Você está na página 1de 58

MANUAL DE

MANUTENÇÃO
GIRA PÁ 16t

Sorocaba (SP), fevereiro de 2018.


10/02/2018
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t

ÍNDICE
1. PREFÁCIO................................................................................................................................. 4
2. NÃO É PERMITIDO ................................................................................................................... 4
3. É PERMITIDO............................................................................................................................ 6
4. ESTRUTURA DO EQUIPAMENTO NA RAIZ ............................................................................. 7
4.1. Motofreio ............................................................................................................................. 8
4.1.1. Pontos para medição de vibração ................................................................................ 9
4.1.2. Terminais de Aterramento ............................................................................................ 9
4.1.3. Detalhes dimensionais ............................................................................................... 10
4.2. Redutor ............................................................................................................................. 11
4.2.1. Indicações Gerais ...................................................................................................... 11
4.2.2. Instalação .................................................................................................................. 11
4.2.3. Montagens de acoplamento ....................................................................................... 12
4.2.4. Montagem de motores ............................................................................................... 12
4.2.5. Início de funcionamento ............................................................................................. 13
4.2.6. Troca de Lubrificantes................................................................................................ 13
4.2.7. Detalhes dimensionais ............................................................................................... 14
4.3. Rolamentos ....................................................................................................................... 15
4.3.1. Desmontagem rolamento do tambor movido .............................................................. 17
4.3.2. Desmontagem rolamento do tambor motriz ............................................................... 19
4.3.3. Lubrificantes .............................................................................................................. 21
4.3.4. Precauções para o Adequado Manuseio.................................................................... 22
4.3.5. Reinstalação e/ou substituição................................................................................... 23
4.4. Acoplamento ..................................................................................................................... 24
4.5. Correia .............................................................................................................................. 26
5. ESTRUTURA DO EQUIPAMENTO NA PONTA ....................................................................... 27
5.1. Motofreio ........................................................................................................................... 28
5.1.1. Pontos para medição de vibração .............................................................................. 29
5.1.2. Terminais de Aterramento .......................................................................................... 29
5.1.3. Detalhes dimensionais ............................................................................................... 30
5.2. Redutor ............................................................................................................................. 31
5.2.1. Indicações Gerais ...................................................................................................... 31
5.2.2. Instalação .................................................................................................................. 31
5.2.3. Montagens de acoplamento ....................................................................................... 32
5.2.4. Montagem de motores ............................................................................................... 32
5.2.5. Início de funcionamento ............................................................................................. 32
5.2.6. Troca de Lubrificantes................................................................................................ 33
5.2.7. Detalhes dimensionais ............................................................................................... 35
5.3. Rolamentos ....................................................................................................................... 35
5.3.1. Desmontagem rolamento do tambor .......................................................................... 39
5.3.2. Desmontagem rolamento das polias .......................................................................... 41
5.3.3. Desmontagem rolamento dos roletes ......................................................................... 42
5.3.4. Desmontagem dos rolamentos das guias .................................................................. 44
Página 1 de 52
Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.3.5. Lubrificantes .............................................................................................................. 45


5.3.6. Precauções para o Adequado Manuseio.................................................................... 47
5.3.7. Reinstalação e/ou substituição................................................................................... 47
5.4. Acoplamento ..................................................................................................................... 49
5.5. Cabo de aço ..................................................................................................................... 50
5.5.1. Inspeção e critérios de substituição ........................................................................... 53
5.6. Cinta de apoio da ponta .................................................................................................... 55
5.6.1. Critérios Eliminatórios ................................................................................................ 55

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Elementos básicos do equipamento na Raiz ........................................................................... 7


Figura 2 – Especificação do motor raiz .................................................................................................... 8
Figura 3 – Locais para medição de vibração do motofreio ....................................................................... 9
Figura 4 – Terminais de Aterramento do motofreio .................................................................................. 9
Figura 5 – Detalhes construtivos do motofreio raiz ................................................................................. 10
Figura 6 - Detalhes construtivos do redutor da raiz ............................................................................... 15
Figura 7 – Rolamento do tambor motriz da raiz ...................................................................................... 16
Figura 8 – Rolamento dos tambores movidos da raiz ............................................................................. 17
Figura 9 – Especificação do acoplamento .............................................................................................. 25
Figura 10 – Limites de desalinhamento acoplamento ............................................................................. 26
Figura 11 – Elementos básicos do equipamento na Raiz ....................................................................... 27
Figura 12 – Especificação do motor raiz ................................................................................................ 28
Figura 13 – Locais para medição de vibração do motofreio ................................................................... 29
Figura 14 – Terminais de Aterramento do motofreio .............................................................................. 29
Figura 15 – Detalhes construtivos do motofreio ponta ............................................................................ 30
Figura 16 - Detalhes construtivos do redutor da raiz ............................................................................. 35
Figura 17 – Rolamento do tambor motriz da ponta................................................................................. 36
Figura 18 – Rolamento das polias .......................................................................................................... 37
Figura 19 – Rolamento dos roletes......................................................................................................... 38
Figura 20 – Rolamento das guias ........................................................................................................... 39
Figura 21 – Especificação do acoplamento ............................................................................................ 49
Figura 22 – Limites de desalinhamento acoplamento ............................................................................. 50
Figura 23 – Cabo de aço A .................................................................................................................... 51
Figura 24 – Cabo de aço “B” .................................................................................................................. 52
Figura 25 – Amassamento em cabo de aço ........................................................................................... 54
Figura 26 – Gaiola de passarinho .......................................................................................................... 54
Figura 27 – Alma saltada ....................................................................................................................... 54
Figura 28 – Dobra ou nó ........................................................................................................................ 55
Figura 29 – Cinta com desgaste por abrasão ......................................................................................... 56
Figura 30 – Cinta com corte longitudinal ................................................................................................ 56
Figura 31 – Cinta com corte transversal ................................................................................................. 56
Figura 32 – Cinta com corte lateral......................................................................................................... 57

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 2 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Especificação Redutor da Raiz ............................................................................................. 11


Tabela 2 – Temperatura do Óleo x Intervalo de trocas ........................................................................... 14
Tabela 3 – Tipos de lubrificantes a serem utilizados .............................................................................. 14
Tabela 4 – Tipos de graxa lubrificação ................................................................................................... 22
Tabela 5 – Ocorrências e contramedidas na manutenção de rolamentos .............................................. 24
Tabela 6 – Especificação Redutor da Raiz ............................................................................................. 31
Tabela 7 – Temperatura do Óleo x Intervalo de trocas ........................................................................... 34
Tabela 8 – Tipos de lubrificantes a serem utilizados .............................................................................. 34
Tabela 9 – Tipos de graxa para lubrificação ........................................................................................... 46
Tabela 10 – Ocorrências e contramedidas na manutenção de rolamentos ............................................ 48

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 3 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

1. PREFÁCIO

Este manual visa ser uma orientação acerca dos componentes básicos que compõem o equipamento
“Gira Pá 16t”, no caso da necessidade de troca de peças defeituosas ou que apresentem desgaste
natural de uso, além de direcionar o cliente a manter a vida útil do referido equipamento, evitando que o
mesmo venha a apresentar problemas devido à falta de manutenção preventiva.

