Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Modulo de Matemática Financeira-IsCED
Modulo de Matemática Financeira-IsCED
CONTABILIDADE E AUDITORIA
1º Ano
INSTITUTO SUPER
Beira - Moçambique
Telefone: 23323501
Cel: +258 823055839
Fax: 23323501
E-mail: direcção@isced.ac.mz
Website: www.isced.ac.mz
Agradecimentos
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância Coordenação do Programa das
licenciaturas e o autor que elaborou o presente manual (Msc Inácio Xavier Rafael Bute)
agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste
manual:
Elaborado Por:
Msc Inácio Xavier Rafael Bute – Mestrado em Auditoria e Gestão Empresarial, pela
Universidade Internacional Ibero-americana – EUA, Porto Rico e Licenciado em Ensino de
Matemática, pela Universidade de Pedagógica – Delegação da Beira.
Índice
VISÃO GERAL .................................................................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 17
OBJECTIVOS DO TEMA ............................................................................................................................................ 17
2.2 COMPARAÇÃO DE CAPITAIS ........................................................................................................................ 18
2.3 JUROS .................................................................................................................................................... 19
2.4 TAXA DE JUROS ........................................................................................................................................ 19
2.5 MONTANTE ............................................................................................................................................. 20
2.6 EXERCÍCIOS DE AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 20
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 21
OBJECTIVOS DO TEMA: ........................................................................................................................................... 21
3.1 REGIME DE CAPITALIZAÇÃO SIMPLES ............................................................................................................ 22
3.2 REGIME DE CAPITALIZAÇÃO COMPOSTO ........................................................................................................ 23
3.3 EXERCÍCIOS DE AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 25
TEMA IV – RELAÇÕES ENTRE: JUROS SIMPLES, FUNÇÃO AFIM E PROGRESSÃO ARITMÉTICA E RELAÇÕES
ENTRE: JURO COMPOSTO, FUNÇÃO EXPONENCIAL E PROGRESSÃO GEOMÉTRICA. ........................................ 27
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 27
OBJECTIVOS DO TEMA: ........................................................................................................................................... 27
4.1 RELAÇÕES ENTRE: JUROS SIMPLES, FUNÇÃO AFIM E PROGRESSO ARITMÉTICA...................................................... 27
4.2 RELAÇÃO ENTRE JUROS COMPOSTOS, FUNÇÃO EXPONENCIAL E PROGRESSÃO GEOMÉTRICA ..................................... 28
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 30
OBJECTIVOS DO TEMA: ........................................................................................................................................... 30
5.1 CAPITALIZAÇÕES CONTÍNUAS....................................................................................................................... 30
5.2 COMPARAÇÃO ENTRE MONTANTES NO REGIME DE CAPITALIZAÇÕES CONTÍNUAS E PERIÓDICAS............................... 32
5.3 VALOR PRESENTE DE CAPITAIS UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDOS ........................................................................ 32
5.4 EXERCÍCIOS DE AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 33
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 34
OBJECTIVOS DO TEMA: ........................................................................................................................................... 34
6.1 TAXA DE JUROS NOMINAL .......................................................................................................................... 34
6.2 TAXA EFECTIVA (IF) ................................................................................................................................... 36
6.3 TAXAS PROPORCIONAIS ............................................................................................................................. 36
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 51
OBJECTIVOS DO TEMA: ........................................................................................................................................... 51
9.1 EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS A JUROS SIMPLES ................................................................................................ 51
9.2 EQUIVALÊNCIAS DE CAPITAIS A JUROS COMPOSTOS ......................................................................................... 53
9.3 EXERCÍCIOS DE AVALIAÇÃO ................................................................................................................. 54
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 56
OBJECTIVOS DO TEMA: ........................................................................................................................................... 56
10.1 SÉRIE UNIFORME DE CAPITAIS ..................................................................................................................... 56
TEMA XI - OPERAÇÕES FINANCEIRAS REALIZADAS NO MERCADO; OPERAÇÕES SIMPLES A CURTO PRAZO. ... 66
TEMA XII - OPERAÇÕES FINANCEIRAS REALIZADAS NO MERCADO; OPERAÇÕES A MÉDIO E LONGO PRAZO. . 74
Objectivos do Módulo
1
Calcularem datas futuras para financiamentos de longo prazo -
valores tais como: saldo devedor, prestação, parcela de
amortização, juros acumulados.
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como
componente de habilidades de estudos.
2
Conteúdo desta Disciplina / módulo
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos.
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só
depois é que aparecem os exercícios de avaliação.
Os exercícios de avaliação têm as seguintes caracteristicas: Puros
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos, actividades
práticas e algumas incluindo estudo de caso.
Outros recursos
3
Comentários e sugestões
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas
margens das folhas. Estes icones servem para identificar
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa,
uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a
aprender. Aprender aprende-se.
4
6º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou
as de estudo de caso se existir.
5
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades.
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como
falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os seriços de atendimento e apoio
ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-mail, se
tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico
e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com
qualidade e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino a
Distância (EAD), onde o recurso as TIC se torna incontornável: entre
estudantes, estudante – Tutor, estudante – CR, etc.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com
tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigetada para
acompanhar as sua sessões presenciais. Neste período pode apresentar
dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou admibistrativa.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do
tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em que
permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem com relação aos
outros colegas. Desta maneira ficar’a a saber se precisa de apoio ou
precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos
relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos
diferentes temas e unidade temática, no módulo.
6
Tarefas (avaliação e auto-
avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas
semanas antes das sessões presenciais seguintes.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo
conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da disciplina/módulo.
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.
O plágio1 é uma viloção do direito intelectual do(s) autor(es). Uma
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, sem
o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade científica e o
respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a realização dos
trabalhos e seu autor (estudante do ISCED).
Avaliação
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância,
estando eles fisicamente separados e muito distantes do
docente/turor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja
uma avaliação mais fiável e concistente.
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A
avaliação do estudante consta detalhada no regulamento de
avaliação.
Os trabalhos de campo por si realizaos, durante estudos e
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de
frequência para ir aos exames.
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no
1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
7
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência,
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da
cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois)
trabalhos e 1 (um) (exame).
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados
como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as
recomendações, a identificação das referências bibliográficas
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de
Avaliação.
8
TEMA – I: Introdução a Matemática Financeira.
Objectivos do tema
9
remuneração paga pelo uso de capital durante um determinado
tempo.
1.2 Percentagem
Varias vezes confronta-se com a informação em supermercados, lojas,
botiques de liquidação de preços de produtos em 40%, 25% ou 10%.
Para além de que no pagamento de facturas de consumo de energia,
telefone, água e outros, o valor da factura vem acréscido de 17% do
IVA. Estas informações envolvem uma expressão especial que é a
PERCENTAGEM, assunto que passará a ser tratado logo a seguir.
Taxa percentual: Exibe o número que deve ser dividido por 100. Não
permite a operação algébrica imediata.
4 12,3
Exemplo 1.1: a) 4% Lê-se 4 por cento; b) 12,3% Lê-se
100 100
12,3 por cento
137
c) 137% Lê-se 137 por cento
100
Pense na expressão 25% (Vinte e cinco por cento), essa taxa pode ser
representada como uma fracção com numerador igual a 25 e o
denominador igual a 100, ou seja
10
25
, ou ainda como 0,25 (taxa unitária).
100
Taxa unitária é muito importante porque auxilia a desenvolver cálculos
na matemática financeira.
237
c) 237% 2,37
100
2. Converta para taxas percentuais:
2
a) 0,02 2%
100
7 7 10 0,7
b) 0,007 0,7%
1000 1000 10 100
4 100 400
c) 4 400%
1 100 100
11
Factor de Capitalização: É o número pelo qual deve-se multiplicar o
preço do produto para obter o novo preço acrescido do percentual do
aumento que se deseje utilizar.
12
75
O factor de descapitalização será 100% 25% 75% 0,75
100
O factor de descapitalização é o número pelo qual deve-se multiplicar
o preço do produto para obter novo preço, pelo percentual de
desconto que se deseja utilizar.
13
Exemplo 1.5: Suponhamos que os bancos vêm aumentando
significativamente as suas tarifas de manutenção das contas. Estudos
mostram um aumento médio de 15% no 1º semestre de 2012 e de 7%
no 2º semestre do mesmo ano. Qual foi o aumento anual das tarifas
de manutenção das contas?
Resolução:
1º Verifica-se que o exemplo apresenta um problema de acréscimos
sucessivos.
