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AGRADECIMENTOS
Primeiramente a DEUS que ilumina minha vida;
A minha mãe, alicerce em minha vida, que com extrema dedicação aos Filhos,
exemplificou Amor, Caráter, Dedicação,que me impulsionaram na direção de bons
caminhos;
Ao meu filho, que serve de motivação aos meus objetivos, pois seu sorriso faz com que eu
acredite que um dia sempre será melhor que outro;
Aos meus amigos, que alegram os momentos difíceis;
A Coordenadora do Curso de História, Professora e orientadora Simone Aparecida Paviotti
Favaro Gouvea que, com muito carinho e dedicação, acreditou neste Trabalho;
Aos mestres e professores que, durante minha vida acadêmica, sempre me dispensaram
excepcional apoio e atenção;
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo principal avaliar a possível inserção da PMPR, com
outras polícias militares no Sistema Único de Polícia. O estudo também mostra claramente
que a atividade policial desempenha um papel fundamental na sociedade atual. Em
decorrência da variedade de aspectos do ofício de polícia, que está investida da função de
proteger e promover liberdades, direitos individuais e coletivos, o que traz à tona a
necessidade do aprimoramento dessa Instituição Pública, com a adequação de seus
regulamentos disciplinares em consonância com os preceitos da Carta Magna. Em um
Estado Democrático de Direito, a sociedade livre e democrática depara-se com um conflito
inerente à função desempenhada pelos policiais militares que, em tese, são responsáveis
pela manutenção da ordem social, e proteção de direitos constitucionais básicos,
quando os mesmos policiais se sentem privados bruscamente de seus próprios direitos.
Dentro do contexto histórico da criação da instituição policial no Brasil como força
auxiliar das Forças Armadas Nacionais, que se fundamenta em bases sólidas
nos princípios da hierarquia e da disciplina como forma de controle e domínio do poder da
autoridade administrativa militar (comandantes), nota-se a grande dificuldade de
reconhecer o Policial Militar como Cidadão. Assim, faz-se necessário uma nova
abordagem da atividade policial com base nos princípios constitucionais, bem como o
reconhecimento dos direitos fundamentais do Ser Militar como Cidadão.
.
sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................
..7CAPÍTULO 1: A HISTÓRIA DA POLICIA E SUA ORGANIZAÇÃO NO
BRASIL.........................111.1 BRASIL POLÍTICO NO PERÍODO
COLONIAL....................................................................
1.2. A HISTÓRIA DA POLÍCIA NO PERÍODO
COLONIAL........................................................15
17CAPÍTULO 2: A POLICIA MILITAR, CONCEITOS E ASPECTOS
HISTÓRICOS..................212.1 CONCEITO DE POLÍCIA
MILITAR........................................................................................
2.2 HISTÓRIA DA POLÍCIA MILITAR NO
BRASIL.................................................................... 2.3 AS ORIGENS DAS ATUAIS
POLÍCIAS MILITARES............................................................
2.4 A POLÍCIA NO ESTADO
GETULISTA.................................................................................
2.5 O USO DO APARELHO POLICIAL NO REGIME DE
64 ....................................................2122
27
29
31CAPITULO 3: O POLICIAL MILITAR E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS COMO
CIDADÃO283.1 DIREITOS HUMANOS, DEMOCRACIA E
CIDADANIA.........................................................
3.2 A EFETIVIDADE DA
CIDADANIA..........................................................................................
3.3 POLICIAL: O SER
MILITAR.................................................................................................
3.4 A DISCIPLINA COMO FUNDAMENTO DA ATIVIDADE
POLICIAL.....................................
3.5 A POLÍCIA NA ERA
MODERNA..........................................................................................2832343843CONSIDE
RAÇÕES
FINAIS........................................................................................................46REFERÊNCIAS
.......................................................................................................................48
1 INTRODUÇÃO
Para o Paraná sua importância extrapola estes motivos, pois, era parte da Província de
São Paulo, mais especificamente sua 5ª Comarca. Logo esta lei e este regulamento
interessavam diretamente à região.
A comarca de Coritiba, ou a 5ª Comarca, neste momento não foi beneficiada com a
criação de uma guarda, mesmo diante da necessidade de ter um reforço na sua
segurança, em virtude de recorrentes delitos que eram praticados nesta região, o que
causou aparente preocupação ao Presidente da Província de São Paulo.
Esta aparente preocupação resultou na criação da “Guarda Policial”, pelo decreto n.º 7 de
25 de junho de 1834, sob proposta do Conselho Geral da província da São Paulo. Esta
guarda, a priori, deveria ter vindo para a comarca de Coritiba, pois foi para tal que a
mesma foi criada. Entretanto, a lei provincial da guarda municipal de março de 1836, que
criou a Companhia de Municipais Permanentes, dentro do território paranaense, abriu uma
lacuna, deixando duas alternativas. A primeira suposição é de que a criação da Guarda
Policial em 25 de junho de 1834, não cumpriu com seu desígnio e não atuou em território
paranaense. A segunda hipótese é de que a mesma teria vindo à 5ª Comarca, mas não
conseguiu suprir todas as necessidades aqui existentes.
A esse respeito, Carneiro ressalta, que fato é que, estava criada a Companhia de
Municipais Permanentes. Essa Companhia constava em seu efetivo de cinqüenta praças
que deveriam estacionar na passagem da Mata do Sertão, para proteger os viajantes que
por ali passavam dos malfeitores. Além desta companhia pensou-se também no
recrutamento de gente para serem formados mais dois destacamentos: um na estrada de
Viamão e outro nos Campos de Palmas. (CARNEIRO, 1995.p. 167)
Isto posto, é possível pensar que a “Guarda Policial”, criada em 1834, veio ao território
paranaense, mas devido grande extensão territorial desta comarca, não conseguiu suprir
todas as deficiências ali existentes, levando então a criação de mais uma “Força” para
auxiliar no trabalho árduo de manter a segurança em território paranaense.
