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Uc 01. Gestão de Recursos Materiais Assistente de Oprçoes Lojisticas
Uc 01. Gestão de Recursos Materiais Assistente de Oprçoes Lojisticas
Recursos Materiais
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Gestão de
Recursos Materiais
Brasília
2010
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis
S586g
Silva , Ricardo Caporossi
Gestão de recursos materiais / Ricardo Caporossi Silva . Brasília:
SENAI/DN, 2010.
138 p. : il. color ; 30 cm .
Inclui bibliografias.
CDU 658.7
Caro aluno:
7
Plano de Curso
Carga horária
40 horas
Ementa
Fundamentos da Gestão de Recursos Materiais:
estudo da gestão de recursos materiais e de seus
subsistemas. Identificação de Materiais: explicita-
ção de item de material; identificação de itens e
especificação de materiais; considerações acerca de
padronização e normalização. Gestão de Estoques:
estudo do controle de estoque; estudo das políticas
de estoque. Aquisição/compra de material: busca de
compreensão do processo aquisição/compra; descri-
ção de procedimentos operacionais. Armazenagem/
Almoxarifado: busca de compreensão da importância
da atividade de armazenagem. Análise da movimen-
tação de materiais. Inspeção e recebimento de Mate-
riais: descrição do processo inspeção e recebimento.
Cadastro: introdução a sistemas de informação.
Objetivos
Objetivo Geral
9
Objetivos Específicos
10
Fundamentos
da Gestão
de Recursos
Materiais
1
Objetivos
Ao final desta unidade, você será capaz de
compreender as principais atribuições do
gestor de recursos materiais e os meios
necessários ao suprimento de materiais im-
prescindíveis para o funcionamento da or-
ganização, no tempo oportuno, na quanti-
dade necessária, na qualidade requerida e
pelo menor custo.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das
aulas seguintes:
Aula 2: Subsistemas
11
Para Iniciar
Visando à garantia da existência contínua de um estoque, pautada no
controle das aquisições no momento oportuno, a administração de
recursos materiais tem como um de seus principais objetivos a ma-
nutenção dos itens necessários para a movimentação e a manufatura
de produtos nas organizações.
Aula 1:
Gestão de Recursos
Materiais
Nesta aula, você vai aprender o que é Gestão de Recursos Materiais, vai entender quais
são as responsabilidades e atribuições do gestor de materiais, os principais objetivos da
administração de materiais e da área de administração de recursos materiais.
Pergunta
Quais são as responsabilidade e atribuições do gestor de materiais?
Suprir
a empresa por meio de compras de todos os materiais necessários ao
seu funcionamento.
Avaliar outras empresas como possíveis fornecedores.
Supervisionar os almoxarifados da empresa.
Controlar os estoques.
12
Gestão de Recursos Materiais
A administração de materiais
A administração de materiais tem por finalidade principal assegurar o contínuo
abastecimento de artigos necessários para comercialização direta ou capaz de
atender aos serviços executados pela empresa.
Pergunta
Quais são os principais objetivos da área de administração de materiais?
Preço baixo – esse é o objetivo mais óbvio e, certamente, um dos mais impor-
tantes. Reduzir o preço de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a
mesma qualidade.
Altogiro de estoques – implica em melhorar a utilização do capital, aumen-
tando o retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro.
Baixo custo de aquisição e posse – dependem fundamentalmente da eficá-
cia das áreas de controle de estoques, armazenamento e compras.
Continuidade de fornecimento – é resultado de uma análise criteriosa
quanto aos fornecedores. Os custos de produção, expedição e transportes são
afetados diretamente por esse item.
Unidade 1 13
Consistência de qualidade – a área de materiais é responsável apenas pela
qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedores externos.
Em algumas empresas, a qualidade dos produtos e/ou serviços constituem-
se o único objetivo da gerência de materiais.
Despesas com pessoal – obtenção de melhores resultados com a mesma despesa
ou mesmo resultado com menor despesa – em ambos os casos, o objetivo é obter
maior lucro final. Às vezes compensa investir mais em pessoal porque pode-se alcan-
çar, com isso, outros objetivos, propiciando maior benefício com relação aos custos.
Relações favoráveis com fornecedores – a posição de uma empresa no
mundo dos negócios é, em alto grau, determinada pela maneira como ne-
gocia com seus fornecedores.
Aperfeiçoamento de pessoal – toda unidade deve estar interessada em
aumentar a aptidão de seu pessoal.
Bons registros – são considerados como o objetivo primário, pois contribuem
para o papel da administração de material na sobrevivência e nos lucros da
empresa, de forma indireta.
14
Gestão de Recursos Materiais
Aula 2:
Subsistemas
Os subsistemas da gestão de materiais, integrados de forma sistêmica, forne-
cem os meios necessários à consecução das quatro condições básicas para uma
boa administração de material:
1 tempo oportuno;
2 quantidade necessária;
3 qualidade requerida;
4 menor custo.
Unidade 1 15
Subfunções típicas:
Classificação de material – subsistema responsável pela identificação (espe-
cificação), classificação, codificação, cadastramento e catalogação de material.
Controle de estoque – subsistema responsável pela gestão econômica dos
estoques, por meio do planejamento e da programação de material, com-
preendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento de material.
O estoque é necessário para que o processo de produção-venda da empresa
opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os estoques
podem ser de: matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados.
O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e
o investimento financeiro envolvido.
Aquisição/Compra de material – subsistema responsável pela gestão,
negociação e contratação de compras de material por meio do processo de
licitação. O setor de compras preocupa-se sobremaneira com o estoque de
matéria-prima. É responsabilidade de compras assegurar que as matérias-
primas exigida pela produção estejam à disposição nas quantidades certas,
nos períodos desejados. Compras não é somente responsável pela quan-
tidade e pelo prazo, mas precisa também realizar a compra com o preço
mais favorável possível, já que o custo da matéria-prima é um componente
fundamental no custo do produto.
Armazenagem/Almoxarifado – subsistema responsável pela gestão física
dos estoques, compreendendo as atividades de guarda, preservação, emba-
lagem, recepção e expedição de material, segundo determinadas normas e
métodos de armazenamento. O almoxarifado é o responsável pela guarda
física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em processo. É
o local onde ficam armazenados os produtos para atender a produção e os
materiais entregues pelos fornecedores.
Movimentação de material – subsistema encarregado do controle e
normalização das transações de recebimento, fornecimento, devoluções,
transferências de materiais e quaisquer outros tipos de movimentações de
entrada e de saída de material.
Inspeção de recebimento – subsistema responsável pela verificação física
e documental do recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da
verificação dos atributos qualitativos pelas normas de controle de qualidade.
Cadastro– subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores,
pesquisa de mercado e compras.
16
Gestão de Recursos Materiais
Subfunções específicas
Inspeção de suprimentos – subsistema de apoio responsável pela verifi-
cação da aplicação das normas e dos procedimentos estabelecidos para o
funcionamento da administração de materiais em toda a organização, ana-
lisando os desvios da política de suprimento traçada pela administração e
proporcionando soluções.
Padronização e normalização – subsistema de apoio, ao qual cabe a ob-
tenção de menor número de variedades existentes de determinado tipo de
material, por meio de sua unificação e especificação, propondo medidas de
redução de estoques.
Transporte de material – subsistema de apoio que se responsabiliza pela
política e pela execução do transporte, movimentação e distribuição de
material. A colocação do produto acabado nos clientes e as entregas das
matérias-primas na fábrica é de responsabilidade do setor de transportes e
distribuição. É nesse setor que se executa a administração da frota de veí-
culos da empresa e onde também são contratadas as transportadoras que
prestam serviços de entrega e coleta.
Unidade 1 17
Quando o material é requisitado dos estoques, este evento é comunicado ao sub-
sistema de controle de estoque pelo subsistema de armazenagem, que procede à
baixa física e contábil, podendo gerar com isso uma ação de ressuprimento. Nes-
se caso, é emitida pelo subsistema de controle de estoques uma ordem ao sub-
sistema de compras, para que o material seja comprado de um dos fornecedores
cadastrados e habilitados junto à organização pelo subsistema de cadastro. Após
a concretização da compra, o subsistema de cadastro também fica responsável
por providenciar, junto aos fornecedores, o cumprimento do prazo de entrega
contratual, iniciando o ciclo, novamente, por ocasião do recebimento de material.
Colocando em Prática
Parabéns! Você chegou ao final da Unidade 1. Agora, chegou a hora de
colocar em prática o conteúdo que você estudou. Acesse o AVA para
realizar as atividades de aprendizagem desta unidade. Se você estiver
com dúvidas, procure seu tutor.
Relembrando
A Gestão de Recursos Materiais é o conjunto de atividades que
abrangem o planejamento, a operação e o controle da aquisição,
estocagem e movimentação de matéria-prima, componentes e pro-
dutos, tanto semiacabados como acabados, desde o fornecedor, pas-
sando pelas fases intermediárias, até o consumidor final. Seu objetivo
básico é suprir os diversos setores da empresa com os materiais de
que necessitam, com a qualidade requerida, na quantidade correta,
no instante adequado, no local apropriado, ao mínimo custo e otimi-
zando o resultado da organização.
18
Gestão de Recursos Materiais
Alongue-se
Aproveite que você terminou esta unidade para relaxar um pouco.
Levante-se, beba alguma coisa, alimente-se com algo leve, se achar ne-
cessário, e, antes de partir para as próximas atividades, alongue-se um
pouco para garantir a concentração na próxima etapa dos estudos.