2º Calcular os factores de capitalização dos acréscimos:
115
Acréscimo de (100 + 15) % =115%= 1,15 ou
100
100 15
(100 + 15)% = 100% + 15% = 1 0,15 1,15
100 100
Acréscimo de 7% = 1 7% 1 0,07 1,07
3º Multiplica-se os factores de capitalização dos períodos para obter o
valor final do produto.
1,15 1,07 1,2305
4º Como o produto custava inicialmente 100% que é igual a 1, pode-se
afirmar que as tarifas sofreram um acréscimo médio de:
1,2305 1 0,2305 23,05%
14
tempo depois, ele sofreu um aumento de 20 % e, mais tarde,
um novo aumento de 50 % . Se o comerciante deseja retornar
ao preço inicial, qual a percentagem de desconto a ser aplicado
sobre este último preço? (R: 30,55 %)
15
Situaçã Preço de Preço de Lucro % de Lucro % de
o venda (Pv) compra (Pc) sobre Pc. Lucro
sobre Pv.
1 172,50 150
2 500 90
3 380 0,15
4 986 0,16
16
TEMA – II: CAPITAL, JUROS, TAXAS DE JUROS E
MONTANTE
UNIDADE Temática 2.1 Conceitos do tema.
UNIDADE Temática 2.2 Comparação de Capitais
UNIDADE Temática 2.3 Juros.
UNIDADE Temática 2.4 Taxa de Juros.
UNIDADE Temática 2.5 Montante.
UNIDADE Temática 2.6 Exercício de Avaliação.
Introdução
O tema vai tratar de elementos fundamentais para a Matemática
Financeira.
Imagine você estar vivendo em tempos antigos e ser o melhor artesão
da cidade a fazer, por exemplo, blusas. Imagine que seus vizinhos,
também artesãos, são os melhores em produzir outros bens tais como
bolos, maçãs, etc. Ao se propor uma festa na cidade, certamente que
cada um se aprontaria para oferecer de si o que tem de melhor. E qual
o facto gerado nesses encontros que interessa ao nosso estudo? A
DEMANDA. É ela que movimenta o comércio até hoje. Este comércio
tem um elemento de troca que é a MOEDA.
Interessante é perceber como a moeda é utilizada nas trocas
comerciais, o risco que se corre e os premios que se podem ganhar
nessas transações.
Objectivos do Tema
Conhecer os conceitos de capital,
juros, taxas de juros e montante.
17
O juro é obtido pela diferença entre o montante e o capital.
Respostas:
No caso A, os dois capitais têm o mesmo vencimento (dentro de 2
18
anos), por isso o melhor investimento é aquele que nos dá capital
maior, neste caso é o (C2;t2) = (1.020; 2), proporciona um capital
maior.
No caso B existem diferentes vencimentos para os mesmos capitais,
sendo conveniente escolher o terceiro capital (C3; t3) já que pode-se
dispor imediatamente dos 100 u.m, enquanto para capital um e dois
deve-se esperar um ano e um ano e meio respectivamente para poder
ter a mesma quantidade de dinheiro.
No caso C é mais complicado escolher o investimento mais adequado.
Aqui necessita-sede efectuar operações financeiras.
2.3 Juros
Juro é a remuneração obtida por uso de um capital por um intervalo
de tempo.
Este pode ser obtido como diferença do montante pelo capital,
também pode-se calcular o juro através do produto do capital com a
taxa de juros, ou seja:
J M C e J C i
Onde J: Juros ; M: Montante; C: Capital; i: taxa de juros;
Exemplo 2.3: Foi aplicada uma importância de 30.000 u.m. pelo prazo
de 1 anos, a taxa de 1,2% ao ano qual é o valor de Juro a receber?
Dados: C= 30.000 u.m. i=1,2%a.a.
J C i 30.000 1,2% 30.000 0,012 360 u.m.
Resposta: O valor de juros a receber é de 360 u.m.
19
J J M C 452.000 360.000 92.000
i
C 360.000 360.000 360.000 360.000
0,256 25,6%
Resposta: A taxa de juros é de 25,6% a.a.
2.5 Montante
O capital acrescido da remuneração obtida durante o período de
aplicação, chama-se Montante (M). Pode ser calculado através da
soma entre o capital aplicado e os juros obtidos (M=C+J) ou então
usando as formulas de obtenção dos juros teremos:
J M C e J C i M C C i
M C C i C 1 i
Portanto, pode-se obter o montante usando estas duas fórmulas:
M C J e M C 1 i
Exemplo 2.5: Qual é o montante aplicando um capital de 1.650 u.m.
por um ano a uma taxa simples de 32% ao ano.
Dados: C= 1.650; i = 32% a.a.; M=?
M C 1 i 1.650 1 32% 1.650 1 0,32
1.650 1,32 2.178 u.m.
Ou
Usando a fórmula
M C J 1.650 1650 32% 1.650 1.650 0,32 2.178 u.m.
Resposta: O montante é de 2.178 u.m.
20
TEMA – III: Sistemas de Capitalizações: Simples e
Composto
UNIDADE Temática 3.1 Regime de Capitalização Simples.
UNIDADE Temática 3.2 Regime de Capitalização Composta.
UNIDADE Temática 3.3 Exercícios de Avaliação.
Introdução
O comportamento do capital no tempo depende do modo como foi
aplicado, ou seja, do regime de capitalização. Podemos classificar os
regimes de capitalização da seguinte forma:
Capializaç ão Contínua
Simples
Capitaliza ção Descontinu a Composta
As modalidades de capitalização mais comuns são as descontínuas:
simples e composta.
Na Capitalização Simples, apenas o capital inicial, também chamado
principal, rende juros, independentemente do número de períodos da
aplicação. Na Composta, os juros são capitalizados a cada período e
passam a render juros nos períodos posteriores. Ou seja, juros sobre
juros.
O regime de juros simples tem aplicações práticas bastantes limitadas,
pois são raras as operações e comerciais que usam esse regime. O seu
uso restringe-se principalmente em operações praticadas a curto
prazo.
Os juros simples são utilizados basicamente para o cálculo de valores
monetários, e não para determinar o resultado efectivo da operação.
Os dois regimes de capitalização, associam-se a funções da seguinte
forma: Simples (função linear) e Composto (função Exponencial).
Objectivos do Tema:
Conhecer os conceitos básicos.
Conhecer o valor do dinheiro no tempo.
Saber calcular juros, taxas de juros e
montantes.
Objectivos Saber resolver problemas ligados as
operações financeiras.
21
3.1 Regime de Capitalização
Simples
O regime de capitalização simples comporta-se como uma progressão
aritmética (PA), com juros crescendo linearmente ao longo do tempo.
Não existe capitalização de juros neste regime, pois os juros de cada
período não são incorporados ao capital para que essa soma sirva de
base de cálculo de juros de períodos subsequentes. Portanto, o capital
crescerá a uma taxa linear e a taxa de juros terá um comportamento
linear em relação ao tempo.
É o processo de capitalização no qual ao final de cada período o juro é
sempre calculado sobre o capital inicial, ou seja, em cada período o
juro é obtido pelo produto do capital inicial pela taxa unitária.
Devido ao comportamento linear nos regimes de juros simples, se
aplicarmos o capital durante n tempo referente a taxa de juros, o
rendimento (Juros) será calculado com base na seguinte fórmula:
J C i n ; n: período (prazo)
Montante é dado por, M C J C C i n C 1 i n
M C 1 i n
22
juros acumulados e os montantes estão representados no quadro 3.1.
23
chamada “taxa equivalente”, devendo sempre a taxa estar expressa
para o período de capitalização, sendo que o “n” (número de
períodos) represente sempre o número de períodos de capitalização.
Em economia inflacionária ou em economia de juros elevados, é
recomendada a aplicação de capitalização composta, pois a aplicação
de capitalização simples poderá produzir distorções significativas
principalmente em aplicações de médio e longo prazo, e em economia
com altos índices de inflação produz distorções mesmo em aplicações
de curto prazo.
1
M n
A fórmula da taxa de juros é: i 1
C
O cálculo do período de aplicação em capitalização composta é dada
M
ln
pela fórmula, n
C
ln 1 i
Exemplo 3.4: Quanto uma pessoa deve aplicar hoje para ter
acumulado um montante de 150.000 u.m. daqui a 12 meses, a uma
taxa de juros compostos de 2% ao mês?
