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1.1. Introdução........................................................................................................................................2
1.2. Objectivos........................................................................................................................................3
1.2.1. Objectivo geral........................................................................................................................3
1.2.2. Objectivos específicos.............................................................................................................3
1.3. Metodologia.....................................................................................................................................4
2. CAPITULO II......................................................................................................................................5
2.1. Tete e o País: Mercado Interno e Externo de Bens e Serviço...........................................................5
2.1.1. Considerações Iniciais.............................................................................................................5
2.1.2. O País (Moçambique)..........................................................................................................6
2.1.3. Economia do País.................................................................................................................7
2.1.4. Tete (Província)...................................................................................................................9
2.1.4.1. Economia e mineração de Tete........................................................................................9
2.2. Evolução histórica da economia de Moçambique......................................................................10
2.2.1. Formação da economia colonial: indústria de exportação (agro-industriais)......................10
2.2.2. Economia colonial tardia: indústria de substituição de importações e bens intermediários11
2.2.3. Independência: colapso económico e economia de ajuda...................................................12
2.2.4. Recuperação económica: economia de ajuda e indústria de exportação (indústrias de
recursos naturais)...............................................................................................................................13
2.3. Perspectiva Económica Actuais.................................................................................................14
2.3.1. Desafios ao Desenvolvimento Económico Actual.............................................................15
2.3.2. Estratégias de Desenvolvimento Económico.....................................................................15
2.4. Mercado Interno e Externo de Bens e Serviços..........................................................................16
2.5. Principais Importações e Exportações (2015)........................................................................20
2.6. Principais Parceiros Comerciais de Importações e Exportações (2015).................................21
3. CAPITULO III..................................................................................................................................22
3.1. Conclusão......................................................................................................................................22
3.2. Referências Bibliográficas.............................................................................................................23
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1. CAPITULO I
1.1. Introdução
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1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo geral:
Analisar o Mercado Interno e Externo de Bens e Serviços Moçambicano.
1.2.2. Objectivos específicos:
Conceituar mercado externo e interno de bens e serviços;
Descrever o mercado de bens e serviços internos de Moçambique
Identificar os principais parceiros do mercado de bens e serviços externos Moçambicano;
Explicar o efeito da província de Tete sobre o mercado de bens e serviços Moçambicano.
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1.3. Metodologia
Para a concretização dos objectivos deste trabalho utilizamos como metodologia a pesquisa
bibliográfica. Pois o presente trabalho de pesquisa foi meramente de revisão de literatura. Esta
pesquisa bibliográfica assentou-se também em artigos técnicos e científicos. O tipo de pesquisa
utilizado neste presente trabalho foi o descritivo, pois o que se pretende é apresentar o mercado
de bens e serviços internos (nacional) e externos (internacionalmente). A técnica de pesquisa
adoptada neste trabalho foi a seguinte: efectuou-se uma pesquisa bibliográfica, através da
consulta de manuais, que abordam assuntos ligados à economia, finanças e mercado de bens e
serviços moçambicano, fez-se também a consulta de artigos científicos, teses, dissertações,
monografias, pesquisas científicas, e algumas explanações ou definições de conceitos
importantes utilizados durante a pesquisa desse trabalho, e por outro lado foi feita a pesquisa na
internet como forma de conhecer as actuais abordagens acerca do mercado externo e interno de
bens e serviços moçambicano.
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2. CAPITULO II
2.1. Tete e o País: Mercado Interno e Externo de Bens e Serviço
2.1.1.2. Mercado
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Lei da oferta e da demanda, é a lei que, para os economistas clássicos, determina o valor de troca ou preço
das coisas, segundo a qual o preço varia na razão directa da procura e na razão inversa da oferta.
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Em economia, um bem é tudo o que tem utilidade, podendo satisfazer uma necessidade.
Tipicamente, um bem económico é algo tangível, em contraste com os serviços, que são
intangíveis. Como tal, pode ser comprado e vendido. Por exemplo, uma maçã é um bem tangível,
enquanto um corte de cabelo é um serviço intangível.
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Província é a designação dada a maior divisão administrativa de um país.
3
Distrito é a divisão administrativa territorial imediatamente inferior a província.