Unidade 1 19
Identificação de
Materiais 2
Objetivo
Ao final desta unidade, o aluno será capaz de
compreender a importância de codificar os
artefatos ou objetos como itens de materiais
para melhor identificação destes durante os
fluxos de entrada, armazenagem e saída.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das
aulas seguintes:
21
Para Iniciar
Ao conjunto de objetos (materiais) que possuem as mesmas carac-
terísticas, damos o nome de item de material, cujo objetivo é iden-
tificar/especificar suas propriedades de acordo com as normativas
adotadas pelas instituições.
Aula 1:
Item de material2
Nesta aula, você vai aprender o que é um item de material e suas formas de identificação.
2 O conteúdo abordado nesta aula foi parcialmente extraído do site http://www. www.eanbrasil.org.
br, que é utilizado por profissionais que atuam nesta área, como fonte de informação e atualização
de modelos de documentos e normativas.
22
Gestão de Recursos Materiais
Uma caixa de latas de cerveja também pode ser considerada um item de mate-
rial. Nesse caso, poderíamos ter a mesma lata de cerveja do exemplo anterior,
porém, agora, em forma de caixa com 24 latas. Esse novo item identifica o mes-
mo produto básico, porém, em embalagem diferente.
Pergunta
Você sabe o que são itens de estoque e itens não de estoque?
Unidade 2 23
Nome do Curso
código de barras;
código impresso em etiquetas.
Normalmente, o código de barras vem acompa-
No endereço nhado do código impresso.
<www.eanbrasil.org.br>,
você encontra detalhes
Uma forma moderna de identificação é o código
sobre os vários tipos de
eletrônico de produto (Electronic Product Code –
códigos de barras.
EPC), que consiste em uma etiqueta com um circui-
to eletrônico, contendo o código de identificação,
capaz de transmitir esse código por radiofrequência
quando ativado por um aparelho leitor. O padrão
EPC permite a identificação do produto com um
número de parte e também com o número de série.
Dica
Você ainda não sabe o que é número
de parte e número de série? Isso você
aprenderá na próxima aula.
24
Gestão de Recursos Materiais
Dica
Unidade logística, segundo a GS1, é a unidade física determinada para
transporte e estocagem de mercadorias de qualquer tipo que necessite
ser gerenciada e rastreada individualmente na cadeia de suprimentos
(caixa, tambor, fardo, palete e contêiner).
Figura 3: Figura 3 – Identificação de unidade logística por meio de número global de item comercial
Fonte: GS1 Brasil (2006)
Unidade 2 25
Figura 4: Figura 4 – Identificação de unidade logística usando número global de localização
Fonte: GS1 Brasil (2006)
Nesta aula, você aprendeu o que é um item de material e viu suas formas de
identificação. Na próxima aula, você vai aprender o que é número de parte e
número de série, o que são itens serializados, o que é um lote e como identifi-
cá-lo, a importância da rastreabilidade, o que é a identificação por atributos, a
especificação e a classificação de materiais.
26
Gestão de Recursos Materiais
Aula 2:
Identificação de itens e
especificação de materiais
Nesta aula, você vai aprender o que é número de parte e número de série, o
que são itens serializados, o que é um lote e como identificá-lo, a importância
da rastreabilidade, o que é a identificação por atributos, a especificação e a
classificação de materiais.
Dica
Se, na prateleira de um almoxarifado, houver um estoque de 15 parafusos
com determinadas características (tipo de material, tipo de rosca, tipo de
cabeça, tipo de acabamento, dimensões etc.), todos eles têm o mesmo
número de parte e um parafuso não se distingue do outro. Igualmente,
se tivermos um estoque de oito televisores de um determinado modelo
de um fabricante, todos eles possuem o mesmo número de parte.
Unidade 2 27
número de série (às vezes, não é propriamente um número, pois pode conter
caracteres alfabéticos e outros). O número de série é, portanto, uma espécie de
detalhamento do número de parte.
Dica
O número do chassi de um automóvel é um número de série típico. Na
fabricação de automóveis, todos os chassis com as mesmas características
correspondem ao mesmo item, tendo o mesmo número de parte, porém
possuem números de série diferentes. Cada chassi possui um número de
série que o individualiza.
28
Gestão de Recursos Materiais
Identificação de lotes
Certos materiais, tanto por necessidade legal como por interesse de controle de
qualidade, devem ser identificados por lotes de fabricação. Essa identificação
pode ser feita no próprio produto ou em sua embalagem e visa a localizar todos
os produtos (peças, remédios, produtos metalúrgicos, alimentos etc.) com algum
tipo de problema detectado tanto pelos clientes como pela própria empresa.
Pergunta
O que é um lote de fabricação?
Atenção
Uma empresa que fabrica parafusos, por exemplo, pode detectar
uma incidência muito grande de refugos no processo de fabricação. É
importante, nesse caso, que o controle de produção permita rastrear o
processo de fabricação até a identificação do lote da matéria-prima utilizada
no processo, para poder pesquisar as possíveis causas do problema.
Unidade 2 29
identificado pela faixa de números de série desde o início da série de fabricação
até o final. Uma variante de identificação por lotes é a data de fabricação, com a
ressalva de que nem sempre serve para identificar exatamente um lote.
Pergunta
O que é a nomenclatura de materiais e como ela ocorre numa empresa?
Pergunta
Qual é a diferença entre nome básico e nome modificador?
30
Gestão de Recursos Materiais
Especificação de materiais
O termo especificação é, em geral, empregado com o significado de identificar
precisamente o material, de modo a torná-lo inconfundível (ou seja, específico),
principalmente para fins de aquisição.
Atenção
Descrição, nome, nomenclatura e designação são termos que não devem
ser confundidos com especificação.
Classificação de materiais
A classificação tem a finalidade de separar um conjunto de itens em classes. É
importante distinguir-se bem a diferença entre identificação e classificação.
Atenção
A identificação busca uma identidade do material, ou seja, busca
torná-lo único. Um item só pode estar associado a um único código
de identificação, ao passo que pode estar associado a várias classes
simultaneamente.
Unidade 2 31
É recomendável que o sistema de classificação permita que um mesmo item
possa ser classificado em tantas classes quantas forem necessárias. Assim, o
produto álcool pode ser classificado, por função, como solvente, como combus-
tível e como produto de limpeza.
A seguir, você pode ver exemplos dos diversos tipos de classificação que podem
ser feitas com os itens de uma empresa.
32
Gestão de Recursos Materiais
Recuperado.
Produto em processo.
Insumos para produção.
Unidade 2 33
Materiais para embalagem.
Materiais para manutenção.
Materiais para obras em andamento.
Materiais para revenda.
Materiais para alienação.
Materiais de consumo.
Dificuldade de aquisição
Sazonalidade de mercado.
Greves no setor.
Regulamentados: cotas de fornecimento, explosivos etc.
Transporte difícil.
Monopólio/tecnologia exclusiva/cartéis.
Padrão de mercado, fabricação por encomenda.
Padrão de mercado, fabricação normal: parafusos, pregos etc.
Não padrão de mercado, fabricação sob especificação.
Importado.
Alta tecnologia.
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Gestão de Recursos Materiais
Frequência de demanda
Consumo regular.
Consumo irregular.
Consumo eventual.
Dificuldade de armazenagem
Umidade.
Inflamáveis.
Explosivos.
Manuseio especial.
Voláteis.
Oxidáveis.
Tóxicos.
Radiativos.
Corrosivos.
Forma irregular.
Combustíveis.
Periculosidade
Norma NBR 7502 da ABNT.
Recuperação
Reparáveis.
Reprocessamento.
Unidade 2 35
Perecimento
Tempo de estocagem.
Data limite.
Contaminação.
Higroscopia.
Instabilidade química.
Magnetização/desmagnetização.
Fragilidade.
Volatilidade.
Ação da luz.
Mudança de temperatura.
Ação da gravidade.
Corrosão.
Pressão (empilhamento).
Tintas e vernizes.
Produtos eletrônicos.
Materiais elétricos.
Métodos de ressuprimento
Ponto de ressuprimento.
Calendário.
Estoque base.
MRP.
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Gestão de Recursos Materiais
Quem compra
Adquiridos pelo departamento de compra.
Adquiridos por fundo fixo.
Estoque/não de estoque
Estoque normal: parafusos, porcas, tintas etc.
Estoque eventual: cimento, cal, areia etc.
Não de estoque: pincel atômico, corretor de datilografia etc.
Previsão
Previsão feita por computador.
Previsão manual pelo setor de suprimentos.
Previsão feita pelos setores usuários.
Controle de estoques
Controle central pelo sistema de computação.
Controle manual pelo usuário.
Controle de qualidade
Controle visual pelo almoxarifado recebedor.
Controle pelo laboratório da empresa.
Controle no IPT.
Localização de estoques
Só no almoxarifado central.
Só nos almoxarifados locais.
Em qualquer almoxarifado.
Unidade 2 37
Nesta aula, você aprendeu o que é número de parte e número de série, o que
são itens serializados, o que é um lote e como identificá-lo, a importância da
rastreabilidade, o que é a identificação por atributos, a especificação e a classi-
ficação de materiais. Na próxima aula, você vai aprender o que é padronização
e normalização, seus objetivos, vantagens e desvantagens, o que são normas
técnicas, o que é a ABNT e como consultar as normas.
Aula 3:
Padronização e
normalização3
Nesta aula, você vai aprender o que é padronização, o que é normalização, seus
objetivos, suas vantagens e desvantagens, o que são normas técnicas, o que é a
ABNT e como consultar as normas.
Padronização
A padronização de materiais busca reduzir a variedade de itens e, ao mesmo tem-
po, a utilização de materiais que são facilmente encontrados no mercado forne-
cedor, desde que, naturalmente, atendam às exigências de qualidade da empresa.
