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OFICIAL DE JUSTIÇA
PORTUGUÊS – PARTE 2
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra geral
Verbos impessoais
1. Verbo Haver
O verbo haver é impessoal (permanecendo na 3º pessoa do singular) quando significa : existir,
acontecer, ocorrer. Formando locução com outro verbo, a impessoalidade a ele se estenderá.
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2. SE
primeiro exame, mas sujeito. A frase deve ser en- •• Nunca se assistiu a tanta corrupção nos te-
tendida assim: lejornais.
•• Vive-se melhor no litoral.
Casas são vendidas.
•• Sempre se fica nervoso durante as provas.
•• Aluga-se uma bicicleta.
•• Consertam-se motores.
4. Sujeito oracional
Quando o sujeito for representado por uma oração, o verbo fica sempre na 3ª pessoa do
singular.
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Exercício
1. Classifique
1 – se – partícula apassivadora
2 – se – índice de indeterminação do sujeito
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Regra geral
Banco
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Substantivos de gêneros diferentes
Bastante Meio
+ Adjetivo
Adjetivo X Advérbio Adjetivo X Advérbio Temos alunos e alunas compreensivas.
Temos alunos e alunas compreensivos.
Temos alunas e alunos compreensivos.
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Módulo 4
REGÊNCIA VERBAL
1. Tipos de verbos
de anotar os recados,
de todas janelas abertas.
Onde eu guardei a fé... em nós?
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Ligação
“Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor”
Pronomes Relativos
Que: Refere-se a coisas ou a pessoas.
•• Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma
receita para a vida que sirva para todos.” (Carl Jung)
•• “Você pode saber o que disse, mas nunca o que outro escutou.” (Lacan)
Quem: Refere-se somente a pessoas, nunca a coisas. Vem sempre antecedido de preposição
quando tem um antecedente explícito.
Onde: É utilizado para indicar um lugar, podendo ser substituído por: em que, no qual, na qual,
nos quais e nas quais.
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•• Pensei nisso naquela noite de estudo, durante a qual não consegui dormir.
Cujo e suas flexões: Aparece entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, sendo
equivalente a: do qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem. Deve concordar em
gênero e número com a coisa possuída.
1. Aspirar
2. Assistir
a) = ver – é VTI.
b) = ajudar– é VTD.
3. Esquecer / lembrar
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•• Lembramos o problema.
•• Tu te esqueceste do compromisso.
•• Lembro-me daquela triste história!
4. Implicar
5. Preferir
Prefere-se A a B
EXERCÍCIOS
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Módulo 5
CRASE
Crase Opcional
•• Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua.
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Não ocorre crase
2. Antes de verbos.
5. Depois de preposição.
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Exercício
b) Com relação a suas habilidades, procure dar mais ênfase as que se referem a pintura.
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Módulo 6
ORAÇÕES
Coordenadas
Dá-se o nome de orações coordenadas a essas orações independentes, que podem ser
assindéticas ou sindéticas.
Coordenadas Assindéticas – sem conjunção
•• “Não crie expectativa, não pergunte como foi o dia, não se preocupe à toa, é duro andar à
deriva.” (Teatro Mágico)
1) aditivas: expressam ideia de adição, soma, acréscimo. São elas: e, nem,não só... mas
também, mas ainda, etc.
•• Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
•• “E você chegou atrasadinha, mas tava linda. Minha boca calou, mas meu coração gritou
por cima.”
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“Sejamos todas as capas de edição especial,
Mas, porém, contudo, todavia, não obstante
Sejamos também a contracapa,
Porque ser a capa e ser contracapa
É a beleza da contradição!” (Teatro Mágico)
3) alternativas: expressam ideia de alternância ou exclusão. São elas; ou, ou... ou, ora... ora,
quer... quer, etc.
•• Ou você revisa sintaxe, ou nao compreenderá mais nada na aula.
•• “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva
intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charles Chaplin)
•• Eu tenho o meu caminho. Você tem o seu caminho. Portanto, quanto ao caminho direito, o
caminho correto, o único caminho, isso não existe.” (Friedrich Nietzsche)
•• “Faça o que você sente que está certo em seu coração, pois você será criticado de qualquer
maneira. Você será condenado quer faça, quer não faça.” (Eleanor Roosevelt)
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Subordinadas
•• “Eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama.
•• A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas
como se fosse a primeira vez. (Friedrich Nietzsche)
3) condicionais: expressam ideia de condição ou hipótese para que o fato da oração principal
aconteça. São elas: se, caso, exceto se, a menos que, salvo se, contanto que, desde que, etc.