Caso haja alguma situação não contemplada neste manual, sob condições de uso normal do
equipamento, o cliente deverá entrar em contato com o fabricante dentro do prazo estipulado de
garantia oferecido. Passado este prazo ou no caso do não cumprimento do que prega este manual, o
fornecedor se isenta de quaisquer problemas que o equipamento venha a apresentar.
O manual não deve ser alterado de forma alguma, a não ser que requisitos locais o solicitem.
É de extrema importância obedecer estritamente às instruções de segurança contra acidentes durante a
manutenção, seguindo a NR relativa ao trabalho a ser realizado. Em princípio esse trabalho deve ser
executado com a máquina parada, o que significa desligar a energia em primeiro lugar.
Se não existir corda de segurança, passarela ou escada deve-se sempre usar plataforma elevatória
para a equipe realizar o plano de manutenção.

2. NÃO É PERMITIDO

Nunca realizar a manutenção do equipamento com carga sem isolar a área ou próximo a
pessoas não autorizadas;

Pessoas não qualificadas ou indispostas não devem realizar a manutenção no equipamento;

É proibido levantamento que exceda a capacidade de carga, cabos de aço etc. “Puxão” no
cabo de aço podem causar sobrecarga;

Nunca desligar, ajustar ou abrir o interruptor de limite visando levantamento a um nível superior
ou inferior do que o permitido;

Nunca levantar uma pessoa sobre as partes móveis;

O interruptor de limite não deve ser usado como controle. Levantamento ou abaixamento são
controlados pela botoeira de controle ou outros controles para isso disponíveis;

No caso de alguma falha no interruptor de limite ou cabos de aço desgastados, é proibido
operar o equipamento;

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 4 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

É proibida qualquer colisão do equipamento com empilhadeiras, pontes rolantes ou qualquer
equipamento ou dispositivo móvel que opere nas proximidades do equipamento;

Evitar parada de emergência desnecessária;

Não modificar ou remover quaisquer componentes do equipamento fora das especificações;

Modificar a estrutura metálica, anexar, soldar ou pendurar quaisquer componentes sobre a


estrutura ou partes móveis, acarretando em PERDA IMEDIATA DA GARANTIA.

Não usar os cabos de aço como cabides;

É necessário sempre prestar atenção na carga durante a operação, levantamento de carga
e/ou giro sem observação durante os procedimentos de manutenção é estritamente proibido;

Cabos de aço não devem ser usados como fio terra para soldagem, eletrodos vivos não devem
encostar-se aos cabos de aço;

Não modificar as especificações dos fusíveis, não tentar reparar equipamento elétrico sem
aprovação;

Interruptores de limite e dispositivos de alarme não devem ser conectados em paralelo;

Não usar dispositivos de sobrecarga para medir a carga a ser levantada;

É proibido levantar carga mais pesada do que SWL (carga de trabalho segura), mesmo para
testes de manutenção e funcionamento;

No caso de chuva o mau tempo, não tocar em componentes elétricos;

Materiais inflamáveis devem ser mantidos longe do equipamento, principalmente durante a


manutenção;

Nunca pendurar carga no cabo de aço ou na cinta, que não seja a própria pá eólica.

Um bom manutentor deve conhecer e seguir todos os requisitos descritos nestas instruções
que foram especificamente acordadas, de forma que possa realizar a manutenção do
equipamento com segurança e efetividade!

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 5 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

3. É PERMITIDO


Ler e seguir as instruções do fabricante. Ao realizar conserto ou manutenção, deve-se usar
somente equipamento e peças recomendadas pelo fabricante;

Se houver defeitos visíveis ou danos no equipamento, desmontá-lo em seu local de operação e
realizar completas inspeções e manutenção. (Por exemplo, nível de ruído alto, ocorrência de
funcionamento anormal, controle com comandos de movimentação incorreta ou partes com defeitos
óbvios, etc);

Elaborar uma tabela de inspeção periódica regular e manter registros das inspeções e
manutenções para todos os componentes que se achar necesário;

Se a trajetória exceder o limite especificado, checar se os freios funcionam corretamente;

Checar se os interruptores de limite funcionam corretamente;

Checar cabos de aço. Manter os cabos de aço limpos e bem lubrificados;

Antes de liberar o equipamento após manutenção, checar se os cabos de aço e cintas não
estão apertados incorretamente, tortos, grudados, desgastados ou com outros defeitos;

Checar quebra de cabos de aço ou cintas. Se em um cabo de aço tiver 12 fios de aço
quebrados distribuídos aleatoriamente ou 4 fios quebrados no mesmo lugar, o cabo de aço deve
ser substituído. Se a cinta apresentar desgaste excessivo, rasgo com mais de 10% de sua largura,
aparecimento da alma de metal ou rachaduras devido a ressecamento, deve ser imediatamente
substituída;

Durante a elevação e giro da carga, assegurar que a carga não colida com objetos, máquinas
ou outros obstáculos;

Checar se está levantando a carga a uma altura suficiente para evitar que objetos sejam
atingidos durante o trajeto;

Evitar balanço da carga o movimento de giro;

Iniciar e parar a trajetória a uma velocidade baixa para evitar que a carga balance
excessivamente;

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 6 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Checar se os dispositivos de levantamento e giro estão seguramente posicionados.

Antes da elevação, checar se a carga está equilibrada e seguramente presa nos pontos de
levantamento;

Deve-se apertar a folga do cabo vagarosamente;

4. ESTRUTURA DO EQUIPAMENTO NA RAIZ


6

5
7

1
4

Figura 1 – Elementos básicos do equipamento na Raiz

ITEM DESCRIÇÃO
1 Motofreio
2 Redutor
3 Rolamentos
4 Acoplamento
5 Correia
6 Tambor
7 Estrutura

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 7 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

4.1. Motofreio

A especificação do motofreio, bem como suas características mecânicas e elétricas,encontram-se na


folha de dados a seguir. Recomenda-se o uso de motofreio da marca WEG.
Para necessidade de manutenção de rolamentos e lubrificação, observar no campo “tipo de mancal” e
“tipo de lubrificante” respectivamente.

Figura 2 – Especificação do motor raiz

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 8 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

4.1.1. Pontos para medição de vibração

Com o objetivo de facilitar as atividades de manutenção, especificamente as medições de vibração, os


motores possuem áreas planas em suas extremidades, visando fornecer locais específicos para o
posicionamento de acelerômetros. Essas áreas estão disponíveis tanto na direção vertical como na
horizontal. Além dessas áreas na região da carcaça, a linha W22 também conta com superfícies planas
na região das tampas, facilitando o posicionamento do acelerômetro.