Da mesma forma, segundo Carneiro (1995), tudo estava preparado, a lei de 1836 havia
criado a Companhia de Municipais Permanentes, e em 1837 saiu a autorização para o
recrutamento de homens que comporiam o quadro dessa Companhia. Mas nos dois anos
seguintes, 1838 e 1839, houve um conflito conhecido por “Guerra dos Farrapos”, que
impediu a efetivação desta companhia. Os homens, recrutados para comporem a referida
companhia, por determinação do Presidente da Província da São Paulo, Bernardo José
Gavião Peixoto, foram deslocados para auxiliarem em tal conflito, haja vista que o mesmo
teve início no Rio Grande do Sul e já ocupava território Catarinense. (CARNEIRO ,
1995.p168.)
Segundo o autor acima mencionado, nesta oportunidade, já se pedia a emancipação
política do Paraná, pedido esse intensificado por ocasião da rebelião de Sorocaba provida
por Rafael Tobias de Aguiar, momento em que os paranaenses obtiveram a promessa de
que tal emancipação ocorreria, contando, inclusive, com a influência de “Silva Machado, o
futuro barão de Antonina”.(CARNEIRO , 1995.p.251)
Por esta emancipação, esperaria o Paraná por mais de onze anos, até sua efetivação.
Nesses anos a luta pela mesma se intensificou, e com ela os problemas enfrentados pela
população da 5ª Comarca aumentavam, principalmente os que relacionavam-se à
segurança. Tal segurança restringiu-se, entre a Guerra dos Farrapos e momentos antes da
emancipação a uma extensão da Guarda Nacional de São Paulo, que aqui permaneceu
mesmo sem comando. Quanto aos componentes da Guarda Policial, ficaram reduzidos a
uma minoria insignificante, e os que restaram, continuaram em território paranaense sem
possibilidade de reposição.
A Comarca de Coritiba ficou então por cinco anos quase que sem policiamento, e assim
teria permanecido se não tivesse saído uma autorização através de uma Lei Provincial de
1850 que permitiu o engajamento de cem praças à quase extinta Guarda Policial.
(CARNEIRO , 1995.p.251)
Este quadro manteve-se inalterado deste momento até a emancipação política do Paraná
dando a impressão de que a lei de 1850, foi elaborada já sabendo-se que permaneceria
em vigor pouco tempo ou na tentativa de amenizar a situação, prolongando assim a
morosidade do processo de emancipação. Ao longo dos anos, as tentativas de trazer
ao Paraná um corpo de guarda foi incessante, porém em vão, quando inesperadamente
saiu a lei que autorizava o engajamento de cem homens para reforçarem, ou melhor,
fazerem a segurança pública paranaense. Este novo e inesperado fator, mostra que a
emancipação política do Paraná, estava próxima de ocorrer, e que tal autorização tentava
adiar o inevitável. (CARNEIRO , 1995.p.252)
No âmbito da pesquisa, com o fito de bem identificar as novas tendências no Sistema de
Segurança Pública, deve-se ressaltar como marco de pesquisa, de onde vem este Sistema
de Segurança Pública e, qual o fundamento principal de sua atuação; Isso responderá a
questão, com o esboço de apontar direcionamentos de onde estamos e para onde vamos.
Neste caso, devemos recorrer a história para retroceder no tempo, buscando as origens
das técnicas de Policiamento Ostensivo, e a sua formação cognitiva aplicada no atual
modelo. Desta feita, abordar-se-á neste capítulo, a origem histórica das Polícias Militares
e das Polícias Civis.
A Polícia Militar é uma Instituição da administração pública, que visa pôr em ação as
limitações que a lei impõe à liberdade dos indivíduos e dos grupos para salvaguardar
e preservar a Ordem Pública.
Essa atribuição vem em decorrência da previsão constitucional elencada no art. 144º, § 5º:
“Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública (...)”.
Conforme os ensinamentos de Jesus (2009, p. 66), “a ordem pública é o pré-requisito para
o funcionamento do sistema de convivências públicas, sendo imprescindível a existência
de um polissistema social, pois viver em sociedade importa, necessariamente, um conviver
publicamente”.
Neste contexto faz-se necessária uma abordagem sobre conceitos e aspectos históricos
do surgimento da Polícia Militar no Brasil e em Santa Catarina, bem como a influência da
hierarquia e da disciplina nesta instituição.
2.1 CONCEITO DE POLÍCIA MILITAR
A definição do termo “polícia”, no decorrer dos séculos, passou por diversas definições e
conceituações, dependendo da doutrina jurídica que se pretende conceituar.
Para Amaral (2002), “originariamente polícia era conjunto de funções necessárias ao
funcionamento e à conservação da Cidade-estado (polis grega, daí a etimologia de polícia
e civita romana, daí civil, isto é, inerente à civita).
Segundo o autor, Civil era, pois, derivação de cidade (conceito político e não urbanístico) e
cidadão - aquele a quem é dado o direito de influir na gestão da coisa pública,
da civita (daí república:res (coisa)+publica).
Ressalta o autor que, Militar era, e é antítese conceitual de civil, no sentido primitivo os
que se domiciliavam na cidade (os civis) e os que estavam fixados fora
da civita (os militares).
Assim, os corpos militares (as legiões romanas) eram sediados fora dos limites da cidade
para defendê-la dos invasores (os bárbaros) e não podiam adentrar sem permissão do
governo. Dentro das civitas, já no final do império romano, é que vai ocorrer o fenômeno
do pretorianismo, ou seja, militarização transitória de determinadas funções estatais
ligadas à segurança pública, que era tratada como uma excepcionalidade (retornando à
normalidade civil, esta também cessava) e amiúde era usada como
instrumento de conquista, manutenção e exercício forçado do poder.
Para Silva (apud JESUS, 2009, p. 96) “a palavra polícia está correlacionada com a
segurança e tem sua origem no grego polis, o que significa o ordenamento político do
Estado”.
