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*Exercícios Físicos no

Controle da Dor*

ARTUR PADÃO GOSLING

Fisioterapeuta / "Dorterapeuta"
Mestre em Ciências / Clínica Médica . UFRJ
Especialista em Fisioterapia Esportiva . SONAFE
Capacitação em Dor . HCFMUSP, CMD-RJ e HSE-RJ
Câmara Técnica em Dor . CREFITO-2
*Exercícios Físicos no
Controle da Dor*

ROTEIRO DOLOROSO

- neurofisiologia e neurociência da dor


- conceitos sobre exercício e dor
- mecanismos e efeitos do exercício no alivio da dor
- prescrição de exercício para o controle da dor
Objetivos

- descrever as bases de estudo da dor

- conhecer conceitos sobre dor e exercício

- conhecer os principais mecanismos de ação e efeitos do


exercício para o alivio da dor

- descrever as principais recomendações sobre o


exercício físico no alivio da dor
1. NEUROFISIOLOGIA E NEUROCIÊNCIA DA DOR

- Terminologias e definições

- - Nocicepção
- - Sensibilização
- - Dor
Epidemiologia

Dor no Brasil
Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (2014)
Estima-se que mais de 60 milhões de brasileiros
tenham dor persistente

População de Salvador - 41.4% dor crônica,


predominância em mulheres, idosos, obesos,
fumantes e ex-fumantes Sá et al, 2008
Epidemiologia

Dor Musculoesqueletica IASP 2010, Smith et al, 2014

Um problema que afeta 33% dos adultos e 40% da


população mundial

Tende a aumentar com a idade, aumenta as


chances de incapacidades funcionais

Um problema para muitos atletas - 2/100


Epidemiologia

Dor Neuropática Van Hecke et al, 2014

6.9 a 10% na população em geral

2 grupos:
- - dor crônica com características neuropáticas
- - dor neuropática associada a condições
específicas.
Epidemiologia

Dor Crônica WHO, 2013

1 em cada 4 pacientes com dor crônica recebem


tratamento adequado

2/3 pacientes com lesões neurológicas


desenvolvem dor crônica
Impacto "doloroso"

Redução:

- funções físicas
- capacidade funcional
- funções psíquica e social
- qualidade de vida
Mata et al, 2011
Impacto "doloroso"

Redução:

- condicionamento físico
- nível de atividades diárias
- prática de esportes
- força e resistência muscular
- controle postural
Verbunt, Smeets e Wittink, 2010
Classificações

* Tempo de duração / Cronicidade IASP - OMS

Dor aguda - até 3 meses


“minha mulher gritando ao longo dos dias”

Dor crônica - acima de 3 meses


“minha mulher reclamando ao longo dos meses"
Classificações

* Origem IASP - OMS

Dor nociceptiva (somática e visceral)

Dor neuropática (periférica e central)

Dor psicogênica
Classificações

* Mecanismo Smart e Doody, 2006

Periféricos - nociceptivo e neuropático

Centrais - neuropático, sensibilização central e


cognitivo afetivo

Associados - motor, neurovegetativo, imunológico,


endócrino metabolico
Classificações

* Tipos de dor crônica Treede et al, 2015

Dor crônica primária


Dor crônica no câncer (dor oncológica)
Dor crônica pós operatória
Dor crônica neuropática
Dor crônica de cabeça e orofacial
Dor crônica visceral
Dor crônica musculoesqueletica
O paciente…

Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014

DOR AGUDA DOR CRÔNICA


TEMPO DE
até 3 meses acima 3 meses
DURAÇÃO

proporcionais com desproporcionais com


SINTOMAS
causa e efeito causa e efeito

medo e evitação medo e evitação


COMPORTAMENTO esperados excessivos
proteção biológica proteção excessiva
limitações
desproporção
proporcionais
EXAME FÍSICO incapacidade não
incapacidade
esperada
esperada
Conceitos e definições

Taxonomia / Terminologia da dor Merskey e Bogduk,


1994; IASP Terminology 2015

DOR
SENSIBILIZAÇÃO
HIPERALGESIA
ALODINIA
TOLERÂNCIA
LIMIAR
NOCICEPÇÃO
DOR NEUROPÁTICA
Neuro Ciência / Fisiologia

DETECÇÃO ALARME RESPOSTA

NOCICEPÇÃO SENSIBILIZAÇÃO DOR


Neuro Ciência / Fisiologia

DETECÇÃO ALARME RESPOSTA

NOCICEPÇÃO SENSIBILIZAÇÃO DOR


Neuro Ciência / Fisiologia

* NOCICEPÇÃO

“processo neural de codificação de estímulos


nocivos”

= sistema de identificação de estímulos


potencialmente perigosos (nocivos) ao corpo
= proteção contra eventos lesivos

Merskey e Bogduk, 1994; IASP Terminology 2015


Neuro Ciência / Fisiologia

NOCICEPÇÃO

Moseley e Butler, 2003 Modelo de Loeser, 1982


Neuro Ciência / Fisiologia

NOCICEPÇÃO Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014


Neuro Ciência / Fisiologia

DETECÇÃO ALARME RESPOSTA

NOCICEPÇÃO SENSIBILIZAÇÃO DOR


Neuro Ciência / Fisiologia

* SENSIBILIZAÇÃO

“aumento da capacidade de reposta dos neurônios


nociceptivos a sua entrada normal e/ou
recrutamento de uma resposta a entradas
normalmente supraliminares”