3 O conteúdo abordado nesta aula foi parcialmente extraído do site http://www.abnt.org.br, que é
utilizado por profissionais que atuam nesta área, como fonte de informação e atualização de mode-
los de documentos e normativas.
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Gestão de Recursos Materiais
Dica
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o organismo oficial de
normalização no Brasil, representando-o nos organismos internacionais.
Normalização
Pergunta
O que é normalização?
Pergunta
O que são normas técnicas?4
Unidade 2 39
envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universi-
dades, laboratórios e outros).
A norma técnica tem o caráter de lei, pois ela serve de base para analisar se um
produto ou serviço está dentro dos critérios de qualidade exigidos. O Código
de Defesa do Consumidor, criado pela Lei nº 8078, em seu artigo 39, inciso VIII,
deixa isso bem claro (BRASIL, 1990):
Pergunta
Quais são os objetivos da normalização?
Pergunta
Quais são as vantagens da normalização?
40
Gestão de Recursos Materiais
Vantagens qualitativas:
Vantagens quantitativas:
2 Especifica matérias-primas.
6 Aumenta a produtividade.
Pergunta
Como consultar as normas?
Unidade 2 41
A ABNT
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão
responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao
desenvolvimento tecnológico brasileiro. A ABNT é membro fundador da ISSO
(International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Pan-
americana de Normas Técnicas) e do CMN (Comitê Mercosul de Normalização).
Objetivos da ABNT
42
Gestão de Recursos Materiais
Exemplo
Etc.
Unidade 2 43
Colocando em Prática
Parabéns! Você chegou ao final da unidade 2. Agora, chegou a hora de
colocar em prática o conteúdo que você estudou. Acesse o AVA para
realizar as atividades de aprendizagem desta unidade. Se você estiver
com dúvidas, procure seu tutor.
Relembrando
Nesta unidade, você aprendeu o que é um item de material e viu suas
formas de identificação. Aprendeu o que é número de parte e nú-
mero de série, o que são itens serializados, o que é um lote e como
identificá-lo, a importância da rastreabilidade, o que é a identificação
por atributos, a especificação e a classificação de materiais. Além disso,
aprendeu o que é padronização e normalização, seus objetivos, van-
tagens e desvantagens, o que são normas técnicas, o que é a ABNT e
como consultar as normas.
Saiba Mais
Para saber mais sobre os vários tipos de códigos de barras, acesse:
<http://www.eanbrasil.org.br>.
Alongue-se
Agora que você terminou a Unidade 2, descanse um pouco. Levante-
se, beba alguma coisa, alimente-se com algo leve, se achar necessário.
Depois, inspire lentamente, pelo nariz, contando até cinco. Solte o
ar, assoprando-o pela boca, também contando até cinco. Repita essa
respiração dez vezes ou mais, se desejar. Quando se sentir descansado,
retome seus estudos.
44
Gestão de Estoques
3
Objetivo
Ao final desta unidade, você será capaz de defi-
nir uma gestão estratégia de estoque eficiente
para atender ao consumidor final sem incorrer
em custos desnecessários de inventário.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das
aulas seguintes:
45
Para Iniciar
O desafio de uma gestão de estoque eficiente é atender ao consumidor
final sem incorrer em custos desnecessários de inventário.
Para tanto, o gestor deve implantar uma política de estoque, visando a esta-
belecer certos padrões que sirvam de guias aos programadores e controla-
dores e também de critérios para medir a performance do departamento.
Aula 1:
Controle de estoque
Nesta aula, você vai aprender o que é o controle de estoque, os objetivos da ges-
tão e controle de estoque e os princípios básicos para o controle de estoques.
Atenção
O estoque é necessário para que o processo de produção-venda da
empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis.
Disponibilizar
produtos para venda: produto que não há em estoque não
pode ser vendido.
Obter melhores preços: melhores negociações com fornecedores.
46
Gestão de Recursos Materiais
controlar
os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer infor-
mações sobre a posição do estoque;
manterinventários periódicos para avaliação das quantidades e estado dos
materiais estocados;
identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.
Dica
Os principais tipos de estoques encontrados dentro de uma empresa são:
matérias-primas, produtos em processo, produtos acabados e peças de
manutenção.
Unidade 3 47
Matérias-primas
São os materiais básicos e necessários para produção do produto acabado, sen-
do que seu consumo é proporcional ao volume de produção. Em algumas em-
presas que fabricam produtos mais complexos com inúmeras partes, o estoque
de matérias-primas pode consistir em itens já processados, que foram compra-
dos de outra companhias ou transferidos de outra divisão da empresa. O volu-
me real de cada matéria-prima depende do tempo de reposição que a empresa
leva para receber seus pedidos, da frequência do uso, do investimento exigido
e das características físicas do estoque. Outros fatores que afetam o nível das
matérias-primas são certas características físicas como tamanho e durabilidade.
Produtos em processo
Deve ser tomar uma especial atenção para o nível de produtos em processo,
pois quanto maior ele for maiores serão os custos. Uma gestão de estoques efi-
ciente deverá reduzir o estoque dos produtos em processo, o que deve acelerar
a rotatividade do estoque e diminuir a necessidade de caixa.
Produtos acabados
Os estoques de produtos acabados são formados por itens que já foram produzi-
dos, mas ainda não foram vendidos. Nas empresas que produzem por encomen-
da o estoque é muito baixo, tendendo a zero, pois teoricamente todos os itens já
foram vendidos antes de serem produzidos. Já no caso das empresas que produ-
zem para estoque, onde os produtos são fabricados antes da venda, o nível de
produtos acabados é determinado na maioria das vezes pela previsão de vendas.
48
Gestão de Recursos Materiais
Peças de manutenção
As peças de manutenção são tão importantes quanto a matéria-prima, pois a
interrupção da produção por um equipamento ocioso pode levar ao adiamento
de um prazo de entrega ao cliente ou a perda ocasional da encomenda quando
não do cliente. Assim atualmente as empresas tem dado uma maior atenção às
peças de reposição.
Conflitos interdepartamentais
Uma das principais dificuldades dentro da gestão/controle de estoque está em
buscar conciliar da melhor maneira possível os diferentes objetivos de cada
departamento da empresa, sem prejudicar sua operacionalidade.
Unidade 3 49
Exemplo
Dica
Portanto, a gestão dos estoques não deve se preocupar apenas com o
fluxo diário de materiais entre vendas e compras, mas com a relação
lógica entre cada integrante desse fluxo, trazendo uma mudança na
forma tradicional de encarar o estoque.
50
Gestão de Recursos Materiais
Todas essas deficiências devem chamar a atenção da empresa para que ela rea-
valie a sua política estoques, pois todas elas resultam numa perda de capital.
Aula 2:
Políticas de estoque5
Nesta aula, você vai aprender o que é política de estoque, grau de atendimento,
dimensionamento de estoques, previsão de estoques e os fatores que podem al-
terar o comportamento do consumo, além de maneiras de se estimar o consumo.
A política de estoque visa a estabelecer certos padrões que sirvam de guias aos
programadores e controladores e também de critérios para medir a performance do
departamento de gestão de estoques.
5 O conteúdo abordado nesta aula foi parcialmente extraído do site: www.eps.ufsc.br/labs/grad/dis-
ciplinas/GerenciaDeMateirais/99.1/GestaoDeEstoques.doc
Unidade 3 51
Definir metas da empresa quanto ao tempo de entrega dos produtos ao cliente.
Definiro número de depósitos e/ou almoxarifes e da lista de materiais a
serem estocados neles.
Definir o nível de flutuação dos estoques para atender uma alto ou baixa nas vendas.
Pergunta
Você sabe o que é grau de atendimento?
Gráfico 1: Grau de atendimento resulta da relação entre capital investido e previsão de consumo
Dimensionamento de estoques
Manter estoques significa assumir alguns riscos: capital imobilizado, obsoles-
cência, deterioração. Nos últimos vinte anos, a filosofia just-in-time6 vem com-
batendo todos os desperdícios nas empresas, principalmente estes gerados pela
existência de estoques. Mas, em alguns casos, não há como escapar deles.
6 Fonte: http://www.apostilasgratuitas.info/component/content/article/62-administracao/123-apos-
tila-de-curso-de-administracao
52
Gestão de Recursos Materiais
Dica
Unidade 3 53
RC = Lucro x Vendas
Vendas Capital
ou seja,
Previsão de estoques
Todo o início de estudo de estoques está baseado em previsões de consumo de mate-
rial. Essa previsão de demanda estabelece estimativas futuras dos produtos acabados
comercializados pela empresa. Ainda definem quais, quantos e quando determinados
produtos serão comprados pelos clientes. Algumas características da previsão são:
54
Gestão de Recursos Materiais
Quantitativas
Evolução das vendas no passado;
Variáveis
com evolução e explicação baseada nas vendas. Exemplo: criação e
vendas de produtos infantis;
Variáveis de fácil previsão, também relacionadas a vendas (população, renda, PIB);
Influência da propaganda.
Qualitativas
Opinião dos gerentes;
Opinião dos vendedores;
Opinião dos compradores;
Pesquisas de mercado.
Unidade 3 55
As técnicas de previsão podem ser classificadas em três grupos:
56
Gestão de Recursos Materiais
Influências políticas.
Influências conjunturais.
Influências sazonais.
Alterações no comportamento dos clientes.
Inovações técnicas.
Produtos retirados da linha de produção.
Alteração da produção.
Preços competitivos dos concorrentes.
Após
a entrada do pedido. Somente possível nos casos de prazo de forneci-
mento suficientemente longo.
Atravésde métodos estatísticos. É o método mais utilizado. Calculam-se as
previsões através de valores históricos.
Unidade 3 57
Técnicas quantitativas para calcular a previsão de consumo
Método da média móvel: neste método, a previsão para o próximo período é ob-
tida calculando-se a média dos valores de consumo nos “n” períodos anteriores.