“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...” (Mario Quintana)
•• “Se a gente já não sabe mais rir um do outro, meu bem, então o que resta é chorar.”
(Los Hermanos)
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“O nosso amor calejou.
Apanhou, apanhou que cansou.
Na minha cama cê fez tanta falta
Que o meu coração te expulsou”
6) concessivas: expressam ideia de que algo que se esperava que acontecesse, contrariamente
às expectativas, não acontece. São elas: embora, conquanto, ainda que, se bem que,
mesmo que, apesar de que, etc.
•• “Mesmo que você tenha que partir, o amor não há de ir embora.” (Titãs)
•• “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar
agora e fazer um novo fim.”
•• “Você é um problema que eu quero ter, mesmo sabendo que eu não consigo resolver.”
(Maiara e Maraisa)
•• Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha
sido suficientemente fraco para entrar. (Caio Fernando Abreu)
7) finais: expressam ideia de finalidade. São elas: a fim de que, para que, que, etc.
•• Eu queria estudar para gabaritar essa prova, Zambeli.
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•• “Enquanto cê não volta, eu tô largado às traças! Maldito sentimento que nunca se acaba”
(Sertanejo)
3. Objetivas Indiretas – Eles gostaram de que eu falasse vinte vezes a mesma coisa!
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“Ana e o mar, mar e Ana
Histórias que nos contam na cama
Antes da gente dormir.
Ana e o mar, mar e Ana
Todo sopro que apaga uma chama
Reacende o que for pra ficar” (Teatro Mágico)
Exercícios
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e) Posto que meus amigos me peçam de joelhos, não sairei para a balada.
g) Enquanto meus colegas prestam atenção na aula, eu fico olhando para o celular.
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3. Classifique as orações subordinadas substantivas.
a) Direi aos alunos que amanhã irão receber a redação corrigida.
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Módulo 7
PONTUAÇÃO
Emprego da Vírgula
Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao deslocarem-se o predicativo ou o adjunto adverbial.
•• “A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento
da civilização humana.” (Freud)
•• Segundo o artigo 5º da lei 8.112/1990, são requisitos básicos para investidura em cargo
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2) para assinalar supressão de um verbo.
•• Muitas vezes os professores fingem que ensinam, e os alunos, que aprendem.
•• Eu preciso de uma ajuda em todo o Português; meu colega, de uma boa explicação só sobre crase.
•• “Na turma da Mônica do asfalto, Cascão é rei do morro e a chapa esquenta fácil” (Criolo)
Obs.: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não ser que
se queira enfatizar a informação nele contida.
•• “Às vezes eu só quero descansar, desacreditar no espelho, ver o sol se pôr vermelho.”
(Marcelo Camelo)
•• “Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser
chamado e não saber como ir.” (Clarice Lispector)
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Entre as orações
2) As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas são
as que indicam adição ( nem, mas também), alternância (ou, ou ... ou, ora ... ora), adversidade
(mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque, pois).
•• “O seu drama não era o drama do peso, mas o da leveza.” (Milan Kundera)
•• “Cobre os olhos, cobre a pele, abre os sonhos, que a vida vai passar e ela vai levar...”
(Vanguart)
3) para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os sujeitos sejam
diferentes.
•• “Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais.”
(Bob Marley)
•• “Acometida pela euforia de uma nova face se lançou na rua, e o mundo lhe retribuiu com
flores” (Rubel)
•• “Estou bastante acostumada a estar só, mesmo estando junto dos outros.” (Clarice Lispector)
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6) Orações Subordinadas Adjetivas
Podem ser:
a) Restritivas – delimitam o sentido do substantivo antecedente (sem vírgula). Encerram uma
qualidade que não é inerente ao substantivo.
•• Os políticos que são dedicados ao povo merecem nossa admiração.
•• A questão, que era de fácil resolução, foi analisada em conjunto pela turma.
Emprego do Ponto-e-Vírgula
1) para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula ou que
encerrem comparações e contrastes.
•• “Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te
a ti mesmo.” (Confúcio)
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•• “O primeiro espelho da criatura humana é o rosto da mãe: a sua expressão, o seu olhar, a
sua voz.[...] E como se o bebê pensasse: “Olho e sou visto, logo, existo!” (Winnicott)
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Módulo 8
1. Presente – é empregado para expressar um fato que ocorre no momento em que se fala;
para expressar algo frequente, habitual; para expressar um fato passado, geralmente
nos textos jornalísticos e literários (nesse caso, trata-se de um presente que substitui o
pretérito); pode indicar o futuro também.
