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PROJETO DE AUTOMATIZADOR DE PORTÕES


BASCULANTES E PROCESSO PRODUTIVO

Ewerson Breda Teixeira


Curso de Pós-Graduação em EAD
Polo de Marília-SP
Orientadora Me Mariângela Martinez

RESUMO

Automatizadores de portões são itens importantes para segurança residencial, porém


os automatizadores atuais de mercado de redução coroa e pinhão, apresentam pouca
durabilidade e confiabilidade com altos índices de falhas e desgastes em seu mecanismo de
redução, este trabalho tem por objetivo desenvolver um automatizador de portão basculante
com mecanismo de redução planetária com engrenagens helicoidais e desenvolve seu
processo com máquina renânia específica para a fabricação de engrenagens, desenvolver
fórmula para o calculo da relação de transmissão e desenvolver um software para cálculos de
cada uma das engrenagens que compõem o trem de engrenagens da renânia para a fabricação
das engrenagens planetárias do automatizador. Este trabalho desenvolveu testes de eficiência
do automatizador planetária projetado comparado com o automatizador similar com redução
coroa e pinhão. Os testes comprovaram a eficiência do automatizador planetária pois
apresentou menor desgaste em suas engrenagens comparado ao automatizador coroa e pinhão,
provando a eficiência deste mecanismo na aplicação de automatizadores de portões.

Palavra-chave: automatizador , planetária , renânia, software, cálculos

INTRODUÇÃO

Com os crescentes índices de violência nas grandes cidades, a automatização de


portas e portões tem se tornado um item de segurança cada vez mais comum e necessário,
pois as pessoas tem se preocupado com o momento de chegar em casa ou no trabalho,
momento muito visado por assaltantes para abordar uma vítima, dessa forma a automação de
portões é uma alternativa muito eficaz referente a segurança e ao conforto, pois podemos abrir
o portão á distância e com rapidez, assim o tempo de exposição fica menor quando
comparado a um portão com abertura manual.
Em pesquisa nas indústrias líderes de mercado na fabricação de automatizadores de
portões como Garen, PPA, foi constatado um índice médio de dez por cento do total de
máquinas produzidas em um ano que voltaram para assistência técnica por possuírem
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inconvenientes para o mercado como baixa durabilidade do produto e elevado nível de ruído
no seu funcionamento, estes problemas levam a uma elevada rotatividade no comércio deste
produto para o cliente final que tem que arcar com custo de manutenções periódicas e trocas
de produto devido desgaste de componentes internos como rolamento, engrenagem e rosca
sem fim.
Levando em consideração que o automatizador de portão é um item de vital
importância para segurança e conforto, este deve ser altamente confiável em seu
funcionamento, deve emitir baixos níveis de ruídos para não incomodar os moradores, e deve
ser um produto com baixo valor de mercado contribuindo para sua popularização.
Os problemas descritos acima nos automatizadores atuais de mercado, devem-se em
sua maioria a construção mecânica do mecanismo de transmissão com coroa e rosca sem fim,
neste sistema de transmissão ocorre muito atrito entre seus componentes ocorrendo diversos
inconvenientes como desgaste acentuado da coroa de transmissão, diminuição excessiva da
potência de transmissão do motor, ruídos excessivos devido a transmissão da indução do
motor e consequente diminuição da vida útil do automatizador. Além do alto custo de
produção devido o processo de fresamento da coroa e confecção da rosca sem fim,
O objetivo deste trabalho é desenvolver melhorias significativas no projeto de
máquina de automatizar portões e desenvolver inovações e simplificação do processo
industrial utilizado para sua produção.
A metodologia deste trabalho se caracteriza como pesquisa-ação que, segundo Carlos
(2002), pode ser definida como: "...um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e
no qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo."
Neste trabalho o automatizador será projetado com sistema de transmissão planetária,
construído com engrenagens helicoidais, mecanismo utilizado em automóveis e veículos
militares devido a confiabilidade de seu funcionamento. Para a produção das engrenagens
deste sistema planetário será desenvolvido o processo produtivo renânia com
desenvolvimento de software em linguagem de programação C , que será utilizado para os
cálculos de configuração da maquina renânia.
Com a produção do automatizador planetário, este será submetido a testes de
resistência e comparado com um automatizador de coroa e pinhão.
Segue uma análise destes dois mecanismos.
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1 MECANISMOS DE TRANSMISSÃO

Segundo Ferreira (1996), entre o sem-fim e a coroa produz-se um grande atrito de


deslizamento. A fim de manter o desgaste e a geração de calor dentro dos limites, adequam-
se os materiais do sem-fim (aço) e da coroa (ferro fundido ou bronze), devendo o conjunto
funcionar em banho de óleo.