Figura 3 – Locais para medição de vibração do motofreio

4.1.2. Terminais de Aterramento

A carcaça já é fornecida com terminais de aterramento posicionados na caixa de ligação, conforme


figura a seguir:

Figura 4 – Terminais de Aterramento do motofreio

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 9 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

4.1.3. Detalhes dimensionais

Na figura a seguir é apresentado o desenho construtivo do referido motor, de maneira a ter suas
dimensões avaliadas numa possível substituição em caso de queima ou defeito.

Figura 5 – Detalhes construtivos do motofreio raiz

OBS: Para maiores informações acerca de procedimentos específicos de montagem e desmontagens


dos componentes interno do motofreio, consultar catálogo WEG para a linha trifásica W22.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 10 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

4.2. Redutor

A especificação do redutor encontra a seguir. Recomenda-se o uso de redutor da marca MACOPEMA.

ESPECIFICAÇÃO :Redutor de engrenagens helicoidais , tipo H36/ redução 1:157,6 - acoplado por flange com
motofreio, potência de saída 4,4kw.

Tabela 1 – Especificação Redutor da Raiz

4.2.1. Indicações Gerais

 As pontas de eixo são protegidas por uma fina camada de graxa ou pintadas com verniz anti-
oxidante.
 O levantamento correto dos redutores deverá ser feito através de olhais de sustentação a serem
fixadas nas roscas das carcaças.

4.2.2. Instalação

 Redutores com pés devem ser instalados sobre uma base plana e rígida. Quando o redutor
estiver sujeito a forças externas será conveniente posicioná-Io por meio de pinos ou réguas
laterais.
 O aperto dos parafusos de fixação da carcaça deverá ser concluído somente após um criterioso
nivelamento e alinhamento do redutor. Eventuais desnivelamentos existentes nas fundações
devem ser compensados por meios dos calços. O exato alinhamento das pontas de eixo, tanto

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 11 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

em relação a máquina acionada quanto a máquina de acionamento, é importante mesmo


quando são utilizados acoplamentos elásticos. Pontas de eixos encompridadas e apoiadas por
um mancal auxiliar externo requerem um alinhamento de máxima precisão.
 Os redutores em eixo de saída vazado normalmente são montados sobre o eixo acionado e são
posicionados por um braço de torção que transmite o momento de reação da carcaça a um
ponto de apoio, através de um elemento amortecedor. O braço de torção é indicado para estas
aplicações e deve ser montado no lado mais próximo ao mancal do eixo acionado. A fixação
rígida da carcaça pode resultar em cargas adicionais sobre os eixos e mancais e portanto deve
ser evitada, a não ser nos casos em que o redutor trabalhe como um mancal do eixo acionado e
as cargas tenham sido verificadas.
 A instalação dos redutores em posição inclinada é somente admissível quando acordado
previamente.
 Prever livre acesso ao redutor, especialmente ao bujão de inspeção e ao nível de óleo, bem
como ao bujão de drenagem de óleo. A circulação do ar para a dissipação de calor do redutor
não deve ser impedida por dispositivos de proteção ou outros.
 É da responsabilidade do cliente a proteção das partes girantes contra contato involuntário.

4.2.3. Montagens de acoplamento

 A montagem de acoplamentos deverão ser feitas, sempre que possível, por aquecimento dos
elementos a serem colocados.
 Os furos de acoplamentos devem ser executados normalmente com tolerância H7 e os rasgos
de chaveta conforme norma DIN6885 folha 1. Deve-se observar uma fixação adequada destes
elementos para que não haja deslocamento axial dos mesmos, quando em funcionamento.
 A montagem forçada por meio de golpes é inadequada por causar danos aos rolamentos e a
outros elementos internos do redutor.
 A montagem em pontas de eixos livres, deve ser posicionada o mais próximo possível da
carcaça do redutor.

4.2.4. Montagem de motores

 Para essa montagem verificar a altura da chaveta do motor e ajustar se necessário. Passar
graxa no eixo do motor para facilitar a montagem. (Usar graxa inibidora de corrosão para facilitar
a desmontagem).

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 12 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

4.2.5. Início de funcionamento

 Antes do início de funcionamento, deve-se verificar se o redutor foi fixado corretamente, e se as


instruções constantes nos itens anteriores foram observadas.
 Para casos em que houver respiro na carcaça, verificar se os mesmos estão obstruídos ou
lacrados, em caso afirmativo, retirar o lacre. O volume exato de óleo é indicado pelo bujão de
nível de óleo. A verificação do nível de óleo deverá ser feita sempre com o redutor parado.
 Colocado o redutor em funcionamento convém operá-Io sem carga por algumas horas, o
amaciamento correto proporciona um aprimoramento da qualidade da superfície dos dentes e
aumenta a área de contato nos flancos dos mesmos, prolongando assim a vida do redutor. Não
havendo anomalias, pode-se iniciar a operação a plena carga de serviço.
 O aquecimento do redutor varia em função da rotação, da carga e das condições ambientais.
Temperaturas de óleo até 100° C não comprometem o funcionamento do redutor. Temperaturas
mais altas podem ser admitidas quando previstas, utilizando-se lubrificantes especiais.
 Redutores que ficam parados por um período prolongado devem ser postos em funcionamento
(com ou sem carga) por algum tempo a cada três meses. Não havendo esta possibilidade, deve-
se providenciar uma nova conservação do redutor.

4.2.6. Troca de Lubrificantes

 Controlar regularmente o nível e a temperatura do óleo (Temperaturas medidas na superfície da


carcaça são em média 10° C mais baixas do que a temperatura do óleo).
 Efetuar a primeira troca de óleo mineral após aproximadamente 500 horas de serviço. Os
intervalos das demais trocas de óleo dependem das condições de operação do redutor
(solicitação e temperaturas de serviço, freqüência de partidas, tipo de óleo e condições
ambientais).
 As drenagens de óleo deverão ser feitas enquanto o redutor ainda estiver quente.
 Antes da colocação do óleo novo no redutor é recomendável efetuar uma lavagem prévia com
óleo fino da mesma formulação do óleo lubrificante, ou água raz.
 Na troca de óleo deve-se observar que o lubrificante seja substituído pelo mesmo tipo
anteriormente usado. Não misturar tipos de óleos e marcas diferentes.
 Os mancais de rolamento e vedações que requerem relubrificações por graxa, devem ser
abastecidos através dos niples de lubrificação. Utilize somente graxas a base de sabão de lítio,
apropriado para rolamentos. Relubrificar com aproximadamente 10 a 20 cm³ de graxa em
intervalos de três meses

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 13 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Tabela 2 – Temperatura do Óleo x Intervalo de trocas

Tabela 3 – Tipos de lubrificantes a serem utilizados

4.2.7. Detalhes dimensionais

Na figura a seguir é apresentado o desenho construtivo do referido redutor, de maneira a ter suas
dimensões avaliadas numa possível substituição em caso de defeito.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 14 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Figura 6 - Detalhes construtivos do redutor da raiz

4.3. Rolamentos

Os rolamentos devem ser limpos e examinados frequentemente. Deve-se avaliar sua condição através
do nível de ruído que os mesmos apresentam e sua temperatura.