Resolução:
Dados: M = 150.000; n = 12 meses; i = 2% a.m.; C = ?
M C 1 i 150.000 C 1 2% C
150.000
n 12
1 0,0212
118.273,9 u.m.
Resposta: A pessoa deve aplicar hoje 118.273,9 u.m.
24
Quadro 3.2 Juros Apurados Com Capitalização Composta
Ano Juros apurados Juros Montante
em cada ano acumulados no
ano
Inicio do 1º 0 1.000
Ano
Fim do 1º Ano 100 100 1.100
Fim do 2º Ano 110 210 1.210
Fim do 3º Ano 121 331 1.331
Fim do 4º Ano 133,10 464,1 1.464,1
Fim do 5º Ano 146,41 610,51 1.610,51
25
3. Um capital C, foi colocado em regime de juro composto,
durante n anos, a taxa anual i, sobre esta aplicação apenas se
sabe que:
- O juro total produzido ao fim de 7 anos é de 356.912,13 u.m.
- Se o capital C tivesse sido colocado em regime de juro
simples, o juro produzido (apenas) no 4º ano seria de 40.000
u.m.
Determine o capital C e a taxa anual i.
4. Um apartamento pode ser comprado à vista por 320.000 u.m.
ou pagando-se 20% de entrada mais duas prestações de
170.000 u.m. cada, a primeira para três meses e a segunda
para sete meses.
a) Calcular a taxa de juros efectiva cobrada no
financiamento. (R: 5,98% a.m)
b) Se a taxa de juros vigente no mercado para aplicações
financeiras for de 2% a.m., qual será a melhor opção de
compra? (R: à vista)
5. Um investidor aplicou 1.000 u.m numa instituição financeira
que remunera seus depósitos a uma taxa de 5% ao mês, no
regime de juros compostos. Mostrar o crescimento desse
capital no final de cada mês, a contar da data da aplicação dos
recursos, e informar o montante que poderá ser retirado pelo
investidor no final do 6ºmês, após a efetivação do último
depósito.
6. Se eu quiser comprar um carro no valor de 60.000 u.m, quando
devo aplicar hoje para daqui a dois anos possua tal valor?
Considerar as seguintes taxas de aplicação (capitalização
composta):
a) 2,5 % a.m. R: 33.172,52 u.m.
b) 10 % a.s. R: 40.980,81 u.m.
c) 20 % a.a. R: 41.666,67 u.m.
26
TEMA IV – Relações entre: Juros Simples, Função Afim e
Progressão Aritmética e Relações entre: Juro Composto,
Função Exponencial e Progressão Geométrica.
UNIDADE Temática 4.1 Relações entre Juro simples, Progressão Aritmética e Função
Afim.
UNIDADE Temática 4.2 Relações entre Juro Composto, Progressão
Geométrica e Função Exponencial.
UNIDADE Temática 4.3 Exercícios de Avaliação.
Introdução
A relação dos regimes de Juros e as funções afim e exponenciais,
verifica-se que, o regime de juros simples tem um comportamento
linear, dai a sua semelhança com a progressão aritmética; o regime de
juros compostos tem um comportamento de uma função exponencial,
logo associa-se a progressão geométrica.
Objectivos do Tema:
27
M o 100 1 0,1 0 100
M 1 100 1 0,1 1 100 1,1 110
M 2 100 1 0,1 2 100 1,2 120
M 3 100 1 0,1 3 100 1,3 130
...
M 100 1 0,1 n 100 10n
Os montantes formam uma progressão Aritmética (PA) com o 1º
termo igual a Mo=100 e uma razão igual á 10 (M1-Mo=M2-M1=M3-
M2=…) e o termo geral é Mn = 100 + 10n
Os montantes em relação ao período formam um gráfico linear, como
ilustra o gráfico abaixo.
28
Resolução:
M C 1 i
n
....
M n 100 1 0,1
n
29
TEMA V - CAPITALIZAÇÕES CONTINUAS. COMPARAÇÕES
ENTRE MONTANTES NO REGIME DE CAPITALIZAÇÕES
CONTÍNUAS E PERIÓDICAS.
UNIDADE Temática 5.1 Capitalizações Continuas.
UNIDADE Temática 5.2 Comparação entre Montantes no Regime de
Capitalização Contínua e Periódica.
UNIDADE Temática 5.3 Exercícios de Avaliação.
Introdução
A capitalização contínua é uma ferramenta muito usada para avaliação
de opções, projectos de investimentos, gerações de lucros da
empresa, desgaste de equipamentos e outras situações em que os
fluxos monetários se encontram distribuídos uniformemente no
tempo.
Na prática, muitas situações exigem o uso de capitalização contínua.
As empresas recebem e fazem pagamentos muitas vezes durante um
dia, padrão este que está mais próximo da suposição de fluxos
monetários contínuos uniformemente distribuídos.
Objectivos do Tema:
Saber calcular as taxas de juros equivalentes
em capitalização contínua.
Saber calcular taxas de juros instantâneas
equivalentes a taxa de juros compostos.
Objectivos Saber compara os montantes em diferentes
regimes de juros
30
No regime de capitalização composta, ao investir um determinado
capital (C), à taxa de juro (i), pelo período de n anos, obteremos um
valor igual a: M C 1 i
n
r ln 1 i
A taxa de juro instantâneo é r = ln (1+i)
C C
e 1 i e 1 i i e r 1
rn n r
i = er-1
32
taxa de juros efectiva discreta de 8% a.a.
Resolução:
Dados: i = 8%; m = 20; C0 = 64 milhões; VP = ?
1 e mr
VP C0 , a taxa de juros está expressa em juros efectivos.
r m
Logo, deve-se calcular a taxa equivalente.
r ln 1 i ln 1 0,08 ln 1,08 0,07696 7,696% a.a.
1 e mr 1 e 0,0769620
VP C0 64 32,66 milhões
r m 0,07696 20
33
TEMA VI - TAXAS DE JUROS: NOMINAIS, PROPORCIONAIS,
EFECTIVAS E EQUIVALENTES.
UNIDADE Temática 6.1 Taxa Nominal.
UNIDADE Temática 6.2 Taxa Efectiva.
UNIDADE Temática 6.3 Taxas Proporcionais.
UNIDADE Temática 6.4 Taxas Equivalentes.
UNIDADE Temática 6.5 Exercício de Avaliação.
Introdução
Neste tema pretende-se distinguir as diferentes formas que a taxa de
juro se apresenta no mercado e como trata-las na matemática
financeira.
Objectivos do Tema:
Conhecer os diferentes tipos de taxas e a sua
utilização.
Entender os conceitos de taxa nominal e taxa
efectiva.
Objectivos Perceber os conceitos de taxas proporcionais
e taxas equivalentes.
Saber resolver problemas de operações
financeiras com uso das taxas.
34
cobrada sobre o valor do empréstimo. Calcule a taxa nominal.
Como a taxa nominal incide sobre o valor nominal, teremos:
35
6.2 Taxa Efectiva (if)
A taxa efectiva representa a verdadeira taxa cobrada, quando o prazo
é igual a capitalização.
A taxa efectiva é obtida através da seguinte expressão,
k
1 if 1 i i 0,36
if 1 1 if 1 1 0,4116
k k 4
if 0,4116 41,16%
Resposta: a taxa efectiva é 41,16% a.a.
b) M n C 1 i M 2 35.000 1 0,4116 69.741
n 2
36
Veja como ficariam as taxas proporcionais a uma taxa ao ano ia:
i i i i i
is a ; it a ; ib a ; im a ; id a
2 4 6 12 360
37
id 1 ic nc 1 1 0,05 1 1 1,05 1 0,7959 79,59%
nd 12
12
38
TEMA VII - OPERAÇÕES DE DESCONTO COMERCIAL E
RACIONAL
UNIDADE Temática 7.1 Operações de Desconto Comercial e Racional.
UNIDADE Temática 7.2 Desconto Simples Comercial.
UNIDADE Temática 7.3 Desconto Simples Racional.
UNIDADE Temática 7.4 Operações de Desconto Composto.
UNIDADE Temática 7.5 Exercício de Avaliação.
Objectivos do Tema:
Conhecer os tipos de descontos
Saber calcular valores de diferentes tipos
descontos
Saber resolver problemas ligados as operações
Objectivos de descontos.
39
pessoas físicas e instituições financeiras.
Letra de Câmbio: também é um título que comprova uma aplicação de
um capital com vencimento predeterminado; esse título é usado
exclusivamente por uma instituição financeira, é que chamamos de
título ao portador.
