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ADOLFO LAURENT LUÍS CABRITO

BENJAMIM DOMINGOS JÚNIOR

DOFATE DOMINGOS PEDRO

GILDA ARTUR MENDONÇA

MARIZANE LÚCIO MARIZANE

ROSSANA MESQUITA GULAMO

TERESA ORLANDO JORDÃO

TEMA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM MOÇAMBIQUE

TRABALHO DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO


HOSPITALAR
3º ANO
1 º GRUPO

UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO HOSPITALAR
CADEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
TETE
2020
 
ADOLFO LAURENT LUÍS CABRITO

BENJAMIM DOMINGOS JÚNIOR

DOFATE DOMINGOS PEDRO

GILDA ARTUR MENDONÇA

MARIZANE LÚCIO MARIZANE

ROSSANA MESQUITA GULAMO

TERESA ORLANDO JORDÃO

TEMA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA EM MOÇAMBIQUE 

Trabalho Escolar apresentado à Faculdade de


Ciências de saúde para o propósito de avaliação
como requisito parcial necessário para a conclusão
 
da cadeira de Administração pública do Curso de
Administração e Gestão Hospitalar.
Orientador: Iara Marina dos Santos Jafar Marques

TETE
ÍNDICE
1. CAPÍTULO I.......................................................................................................................................4
1.1. Introdução....................................................................................................................................4
1.2. Objectivos....................................................................................................................................5
1.2.1. Objectivo Geral....................................................................................................................5
1.2.2. Objectivos Específicos.........................................................................................................5
1.3. Metodologia.................................................................................................................................6
2.1. Conceitos.................................................................................................................................7
2.2. Fundamentos da Administração Pública......................................................................................7
2.2.1. O Estado..............................................................................................................................7
2.3. Administração Pública em Moçambique.....................................................................................7
2.3.1. Conceito de Administração Pública.....................................................................................7
2.3.2. Fases da Evolução da Administração Pública em Moçambique...........................................9
2.3.2.1. Período de vigência do sistema colonial: (entre 1884/5 a 1975)......................................9
2.3.2.2. Período da Administração Publica pós-independência: Estado Socialista e Centralizado
(entre 1975 e 1987)............................................................................................................................12
3. CAPÍTULO III..................................................................................................................................13
3.1. Conclusão..................................................................................................................................13
3.2. Referências bibliográficas..........................................................................................................14
1. CAPÍTULO I
1.1. Introdução
Conhecer a Administração Pública nos dias de hoje, já não é apenas do interesse do
interesse exclusivo dos agentes/servidores públicos. Conhecer o aparelho do Estado e a sua
administração é do interesse de todos os cidadãos. Por isso para entender a administração pública
a que necessário primeiramente conhecer os fundamentos da administração pública
(administração geral, o seu histórico e conceituação). O estudo da Administração Pública gira em
torno de uma instituição mencionada, mais pouco conhecida na sua essência: o estado. A
Administração Publica em Moçambique tem sofrido várias transformações ao longo do tempo,
principalmente pelos objectivos dos administradores e pelas necessidades dos administrados que
cada vez mais ganham consciência da importância dos seus direitos e do controle das acções
públicas. O presente trabalho busca fazer uma abordagem acerca dos fundamentos da
Administração Pública e da Administração Pública em Moçambique.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
 Analisar os fundamentos da administração Pública e a Administração Pública em
Moçambique.

1.2.2. Objectivos Específicos


 Identificar os fundamentos da administração Pública;
 Descrever os fundamentos da administração Pública;
 Identificar as fases da Administração Pública em Moçambique;
 Descrever as fases da Administração Pública em Moçambique;
 Identificar a estrutura organizacional da Administração Pública em Moçambique.
1.3. Metodologia
Para a concretização dos objectivos específicos deste trabalho utilizamos como
metodologia a pesquisa bibliográfica, pois o presente trabalho de pesquisa foi meramente de
revisão de literatura. Esta pesquisa bibliográfica assentou-se também em manuais, artigos
técnicos. O tipo de pesquisa utilizado neste presente trabalho foi o descritivo, pois o que se
pretende é de apresentar os fundamentos da administração pública e a administração pública em
Moçambique. A técnica de pesquisa adoptada neste trabalho foi a seguinte: efectuou-se uma
pesquisa bibliográfica, através da consulta de manuais, que abordam assuntos ligados ao direito,
direito administrativo, administração pública e administração pública em Moçambique, fez-se
também a consulta de artigos científicos, teses, dissertações, monografias, pesquisas científicas,
mais algumas explanações e definições de conceitos importantes utilizados durante a pesquisa
desse trabalho, e por outro lado foi feita a pesquisa na internet como forma de conhecer as
actuais abordagens acerca dos fundamentos da administração pública e a administração pública
em Moçambique.
2. CAPÍTULO II: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM MOÇAMBIQUE