= sinal de alerta ou alarme


= sirene barulhenta

Merskey e Bogduk, 1994; IASP Terminology 2015


Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO

PERIFÉRICA)) CENTRAL)
Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO periférica

Gosling, Chagas e Périssé, 2012


Neuro Ciência / Fisiologia
sensibilização nociceptiva nociceptores periféricos ficam sensibilizados

estímulos de menor intensidade passam a


redução do limiar da dor
sensibilizar o sistema nervoso e provocar dor
segundo momento de liberação de
inflamação neurogênica
neurotransmissores, via nervo periférico
ativação receptores
ativação de nociceptores longe do local da lesão
silentes
dores em choque provocadas por lesão no sistema
descargas ectópicas
nervoso, como um “fio sem capa”
aumento inervação conexão neuroplástica do SN simpático no local da
simpática lesão, liberando substâncias sensibilizantes
dor provocada por um estímulo que normalmente
* HIPERALGESIA
provoca dor
dor provocada por um estímulo que normalmente não
* ALODINIA
provoca dor. ex. vento, toque na pele
Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO periférica

Clinicamente, como identificar?

1. sinais clássicos de inflamação local


2. sensibilidade aumentada a estímulos no local e a
distância (ex. movimento, calor, frio)
3. hiperalgesia e alodinia
4. restrições de movimento e carga
5. redução do limiar e tolerância a dor
Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014
Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO central

um sistema…

# NERVOSO - - tenso
# MEDROSO - - ameaçado
# ALERTA - - vigilante
# SENSÍVEL - - intolerante e fresco
# POTENCIALMENTE DOLORIDO - - protegido
# CHILIQUENTO - - atacado
Neuro Ciência / Fisiologia
wind up / somação
aumento da dor por estímulos repetitivos acomulados
temporal
aumento dos campos ativação de mais neurônios que participam da
receptivos sensibilização, amplificando a área de dor
liberação de
neurotransmissores excitatórios
neurotransmissores
devido ao glutamato, permitem a abertura de canais
ativação receptores NMDA
iônicos na membrana celular

alterações fenotípicas mudanças nas expressões genéticas

alterações de segundo redução da produção de neurotransmissores


mensageiro inibitórios
perda da capacidade de ativação do sistema
desinibição
modulatório inibitório descendente

modificações corticais mudanças na estrutura e função do cérebro


Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO central

Clinicamente, como identificar?

1. sensibilidade excessiva: barulho, cheiro, luz


2. desproporção entre exame subjetivo e objetivo
3. distribuição irregular da dor
4. intolerância ao movimento (sem inflamação)
5. hiperalgesia e alodinia
6. redução do limiar e tolerância a dor
Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014
Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO + localização dos sintomas

IASP, 2010; Graven-Nielsen e Arendt-Nielsen, 2010; Smith et al, 2014


Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO - - dor localizada


Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO - - dor regional


Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO - - dor generalizada


Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO - - ex. de progressão

pouco sensível
Pouco%sensível% muito sensível
Muito%sensível%
Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO + localização dos sintomas

local% Regional% Generalizada%


Neuro Ciência / Fisiologia

SENSIBILIZAÇÃO + localização dos sintomas

Habituação
Pouco%sensível% Sensibilização
Muito%sensível%
Neuro Ciência / Fisiologia

DETECÇÃO ALARME RESPOSTA

NOCICEPÇÃO SENSIBILIZAÇÃO DOR


Neuro Ciência / Fisiologia

* DOR - definição clássica e dimensões

Sensi&vo)Discrimina&va) Afe&va)Mo&vacional)

“!Experiência!!SENSITIVA!!!e!!!EMOCIONAL!!desagradável,!
Risco)Percebido)

associada!a!uma!lesão!tecidual!REAL!ou!POTENCIAL,!ou!

DESCRITA!EM!TERMOS!DE!TAL!LESÃO !
Cogni&vo)Avalia&va)
Merskey e Bogduk, 1994; IASP Terminology 2015
Neuro Ciência / Fisiologia

Processamento da dor = cortical


Neuro Ciência / Fisiologia

Processamento da dor = "Neurotags"


amplitudes Temperatura
força muscular SENSAÇÕES&& barulho
controle motor luz
coordenação cheiro / gosto
tempo reação
posturas
NEURO&
MOVIMENTO& MEMÓRIA&

MATRIZ&
alegria
tristeza
irritação eventos passados
EMOÇÕES&
humor traumas
estresse situações dolorosas
Neuro Ciência / Fisiologia

SISTEMAS DE RESPOSTA (além da DOR)

sistemas que entram em atividade para nos


proteger contra possíveis ameaças, produzindo
respostas diversas.
SYMPATHETIC NERVOUS SYSTEM
increase heart rate, mobilise energy
stores, increase vigilance, sweat

MOTOR SYSTEM

! run away, fight, protect damaged area

!
!!
ENDOCRINE SYSTEM
mobilise energy stores, reduce gut
and reproductive activity

!
!
!
PAIN PRODUCTION SYSTEM
motivate to escape and seek
help, attract attention

IMMUNE SYSTEM
later: fight invaders, sensitise
neurones, produce fever, make sleepy
to promote healing

Butler e Moseley, 2003 PARASYMPATHETIC SYSTEM


later: nourish cells, heal tissue
Butler!e!Moseley,!2003!
Neuro Ciência / Fisiologia

DETECÇÃO ALARME RESPOSTA

NOCICEPÇÃO SENSIBILIZAÇÃO DOR


Neuro Ciência / Fisiologia

Porque a dor não melhora?