Dia de Vencimento: é o dia fixado no título para pagamento (ou
recebimento) da aplicação.
Valor Nominal ou Montante: é o valor indicado no título (valor de
face, valor futuro ou valor de resgate), que será pago no dia do
vencimento.
Valor Actual ou Capital: é o líquido pago ou recebido ( valor
descontado) antes do vencimento;
Tempo ou Prazo: é o período compreendido entre o dia em que se
negocia o título e o de seu vencimento, incluindo o primeiro e não o
último, ou então, incluindo o último e não o primeiro.
40
a) O valor do desconto comercial;
b) O valor actual comercial.
Resolução
Dados: M = 6.000; i = 2,1% a.m.; n = 45 dias; Dc=?; C = ?
45
a) Dc M i n 6.000 0,021 189
30
Resposta: o valor do desconto comercial é de 189 u.m.
45
C M 1 ia n 6.000 1 0,021
b) 30
6.000 1 0,0315 5.811
Resposta: O valor actual commercial é de 5.811 u.m.
7.3.1 Fórmulas
- Valor de desconto racional: Dr C i n
M
- Valor presente: C
1 i n
M
1
- Número de periodos: n
C
i
Exemplo 1: Seja um título de valor nominal de 4.000 u.m. vencível em
um ano, que está sendo liquidado 3 meses antes de seu vencimento.
Sendo de 42% ao ano a taxa nominal
41
de juros corrente, pede-se calcular o desconto e o valor descontado
desta operação.
Resolução
Dados: M = 4.000; n = 3 meses; i = 42% a.a.
Desconto
M 4.000 3
Dr C i n i n 0,42
1 i n 3 12
1 0,42
12
420
380,09
1,105
Resposta: o desconto racional é de 380,09 u.m.
Valor descontado
M 4.000 4.000
C 3.619,91
1 i n 1 0,42 3 1,105
12
Resposta: o valor descontado é de 3.619,91
42
7.4 Operações de Desconto
Composto
Desconto composto é aquele em que a taxa de desconto incide sobre
o montante ou valor futuro, deduzido dos descontos acumulados até o
período imediatamente anterior.
É obtido em função de cálculo exponenciais e praticamente não é
utilizado em nenhum país do mundo. Raramente se toma
conhecimento de um caso em que esse critério tenha sido aplicado.
Tem importância meramente teórica.
No caso de desconto simples, a taxa de desconto incide somente
sobre o valor futuro dos títulos, tantas vezes quantos forem os
períodos unitários.
Já no caso do desconto composto, para n períodos unitários, a taxa de
desconto incide, no primeiro período, sobre o valor futuro do título;
no segundo período, sobre o valor futuro do título menos o valor do
desconto correspondente ao primeiro período; no terceiro período,
sobre o valor futuro do título menos os valores dos descontos
referentes ao primeiro e ao segundo período, e assim sucessivamente
até o enésimo período.
43
n
2
Dc M 1 1 i 50.000 1 1 0,03 50.000 0,0591 2.955
Resposta: o desconto comercial é de 2.955 u.m.
1.900)
7.4.2.1 Fórmulas
- Para o cálculo de desconto do composto racional:
Dr C 1 1 i
n
M
- Para o Cálculo de valor actual tem a seguinte expressão, C
1 i n
- Para o cálculo do valor nominal (de resgate): M C 1 i
n
44
7.5 Exercícios de Avaliação
1. Uma empresa descontou em um banco uma duplicata de
600.000 u.m., recebendo o líquido de 516.000 u.m. Sabendo-se
que o banco cobra uma comissão de 2% sobre o valor do título,
que o regime é de juros simples comerciais. Sendo a taxa de
juros de 96% a.a., Qual foi o prazo de desconto da operação?
2. Um título no valor nominal de R$ 10.900,00 deve sofrer um
desconto comercial simples de 981 u.m. três meses antes do
seu vencimento. Todavia uma negociação levou a troca do
desconto comercial por um desconto racional simples. Calcule
o novo desconto, considerando a mesma taxa de desconto
mensal.
3. Em uma operação de desconto composto, o portador do título
recebeu 36.954 u.m. como valor do resgate. Sabendo que a
antecipação foi de 4 meses e o desconto de 3.046 u.m., qual a
taxa de juro mensal adotada?
4. Um comercial papper com valor de face de 1.000.000 u.m. e
vencimento de 3 anos deve ser resgatado hoje a uma taxa de
juros compostos de 10% ao ano, e considerando o desconto
racional composto, obtenha o valor de resgate.
5. Uma empresa estabelece um contrato de leasing para
arrendamento de um equipamento e recebe como pagamento
uma promissória no valor nominal de 1.166.400 u.m.
descontada 2 meses antes do seu vencimento, à taxa de 8% ao
mês. Admitindo que foi utilizado o sistema de capitalização
composta, determine o valor do desconto racional composto.
6. Um título no valor nominal de 59.895 u.m. foi pago 3 meses
antes do vencimento. Determine o valor líquido, sabendo que a
taxa mensal de desconto racional é de 10%.
45
TEMA VIII - VALOR ACTUAL E O VALOR FUTURO DE UM
FLUXO DE CAIXA
UNIDADE Temática 8.1 Fluxo de Caixa.
UNIDADE Temática 8.2 Métodos de Avaliação de Fluxo de Caixa.
UNIDADE Temática 8.3 Taxa interna de Retorno de Um fluxo de caixa
UNIDADE Temática 8.4 Exercício de Avaliação.
Objectivos do Tema:
Conhecer o conceito de fluxo de caixa
Saber regras básicas do cálculo numérico de
um fluxo de caixa.
Saber representar diagramas de fluxo de caixa
Objectivos
46
Exemplo 8.1: O diagrama de fluxo de caixa de um empréstimo
contraído por alguém no valor de 300 u.m. que será quitado mediante
o pagamento de 340 u.m., daqui a seis meses, pode ser visto a seguir.
0 1 2 3 4 n
Resolução
Descontando todas as saídas e entradas e trazendo para o momento
zero, temos:
FC(0) = -1.000 + 200/(1+0,05)1 + 800/(1+0,05)2 + 1.600/(1+0,05)3 +
1.400/(1+0,05)4 + 1.400/(1+0,05)5 = -1.000 + 190,47 + 725,62 +
+1.382,14 + 1.151,78 + 1.096,93 = 3.546,94 u.m.
0 - 100 0
1 - 500 + 800
2 + 800
3 + 1.000
4 + 1.500
5 - 200 + 1.800
48
8.3 Taxa Interna de Retorno de um
Fluxo de Caixa-TIR
Chama-se taxa interna de retorno a taxa de juros compostos que anula
que anula o seu valor actual.
C C2 Cn
Ou seja, VP C 0 1 ... 0
1 i 1 i 2
1 n n
Exemplo 8.3: Determinar a taxa interna de retorno de fluxo de caixa
com desembolso de 10.000 e 4 recebimentos em meses consecutivos
de 2.741,93.
Resolução:
C C2 Cn
VP C 0 1 ... 0
1 i 1 i 2
1 n n
2.741,93 2.741,93 2.741,93 2.741,93
0 10.000
1 i 1 i 2 1 i 3 1 i 4
2.741,93 2.741,93 2.741,93 2.741,93
10.000
1 i 1 i 2 1 i 3 1 i 4
i 0,038 3,8%a.m.
49
Meses Recebimentos Pagamentos
0 2.000
1 2.000
2 2.000
3 2.000
4 3.000 1.000
5 3.000
6 2.000
(R: 11.191,36)
50
TEMA IX - EQUIVALENCIA DE CAPITAIS EM AMBOS
REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO
UNIDADE Temática 9.1 Equivalência de Capitais a Juros Simples.
UNIDADE Temática 9.2 Equivalência de Capitais a Juros Compostos.
UNIDADE Temática 9.3 Exercício de Avaliação.
Introdução
Considere dois ou mais conjuntos de capitais, cada um deles com suas
datas de vencimento a uma mesma taxa de juros a partir da mesma
data de origem.
Esses conjuntos são ditos equivalentes se a soma de seus respectivos
valores for igual para uma mesma data focal. Na determinação da
equação de equivalência de capitais, leva-se em consideração o facto
de o regime de capitalização ser de juros simples ou composto e
também é necessário saber se o critério do desconto a ser utilizado e o
do desconto comercial, “por fora”, ou o do desconto racional, “por
dentro”.