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Posto administrativo é a divisão administrativa territorial imediatamente inferior à de distrito.
5
Localidade é a divisão administrativa territorial mais baixa da administração local do estado imediatamente inferior
à de posto administrativo.
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originalmente em 1997, mais 10 em Abril de 2008 e mais 10 em Maio de 2013.
Https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Moçambique
A moeda oficial é o metical, que substituiu a moeda antiga a uma taxa de mil para um. O
metical antigo foi retirado de circulação pelo Banco de Moçambique até o final de 2012. O dólar
estadunidense, o rand sul-africano e, recentemente, o euro também são moedas amplamente
aceitas e utilizadas em transacções comerciais no país. O salário mínimo legal é de cerca de 60
dólares por mês. Moçambique é membro da Comunidade para o Desenvolvimento da África
Austral (SADC - sigla em inglês).
O protocolo de livre comércio da SADC visa tornar a região da África Austral mais
competitiva, ao eliminar tarifas e outras barreiras comerciais. Em 2007, o Banco Mundial falou
sobre o "ritmo de crescimento económico inflado" de Moçambique e um estudo conjunto do
governo e de doadores internacionais no mesmo afirmou que "Moçambique é geralmente
considerado como uma história de sucesso na ajuda humanitária". Também em 2007, o Fundo
Monetário Internacional (FMI) disse que "Moçambique é uma história de sucesso na África
subsaariana." No entanto, apesar deste aparente sucesso, tanto o Banco Mundial quanto a
UNICEF usaram a palavra "paradoxo" para descrever o aumento da desnutrição infantil crónica
em face ao crescimento do PIB moçambicano.
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O reassentamento de refugiados da guerra civil e reformas económicas bem sucedidas
levaram a uma alta taxa de crescimento: o país teve uma recuperação económica notável,
atingindo uma taxa média anual de crescimento do PIB de 8% entre os anos de 1996 e 2006 e
entre 6% e 7% no período entre 2006 e 2011. As devastadoras inundações do início de 2000
desaceleraram o crescimento económico para 2,1%, mas uma recuperação completa foi
alcançada em 2001, com um crescimento de 14,8%. Uma rápida expansão no futuro dependia de
vários grandes projectos de investimento estrangeiro, o prosseguimento das reformas económicas
e a revitalização dos sectores de turismo, agricultura e transportes.
Em 2013, cerca de 80% dos habitantes do país estava empregada no sector agrícola, a
maioria dos quais dedicado à agricultura de subsistência em pequena escala, que ainda sofre com
uma infra-estrutura, redes comerciais e níveis de investimento inadequados. Apesar disso, em
2012, mais de 90% das terras cultiváveis de Moçambique ainda não tinham sido exploradas. Em
2013, um artigo da BBC informou que, desde 2009, portugueses estão a voltar para Moçambique
por causa do crescimento da economia local e pela má situação económica de Portugal, devido a
crise da dívida pública da Zona Euro. Https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Moçambique
No entanto, a economia de Moçambique tem sido abalada por uma série de escândalos de
corrupção política. Em Julho de 2011, o governo propôs novas leis anticorrupção para
criminalizar o peculato, o tráfico de influência e a corrupção, depois de inúmeros casos de desvio
de dinheiro público. Esta legislação foi aprovada pelo Conselho de Ministros do país.
Moçambique condenou dois ex-ministros por corrupção desde 2011. Moçambique foi
classificado no 123º lugar entre 174 países no Índice de Percepção de Corrupção de 2012 feito
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pela Transparência Internacional. De acordo com um relatório de 2005 feito pela Agência dos
Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID - sigla em inglês), "a escala e o
âmbito da corrupção em Moçambique constituem um motivo de alerta."