Esse coração aí
Tá se fazendo de bobo.
Ele gosta mesmo é de mim
Esse coração aí está sendo ignorante
Pra me esquecer, vai precisar de um transplante.” (Marília Mendonça e Bruno e Marone)
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2. Pretérito Perfeito – revela um fato concluído, iniciado e terminado no passado.
3. Pretérito Imperfeito – pode expressar um fato no passado, mas não concluído ou uma ação
que era habitual, que se repetia no passado.
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•• “Nós poderíamos ser melhores se não quiséssemos ser tão bons.” (Freud)
•• “Mesmo que você não caia na minha cantada, mesmo que você conheça outro cara, na fila
de um banco, um tal de Fernando. Um lance, assim, sem graça.” (Luan Santana)
•• Só quero que ela retorne para mim, que ela seja a minha namorada!
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2. Pretérito imperfeito – expressa um fato passado dependente de outro fato passado.
•• “Se namorar fosse bom, isso aqui tava vazio, a mulherada tava em casa.
•• Se namorar fosse bom, eu vivia no cinema e não tava na balada.” (Bruninho e Davi)
3. Futuro – indica uma ação hipotética que poderá ocorrer no futuro. Expressa um fato futuro
relacionado a outro fato futuro.
Imperativo
DICAS ZAMBELIANAS
1. EU
2. Ele = você
Eles = vocês
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3. Não acredite em tudo que você ouve, não gaste tudo o que você tem e durma tanto quanto
você queira.
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Módulo 9
2. Os pronomes eu, me, mim, comigo passam para ele, ela, se, si, consigo, o, a, lhe no discurso
indireto.
3. Os pronomes nós, nos, conosco no discurso direto passam para eles, elas, os, as, lhes no
discurso indireto.
•• O casal disse: “Nós nos amamos muito.”
4. Os pronomes meu, meus, minha, minhas, nosso, nossos, nossa, nossas no discurso direto
passam para seu, seus, sua e suas no discurso indireto.
•• Meu aluno disse: – “Meu sonho é passar neste concurso!”
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Mudança de tempos verbais:
1. Presente do indicativo passa para pretérito imperfeito do indicativo ou fica no presente do
indicativo.
•• Declarou o rapaz abatido: “Eu estudo para concursos.”
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No discurso indireto livre há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há in-
tervenções do narrador bem como da fala dos personagens.
Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens
e do narrador – que sabe tudo o que se passa no pensamento dos personagens – podem ser
confundidas. Outro detalhe importante é a liberdade sintática das frases.
1. Fez o que podia até a data da prova. Não queria zerar Português, mas sabia que tinha se
perdido na balada. Talvez não tenha estudado mesmo, mas eu queria…
2. Quando soube que teria aula de Português, saiu cedo de casa. Hoje eu vou sentar e prestar
atenção na aula!
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Módulo 10
VOZES VERBAIS
Voz é a forma assumida pelo verbo para indicar a relação entre ele e seu sujeito
Voz Ativa
Na frase acima, “O concurso do Banrisul” pratica a ação expressa pelo verbo. É um sujeito
agente. “200 vagas” recebe a ação expressa pelo verbo. É um objeto direto.
Para passar uma oração da voz ativa para a voz analítica, é necessário que haja objeto direto,
pois esse termo será o sujeito da voz passiva.
Voz Passiva
A voz passiva é marcada principalmente pela circunstância de que o sujeito passa a sofrer a
ação. Como é construída tanto com o auxílio verbo ser (passiva analítica ou com auxiliar),
como com o pronome se (passiva sintética ou pronominal), suas nuances de emprego textual
devem ser observadas com atenção.
“200 vagas” sofre a ação expressa pelo verbo. Trata-se de um sujeito paciente. “pelo concurso
do Banrisul” é o elemento que pratica a ação de interditar. É o agente da passiva.
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Passiva Analítica
Obs.: Os verbos TER, HAVER e POSSUIR, a despeito de exigirem objeto direto, NÃO podem ser
apassivados.
Passiva Sintética
Formada por um verbo transitivo na terceira pessoa (singular ou plural, concorda com o sujeito)
mais o pronome apassivador se:
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Voz Reflexiva
Exercício
12. Os lanches gordurosos, ainda hoje, são apreciados por milhares de pessoas.
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