A previsão gerada por este modelo é geralmente menor que os valores ocor-
ridos se a tendência de consumo for crescente. Inversamente, será maior se o
padrão de consumo for decrescente.
Desvantagens
As
médias móveis podem gerar movimentos cíclicos, ou de outra natureza
não existente nos dados originais.
Asmédias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser supe-
rado utilizando-se a média móvel ponderada com pesos apropriados.
As observações mais antigas têm o mesmo peso que as atuais.
Exige a manutenção de um número muito grande de dados.
Vantagens
Simplicidade e facilidade de implantação.
Admite processamento manual.
58
Gestão de Recursos Materiais
Esse modelo procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral, eli-
minando a reação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença
Entre o consumo atual e o previsto a uma mudança de tendência e o restante a
causas aleatórias.
Método dos mínimos quadrados: este método é usado para determinar a melhor
linha de ajuste que passa mais perto de todos dados coletados, ou seja, é a linha de
melhor ajuste que minimiza as distâncias entre cada ponto de consumo levantado.
A partir de então, tal princípio de análise tem sido estendido a outras áreas e
atividades tais como a industrial e a comercial, sendo mais amplamente aplica-
do a partir da segunda metade do século XX.
Unidade 3 59
Dica
A curva ABC tem sido bastante utilizada para a administração de estoques, para
a definição de políticas de vendas, para o planejamento da distribuição, para a
programação da produção e uma série de problemas usuais de empresas, quer
sejam estas de características industriais, comerciais ou de prestação de servi-
ços. Trata-se de uma ferramenta gerencial que permite identificar quais itens
justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua importância relativa.
Link
Fontes de pesquisa:
<http://www.ivansantos.com.br/ousoABC.pdf>
<http://www.faccamp.br/apoio/MauroGebran/GestEst/COMO_SE_OBTeM_
UMA_CURVA_ABC.doc>
A técnica ABC
Classicamente, uma análise ABC consiste da separação dos itens de estoque em
três grupos de acordo com o valor de demanda anual, em se tratando de pro-
dutos acabados, ou valor de consumo anual quando se tratarem de produtos
em processo ou matérias-primas e insumos. O valor de consumo anual ou valor
de demanda anual é determinado multiplicando-se o preço ou custo unitário de
cada item pelo seu consumo ou sua demanda anual.
Assim sendo, como resultado de uma típica classificação ABC, surgirão grupos
divididos em três classes, como segue:
60
Gestão de Recursos Materiais
Obtém-se a curva ABC por meio da ordenação dos itens que serão analisados,
conforme sua importância relativa no grupo.
A montagem dos grupos pode parecer um pouco trabalhosa, mas pode ser que ela
seja feita uma única vez, ou mesmo muito esporadicamente. Os itens de cada gru-
po permanecem enquanto permanecerem as condições que possam afetar os itens
(consumo; vendas; preços etc.). A montagem dos grupos pode ser feita em duas
etapas (vamos continuar com o exemplo de um controle de estoques):
1ª etapa
Unidade 3 61
Mat7 1,60 22 35,20 10
Mat8 0,38 84 31,92 9
Mat9 5,12 19 97,28 6
Mat10 21,60 3 64,80 8
2ª etapa
Veja um exemplo:
Tabela 3: Ordenação de itens pela classificação
62
Gestão de Recursos Materiais
Obs.: se tivéssemos, por exemplo, 73 itens em vez de 10, para A = 20%, seriam os 15
primeiros itens; B = 30%, seriam os 22 itens seguintes; e C = 50%, os 36 restantes.
Colocando em Prática
Parabéns! Você chegou ao final da Unidade 3. Agora, chegou a hora de
colocar em prática o conteúdo que você estudou. Acesse o AVA para
realizar as atividades de aprendizagem desta unidade. Se você estiver
com dúvidas, procure seu tutor.
Relembrando
A gestão de estoques requer uma completa harmonia entre os diversos
departamentos de uma empresa de forma a assegurar que o estoque
esteja sendo bem dimensionado para atender as necessidades de cada
um deles, sem imobilizar de forma desnecessária o capital da empre-
sa ou prejudicar a operacionalidade de seus departamentos. Para um
correto dimensionamento dos estoques, é preciso fazer uma previsão
confiável, na qual podem ser aplicadas técnicas qualitativas ou quanti-
tativas, sendo as quantitativas as mais usuais.
Alongue-se
Antes de você seguir para a próxima etapa de seus estudos, descanse
um pouco. Mude de posição, caminhe um pouco, respire profundamen-
te. Quando estiver descansado, retome seus estudos.
Unidade 3 63
64
Aquisição/Compra
de Material 4
Objetivo
Ao final desta unidade, você será capaz de
elaborar um plano de ação para o processo
de aquisição de forma eficaz, nos padrões
formais e no momento certo.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das
aulas seguintes:
65
Para Iniciar
“A arte de comprar está se tornando cada vez mais uma profissão e
cada vez menos um jogo de sorte”. “Em muitos casos não é o custo
que determina o preço de venda, mas o inverso. O preço de venda
necessário determina qual deve ser o custo. Qualquer economia,
resultando em redução de custo de compra, que é uma parte de
despesa de operação de uma indústria, é 100% lucro. Os lucros das
compras são líquidos.” HENRY FORD
O valor total gasto nas compras de insumos para produção, seja do produto ou do
serviço final, varia de 50% a 80% do total das receitas brutas. No setor industrial,
esse número alcança a casa dos 57%. É fácil perceber que mesmo pequenos ganhos
decorrentes de melhor produtividade na função têm grande repercussão no lucro.
Por isso, e por outros fatores como a reestruturação pela qual passaram as empresas
nos últimos anos, evolução da tecnologia e novos relacionamentos com os forne-
cedores, cresce cada vez mais a importância das pessoas que trabalham nesta área
estarem muito bem informadas e atualizadas, terem habilidades interpessoais.
Aula 1:
O processo aquisição/
compra8
Nesta aula, você vai aprender o que é aquisição/compra de material, o que é
a função compras e seus objetivos. Além disso, verá as oito etapas do ciclo de
compras, aprenderá o que é a seleção de fornecedores e verá os fatores que
influenciam a escolha dos fornecedores.
8 O conteúdo abordado nesta aula foi parcialmente extraído dos sites:
http://proalexandre.googlepages.com/GestodeCompras.doc
http://www.scribd.com/doc/4333159/Administracai-de-Materiais
66
Gestão de Recursos Materiais
A função compras
A função compras é vista como parte do processo de logística das empresas,
ou seja, como parte integrante da cadeia de suprimento (supply chain). Por isso,
muitas empresas passaram a usar a denominação gerenciamento da cadeia de
suprimento ou simplesmente gerenciamento de suprimentos, um conceito vol-
tado para o processo, em vez do tradicional departamento de compras, voltado
para as transações em si, e não para o todo.
Baixos níveis de estoque, por outro lado, podem fazer com que a empresa tra-
balhe num limiar arriscado, onde qualquer detalhe, por menos que seja, acabe
prejudicando ou parando a produção. A empresa poderá enfrentar, por exem-
plo, reclamações de clientes, altos níveis de estoque intermediários gerados por
interrupções no processo produtivo.
Unidade 4 67
desenvolver
e manter boas relações com os fornecedores e desenvolver for-
necedores potenciais.
Para satisfazer a esses objetivos, devem ser desempenhadas algumas funções básicas:
Pergunta
O que comprar?
Essa pergunta deve ser respondida pelo requisitante, que pode ou não ser
apoiado por áreas técnicas ou mesmo para especificar o material.
Pergunta
Quanto e quando comprar?
68
Gestão de Recursos Materiais
A maior parte das variáveis acima deve ser determinada pelo órgão de material
ou suprimento no setor denominado gestão de estoques.
Pergunta
Onde comprar?
Cadastro de fornecedores.
Pergunta
Como comprar?
Outros fatores
Além das respostas às perguntas básicas o comprador deve procurar, através da
sua experiência e conhecimento, sentir em cada compra qual fator que a in-
fluencia mais, a fim de que possa ponderar melhor o seu julgamento. Os fatores
de maior influência na compra são: preço, prazo, qualidade, prazos de paga-
mento e assistência técnica.
Unidade 4 69
Ciclo de compras
O ciclo de compras consiste nos seguintes passos:
Identidade
do requisitante, aprovação assinada, e conta em que será debi-
tado o custo;
Especificação do material;
Quantidade e unidade de medida;
Data e local de entrega exigidos;
Qualquer outra informação complementar necessária.
70
Gestão de Recursos Materiais
5º. Emitir pedidos de compra: ordem de compra é uma oferta legal de com-
pra. Uma vez aceita pelo fornecedor, ela se torna um contrato legal para en-
trega das mercadorias de acordo com os termos e condições especificados no
contrato de compra. O pedido de comporá é preparado com base na requisição
de compra ou nas cotações, e também em qualquer outra informação adicional
necessária. Envia-se uma cópia ao fornecedor; o departamento de compras re-
tém uma cópia, e outras são enviadas para outros departamentos, tais como o
de contabilidade, o departamento requisitante e o departamento de recepção.
Unidade 4 71
Seleção de fornecedores
Uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais im-
portante refere-se ao fornecedor certo. Um bom fornecedor é aquele que tem
a tecnologia para fabricar o produto na qualidade exigida, tem a capacidade
de produzir as quantidades necessárias e pode administrar seu negócio com
eficiência suficiente para ter lucros e ainda assim vender um produto a preços
competitivos.
Fontes
Há três tipos de fontes: única, múltipla e simples.