Https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Moçambique
Esta província possui 4 municípios: Moatize (vila); Nhamayábué (vila); Tete (cidade);
Ulongué (vila). De notar que a vila de Ulongué se tornou município em 2008 e a de Nhamayábué
em 2013. Https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tete_ (província)
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1,429 Famílias foram reassentadas para abrir caminho para as operações mineiras
internacionais da Vale (Brasil) e da Rio Tinto (UK) na província de Tete, em Moçambique, e têm
enfrentado perturbações sérias no seu acesso à alimentação, à água e ao trabalho, segundo
relatório da ONG internacional Human Rights Watch. A velocidade a que o governo
Moçambicano aprovou licenças de mineração ultrapassou a criação de salvaguardas adequadas
para a protecção das populações directamente afectadas. Em 5 anos, da descoberta da reserva até
atingir alta velocidade de extrativismo, o país saltou para o 10º lugar mundial de maior produtor
de carvão mineral, e a oferta de voos para a região passou de 2 para 12 semanalmente.
Https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tete_ (província)
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Economia capitalista é um sistema económico e uma ideologia baseada na propriedade privada dos meios de
produção e sua operação com fins lucrativos.
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Indústria designa a actividade económica que se baseia numa técnica, dominada, em geral, pela presença de
máquinas ou maquinismos, para transformar matérias-primas em bens de produção e de consumo, também refere ao
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(que se desenvolve a partir da segunda metade do século XIX com a descoberta de diamantes e
ouro na região do Transval 8), e, por outro, a relação clássica das economias coloniais, que faz de
Moçambique fornecedor de matérias-primas para as indústrias metropolitanas. Neste período,
desenvolvem-se as agro-indústrias viradas para a exportação, nomeadamente do açúcar, algodão,
copra, madeiras, sisal e chá, que em princípios dos anos 1940 representam dois terços do valor
total das exportações de Moçambique. Existe ainda um pequeno sector industrial de bens de
consumo para o mercado interno, nomeadamente no ramo alimentar, dos sabões e óleos. No que
se refere a indústria extractiva, deve-se registar que nesta fase e até quase ao fim da época
colonial ela é marginal, resumindo-se a pequenas explorações de sal, ouro, pedra para construção
e mármores. Porém, a característica principal da economia moçambicana, que vai marcar todo o
período colonial, é a sua orientação para uma economia de serviços Ferro-Portuários dirigidos
para os países vizinhos (a África do Sul, mas também a Rodésia e a Niassalândia) e de trabalho
migratório (particularmente importante nas regiões do Sul do Save), sectores cujas receitas
permitem um certo equilíbrio na balança de pagamentos, dado que a balança comercial é
sistematicamente deficitária.
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indústrias destinadas ao mercado interno, encontra-se invertida nas vésperas da independência,
tendo passado estas últimas a representar 60% do valor da produção industrial total. Para além
desta inversão da posição das indústrias, é de sublinhar que o caju, que se vai tornar o principal
produto de exportação deste período, deixa de ser exportado em bruto (castanha) para dar lugar a
um sector industrial relativamente importante, nomeadamente do ponto de vista da sua
distribuição geográfica e do emprego, passando a maior parte deste produto a ser processado
antes da exportação (amêndoa). No sector da indústria extractiva, que continua marginal, é de
notar o início da prospecção de petróleo e da exploração do carvão de Moatize no final dos anos
1940 e princípios da década seguinte, assim como a descoberta de gás natural em Inhambane nos
anos 1960 (mas que não é explorado nessa altura). Em termos de exportações, os seis produtos
agrícolas do período anterior mais o caju ainda continua a representar no final do período
colonial cerca de dois terços do valor total.
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FMI é um organismo intergovernamental criado pela ONU, cujos objectivos são promover políticas cambiais
sustentáveis a nível mundial, facilitar o comércio internacional e reduzir a pobreza a nível mundial.
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Mundial11, a adesão de Moçambique a estas organizações (1984) e a um processo de
liberalização económica, que produziu poucos efeitos devido a situação de guerra, tendo o país
passado a viver essencialmente da ajuda externa. É neste período que se inicia a exploração
intensiva e exportação de um recurso natural, o camarão, cuja extracção não era afectada pela
guerra, o que fez dele o principal produto de exportação a partir de meados dos anos 1980 até
finais dos anos 1990. Este é um período que se pode considerar de “desindustrialização” na
medida em que uma parte da produção industrial desapareceu, ao mesmo tempo que as indústrias
sobreviventes registam baixos níveis de produção.
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Banco Mundial é uma instituição financeira internacional que efectua empréstimos a países em
desenvolvimento. É o maior e mais conhecido banco de desenvolvimento do mundo.