A freqüência para desmontagem e avaliação, bem como para relubrificação deverá ser de, no máximo 1
ano a contar a partir da data da primeira operação.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 15 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

A especificação dos rolamentos encontram-se a seguir. Recomenda-se o uso de rolamentos da marca


SKF.

ESPECIFICAÇÃO DOS ROLAMENTOS DO TAMBOR MOTRIZ:Rolamento autocompensador de rolos 22219CC/W33

ESPECIFICAÇÃO DOS ROLAMANTOS DOS TAMBORES MOVIDOS: Rolamento autocompensador de rolos


22213E

Figura 7 – Rolamento do tambor motriz da raiz

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 16 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Figura 8 – Rolamento dos tambores movidos da raiz

4.3.1. Desmontagem rolamento do tambor movido

Para desmontagem, há de primeiramente calçar o tambor, de maneira que, após a soltura dos
parafusos, o mesmo esteja na posição de retirada manual:

 Soltar os 7 parafusos e retirar a tampa externa

Soltar parafusos

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 17 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Retirar o eixo do tambor através de martelamento, utilizando martelo de borracha ou “saca


eixos”.

 Desacoplar correia e retirar o tambor

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 18 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Retirar rolamento do tambor através do anel interno, utilizando dispositivo próprio, tipo “saca
rolamentos”.

4.3.2. Desmontagem rolamento do tambor motriz

Para desmontagem, há de primeiramente calçar o tambor, de maneira que, após a soltura dos
parafusos, o mesmo esteja na posição de retirada manual:
 Soltar os 14 parafusos de cada uma das flanges do tambor motriz e desacoplar as metades do
acoplamento

Soltar parafusos

Soltar parafusos e
desacoplar metade do
acoplamento

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 19 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Soltar parafusos de fixação dos mancais;

Soltar parafusos

 Desacoplar correia e retirar tambor com os rolamentos

 Retirar rolamento do eixo do tambor pelo anel externo, utilizando dispositivo do tipo “saca
rolamento”.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 20 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

4.3.3. Lubrificantes

 Graxas Lubrificantes
As graxas são lubrificantes em estado semi-sólido,compostas por um espessante, óleo básico e outros
agentes que podem ser incluídos com o propósito de conferir certas características e propriedades
especiais. Os tipos de graxa e as características normais são apresentados na
tabela 12.2. Ao selecionar a graxa deve ser lembrado que diferentes marcas do mesmo tipo de graxa,
apresentam grandes diferenças de propriedades.

 Óleo Base
Óleos minerais ou óleos sintéticos, tais como os silicones ou diésteres são usados como óleo base das
graxas. As propriedades lubrifi cantes da graxa são definidas principalmente pelas propriedades lubrifi
cantes do óleo base, portanto, deve ser dado à viscosidade, o mesmo grau de importância ao caso da
seleção do óleo lubrificante. Normalmente, para baixas temperaturas e nas altas rotações, as graxas
com óleo base de baixa viscosidade são as mais adequadas, e para altas temperaturas e nas cargas
pesadas, as graxas com óleo base de alta viscosidade são mais adequadas. Entretanto, na graxa, o
espessante também influencia nas propriedades lubrificantes, por isto, não pode ser tratado em
igualdade ao caso do óleo lubrificante.

 Espessante

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 21 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Como espessantes de graxas lubrifi cantes são usados além dos vários tipos de sabões metálicos,
espessantes inorgânicos como o gel de sílica e a bentonita, e espessantes orgânicos resistentes ao
calor como a poliuréia e os compostos fluorados.O tipo de espessante está relacionado diretamente ao
ponto de gota (1) da graxa; normalmente, na graxa com alto ponto de gota o limite superior da faixa de
temperatura de operação é mais elevado. Entretanto, graxas com alto pontode gota, caso tiverem óleo
base de baixa resistência ao calor, o limite superior da faixa de temperatura de operação
tende a diminuir.
A resistência da graxa à água depende da resistência à água do espessante. A graxa com sabão de
sódio ou a graxa de base mista que inclui o sabão de sódio, por emulsificarem não são adequadas em
aplicações onde há incidência de água ou muita umidade.

Recomenda-se, para a operação deste equipamento, utilizar graxas à base de sabão de cálcio, por
estarem sujeitas à alta pressão, conforme tabela a seguir

Tabela 4 – Tipos de graxa lubrificação

4.3.4. Precauções para o Adequado Manuseio

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 22 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Os rolamentos por serem componentes mecânicos de alta precisão, requerem cuidados proporcionais
para serem manipulados, pois por mais que se utilizem rolamentos de alta qualidade, o desempenho
esperado não poderá ser obtido se não forem manipulados adequadamente.
As principais precauções a serem observadas são as seguintes:

 Limpeza do Rolamento e da Área Adjacente


A sujeira, mesmo invisível a olho nu, apresenta efeito nocivo sobre os rolamentos, portanto, é
fundamental evitar a entrada de sujeira mantendo o mais possível limpos os rolamentos e a área
circundante.

 Manuseio Cuidadoso
Choques pesados durante o manuseio dos rolamentos provocam escoriações e esmagamentos, que
resultam em causa das falhas; em casos extremos podem ocorrer lascamentos e trincas;
conseqüentemente, faz-se necessário tomar o máximo de cuidado quando do
manuseio.

 Ferramentas Apropriadas
Usar sempre as ferramentas apropriadas para a manipulação de rolamentos, evitar a improvisação de
ferramentas ou dispositivos.

 Prevenção da Oxidação
Ao manusear os rolamentos é necessário o cuidado em manter as mãos limpas, pois, a própria
transpiração nas mãos se torna a causa da oxidação; se possível usar luvas.

4.3.5. Reinstalação e/ou substituição

A instalação correta ou não dos rolamentos, afeta a precisão, a vida e o desempenho. Assim, é
desejável que a instalação seja executada segundo normas de serviço. Normalmente, os itens das
normas de serviços incluem:

 Limpeza dos rolamentos e das peças conjugadas.


 Verificação das dimensões e acabamento das peças conjugadas.
 Procedimento de instalação.
 Checagem após a instalação.

