
ças, que estarão organizadas em colunas de acordo com o número
de blocos de garrafas disponíveis.

A s crianças deverão lançar a bola de meia em direção às garrafas,


de modo a derrubar o maior número possível.

O s arremessos poderão ser feitos na posição sentada, ajoelhada,


de pé, com uma das mãos, com as duas mãos ou de acordo com
outros critérios definidos pelo professor.

V ence a coluna que conseguir


o maior número de acertos.

A o final, o professor poderá distribuir “medalhas” confeccionadas


com anel de garrafa de alumínio, papelão e barbante, simbolizan-
do o primeiro, segundo e terceiro lugares.

C aso haja necessidade, a criança com deficiência poderá ser auxi-


liada pelo professor, monitor ou outro colega.

O utras adaptações poderão ser feitas de acordo com as caracte-


rísticas da turma e da deficiência.
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19 Karatê Careta
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Pregadores de roupa coloridos.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso. As crianças fi-


carão sentadas no chão divididas em duplas, sentadas uma de
frente para a outra.

T odas as crianças estarão com quatro pregadores de roupas colo-


ridos, um de cada cor, pendurados na parte da frente das suas
blusas (Figura 26).

P ara dar início à atividade, o professor pedirá que as crianças se-


gurem a ponta das suas orelhas e façam uma careta (Figura 26).

O professor deverá falar uma sequência de palavras aleatórias (por


exemplo: caneca, lata, chuva, etc) e quando falar a cor do prega-
dor as crianças deverão, ao mesmo tempo, tentar retirar o pregador
da sua dupla e proteger o seu.

A brincadeira poderá ser repetida várias vezes trocando-se as du-


plas, pedindo para que as crianças segurem as pontas dos pés,
coloquem as mãos para trás, entre outros.

C aso haja necessidade, a crian-


ça com deficiência poderá ser
auxiliada pelo professor, monitor
ou outro colega.

O utras adaptações poderão


ser feitas de acordo com as
características da turma e da de-
ficiência.
Figura 26 – Colocação dos pregadores
coloridos e posição inicial da atividade
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20 Acerte o Alvo!
MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Bambolês (pode ser confeccionado com mangueira de água)


• Corda de sisal ou barbante
• Bola de meia

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

A atividade deverá ser realizada em local espaçoso. As crianças


serão divididas em equipes e ficarão sentadas no chão organiza-
das em colunas de acordo com o número de bambolês disponíveis.

O professor deverá prender os bambolês em um local alto usando


barbante ou corda de sisal (Figura 27).

A s crianças deverão arremessar a bola de modo a acertar o bam-


bolê. Cada criança terá três tentativas até passar a vez para a
próxima criança da equipe.

V ence a equipe que conseguir acertar o maior número de bolas no


bambolê.

C aso haja necessidade,


a criança com defici-
ência poderá ser auxiliada
pelo professor, monitor ou
outro colega.

O utras adaptações po-


derão ser feitas de
acordo com as caracterís-
ticas da turma e da defici-
ência.

Figura 27 – Colocação dos bambolês


para a realização da atividade
| 35 |

CONSIDERAÇÕES FINAIS

R
eunimos 20 possibilidades de adaptações de jogos e brinca-
deiras para crianças com limitações físicas utilizando mate-
riais de baixo custo e materiais recicláveis. Certamente as pos-
sibilidades de adaptações não se esgotam aqui, considerando
a heterogeneidade de limitações que cada criança possui de acordo
com o tipo de deficiência e experiências.
As limitações físicas não devem ser vistas como barreiras para a
participação em atividades físicas, esportes e exercícios físicos, mas
sim como elementos motivadores para o uso da criatividade. A par-
ticipação nas aulas de educação física é um direito de todas as crian-
ças e cabe a nós, profissionais de educação física, adaptarmos e
criarmos as melhores estratégias para que o processo aconteça de
forma lúdica, leve e inclusiva.

REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL EM MENTE. 100 Brincadeiras para ensinar/aprender brincan-
do. Brasileirinhos. Disponível em:<https://brasileirinhos.wordpress.
com/brincadeiras/>. Acesso em: 15 jun. 2020.

CEM. Aprendizado com brincadeiras. Ed. Infantil. Centro Educacional


Margarida. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=1K-
3jbMqNgq4>. Acesso em: 15 jun. 2020.

CORREIA, Marcos Miranda. Trabalhando com jogos cooperativos: em


busca de novos paradigmas na educação física. 5. ed. Campinas: Pa-
pirus, 2012.

EDUCACIONAL, Redação Ênfase. 90 Jogos e brincadeiras antigas


para a diversão de crianças e adultos. Disponível em:<https://enfase-
educacional.com.br/blog/90-jogos-e-brincadeiras-antigas/>. Acesso
em: 15 jun. 2020.
| 36 |
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da
educação física. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1994.

MELHEM, Alfredo. A prática da educação física na escola. Rio de Ja-


neiro: Sprint, 2009.

PLATAFORMA AGENDA 2030 a. Acelerando as transformações para


a Agenda 2030 no Brasil. Disponível em: http://www.agenda2030.
com.br/. Acesso em 02 de fevereiro de 2021.

PLATAFORMA AGENDA 2030 b. Metas do Objetivo 4. Disponível em:


http://www.agenda2030.com.br/ods/4/. Acesso em 02 de fevereiro
de 2021.

PLATAFORMA AGENDA 2030 c. Metas do Objetivo 12. Disponível em:


http://www.agenda2030.com.br/ods/12/. Acesso em 02 de fevereiro
de 2021.

SOLER, Reinaldo. Brincando e aprendendo na educação especial. Pla-


nos de aula. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.

VERDERI, Érica. Encantando a educação física. 2. ed. Rio de Janeiro:


Sprint, 2002.
| 37 |

Eduardo Henrique
Monzatto de Mattos
• Licenciatura em Educação Física – Centro
Universitário Augusto Motta (UNISUAM)
• Bacharelado em Educação Física – Centro
Universitário Augusto Motta (UNISUAM)
• Tecnólogo em Gestão Pública pelo Exército
Brasileiro/Ministério da Defesa
• Mestre em Desenvolvimento Local – Centro
Universitário Augusto Motta (UNISUAM)
• Pai de Gustavo Cunha Monzatto, diagnosticado
com Paralisia Cerebral.

Felipe Monzatto
• Estudante de Arquitetura– Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo - Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ)
• Irmão do Gustavo Cunha Monzatto,
diagnosticado com Paralisia Cerebral.

Patrícia Vigário
• Licenciatura Plena em Educação Física – Escola de
Educação Física e Desportos - Universidade Federal
do Rio de Janeiro (EEFD/ UFRJ)
• Mestrado em Saúde Coletiva – Instituto de Estudos
de Saúde Coletiva - Universidade Federal do Rio de
Janeiro (IESC/ UFRJ)
• Doutorado e Pós-doutorado em Ciências – Faculdade
de Medicina - Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ)
• Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em
Desenvolvimento Local - Centro Universitário
Augusto Motta (PPGDL/ UNISUAM)
• Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em
Ciências da Reabilitação - Centro Universitário
Augusto Motta (PPGCR/ UNISUAM)

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