Figura 1 – Transmissão Coroa e rosca sem fim


Fonte: Castro (2012, página 17)

Ainda segundo Ferreira (1996) existem redutores planetários chamados de trens


epicicloidais ou TEPs que são construções mecânicas que possuem alta capacidade de torque,
ótima relação entre torque transmitido/peso, alto custo, baixa capacidade térmica, média
facilidade de manutenção.

Amendola (2005) descreve que conjunto de redutores planetários tem seu nome
originário de sua construção, em torno de uma engrenagem central (a engrenagem solar),
circulam diversas engrenagens, as engrenagens satélites, assim como os planetas em torno do
sol. Descreve que o tipo mais simples de redutor planetário é composto por uma engrenagem
solar, 3 ou 4 engrenagens satélites, uma engrenagem anular e o porta-planetária, que suporta
os eixos das engrenagens satélites (Figura 2).

Figura2– Redutor Planetário Simples


Fonte : Amendola ( 2005 , página 44)

Segundo Amaral (2000), devido a analogia com nosso sistema solar, este tipo de
trem epicicloidal é freqüentemente chamado de trem planetário ou trem de engrenagens
planetárias (TEP), utiliza-se de uma engrenagem de dentes internos chamada anular onde os
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planetários se engrenam. O suporte do eixo móvel dos planetas e que pivota em torno do eixo
principal do TEP é chamado de suporte ou braço. A engrenagem central é a solar.

Os TEPS são aplicados em diferenciais automotivos e transmissões automáticas


veicular como o modelo ZF 6HP26, a primeira transmissão de 6 marchas para automóveis em
série fabricada no mundo, figura 3.

Características importantes em sistemas mecânicos da atualidade como a


compatibilidade e a confiabilidade estão presentes nos TEPs devido a possibilidade de
múltiplo engrenamento que reduz o risco de quebra ou defeito em operação.

Figura3 - Transmissão automática ZF 6HP26


Fonte: Becker (2009, página 65)

Diversos autores definiram, o que é um trem de engrenagens planetárias.


Segundo Lima (1980), alguns sistemas de engrenagens diferenciam-se dos outros ,
pelo fato de possuírem uma ou mais engrenagens com possibilidade de girar ao redor do
próprio eixo e simultaneamente , em torno de um outro eixo.
Segundo Shigley (1984), em um tipo de trem de engrenagens, pode-se obter efeitos
surpreendentes, fazendo com que algum dos eixos gire em relação aos demais. Tais trens
chamam-se trens planetários ou epicicloidais.
Segue abaixo três tipos de TEPs ; TEP Elementar ; TEP Simples e TEPs Ligados
(incorporados).
Segundo Amaral (2000) TEP Elementar, possui apenas uma engrenagem central cujo
eixo de rotação é o eixo principal do TEP na figura 4 (a) segue exemplo de TEP elementar
com uma engrenagem solar, um planeta e um suporte , na figura 4 (b) segue exemplo de TEP
elementar com uma engrenagem anular em vez da solar.
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a b
Figura 4 – Exemplos de TEP Elementar
Fonte: Amaral (2000, página 4)
Morais (2004), descreve que nos TEP Simples estão representados os principais
componentes de um sistema planetário como a engrenagem solar , a anular e as engrenagens
planetas com o braço de união , sendo as engrenagens solar e anular são os elementos de
entrada e saída da transmissão e os planetas são elementos de ligação entre a solar e a anular.
Na figura 5 segue representação de um TEP simples com uma e outra com três engrenagens
planetárias que contribui para melhor distribuição das cargas atuantes.

Figura5 – TEP Simples com 1 e 3


planetas
Fonte: Amaral (2000, página)

Lima (1980) escreveu que TEPs ligados se caracterizam pelo fato de possuírem mais
de duas engrenagens centrais e podem ser separados em dois ou mais planetários simples,
segue figura 6.

Figura 6 – Representação de um TEP ligado


Fonte: Amaral (2000, página 6)
Descritos os diferentes tipos de TEP e seu funcionamento, segue aplicação de um
destes mecanismos com objetivo apresentar melhorias significativas no projeto de máquina de
automatizar portões e melhorias no processo produtivo, com desenvolvimento de fórmula
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para cálculo da relação de transmissão da renânia e desenvolvimento de software para cálculo


das engrenagens da grade da renânia de acordo com resultado do cálculo da relação de
transmissão.