Os rolamentos devem ser desembalados imediatamente antes da instalação, em caso de lubrificação a


graxa os rolamentos podem ser lubrificados sem que sejam lavados. Normalmente, mesmo no caso de

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 23 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

lubrificação a óleo, não há necessidade de serem lavados. Os rolamentos que assim tiverem o protetivo
antioxidante removidos, não podem ficar expostos sem a proteção adequada devido a facilidade em se
oxidar
Após remontagem, caso haja alguma ocorrência que não seja identificada, o manutentor deve se
orientar através da tabela a seguir para resolução do problema.

Tabela 5 – Ocorrências e contramedidas na manutenção de rolamentos

4.4. Acoplamento

O acoplamento não necessita atenção especial em sua manutenção, sendo necessária apenas
inspeção semestral, de maneira a verificar:

 Presença de trincas ou fissuras;

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 24 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Torque nos parafusos de junção;

 Folga paralela máxima especificada;

 Desalinhamento máximo especificado;

 Condição das engrenagens internas;

 Presença de amassamentos nas chavetas e rasgos.


Para a utilização neste equipamento, recomenda-se a utilização de acoplamentos da marca Metalflex
ou similar.
Especificação do Acoplamento: Acoplamento de engrenamento duplo, modelo GM20, tamanho
1025GM, para torque nominal de 7.628Nm e rotação máxima de 5.000 rpm.

A seguir, são apresentadas informações pertinentes ao acoplamento especificado.

Figura 9 – Especificação do acoplamento

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 25 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Figura 10 – Limites de desalinhamento acoplamento

4.5. Correia

A correia trata-se de item comercial especialmente fornecido para ao cliente final, devendo ser
inspecionada semanalmente, e imediatamente trocada no caso de aparecimento de defeitos, tais como:

 Ressecamento;

 Fissuras aparentes;

 Desgaste excessivo em um único ponto;

 Aparecimento da alma;

 Rasgos laterais;

 Rasgos transversais;

 Descamação;

 Deformações plásticas (permanentes).

Por se tratar de item desenvolvido com um fornecedor em específico, este item somente pode ser
substituído por item idêntico, fornecido pelo fabricante RUBBERMAX através da seguinte especificação:
Correia ARAMAX tipo 53 – Cinta Aeris , código 62039, comprimento 18m, espessura 10mm,
largura 125mm, na cor preta.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 26 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5. ESTRUTURA DO EQUIPAMENTO NA PONTA

2
Figura 11 – Elementos básicos do equipamento na Raiz

ITEM DESCRIÇÃO
1 Motofreio
2 Redutor
3 Rolamentos
4 Acoplamento
5 Cinta
6 Estrutura

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 27 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.1. Motofreio

A especificação do motofreio, bem como suas características mecânicas e elétricas,encontram-se na


folha de dados a seguir. Recomenda-se o uso de motofreio da marca WEG.
Para necessidade de manutenção de rolamentos e lubrificação, observar no campo “tipo de mancal” e
“tipo de lubrificante” respectivamente.

Figura 12 – Especificação do motor raiz

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 28 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.1.1. Pontos para medição de vibração

Com o objetivo de facilitar as atividades de manutenção, especificamente as medições de vibração, os


motores possuem áreas planas em suas extremidades, visando fornecer locais específicos para o
posicionamento de acelerômetros. Essas áreas estão disponíveis tanto na direção vertical como na
horizontal. Além dessas áreas na região da carcaça, a linha W22 também conta com superfícies planas
na região das tampas, facilitando o posicionamento do acelerômetro.

Figura 13 – Locais para medição de vibração do motofreio

5.1.2. Terminais de Aterramento

A carcaça já é fornecida com terminais de aterramento posicionados na caixa de ligação, conforme


figura a seguir:

Figura 14 – Terminais de Aterramento do motofreio

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 29 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.1.3. Detalhes dimensionais

Na figura a seguir é apresentado o desenho construtivo do referido motor, de maneira a ter suas
dimensões avaliadas numa possível substituição em caso de queima ou defeito.

Figura 15 – Detalhes construtivos do motofreio ponta

OBS: Para maiores informações acerca de procedimentos específicos de montagem e desmontagens


dos componentes interno do motofreio, consultar catálogo WEG para a linha trifásica W22.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 30 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.2. Redutor

A especificação do redutor encontra a seguir. Recomenda-se o uso de redutor da marca MACOPEMA.

ESPECIFICAÇÃO: Redutor de engrenagens helicoidais, tipo H35/ redução 1:96,2 - acoplado por flange com
motofreio, potência de saída 5,7kw.

Tabela 6 – Especificação Redutor da Raiz

5.2.1. Indicações Gerais

 As pontas de eixo são protegidas por uma fina camada de graxa ou pintadas com verniz anti-
oxidante.
 O levantamento correto dos redutores deverá ser feito através de olhais de sustentação a serem
fixadas nas roscas das carcaças.

5.2.2. Instalação

 Redutores com pés devem ser instalados sobre uma base plana e rígida. Quando o redutor
estiver sujeito a forças externas será conveniente posicioná-Io por meio de pinos ou réguas
laterais.
 O aperto dos parafusos de fixação da carcaça deverá ser concluído somente após um criterioso
nivelamento e alinhamento do redutor. Eventuais desnivelamentos existentes nas fundações
devem ser compensados por meios dos calços. O exato alinhamento das pontas de eixo, tanto

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 31 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

em relação a máquina acionada quanto a máquina de acionamento, é importante mesmo


quando são utilizados acoplamentos elásticos. Pontas de eixos encompridadas e apoiadas por
um mancal auxiliar externo requerem um alinhamento de máxima precisão.
 Os redutores em eixo de saída vazado normalmente são montados sobre o eixo acionado e são
posicionados por um braço de torção que transmite o momento de reação da carcaça a um
ponto de apoio, através de um elemento amortecedor. O braço de torção é indicado para estas
aplicações e deve ser montado no lado mais próximo ao mancal do eixo acionado. A fixação
rígida da carcaça pode resultar em cargas adicionais sobre os eixos e mancais e portanto deve
ser evitada, a não ser nos casos em que o redutor trabalhe como um mancal do eixo acionado e
as cargas tenham sido verificadas.
 A instalação dos redutores em posição inclinada é somente admissível quando acordado
previamente.
 Prever livre acesso ao redutor, especialmente ao bujão de inspeção e ao nível de óleo, bem
como ao bujão de drenagem de óleo. A circulação do ar para a dissipação de calor do redutor
não deve ser impedida por dispositivos de proteção ou outros.
 É da responsabilidade do cliente a proteção das partes girantes contra contato involuntário.

5.2.3. Montagens de acoplamento

 A montagem de acoplamentos, deverão ser feitas, sempre que possível, por aquecimento dos
elementos a serem colocados.
 Os furos de acoplamentos, devem ser executados normalmente com tolerância H7 e os rasgos
de chaveta conforme norma DIN6885 folha 1. Deve-se observar uma fixação adequada destes
elementos para que não haja deslocamento axial dos mesmos, quando em funcionamento.
 A montagem forçada por meio de golpes é inadequada por causar danos aos rolamentos e a
outros elementos internos do redutor.
 A montagem em pontas de eixos livres, deve ser posicionada o mais próximo possível da
carcaça do redutor.