Segundo Amaral (2002), isto vem explicar o fenômeno político, já histórico, denominado
militarismo (degeneração profissional que culmina com o controle da vida civil pelos
especialistas da defesa externa), e hoje, também, interna; mas, neste caso apenas por
exceção e requisição do supremo magistrado civil. Assim, na essência, policiar é civilizar,
porquanto a vida civilizada (vida na civita, em comunidade) implicava e implica em
refreamentos do que não é civilizado, do que não é urbanidade (civita e urb, são raízes
latinas para a idéia de virtude, a arete dos gregos clássicos).
Para Jesus (2009, p. 95), “no Estado moderno, seu significado chegou a compreender
toda a atividade da administração pública onde identificava-se com um Estado de Polícia,
com que se designava um ordenamento em que toda a função administrativa era indicada
com o termo de polícia”.
Segundo o autor, no inicio do século XIX, o termo polícia voltou a ter um significado mais
restrito, passando a identificar-se com a atividade tendente a assegurar a defesa
da comunidade contra os perigos internos, quando estes estavam representados nas
ações e situações contrárias à ordem e à segurança públicas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição. 2. ed.
Coimbra: Livraria Almedina, 1998.
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Fundamentos da constituição. Coimbra: Almedina,
1991, p. 40,apud ESPÍNDOLA, Ruy Samuel. Conceito de princípios constitucionais. 2. ed.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte especial. v. 3. São Paulo: Saraiva, 2004.
CARNEIRO, David. O Paraná na História Militar do Brasil. Curitiba : Travessa dos Editores,
1995. p.
MARKETING PESSOAL
Caracterização
O conceito surgiu nos Estados Unidos na década de 50. Marketing pessoal e divulgação
de uma imagem autêntica, única, com a qual você se sinta bem e que pareça coerente aos
olhos do público. Ballback; Slatter, (1999, p.19)
No mercado competitivo em que vivemos construir uma boa imagem pessoal, profissional
e social exige postura adequada. Se você não plantar, nada irá colher, portanto se existe
um "plano de marketing" detalhado para um produto, não há motivo para não existir um
"plano de marketing pessoal" mais detalhado ainda Ballback; Slatter, (1999, p.19)
Conceitualmente, de acordo com Peters (2000, p.72), o Marketing Pessoal “fortalece o
crescimento pessoal e profissional da “marca” da pessoa”. Trata-se da capacidade
individual de atrair e manter relacionamentos pessoais e profissionais entre a equipe, com
clientes, com gerentes, diretores etc, de forma permanente para que através e por meio
deles se realizem ciclos de atendimento de necessidades mútuas, gerando satisfação a
todos.
Ainda segundo Peters (2000, p.75), é preciso ter consciência de que “você é um produto
no mercado de trabalho – e deve acreditar nisso, se não quiser ficar encalhado na
prateleira”, ou seja, sem se enxergar como um produto, dificilmente se conseguirá um
emprego que satisfaça, onde consiga aplicar o que tem de melhor e no qual encontre uma
fonte permanente de aprendizado. Para o mundo de marketing se adaptar como um
produto é questão apenas de percepção empresarial.
Ainda, a autora explica que é como numa empresa, a prática do marketing deve ser
precedida de um diagnóstico, de uma auto-avaliação profunda, onde os valores são
revisados, joga-se fora aquilo que não se precisa e fica-se só com o que vale a pena.
(LIMEIRA 2004)
O Marketing Pessoal valoriza o ser humano em todos os seus atributos e características.
Inclusive em sua complexa estrutura física, intelectual e espiritual. Visa possibilitar a
utilização plena das capacidades e potencialidades humanas na área profissional e na da
vida pessoal Limeira, (2004, p.9)
Pode ser descrito como o processo, encetado por um indivíduo ou uma organização,
envolvendo a concepção, planejamento e execução de ações que contribuirão para: a
formação profissional e pessoal de alguém, a atribuição de um valor, que não necessita
ser exclusivamente monetário justo e compatível com o posicionamento de mercado que
se queira adquirir, a execução de ações promocionais de valorização pessoal que o
coloquem no lugar certo na hora certa, de tal maneira que as organizações ou pessoas
para quem trabalhe ou exerça influência, e ele próprio, se sintam satisfeitos (Lucia Bidart
2004 p.28)
O que torna fácil esse processo é que a aptidão e dons que uma pessoa possua podem
ser comparados a produtos e serviços sobre os quais podem se aplicar todas as técnicas e
processos de marketing. Para uma boa explanação de um plano de marketing, o
profissional deve ter um conjunto de conhecimento da sua atividade, do seu cliente, das
suas necessidades e da realidade mercadológica, bem como conhecer os seus
concorrentes e como eles atuam. (BIDART 2004)
Esta informação da concorrência tem como objetivo principal mudar o desempenho da
empresa perante seus concorrentes, podendo ficando assim menos frágil a mudanças e
ameaças futuras. (BIDART 2004)
O mesmo se dá quando o sujeito resolve aplicar o marketing para beneficio pessoal, ele
precisa se conhecer e também o ambiente no qual está inserido para desenvolver uma
melhor atuação no mercado cada vez mais competitivo. Deve primeiramente atender e
superar as expectativas dos clientes, Desenvolvendo assim relações baseadas em
confiança, ética, competência, honestidade e habilidade interpessoal. (BIDART 2004)
Ao aplicar o marketing pessoal, o profissional deve ter claro a área ou o segmento de
atuação. É essencial que exista uma adequação do indivíduo com este segmento para que
se possa ter maior poder de convicção sobre o público que quer atingir. (BIDART 2004)
Como Trabalhar o Marketing Pessoal
Segundo Scott-Job (1994, p. 23): “No marketing pessoal, podemos adaptar da seguinte
maneira: o produto é o profissional, o preço é o salário, o ponto de venda é a área de
atuação e a promoção é a comunicação”.