2. AUTOMATIZADOR BASCULANTE PLANETÁRIA

Para a confecção do automatizador será utilizado um mecanismo de redução


planetária TEP simples devido sua simplicidade de montagem, baixo custo de produção,
eficiência de transmissão e confiabilidade deste mecanismo. Este sistema planetário foi
construído com engrenagens cilíndricas helicoidais.
Engrenagens cilíndricas helicoidais, possuem dentes não alinhados com a direção
axial de seu eixo. São utilizadas para diminuir espaço axial e diminuir ruídos. A largura
efetiva dos dentes é maior do que as engrenagens cilíndricas de dentes retos e o engrenamento
dos dentes é gradual e suave.
No projeto do automatizador foi combinado o sistema planetário simples, com três
engrenagens planetárias helicoidais para melhor distribuição das forças e balanceamento do
sistema, este sistema mecânico combina as vantagens do mecanismo planetário com as
vantagens da engrenamento helicoidal, figura 7

Figura 7 – Redutor planetária


Fonte Elaborado pelo autor

Segue abaixo desenho do projeto do automatizador basculante planetário, figura 8.

Figura8 - Desenho técnico do automatizador basculante planetária


Fonte: Elaborado pelo autor
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Segue abaixo o desenho do automatizador basculante planetário com vista explodida


Figura 9.

Figura9 - Automatizador basculante Planetária vista explodida.


Fonte - Elaborado pelo autor

3. PROCESSO DE PRODUÇÃO

A produção dos componentes do automatizador é simplificada pois em sua maior


parte é feita em máquinas injetoras de plástico e aluminio através de moldes que possuem a
cavidade com a figura da peça a ser injetada. O molde pode possuir uma ou várias cavidades
da mesma peça e confere a peça as dimensões ideais prontas para serem utilizadas na
montagem do automatizador.

3.1 PROCESSO DE GERAÇÃO DE ENGRENAGEM RENÂNIA

Segundo Tognon (2010), geração é o processo que se caracteriza por haver


movimento relativo entre a peça a usinar e a ferramenta. Neste processo a forma do perfil da
ferramenta não é igual ao perfil do dente a talhar, podendo-se então usinar engrenagens de
diversos números de dentes utilizando a mesma ferramenta, desde que seu módulo seja igual
ao da engrenagem a produzir,(figura 10).
Soares (2010) escreveu que nesse processo, a ferramenta e a peça onde são usinados
os dentes da engrenagem apresentam movimento de rotação (figura11), dessa forma vários
dentes são submetidos ao processo de corte simultaneamente com movimento sincronizado
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entre entre a peça e a ferramenta (fresa caracol), assim o que reduz o tempo em relação aos
processos convencionais de fabricação da engrenagem. A máquina empregada nesse processo
é também chamada renânia, utilizada para a produção, em larga escala, de engrenagens
cilíndricas com dentes retos ou helicoidais e coroas para parafusos sem-fim.

Figura 10- Engrenagem pelo método de geração


Fonte : Tognon (2010, página 2)

Figura 11- Processo Renânia.


Fonte: Castro (2012, página 44)

Para a produção das engrenagens do trem planetário do automatizador , foi


desenvolvida uma máquina geradora de engrenagens tipo renânia, figura 12 e 15. Esta
máquina permite a produção de engrenagens retas ou helicoidais de até 200mm de diâmetro,
com até módulo 2 e inclinação máxima dos dentes 30º para engrenagens esquerda e direita.

Figura12-Renânia usinando engrenagem


satélite do TEP do automatizador .
Fonte: Elaborado pelo autor

Para configurar máquina renânia para geração das engrenagens planetárias deve-se
calcular as variáveis da engrenagem a ser gerada, são elas;

Figura13: Variáveis de uma engrenagem helicoidal.


Fonte : Casillas (1987, página 190)
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Segundo Casillas (1987), segue abaixo as fórmulas que relacionam as variáveis


descritas acima.
dp=Map*z Ph = dp*π*(1/ tang α) Map = Øext/(Z+2)
Pt = (Ph/z)*tang α Pn = (Ph/z)*cos α

Segue resultados calculados para as engrenagens do sistema planetário.