5.2.4. Montagem de motores

 Para essa montagem verificar a altura da chaveta do motor e ajustar se necessário. Passar
graxa no eixo do motor para facilitar a montagem. (Usar graxa inibidora de corrosão para facilitar
a desmontagem).

5.2.5. Início de funcionamento

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 32 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Antes do início de funcionamento, deve-se verificar se o redutor foi fixado corretamente, e se as


instruções constantes nos itens anteriores foram observadas.
 Para casos em que houver respiro na carcaça, verificar se os mesmos estão obstruídos ou
lacrados, em caso afirmativo, retirar o lacre. O volume exato de óleo é indicado pelo bujão de
nível de óleo. A verificação do nível de óleo deverá ser feita sempre com o redutor parado.
 Colocado o redutor em funcionamento convém operá-Io sem carga por algumas horas, o
amaciamento correto proporciona um aprimoramento da qualidade da superfície dos dentes e
aumenta a área de contato nos flancos dos mesmos, prolongando assim a vida do redutor. Não
havendo anomalias, pode-se iniciar a operação a plena carga de serviço.
 O aquecimento do redutor varia em função da rotação, da carga e das condições ambientais.
Temperaturas de óleo até 100° C não comprometem o funcionamento do redutor. Temperaturas
mais altas podem ser admitidas quando previstas, utilizando-se lubrificantes especiais.
 Redutores que ficam parados por um período prolongado devem ser postos em funcionamento
(com ou sem carga) por algum tempo a cada três meses. Não havendo esta possibilidade, deve-
se providenciar uma nova conservação do redutor.

5.2.6. Troca de Lubrificantes

 Controlar regularmente o nível e a temperatura do óleo (Temperaturas medidas na superfície da


carcaça são em média 10° C mais baixas do que a temperatura do óleo).
 Efetuar a primeira troca de óleo mineral após aproximadamente 500 horas de serviço. Os
intervalos das demais trocas de óleo dependem das condições de operação do redutor
(solicitação e temperaturas de serviço, freqüência de partidas, tipo de óleo e condições
ambientais).
 As drenagens de óleo deverão ser feitas enquanto o redutor ainda estiver quente.
 Antes da colocação do óleo novo no redutor é recomendável efetuar uma lavagem prévia com
óleo fino da mesma formulação do óleo lubrificante, ou água raz.
 Na troca de óleo deve-se observar que o lubrificante seja substituído pelo mesmo tipo
anteriormente usado. Não misturar tipos de óleos e marcas diferentes.
 Os mancais de rolamento e vedações que requerem relubrificações por graxa, devem ser
abastecidos através dos niples de lubrificação. Utilize somente graxas a base de sabão de lítio,
apropriado para rolamentos. Relubrificar com aproximadamente 10 a 20 cm³ de graxa em
intervalos de três meses

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 33 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Tabela 7 – Temperatura do Óleo x Intervalo de trocas

Tabela 8 – Tipos de lubrificantes a serem utilizados

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 34 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.2.7. Detalhes dimensionais

Na figura a seguir é apresentado o desenho construtivo do referido redutor, de maneira a ter suas
dimensões avaliadas numa possível substituição em caso de defeito.

Figura 16 - Detalhes construtivos do redutor da raiz

5.3. Rolamentos

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 35 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Os rolamentos devem ser limpos e examinados frequentemente. Deve-se avaliar sua condição através
do nível de ruído que os mesmos apresentam e sua temperatura.

A freqüência para desmontagem e avaliação, bem como para relubrificação deverá ser de, no máximo 1
ano a contar a partir da data da primeira operação.
ESPECIFICAÇÃO DOS ROLAMENTOS DO TAMBOR MOTRIZ:Rolamento autocompensador de rolos 22816CC

ESPECIFICAÇÃO DOS ROLAMANTOS DAS POLIAS: Rolamento rígido de esferas 6308

ESPECIFICAÇÃO DOS ROLAMENTOS DOS ROLETES: Rolamento rígido de esferas 6306

ESPECIFICAÇÃO DOS ROLAMENTOS DAS GUIAS: Rolamento rígido de esferas 6202

Figura 17 – Rolamento do tambor motriz da ponta

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 36 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Figura 18 – Rolamento das polias

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 37 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Figura 19 – Rolamento dos roletes

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 38 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Figura 20 – Rolamento das guias

5.3.1. Desmontagem rolamento do tambor

Para desmontagem, há de primeiramente calçar o tambor, de maneira que, após a soltura dos
parafusos, o mesmo esteja na posição de retirada manual:
 Soltar os 2 parafusos de cada um dos mancais e desacoplar as metades do acoplamento;

Soltar parafusos e
desacoplar metade
do acoplamento Soltar parafusos

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 39 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Retirar tambor da estrutura para permitir a extração dos rolamentos

 Retirar rolamento pelo anel externo, utilizando dispositivo do tipo “saca rolamento”.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 40 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.3.2. Desmontagem rolamento das polias

 Soltar os dois parafusos da chapa de travamento do eixo;

Soltar parafusos

 Retirar o eixo da polia

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 41 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Retirar rolamento pelo anel interno, utilizando dispositivo do tipo “saca rolamento”.

5.3.3. Desmontagem rolamento dos roletes

 Soltar parafusos de fixação do eixo na extremidades

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 42 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Retirar eixo do rolete

 Retirar rolamento pelo anel interno, utilizando dispositivo do tipo “saca rolamento”.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 43 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.3.4. Desmontagem dos rolamentos das guias

 Soltar os 12 parafusos da chapa guia e retirá-la da estrutura

Soltar parafusos

 Soltar anel elástico de fixação com a ajuda de um alicate de bico

Soltar anel elástico

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 44 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Retirar eixo e espaçadores, bem como o rolamento;

5.3.5. Lubrificantes

 Graxas Lubrificantes
As graxas são lubrificantes em estado semi-sólido,compostas por um espessante, óleo básico e outros
agentes que podem ser incluídos com o propósito de conferir certas características e propriedades
especiais. Os tipos de graxa e as características normais são apresentados na
tabela 12.2. Ao selecionar a graxa deve ser lembrado que diferentes marcas do mesmo tipo de graxa,
apresentam grandes diferenças de propriedades.