Trabalhar o marketing pessoal é entender como ela e aplicada e conhecer as suas
melhores características, e algo que faz você se diferencia dos outros, as suas qualidades
perante os seus colegas de trabalho e também das pessoas de sua convivência, e deixá-
las mais em foco. Também faz entender quais são as suas oportunidades de melhorias
para o profissional, para que você possa melhorá-las. (DAVIDSON, 1999 p.54-55)
Valorizar os atributos do ser humano é um dos pontos mais importantes dentro do
Marketing pessoal, aproximando-o ainda mais dos conceitos do mix de Marketing, além de
definir claramente os quatro PS da pessoa é necessário conhecer profundamente as
necessidades e desejos do mercado com relação aos profissionais que procura,
fortalecendo a cultura de busca por dados e estudos voltados ao que mais se adapta ao
“produto” homem (DAVIDSON, 1999)
Você é soma de suas habilidades e apresentada para o mercado com produto chamando
você, precisa coloca todas em pratica para que o seu produto (Você) seja compreendido, e
atinja o seu público-alvo da melhor maneira possível (DAVIDSON, 1999 p.55)
A praça significa no marketing pessoal nada mais é do que as áreas que você pode esta
atuando e dando resultados, local onde você possui competitividade maior e pode ser
destaque. (UNBAN, 2006)
O preço é seu valor de mercado o quanto você vale para instituição, o valor pode ser uma
questão difícil de lidar e analisado toda a sua história profissional, desde a formação,
passando pela vivência profissional, depois pelo conhecimento adquirido, e pelas
oportunidades que aproveitou. (UNBAN, 2006)
Com essas informações a pessoa poderá definir o quanto ela vale. Além de promover o
“produto”, o Marketing pessoal pode ser descrito como um processo que envolve desde a
concepção, planejamento e execução das ações que contribuem para uma formação
profissional, agregar Valor (não necessariamente monetário), que seja justo e que seu
Posicionamento seja ideal ao mercado que pretende atingir. (UNBAN, 2006)
Para pessoas que utilizam o marketing pessoal, mesmo o tempo livre é um meio de criar
uma imagem pública, pois qualquer coisa que se faça publicamente afeta a sua imagem.
Segundo Mike Mc Caffrey, (1983, p.14)
O modo que a pessoa utiliza seu tempo, participando de atividades civis, sociais e políticas
cria uma imagem da pessoa como indivíduo. Estes eventos se tornam fontes de
construção de imagem, uma boa oportunidade onde os outros podem conhecer mais seu
desempenho. O envolvimento social e o ativismo trás qualidade de liderança que são
percebidos pela comunidade que irá reconhecê-lo apto para assumir funções de maior
responsabilidade.
O mesmo autor explica que com eventos sociais você pode fazer uma rede de
relacionamento onde pode ocorrer vários negócios futuros a servem fechado com isso
aproximar as pessoas e também possa construção de uma atmosfera favorável para
futuros negócios e não para negócios imediatos. (MCCAFFREY, 1983).
Para Sady Bordin Filho (2002, p.93)
"Complementa incentivando aos profissionais a freqüentarem ambientes inusitados, não
usuais como forma de descobrir novas maneiras de enxergar a vida, ter mais motivação e
até mesmo fazer negócios”.
Mckenna (1994, p.125) escreve que “para criar posição no mercado se deve, primeiro,
cimentar fortes relações”.
ENDOMARKETING
BERG, Ernesto Artur. Administração de conflitos: abordagens práticas para o dia a dia. 1.
ed. Curitiba: Juruá, 2012.
BURBRIDGE, R. Marc; BURBRIDGE, Anna. Gestão de conflitos: desafios do mundo
corporativo. São Paulo: Saraiva, 2012.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos na
organização. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 415-427.
McINTYRE, Scott Elmes. Como as pessoas gerem o conflito nas organizações: estratégias
individuais negociais. Análise Psicológica, Lisboa, v. 25, n. 2, p. 295-305, jun. 2007.
NETO, Alvaro Francisco Fernandes. Gestão de conflitos. Thesis, São Paulo, v. 4, p. 1-16, 2º
semestre de 2005.
MIX DE MARKETING 4 PS
I
ProdutoII
PreçoIII
PraçaIV
PromoçãoTestes e desenvolvimento do produto.
Qualidade
Diferenciação
Embalagem
Marca nominal
Marca registrada
Serviços
Assistência técnica
GarantiasPolítica de preços
Métodos para determinação
Descontos por quantidades especiais
Condições de pagamento
Canais de distribuição
Transportes
Armazenagem
Centro de distribuiçãoPropaganda
Publicidade
Promoção de vendas
Venda pessoal
Relações Públicas
Merchandising
Marca nominal
Marca registrada
EmbalagemFonte: Las Casas (2001, pg 18)
Conforme se verifica no Quadro 1, pode-se dizer que os 4 P’s são o conjunto de
instrumentos à disposição do administrador para implementar uma estratégia de
marketing. Observa-se também que as decisões do produto incluem decisões sobre
desenvolvimento, qualidade, marcas, etc., todas pertencentes ao mesmo grupo e assim
ocorre com o preço, distribuição e promoção. Quando o administrador planejar todos os
subitens dos quatro grupos de acordo com o objeto de comercialização, terá o composto
de marketing planejado.
McCarthy desenvolveu o modelo dos 4P’s proposto em 1960, onde o esquema expressa a
idéia de que um determinado produto é alvo de promoção, que informa ao consumidor sua
disponibilidade em uma dada praça (local), a um preço determinado.
Portanto, os 4P’s são: produto, preço, praça e promoção. Observam-se agora cada um
deles:
Produto
Existem vários conceitos sobre produto feitos por diversos autores, mas que sempre falam
a mesma coisa. Dentre eles, podemos destacar: "Produto significa a oferta de uma
empresa que satisfaz a uma necessidade" (McCARTHY E PERREAULT Jr, 1997, p. 148).