Fonte única: implica que apenas um fornecedor está disponível devido a pa-
tentes, especificações técnicas, matéria-prima, localização, e assim por diante.
Fonte múltipla: é a utilização de mais de um fornecedor para um item. As
vantagens potenciais da fonte múltipla são as seguintes: a competição vai
gerar preços mais baixos e melhores serviços e haverá uma continuidade no
fornecimento. Na prática, existe uma tendência de relação competitiva entre
fornecedor e cliente.
Fonte simples: é uma decisão planejada pela organização no sentido de
selecionar um fornecedor para um item quando existem várias fontes dispo-
níveis. A intenção é criar uma parceria de longo prazo.
Veja os fatores que influenciam a escolha dos fornecedores:
72
Gestão de Recursos Materiais
Unidade 4 73
Aula 2:
Procedimentos
operacionais9
Nesta aula, você vai estudar os procedimentos operacionais: cotação de preços,
pedido de compra, recebimento de materiais. Além disso, verá formas de com-
prar, estratégias de aquisição de recursos materiais e patrimoniais e compreen-
derá o que significa ter ética em compras.
Cotação de preços
a) prazo de pagamento;
9 O conteúdo abordado nesta aula foi parcialmente extraído dos sites:
http://www.uniuv.edu.br/mat_pre/antonio_candido_lopes_pinheiro/Administracao_de_Compra.pdf
http://proalexandre.googlepages.com/GestodeCompras.doc
74
Gestão de Recursos Materiais
O pedido de compra
Após término da fase de cotação de preços dos materiais e análise da melhor
proposta para fornecimento, o setor de compras emite o pedido de compras
para a empresa escolhida. Esse pedido deverá ter com clareza a descrição do
material a ser comprado, bem como as descrições técnicas, para que não ocorra
as frequentes dúvidas que comumente acontecem.
Dica
Follow-up significa “acompanhar”, “seguir”. Dar seguimento às coisas é
uma verdadeira arte que poucas empresas sabem desenvolver.
O recebimento de materiais
Veja quais são os principais aspectos a serem observados no recebimento dos
materiais solicitados.
Formas de comprar
O fenômeno da globalização, como não poderia deixar de ser, tem trazido gran-
de impacto na forma como as compras são efetuadas.
Unidade 4 75
Os avanços em Tecnologia de Informação (TI) têm possibilitado uma verdadeira
revolução na forma como as empresas têm efetuado seus negócios. Os meios
de comunicação, particularmente, têm fornecido velocidade e precisão cada
vez maiores para o fluxo de informações entre parceiros comerciais. Em um
contexto de comércio sem fronteiras, muitas empresas começaram a perceber
as implicações de estarem ou não preparadas para se ajustarem à tendência já
internacionalizada de intercâmbio de dados.
Na figura a seguir, você pode ver uma comparação entre dois processos – um
tradicional em papel e outro eletrônico, utilizando o EDI, para geração e trans-
missão de documentos.
76
Gestão de Recursos Materiais
A transmissão eletrônica de dados no EDI pode ser feita de diversas maneiras: Liga-
ção direta (ponto a ponto), Ligação utilizando-se uma VAN (Value-Added Network),
EDI via internet (Web-EDI), EDI via intranet ou EDI para fax/fax para EDI.
Unidade 4 77
Ligações utilizando VAN (Value-Added Network): considerando as restrições
inerentes às transmissões por meio de ligações diretas, muitas empresas têm
optado pela utilização de VANs para o intercâmbio de dados. Uma VAN é uma
empresa que atua como uma administradora de caixas postais na rede, propor-
cionando a transferência automática de dados entra os parceiros comerciais –
independente de aplicações, plataformas e protocolos.
EDI via Internet (Web-EDI): as ligações via internet ainda são muito questio-
nadas quanto a sua segurança. Como em uma conexão entre dois parceiros
comerciais via internet as mensagens enviadas podem passar por outros com-
putadores até chegar ao seu destino, surge um problema de roteamento, o qual
pode culminar em perda ou extravio de dados.
Contudo, as ligações via internet tem sido atrativas para os usuários do EDI. Os
principais fatores que têm definido o uso desse meio de comunicação são: me-
nor custo comparado com o uso da rede privada, padronização de protocolos,
interconexão entre provedores e independência.
EDI via intranet: intranet é um meio de comunicação de dados que tem sido
muito utilizado em EDI. Em função de seu caráter privado, ela fornece mais
segurança que a Internet. Também implica em custos menores, relativamente às
ligações utilizando VAN. Potencialmente, é indicada para pequenas e grandes
organizações que trabalham com baixo volume de transferência de dados. Em
alguns casos, pode-se ter uma Intranet ampla, sem a necessidade de se implan-
tar um sistema integrado EDI.
EDI para fax/Fax para EDI: esse meio de comunicação é semelhante ao serviço
de conversão de papel oferecido por algumas VANs. A conversão EDI para fax /
Fax para EDI foi projetada para permitir o acesso ao sistema EDI para as empre-
sas sem a necessidade de software, muitas vezes caros. Essa opção é favorável
quando um parceiro muito pequeno efetua transações com outro muito grande,
e o volume de dados intercambiados é mínimo.
78
Gestão de Recursos Materiais
Desse modo, o parceiro maior pode alcançar maiores benefícios do uso do EDI,
envolvendo todos os demais.
EDI via
Ligação VAN EDI via EDI p/ fax
inter-
direta comercial internet Fax p/ EDI
net
Segurança de
dados
Baixa Alta Baixa Alta Baixa
Número de
parceiros Limitado Ilimitado Ilimitado Limitado Ilimitado
comerciais
Facilidade de
implementa-
Baixa Alta Alta Alta Muito alta
ção e manu-
tenção
Custos Baixo Alto Baixo Baixo Baixo
Nível de
habilidades Alto Baixo Baixo Baixo Baixo
necessárias
Programação
Não ne- Não neces- Não ne-
operacional Necessária Necessária
cessária sária cessária
avançada
Internet: torna-se cada vez mais difundida entre nós a utilização do e-mail
como um veículo de transação comercial ou o e-commerce. Basta estar ligado
a um provedor e teremos toda a WWW (World Wide Web) ao nosso alcance,
24 horas por dia, sete dias por semana. Todo o mundo pode ser acessado e a
comunicação bilateral estabelecida.
Unidade 4 79
Um exemplo bastante conhecido é o da livraria virtual, onde podemos
consultar e comprar livros via internet sem sair de nossas casas. Além disso,
temos o supermercado virtual Pão de Açúcar, que já é responsável por 20%
das vendas da rede. Na Antarctica, um terço de todas as consultas recebidas
é encaminhado pelo site.
A internet, como veículo de comércio, ganha, cada dia, mais e mais adeptos,
pois apresenta uma série de vantagens em relação ao EDI. Veja quais são.
investimento
inicial em tecnologia é bem mais baixo, pois a internet custa
bem menos que uma VAN;
atinge praticamente a todos na cadeia de suprimento;
pode ser operada praticamente em tempo real;
maior flexibilidade nos tipos de transações.
transparência do processo;
permite a entrada de novos fornecedores;
novas metodologias produtivas ou novas tecnologias.
80
Gestão de Recursos Materiais
Componentes que são vitais para o produto final eram sempre fabricados inter-
namente. Essa concepção está mudando com o desenvolvimento de parcerias
estratégicas nos negócios. Outra situação praticamente determinante é aquela
em que a fabricação de um componente exige altos investimentos, fora do al-
cance de eventuais fornecedores. Mesmo assim, são usuais as situações em que
um grande fabricante financia as instalações de um futuro fornecedor, pis não
interessa a ele produzir o referido componente.
Verticalização
A verticalização é a estratégia que prevê que a empresa produzirá interna-
mente tudo o que puder, ou pelo menos tentará produzir. Foi predominante no
início do século, quando as grandes empresas praticamente produziam tudo
que usavam nos produtos finais ou detinham o controle acionário de outras
empresas que produziam os seus insumos. O exemplo clássico é o da Ford, que
produzia o aço, o vidro, centenas de componentes, pneus e até a borracha para
a fabricação dos seus automóveis. A experiência da plantação de seringueiras
no Brasil, na Fordlândia, no Amazonas, até hoje é citada como exemplo.
Unidade 4 81
A estratégia da verticalização apresenta também desvantagens. Ela exige maior
investimento em instalações e equipamentos. Assim, já que a empresa está en-
volvendo mais recursos e imobilizando-os, ela acaba tendo menor flexibilidade
para alterações nos processos produtivos, seja para incorporar novas tecnolo-
gias ou para alterar volumes de produção decorrentes de variações no mercado
– quando se produz internamente é difícil e custosa a decisão de parar a pro-
dução quando a demanda é baixa e comprar novos equipamentos e contratar
mais funcionários para um período incerto de alta procura.
Vantagens Desvantagens
Horizontalização
82
Gestão de Recursos Materiais
Vantagens Desvantagens
Pergunta
Comprar ou fabricar?
Unidade 4 83
Pergunta
Locação ou arrendamento mercantil?
Ter
de devolver o equipamento após o término do contrato, e se o arrendador
decidir não renová-lo poderá deixar o término do contrato em difícil situação;
Ter
de submeter à aprovação prévia do arrendador qualquer alteração ou
melhoria necessária no bem;
Não poder usar o valor residual que normalmente o bem terá ao término do contrato.
84
Gestão de Recursos Materiais
Ética em compras
O problema da conduta ética é comum em todas as profissões, entretanto, em
algumas delas, como a dos médicos, engenheiros e compradores, assume uma
dimensão mais relevante. A abordagem mais profunda do assunto leva, invaria-
velmente, ao estudo do comportamento humano no seu ambiente de trabalho,
que está fora do escopo do nosso trabalho.