2.1. Conceitos
2.1.1. Estado
Estado: entidade responsável pela estrutura e pela organização política e administrativa
(governo, tribunais, forcas armadas e de segurança, etc.) de um território e sua população, ou
conjunto de populações, garantindo a existência de um país soberano, reconhecido
internacionalmente pelos seus pares; conjunto de instituições que asseguram a administração de
um país.

2.1.2. Administração
Administração é o acto de trabalhar com e através de pessoas para realizar os objectivos
tanto da organização quanto de seus membros. Ou ainda Administração é administrar a ação
através das pessoas com objetivo bem definido. A administração é o processo de tomar e colocar
em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos.
Fayol define administração como o acto de administrar, exercendo as funções de
planeamento, organização, comando/liderança, coordenação e controlo.

2.1.3. Público
Em administração, significa algo pertencente ou que seja relativo ao povo, ao governo de
um país; conjunto de pessoas a que se presta assistência.

2.2. Fundamentos da Administração Pública

2.2.1. O Estado

2.3. Administração Pública em Moçambique

2.3.1. Conceito de Administração Pública


Junquilho (2010) ressalta que “definir Administração Pública não é fácil, dada a sua
amplitude e complexidade”. Isso faz com que os conceitos sejam desdobrados para englobar a
amplitude da sua expressão e, assim contemplar diversas referências. Em sentido amplo, “refere-
se ao conjunto de órgão do governo com função politica e de órgão administrativos, com função
administrativa”. Em sentido estrito, define-se Administração Pública como o conjunto de órgão,
entidades e agentes públicos que desempenham a função administrativa do estado.
Tradicionalmente, a Administração Pública1 é entendida num duplo sentido: sentido
orgânico e sentido material. Amaral (2006) em sentido orgânico, define a administração pública
como sendo, um sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado e de outras entidades públicas
que visam a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas de segurenca, cultura e
bem-estar. Em sentido material, a administração pública é a própria actividade desenvolvida por
aqueles órgãos, serviços e agentes.
O dicionário Infopédia define Administração Pública como sendo “ o conjunto de
organismos e de funcionários que asseguram a actividade de determinado sector Público, de
acordo com o decidido por instância politica superior; conjunto de indivíduos que asseguram o
governo do país, sob a direcção de um presidente. Podendo a administração pública ser central 2
ou local3”.
Segundo Meirelles (1989) administração Pública é a actividade concreta do Estado, que
satisfaz as necessidades colectivas em forma directa, continua e permanente, e com sujeição ao
ordenamento jurídico (legislação)4 Vigente.
Assim sendo, segundo o Governo de Moçambique, no seu Plano Estratégico de
Desenvolvimento da Administração (PEDAP), também conhecido por (ERDAP, 2011 - 2025),
Administração Pública é “um conjunto de órgãos, serviços e funcionários e agentes do Estado
bem como das demais pessoas colectivas publicas que asseguram a prestação de serviços
públicos ao cidadão” (MAE, 2011).

Em Moçambique, a Administração Pública, através dos respectivos serviços públicos é o