Porque os tratamentos não funcionam?

O sistema nervoso não desliga os alarmes


Cronificação
sensibilização sensibilização
sensibilização sensibilização sensibilização
sensibilização sensibilização sensibilização sensibilização
sensibilização
nocicepção
nocicepção nocicepção nocicepção

1 2 3 4 5

dor dor dor dor dor dor


dor dor dor dor
dor dor dor
Cronificação

Modelo Biopsicossocial
BIO PSICO SOCIAL
ansiedade
lesão litígio
depressão
doença ambientes
estresse
patologia trabalho
catastrofização
condição física religião
hipervigilância
incapacidade cultura
ganhos secundários
fadiga relações sociais
personalidade
genética finanças
crenças
sono etinia
expectativas
deformidades familia
comportamentos
postura rotina
medo e evitação
ergonomia
cinesiofobia
Cronificação
Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014
Mecanismos neuroplásticos
Mais Agudo Mais Crônico

1 mês 2 meses 3 meses

SENSIBILIZAÇÃO PERIFÉRICA SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL

Mudanças adaptativas – reversíveis Mudanças patológicas – reversíveis??

Sensibilização nociceptiva Wind up e potenciação de longa duração


Redução do limiar doloroso Aumento dos campos receptivos CPME
Inflamação neurogênica Liberação de neurotransmissores
Ativação de receptores silentes Ativação dos receptores NMDA
Descargas ectópicas Alterações fenotípicas
Aumento da inervação simpática Ativação das vias dos segundos mensageiros
Alodínia Desinibição do sistema supressor
Hiperalgesia primária Reorganização cortical
Alodínia e hiperalgesia secundária
ÁREAS DO SNC, SUAS FUNÇÕES E ASSOCIAÇÕES COm A DOR AGUDA E CRÔNICA
ÁREA FUNÇÃO DOR CRÔNICA

pecepção da dor.
2 Ínsula Julgamento da sensação dolorosa e Hiperatividade.
reações emocionais.
Amígdala Hipoatividade na dor e hiperatividade no
emocionais, da dor e do medo. medo.
4 Preparo, organização e execução do Aumento do tempo de reação, diminuição
pré-motor movimento.
5
cortical, aumento da dor.
Giro do cíngulo Antecipação da dor e respostas cognitivas, Hiperatividade.
anterior motoras e de atenção.
7 Tálamo e hipotálamo Organização, recepção e transmissão da

estresse, autonômicas e motivação.


8 Cerebelo Cognição e movimento. Respostas cognitivas, emocionais e
motoras.
9 Hipocampo Hiperatividade.
Corno posterior Transmissão e modulação aos centros Hiperatividade no corno posterior.
da medula superiores.
Fonte:
Cronificação

Sensibilização persistente Butler e Moseley, 2003

central

periférica
Cronificação

Memória Dolorosa (aprendizado)

excesso de disparo estímulo - resposta comport. - resposta

sensibilização condicionamento condicionamento


clássico operante
Cronificação

Memória Dolorosa

"Hipótese da Imprecisão Cortical"


Moseley e Vlaeyen, 2014
Cronificação

Memória Dolorosa (trânsito e pedestres)

imprecisão)/)incoordenação) Precisão)/)Coordenação)
Aonde estão os Alarmes?
Smart, 2011

CLASSIFICAÇÃO BASEADA EM MECANISMOS

NEUROPÁTICA SENSIBILIZAÇÃO
NOCICEPTIVA
PERIFÉRICA CENTRAL

história de lesão
dor localizada desproporção
ou doença SN
mecânica distribuição
neuroanatômica
proporcional irregular da dor
sinais P ou N
resposta antálgica hipersensibilidade
teste diagnóstico

SN Periférico SN Central
*DOR NEUROPÁTICA - dor provocada por lesão ou
doença no SN somatosensorial
Aonde estão os Alarmes?

Smart e Doody, 2006; Smart, 2011

hormônios

lesão cognitivo lesão SC


lesão
ME afetivo SNC
SNP imuno motor

atividade sono
visceral
neuro
estresse vegetativo
Aonde estão os Alarmes?

Smart e Doody, 2006

hormônios

lesão cognitivo lesão SC


lesão
ME afetivo SNC
SNP imuno motor

atividade sono
visceral
neuro
estresse vegetativo
RESUMO - PARTE 1

- conceitos gerais sobre a dor


- diferenças entre dor aguda e crônica
- termos - nocicepção, sensibilização, dor, alodinia,
hiperalgesia e dor neuropática
- mecanismos de cronificação
- alertas de persistência da dor
2. CONCEITOS SOBRE EXERCÍCIO E DOR

- Definição de exercício e atividade


- Exercício e saúde geral
- Modelos de exercício
- Barreiras potenciais
- Benefícios
Exercício X Atividade
Planejamento! Qualquer uma!
Exercício alivia a dor!

Melhora do
sono

Alívio da Diminuição
dor do estresse

Exercício
Diminuição
da
ansiedade
Físico Melhora da
memória

Melhora da
Aumento
eficiência
da
de
socialização
movimento
Exercício alivia a dor!