 Óleo Base
Óleos minerais ou óleos sintéticos, tais como os silicones ou diésteres são usados como óleo base das
graxas. As propriedades lubrifi cantes da graxa são definidas principalmente pelas propriedades lubrifi
cantes do óleo base, portanto, deve ser dado à viscosidade, o mesmo grau de importância ao caso da
seleção do óleo lubrificante. Normalmente, para baixas temperaturas e nas altas rotações, as graxas
com óleo base de baixa viscosidade são as mais adequadas, e para altas temperaturas e nas cargas
pesadas, as graxas com óleo base de alta viscosidade são mais adequadas. Entretanto, na graxa, o
espessante também influencia nas propriedades lubrificantes, por isto, não pode ser tratado em
igualdade ao caso do óleo lubrificante.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 45 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Espessante
Como espessantes de graxas lubrifi cantes são usados além dos vários tipos de sabões metálicos,
espessantes inorgânicos como o gel de sílica e a bentonita, e espessantes orgânicos resistentes ao
calor como a poliuréia e os compostos fluorados.O tipo de espessante está relacionado diretamente ao
ponto de gota (1) da graxa; normalmente, na graxa com alto ponto de gota o limite superior da faixa de
temperatura de operação é mais elevado. Entretanto, graxas com alto pontode gota, caso tiverem óleo
base de baixa resistência ao calor, o limite superior da faixa de temperatura de operação
tende a diminuir.
A resistência da graxa à água depende da resistência à água do espessante. A graxa com sabão de
sódio ou a graxa de base mista que inclui o sabão de sódio, por emulsificarem não são adequadas em
aplicações onde há incidência de água ou muita umidade.

Recomenda-se, para a operação deste equipamento, utilizar graxas à base de sabão de cálcio, por
estarem sujeitas à alta pressão, conforme tabela a seguir

Tabela 9 – Tipos de graxa para lubrificação

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 46 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.3.6. Precauções para o Adequado Manuseio

Os rolamentos por serem componentes mecânicos de alta precisão, requerem cuidados proporcionais
para serem manipulados, pois por mais que se utilizem rolamentos de alta qualidade, o desempenho
esperado não poderá ser obtido se não forem manipulados adequadamente.
As principais precauções a serem observadas são as seguintes:

 Limpeza do Rolamento e da Área Adjacente


A sujeira, mesmo invisível a olho nu, apresenta efeito nocivo sobre os rolamentos, portanto, é
fundamental evitar a entrada de sujeira mantendo o mais possível limpos os rolamentos e a área
circundante.

 Manuseio Cuidadoso
Choques pesados durante o manuseio dos rolamentos provocam escoriações e esmagamentos, que
resultam em causa das falhas; em casos extremos podem ocorrer lascamentos e trincas;
conseqüentemente, faz-se necessário tomar o máximo de cuidado quando do
manuseio.

 Ferramentas Apropriadas
Usar sempre as ferramentas apropriadas para a manipulação de rolamentos, evitar a improvisação de
ferramentas ou dispositivos.

 Prevenção da Oxidação
Ao manusear os rolamentos é necessário o cuidado em manter as mãos limpas, pois, a própria
transpiração nas mãos se torna a causa da oxidação; se possível usar luvas.

5.3.7. Reinstalação e/ou substituição

A instalação correta ou não dos rolamentos, afeta a precisão, a vida e o desempenho. Assim, é
desejável que a instalação seja executada segundo normas de serviço. Normalmente, os itens das
normas de serviços incluem:

 Limpeza dos rolamentos e das peças conjugadas.


 Verificação das dimensões e acabamento das peças conjugadas.
 Procedimento de instalação.
 Checagem após a instalação.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 47 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Os rolamentos devem ser desembalados imediatamente antes da instalação, em caso de lubrificação a


graxa os rolamentos podem ser lubrificados sem que sejam lavados. Normalmente, mesmo no caso de
lubrificação a óleo, não há necessidade de serem lavados. Os rolamentos que assim tiverem o protetivo
antioxidante removidos, não podem ficar expostos sem a proteção adequada devido a facilidade em se
oxidar
Após remontagem, caso haja alguma ocorrência que não seja identificada, o manutentor deve se
orientar através da tabela a seguir para resolução do problema.

Tabela 10 – Ocorrências e contramedidas na manutenção de rolamentos

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 48 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.4. Acoplamento

O acoplamento não necessita atenção especial em sua manutenção, sendo necessária apenas
inspeção semestral, de maneira a verificar:

 Presença de trincas ou fissuras;

 Torque nos parafusos de junção;

 Folga paralela máxima especificada;

 Desalinhamento máximo especificado;

 Condição das engrenagens internas;

 Presença de amassamentos nas chavetas e rasgos.

Para a utilização neste equipamento, recomenda-se a utilização de acoplamentos da marca Metalflex


ou similar.
Especificação do Acoplamento: Acoplamento de engrenamento duplo, modelo GM20, tamanho
1025GM, para torque nominal de 7.628Nm e rotação máxima de 5.000 rpm.

A seguir, são apresentadas informações pertinentes ao acoplamento especificado.

Figura 21 – Especificação do acoplamento

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 49 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Figura 22 – Limites de desalinhamento acoplamento

5.5. Cabo de aço

O equipamento é composto por dois modelos de cabo de aço, divididos em duas seções.

A primeira seção, doravante chamado “cabo de aço A”, parte de um ponto de ancoragem na estrutura,
passando por baixo da parte móvel da elevação, e sendo novamente ancorado na polia móvel que se
encontra dentro da estrutura, conforme esquema apresentado a seguir, destacado em vermelho:

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 50 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Cabo de
aço “A”

Ancoragem
estrutura

Ancoragem
polia

Figura 23 – Cabo de aço A

Especificação do cabo de aço “A”: Cabo de aço 19mm, 6x41Warrington-Seale+AACI, Torção


Regular à direita, pré-formado, lubrificado, resistência IPS.

A segunda seção, doravante chamado “cabo de aço B”, parte de um ponto de ancoragem na estrutura,
passando por baixo da estrutura fixa do equipamento, e sendo novamente ancorado no tambor,
responsável por recolher e soltar o cabo, conforme esquema apresentado a seguir, destacado em
vermelho:

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 51 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Ancoragem
estrutura

Cabo de
aço “B”

Ancoragem
tambor

Figura 24 – Cabo de aço “B”

Na inspeção de um cabo de aço, vários fatores que possam afetar seu desempenho devem ser
considerados. Os fatores a serem verificados durante a inspeção são:

 Número de arames rompidos


A ruptura de arames normalmente ocorre por abrasão ou por fadiga de flexão. Pode ocorrer tanto nos
arames externos quanto internos, caso o cabo de aço possua alma de aço. As rupturas externas podem
ocorrer no topo das pernas ou na região de contato entre as pernas (vale) sendo esta, junto com as
rupturas de arames da alma, as mais críticas.
A localização da ruptura e número de arames rompidos em um passo devem ser registrados. Deve-se
observar se as rupturas estão distribuídas uniformemente ou se estão concentradas em uma ou duas
pernas apenas. Neste caso há perigo das pernas se romperem.