Engrenagens do sistema planetário
anular planetaria solar
α Ângulo de hélice 18,00 18,00 18,00
dp Diâmetro Primitivo 97,83 44,00 9,82
Øext Diâmetro externo 100,00 46,20 12,00
Z Número de dentes 90,00 40,00 9,00
Pt Passo tangencial 3,41 3,45 3,43
Ph Passo da Hélice 945,86 425,47 94,93
Pn Passo normal 10,00 10,12 10,03
Map Módulo Aparente 1,09 1,10 1,09

Com os dados calculados das engrenagens, serão calculadas as relações do trem de


engrenagem (1 : R) que compõem a grade de transmissão da Renânia para confeccionar cada
uma das engrenagens planetárias. Para isso foi desenvolvida uma fórmula para encontrar a
relação do trem de engrenagens (R) a partir das variáveis da engrenagem a ser gerada
(calculadas acima) e variáveis da máquina renânia:
Ph - Passo da Hélice
Af- Avanço fuso/caracol da renania 0,5 mm/volta da engrenagem
planetária.
Rf - Redução Fixa do cabeçote da Renânia 1:40
Z - Número de dentes
Segue resultados de R calculados para as três engrenagens que compõem o sistema
planetário:
Engrenagens do sistema planetário
anular planetária solar
α Ângulo de hélice 18,00 18,00 18,00
Ph Passo da Hélice 945,86 425,47 94,93
Módulo Aparente ou
Map 1,09 1,10 1,09
Tangencial
Z Número de dentes 90 40 9
Af Avanço do fuso e caracol 0,5 0,5 0,5
Rf Redução fixa 40 40 40
Relação trem de
R 2,2488112 0,998826199 0,223821129
engrenagens
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Para inserir na máquina renânia a relação R calculada acima, devemos encontrar cada
uma das engrenagens que compõem o trem da grade da renânia, que pode ser composto de até
três pares de engrenagens (Eng_A, Eng_B, Eng_C, Eng_D, Eng_E, Eng_F) que montados
como a figura13 (a), resultam na fórmula R da Figura 13 (b) obtendo assim a relação 1 : R ,
ou seja , quando a engrenagem “A” girar uma volta completa a engrenagem “F” vai girar R
voltas.

R = Eng_A x Eng_C x Eng_E


Eng_B x Eng_D x Eng_F

a b
Figura14- Trem de engrenagens da grade Renânia e fórmula da relação
Fonte : Elaborado pelo autor
Segue abaixo imagem da fresadora renânia, figura 15

Figura15-Máquina renânia
Fonte: Elaborado pelo autor

Para encontrar as engrenagens que compõem o trem da grade da renânia foi


desenvolvido um software que calcula R a partir das variáveis de entradas (Ph, Map, Z, Af,
Rf) e calcula as variáveis de saída (Eng_A, (Eng_A, Eng_B, Eng_C, Eng_D, Eng_E, Eng_F)
que, montadas conforme figura 14, resultam na relação R com precisão de até 8 casas
decimais. A figura 16 ilustra as entradas da engrenagem Anular e a figura 17 ilustra as saídas.

Figura 16- Entradas da


engrenagem Anular (Ph,
Map, Z, Af, Rf)
Fonte: Elaborado pelo
autor
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Figura17-Saída das variáveis da engrenagem Anular (Engrenagens A,B,C,D,E,F)


Fonte: Elaborado pelo autor
Observe que o programa forneceu 10 exemplos de trens de 6 engrenagens com
números de dentes que variam entre 20 e 100 para configurar a grade da renânia. As figuras
18 e 19 ilustram as saídas das engrenagens planetária e solar, que permitem a configuração da
renânia para produção das engrenagens do trem planetário.

Figura 18- Saídas da engrenagem planetária


Fonte: Elaborado pelo autor
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Figura 19- Saídas da engrenagem solar


Fonte: Elaborado pelo autor

4. AUTOMATIZADOR BASCULANTE PLANETÁRIA

Após confecção das engrenagens do trem planetário foi possível a montagem do


automatizador basculante planetária, como ilustra figura 19.