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A análise esboçada com esta periodização oferece um ponto de partida e de discussão para uma
necessária investigação mais aprofundada sobre as tendências actuais de evolução da economia
moçambicana, que não é certamente linear nem isenta de contradições, e sobre os desafios que se
colocam ao desenvolvimento do país, dados os diferentes e por vezes conflituais – interesses
sociais e económicos que nele coexistem.
A inflação baixou para 7%, apoiada por uma moeda, o metical, mais estável, e a queda dos
preços dos bens alimentares. O crescimento da produção agrícola após o El Niño contribuiu para
essa tendência, assim como a menor inflação no preço dos bens alimentares.
Https://www.worldbank.org/pt/country/mozambique/overview
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disso, são necessárias reformas estruturais para apoiar o sector privado que enfrenta actualmente
dificuldades. Https://www.worldbank.org/pt/country/mozambique/overview
Outro grande desafio para a economia é a sua diversificação em relação ao actual foco
em projectos de capital intensivo e agricultura de subsistência de baixa produtividade, para uma
economia mais diversificada e competitiva, fortalecendo ao mesmo tempo os principais
impulsionadores da inclusão, como a melhoria da qualidade da educação e da prestação de
serviços de saúde, o que poderá, por sua vez, melhorar os indicadores sociais.
Https://www.worldbank.org/pt/country/mozambique/overview
O Produto Interno Bruto (PIB) tem estado a crescer numa média acima de 7-8% ao ano,
chegando mesmo a atingir níveis de 2 dígitos. A inflação está abaixo de 10%. A tendência é
mantê-la em um dígito. Em termos monetários, Moçambique possui um dos regimes cambiais
mais liberalizados de África. Os parceiros comerciais externos têm motivos suficientes para
inspirarem uma grande confiança pelo País face à capacidade que as autoridades monetárias têm
conseguido manter volumes adequados de meios de pagamento sobre o exterior. As reservas
externas do Banco Central têm estado a situar-se acima dos seis meses de importação de bens e
serviços. Http://www.portaldogoverno.gov.mz/por/Mocambique/Economia
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para fortalecer esse bom ambiente com a respectiva atracção do investimento privado nacional e
externo. Http://www.portaldogoverno.gov.mz/por/Mocambique/Economia
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equipamento obsoleto para as colónias, a abertura de mercados para aplicações financeiras e
industriais pelos capitalistas monopolistas portugueses, e as pressões políticas internacionais
sobre Portugal, que se intensificaram com o surgimento dos movimentos de libertação nacional e
o desencadeamento das lutas de libertação nacional. Esta indústria de substituição de
importações era, ironicamente, dependente de importações, pois não resultava de ligações a
montante e a jusante dentro da economia e substituía as importações apenas na fase final do
processo produtivo.
Portanto, as indústrias assentes em recursos locais exportavam; as que produziam para o
mercado doméstico importavam até 85% dos equipamentos, peças, matérias-primas e materiais
auxiliares, e os combustíveis. As indústrias exportadoras expandiam mais lentamente por causa
da rigidez na procura mundial de produtos primários, da tendência para a volatilidade nos
mercados internacionais e do declínio secular dos termos de troca. As de substituição de
importações expandiam mais depressa, pois respondiam a pressões e incentivos políticos,
estavam ligadas a mercados domésticos em rápido crescimento e beneficiavam de protecção.
Porém, esta estrutura dualista continha factores de crise que reflectiam a sua estrutura: a
produção era dependente de importações, porque era débil a substituição efectiva de
importações; as exportações eram concentradas em produtos primários com mercados e preços
voláteis; portanto, sempre que a economia expandia mais rapidamente que as receitas de
exportação, ou sempre que os preços internacionais dos produtos primários baixavam, a
economia entrava em crise relacionada com a sua incapacidade de importar, a redução das
receitas do Estado e, portanto, a contracção da capacidade de endividamento.
O padrão da actual elevada taxa de crescimento económico em Moçambique, cerca de 7% de
1994 a 2015, revela uma concentração excessiva e depende de um conjunto limitado de produtos
de exportação, entre os quais “recursos territorialmente bem circunscritos numa região
limitada”31 e investimentos em mega-projectos, especificamente no sector energético e no sector
extractivo.