 Desgaste externo
A abrasão dos arames externos é causada pelo atrito do cabo, sob pressão, com os canais das polias e
do tambor e pode ser acelerada por deficiências de lubrificação. Mesmo que o arame não se rompa, o
seu desgaste promoverá a perda de capacidade de carga do cabo de aço através da redução de área
metálica, tornando o seu uso perigoso. Uma forma de avaliar o desgaste de um cabo de aço é através
da medição do seu diâmetro.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 52 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

5.5.1. Inspeção e critérios de substituição

 Corrosão
A corrosão diminui a capacidade de carga através da redução da área metálica do cabo de aço, além
de acelerar a fadiga.
Pode ser detectada visualmente, quando se apresenta na parte externa do cabo de aço. A detecção da
corrosão interna é mais difícil, porém, alguns indícios podem indicar sua existência:
 Variação no diâmetro do cabo: nos pontos de dobra do cabo de aço, como polias, geralmente
ocorre a redução do diâmetro. Em cabos de aço ou cordoalhas para uso estático é comum o
aumento de diâmetro devido ao aumento da oxidação.
 Aproximação entre pernas: frequentemente combinada com arames rompidos nos vales.
 Desequilíbrio dos cabos de aço :Em cabos de aço convencionais, normalmente com 6 ou 8
pernas com alma de fibra, pode haver uma avaria típica que vem a ser uma ondulação do cabo
de aço provocada
pelo afundamento de 1 ou 2 pernas do mesmo, e que pode ser causada por alguns
motivos:
 Fixação deficiente, que permite um deslizamento de algumas pernas, ficando as restantes
supertensionadas.
 Alma de fibra de diâmetro reduzido.
 Alma de fibra que se deteriorou, não dando apoio às pernas do cabo.
Nos cabos de várias camadas de pernas, como nos cabos resistentes à rotação e cabos com alma de
aço, há o perigo da formação de “gaiolas de passarinho” e “alma saltada”, defeitos estes que podem ser
provocados pelos seguintes motivos:
 Manuseio e/ou instalação deficiente do cabo, dando lugar a torções ou distorções do mesmo.

 Deformações
As deformações nos cabos de aço ocorrem principalmente devido ao mau uso ou irregularidades no
equipamento ou ainda por métodos inadequados de manuseio e fixação.
Quando estas deformações forem acentuadas poderão alterar a geometria original do
cabo de aço provocando desequilíbrio de esforços entre as pernas e consequentemente a
ruptura do mesmo.
As deformações mais comuns são:
a) Ondulação
Ocorre quando o eixo longitudinal do cabo de aço assume a forma de uma hélice. Nas situações onde
esta anomalia for acentuada, pode transmitir uma vibração no cabo de aço que, durante o trabalho
causará um desgaste prematuro, assim como arames partidos.

b) Amassamento

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 53 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

O amassamento no cabo de aço normalmente é ocasionado pelo enrolamento desordenado no tambor.


Nas situações onde o enrolamento desordenado não pode ser evitado, deve-se optar pelo uso de cabo
de aço com alma de aço.

Figura 25 – Amassamento em cabo de aço

c) Gaiola de passarinho
Esta deformação é típica em cabo de aço com alma de aço nas situações onde ocorre um alívio
repentino de tensão. Esta irregularidade é crítica e impede a continuidade do uso do cabo de aço.

Figura 26 – Gaiola de passarinho

d) Alma saltada
É uma característica causada também pelo alívio repentino de tensão do cabo de aço, provocando um
desequilíbrio de tensão entre as pernas, impedindo a continuidade do uso do mesmo.

Figura 27 – Alma saltada

e) Dobra ou nó (perna de cachoro)


É caracterizada por uma descontinuidade no sentido longitudinal do cabo de aço que em casos
extremos diminui a capacidade de carga do mesmo. Normalmente causada por manuseio ou instalação
inadequada.

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 54 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Figura 28 – Dobra ou nó

 Critério de substituição
Mesmo que o cabo de aço trabalhe em ótimas condições, chega um momento em que, após atingir o
fim da sua vida útil, necessita ser substituído em virtude de sua degeneração natural.
Em qualquer instalação, o problema consiste em se determinar qual o rendimento máximo que se pode
obter de um cabo de aço antes de substituí-lo, mantendo-o trabalhando em completa segurança, uma
vez que, na maior parte das instalações, o rompimento de um cabo de aço põe em risco vidas
humanas.
Não existe uma regra precisa para se determinar o momento exato da substituição de um cabo de aço.
A decisão de um cabo de aço permanecer em serviço dependerá da avaliação de uma pessoa
qualificada que deverá comparar as condições do mesmo, realizando uma inspeção baseada em
critérios de descarte contemplados em normas.
Recomendamos as normas:
• NBR ISO 4309, ASME B30.2 e ASME B30.5 para equipamentos.
• NBR 13543 para laços.

5.6. Cinta de apoio da ponta

56.1. Inspeção
As inspeções em todo material de elevação deve ser feito antes de cada movimentação pelo usuário e
uma periódica mais criteriosa por profissionais treinados e aptos para função, em caso de dúvidas de
suas condições a indicação é não utilizar e entrar em contato com o departamento técnico do fabricante.
A inspeção tem como objetivo achar defeitos que possam oferecer risco de acidentes no momento da
movimentação de carga. Para facilitar esta inspeção é necessário que a cinta esteja limpa, pois o
grande acúmulo de sujeira pode ocultar os defeitos.

5.6.1. Critérios Eliminatórios

 Desgaste por abrasão: Este tipo de desgaste pode atingir um ponto máximo de 10%, acima
disso diminui o fator de segurança e a cinta deve ser descartada;

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 55 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

Figura 29 – Cinta com desgaste por abrasão

 Corte no sentido longitudinal: Geralmente ocorre por entrar em contato com uma parte não plana
da carga e quando esse corte ultrapassa 10% da largura da cinta deve-se descartar a mesma.

Figura 30 – Cinta com corte longitudinal

 Corte no sentido transversal: Este tipo de dano ocorre quando a cinta sofre uma tensão
desequilibrada ou quando entra em contato direto sem proteção com cantos vivos, cortantes,
abrasivos ou agudos da carga provocando o descarte da cinta se atingir 10% da largura da cinta.

Figura 31 – Cinta com corte transversal

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 56 de 57


Data Elab; 04/01/2018
Data Rev.: -
MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Rev.: 00
ON:

 Corte lateral: Este tipo de dano ocorre quando a cinta entra em contato direto sem proteção com
cantos vivos, cortantes, abrasivos ou agudos da carga provocando o descarte da cinta se atingir
10%da largura da cinta.

Figura 32 – Cinta com corte lateral

MANUAL DE MANUTENÇÃO GIRA PÁ 16t Página 57 de 57

Você também pode gostar