Segundo Kotler (1998, p. 31) “produto é a combinação de bens e serviços que a empresa
oferece ao mercado alvo, para satisfazer uma necessidade ou desejo”. O produto compõe
o núcleo da estratégia de marketing. Isso significa entender que, para satisfazer às
necessidades dos consumidores, é preciso que os produtos ou serviços a ser ofertados
tenham boa qualidade, que as características atendam aos gostos dos consumidores, com
boas opções de modelos e estilos, com nome atrai a marca, acondicionados em
embalagens sedutoras, em variados 39 tamanhos de produtos, com serviços e quantias ao
usuário que proporcionem adequados retornos financeiros à organização.
Para Crema (2004, s/p) “Mais importante do que possuir bens físicos é obter os benefícios
que eles proporcionam, portanto, podemos substituir o termo produto por solução, recurso
ou oferta.”
Preço
Para Kotler (1998, p. 31) “preço significa a soma de dinheiro que os clientes devem pagar
para obter o produto”. É preciso que o preço divulgado pelas listas de preços a clientes e a
consumidores seja justo e proporcione descontos estimulantes à compra dos produtos ou
serviços ofertados, com subsídios adequados e períodos (prazos) de pagamentos e
termos de crédito efetivamente atrativo.
Nickels e Wood (1999, p. 222) definem preço como sendo "[...] quantidade de dinheiro ou
algo mais de valor que a empresa pede em troca de um produto".
De acordo com Pride e Ferrell (2000, p. 97):
Há dois pontos para se considerar em relação ao preço. Primeiro, para a empresa, preço
é a quantidade de dinheiro que está disposta a aceitar em troca de um produto. Essa
soma deve ser alta o suficiente para cobrir os custos e dar algum lucro, mas não tão alto
para impedir a venda de um produto. Pride e Ferrell (2000, p. 97)
Praça
Para Las Casas (1997, p.25), [...]”é o caminho que as mercadorias – e a transferência de
título – seguem desde o produto até o consumidor”.
Segundo Kotler (1998, p. 31) “praça envolve as atividades da empresa que tornam o
produto disponível para os consumidores-alvos”. A distribuição precisa levar o produto
certo ao lugar certo através dos canais de distribuição adequados.
Segundo Pride e Ferrell (2000 p. 97) “a distribuição é a atividade de marketing que
representa o maior custo para muitos produtos”. Entretanto, a boa distribuição é essencial
porque pode fazer grande diferença em como os consumidores são bem atendidos. Assim,
possui grande impacto sobre o valor percebido das trocas entre os consumidores e uma
empresa específica. A distribuição refere-se a um ou a ambos os aspectos seguintes:
1. Canais de marketing. Um sistema de organização pelo qual um produto, recursos,
informações e/ou propriedade flui de produtores a consumidores.
2. Distribuição Física. A movimentação de produtos ao local adequado, nas quantidades e
no tempo corretos, de maneira eficiente em termos de custo. As estratégias de logística
tratam de problemas de distribuição física, como transporte, estocagem, movimentação de
materiais e dos sistemas e equipamentos necessários para essas funções. (PRIDE E
FERRELL, 2000)
Promoção
VAREJO
Coughlan (2002) define que o varejo engloba as atividades desenvolvidas na venda de
bens e serviços para consumo pessoal, ou seja, consumidores finais.
Portanto, uma venda a varejo é aquela na qual o comprador é um consumidor final, em
oposição a um comprador empresarial ou institucional. O motivo de compra em uma venda
a varejo sempre é a satisfação pessoal ou familiar.
Kotler (1998) inclui no varejo todas as atividades envolvidas de bens e
serviços diretamente aos consumidores. Um varejo ou loja de varejo é qualquer empresa
cujo volume de vendas decorre, principalmente, do fornecimento por unidade ou pequenos
lotes.
Conforme Kotler (1998), as organizações varejistas são variadas e novas formas
aparecerão. Mas existem basicamente as lojas de varejo, varejos sem lojas e
organizações varejistas. Embora as lojas de varejos sejam a maioria, o varejo sem loja
está crescendo e podem ser classificados em categorias de venda direta, marketing direto,
venda automática e serviço de compra.
O fato é que o uso da Internet, compra por correio, por televisão, tendem a crescer mais
que as lojas de varejo. As organizações varejistas como rede corporativa, rede voluntária,
cooperativas de varejistas e de consumidores, organizações de franquia, estão atuando e
de forma que com economia de escala, reconhecimento de marca mais ampla e
funcionários bem treinados conseguem seu espaço no mercado varejista.
Os varejistas estão ansiosos para encontrar novas estratégias de marketing para atrair e
manter consumidores, ampliando suas lojas e vendendo maior número de itens. O desafio
real do varejista começa depois que o sortimento de produtos e o nível de qualidade da
loja tenham sido definidos. Sempre haverá concorrentes com sortimentos similares. O
desafio é desenvolver uma estratégia de diferenciação de produto para os varejistas.
Evidentemente, os maiores lucros no varejo, por meio de margens elevadas, alta
rotatividade de estoque e custos varejistas são todos desejáveis. Por isto a definição de
uma estratégia de posicionamento no cenário varejista é importante, dentro destas
alternativas de trabalho:
a) divisão de grandes quantidades;
b) conveniência espacial;
c) tempo de espera e de entrega;
d) variedade de produto;
e) possibilidade de serviço ao cliente. Quando se conhece um PR de combustível, verifica-
se a existência de muitas alternativas que podem ser utilizadas, já que o combustível é
uma energia necessária para cada veículo e sua compra exige a presença do mesmo.
Por ser uma área fundamental na administração, o marketing é ressaltado por vários
autores. Visto que o mesmo só vem a acrescentar dentro do estudo abordado.