Figura 20 - Automatizador Basculante planetária com engrenagens helicoidais


Fonte – Elaborado pelo autor
Segue abaixo as características técnicas do automatizador;
Motor 1/3Hp 4 polos 1750rpm (rotações por minuto) 60Hz
Redução Planetária- 1:11
Fuso passo- 35mm
Rotação do fuso - 1750/11 = 159 rpm ou 2,65rps (rotações por segundo)
Velocidade linear - 2,65*35 = 92,75mm/s (milímetros por segundo)
Deslocamento da porca para abertura do portão - 1080mm
Tempo de abertura do portão – 1080/92,75 = 11,64 segundos
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5. TESTES

Foi realizado os testes de resistência do automatizador basculante planetário e


comparado com um automatizador similar de coroa e pínhão. Os dois automatizadores são
fabricados com os mesmos materiais, nylon6 sem carga nas planetárias e na engrenagem
anular Aço ABNT 1020 para pinhão e sem fim. No referido teste, foi utilizando dois portões
basculantes de 400kg devidamente balanceados com altura 2,20m e comprimento de 3 metros,
cada automatizador foi instalado em um portão. Ambos foram acionados na abertura e no
fechamento do portão (tempo 24 segundos) consecutivamente por um controlador lógico
programável (CLP) durante 30 dias com intervalos de 10 minutos entre os fechamentos
totalizando 138 ciclos/dia e 4140 ciclos no mês.
Após o teste foi analisado o mecanismo de redução das máquinas testadas e
verificou-se acentuado desgaste da coroa e do pinhão, no automatizador planetária com dentes
helicoidais não houve sinais de desgaste nos dentes das engrenagens.
O acionamento do automatizador planetário se mostrou mais silencioso comparado
ao automatizador com coroa e pinhão. Isso deve-se ao engrenamento suave e constante das
engrenagens helicoidais.

6. CONCLUSÃO

Os testes de resistência do automatizador com redução planetária helicoidal


comprovaram a eficiência deste sistema de transmissão comparado ao sistema de coroa e
pinhão. Foi comprovado elevada resistência mecânica ao desgaste dos componentes internos,
e comprovado baixo nível de ruído comparado ao sistema coroa e pinhão, logo este sistema
provou ser mais confiável e apropriado para um automatizador de portão residencial ou
industrial.
A máquina renânia permitiu a produção em série das engrenagens planetárias
helicoidais dentro das especificações do projeto. A configuração da renânia foi possível
através do software renânia que calculou com êxito cada uma das engrenagens que compõem
o trem de engrenagens da renânia. Este software contribuiu para melhoria do processo
produtivo de geração de engrenagens pois pode ser aplicado para configurar qualquer
máquina renânia para fabricação de engrenagens retas ou helicoidais.
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Para futuros trabalhos pode ser sugerido a construção de uma máquina de


automatizador de portões isenta de redução por engrenagens e construída com motor de passo
de alto torque tendo sua velocidade controlado eletronicamente, o que reduzirá ainda mais o
risco de parada por quebra ou defeito.

7. REFERÊNCIAS

CASILLAS A.L. Máquinas Formulário Técnico 4ª ed,


Rio de Janeiro, 1987.

GIL, A. C., Como elaborar projetos de pesquisa 4 ª ed ,


São Paulo 2002.

AMARAL, D., Trens de engrenagens epicicloidais tipos e representações, Faculdade


de Engenharia Mecânica, UNICAMP, Campinas, 2000.

LIMA, C.S., Trem de Engrenagens Planetarios : Análise e Aplicações em Veículo


Hibrido, Dissertação de Mestrado e Engenharia Mecânica da UNICAMP, 1980.

SHIGLEY, J.E., Elementos de máquinas, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, Rio
de Janeiro, 1984.

SOARES, F., Processo Renânia, Processos de Fresamento, Senai, Cimatec 2010.

AMENDOLA, C. H. F., Análise das estratégias de troca de marchas da transmissão


automática convencional em comparação com a transmissão de dupla embreagem, Tese
de Mestrado, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo , São Paulo 2005

BECKER, M. Engrenagens e Trens de Engrenagens.


Disponível em http://www.mecatronica.eesc.usp.br/wiki/upload/7/7f/Aula_9_ SEM0104.pdf

LIMA, C. S., Trem de Engrenagens Planetários: Análise e Aplicação em veículo híbrido,


Dissertação de Mestrado, Faculdade de Engenharia da UNICAMP, 1980
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CASTRO, J.T.P, Engrenagens , Departamento de |Engenharia Mecânica, PUC, Rio de


Janeiro 2012

TOGNON, L., Geradora de engrenagens didática, Departamento de Engenharia Mecânica,


Centro de Tecnologia, UFSM, Santa Maria, RS, 2010

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