Essas opções serão estabelecidas a priori entre as partes envolvidas.
Se o problema não especificar o regime a ser considerado, devera ser
utilizado o regime de juros composto e se não for estabelecido o
critério a ser utilizado, devera ser utilizado o critério do desconto
racional.
Objectivos do Tema:
Objectivos
51
A data para a qual os capitais serão transportados é chamada data
focal. No regime de juros simples, a escolha da data focal influencia a
resposta do problema. Isto significa que definida uma taxa de juro, e a
forma de calculo (se racional ou comercial), dois capitais diferentes,
em datas diferentes, podem ser equivalentes, se transportados para
outra data, mesmo mantendo-se todas as outras condições do
problema.
Fórmulas:
- Para vencimentos anteriores a data focal, neste caso capitalizamos os
títulos, para isso temos, M C 1 i n
- Para vencimentos posteriores a data focal, neste caso devemos
M
descapitalizar os títulos, dai temos, C
1 i n
Exemplo 9.1: Uma impressora é vendida à vista por 300 u.m. ou com
uma entrada de 30% e mais um pagamento de 220,50 u.m. após 30
dias. Qual é a taxa mensal envolvida na operação?
Resolução
Dados: n = 30 dias = 1 mês ; C = 300
O montante na segunda opção será obtido pela entrada de 30% do
valor mais 220,50 depois de um mês, ou seja:
220,50 220,50 220,50
300 300 0,3 300 90 300 90
1 i n 1 i 1 i
220,50
210 210 210i 220,50 210i 220,50 210
1 i
10,50
i 0,05
210
Resposta: a taxa será de 5% a.m.
52
cinco meses. A juros simples de 5% a.m., determine o valor de um
pagamento único a ser efectuado daqui à três meses que liquide a
dívida.
M
- Para vencimentos posteriores a data focal: C
1 i n
Exemplo 9.3: Uma pessoa deseja substituir um título de valor nominal
de 85.000 u.m com vencimento daqui a 2 meses, por outro título, com
vencimento para 5 meses. Qual o valor nominal do novo título,
sabendo-se que o banco em questão adopta, nesse tipo de operação,
a taxa composta de 9% a.m. e o critério do desconto racional?
Resolução
Dados: C = 85.000; i = 9% a.m.; n = 5-2 meses = 3 meses
M C 1 i 85.000 1 0,09 110.077,47
n 3
Ou seja,
85.000 x 85.000 x 85.000 1,09 5
x
1 0,092 1 0,093 1,09 2 1,09 5 1,09 2
85.000 1,09 3 x 110.077,47
Resposta: O novo título terá o valor de 110.077,47 u.m.
53
equivalentes.
Capital Mês de Investimento
2.000 1
2.200 2
2.420 3
2.662 4
Resolução:
2.000 2.200
C1 1.818,18 C2 1.818,18
1 0,10 1 0,102
2.420 2.662
C3 1.818,18 C 4 1.818,18
1 0,103
1 0,104
Como C1=C2=C3=C4 na data focal inicial (data zero), diz-se que os
capitais são equivalentes nesta data, porque os seus valores
actualizados nesta data são iguais.
Tratando-se de taxa de juros compostos, a equivalência verifica-se em
qualquer data focal.
3. Mostre a equivalencia de capitais de juros compostos usando a data
focal do terceiro mês.
2. Uma pessoa tem uma dívida de 3.000 u.m. com vencimento em dois
anos e uma dívida de 4.500 u.m. com vencimento em seis anos.
Pretende quitar seus débitos por meio de um pagamento único a ser
realizado ao final de quatro anos. Considerando uma taxa de juros
composta de 10% a.a., determinar o valor de pagamento único que
liquida a dívida. (R: 7.349 u.m.)
54
4. Dois capitais, o primeiro de 1.000 u.m. e o segundo de 227,27 foram
aplicados a juros efectivos de 20% a.a. o primeiro capital na metade do
tempo do segundo, obteve um rendimento de 100 u.m. a mais.
Calcular os prazos das duas aplicações. (R: 1ano; 2 anos)
55
TEMA X - SERIES DE PAGAMENTOS: UNIFORMES E
VARIÁVEIS
Introdução
As rendas certas, ou séries periódicas uniformes, podem ser divididas
em séries postecipadas, antecipadas e diferidas.
São comuns as situações em que as projecções de fluxo de caixa das
aplicações financeiras ou dos projectos de investimentos são
crescentes ou decrescentes ao longo do tempo, neste módulo
veremos dois tipos de fluxos designados séries variáveis em
progressão aritmética e séries variáveis em progressão geométrica.
Objectivos do Tema:
Conhecer as características de uma série de
pagamentos.
Saber os tipos de séries de pagamento.
Conhecer a relação da série dos
Objectivos pagamentos com a progressão geométrica.
Interpretar e resolver os problemas ligados
a sequências de pagamentos.
S A
1 i 1
n
; onde
i
S = montante acumulado da série uniforme postecipada; A = valor das
prestações; i = taxa de Juros e n = número de períodos ou prestações
A expressão
1 i 1
n
é chamada factor de acumulação de capital
i
(FAC).
O problema do exemplo poderia ser resolvido desta forma,
S = 100 x FAC(4%,5) = 100 x 5,41632 = 541,63
S A
1 i 1
n
S 1 i 1
n
S i A 1 i
n
i A i
S i i
A S
1 i n
1 i n
58
das prestações; n = número das prestações.
1 i n1 i
- Para o cálculo da prestação, A P
1 i n1 i
1 i n 1
P i
ln 1
- Para cálculo de período é n
A 1 i
ln 1 i
P A
1 i 1
n
20.000
1 0,05 1
6
20.000
0,340096
1 i i
n 1
1 0,05 0,05
61
0,063814
106.589,78
59
Dados: M =?; n = 12; A = 1.500; i = 4,5% a.m.
M A
1 i n 1 1 i 1.500 1 0,04512 1 1 0.045
i 0,045
1,04512 1
1.500 1,045 1.500 16,159913 24.239,87
0,045
Resposta: O montante que o poupador acumula é de 24.239,87 u.m.
Período de carência.
A 1 i1 n1 1
- Para cálculo do valor futuro, M 1 i2 n2
i1
P 1 i i
c 1
- Para Cálculo da prestação, A
1 1 i
n
P i 1 i c 1
ln 1
A
- Para Cálculo do período, n
ln 1 i
M
ln
- Para Cálculo do período da carência, c
P
ln 1 i
61
10.2 Série Variável de Capitais
Neste tópico iremos analisar as rendas (recebimentos e pagamentos)
de capitais variáveis, cuja variação poderá não ter subjacente qualquer
sequência matemática, ou poderão variar de acordo com uma
progressão geométrica ou uma progressão aritmética.
62
10.2.2 Séries em Progressão Aritmética Crescente
10.2.2.1 Séries Postecipadas
Em uma anuidade postecipada cujo os termos ou rendas variam de
acordo com uma lei predeterminada, denomina-se gradiente (G) a
diferença entre duas rendas.
Cada termo da anuidade é constituído pela renda base (A) mais os
gradientes acumulados, sendo a renda base um importe igual a
primeira anuidade.
i
i
A h n 1 i
n
P
1 i n h 1 i
Esta fórmula serve tanto para o cálculo do valor presente de séries
geométricas crescentes quanto para séries decrescentes. Basta que a
razão de crescimento (h), que é igual a (1+c), seja calculada com
“+c”para as séries crescentes e com “-c”para as decrescentes.
Exemplo 10.8:
A juros efectivos de 5% a.m., calcular o valor presente e o montante de uma
série conforme a tabela a seguir:
Mês 0 1 2 3 5 6
Prestação 0 200 400 800 1600 3200
Onde c 1100%; h 1 c 2
A razão de crescimento é obtida dividindo-se qualquer termo pelo
1.600
anterior, por exemplo, h 2
800
64
- Valor Presente
A h n 1 i 2 5 1,05 5
n
200
P n
1 i h 1 i 1 0,055 2 1 0,05
5.067,97 u.m.
- Montante da Série
M 5.067,97 1,055 6.648,15 u.m.
65
TEMA XI - OPERAÇÕES FINANCEIRAS REALIZADAS NO
MERCADO; OPERAÇÕES SIMPLES A CURTO PRAZO.
UNIDADE Temática 11.1 Operações Financeiras.
UNIDADE Temática 11.2 Equilibrio Financeiro.