Conforme Kotler (1995) o marketing é tão fundamental que não deveria ficar restrito ao
departamento de marketing de uma empresa. A sua importância é tamanha que as ações
de marketing afetam a própria estratégia empresarial.
Acompanhando esta linha de raciocínio, o conceito de marketing implica em uma
abordagem que coloca a sua atividade como epicentro da estratégia organizacional.
Se olharmos a função do marketing, considerando-se a escolha de um posicionamento
estratégico, a gestão de marca, a definição de um mercado-alvo e o processo decisório
tático, fica evidente que a estratégia competitiva, e a atuação dos outros departamentos
estão relacionadas à visão mercadológica como foco corporativo e empreendedor.
Quando analisamos o cenário competitivo atual, podemos perceber que o sucesso das
organizações está ligado à capacidade de gestão de marketing que as empresas têm para
se organizar, se destacar e se diferenciar na mente do consumidor/mercado.
Assim sendo, a importância do marketing nas empresas é crucial para que estas consigam
alcançar os objetivos e as metas estabelecidas em seus planejamentos estratégicos,
principalmente, no que tange ao atingimento de vendas e lucro.
O marketing é um campo de estudo novo se comparado com os demais campos do
saber, apesar de encontrarmos suas “raízes” ao longo da história da humanidade, na
própria gênese do comércio. É um processo muito amplo que requer um entendimento de
seus vários componentes.
De acordo com a American Marketing Association AMA (2005) marketing é uma função
organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a
entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles,
de modo que beneficie a organização e seu público interessado.
Kotler e Armstrong (1999), afirma que esse estudo do mercado surgiu da necessidade dos
industriais em administrar a nova realidade oriunda da Revolução Industrial, que causou
uma transformação de um mercado de vendedores para um mercado de compradores.
Neste estágio o marketing ainda é inseparável da economia e da administração clássica,
pois inicialmente sua preocupação era puramente de logística e produtividade, com o
intuito de maximização dos lucros. Sendo assim os consumidores não tinham
qualquer poder de barganha e a concorrência era praticamente inexistente.
Tal realidade manteve-se inalterada até fins da Segunda Guerra Mundial quando, então,
reagindo ao crescimento da concorrência, mercadólogos começaram a teorizar sobre
como atrair e lidar com seus consumidores. Surgiu então a cultura de vender a qualquer
preço.
Na maior parte das empresas, o marketing ocupava, há 50 anos, apenas um lugar
modesto no organograma, o de um serviço comercial, composto por alguns vendedores e
empregados e muitas vezes estava subordinado ao diretor de produção ou diretor
administrativo, mas aos poucos, essa função foi-se alargando progressivamente e
colocada no mesmo plano das outras direções de produção, financeira e de recursos
humanos.
Antes de tentar adotar uma única e exclusiva compreensão da área específica de
marketing, é interresante verificar como têm evoluído suas definições:
O mundo dos negócios, cada vez mais desenvolvido, gerou a necessidade de melhor
conceituar marketing, explicando sua natureza. Observa-se então uma evolução constante
nas definições que o caracterizam cada vez de maneira mais ampla.
Mas , afinal, o que é marketing? Veja como a compreensão de seu conceito evolui. Em
1965, a Ohio State University definiu marketing como:
Pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, mas o
objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão
bem o cliente que o produto ou serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que
o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou
serviço disponível.
Cobra (1997) diz que é preciso entender a definição do marketing encarando como uma
filosofia, uma norma de conduta para empresa. Isto significa que a organização
deve definir as características do produto ou serviços de acordo com as necessidades
latentes dos consumidores. Este significado de Marketing vem corroborado pela definição
elaborada por Kotler (2003), como um processo social pelo qual indivíduos e grupos obtêm
o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produto de valor
com outro.
O marketing para Las Casas (2006) é a área do conhecimento que engloba todas as
atividades concernentes às relações de troca, orientada para a satisfação dos desejos e
necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização
ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que estas
relações causam no bem-estar da sociedade.
Sabe-se que o mercado não uma é uma realidade apenas nos dias atuais, pois a própria
história mostra os fatos que remontam de épocas longínquas em que os homens
buscavam sua subsistência e interagiam em busca de soluções.
Durante essa trajetória algumas etapas foram caracterizadas de acordo com suas
atividades e orientação. Kotler (2000) apresenta as orientações voltadas para produção,
produto, vendas, marketing e para o marketing societal. São orientações concorrentes e
que tiveram evolução da era da subsistência, nas quais as empresas se baseiam para
conduzirem as atividades de marketing.
Historicamente, observando o que diz Cobra (1997), a transição da economia de produção
à economia de consumo processou-se através do marketing, desde os primórdios da
revolução industrial, quando a produção em massa encontrou a chamada economia de
escala de fabricação.
O conceito contemporâneo de Marketing engloba a construção de um satisfatório
relacionamento a longo prazo do tipo ganha-ganha no qual indivíduos e grupos obtêm
aquilo que desejam e necessitam. O marketing se originou para atender as necessidades
de mercado, mas não está limitado aos bens de consumo. É também amplamente usado
para "vender" idéias e programas sociais. Técnicas de marketing são aplicadas em todos
os sistemas políticos e em muitos aspectos da vida.
Porém administração de marketing é todo processo de planejar e executar a concepção, a
determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar
trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.
Para Kotler (2000), lidar com esses processos requer uma quantidade considerável de
trabalhos e técnicas. A administração de marketing ocorre quando pelo menos uma das
partes envolvidas em um processo de troca potencial pensa sobre os meios de obter as
respostas desejadas das demais partes.