instrumento através do qual o estado materializa a vontade dos cidadãos. Com o efeito, os artigos
249 e 250 da CRM de 2018, e os respectivos números estabelecem que a Administração Pública
serve o interesse público e na sua actuação respeita os direitos e liberdades fundamentais dos
cidadãos. Os órgãos da Administração Pública obedecem à Constituição e à lei e actuam com
respeito pelos princípios da igualdade, da imparcialidade, da ética e da justiça. Ainda, a
1
Administração pública: conjunto dos funcionários e órgãos administrativos do Estado
2
Administração central: conjunto dos funcionários e dos órgãos administrativos do Estado cuja
competência respeita à totalidade do território.
3
Administração local: conjunto dos funcionários e dos órgãos administrativos autárquicos ou
municipais.
4
Ordenamento Jurídico (legislação): conjunto de leis que regem um país.
Administração Pública pode organizar-se através de outras pessoas colectivas distintas do estado
– Administração, com a participação dos cidadãos. A Administração Pública promove a
simplificação de procedimentos administrativos e a aproximação dos serviços aos cidadãos.
O Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, reforça nos seus artigos 5 e 6 os princípios de
atuação dos serviços da Administração pública, dos quais destacam-se os princípios da
prossecução do interesse público e proteção dos direitos e interesses do cidadão.