Analgesia

preferências
capacidade física
efeito efeito habilidades
curto prazo longo prazo ADESÃO
Exercício alivia a dor!

* autonomia

* auto eficácia

* motivação

* modificação de hábitos

* bem estar e satisfação


Tipos de exercícios

Natação Musculação Hidroginástica Alongamento


Futebol Treinamento Hidroterapia Yoga
Voleibol funcional Pilates Surf
Basquete Futivolei Lev Olímpico Stand Up
Tênis Frescobol Ginástica McKenzie
Ciclismo Rugby Remo Funcionais
Slack Line Peteca Patins / Skate Ativos
Cross Fit Corrida Mergulho Passivos
NOMES
TIPO FUNÇÃO INTENSIDADE VOLUME
CONHECIDOS

o exercício alivia a dor!


resistência a
força
resistência
muscular
carga leve a
moderada
muitas
repetições
pilates
core training
poucas musculação
força pura força muscular carga pesada power lifting
repetições
condic. cardio spinning
aeróbico carga baixa longa duração
pulmonar transport
mobilidade repetitivo isostretching
flexibilidade variável sustentado
comprimento SGA
cognitivo estabilização
controle motor motor ? repetitivo segmentar
pliometria aceleração
elevada curta duração cross fit
HIIT desaceleração
imagética cognitivo lateralidade
? repetitivo
motora gradual motor caixa espelho
cognitivo EMG
biofeedback motor ? repetitivo PBU
movimentos ativos, ativos repetitivo mckenzie
variável
gerais assistidos sustentado cinesioterapia
COGNITIVO MUSC-ESQ CARDIO-VASC

BIOFEEDBACK `
RESISTÊNCIA

AERÓBICO

FLEXIBILIDADE

FORÇA

CONTROLE
MOTOR

PLIOMETRIA

INTERVALADO
"HIIT"
MOVIMENTOS
GERAIS
COGNITIVO MUSC-ESQ CARDIO-VASC

o exercício
BIOFEEDBACK X X X alivia a Xdor!
X X

RESISTÊNCIA X XXX XX

AERÓBICO X XX XXX

FLEXIBILIDADE X XXX XX

FORÇA X XXX XX

CONTROLE
XXX XX X
MOTOR

PLIOMETRIA X XX XXX

INTERVALADO
X XX XXX
"HIIT"
MOVIMENTOS
XX XXX X
GERAIS
Barreiras potenciais
Kroll, 2015
PACIENTE AMBIENTE PROFISSIONAL

DOR
SENSIBILIZAÇÃO
ACESSO
MODULAÇÃO BIOMÉDICO
LOCAL
MEDO E EVITAÇÃO ORIENTAÇÕES
FALTA DE TEMPO
CINESIOFOBIA SUPERVISÃO
FALTA DE SUPORTE
CRENÇAS COMUNICAÇÃO
DIVERGÊNCIAS
DISFUNCIONAIS
DEPRESSÃO
ANSIEDADE
Benefícios e o alivio
Kroll, 2015
* correção específica de disfunções (ex.)
- controle motor
- amplitude de movimento

* redução das incapacidades (ganho de função)

* aumento da participação em atividades e social

* controle da dor

* benefícios a saúde
RESUMO - PARTE 2

- o exercício sempre é planejado


- é saúde para as pessoas
- diversos modelos
- funções específicas ou múltiplas
- barreiras potenciais
- benefícios e o alivio da dor
3. MECANISMOS E EFEITOS DO EXERCÍCIO NO
CONTROLE DA DOR

- mecanismos e efeitos
- avaliando os efeitos
Como funciona?

em pessoas "saudáveis" Jones et al, 2014

Ex. exercício aeróbico aumenta a *tolerância a dor!


medida: *limiar de dor a pressão (algometria)
tipo: aeróbico - bicicleta
dose: moderada a intensa (+70%VO2)
volume: 3 x semana - 6 semanas

*LIMIAR - mínimo de estímulo capaz de produzir dor


*TOLERÊNCIA - máximo de dor suportável
Como funciona?

Conheça os efeitos das intervenções

efeito "cazuza"
efeito “me engana que eu gosto”
efeito “bate que eu gamo”
efeito “me irrita que eu curto”
efeito “quando acaba a gente quer de novo"
efeito “tudo posso na kelly key me fortalece"

efeito “papaléguas” …..


efeito “duracell" ………………….
Como funciona?

conheça os mecanismos e efeitos:

- neurofisiológicos
- hormonais
- musculoesqueleticos
- psicofisiologicos

Sluka, 2009; Souza, 2009; Swain et al, 2012; Naugle et al, 2012; Gosling, 2013;
Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014; Nijs et al, 2014; Daenen et al, 2015
Como funciona?

efeitos neurofisiológicos

PERIFÉRICOS *

Ativação de fibras A beta


Inibição competitiva
Inibição de fibras C e A delta

Redução da carga sobre tecidos


Remoção de irritantes
Correção biomecânica
mecânicos
Controle do movimento
Substâncias algiogênicas
Remoção de irritantes
Inflamação neurogênica
químicos
Edema
Como funciona?

efeitos neurofisiológicos

PERIFÉRICOS *
inibição competitiva
Como funciona?
Remoção!de! A#vação!de! Remoção!de!
irritantes! receptores! irritantes!
mecânicos! opióides!perifércos! químicos!