Vale lembra que o estudo do marketing é fator essencial para definição de quem são os
consumidores, enfim qual o mercado se pretende atingir a realização de um planejamento
de marketing. É bem verdade que para obter sucesso é necessário segmentar o mercado,
onde se dividem os consumidores em grupos com necessidades específicas. O ciclo de
vida de um produto e ou serviço neste momento indica a possibilidade de crescimento do
mercado consumidor e também indica princípios que devem ser seguidos na elaboração
do planejamento. Em função das semelhanças dos consumidores que compõem cada
segmento, eles tendem a responder de forma similar a uma determinada estratégia de
marketing, isto é, tendem a ter sentimentos, percepções e comportamentos semelhantes.
O marketing trabalha essas necessidades, desejos e demandas de um determinado
mercado-alvo (KOTLER, 2000). Ao lado de tudo isso temos ainda teorias de consumo
(ENGEL; BLACKWELL; MINIARDI, 2000; GIGLIO, 2004; KASARKLIAN, 2000; KOTLER,
2000;SCHIFFMANN; KANUK, 2000; UNDERHILL, 1999) e teorias da psicologia e da
sociologia que podem nos ajudar a compreender o intrincado mundo do consumo.
Se o indivíduo é dotado de desejos que o impulsionam a adquirir produtos ou serviços,
então, nada mais coerente do que analisar e estudar o comportamento do consumidor e o
que o leva a comprar. “Ser consumidor é ser humano. Ser consumidor é alimentar-se,
vestir-se, divertir-se... é viver” (KARSAKLIAN, 2000, p. 11).
Para que o cliente compre determinado produto, a empresa que o fabrica precisa conhecer
esse indivíduo e entender os fatores de escolha de determinado bem. Isso só é possível
por meio da investigação do modo de se comportar do consumidor. Kotler (2000) acredita
que o ponto de partida para compreender o cliente segue o fluxo estímulo – resposta. Em
sua concepção a cultura e os desejos do indivíduo são um dos motes principais que
influenciam suas decisões de compra. A cultura cria valores, percepções, preferências,
comportamentos sociais, familiares e dentro da cultura percebemos sub culturas que vão
afunilando e tornando mais claro quem é esse consumidor. Essas outras variantes vão da
nacionalidade, religião, etnia, gênero até a região onde o indivíduo vive.
Quando as empresas têm orientação de produto, se concentram em fabricar produtos de
qualidade e em aperfeiçoá-los, pois os consumidores podem avaliar a qualidade e o
desempenho do produto. Nota-se que o pensamento das empresas se modificou em
relação à primeira orientação.
Com a mudança de comportamento do consumidor e da oferta que começava a superar a
demanda, surge a terceira orientação voltada para vendas. Esta é mais comum nos
negócios, pois parte do princípio de que os consumidores não compram os produtos por
vontade própria em quantidades suficientes. Normalmente demonstram inércia ou
resistência em relação à compra e devem ser persuadidos a comprar.
No entender de KOTLER (1995, p.32) há cinco conceitos distintos sob os quais as
organizações conduzem suas atividades de marketing. Conceito de produção, de produto,
de venda, de marketing e de marketing societal, que será detalhado a seguir:
O conceito de produção é o mais antigo guia dos vendedores. Ele se apóia na idéia de que
os clientes darão preferência aos produtos que estão amplamente disponíveis e são de
custo baixo. Os administradores de organizações, orientados para a produção,
concentram-se em atingir alta eficiência produtiva e ampla cobertura de distribuição.
Os consumidores favorecerão os produtos que oferecem mais qualidade, melhor
desempenho ou características inovadoras. Os administradores das organizações
orientadas para o produto focam sua energia em fazer produtos superiores e melhorá-
los ao longo do tempo.
O conceito de venda é a abordagem mais comum adotada pelas empresas. Para estas
empresas os consumidores, se deixados sozinhos, não comprarão suficientemente os
produtos da organização. Assim a organização deve empregar um esforço agressivo de
venda e de promoção.
O conceito de marketing é uma filosofia empresarial que desafia os conceitos anteriores. A
chave para atingir as metas organizacionais consiste em determinar as necessidades e
desejos dos mercados-alvo e oferecer as satisfações desejadas de forma mais eficaz e
eficiente do que os concorrentes.
O conceito de marketing societal ou Societário sustenta que a
organização precisa determinar as necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvo,
e então proporcionar aos clientes um valor superior de forma a manter ou melhorar o bem
estar do cliente e da sociedade. O conceito de marketing societário é mais recente
das filosofias de administração de marketing.
Para Kotler (1998), após a determinação dos principais aspectos para a comercialização
dos produtos é necessário que os empresários pensem em formas de divulgá-los, pois
assim há uma conscientização por parte dos consumidores e as vendas serão mais
rápidas. Estes quatro ingredientes principais para a comercialização- ter um produto,
estabelecer o preço, decidir sobre um sistema de distribuição e promover o produto-
formam a base da comercialização, a essência de uma oferta comercial. O termo é
conhecido como Composto de Marketing (Marketing Mix) e foi desenvolvida na década de
50. Assim, os quatro elementos do composto de marketing ou como é conhecido como 4
Ps são: Produto, Preço, Distribuição (Ponto de Venda) e Promoção.
De acordo com o conhecimento destas abordagens, McCarthy que modificou a forma de
expressar estes elementos do composto de marketing e passou a chamá-lo de 4 Ps. O
autor mudou o item distribuição para ponto-de-venda, criando assim uma forma
mnemônica. Hoje é um dos conceitos mais utilizados no marketing, devido a sua
simplicidade e possibilidade de aplicação prática. Este conceito é mencionado por diversos
autores como um dos mais significativos esforços de definição do escopo de marketing.
Para Kotler (1998), importante se faz realçar que o composto mercadológico ou
simplesmente 4P’s é fundamental para o estudo do marketing, pois se trata do conjunto de
pontos de interesse para os quais as organizações devem estar atentas se
desejam conquistar os seus objetivos de marketing. Estes elementos foram criados e
definidos pautados na satisfação do consumidor, estão divididos em:
Produto: conjunto de bens tangíveis ou intangíveis, resultado do processamento de
insumos de uma organização, abrangendo aspectos de qualidade, confiabilidade e
conformidade com o mercado, o qual o cliente espera receber quando realiza uma compra.
