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DIREITOS HUMANOS

Declaração Universal dos Direitos Humanos (Parte I)


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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (PARTE I)

As imagens a seguir remontam o final da Segunda Guerra Mundial. Hitler, que comandou
um genocídio na busca da raça pura e, consequentemente, cometeu atrocidades contra o pró-
prio povo que morava na Alemanha, de outras religiões. A bomba no Japão e também o Dia D.
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HISTÓRICO

A Segunda Guerra Mundial vai de 1939 a 1945, quando foi criada a ONU.
Com o final da Segunda Guerra Mundial e a instalação da ONU, em 1945, verificou-se
que não havia, no âmbito internacional, um documento que declarasse os Direitos Humanos.
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A importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos reflete em dois pontos


importantes:
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I – Se não fosse esse documento, muito provavelmente a nossa Constituição Federal
atual não teria esse rol de direitos fundamentais, visto que a maioria desses direitos funda-
mentais são uma cópia de documentos internacionais, inclusive da Declaração Universal dos
Direitos Humanos.
II – Até então não havia nenhuma proteção internacional das pessoas. Hoje elas podem
ser socorridas nos sistemas internacionais de proteção dos Direitos Humanos, algo que não
era pensado antes da década de 40.

No âmbito da ONU, foram criados alguns Conselhos, dentre eles o Conselho Econô-
mico e Social.
Ligado a esse Conselho, criou-se, em 1946, uma Comissão de Direitos Humanos, que
assumiu o papel de elaborar um instrumento dos direitos humanos.

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

A Comissão de Direitos Humanos tinha três objetivos:


• Aprovar uma Declaração de Direitos Humanos;
• Aprovar um Pacto de Direitos Humanos;
• Uma série de medidas para colocar em prática os direitos reconhecidos nesses
documentos.
10m
Esses três documentos formariam a Carta de Direitos Humanos, conforme denominado
por René Cassin.

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Os objetivos eram muito ambiciosos para a época e, em razão disso, propôs-se um obje-
tivo mais modesto, qual seja: elaborar um único documento que consagrasse os direitos
humanos de maior relevância.

O Diretor dessa Comissão era o canadense John Peters Humphrey.


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COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Antes que se iniciassem os trabalhos da Comissão de Direitos Humanos, o Conselho


Econômico e Social da ONU adotou, como primeira medida, a instituição de um Comitê inicial
(também chamado de Comissão nuclear).
Depois dos trabalhos desse Comitê inicial, instituiu-se um Comitê de redação com-
posto por delegados de 8 países. Esse Comitê ficou ligado diretamente à Comissão de Direi-
tos Humanos.

COMITÊ DE REDAÇÃO

1) Presidido por Eleanor Roosevelt, viúva do presidente americano Franklin D. Roosevelt.


15m
2) França: René Cassin – foi o que elaborou o primeiro rascunho da Declaração, é consi-
derado o pai da Declaração Universal. Acabou recebendo o prêmio Nobel da Paz, em 1968.
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ATENÇÃO
Apesar de o Brasil não compor esse Comitê, René foi muito auxiliado, quando da ela-
boração do primeiro rascunho, pelo brasileiro pernambucano Austregésilo de Athayde. A
ajuda foi tanta que, ao receber o prêmio Nobel da Paz, René fez questão de mencionar o
brasileiro e dedicar a obtenção do prêmio a ele.

3) Líbano: Charles Malik;


4) China: Peng-chun Chang;
5) Chile: Hernán Cordero Santa Cruz;
6) URSS: teve dois representantes ao longo dos trabalhos: Alexandre Bogomolov e Alexei
Petrovich Pavlov. Um substituiu o outro, uma vez que apenas um representante de cada país
era permitido;
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7) Reino Unido: teve dois representantes ao longo dos trabalhos. Num primeiro momento,
foi Lord Dukeston que participou de 2 sessões e, depois, foi substituído, por motivo de saúde,
por Geoffrey Wilson nas sessões posteriores;
8) Austrália: William Hodgson.

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Posteriormente, na segunda sessão da Comissão de Direitos Humanos, de novembro a


dezembro de 1947, apresentou-se o esboço da Declaração.
No entanto, o projeto da Declaração não estava suficientemente debatido, razão pela
qual houve nova discussão na terceira sessão da Comissão de Direitos Humanos realizada
de maio a junho de 1948.
Essa terceira sessão foi a mais decisiva para a redação final da Declaração, uma vez que
suscitou debates muito importantes, como inserir os direitos econômicos, sociais e culturais
na Declaração.
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CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL

Aprovado o projeto da Declaração no âmbito da Comissão, o texto foi encaminhado ao


Conselho Econômico e Social que se encarregou de apresentar o texto à Assembleia Geral
das Nações Unidas.
20m

ASSEMBLEIA GERAL DA ONU

Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou e procla-


mou a Declaração Universal dos Direitos Humanos por intermédio da Resolução 217 A (III).
A votação final contou com 48 votos a favor, 8 abstenções e nenhum voto contrário.
As 8 abstenções vieram, em grande parte, dos países que compunham o bloco socialista:
República Socialista Soviética de Bielorrusia; Checoslovaquia; Polônia; Iugoslávia; Repú-
blica Socialista Soviética da Ucrânia; União Soviética; União Sul-Africana e Arábia Saudita.

CARACTERÍSTICAS

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Trata-se de uma Declaração que contém 30 artigos.


É precedida de um preâmbulo, o qual é composto por 7 considerandos.
Nela asseguram-se as características da universalidade e da inalienabilidade dos Direi-
tos Humanos.
Na Declaração mencionou-se e especificou-se os Direitos Humanos de 1ª Geração (direi-
tos civis e políticos) e 2ª Geração (direitos econômicos, sociais e culturais).
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Entende-se, portanto, que não foram especificados Direitos Humanos de 3ª Geração
(direitos coletivos, difusos).
Conquanto isso, no artigo I da Declaração, mencionou-se o lema da Revolução Francesa.
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão
e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
ANOTAÇÕES

preparada e ministrada pelo professor Luciano Monti Favaro.


A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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