!!A#vação!nocicep#va!ou!sensibilização! !
!
! A#vação!
!!Entrada!de!es7mulos!na!medula!
!!A#vação! descendente!
excitatória!!
! facilitadora!!!
!
! !!A#vação!CPME!ou!sensibilização! !
!
"!A#vação! !
"!A#vação!
inibitória!! descendente!
! !!Entrada!nos!centros!cerebrais!superiores! inibitória!!
! !
!!Dor!! !
Sluka,!2009!

Sluka, 2009; Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014


Como funciona?
Remoção!de! A#vação!de! Remoção!de!
irritantes! receptores! irritantes!
mecânicos! opióides!perifércos! químicos!

!!A#vação!nocicep#va!ou!sensibilização! !
!
! Força
A#vação!
!!Entrada!de!es7mulos!na!medula!
!!A#vação! Aeróbico
descendente!
excitatória!!
! facilitadora!!!
HIIT!
! !!A#vação!CPME!ou!sensibilização! !
!
"!A#vação! Subaquático
!
"!A#vação!
inibitória!! descendente!
! !!Entrada!nos!centros!cerebrais!superiores! inibitória!!
! !
!!Dor!! !
Sluka,!2009!

Sluka, 2009; Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014


Como funciona?
Remoção!de! A#vação!de! Remoção!de!
irritantes! receptores! irritantes!
mecânicos! opióides!perifércos! químicos!

!!A#vação!nocicep#va!ou!sensibilização! !
!
Controle motor ! A#vação!
!!Entrada!de!es7mulos!na!medula!
!!A#vação! descendente!
Força
excitatória!!
! facilitadora!!!
!
Alongamento
! !!A#vação!CPME!ou!sensibilização! !
!
"!A#vação! !
"!A#vação!
Subqaquático
inibitória!! descendente!
! !!Entrada!nos!centros!cerebrais!superiores! inibitória!!
! !
!!Dor!! !
Sluka,!2009!

Sluka, 2009; Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014


Como funciona?

efeitos neurofisiológicos

CENTRAIS *
Entrada de estímulos da fibra A beta
Corno Posterior da
Teoria das comportas
Medula Espinha
“Filtrar” a entrada nociceptiva
Ativação de neurônios inibitórios
Sistema Supressor
Redução da sensibilização
Endógeno
Redução da excitação neuronal
Modulação
Supra Medular
Reorganização cortical
Cortical
Neuromatriz dolorosa
Como funciona?

efeitos neurofisiológicos

CENTRAIS *
Entrada de estímulos da fibra A beta
Corno Posterior da
Teoria das comportas
Medula Espinha
“Filtrar” a entrada nociceptiva

Ex. Sistema Ativação de neurônios inibitórios


musculoesquelético
Sistema Supressor
Redução da sensibilização
Endógeno
Redução da excitação neuronal
Modulação
Supra Medular
Reorganização cortical
Cortical
Neuromatriz dolorosa
Como funciona?

efeitos neurofisiológicos

CENTRAIS * Souza, 2009


Entrada de estímulos da fibra A beta
Corno Posterior da
Teoria das comportas
Medula Espinha
“Filtrar” a entrada nociceptiva
Ativação de neurônios inibitórios
Sistema Supressor
Entrada de estímulos da fibra A beta Redução da sensibilização
Endógeno
Teoria das comportas Redução da excitação neuronal
“Filtrar” a entrada nociceptiva
Modulação
Supra Medular
Ativação de neurônios inibitórios Reorganização cortical
Cortical
Redução da sensibilização Neuromatriz dolorosa
Redução da excitação neuronal
Como funciona?
Corno Posterior da
Medula Espinha

efeitos neurofisiológicos Sistema Supressor


Endógeno
CENTRAIS *
Supra Medular
Cortical

FORTALECIMENTO AERÓBICO FUNCIONAL - HIIT


dopamina endorfina catecolamina
catecolamina cortisol
adrenalina noradrenalina
serotonina
Como funciona?
Corno Posterior da
Medula Espinha

efeitos neurofisiológicos Sistema Supressor


Endógeno
CENTRAIS *
Supra Medular
Cortical

FLEXIBILIDADE CONTROLE NM
circulação local acetilcolina
Como funciona?

efeitos neurofisiológicos

CENTRAIS *
supra medular
Como funciona?

efeitos neurofisiológicos

CENTRAIS *
supra medular
Como funciona?

efeitos neurofisiológicos

CENTRAIS *
mudanças neuroplásticas

- - exercício aeróbico . 30'


- - fortalecimento muscular . 4 a 8 semanas
- - treinamento de habilidades motoras . semanas
- - treinamento comportamental . imediato
- - controle neuromuscular . ?
- - metabólico . ?
Como funciona?

efeitos neurofisiológicos EXERCÍCIOS


COGNTIVOS
CENTRAIS *
organizando o sistema motor / "imprecisão"

- - controle motor
- - coordenação motora
- - lateralidade
- - dominância muscular
- - tempo de reação
Como funciona?

efeitos hormonais
GH
Adrenalina
Cortisol EXERCÍCIO
Estrogênio FÍSICO
Progesterona
Testosterona
Como funciona?

efeitos hormonais

hormônios dor crônica treino cardio treino força

estímulos curtos intensidade mod-alt


GH reduzido
volume mod-alt volume alto
estímulos curtos intensidade mod-alt
cortisol aumentado
intensidade mod-alt volume alto
intensidade intensidade mod-alt
catecolaminas aumentado
50-60% VO2 máx volume alto
endorfinas e intensidade mod-alt
reduzido ?
serotonina volume alto
Como funciona?

efeitos musculoesqueléticos

As adaptações são similares, quanto mais estímulo


mais adaptação ocorre.

educação treinamento barreiras


Como funciona?

efeitos musculoesqueléticos

As adaptações são similares, quanto mais estímulo


mais adaptação ocorre.