UNIDADE Temática 11.3 Equilibrio Dinámico : Saldo Financeiro.
UNIDADE Temática 11.4 Operações Simples a Curto Prazo
UNIDADE Temática 11.5 Exercício de Avaliação.
Objectivos do Tema:
Conhecer o conceito de operação financeira;
Compreender o significado da reserva
matemática, dominar o cálculo em operações
de curto prazo;
Objectivos Empregar o cálculo de reservas, no cálculo de
descontos
66
11.1.1 Classificação das Operações Financeiras
As operações financeiras podem ser classificadas segundo a sua
duração, sendo:
- De curto prazo (inferiores a um ano)
- De Longo prazo (superiores a um ano)
Outra forma de classificação é pelo número de capitais, que são:
- Operações financeiras simples;
- Operações financeiras Compostas;
Operações financeiras simples: é um capital na prestação e outro na
contraprestação, não há pagamentos intermediários.
Ex: seria o caso da compra da dívida pública a curto prazo.
C1 C2 C3 …. C alfa … Cn Prestação
C1 C2 C3 …. C alfa … Cn Contraprestação
Para que as prestações e contraprestações sejam equivalentes em
qualquer instante de tempo, deve-se:
n n
C s f t s ; alfa C `s f t `s ; alfa
s 0 s 0
500 Banco
68
11.3 Equilíbrio Dinâmico: Saldo
Financeiro
A reserva matemática ou saldo financeiro em T, que existe entre o
período de inicio das contribuições e no final, com a última
contraprestação, estabelece o equilíbrio dinâmico da operação, já que
reflecte a diferença entre os compromissos passados e os futuros.
69
Se S'2 - S2 > 0, neste caso, o que resta a receber de T até o final do
período é mais do que resta a pagar, já que a contraprestação é o que
se vai receber e a prestação, o que se deve pagar.
O saldo financeiro define-se como sendo um capital único (RT, T),
onde RT é a taxa e T é o vencimento, e único. Existem duas maneiras
de calculá-lo:
70
1 1 i
3
300 50 1 i x 1 i
3 4
75
i
1 1 0,07
3
300 50 1 0,07 75 x 1 0,07
3 4
0,07
340,815 196,82
340,815 196,82 0,76289 x x 188,75
0,76289
a) Método retrospectivo
Em T = 2
RT = S1 – S’1
No caso negativo
263,2 u.m.
Método Prospectivo
Para o caso (+) não se considera o capital que está sobre dois, porque
já foi feito.
No caso negativo
Considera-se o capital situado sobre T = 2
R 2 S '2 S 2 75 1 0,07 75 1 0,07
0 1
71
C n C0 F t 0 ; t n
Em capitalização simples usa-se a seguinte fórmula:
C n C o 1 i t n t 0
Em capitalização composta a fórmula é: Cn C0 1 i n 0
t t
CS C0 1 i Cn 1 i
s s
72
n
1 d
n 365 ;
C0 Cn 1 d A reserva será, C s C 0
365 ns
1 d
365
d – taxa de desconto
Exemplo 11.2: Se é contratado um prazo fixo durante 200 dias em um
banco a juros anuais de 10% em capitalização simples, sabendo que o
capital é de 1.500 u.m. Calcule o capital no final de período e a reserva
na metade de investimento. (aos 100 dias)
Resolução
Dados: n = 200; i = 10%; C0=1.500
n 200
C n C0 1 i 1.500 1 0,1 1.582,19 u.m.
365 365
A reserva para 100 dias será:
n 200
1 i 1 0,1
C s C0 365 1.500 365
ns 200 100
1 i 1 0,1
365 365
1,05479
1.500 1.539,99 u.m.
1,027397
73
TEMA XII - OPERAÇÕES FINANCEIRAS REALIZADAS NO
MERCADO; OPERAÇÕES A MÉDIO E LONGO PRAZO.
UNIDADE Temática 12.1 Operações Financeiras no Mercado
Monetário.
UNIDADE Temática 12.2 Contas Correntes.
UNIDADE Temática 12.3 Contas Remuneradas.
UNIDADE Temática 12.4 Contas Correntes de Crédito.
UNIDADE Temática 12.5 Exercício de Avaliação.
Objectivos do Tema:
Conhecer as diferentes operações financeiras
a médio e longo prazo.
Analisar as contas correntes e a obtenção ou
pagamento de juros.
Objectivos Analisar as contas correntes remuneradas a
juros altos.
Conhecer a aquisição das acções e de direitos
de subscrição preferentes.
74
Podem ser negociadas no mercado primário (adquiridas no
momento da emissão) nas datas autorizadas.
A emissão de letras é efectuada mediante leilão competitivo e
métodos competitivos entre um número restrito de entidades.
O mecanismo de leilão se divide em dois tipos, competitivos e
não competitivos.
- Competitivos são aplicados para grandes investimentos. Deve-se
expressar o nominal que se deve comprar e o preço que se deseja
pagar.
- Não competitivos são para resgate dos investidores. O nominal a
adquirir é somente indicado. O preço a pagar será o preço médio
ponderado do leilão competitivo.
O preço médio ponderado é calculado entre os preços mais altos
oferecidos nos leilões competitivos. Assim, se é admitida uma
quantidade limitada da dívida pública, se adjudicará aos que ofereçam
uma quantia maior, porque menores serão os juros a pagar.
Resolução
Dados: 1.000.000 u.m. em letras; valor nominal da Letra é de 1.000
Portanto as letras determinam-se assim:
Valor emitido 1.000.000
Número de Letras 1.000 Letras
Valor no min al 1.000
As 1.000 letras devem ser divididas entre a lista de investidores, dando
preferência aos que ofereçam o preço mais alto. Assim:
- O investidor A obteria 100 letras, 980 100 98.000 u.m.
- O investidor B obteria 250 letras, 975 250 243.750 u.m.
- O investidor C obteria 300 letras, 974 300 292.200 u.m.
- O investidor D obteria 200 letras, 972 200 194.400 u.m.
- O investidor E obteria 150 letras, 971 150 145.650 u.m.
O preço médio ponderado (PMP) é como a média das quantias pagas
pelos investidores. Assim sendo, o preço médio ponderado do
exemplo será:
75
98.000 243.750 292.200 194.400 145.650 974.000
PMP
1000 1.000
974 u.m.
Preço a pagar pelos valores, para petições ou ofertas cujo o
preço oferecido seja maior que o preço médio ponderado, o preço de
adjudicação será o preço médio. Para ofertas de preço inferior ao
ponderado e que tenham obtido a adjudicação de algumas letras,
paga-se o preço oferecido.
77
depositados pelos dias que faltam até o encerramento do exercício:
Ns = Cs*ns → são denominados números
N's = C's*n's
Em todos os casos se utilizam a capitalização simples e o ano comercial
(360 dias):
n i
J s Cs i s N s
360 360
CONTA CORRENTE
Somas parciais
Saldo números
Juros
devedores
Saldo credor a
cta nova
78
No quadro anterior se observa a informação que o banco pode nos
fornecer, já que mostra as últimas operações realizadas até 31 de
Dezembro e o saldo para cada período. A partir daqui, deve-se calcular
o resto das colunas para saber os juros gerados pela conta corrente
com juros recíprocos.
Existem duas formas de calcular os números. A primeira é levar cada
quantia ao momento 31 de dezembro e somar os números do deve e
do haver e calcular a diferença, mas este método é mais trabalhoso,
pois deve-se calcular os dias desde o vencimento até a data de
encerramento. A outra forma consiste em multiplicar os saldos pelos
dias que transcorrem entre uma operação e outra; assim, vão sendo
calculados os números por períodos e é mais fácil contar os dias.
Em primeiro lugar calculam-se os dias que transcorrem entre o
vencimento de uma operação e a seguinte, ou seja, no primeiro caso,
de 30 de setembro a 6 de novembro são 37 dias, e assim por diante.
No último caso, como o encerramento do exercício é em 31 de
dezembro, o vencimento é 14 dias depois do encerramento, portanto
os dias são -14.
Uma vez calculados os dias, para calcular os números deve-se
multiplicar os saldos pelos dias e colocá-los no deve ou no haver, de
acordo com onde esteja o saldo, de forma que haverá vários saldos
positivos no deve e um saldo negativo no haver.
Após calcular os números, as somas parciais são as somas das quantias
para comprovar que quantias há no deve e no haver. Em "saldo" se
reflete o saldo real que existe na data de 14 de dezembro e em
"números" se expressam as somas correspondentes.