2.3.2. Fases da Evolução da Administração Pública em Moçambique


2.3.2.1. Período de vigência do sistema colonial: (entre 1884/5 a 1975)
O processo de institucionalização do poder político-administrativo colonial começou no
seculo XIX. Segundo Hedges (1999) apud Nyakada (2008), a implementação do sistema
administrativo colonial processou-se em diferentes fases. Como consequência da partilha da
Africa na Conferência de Berlim, coube a Portugal as terras que constituem o Estado
Moçambicano. A colonia de Moçambique, que ficara cercada dentro das linhas de fronteira
estabelecidas, entre 19890 e 1891, como resultados de acordos entre Inglaterra e Portugal, não
apresentava praticamente nenhuma característica de um Estado moderno, também carecia de um
sistema administrativo ou de direito.
Após a Conferência de Berlim processou-se a ocupação militar, administrativa e
economia de Moçambique por Portugal, o que trouxe alterações na estrutura social e económica
da colonia (Hedges, 1999; Dias, 2002 apud Nyakada, 2008), desenvolvendo-se coerentes
interesses políticos e económicos do sistema que o fundamentava (Matsinhe, 2001). Isto era
previsível, visto que, “a traçada de fronteiras coloniais tornou imperativo a criação de uma
estrutura administrativa formal que cobrisse toda a área dentro das fronteiras do novo Estado”
(Newitt, 1997 apud Nyakada, 2008). Em 1942, António Enes planeou a administração colonial
dividindo Moçambique em distritos, circunscrições e postos. Nesse regime o administrador era a
unidade básica (FRELIMO, 1978 apud Nyakada, 2008).
Todavia, enquanto não existiam mecanismos de administração territorial, o governo
português arrendou cerca de dois terços da superfície territorial da colonia, concedendo grandes
parcelas do território moçambicano à companhias privadas. Em relação a adoção dessa medida
Newitt (1997) apud Nyakada (2008) afirma que o governo português tomou a decisão inevitável
de transferir a essas companhias a administração, pacificação e o desenvolvimento de maior
parte de Moçambique.
Nessa época, o país esteve sobre o domínio de três grandes companhias majestáticas:
companhia do Niassa (atuais províncias de Niassa e Cabo delgado), companhia da Zambézia
(atuais províncias de Tete e Zambézia) e companhia de Moçambique (atuais províncias de
Manica e Sofala), não tinham apenas função económica mas também exerceriam poderes
militares e administrativos (explorar habitantes, inclusive instituir e cobrar impostos). A
província de Nampula e todo território ao sul do rio Save (atuais províncias de Maputo, Gaza e
Inhambane) estavam sob administração directa do Estado português.
A administração segundo esses moldes se iniciou em 1891 e terminou em 1942, como
resultado do cumprimento das disposições normativas estabelecidas em 1930, quando foi
publicado o ato colonia que significou o fim da autonomia formal das companhias. Assim
passando a ter designação de Colonia, sendo administrada directamente por Portugal (Hedges,
1999) apud Nyakada (2008). Com a publicação desse acto, o Estado colonial encetou a ocupação
e a centralização administrativa, passando a monopolizar a cobrança de impostos (UEM, 1988;
Thomas, 2001) apud Nyakada (2008). O acto colonia, “não concedia a qualquer empresa o
exercício de prerrogativas de administração pública, a faculdade de fixar e de cobrar impostos e
o direito de possuir terrenos”.
Durante a vigência do regime colonial português, vigorava no país um sistema estatal,
cujas características principais salientavam-se particularmente de ser centralizador e autoritário,
baseado nos pressupostos de consubstancia a dominação política, exploração económica e o
controlo administrativo. Os procedimentos administrativos tinham particularidade de apresentar
um tratamento desigual aos que solicitavam os serviços à administração pública, privilegiando os
colonizadores. Havia “falta de experiencia com a democracia e a administração pública
decorrente de muitos anos de exclusão politica e social” (Buendia, 1999) apud Nyakada (2008).
O regime colonial implementou uma política de mudanças no seu sistema, aproveitando os
líderes tradicionais que com os administradores, chefes de postos, sipaios (policiais africanos a
serviço da administração colonial) serviram para consolidar o poder politico e administrativo,
tornando-se auxiliares administrativos, passando a fazer parte da administração colonial,
(Hedges, 1997) apud Nyakada (2008).
Foram instalados chefes tradicionais como agentes do governo colonial, como resultado
da acentuação de divisões étnicas, com poder sobre a vida das pessoas (Newitt, 1997) apud
Nyakada (2008). Surgiram, desta forma, as chefias tradicionais conhecidos como régulos (chefes
tradicionais responsáveis por um território habitado por um ou vários grupos étnicos com
vínculos ou traços familiares com mesmo ancestral; pequenos reis) (Mondlane, 1969) apud
Nyakada (2008).
Paulatinamente o Estado colonial foi “sofisticando as sua malhas administrativas”
estabeleceu tribunais privativos dos indígenas, cujos juízes eram administradores, procurou
conciliar o “direito consuetudinário” com o direito colonial, que se baseou na recuperação e
promoção dos régulos, para garantir a tranquilidade da população rural e salvaguardar os
interesses da metrópole (Hedges, 1999) apud Nyakada (2008). O Estado colonial passou a dirigir
toda a política laboral, especialmente através da direcção dos serviços e negócios indígenas, de
que os administradores eram responsáveis ao nível da circunscrição (unidade administrativa
concebida para indígenas). A função do Estado colonial como servidor e árbitro das necessidades
laborais da capital, passou a ser atividade exclusiva desse Estado (UEM, 1988) apud Nyakada
(2008).
Posteriormente houve em 1951, uma reforma que substituiu o termo colonia por
Província Ultramarina Thomaz (2001) apud Nyakada (2008), o que significou que Moçambique
passava a ser considerado parte integrante de Portugal, no quadro da tutela político-
administrativo. Na década de 1960 FRELIMO iniciou a luta de libertação nacional mostrando
claramente que busca instaurar uma nova ordem social que devia ser contrária a defendida pelos
colonizadores (Reis, 1975) apud Nyakada (2008). A independência, não só equivalia a soberania
política, mas, também, deveria levar a uma nova sociedade, reestruturada e planeada para servir
necessidades das grandes massas, principalmente camponesas (Borges, 2001) apud Nyakada
(2008). O processo de luta armada alvejava o fim do colonialismo e a transformação
revolucionária da sociedade (Buendia, 1999). Em 1974 houve um golpe em Portugal que
culminou com a queda do governo de salazar, um novo governo foi instaurado, o qual permitia
que as colonias realizassem as sua aspirações e se prontificou em passar os poderes do regime
colonial para a FRELIMO, através da declaração da independência de Moçambique, pondo o fim
ao sistema colonial que durou 500 anos (Machel, 1979) apud Nyakada (2008).
Entre a assinatura dos acordos de Lusaka e a proclamação da independência houve nove
meses de administração provisoria (Newitt, 1995) apud Nyakada (2008). Um governo que ficou
conhecido como Governo de transição, devido a sua missão de transferência progressiva e
completa de poderes do sistema colonial ao povo moçambicano (Buendia, 1999) apud Nyakada
(2008). O processo no qual os futuros dirigentes se familiarizaram com a administração do
Estado.

2.3.2.2. Período da Administração Pública pós-independência: Estado Socialista e


Centralizado (entre 1975 e 1987)

3. CAPÍTULO III
3.1. Conclusão
3.2. Referências bibliográficas
Nyakada. V. P. (2008). Logica Administrativa do Estado Moçambicano (1975-2006). Brasília.
Disponível na internet em: https://core.ac.uk/download/pdf/33530538.pdf. acessado no dia
27/05/2020, pelas 01:27.

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