- - comprimento muscular
- - resistência e força muscular
- - controle motor
- - absorção / distribuição de carga
Como funciona?

efeitos psicofisiologicos

sensação prazeirosa / euforia

autonomia / auto eficácia

motivação

bem estar e satisfação

independência funcional
Como funciona?

efeitos psicofisiologicos

medo de se movimentar / exercitar

evitação de atividades

crenças disfuncionais

vulnerabilidade / risco

piora dos sintomas


Avaliando os efeitos

Regularmente usamos um conjunto de testes e


funções neuromusculoesqueleticas

- Amplitude de movimento / Mobilidade


- Comprimento muscular
- Controle motor
-Força e Resistência muscular
- Testes neurodinâmicos
- Estabilidade articular
- “Postura"
Avaliando os efeitos

Regularmente também olhamos para as


características da dor

- Intensidade
- Fatores de melhora
- Fatores de piora
- Resultados em exames complementares
Avaliando os efeitos

Sugestão: olhar para os efeitos "ignorados"


Ex. Neurofisiologico

Sensibilização - distribuição da dor, frequência, áreas


de hiperalgesia, alodinia
Avaliando os efeitos

Sugestão: olhar para os efeitos "ignorados"


Ex. Funcionais

Qualidade do sono, atividade x imobilismo


incapacidade associada a dor, fadiga
Avaliando os efeitos

Sugestão: olhar para outros efeitos "ignorados"


Ex. Psicofisiologico
comportamentos disfuncionais: hipervigilância,
medo e evitação, cinesiofobia, repouso excessivo,
Avaliando os efeitos

Sensibilização do Sistema - Alertas Ligados!

Limiares de dor em locais longe do local da dor


Sensibilidade (no local e à distância)
- - toque manual
- - vibração (diapasão 128Hz)
- - calor e frio
- - durante e após exercício físico
Sensação final de amplitude articular
Teste neurodinâmico do plexo braquial
Nijs, Van Houdenhove e Oostendorp, 2010
Avaliando os efeitos

Sensibilização do Sistema - Alertas Ligados!

- Inventário de Sensibilização Central (CSI)


em processo de validação

- Manobra de Pinçamento-Rolamento

- Exame de sensibilidade superficial


agulha (hiperpatia)
pincel e escova fina (hiperalgesia e alodinia)
estesiômetro
Quem irá se beneficiar?

1. paciente com dor aguda


traumatismos, lesões musculoesqueléticas

2. paciente com dor crônica inespecífica


lombalgia e cervicalgia crônica

3. pacientes com síndromes dolorosas


dor neuropática
SCDR
“fibromialgia"
disfunções de ATM Nijs et al, 2014, Nijs et al, 2015
Quem irá se beneficiar?

1. paciente com dor aguda


traumatismos, lesões musculoesqueléticas

recuperação funcional
dentro do tempo
esperado para
cicatrização tecidual
Quem irá se beneficiar?

2. paciente com dor crônica inespecífica


lombalgia e cervicalgia crônica

sensibilização do SN
- nervoso
- sensível
- amedrontado
- tenso
- ansioso
- chiliquento
Quem irá se beneficiar?

2. paciente com dor crônica inespecífica


lombalgia e cervicalgia crônica

sensibilização do SN
Quem irá se beneficiar?

3. pacientes com síndromes dolorosas


lombalgia e cervicalgia crônica

- dor neuropática
- SCDR
- “fibromialgia”
- disfunções de ATM
RESUMO - PARTE 3

- múltiplos mecanismos e efeitos


- redução da sensibilização
- liberação de substâncias analgésicas
- reorganização neuroplástica
- efeitos psicofisiologicos
- avaliando outros efeitos
- beneficios a grupos específicos
4. PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA O
CONTROLE DA DOR

- Dor aguda X dor crônica


- Princípios da prescrição
- Modelos gerais
- Recomendações gerais
- Modelo cognitivo comportamental
Como prescrever?

NÍVEL DE ATIVIDADE PARA A SAÚDE WHO, 2010

OMS - exercícios para a promoção da saúde

Tempo Dose Volume Tipos

Criança 60 min / Moderado a Força Exercícios e


5-17 anos semana intenso 3 x semana lúdicos
Adulto 150-300 Moderado a Força min Atividades e
18-64 anos min /semana intenso 2 x semana exercícios
Idosos 150-300 Moderado a Força min Atividades e
Acima 65 min / semana intenso 2 x semana exercícios
DOR AGUDA DOR CRÔNICA

o exercício alivia a dor!


BIOFEEDBACK

RESISTÊNCIA

AERÓBICO

FLEXIBILIDADE

FORÇA

CONTROLE MOTOR

PLIOMETRIA

INTERVALADO
"HIIT"

MOVIMENTOS GERAIS
DOR AGUDA DOR CRÔNICA

o exercício alivia
BIOFEEDBACK X a dor! X

RESISTÊNCIA X X

AERÓBICO -- X

FLEXIBILIDADE X X

FORÇA -- X

CONTROLE MOTOR X X

PLIOMETRIA -- ?