Uma vez calculadas as somas, o saldo de números reflete qual quantia
deve ser situada nas colunas dos números para igualar ambas as
partes, como se estivesse enquadrando a conta, portanto, para que o
deve e o haver somem o mesmo, o saldo de números que deve ser
refletido é 25.018.800. Estes são os números que são considerados
para calcular os juros com a fórmula expressa anteriormente:
i 0,12
Js Ns 25.018.800 8.340 são os juros ganhos nestes
360 360
meses; para calcular o saldo para o ano seguinte, é preciso compensar
estes juros obtidos com a conta que há no haver: 83.600 - 8.340 =
75.260
Observe abaixo o resumo dos passos realizados. Neste caso, os juros
eram iguais; em caso de haver juros diferentes, tenha cuidado para
não se equivocar na hora de utilizar os juros a aplicar.
Conta Corrente
79
06- N/remessa de 06-
500.000 546.400 0 0
out géneros nov
Juros
8.340
devedores
Saldo credor a
75.260
cta nova
Saldo
01- 31-
anterior a 85.000 85.000
jan dez
seu favor
Sua
25- entrega 26-
41.000 126.000
jan talão jan
nº123
Nossa
13- 13-
fatura em 186.000 60.000
jan fev
1 mês
Seu
28- pagamento 26-
150.000 90.000
fev a nossa fev
conta
80
Sua
21- 21-
entrega 55.000 145.000
mar mar
em efetivo
Nosso giro
17- 30-
a seu 95.000 50.000
mar mar
encargo
Somas
parciais
Juros
devedores
Juros
credores
Saldo
credor a
cta nova
81
dívidas e criado um fundo a favor do cliente (isso ocorre somente na
terceira operação quando em "saldo", a coluna do deve aparece com o
valor 60.000 u.m., graças a este caso, se conseguem juros de 217 u.m.
a favor do cliente). Ao mesmo tempo, para o resto das operações, o
cliente deve dinheiro ao banco ou provedor, o que se traduz em juros
de 220 contra.
Desta forma, depois de descobrir o saldo desta conta em 31 de março
e os juros a favor e contra, pode-se calcular o saldo credor para este
caso:
Saldo em 31 de março - juros a favor do cliente + juros a favor do
banco ou provedor:
50.000 -217 + 220 = 50.003 u.m.
Este caso é muito parecido com o anterior, com exceção da existência
de dois tipos de juros, o que nos obriga a dividir em duas filas os juros
a favor e contra.
No quadro abaixo, vemos todas as células completas com os dados:
CONTA CORRENTE
DI
DAT
CONCEITO D H D H VTO A D H
A
S
82
12.3 Contas Remuneradas
São contas que oferecem tipos de juros altos. As características mais
usuais destas contas são:
- A entidade financeira oferece um tipo de juro nominal que se aplica
sobre o saldo médio da conta. Portanto, deve-se calcular o tipo de juro
efetivo para não incorrer em erros no cálculo das operações.
- O tipo de juro pode ser distinto pela taxa; assim, pode ocorrer que,
até uma determinada taxa se aplique um tipo de juro um pouco
inferior ao aplicado quando se supera esta quantidade; desta forma,
mais fundos ou depósitos serão captados para os empréstimos.
- Em alguns casos se requer um saldo mínimo ou se estabelece uma
franquia de forma a retribuir o tipo combinado pela quantia que se
obtém ao calcular a diferença entre o saldo médio e a franquia. Nesse
caso também se conseguem fundos mínimos para seguir com a
atividade de empréstimos e créditos, pois se consegue captar mais
fundos que a franquia imposta. Ao introduzir a franquia ou o mínimo,
já não se pagam juros pelo saldo médio ou por todo o dinheiro, senão
pela diferença, já que se desconta esta quantidade.
- Por último, pagam-se comissões por apontamentos e manutenção
deste tipo de conta.
As variáveis ou notações utilizadas são as seguintes:
Sm = Saldo médio
Smin = Saldo mínimo
F = Franquia
ik = taxa de juro a aplicar: anual, semestral, mensal,...
t = tempo que dura o investimento
Ca = Comissões por apontamentos
Cm = Comissões por manutenção
S F ik ; S m S min
Juros brutos ( J b ) m
0 em outros caso
Quando a quantia supera o saldo mínimo, então pode-se optar pelo
tipo de juros combinado, senão não será obtido nenhum tipo de
remuneração.
Os juros a calcular podem ser brutos ou líquidos; o bruto foi calculado
anteriormente e o líquido:
Jn = Jb - Ca – Cm
J
Rb b
Sm
Este é o rendimento bruto ou a rentabilidade que se obteria pela
quantia investida.
A rentabilidade líquida (sem considerar os gastos e comissões):
83
J 1 t C a C m
Rn
Sm
Exemplo 12.5: Uma superconta retribui aos 13,5% nominal a partir de
250.000 u.m., tem uma franquia para os primeiros 125.000 u.m. e
abona mensalmente os juros. Se recebe uma comissão de manutenção
de 200 u.m. mensais e de 30 u.m. por apontamento, sendo os dez
primeiros grátis. Se o saldo médio foi de 1.000.000 u.m. e foram
realizados 20 apontamentos, calcule o Juro bruto, o Juro líquido o
Rendimento bruto e o Rendimento líquido.
- Smin = 250.000
- F = 125.000
- Cm = 200/mensais
- Sm = 1.000.000
84
CONTA CORRENTE DE CRÉDITO
Data
Limite: 10.000.000 Liquidação trimestral encerramento:
31/12
01- 01-
Corretagem 25.000 0 125.000 0
out out
04- 04-
Talão 01 4.000.000 0 4.125.000 0
out out
20- 22-
Talão 02 7.000.000 0 11.125.000 0
out out
26- 27-
S/ entrega 0 3.000.000 8.125.000 0
out out
05- 15-
Talão 03 1.875.000 0 10.000.000 0
nov nov
30- 01-
S/ entrega 0 5.000.000 0 1.000.000
nov dez
- Rb = 9.844/1.000.000 = 0,9844%
- Rn = 9.344/1.000.000 = 0,9344%
86
comum quanto aos dias transcorridos e ao cálculo de números ao qual
se refere.
Os únicos aspectos que variam provêm dos tipos de juros a aplicar,
dependendo da existência de tipos distintos ou de uma linha de
crédito com juros por excesso de crédito.
87
TEMA XIII - SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO: AMORTIZAÇÃO
CONSTANTE (SAC), SISTEMA DE AMORTIZAÇAO FRANCÊS
(Tabela de price) e SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO
AMERICANO (SAA).
Objectivos do Tema:
Conhecer tipos de amortizações aplicados no
mercado financeiro.
Dominar os três métodos de amortização.
Saber calcular os valores das prestações em
Objectivos diferentes tipos de amortização.
88
entidade financeira é o mesmo, o que varia é parte correspondente
aos juros. O tipo de juro também costuma ser constante, ou seja:
A1 = A2 = A3= … = An = A
i1= i2= i3=i4 = …= in = i
Se o cliente tem deve devolver todo capital através das cotas de
capital (Amortizações), surge a seguinte igualdade: C = A + A + A +
…+A, então C = n*A.
C
Assim sendo o valor da cota de capital será: A , onde n – números
n
de prestações a pagar; A – Cota de amortização; C – Capital
Exemplo 13.1: Um casal decide comprar uma casa. Para tal, pede um
empréstimo de 45.000.000 u.m. a uma entidade financeira, a entidade
depois de estudar a solvência do casal e comprovar que este cumpre
os requisitos, aceita conceder-lhe o empréstimo, com as seguintes
características:
89
- Duração do empréstimo 5 anos, tipo de juro 6% ao ano
- Acorda-se que o tipo de empréstimo concedido será de capital
constante.
Elabore o quadro de amortização correspondente a este empréstimo.
Resolução
Dados: C = 45.000.000; n = 5; i = 6%
C 45.000.000
A 9.000.000 u.m.
n 5
M 1 1 A 1 9.000.000 9.000.000 u.m.
M 2 2 A 2 9.000.000 18.000.000 u.m.
C1 n 1 A 5 1 9.000.000 36.000.000 u.m.
C 2 n 2 A 5 2 9.000.000 27.000.000 u.m.
....
J 1 C o i 45.000.000 0,06 2.700.000 u.m.
J 2 C1 i 36.000.000 0,06 2.160.000 u.m.