Outro aspecto importante é que esse código de ética seja válido tanto para
vendas quanto para compras. Não é correto uma empresa comportar-se de uma
forma quando compra e outra quando vende. Os critérios devem ser compa-
tibilizados e de conhecimentos de todos os colaboradores. É comum empresas
incluírem nos documentos que o funcionário assina ao ser admitido, um código de
conduta (ou de ética) que deva ser seguido, sob pena de demissão por justa causa.
Unidade 4 85
O problema ético de compras não se restringe aos compradores, mas também
ao pessoal da área técnica que normalmente especifica o bem a ser comprado.
É normal encontrarmos especificações tão detalhadas, e muitas vezes mandató-
rias, que praticamente restringem o fornecedor a uma única empresa. É isto eti-
camente correto? Mais uma vez o problema aflora. E o comprador, nesse caso,
o que pode fazer? Cabe à gerência e à alta direção da empresa ficarem atentas
a todos esses aspectos, questionando sempre a validade das especificações e a
sua justificativa.
Deve também ficar claro para os compradores como agir no trato com empre-
sas que sistematicamente, com política própria, oferece uma “comissão”. Devem
tais empresas ser excluídas entre as licitantes? Tais comissões devem ser incor-
poradas como forma de desconto nos preços propostos? E os outros fornecedo-
res, como ficam? Enfim, todos esses aspectos devam ser abordados no código
de ética.
Toda essa questão fica mais grave quando ocorre suborno. A intenção preme-
ditada é a essência do suborno. Ninguém é subornado por acidente. Nesses
casos, uma vez consumado o delito, o assunto já passa para a alçada judicial.
Não é raro lermos nos jornais situações em que empresas demitem, de uma só
vez, até mesmo todos os componentes de seu setor de compras. Por exemplo,
já foi manchete da Gazeta Mercantil o fato de a Fiat brasileira ter demitido “oito
funcionários da área de compras – alguns com cargos de gerência -, acusados
de estar recebendo propinas e presentes de fornecedores”, além de suspeitas
de superfaturamentos ou desvio de dinheiro.
86
Gestão de Recursos Materiais
A fim de evitar essas situações, mais uma vez o código de ética entra em cena.
A empresa deve estabelecer políticas claras sobre as informações que devem
ser manuseadas.
Colocando em Prática
Parabéns! Você chegou ao final da Unidade 4. Agora, chegou a hora de
colocar em prática o conteúdo que você estudou. Acesse o AVA para
realizar as atividades de aprendizagem desta unidade. Se você estiver
com dúvidas, procure seu tutor.
Relembrando
Aquisição/compra de material é o subsistema responsável pela gestão,
negociação e contratação de compras de material através do proces-
so de licitação. A função compras é vista como parte do processo de
logística das empresas, ou seja, como parte integrante da cadeia de su-
primento (supply chain) e é responsável pelo estabelecimento do fluxo
dos materiais na firma.
Unidade 4 87
O ciclo de compras consiste em oito passos: receber e analisar as re-
quisições de compra, selecionar fornecedores, solicitar cotações, de-
terminar o preço certo, emitir pedidos de compra, realizar seguimento
e entrega, recepção e aceitação das mercadorias e aprovar fatura do
fornecedor para pagamento.
Alongue-se
Agora que você terminou o estudo desta unidade, descanse um pouco
antes de seguir seus estudos. Ouça uma música agradável, coma algo
leve. Se puder e tiver um jardim por perto, caminhe um pouco, respire
profundamente e volte aos estudos quando se sentir bem disposto.
88
Armazenagem/
Almoxarifado10 5
Objetivo
Ao final desta unidade, o aluno será capaz
de projetar um sistema de armazenagem
racional de matérias-primas e insumos.
Aula
Acompanhe nesta unidade o estudo da
aula seguinte:
89
Para Iniciar
O conceito de ocupação física que se concentrava mais na área do que na
altura está mudando. Em geral, o espaço destinado à armazenagem era
sempre relegado ao local menos adequado. Com o passar do tempo, o mau
aproveitamento do espaço tornou-se um comportamento antieconômico.
Não era mais suficiente apenas guardar a mercadoria com o maior cui-
dado possível. Racionalizar a altura ocupada foi a solução encontrada
para reduzir o espaço e guardar maior quantidade de material.
Aula 1:
A importância
da atividade de
armazenagem
Nesta aula, você vai aprender a distinguir armazenagem e estocagem e vai
compreender os problemas de organização física do almoxarifado. Além disso,
vai estudar as instalações de armazenagem, compreender o que é layout de ar-
mazenagem, ver os objetivos do planejamento do layout, os princípios da área
de armazenamento e os passos para desenvolver um layout de armazém.
90
Gestão de Recursos Materiais
Unidade 5 91
Veja quais são os objetivos do arranjo físico:
Pergunta
Qual é o impacto no que diz respeito à posição geográfica do fornecedor
em uma decisão do departamento de compras?
92
Gestão de Recursos Materiais
Qualquer pessoa, como consumidor, tem claro o que espera dos produtos que
compra: querem produtos que cada dia atendam melhor às suas necessidades,
os querem quando necessitam, a um preço adequado e com altos níveis de
qualidade. Clientes cada vez melhor informados e mais exigentes estão provo-
cando a mudança dos mercados e consumo e, com eles, como um efeito domi-
nó, de todos os demais mercados industriais e de serviços.
Além disso, outro fator chave explica essa evolução: a modernização dos meios
de transporte e o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação es-
tão permitindo a real globalização da economia.
Extremo dinamismo.
Máxima disponibilidade.
Flutuação da demanda.
Competitividade.
Globalização.
Unidade 5 93
As instalações de armazenagem compreendem, basicamente, os seguintes tipos:
94
Gestão de Recursos Materiais
Layout de armazenagem10
O layout de armazém é a forma como as áreas de armazenagem de um arma-
zém estão organizadas, de forma a utilizar todo o espaço existente da melhor
forma possível, verificando a coordenação entre os vários operadores, equipa-
mentos e espaço. O layout ideal é aquele que procura minimizar a distância to-
tal percorrida com uma movimentação eficiente entre os materiais, com a maior
flexibilidade possível e com custos de armazenagem reduzidos.
Objetivos
O planejamento do layout de armazém tem com principais objetivos:
10 Fontes: http://fortium.edu.br/blog/paulo_cesar/files/2010/05/Aula_03_Armazenagem.doc
http://pt.wikipedia.org/wiki/Layout_de_armaz%C3%A9m
http://xa.yimg.com/kq/groups/1217392/728931668/name/Apostila+Adm+de+Materiais+4.doc
Unidade 5 95
ponto de entrada, ao longo do caminho mais perto entre a entrada e saída
dos materiais.
96
Gestão de Recursos Materiais
Unidade 5 97
Figura 11: Estrutura de armazenagem com variedade de movi-
mentações de material
Outras recomendações:
Modulação de cargas
A modulação de cargas ou organização modal refere-se à estrutura criada
para facilitar e padronizar a movimentação de materiais, desde o seu forne-
cedor até o seu cliente final.
Tipos de modulação:
Modulação externa: consiste em assumir um padrão de carga próprio, fa-
zendo com que os meios de transporte se adaptem a ela.
Modulação Interna: é o oposto da anterior, pois baseados nos meios exter-
nos de transporte é que se faz a modulação.
Unidade 5 99
Acondicionamentos de cargas
Veja, a seguir, quais são as vantagens dos sistemas modais de deslocamento
de mercadorias:
Volume: utilização dos espaços verticais com liberação de área para a pro-
dução e elevação da capacidade de armazenamento.
Segurança:redução dos acidentes com pessoas que trabalham com deslo-
camento de cargas.
Custos: economia de até 40% dos custos de deslocamento das mercadorias.
Velocidade:
redução do tempo de deslocamento e elevação da velocidade
de atendimento aos clientes.
Proteção:
melhor qualidade no acondicionamento das mercadorias e re-
dução das perdas.
Racionalização:redução substancial dos custos de transporte pela redução
drástica do tempo de carga e descarga dos caminhões.
Valorização:
deslocamento dos operários para as atividades produtivas que
acrescentam valor ao produto.
Embalagens: o sistema de embalagem é de suma importância na cadeia
de suprimentos, pois o sistema de embalagem interage intensamente com
todas as atividades ligadas à logística.
Modulação de embalagens
Uma das características da modulação de carga é o estudo das embalagens:
100
Gestão de Recursos Materiais
Colocando em prática
Parabéns! Você chegou ao final da Unidade 5. Agora, chegou a hora de
colocar em prática o conteúdo que você estudou. Acesse o AVA para
realizar as atividades de aprendizagem desta unidade. Se você estiver
com dúvidas, procure seu tutor.
Relembrando
Podemos distinguir armazenagem e estocagem da seguinte forma:
armazenagem: refere-se à guarda de produtos acabados. Estocagem
refere-se à guarda de matérias-primas.
Alongue-se
Aproveite que você terminou esta unidade para relaxar um pouco.
Levante-se, beba alguma coisa, alimente-se com algo leve, se achar ne-
cessário, e, antes de partir para as próximas atividades, alongue-se um
pouco para garantir a concentração na próxima etapa dos estudos.
Unidade 5 101
102
Movimentação de
Material12 6
Objetivos
Ao final desta unidade, o aluno será capaz
de elaborar um sistema de controle normati-
zado dos processos e distribuição logística.
Aula
Acompanhe nesta unidade o estudo da
aula seguinte:
103
Para Iniciar
O manuseio ou a movimentação interna de produtos e materiais signi-
fica transportar pequenas quantidades de bens por distâncias relativa-
mente pequenas, quando comparadas com as distâncias na movimen-
tação de longo curso executadas pelas companhias transportadoras.