INTERVALADO
-- ?
"HIIT"

MOVIMENTOS GERAIS X X
Como prescrever?

DOR AGUDA Werneke et al, 2011


NOCICEPÇÃO

Ex. dor lombar (preferência direcional)


"centralização ou periferalização" dos sintomas
Como prescrever?

DOR AGUDA Mattacola e Dwyer, 2002; Lin, Hiller e Bie, 2010

Ex. torção de tornozelo (recuperação funcional)


Mobilização ativa precoce

Hidroterapia
NOCICEPÇÃO S. PERIFÉRICA
Movimentos ativos
Alongamentos
Resistência muscular FUNÇÃO
Controle motor
Como prescrever?

DOR CRÔNICA Nijs et al, 2012

Diretrizes sugeridas
- deve ser divertido e não um fardo
- direcionado as necessidades do paciente
- cuidado com exercícios excêntrico (dor tardia)
- inclua exercícios de regiões não dolorosas
- atenção a piora dos sintomas
- tempo-contingência e linha de base
- incialmente menos é mais
- tempo de recuperação prolongado e intervalos
- modifique o tipo de exercício se os sintomas não mudam
- o aumento dos sintomas é esperado no inicio
Como prescrever?

DOR CRÔNICA Nijs et al, 2015

1 Tempo de contingência / A dor não determina o número de repetições ou


pacing duração
2 Metas Definidas pelo paciente, definem o programa
3 Percepções sobre o exercício Ex. Dor após, aumento da tensão, fadiga, riscos
4 Imagética motora Para a progressão ou dificuldades
5 Medo do movimento Discutir o risco e segurança dos exercícios,
exposição gradual
6 Use o estresse Progredir sob condições de estresse
Como prescrever?

Habituação Sensibilização
Pouco%sensível% Muito%sensível%
Como prescrever?

Habituação Sensibilização
Pouco%sensível% Muito%sensível%

leve moderada intensa


intensa leve

dose
Souza, 2009; Swain et al, 2012; Naugle et al, 2012; Gosling, 2013;
Gosling, Suassuna e Nascimento, 2014; Nijs et al, 2014; Daenen et al, 2015
TIPO INTENSIDADE VOLUME EFEITO
adaptação musc esq
o exercício
moderada aalivia
resistência a força alta a dor! alto / moderada a
longa duração
função motora cortical
anti-nocicepção
plasticidade neural
força pura moderada a alta alto / curta duração dopamina

longa duração plasticidade neural


aeróbico moderada a alta endorfina
+70%VO2
repetitivo adaptação musc esq
flexibilidade variável sustentado local circulatório

moderada a longa plasticidade neural


controle motor baixa função motora cortical
duração cognição
pliometria baixo / curta analg induzida estresse
alta efeitos metabólicos
HIIT duração noradrenalina / serotonina
imagética motora moderada a longa plasticidade neural
baixa função motora cortical
gradual duração cognição
moderada a longa plasticidade neural
biofeedback variável função motora cortical
duração cognição
repetitivo adaptação musc esq
movimentos gerais variável função motora cortical
sustentado anti-nocicepção
Estratégias TCC

Estratégias cognitivo comportamentais

Modificar: crenças disfuncionais, comportamentos


indesejados e pensamentos negativos

Incentivar: ganho de função,


atitudes positivas e o
enfrentamento eficaz
Estratégias TCC

*MEDO X ANSIEDADE

MEDO% ANSIEDADE%
Fonte&certa&(ameaça)& Fonte&incerta&(ameaça)&
Comportamentos& Comportamento&
protetores& antecipado&
Luta&& Hipervigilância&
Fuga& Catastrofização&&
Re5rada& Evitação&&
Avaliação

*CINESIOFOBIA
Estratégias TCC

*COMPORTAMENTO DOLOROSO

1.#Expressões#não#verbais# 4.#Inquietação#
2.#Expressões#verbais# 5.#Uso#de#órteses#
3.#Expressões#faciais# 6.#hipervigilância#
Estratégias TCC

Estratégias cognitivo comportamentais

* estabelecer metas
* educação em dor
* hierarquia gradual
* atividade / exposição gradual
* exposição ao vivo
* pacing (gradação da atividade)
Estratégias TCC

Estratégias cognitivo comportamentais


* Estabelecer metas realistas

Realistas Utópicas

controle da dor cura da dor

aumentar as funções ser como antes

reduzir o estresse resolver o problema

melhorar os movimentos ?
Estratégias TCC

Estabelecer metas realistas


Ex. paciente com cirurgia de correção de escoliose
há 3 anos, com dor lombar incapacitante
Meta 1 - reduzir as incapacidades (Oswestry 68%)
aumentar as funções e reduzir Oswestry - 40% - 4 meses

Meta 2 - estabilizar os sintomas


minimizar os altos e baixos - 2 meses

Meta 3 - reduzir os alarmes do sistema nervoso


“cutucar a cobra com vara longa” - 1 mês
Estratégias TCC

Educação em Dor Louw et al, 2011; Dolphens et al, 2014


Estratégias TCC

Educação em Dor

* Relação com o exercício físico*

- crenças sobre medo e evitação


“não posso mais correr por causa da minha hérnia”

- crenças sobre dor e lesão


“a dor indica que existe algo machucado no meu pé”