Diversos estudos sobre vários aspectos da economia política de Moçambique mostraram que
esse impressionante crescimento económico esconde o facto de que não só a estrutura económica
como também o modelo de acumulação de capital não mudaram muito ao longo do tempo
(Castel-Branco, 2012; 2015a, b; Mosca, 2011; 2013; Weimer et al., 2012). Os principais factores
estruturantes da economia são:
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Uma orientação da economia para o crescimento baseado nos bens de consumo interno
(mercado interno) e nas importações e exportações (mercado externo) de bens e serviços,
sem uma importante industrialização domestica dirigida para dentro e fortes ligações
intersectoriais a montante e a jusante. Isto conduz a um tipo de economia extractiva, não
apenas no sector da mineração e energia, mas também em todos os outros sectores ligados a
recursos naturais, como a silvicultura, a agricultura de grande escala, a fauna, etc.
Uma economia extremamente aberta e “permeável” (Castel-Branco, 2015a), em que a quota
de exportações e importações em relação ao PIB sempre foi muito elevada (acima de 80%) e
em que o investimento estrangeiro de grande escala, especialmente no sector extractivo (no
sentido mais lato) não só beneficia de incentivos fiscais e outros acordos favoráveis, como
também pode repatriar capital para os países de origem. Por exemplo, a receita de carvão na
província de Tete permaneceu abaixo de 0,5% do PIB entre 2012 e 2015 (Vines et al., 2015,
p.5). A abertura da economia moçambicana torna-a particularmente vulnerável a choques
externos e a volatilidade dos mercados globais, como demonstram a crise financeira de 2008,
e a actual queda dos preços da energia e a desvalorização do metical face ao dólar norte-
americano.
A economia permeável produz lucros limitados para o Estado (receita), para a economia
doméstica (diversificação, industrialização interna) e para as comunidades locais. Para estas,
o lucro líquido da extracção mineral e energética (carvão em Tete, gás na província de
Inhambane) e de apenas 2,75% dos pagamentos de direitos em 2013 e 2014 (Nombora, 2014;
Vines et al., 2015: 70). As elites políticas e económicas obtêm os seus benefícios e
rendimentos não da produção, mas da procura de rendimentos improdutivos associada a
aquilo que Castel-Branco refere como uma “economia de bolha” de expectativas e
especulações ligadas a terra e a indústria extractiva (Castel-Branco, 2015a). Embora as
exportações (crescentes) de alumínio, carvão e energia eléctrica dominem a balança
comercial, a sua contribuição para o PIB e baixa. E não compensam o aumento das
importações (combustível, maquinaria, bens de consumo e alimentos), deixando
Moçambique numa posição de importador líquido estrutural de bens e serviços desde meados
do século passado. Existem algumas excepções, como o ano de 2006, em que Moçambique
registou, pela primeira vez em décadas, um excedente da balança comercial, devido a
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exportação de alumínio e gás, juntamente com os produtos clássicos, castanha de caju,
algodão, madeira e peixe, que estão em declínio.
Em relação ao segundo factor, vários autores destacaram a necessidade de uma política
económica alternativa a da abordagem predominante de exploração de recursos, orientada para a
exportação e que produz crescimento sem desenvolvimento (Castel-Branco, 2010, 2015a;
Hanlon & Smart, 2008; Mosca, 2005, 2013).
A economia moçambicana é uma economia de consumo típica e não uma economia baseada
em investimentos para produção e nos mercados interno e externo. Tanto o consumo privado
como o publico continua a dominar a composição do PIB, com uma maior despesa de consumo
das famílias em relação ao consumo público, o que tem consequências negativas para a
poupança.
Em parte, por isso, o investimento medido pela formação bruta de capital manteve-se
estruturalmente baixo, embora tenha mais do que duplicado desde a década de 1970 ate ao
presente. Continuara a aumentar com o investimento em grande escala no gás natural liquefeito
(GNL), mas e improvável que produza efeitos sobre a industrialização, dada a baixa propensão
desses projectos em criar ligações económicas a montante e a jusante. Esta e uma lição clara
aprendida com a escala de investimento na indústria do carvão na província de Tete (Langa,
2015).