...
a1 A J 1 9.000.000 2.700.000 11.700.000 u.m.
a 2 A J 2 9.000.000 2.160.000 11.160.000 u.m.
90
13.2 Sistema de Amortização
Francês
Este termo se caracteriza por ter alguns termos de amortização
sempre iguais, em todos os períodos se paga a mesma quantia e o tipo
de juro é constante.
Assim, considerando um principal a ser pago nos instantes 1,2,3,....,n,
a uma taxa de juros (expressa na unidade de tempo da periodicidade
dos pagamentos), as prestações sendo constantes constituem uma
sequência uniforme em que cada parcela é indicada por R.
Portanto pode-se calcular o valor da prestação, como sendo:
AC
1 i i
n
1 i n 1
Exemplo 13.2: Um empréstimo no valor de 100.000 u.m. deve ser
liquidado por meio do pagamento de cinco prestações iguais e
mensais, vencendo a primeira 30 dias após a data da contratação, por
meio do sistema Francês de amortização. Sabendo-se que a taxa de
juros compostos cobrada foi de 10% ao mês, pede-se:
a) O valor das prestações a serem pagas;
b) Construir uma tabela demonstrando o estado da dívida e o valor
dos encargos e principal amortizado após o pagamento de cada
prestação.
Resolução
Dados: C = 100.000; n = 5; i = 5% a.m.
a) A C
1 i n i 100.000 1 0,055 i 100.000 0,161051
1 i n 1 1 0,055 1 0,610510
A 100.000 0,263797 26.379,75
Resposta: O valor das prestações é de 26.379,75 u.m.
b) Planilha de Financiamento
n Amortização Juros Prestação Saldo Devedor
0 100.000,00
1 16.379,75 10.000,00 26.379,75 83.620,25
2 18.017,73 8.362,03 26.379,75 65.602,53
3 19.819,50 6.560,25 26.379,75 45.783,03
4 21.801,45 4.578,30 26.379,75 23.981,58
5 23.981,59 2.398,16 26.379,75 0,01
TOTAL 100.000,01 31.898,74 131.898,75 0,00
91
método francês, complete o quadro de amortização.
2. Uma empresa decide solicitar um empréstimo de 35.000.000 a seu
banco habitual por prazo de amortização de 8 anos e com juros de
12% ao ano, crie o quadro de amortizações.
92
13.4 Exercício de Avaliação
1. Uma industria tomou emprestado 2.000.000 u.m., concordando em
saladar o débito em oito pagamentos anuais postecipados a juros
efectivos de 36% a.a. pela tabela price. Calcular:
93
TEMA XIV - METODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E
ANÁLISE DE INVESTIMENTO DE CAPITAL-TAXA INTERNA
DE RETORNO (TIR) E DO VALOR PRESENTE (VPL)
Objectivos do Tema:
n n
Ik CFk Vr
VAL , onde:
k 0 1 i k 0 1 i 1 i n
k k
77.500
207.500 239.001,9 80.133,60
1 0,068
Resposta: nestas condições é viável o investimento, pois tem-se um
VAL positivo igual a 80.133,60.
95
14.3 Taxa Interna de
Rendibilidade - TIR
Depois do critério de VAL, a taxa interna de rendibilidade interna (TIR)
é o método de avaliação de investimentos mais utilizados, sendo de
elevada importância para investimentos que se desconhecem as
condições especificas de financiamento e quando se tem por optar
entre projectos de montantes de investimentos e vidas úteis
diferentes.
Fórmula:
Normalmente, o fluxo de caixa no momento zero (fluxo de caixa
inicial) é representado pelo valor do investimento, ou empréstimo ou
financiamento; os demais fluxos de caixa indicam os valores das
receitas ou prestações devidas.
Nestas condições, a identidade de cálculo da taxa interna de retorno é
n
FCk
identificada da forma seguinte: FC0 ou
k 0 1 i
k
VAL1 i1 i2
TIR i1
VAL2 VAL1
96
d) 8,5%
e) Calcule TIR
97
XV - INFLAÇÃO E CORRECÇÃO
MONETÁRIA
Objectivos do Tema:
98
Se houver em vez de elevação uma queda persistente e contínua de
preços de bens e serviços num certo período, temos a Deflação.
Formulas:
P
- Para Cálculo da taxa de inflação: j t 1 ; onde J – taxa de
Po
inflacção; Pt – Preço actual; Po – preço anterior.
- Para Cálculo da taxa acumulada da inflação:
j ac 1 j1 1 j 2 ... 1 j n 1
Exemplo 15.1: No ano de 2009, o preço de um produto era de 10. Em
2010, o preço do mesmo passou para 12,50. Qual a taxa de inflação do
período?
Resolução
Dados: Pt=12,5; Po=10
P 12,50
j t 1 1 1,25 1 0,25 25%a. p.
Po 10
Resposta: A taxa de inflacção no periodo foi de 25%.
99
15.3 Taxa de Juros Aparente e
Taxa Real
A taxa aparente de juros é aquela adoptada normalmente nas
operações correntes do mercado, incluindo os efeitos inflacionários
previstos para o prazo da operação. Constitui-se, em outras palavras,
numa taxa prefixada de juros, que incorpora as expectativas da
inflação.
Em contexto inflacionário, ainda, devem ser identificadas na taxa
aparente (prefixada) uma parte devida à inflação, e outra definida
como legitima, Real, que reflete “realmente” os juros que foram pagos
ou recebidos.
Em consequência, o tempo real para as operações de Matemática
Financeira denota um resultado apurado livre dos efeitos
inflacionários. Ou seja, quanto se ganhou (ou perdeu)
verdadeiramente, sem a interferência das variações verificadas nos
preços.
Pode se também afirmar que a taxa de juros aparente é aquela que
vigora nas operações correntes.
A taxa aparente quando existe inflação pode ser decomposta em:
- uma parte devida a inflação
- uma parte correspondente aos juros reais.
Fórmulas:
- A relação existente entre as taxas de juros aparente e taxa de juros
1 i
real é dada pela fórmula, 1 r ; onde r – taxa de juro real; i –
1 j
taxa de juro aparente; j – taxa de juro de inflação.
1 i
- Assim sendo, a taxa de juros real é r 1;
1 j
- A taxa de juros aparente é i 1 r 1 j 1
Exemplo 16.3: uma letra de câmbio foi adquirida por 1.000 u.m. em
Dezembro de 20X4 para resgate em Dezembro de 20X5 pela quantia
de 1.350 u.m.
a) Calcule a taxa de juros aparente.
b) Calcule a taxa de juros real, admitindo como taxa de inflação os
índices na tabela abaixo.
Data Índice
Dezembro/20X4 534
Dezembro/20X5 690
100
Resolução
Dados: C = 1000; M = 1.350
a) M C 1 i 1.350 1.000 1 i 1 i
1.350
1.000
i 1,35 1 0,35 35%
Resposta: a taxa aparente é igual a 35% a.a.
1 i 1 0,35
A taxa de juros real é dada por, r 1 1, temos que
1 j 1 j
calcular a taxa de inflação j, recorrendo os dados da tabela teremos:
Pt 690
j 1 1 1,2921
Po 534
Logo,
1 0,35 1,35 1,35
r 1 1 1 1,045 1 0,045 4,5%
1 j 1 1,2921 2,2921
Resposta: a taxa de juros real é de 4,5% ao ano.
101
prefixadas, eliminando-se a taxa real embutida, obtém-se a TR (esta
taxa real é determinada pelas autoridades monetárias e não é um
valor constante para todos os meses, mas sim variável de acordo
com uma série de circunstâncias).
Fórmula:
-Para Calcular a correcção monetária,
CM C C jac C 1 j1 1 j 2 ...1 j n ; CM: Correcção
Resolução
Dados: C = 50.000; j1= 0,94%; j2 = 0,54%; j3 = 0,66%; CM =?
CM C C jac C 1 j1 1 j 2 ...1 j n
50.000 1 0,0094 1 0,0054 1 0,0066
50.000 1,0094 1,0054 1,0066 51.077,44
Resposta: O valor em dívida corrigida é de 51.077,44 u.m.
102
Bibliografia
[1]: ASSAF, A. N. Matemática Financeira esuasaplicações. Atlas.
São Paulo, 2002
[2]: GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 10ª ed,
Pearson, São Paulo, 2004
[3]: HAZZAN, S. e POMPEO, J. N. Matemática Financeira, 5ª ed,
Saraiva, São Paulo 2004.
103