- crenças de baixa auto-eficácia


“não tenho mais condições de realizar exercícios"
Estratégias TCC

Educação em Dor

Modelos atuais:

- biomecânica e anatomia (escola de coluna)


- neurofisiológica e neurocientífica (moderno)
- “metáforas e gírias” (popular)
Estratégias TCC

Educação em Dor

biomecânica e anatomia

Escola de coluna

explicar a fisiologia e
patologia da coluna

cuidado com as palavras usadas


Estratégias TCC

Educação em Dor

neurofisiológica e neurocientífica

Nocicepção
Sensibilização
Sistemas de alerta
Neurônios
Cérebro e dor
modulação
Estratégias TCC

Educação em Dor

metáforas e gírias
cutucar a cobra / onça

vara curta AMEAÇA

vara média AMEAÇA

vara longa AMEAÇA


Estratégias TCC

Educação em Dor

metáforas e gírias
Ex. paciente 10 min andando sente dor

Provocador - - força a barra


(produz dor sem necessidade)
Evitador - - não se expõe
(produz dor para proteção)
Ambos estão em alerta!
Estratégias TCC

Educação em Dor

sugestões para os pacientes:

- conhecer e testar os limites funcionais


- o exercício pode provocar dor
- exercício tem efeito “duracell" e “papaléguas"
- aprenda a cutucar a cobra / onça (com respeito)
(minimiza os alarmes)
- dor "estável" é melhor do que altos e baixos
(significa redução da sensibilização)
Estratégias TCC

Hierarquia gradual

Estratégia que permite a compreensão das atividades


associadas a dor, medo e evitação ou incapacidade
* determinar as atividades
* organizar as atividades de forma gradual
* definir qual a atividade da exposição
* “mandar brasa” - exposição gradual ou ao vivo

Macedo et al, 2010; George et al, 2011


Estratégias TCC

Hierarquia gradual

Ex. paciente com dor no joelho


Deitar de barriga para baixo
Subir escadas
Descer escadas
Correr / Sentar
Ajoelhar no chão
Levantar do chão
Agachar
Pular
Estratégias TCC

Hierarquia gradual
Estratégias TCC

Hierarquia gradual Trost, France e Thomas, 2009

Adaptação para a escala PHODA


Photograph Series of Daily Activities
Estratégias TCC

Hierarquia gradual: Macedo et al, 2010; George et al, 2011


Exposição Gradual ou Ao Vivo?

gradual
ao vivo
Estratégias TCC

Exposição gradual

estratégia que permite a progressão segura de exercícios


ou atividades

Fácil - - - - - - - > Difícil


Simples - - - - - > Complexo
Leve - - - - - - - - >Intenso
Estratégias TCC

Exposição gradual
Estratégias TCC

Exposição gradual

Passiva$
100%$ 80%$ 60%$ 40%$ 20%$ 0%$
Semanas$
0%$ 20%$ 40%$ 60%$ 80%$ 100%$
A/va$
Estratégias TCC

Exposição gradual Butler e Moseley, 2003

Imagética Motora Gradual

Lateralidade Imagética Espelho


Estratégias TCC

Gradação da atividade (pacing) Murphy e Kratz, 2014

Estratégia que auxilia o equilíbrio entre o excesso de


atividade e o imobilismo, aumentando a confiança e
minimizando reações dolorosas

Objetivo é substituir a atividade guiada pela capacidade e


motivação por uma atividade guiada por quotas pré
determinadas

Permite o controle das atividades, sem aumento da dor


Estratégias TCC

Gradação da atividade (pacing)


minimizar "8 e 80"
Estratégias TCC

Gradação da atividade (pacing)

Determinar:

1. Atividade / Exercício

2. Limiar e tolerância

3. Linha de base (tempo / dose)

4. Intercalar com repouso


Estratégias TCC

Gradação da atividade (pacing)

Limiar& Tolerância&
15&min& 20&min&

Exemplo(de(linha(de(base:(
.&Tempo&–&até&15&min&
.&Intensidade&–& passeio&no&shopping &
.&Intercalar&com&repouso&&
Estratégias TCC

Gradação da atividade (pacing)

2&min& 2&min& Limiar& Tolerância&


repouso& repouso& 15&min& 20&min&

5&min& 5&min& 5&min&

Quotas:(
3&x&5&min&/&2&min&repouso&ou&intervalo&
RESUMO - PARTE 4

- diversos modelos de prescrição


- efeitos distintos
- as diretrizes ajudam na organização
- estratégias TCC facilitam o controle da dor e o
ganho de função
Finalizando…

Mesmo com tantas explicações, modelos teóricos,


estratégias facilitadoras…

…na prática, as coisas podem não funcionar da


maneira que queremos!

Apesar do modelo biopsicossocial estar na ponta da


língua, diversas barreiras impedem a adesão a
programas de exercício físico em pacientes com dor
Finalizando…

Por isso, sempre que possível, usaremos as melhores


evidências disponíveis, a experiência do profissional
e as preferências do paciente para a melhor escolha
dos exercícios físicos.

O exercício físico funciona para o alivio da dor, mas


tem que acertar a dose. Tem que fazer sentido para o
paciente. Tem que fazer parte da rotina e do hábito
de vida!
Contatos

Artur Padão “Dorterapeuta"

Grupo de Estudos em Dor

dorterapeuta.wordpress.com
dorterapeuta@gmail.com

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