É atividade executada em depósitos, fábricas e lojas, assim como no
transbordo entre tipos de transporte. Seu interesse concentra-se na
movimentação rápida e de baixo custo das mercadorias (o transporte
não agrega valor e é um item importante na redução de custos). Mé-
todos e equipamentos de movimentação interna ineficientes podem
acarretar altos custos para a empresa devido ao fato de que a atividade
de manuseio deve ser repetida muitas vezes e envolve a segurança e a
integridade dos produtos.
Aula 1:
Movimentação de
materiais
Nesta aula, você vai estudar os tipos de equipamentos de movimentação e sua
classificação, de acordo com as principais características.
104
Gestão de Recursos Materiais
Dica
As esteiras transportadoras apresentam a desvantagem de possuir uma
pequena flexibilidade na trajetória.
Unidade 6 105
Transportadores magnéticos: utilizado para a movimentação de peças e
recipientes de ferro e aço. Consiste em duas faixas de ferro magnetizadas
por ímãs permanentes colocados na parte posterior de um transportador
de fita, com um pólo em cada faixa, assim, o material ferroso é conduzido e
atraído simultaneamente, podendo seguir em trajetórias verticais e horizon-
tais, ser virado, etc.
Dica
Vantagens: é silencioso, requer pouco espaço e manutenção, trabalha até
submerso. Desvantagens: só transporta materiais ferrosos.
Dica
Vantagens: funcionam em qualquer tipo de trajeto, vedação completa,
requer pouco espaço, baixos custos de manutenção. Desvantagens: somente
utilizado para materiais de pequena granulometria e não abrasivos.
São feitos para locais onde a área é elemento crítico: por isso são bastante utiliza-
dos em almoxarifados. A ponte rolante é o equipamento mais utilizado entre todos.
Pontes rolantes: viga suspensa sobre um vão livre, que roda sobre dois
trilhos. São empregadas em fábricas ou depósitos que permitem o aprovei-
tamento total da área útil (armazenamento de ferro para construção, chapas
de aço e bobinas, recepção de carga de grandes proporções e peso.
106
Gestão de Recursos Materiais
Dica
Vantagens: elevada durabilidade, movimentam cargas ultrapesadas,
carregam e descarregam em qualquer ponto, posicionamento aéreo.
Desvantagens: exigem estruturas, investimento elevado, área de
movimentação definida.
Dica
Vantagens: maior capacidade de carga que as pontes rolantes, não requer
estrutura. Desvantagens: menos seguro, interfere com o tráfego no piso,
e é mais caro.
Carrinhos:
são os equipamentos mais simples. Consistem em plataformas
com rodas e um timão direcional.
Dica
Possuem vantagens como baixo custo, versatilidade, manutenção quase
inexistente. Desvantagens: capacidade de carga limitada, baixa velocidade
e produção, exigem mão de obra.
Palleteiras:
carrinhos com braços metálicos em forma de garfo e um pistão
hidráulico para a elevação da carga (pequena elevação). As palleteiras po-
dem ser motorizadas ou não.
Empilhadeiras: podem ser elétricas ou de combustão interna (verificar ven-
tilação). São usadas quando o peso e as distâncias são maiores (se compara-
das com o carrinho) As mais comuns são as frontais de contrapeso.
Unidade 6 107
Dica
Vantagens: livre escolha do caminho, exige pouca largura dos corredores,
segurança ao operário e à carga, diminui a mão de obra. Desvantagens:
retornam quase sempre vazias, exige operador especializado, exige
paletização de cargas pequenas.
Roteiro Aleatório
Frequência Intermitente
Distância Curta
Ambiente Interno
108
Gestão de Recursos Materiais
Direção Horizontal
Acionamento Manual
Empilhadeira
Roteiro Aleatório
Frequência Intermitente
Distância Curta
Ambiente Interno/externo
Acionamento Elétrico/gás/diesel/gasolina
Comboios
Tabela 9: Características de um comboio
Roteiro Aleatório
Frequência Contínua
Unidade 6 109
Distância Longa
Ambiente Interno/externo
Direção Horizontal
Acionamento Elétrico/gás/diesel/gasolina
Esteira transportadora
Roteiro Fixo
Frequência Contínua
Distância Longa
Ambiente Interno/externo
Direção Horizontal
Acionamento Elétrico
Monovia
110
Gestão de Recursos Materiais
Roteiro Fixo
Frequência Contínua
Distância Longa
Ambiente Interno/Externo
Direção Horizontal
Acionamento Elétrico
Pórticos
Roteiro Fixo/Aleatório
Frequência Intermitente
Distância Curta
Unidade 6 111
Ambiente Interno/externo
Acionamento Elétrico/manual
Guindastes
Roteiro Aleatório
Frequência Interminente
Distância Curta
Ambiente Interno/externo
Acionamento Elétrico/manual
112
Gestão de Recursos Materiais
Roteiro: diz respeito à mobilidade do equipamento, que pode ser fixo ou aleatório.
Unidade 6 113
Nesta aula, você estudou os tipos de equipamentos de movimentação e sua
classificação, de acordo com as principais características.
Colocando em prática
Parabéns! Você chegou ao final da Unidade 6. Agora, chegou a hora de
colocar em prática o conteúdo que você estudou. Acesse o AVA para
realizar as atividades de aprendizagem desta unidade. Se você estiver
com dúvidas, procure seu tutor.
Relembrando
A movimentação de materiais é o subsistema encarregado do controle
e normalização das transações de recebimento, fornecimento, devolu-
ções, transferências de materiais e quaisquer outros tipos de movimen-
tações de entrada e de saída de material.
Os sistemas de manuseio para áreas restritas são feitos para locais onde a
área é elemento crítico, por isso, são bastante utilizados em almoxarifados.
Os equipamentos desse tipo são: pontes rolantes, stacker crane e pórticos.
114
Gestão de Recursos Materiais
Alongue-se
Aproveite que você terminou esta unidade para relaxar um pouco.
Levante-se, beba alguma coisa, alimente-se com algo leve, se achar
necessário, e, antes de partir para a próxima etapa de seus estudos,
alongue-se um pouco para garantir a concentração. Comece inspirando
lentamente, pelo nariz, contando até cinco. Depois, solte o ar, asso-
prando-o pela boca, também contando até cinco. Repita essa respira-
ção dez vezes ou mais, se achar necessário.
Unidade 6 115
Inspeção e
Recebimento de
Materiais
7
Objetivo
Ao final desta unidade, o aluno será capaz
de efetuar a análise quantitativa e qualita-
tiva do objeto em recebimento, verificando
sua conformidade com as especificações
previstas no contrato ou instrumento con-
vocatório da licitação.
Aula
Acompanhe nesta unidade o estudo da
seguinte aula:
117
Para Iniciar
Recebimento é o ato pelo qual o material solicitado é entregue. A assinatura
da autoridade competente, no documento fiscal, é a prova do recebimento
e serve como ressalva ao fornecedor, para os efeitos de comprovação.
Aula 1:
O processo inspeção e
recebimento 13
Nesta aula, você vai estudar o processo inspeção e recebimento, que envolve:
as competências do responsável pelo recebimento e aceitação e a análise do
fluxo de recebimento de materiais, feita em quatro fases: entrada de materiais;
conferência quantitativa; conferência qualitativa e regularização.
Atenção
O processo inspeção e recebimento consiste em uma série de operações por
meio das quais a empresa compradora constata que o fornecedor cumpriu
as condições estabelecidas na documentação de compra. É uma operação
de igual importância à compra, pois trata-se de um contato externo da
empresa, caracterizando-se por uma transferência de responsabilidades.
Aceitação
A aceitação é o ato pelo qual o servidor competente declara na nota fiscal ou
em outro documento hábil, haver recebido o bem que foi adquirido, tornando-
13 O conteúdo abordado nesta aula foi parcialmente extraído dos sites: http://200.238.112.36/ca-
pacitacao//arquivos/cas2010/NocoesdeGestaodeLogistica-CASPM.pdf
http://guialocal.brasil.com.br/Administracao_de_Almoxafirado_Estoque_Indaiatuba_Sao_Paulo-
r1185284-Indaiatuba_SP.html
http://guialocal.brasil.com.br/Administracao_de_Almoxafirado_Estoque_Indaiatuba_Sao_Paulo-
r1185284-Indaiatuba_SP.html
118
Gestão de Recursos Materiais
Unidade 7 119
recepção dos veículos transportadores;
triagem da documentação suporte do recebimento;
constatação
se a compra, objeto da nota fiscal em análise, está autorizada
pela empresa;
constatação se a compra autorizada está no prazo de entrega contratual;
constatação se o número do documento de compra consta na nota fiscal;
cadastramento no sistema das informações referentes a compras autoriza-
das, para as quais se inicia o processo de recebimento;
encaminhamento dos veículos para a descarga.
Os materiais que passaram por essa primeira etapa devem ser encaminhados
ao almoxarifado. Para efeito de descarga do material no almoxarifado, a re-
cepção é voltada para a conferência de volumes, confrontando-se a nota fiscal
com os respectivos registros e controles de compra. Para a descarga do veículo
transportador, é necessária a utilização de equipamentos especiais, quais sejam:
paleteiras, talhas, empilhadeiras e pontes rolantes.
Dica
Na Unidade 6, você estudou esses equipamentos. Se desejar revê-los,
retome essa unidade.
120
Gestão de Recursos Materiais
características dimensionais;
características específicas;
restrições de especificação.
As modalidades de inspeção de materiais são selecionadas de acordo com o tipo
de material que se está adquirindo. A seguir, veja quais são essas modalidades.