• A economia continuou a ser uma economia de serviços. O sector dos serviços,
nomeadamente os sistemas ferroviários e portuários utilizados pelos países vizinhos, tem
dominado o PIB com um peso superior a 30% nas décadas de 1970 e 80, subindo para mais de
50% a partir de 1994. Também sofreu, porem, mudanças estruturais dramáticas no sentido em
que já não são as receitas ferroviárias e portuárias do subsector de transportes orientado para a
região que dominam o sector de serviços, mas sim o crescimento dos sectores bancário, de
seguros e telecomunicações, bem como as viagens aéreas, o turismo e o transporte doméstico.
• A agricultura e marginalizada, nomeadamente o sector dos pequenos produtores e o
sector familiar, que e a base do sustento de cerca de 70% da população e absorve cerca de 80%
da mão-de-obra. A sua contribuição para o PIB, em cerca de 30%, e superior à da indústria em
cerca de 24% (KPMG, 2013). Os pequenos agricultores continuam pobres e não tem voz (por
exemplo nas assembleias e nos partidos políticos), pouca segurança de posse de terra e falta de
acesso a crédito, a tecnologias e serviços de extensão a medida do seu potencial produtivo, dos
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seus recursos e das suas necessidades. A alocação em grande escala de terra aos investidores
globais, para agricultura de plantação e silvicultura, e as políticas comerciais estabelecidas,
associadas a poderosas elites do comércio de produtos alimentares, juntamente com a
deterioração dos termos comerciais reais entre a produção agrícola e os insumos (importados),
funcionam como desincentivos a produção e diversificação na agricultura de pequena escala, não
obstante algumas, poucas, louváveis excepções, como os esquemas de produção sob contrato na
indústria do açúcar e do tabaco (Buur et al., 2011; Smart & Hanlon, 2014).
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3. CAPITULO III
3.1. Conclusão
Mercado interno, na economia, é um mercado que opera dentro de limites territoriais
demarcados, e que por sua vez está rodeado por um mercado maior. O caso mais habitual é
constituído por um mercado nacional (interno) comparado com o mercado internacional
(externo; envolve as importações, que é o que costuma ser comprado de fora do pais e as
exportações, que é o que costuma ser vendido fora do pais). O crescimento é baseado nos bens
de consumo interno (mercado interno) e nas importações e exportações (mercado externo) de
bens e serviços, sem uma importante industrialização domestica dirigida para dentro e fortes
ligações intersectoriais a montante e a jusante. Isto conduz a um tipo de economia extractiva, não
apenas no sector da mineração e energia, mas também em todos os outros sectores ligados a
recursos naturais, como a silvicultura, a agricultura de grande escala, a fauna, etc. O potencial
económico do País para a atracção de investimentos na agro-indústria, agricultura, turismo, pesca
e mineração é enorme. Projectos como o da Mozal, Barragem de Cahora Bassa, Corredores
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Ferro-Portuários e Complexos Turísticos ao longo de todo o País têm contribuído
significativamente para colocar Moçambique na rota dos grandes investimentos regional e
internacional. Continuara a aumentar com o investimento em grande escala no gás natural
liquefeito (GNL), mas e improvável que produza efeitos sobre a industrialização, dada a baixa
propensão desses projectos em criar ligações económicas a montante e a jusante, como a escala
de investimento na indústria do carvão na província de Tete. A abertura da economia
moçambicana torna-a particularmente vulnerável a choques externos e a volatilidade dos
mercados globais, como demonstram a crise financeira de 2008, e a actual queda dos preços da
energia e a desvalorização do metical face ao dólar norte-americano. Os principais parceiros
comerciais do mercado moçambicanos são: África do Sul, Holanda, Itália, Singapura, Bélgica,
china, Portugal, Bahrein e outros países. A principal influência de Tete para o Mercado Externo e
interno Pais reside sobre a indústria extractiva de Carvão mineral, o lucro líquido da extracção
mineral foi 2,75 do pagamento de direitos em 2013 e 2014. A receita de carvão na província de
Tete permaneceu abaixo de 0,5% do PIB entre 2012 e 2015.
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