Preço: é a relação entre o custo e benefício dentro do mercado e considerando a
concorrência, este é desenvolvido de acordo com a estratégia de cada organização para
com seus potenciais consumidores.
Praça (local): todos os movimentos que o produto faz, em cada uma das etapas envolvidas
na transferência de posse, desde o fabricante até o consumidor. A praça não se resume
ao simples ponto-de-venda.
Promoção: são as ferramentas de marketing (propaganda, força de vendas, publicidade,
relações públicas, promoção de vendas e merchandising) que podem atingir os
consumidores direta ou indiretamente.
De acordo com Cobra (1997):
“O marketing mix ou composto de marketing é a combinação de instrumentos,
indispensáveis à análise de mercado, que uma organização adota para alcançar os seus
objetivos, dentro de um prazo determinado”.
Como se há de verificar os consumidores recebem e transmitem diferentes tipos de
influência ao meio em que vivem, com isto, o marketing acaba tendo grande influência
sobre o padrão de consumo e de vida das pessoas.
Kotler (2000), afirma que o objeto maior do marketing é a identificação e satisfação das
necessidades e desejos do cliente.
Conforme Las Casas (2008), a forma de comercialização foi mudando de acordo com as
variações ambientais. As mudanças ocorreram muito mais na ênfase da forma de
comercializar do que em qualquer outro motivo. Em certos momentos, a produção foi mais
valorizada do que outras áreas funcionais, devido à falta de produtos no mercado. Em
outros momentos, a atividade de vendas foi mais valorizada devido ao excesso de ofertas
do mercado, e assim por diante. O processo de comercialização passou por diferentes
etapas. Foram elas:
Era da produção;
Era das vendas;
Era do marketing.
As três eras da comercialização será apresentadas a seguir:
Para Las Casas (2008), a era da Produção: ficou marcada com o grande boom da
Revolução Industrial. Produzia-se avidamente, em série, a fim de atender a forte demanda
por produtos manufaturados. Antes disso a oferta era menor, pois vivia-se a produção
artesanal. A pouca concorrência fez com que as empresas de produção em larga
escala detivessem um maior poder, focando-se a atenção das empresas mais nas técnicas
de produção do que nas necessidades e desejos do público-consumidor.
Era de Vendas: a partir de 1930, os empresários e industriais perceberam que a oferta de
produtos manufaturados tinha ultrapassado a sua procura, fazendo com que esses
produtos ficassem acumulados em estoques. Uma das razões para isso era o crescimento
da oferta desencadeada pelo aumento da concorrência. Desta forma para diferenciarem-
se, as organizações partiram para estratégias de promoção mais agressivas de vendas.
Foi nesse período que desenvolveu-se a publicidade com o objetivo de atrair o
consumidor, embora estas percebido que não adiantava apenas vender de qualquer forma
para quem quer que fosse, atacando para todos os lados. Isso não gerava vendas
constantes, não mantinham as economias da empresa e não garantiam receitas de longo
prazo. O alto nível de insatisfação do público-consumidor, que se tornou cada vez
mais exigente, e a competitividade crescente foram um dos fatores contribuintes para essa
situação. Foi a partir daí que a gestão empresarial deixa de dar ênfase apenas nas vendas
e volta-se para o consumidor. Todos os produtos deveriam ser criados e vendidos de
acordo com as necessidades de quem fosse consumi-lo. O cliente passou a ser o centro
das atenções e fator determinante nas estratégias das empresas. Ferramentas tenham
sido utilizadas, em muitos momentos, de modo pouco ético através de propagandas
enganosas. Foi o período da venda a todo custo. (LAS CASAS, 2008)
Segundo o mesmo autor acima citado, a era do Marketing: como os consumidores
se sentiram lesados, a venda a “todo custo” não tinha como ser mantida. O alto grau de
insatisfação dos consumidores exigiu uma nova postura das empresas. Somente em 1950
foi percebido que não adiantava apenas vender de qualquer forma para quem quer que
fosse atacando para todos os lados. Isso não gerava vendas constantes, não mantinham
as economias da empresa e não garantiam receitas de longo prazo. O alto nível de
insatisfação do público-consumidor, que se tornou cada vez mais exigente, e a
competitividade crescente foram um dos fatores contribuintes para essa situação. Foi a
partir daí que a gestão empresarial deixa de dar ênfase apenas nas vendas e volta-se para
o consumidor. Todos os produtos deveriam ser criados e vendidos de acordo com as
necessidades de quem fosse consumi-lo. O cliente passou a ser o centro das atenções e
fator determinante nas estratégias das empresas.
Esses conceitos de marketing têm sido mencionados ao longo dos tempos, como a
orientação de marketing que visa à satisfação dos desejos e das necessidades dos
consumidores. É um conceito relativamente simples ao menos quanto à sua formulação,
mas as empresas encontram muita dificuldade em aplicá-lo na prática. São diversas as
razões pelas quais encontram esta dificuldade. As principais de acordo com Las Casas
(2008) são:
Problemas relacionadas à administração de marketing;
Períodos mais curtos do ciclo de vida dos produtos;
Constante fragmentação do mercado;
Crescente atenção que vem sendo dedicada aos custos de marketing;
Grande número de variáveis inter-relacionadas.
BOONE. Louis E., KURTZ. David L. Marketing contemporâneo. São Paulo: LTC - Livros
Técnicos e Científicos, 1998.
COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Marketing básico: uma perspectiva brasileira. 4 ed.
São Paulo. Atlas. 1997.
SOLOMON, Michael R. Consumer Behavior. Needham Heights. Allyn & Bacon. 1996.
WASSON, CR. Como previsível são moda e os ciclos de vida de outros produtos? Journal
of Marketing. Vol. 32 de Julho, 1968.