Unidade 7 121
inspeçãodo produto acabado no fornecedor: por interesse do comprador, a
inspeção do P. A. será feita em cada fornecedor;
inspeçãopor ocasião do fornecimento: a inspeção será feita pôr ocasião dos
respectivos recebimentos.
Dica
A depender da quantidade, a inspeção pode ser total ou por
amostragem, utilizando-se de conceitos estatísticos. A análise visual tem
por finalidade verificar o acabamento do material, possíveis defeitos,
danos à pintura, amassamentos. A análise dimensional tem por objetivo
verificar as dimensões dos materiais, tais como largura, comprimento,
altura, espessura, diâmetros.
122
Gestão de Recursos Materiais
nota fiscal;
conhecimento de transporte rodoviário de carga;
documento de contagem efetuada;
relatório técnico da inspeção;
especificação de compra;
catálogos técnicos;
desenhos.
Colocando em Prática
Parabéns! Você chegou ao final da Unidade 7. Agora, chegou a hora de
colocar em prática o conteúdo que você estudou. Acesse o AVA para
realizar as atividades de aprendizagem desta unidade. Se você estiver
com dúvidas, procure seu tutor.
Relembrando
Recebimento é o ato pelo qual o material solicitado é entregue. O proces-
so de inspeção e recebimento consiste em uma série de operações por
meio das quais a empresa compradora constata que o fornecedor cumpriu
as condições estabelecidas na documentação de compra. A aceitação é o
ato pelo qual o servidor competente declara na nota fiscal, ou em outro
documento hábil, haver recebido o bem que foi adquirido.
Unidade 7 123
As competências do responsável pelo recebimento e aceitação são:
efetuar a análise quantitativa e qualitativa do objeto; atestar o recebi-
mento definitivo favorável; certificar a nota fiscal/fatura; encaminhar os
objetos examinados ao responsável pelo armazenamento; solicitar as
correções necessárias.
Alongue-se
Antes de você seguir para a próxima etapa de seus estudos, descanse
um pouco. Mude de posição, caminhe um pouco, respire profundamen-
te. Com os punhos fechados, faça movimentos rotatórios para todos
os lados. Depois, abra as mãos, movimente os dedos e solte um pouco
os braços ao longo do corpo, relaxando os ombros. Quando se sentir
pronto, concentre-se novamente e volte aos estudos.
124
Cadastro 8
Objetivo
Ao concluir esta unidade, o aluno será ca-
paz de contribuir no processo de constru-
ção da base dados, projetando o fluxo das
informações oriundas dos subsistemas da
gestão de recursos materiais.
Aula
Acompanhe nesta unidade o estudo da
seguinte aula:
125
Para Iniciar
O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas opera-
ções logísticas. Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de
estoques, movimentações nos armazéns, documentação de transporte e
faturas são algumas das formas mais comuns de informações logísticas.
Aula 1:
Sistema de informação14
Nesta aula, você vai aprender o que é o sistema de informação; qual é o papel da
informação na Gestão de Recursos Materiais; a importância de informações preci-
sas e a tempo para sistemas logísticos eficazes; a importância da adoção de novas
tecnologias de informação; e o processo de automação do fluxo de informações.
Pergunta
Qual é o papel da informação na Gestão de Recursos Materiais?
14 O conteúdo abordado nesta aula foi parcialmente extraído dos sites:
http://www.faad.icsa.ufpa.br/admead/documentos/submetidos/A%20Importancia%20SI%20Logisti-
ca.pdf.pdf
http://www.transportes.gov.br/bit/estudos/gestao-do-conhecimento/gestaodoconhecimento.pdf
126
Gestão de Recursos Materiais
O advento de novas TIs, como código de barra, EDI, internet, automação de PDVs
etc., trouxe vários benefícios inerentes à captura e disponibilização de informa-
ções com maior grau de precisão e pontualidade. Chamamos a atenção em par-
ticular para a eliminação de erros e do retrabalho no processamento de pedidos,
fato que reduz substancialmente os custos associados a essa atividade, e para a
redução da incerteza com relação à demanda futura, ao serem compartilhadas as
séries de vendas para o cliente final por todas as empresas da cadeia.
Unidade 8 127
A seguir, você verá as principais motivações para redução dos níveis de esto-
que e as armadilhas presentes na visão tradicional, quando é focada apenas
uma empresa em vez de toda cadeia de suprimentos. Também se discute como
a formação de parcerias entre empresas, o advento de novas tecnologias de
informação e o desenvolvimento de operadores logísticos está contribuindo
favoravelmente para a adoção de regimes de fornecimento Just-in-time. Espe-
cificamente, avalia-se o significativo impacto que a troca de informações pode
exercer no dimensionamento dos estoques de segurança. E finalmente veremos
a seção que enfatiza a questão da localização dos estoques, articulando essa
decisão com o dimensionamento da rede de instalações e com a escolha dos
modais de transporte mais apropriados. A integração dessas três variáveis de-
fine a política mais econômica para o atendimento aos clientes: antecipação da
demanda ou postergação associada aos programas de resposta rápida.
Pergunta
De que forma, a adoção de tecnologia de informação (TI) pode contribuir
para a redução dos estoques de segurança?
Percebe-se claramente pela figura acima que, que à medida que nos afastamos do
consumidor final na cadeia de suprimentos, as flutuações nos níveis de estoque
existentes nas empresas (no caso entre a rede varejista e o fabricante) do verdadei-
ro perfil da demanda (nesse caso, aproximado pelas vendas da rede varejista).
128
Gestão de Recursos Materiais
Atenção
Deve-se ressaltar que, embora em longo prazo a demanda média seja
aproximadamente igual para toda a cadeia de suprimentos, em curto
prazo, as flutuações nos níveis de estoque entre as empresas fazem
com que, numa mesma semana, a rede varejista venda uma quantidade
diferente daquela faturada pelo fabricante.
Figura 21 – Impacto nos estoques de segurança em cada elo da cadeia em função da demanda média
Unidade 8 129
Automação do fluxo de informações
As operações realizadas na gestão de materiais envolvem, também, o fluxo de
informações, a fim de que se tenha qualidade e velocidade de dados suficiente
para atender às necessidades do consumidor (prazo, quantidade etc.) e com
uma boa produtividade dos recursos de toda a cadeia de abastecimento.
130
Gestão de Recursos Materiais
internet/EDI:
disponibilizam a informação em tempo real, agilizando a toma-
da de decisão;
radiofrequência:
transmite a informação em tempo real da operação para o
sistema de gerenciamento;
Sistemascontrolados pela voz: automatizam a transmissão de informações,
liberando as pessoas para trabalhos manuais;
Sistemas controlados pela luz: comunicação que identifica visualmente as
tarefas a serem realizadas.
Executive
information system (EIS): visualização dos indicadores estratégi-
cos do negócio;
Decisionsuport system (DDS): fornece a informação em maior nível de deta-
lhe para a tomada de decisões.
5 Concepção:
Layout:
softwares para desenvolvimento de layout auxiliam no posiciona-
mento de áreas, equipamentos e recursos operacionais;
Ergonomia:softwares que avaliam e auxiliam no projeto de um adequado
ambiente de trabalho;
Unidade 8 131
Nesta aula, você aprendeu o que é o sistema de informação; qual é o papel da
informação na Gestão de Recursos Materiais; a importância de informações preci-
sas e a tempo para sistemas logísticos eficazes; a importância da adoção de novas
tecnologias de informação; e o processo de automação do fluxo de informações.
Colocanto em Prática
Parabéns! Você chegou ao final da última unidade deste curso! Agora,
chegou a hora de colocar em prática o conteúdo que você estudou.
Acesse o AVA para realizar as atividades de aprendizagem desta unida-
de. Se você estiver com dúvidas, procure seu tutor.
Relembrando
O sistema de informação é um subsistema encarregado do cadastra-
mento de fornecedores, pesquisa de mercado e compras. A transfe-
rência e o gerenciamento eletrônico de informações proporcionam
uma oportunidade de reduzir os custos logísticos mediante sua melhor
coordenação e permite o aperfeiçoamento do serviço baseando-se
principalmente na melhoria da oferta de informações aos clientes. O
advento de novas TIs, como código de barra, EDI, internet, automação
de PDVs etc., trouxe vários benefícios inerentes à captura e disponibi-
lização de informações com maior grau de precisão e pontualidade.
As TIs permitirão reduzir os custos do processamento de pedidos por
meio da eliminação dos erros resultantes da interferência humana na
colocação de pedidos, viabilizando uma operação de ressuprimento
com tamanhos lotes menores. A disponibilização via TI das vendas co-
letadas em tempo real no varejo pode permitir um planejamento mais
enxuto de diversas operações do fabricante. As operações realizadas na
gestão de materiais envolvem, também, o fluxo de informações, a fim
de que se tenha qualidade e velocidade de dados suficiente para aten-
der ás necessidade do consumidor (prazo, quantidade etc.) e com uma
boa produtividade dos recursos de toda a cadeia de abastecimento. As
soluções de automação do fluxo de informações estão classificadas em
cinco principais grupos: planejamento, execução, comunicação, contro-
le e concepção.
132
Gestão de Recursos Materiais
Alongue-se
Agora que você terminou o estudo da última unidade deste curso, des-
canse um pouco antes de realizar o desafio proposto. Ouça uma música
agradável, coma algo leve. Se puder sair, caminhe um pouco, respire
profundamente e volte aos estudos quando se sentir bem disposto.
Unidade 8 133
Sobre o autor
135
Referências
BOWERSOX, DONALD J.; CLOSS, DAVID J. Logística empresarial. São Paulo, SP:
Atlas, 2001.
_______. Administração de materiais: edição compacta. São Paulo, SP: Atlas, 1995.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Layout_de_armaz%C3%A9m#Objectivos>. Acesso
em: 20 ago. 2010.
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